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ANESTESIA DA MAXILA

MsC Camilla Aguiar


Uma injeção atraumática tem dois componentes: um
aspecto técnico e um aspecto de comunicação.
01
TÉCNICA DE INJEÇÃO
ATRAUMÁTICA
Etapas
TÉCNICA DE INJEÇÃO ATRAUMÁTICA
ETAPAS
● Use uma agulha pontiaguda esterilizada.
● Verifique o fluxo da solução anestésica local.
● Determine se vai aquecer o cartucho anestésico ou a seringa.
● Posicione o paciente.
● Seque o tecido.
● Aplique um antisséptico tópico (opcional).
● Aplique um anestésico tópico.
● Comunique-se com o paciente.
● Estabeleça um apoio firme para a mão.
● Torne o tecido esticado.
● Mantenha a seringa fora da linha de visão do paciente.
● Introduza a agulha na mucosa.
● Observe o paciente e comunique-se com ele.
TÉCNICA DE INJEÇÃO ATRAUMÁTICA
ETAPAS
● Injete algumas gotas da solução anestésica local (opcional).
● Faça a agulha avançar lentamente até o alvo.
● Deposite várias gotas de anestésico local antes de tocar o periósteo.
● Aspire 2 × .
● Deposite lentamente a solução anestésica local.
● Comunique-se com o paciente.
● Retire lentamente a seringa. Cubra a agulha e descarte-a.
● Observe o paciente após a injeção.
● Registre a injeção na ficha do paciente.
02
TIPOS DE INJEÇÃO
- CLASSIFICAÇÃO -
Etapas
TIPOS DE INJEÇÃO
● Há três tipos principais de injeção de anestésico local: infiltração local, bloqueio do campo e
bloqueio de nervo.

● Infiltração Local
○ Pequenas terminações nervosas na área do tratamento odontológico são infiltradas
com solução de anestésico local.
○ Tratamento é realizada na mesma área na qual o anestésico local foi depositado
TIPOS DE INJEÇÃO
● Bloqueio de Campo:
○ O anestésico local é infiltrado próximo aos ramos nervosos terminais maiores, de
modo que a área anestesiada será circunscrita, impedindo a passagem de impulsos do
dente para sistema nervoso central (SNC).
○ Tratamento é então realizada na área distante do local da injeção do anestésico

● Bloqueio de Nervo:
○ O anestésico local é depositado próximo a um tronco nervoso principal, geralmente
distante do local de intervenção operatória ( Fig. 13-3). As injeções nos nervos alveolar
superoposterior, alveolar inferior e nasopalatino são exemplos de bloqueios de nervo.
03
TÉCNICAS
Etapas
TÉCNICAS
● Supraperiosteal (infiltração), recomendada para um número limitado de protocolos de
tratamento
● Injeção no ligamento periodontal (LPD, intraligamentar), recomendada como adjuvante às
outras técnicas ou para um número limitado de protocolos de tratamento
● Injeção intrasseptal, recomendada basicamente para técnicas cirúrgicas periodontais
● Injeção intracrista, recomendada para o tratamento de dentes isolados (basicamente
molares mandibulares) quando outras técnicas forem malsucedidas
● Injeção intraóssea (IO), recomendada para o tratamento de dentes isolados (basicamente
molares mandibulares) quando outras técnicas forem malsucedidas
● Bloqueio do nervo alveolar superoposterior (ASP), recomendado para o tratamento de
vários dentes molares em um quadrante
TÉCNICAS
● Bloqueio do nervo alveolar superior médio (ASM), recomendado para o tratamento de
pré-molares em um quadrante
● Bloqueio do nervo alveolar superoanterior (ASA), recomendado para o tratamento de
dentes anteriores em um quadrante
● Bloqueio do nervo maxilar (V2, segunda divisão), recomendado para tratamento
vestibular, palatino e pulpar extensos em um quadrante
TÉCNICAS
● Bloqueio do nervo palatino maior (anterior), recomendado para o tratamento dos
tecidos moles e ósseos palatinos distais ao canino em um quadrante
● Bloqueio do nervo nasopalatino, recomendado para o tratamento dos tecidos moles e
ósseos palatinos de canino a canino bilateralmente
● Bloqueio do nervo alveolar superior médio anterior (ASMA), recomendado para o
tratamento extenso de dentes anteriores, tecidos moles e ósseos palatinos e vestibulares 1
● Bloqueio do nervo alveolar superoanterior – abordagem palatina (P-ASA), recomendado
para o tratamento de dentes anterossuperiores, seus tecidos palatinos moles e ósseos

