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INSTITUTO FLORENCE DE ENSINO SUPERIOR

CURSO DE ODONTOLOGIA

RAYNNA ROSA LEITE

RELATÓRIO SOBRE TÉCNICAS ANESTESICAS, TERMINAL E


INFILTRATIVA, EM MAXILA DO NERVO ALVEOLAR SUPERIOR
POSTERIOR

SÃO LUÍS

2018
RAYNNA ROSA LEITE

RELATÓRIO SOBRE TÉCNICAS ANESTESICAS, TERMINAL E


INFILTRATIVA, EM MAXILA DO NERVO ALVEOLAR SUPERIOR
POSTERIOR

Relatório apresentado à
Disciplina de Anestesiologia e
Cirurgia I para obtenção da 1ª
nota.

SÃO LUÍS

2018
INTRODUÇÃO

O bloquei do alveolar superior posterior é uma técnica muito utilizada por


possuir altos índices de sucesso.

O Nervo Maxilar é um dos ramos do nervo trigêmeo do V par craniano.


Ele tem origem dentro do crânio, no gânglio trigeminal, e sai do crânio pelo
forame redondo. É um nervo exclusivamente sensitivo e suas ramificações são
responsáveis por inervar a pele da face, da pálpebra inferior, da bochecha e do
lábio superior, parte da mucosa nasal, a mucosa do palato e véu palatino, e
também todos os dentes do arco superior e a região gengival da maxila.

Depois que o nervo maxilar passa pelo forame redondo e chega à fossa
pterigopalatina ele se ramifica em:

 Nervo Zigomático que da origem a dois nervos que são os nervos


zigomático facial e temporal;
 Nervo Infra Orbital que emite mais dois ramos que são os nervos
alveolar superior anterior e médio;
 Nervo Alveolar Superior Posterior que sai da fossa pterigopalatina, vai
em direção ao túber da maxila, penetra os forames alveolares chegando
à região dos dentes molares superiores. Exceto a raiz mesiovestibular
do 1º molar superior.
 Nervo Pterigopalatino que emite mais dois ramos que são os nervos
palatino menor e palatino maior.
PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE ANESTESIA LOCAL

1. Realizar a antissepsia da mucosa na área de puntura da agulha.


2. Observar clinicamente, mediante palpação, os pontos de reparo
anatômicos.
3. Fazer uso de anestésico tópico (pode ser aplicado com cotonete
esterilizado ou gaze estéril).
4. Distensão da mucosa na região da puntura, para que a agulha não
desvie da mucosa e a penetração seja a mais indolor possível.
5. Durante a realização de diversas técnicas anestésicas locais
maxilares e mandibulares, torna-se necessária a palpação digital de
pontos de reparo para a introdução da agulha.
6. É fundamental que após a identificação desses pontos de reparo, o
cirurgião-dentista utilize afastadores cirúrgicos do tipo Minessota
para retrair os tecidos e facilitar a penetração da agulha evitando
dessa forma acidentes perfuro-cortantes com o profissional durante a
injeção anestésica.
7. Empunhadura adequada da seringa.
8. Posição ergonômica adequada do operador.
9. A penetração nos tecidos e a retirada da agulha deverão ser feitas
em uma única direção, de forma a não desenvolver pressões de
lateralidade. Se for necessário, a injeção em mais de uma direção,
devemos retornar a agulha em sua posição inicial e então introduzi-la
novamente em sua nova direção.
10. O bisel da agulha deverá estar voltado para o tecido ósseo.
11. A injeção da solução anestésica deverá ser lenta, utilizando-se
seringa anestésica que permita a realização de aspiração ou refluxo.
12. Durante toda a injeção o cirurgião-dentista deve manter-se atento a
qualquer possível reação do paciente, interrompendo de imediato a
anestesia e estipulando, se necessário, tratamento imediato das
alterações.
TÉCNICA DO BLOQUEIO TERMINAL DO NERVO ALVEOLAR
SUPERIOR POSTERIOR

Para essa técnica pode-se usar agulha curta ou longa. Sendo mais pratica a
agulha longa.

A introdução da agulha será na prega de fundo de sulco acima do 2º molar


superior. Um ponto anatômico de referencia também pode ser o processo
zigomático da maxila, na sua porção posterior, n que com a apalpação pode
ser localizada.

 Afastar a bochecha do paciente


do lado que será anestesiado. Para
a anestesia do lado direito, o
operador deverá colocar-se ao lado
direito o paciente para o lado
esquerdo, o operador posiciona-se
ao lado direito do paciente e o seu
braço esquerdo é passado sobre a
cabeça do paciente, de modo que a área possa ser palpada com o indicador
esquerdo.

O paciente deverá estar posicionado de forma a que o plano oclusal da


arcada superior forme um ângulo de 45° com o solo.

Secar a mucosa com gaze estéril e


aplicar anestésico tópico.

Área de introdução é a prega muco-jugal


acima do segundo molar maxilar.

Bisel da agulha voltado para a superfície


óssea.

Tensionar os tecidos no local da injeção.


Introduz-se a agulha avançando lentamente para cima, para dentro e para
trás em um só movimento, formando um ângulo de 45° com o plano oclusal.

 A

profundidade da injeção da agulha é de aproximadamente 16mm (adulto de


tamanho normal).

Injetar o anestésico lentamente (realizando refluxo ou aspiração) na


quantidade de aproximadamente 0,9 a 1,8ml de solução anestésica.

Retirar a agulha cuidadosamente.

Aguardar 3 a 5 minutos para o efeito anestésico.

SINAIS E SINTOMAS

O paciente tem dificuldades em relatar sintomas de anestesia local, a


eficácia da anestesia e aferida por meio de ausência de dor durante o
tratamento.

Podem haver algumas complicações, tais como:

O hematoma é comumente produzido pela introdução da agulha muito


posteriormente no plexo venoso pterigoideo. Além disso, a artéria maxilar pode
ser perfurada. O uso de uma agulha curta reduz o risco de punção do plexo
pterigoideo.

Há surgimento de hematoma intraoral visível em alguns minutos.


CONCLUSÃO

Conclui-se que é de fundamental importância o conhecimento sobre essa


técnica anestésica assim como o conhecimento geral da anatomia, pelo qual
permitirá uma possibilidade de acertos maior, diminuindo as complicações e
acidentes e tornando a anestesia local menos traumática para o paciente.
REFERÊNCIAS

MALAMED, S.F. Manual de anestesia local. Rio de Janeiro, 5.ed, Rio de


Janeiro:Elsevier. 2005.

PRADO, Roberto., SALIM, Martha., BRAVIM, Bianca., BALDISSARA,


Margareth. Anestesia local e geral na prática odontológica, 1 ed. Rio de
Janeiro: Rubio, 2014.

MALAMED, Stanley F., Manual de Anestesiologia local. 6 ed. Rio de


Janeiro: Elsevier, 2013.

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