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Compilação exercícios PT
1. Colocação dos dentes na zona neutra:
a) Ignora fatores mecânicos; (“ a colocação dos dentes na zona neutra não ignora os fatores mecânicos, mas em situações onde
estes fatores estão desfavorecidos a ação muscular pode servir como a principal força estabilizadora de uma prótese total”)
b) A ação muscular pode servir como a principal força estabilizadora da PT;
c) Ignora fatores anatómicos;
d) A+B corretas.

2. Rebordo muito resiliente, qual o material de 1ª escolha para uma correta impressão desta zona:
a) Silicone extra-light; (assim temos a certeza de que essa zona não é demasiado comprimida)
b) Silicone light;
c) Silicone putty. (íamos comprimir demasiado o rebordo e distorcê-lo. Nestes casos de rebordos resilientes temos de usar o
material mais light que existe)

3. O FWS está mais relacionado com qual das seguintes características?


a) DVR;
b) DVO;
c) Tipo de classe esquelética;
d) B+C corretas.

4. Objetivo da utilização de moldeiras individuais em PT:


a) Para permitir uma impressão adequada dos limites periféricos;
b) Para diminuir o gasto de material.

5. Qual a desvantagem da impressão mucoestática?


a) Permite uma impressão funcional na mandíbula;
b) É rápido; (fácil)
c) Difícil em pacientes não cooperantes; (mais fácil porque é mais simples de se fazer)
d) Difícil em casos de macroglossia.

6. As fóveas palatinas podem ajudar a localizar que zona?


a) Zona de vibração do “A”. (zona do A pode localizar-se em cima das fóveas ou 2mm atrás desta)

7. A zona de Fish:
a) É limitada pelo bordo anterior do masséter e termina na linha oblíqua interna;
b) É limitada pelo bordo anterior do masséter e termina na linha oblíqua externa;
c) Não deve ser totalmente recoberta para não magoar o vestíbulo. (só não é recoberta se masséter e bucinador
hipertónicos)

8. Determinação da DVO: o relaxamento provocado pode ser obtido através:


a) Dizer ao paciente para fechar os olhos; (relaxamento natural)
b) Relaxar; (relaxamento natural)
c) Dizer sons sibilantes; (“S”, contar de 69-60, …)
d) Fazer exercícios de tensão muscular.

9. Utilidade do método fonético de Silverman:


a) Determinação da DVO;
b) Confirmação da DVO.

10. Na fase laboratorial da zona neutra faz-se uma chave:


a) Lingual;
b) Vestibular; (não há necessidade de fazermos uma chave vestibular, apesar de a podermos fazer também)
c) Oclusal;
d) A+B corretas.

11. Indicações da Zona Neutra:


a) Reabsorções muito acentuadas;
b) Desdentados totais que permaneceram muito tempo sem colocar prótese;
c) Desdentados totais com assimetrias bucofaciais;

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d) Todas as anteriores.

12. Zona Neutra:


a) Só pode ser determinada na mandíbula;
b) É determinada na mandíbula e maxila; (não há necessidade de determinar na maxila porque os dentes posterior superiores
já vão articular com os dentes inferiores posteriores {determinados pela zona neutra}. Só fazemos zona neutra maxilar se tivermos
um rebordo superior muito reabsorvido e um rebordo inferior muito bom [raro de acontecer]).
c) Só pode ser determinada na maxila;
d) É determinada apenas na mandíbula.

13. Para a realização da impressão muco funcional é necessário proceder a 2 etapas distintas. Quais são essas
2 etapas?
a) Selagem periférica e impressão definitiva;
b) Colocação de godiva em 3 locais distintos com 1mm e depois impressão definitiva.

14. PRI inferior:


a) Deve ter altura de 20mm na zona anterior e deve ser medida na zona do freio labial; (20mm na zona anterior,
desde o fundo do vestíbulo até ao limite incisal – medido na zona do freio labial)
b) Deve ter a inclinação dos incisivos inferiores. (as PRIs devem estar perpendiculares ao rebordo residual. No superior é
que deve ter a inclinação dos dentes naturais em anterior de modo a simular o suporte do lábio superior, em posterior é vertical)

15. PRI superior:


a) Deve ter largura (espessura) em anterior 4-6mm e em posterior 8-10mm;
b) Deve ficar 2mm aquém do fundo do vestíbulo; (desde o fundo do vestíbulo)
c) Todas falsas.