● As injeções supraperiosteal, no ligamento periodontal, intrasseptal e intraóssea são


apropriadas para a administração na maxila e na mandíbula.
I. SUPRAPERIOSTEAL
● chamada de infiltração local, é a técnica de anestesial local usada com mais frequência para
a obtenção da anestesia pulpar nos dentes superiores.
● Sempre que mais de dois ou três dentes estiverem envolvidos no tratamento >> múltiplas
penetrações de agulha no tecido >> todas com potencial de produzir dor >> leva à
administração de um maior volume de solução >> aumento do risco (ainda que geralmente
em grau menor em adultos) de complicações sistêmicas e locais.
● Nervos Anestesiados: ramos terminais do plexo dentário.
● Áreas Anestesiadas: Toda a região inervada pelos grandes ramos terminais desse plexo:
polpa e área da raiz do dente, periósteo vestibular, tecido conjuntivo e mucosa
I. SUPRAPERIOSTEAL
INDICAÇÃO CONTRAINDICAÇÕES
Pulpar dos dentes Infecção ou inflamação
superiores (1 a 2 dentes) aguda

Tecidos moles Osso denso recobrindo os


ápices dentários
I. SUPRAPERIOSTEAL

VANTAGENS DESVANTAGENS
Alta taxa de sucesso (>95%) Não recomendada para grandes
Injeção tecnicamente fácil áreas devido à necessidade de
múltiplas introduções da agulha e
Em geral é totalmente atraumática de administração de volumes totais
maiores do anestésico local
II. BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR SUPEROPOSTERIOR
● Bloqueio da tuberosidade, bloqueio zigomático.

● Nervos Anestesiados. Alveolar superoposterior


e seus ramos.

● Áreas Anestesiadas
○ 1. Polpas do terceiro, segundo e primeiro
molares superiores (todo o dente = 72%;
raiz mesiovestibular do primeiro molar
superior não anestesiada = 28%)
○ 2. Tecido periodontal vestibular e osso
sobrejacente a estes dentes
II. BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR SUPEROPOSTERIOR

INDICAÇÃO CONTRAINDICAÇÕES
Tratamento de dois ou mais Quando o risco de hemorragia
molares superiores é muito grande (faz
supraperiosteal ou do LPD)
Quando a supraperiosteal
está contraindicada

Injeção supraperiosteal foi


ineficaz
II. BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR SUPEROPOSTERIOR

VANTAGENS DESVANTAGENS
Atraumático (tecidos moles e não Risco de hematoma, que geralmente é
há contato com o osso) difuso;

Alta taxa de sucesso Técnica até certo ponto arbitrária: não há


pontos de referência ósseos
Número mínimo de injeções
Necessária uma segunda injeção para o
Minimiza o volume total de solução tratamento do primeiro molar (raiz
mesiovestibular) em 28% dos paciente
COMPLICAÇÕES
● Hematoma:
Produzida pela introdução da agulha muito posteriormente no plexo venoso pterigóideo.
Além disso, a artéria maxilar pode ser perfurada. O uso de uma agulha curta reduz o risco
de punção dom plexo pterigóideo