16. Indique 5 utilizações/indicações da oclusão bi-balanceada/balanceada em PT:


Pacientes jovens, com rebordos positivo, com antagonistas naturais, com pequeno trespasse horizontal e e grande trespasse
vertical.

17. Qual a sequência que deve seguir para executar uma correta Mandíbula:
selagem periférica com godiva (diga por ordem das zonas), no maxilar Freio labial até ao freio bucal à freio
bucal à dos freios bucais ao corpo
superior?
periforme à atrás do corpo periforme
Do rebordo residual posterior até ao freio bucal à do freio bucal ao freio labial à à freio lingual à do freio lingual à zona
atrás da tuberosidade à entre as tuberosidades. retromiloihoideia

18. 3 linhas que devem ser marcadas na PRI para o técnico de laboratório ter informações para a montagem
dos dentes:
Linha do sorriso, linha média e linhas dos caninos → linhas estéticas.

19. O limite posterior da prótese total maxilar na linha média é determinado pelo(a):
a) Sulco pterigomaxilar;
b) Fóvea palatina;
c) Linha de vibração;
d) Selamento posterior.

20. O vestíbulo labial é um sulco:


a) Localizado entre os freios bucais;
b) Fisiologicamente limitado pelas fibras verticais do orbicular dos lábios; (horizontais)
c) Que pode estar fisiologicamente limitado pelo músculo mentoniano; (o músculo mentoniano limita a altura do
vestíbulo inferior)
d) A e C corretas.

21. Na reabilitação do desdentado total geriátrico, devemos ter em atenção:


a) O meio social em que se enquadra;
b) A qualidade da saliva, e a polimedicação potencialmente xerostómica;
c) A boa coordenação motora do paciente geriátrico o que proporciona uma boa estabilidade das próteses;
d) Todas corretas.

22. A classificação de etinger and beck, 1984, divide os pacientes geriátricos em 3 grupos, segundo:
a) O grupo etário;
b) O seu grupo social;

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c) O seu grupo de dependência; (grupo dos idosos ativos funcionalmente independentes, idosos frágeis, idosos funcionalmente
dependentes)
d) A sua colaboração.

23. A retenção de uma prótese melhora:


a) Quando a película de saliva é de espessura reduzida; (o aumento da película de saliva associa-se a um aumento da
distância entre a base da prótese e da mucosa → ↓ retenção)
b) Quando a saliva é fluida; (nós preferimos uma saliva viscosa do que uma saliva fluida MAS não queremos uma saliva SUPER
VISCOSA à afasta a base da prótese da mucosa)
c) Com a molhabilidade da base da prótese; (é importante a base da prótese ser molhável para que haja uma extensão maior
de saliva)
d) A e C corretas.

24. A retenção e a estabilidade de uma PT são essenciais para o sucesso da reabilitação protética e dependem
de fatores como:
a) Força da gravidade e do menisco salivar;
b) Da adesividade dos alimentos;
c) Rebordo alveolar residual;
d) Todas corretas.

25. A tensão superficial em PT:


a) Relaciona-se com a saliva na proporção de quanto menor a quantidade e a qualidade da saliva maior é esta
tensão;
b) É a resistência à penetração de ar entre a mucosa e a base da prótese;
c) Não depende de capilaridade do menisco salivar;
d) É um fator desprezível para a retenção da prótese.

26. A região do corpo periforme não sofre reabsorção porque:


a) Tem a inserção de fibras do músculo temporal;
b) Tem a inserção de fibras do pterigóideo interno;
c) Tem a inserção de fibras do masséter;
d) A e C corretas. (o corpo periforme tem a inserção do temporal, bucinador e masséter)

27. Na classificação de House, a retenção da prótese maxilar na:


a) Classe I é a que tem pior prognóstico;
b) Classe IV é a que tem pior prognóstico;
c) Classe I é a que tem melhor prognóstico;
d) Classe III é a que tem melhor prognóstico.

28. Na classificação de Niel a classe I na região retromiloideia é limitada posteriormente:


a) Pelo constritor superior da faringe a 4-5mm da linha oblíqua interna;
b) Pelo palatoglosso a 4-5mm da linha oblíqua interna;
c) Pelo milo-hioideu a 4-5mm da linha oblíqua interna;
d) A e B corretas.

29. São fatores locais de reabsorção óssea alveolar:


a) Traumatismo alveolar durante a extração;
b) A hipovascularização alveolar;
c) Má curetagem de tecidos moles dentro do alvéolo;
d) Todas corretas.

30. A remodelação óssea ocorre em resposta a alterações biomecânicas:


a) Com alterações da relação entre tensão e deformação;
b) Com aumento da deformação e diminuição da tensão; (para termos remodelação temos de ter deformação que é
causada pela força/tensão, mas se a força for grande, vai causar reabsorção e não remodelação).
c) Com diminuição da deformação e aumento da tensão;
d) Todas corretas.

31. O aumento progressivo de microdanos ósseos estão associados com:


a) Ciclos continuados de cargas elevadas;
b) Aumento do módulo de elasticidade; (diminuição)
c) Valores fisiológicos de deformação; (o aumento progressivo de microdanos ósseos podem levar a que estas se unem e
originem microfraturas e eventualmente fraturas)

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d) Nenhuma correta.

32. Na classificação da quantidade óssea, segundo Lekholm e Zarb:


a) O osso tipo B tem uma severa reabsorção do osso alveolar; (média) (a severa reabsorção do osso alveolar é o tipo C)
b) O osso tipo D tem uma reabsorção parcial do osso basal;
c) O osso tipo D tem extrema reabsorção do osso basal; (tipo E)
d) Nenhuma correta.

33. Na classificação de Mish o tipo de osso mais frequente na região maxilar é:


a) O osso tipo D1;
b) O osso tipo D2;
c) O osso tipo D3;
d) O osso tipo D4.

34. Qual a importância da determinação do comprimento do lábio superior?


a) Pode indicar se o paciente tem um sorriso gengival;
b) Vai indicar a altura do bordo da prótese;
c) Vai indicar a espessura do bordo da prótese;
d) Pode indicar o comprimento dos incisivos inferiores.
Eu não sei se a resposta está
35. Como poderemos determinar o índice de dor num paciente desdentado total? bem… mas esta foi a
informação que encontrei.
a) Passando com um brunidor grosso na zona da papila incisiva;
b) Palpando com o dedo indicador a emergência do nervo
mentoniano;
c) Com o plano de fox;
d) Com uma moldeira universal no maxilar.

36. Como vemos clinicamente se um paciente tem uma classe I ou II de Neil?


a) Palpando a zona com um dedo indicador ao mesmo tempo que o paciente deglute;
b) Efetuando uma impressão funcional da zona retromiloideia com a língua na posição mais anterior possível;
c) Utilizando um espelho intra oral e pedindo ao paciente para colocar a língua na papila incisiva ou no bordo
dos incisivos superiores; (e fazer movimentos de deglutição)
d) Nenhuma das anteriores;
e) Todas as anteriores.

37. Qual o suporte médio da mandíbula e porque é que esta tem pior prognóstico que o maxilar?
Área de suporte da mandíbula: 12cm2 → valor diminuído relativamente à maxila que é de 23cm2.
A reabsorção da maxila dá-se de uma forma mais rápida que a mandíbula, uma vez que a maxila possui um osso menos
denso e menos resistente a fatores mecânicos. Já a mandíbula possui um osso mais denso e corticalizado, sendo que a
reabsorção dá-se de uma forma mais lenta. Ou seja, em termos de reabsorção a maxila possui pior prognóstico em relação à
mandíbula. Contudo, em termos reabilitadores, a mandíbula possui um pior prognóstico. A maxila, embora tendo um osso
muito menos denso que a mandíbula, possui uma maior área de suporte e consequentemente as forças distribuem-se por
uma maior área, não incidindo tanto na mesma zona. Já na mandíbula a área de suporte é muito menor e as forças atuam
com mais violência nesta pequena área, não havendo uma correta distribuição das mesmas. Uma reabsorção da mesma
quantidade e com a mesma qualidade de osso, tem sempre pior prognóstico na mandíbula relativamente à maxila, uma vez
que a maxila tem maior área de suporte.