● Anestesia mandibular a
A divisão mandibular do quinto nervo craniano (V3) está localizada lateralmente ao nervo
ASP. A injeção de anestésico local lateralmente à localização desejada pode produzir graus
variáveis de anestesia mandibular. Na maioria das vezes, quando isto ocorre, os pacientes
dirão que sua língua e talvez seu lábio inferior estão anestesiados
III. BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR SUPERIOR MÉDIO
● O nervo alveolar superior médio (ASM) está presente apenas em
cerca de 28% da população, limitando, portanto, a utilidade clínica
deste bloqueio.
● Quando o bloqueio do nervo infraorbitário (alveolar
superoanterior – ASA) não produz anestesia pulpar distal ao
canino superior, o bloqueio do nervo ASM está indicado para
procedimentos em pré-molares e para a raiz mesiovestibular do
primeiro molar superior.
● Nervos Anestesiados. Alveolar superior médio e ramos
terminais.
● Áreas Anestesiadas
○ Polpas do 1PM e 2PM sup, raiz MV do 1M sup
○ Tecidos periodontais vestibulares e osso sobre estes
mesmos dentes
III. BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR SUPERIOR MÉDIO

VANTAGENS DESVANTAGENS
Minimiza o número de injeções e o Nenhuma
volume de solução
IV. BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR SUPEROANTERIOR
(BLOQUEIO DO NERVO INFRAORBITÁRIO)
● Ela produz anestesia profunda da polpa e tecidos moles vestibulares, desde o incisivo
central superior até os pré-molares, em cerca de 72% dos pacientes.
● Empregado no lugar das injeções supraperiosteais, o bloqueio do nervo ASA necessita de
menor volume de solução de anestésico local para se obter uma anestesia equivalente: de
0,9 a 1,2 ml em comparação com 3,0 ml das injeções supraperiosteais dos mesmos dentes.
● Fator que inibe os dentistas de usar o bloqueio do nervo ASA é o temor de uma lesão ao
olho do paciente. Felizmente, este fato é infundado. O cumprimento do protocolo descrito a
seguir levará à elevada taxa de sucesso, sem complicações e efeitos colaterais adversos
IV. BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR SUPEROANTERIOR
(BLOQUEIO DO NERVO INFRAORBITÁRIO)
● Nervos Anestesiados
○ 1. Alveolar superoanterior
○ 2. Alveolar superior médio
○ 3. Nervo infraorbitário a. Palpebral inferior b. Nasal lateral c. Labial superior

● Áreas Anestesiadas
○ 1. Polpas do incisivo central superior até o canino superior do lado da injeção
○ 2. Em cerca de 72% dos pacientes, as polpas dos pré-molares superiores e a raiz
mesiovestibular do primeiro molar
○ 3. Periodonto vestibular (labial) e osso destes mesmos dentes
○ 4. Pálpebra inferior, aspecto lateral do nariz, lábio superior
IV. BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR SUPEROANTERIOR
(BLOQUEIO DO NERVO INFRAORBITÁRIO)

VANTAGENS DESVANTAGENS
Técnica simples Psicológicas: Administrador: pode
haver um medo inicial de lesar o olho
Comparativamente segura; minimiza do paciente. Paciente: a abordagem
o volume de solução utilizado e o extraoral; contudo, as técnicas
número de punções intraorais não tem problema.
Anatômica: dificuldade em definir
pontos de referência
COMPLICAÇÕES
● Um hematoma pode se formar (raramente) na pálpebra
inferior e nos tecidos entre esta e o forame infraorbitário.

● Solução: aplicar pressão nos tecidos moles acima do


forame por 2 a 3 minutos.
TIPOS DE INJEÇÃO
- PALATO -
ANESTESIA DO PALATO
● Para muitos dentistas, a administração de anestesia no palato é um dos procedimentos mais
traumáticos que eles realizam em odon
● Avisar ao paciente sobre a dor durante o procedimento permite que ele esteja mais preparado
psicologicamente (“reforço psicológico”) e também diminui a responsabilidade do profissional
quando ela ocorrer. O profissional pode consolar o paciente com um toque
● Etapas da administração atraumática da anestesia do palato são:
○ 1. Produzir anestesia tópica adequada no local de penetração da agulha.
○ 2. Usar anestesia por pressão no local antes e durante a introdução da agulha e a
deposição da solução.
○ 3. Manter controle sobre a agulha.
○ 4. Injetar a solução de anestésico lentamente.
○ 5. Confiar em si próprio. Você pode completar o procedimento de maneira atraumática.
V. BLOQUEIO DO NERVO PALATINO MAIOR

● Chamado também: Bloqueio do nervo


palatino anterior.
● Nervos Anestesiados: Palatino maior.
● Áreas Anestesiadas: A parte posterior do
palato duro e os tecidos moles
sobrejacentes, anteriormente até o primeiro
pré-molar e medialmente até a linha média
V. BLOQUEIO DO NERVO PALATINO MAIOR

VANTAGENS DESVANTAGENS
Minimiza as penetrações da agulha e o Não há hemostasia, exceto na área
volume de solução próxima da injeção

Minimiza o desconforto para o Potencialmente traumático


paciente
VI. BLOQUEIO DO NERVO NASOPALATINO
● Outros Nomes Comuns. Bloqueio do nervo incisivo, bloqueio do nervo esfenopalatino.
● Nervos Anestesiados. Nervos nasopalatinos bilateralmente.
● Áreas Anestesiadas. Porção anterior do palato duro (tecidos moles e duros) bilateralmente
desde a face mesial do primeiro pré-molar direito à face mesial do primeiro pré-molar
esquerdo
VI. BLOQUEIO DO NERVO NASOPALATINO

VANTAGENS DESVANTAGENS
Minimiza as penetrações da agulha Não há hemostasia, exceto na área
e o volume de solução próxima da injeção

Minimiza o desconforto para o Potencialmente a injeção intraoral


paciente mais traumática
VI. BLOQUEIO DO NERVO NASOPALATINO
● Complicações:
○ 1. Poucas são importantes
○ 2. Hematoma é possível, mas é muito raro devido à densidade e à firme aderência dos
tecidos palatinos ao osso.
○ 3. A necrose dos tecidos moles é possível quando uma solução vasoconstritora muito
concentrada (p. ex., noradrenalina) é utilizada para hemostasia por um período
prolongado
○ 4. Devido à densidade dos tecidos moles, a solução anestésica pode “esguichar” de
volta pelo local de perfuração da agulha durante a administração ou após a remoção
da agulha. (Isso não tem significado clínico.
VII. TÉCNICA (MÚLTIPLAS PERFURAÇÕES DA AGULHA)
VIII. INFILTRAÇÃO LOCAL DO PALATO
● Nervos Anestesiados. Ramos terminais dos nervos nasopalatino e palatino maior.
● Áreas Anestesiadas. Tecidos moles na vizinhança imediata da injeção
IX. BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR SUPERIOR MÉDIO ANTERIOR
● Outro Nome Comum. Abordagem palatina do nervo alveolar superior médio anterior (ASMA).
● Nervos Anestesiados:
○ Nervo ASA
○ Nervo ASM, quando presente
○ Plexo nervoso dentário

● Áreas Anestesiadas
● Anestesia pulpar dos incisivos, caninos e pré-molares superiores
● Gengiva inserida vestibular destes mesmos dentes
● Tecidos palatinos inseridos desde a linha média até a margem gengival livre dos
dentes associados
X. BLOQUEIO DO NERVO MAXILAR
● Nomes Comuns: Bloqueio da segunda divisão, bloqueio
nervoso V2.
● Nervo Anestesiado: Divisão maxilar do nervo trigêmeo.
● Áreas Anestesiadas
○ Anestesia pulpar dos dentes superiores no lado do
bloqueio
○ Periodonto vestibular e osso sobrejacente a estes
dentes
○ Tecidos moles e osso do palato duro e parte do
palato mole, medialmente à linha média
○ Pele da pálpebra inferior, lateral do nariz, bochecha
e lábio superior
VI. BLOQUEIO DO NERVO NASOPALATINO

VANTAGENS DESVANTAGENS
. Injeção atraumática pela Risco de hematoma,
abordagem da tuberosidade alta
É possível que haja introdução
Alta taxa de sucesso excessiva devido à ausência de pontos
de referência ósseos
Minimiza o número de perfurações
Dor: potencialmente traumática
Minimiza o volume total de solução.
(Abordagem da Tuberosidade Alta)

Abordagem do Canal Palatino Maior


VI. BLOQUEIO DO NERVO NASOPALATINO
OBRIGADA

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