38. Um doente com tuberosidades hipertrofiadas. Qual a limitação se for colocar uma prótese bimaxilar?
Quando a tuberosidade é muito volumosa e retentiva, dificulta o eixo de inserção da prótese, apesar de oferecer muita
retenção. No caso de termos tuberosidades muito grandes, estas podem roubar espaço à prótese, pois tornam-se grandes e
baixas, e podem interferir com a apófise coronoide quando o paciente fecha a boca e faz os movimentos de lateralidade.

39. Classificação House. O que é? Quais as classes? Tipo de palato associada a cada classe.
É uma classificação que classifica o tipo de palato mole em relação à transição palato duro-palato mole e a quantidade de
tecido que temos para fazermos o selamento palatino posterior.
Classe I → associado a um palato mole horizontal. A transição entre o palato duro e mole é horizontal e discreta,
conseguimos ver a orofaringe toda. Neste caso podemos estender a prótese até 5-12mm atrás da transição e a espessura
poderá ser de 1-2mm. Os tipos de palatos duros associados a este tipo de classe são os palatos arredondados e em U.
Classe II → associado a um palato mole oblíquo. A transição entre o palato duro e mole é oblíqua. Aqui apenas podemos
esticar a prótese até 2-5mm atrás da transição e a espessura poderá ser de 2mm. Os palatos associados a este tipo de classe
são os palatos arredondados e em U.

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Classe III → associado a um palato mole vertical. A transição entre o palato duro e mole é vertical. Aqui apenas podemos
esticar a prótese até 1mm atrás da transição e a espessura terá de ser de 3-5mm. Os palatos associados a este tipo de classe
são os palatos altos em forma de V. Esta classe felizmente é mais rara de aparecer pois tem muito mau prognóstico.

40. Quais as estruturas anatómicas que interferem na largura e profundidade do vestíbulo labial mandibular?
Em toda a zona é limitado pelo orbicular dos lábios. Na zona média pelo mentoniano, depressores do lábio e do ângulo do
lábio.

41. Cofragem. Objetivo. Porque é que o alginato não pode ser usado como material de impressão aquando da
realização da cofragem?
A cofragem é uma técnica que permite a preservação de todos os limites anatómicos após a passagem da impressão a gesso,
são colocados em evidência os limites da futura prótese total. A cofragem garante que o gesso cobre o fundo do vestíbulo e
quando desinformarmos não parta.
Não é possível fazer este procedimento se forem usados hidrocoloides (alginato), como material de impressão, pois a cera
utillity não adere.

42. Porque é que não se determina a zona neutra do maxilar?


Não se determina a zona neutra maxilar porque não há necessidade. Se vamos determinar a zona neutra mandibular posterior
então articulamos e seguimos a posição dos dentes posteriores maxilares com os dentes posteriores mandibulares (já
determinados posteriormente pela zona neutra). Só determinamos a zona neutra maxilar em casos específicos, nomeadamente em
situações onde temos uma grande reabsorção do rebordo maxilar e um rebordo mandibular bom.

43. 4 fatores que modificam o espaço livre de inoclusão.


Espaço livre de inoclusão = Free Way Space.
4 fatores que modificam: classe esquelética, posição muscular, fonética, fraturas do côndilo.

44. Indique as três terapêuticas que se podem realizar quando o mentoniano está sobre a crista óssea.
Aliviar bem a prótese;
Bordo mais largo;
Colocar enxerto através de cirurgia.

45. Qual o tipo de material de impressão atualmente com mais vantagens para realizar uma impressão
mucodinâmica? Justifique a resposta.
Para realizar uma impressão mucodinâmica utiliza-se atualmente o acondicionador de tecidos → o acondicionador de tecidos
possui boas propriedades mucodinâmicas e um bom tempo de geleificação. É um material que tem uma presa muito lenta
sendo que o paciente pode levar para a sua casa o acondicionador na sua prótese antiga (funcionando esta como suporte para o
material) e mastigar, falar, etc. O material de impressão quando aplicado na superfície da prótese, vai sofrer deformação quando
se aplica carga funcional (mastigatória) permitindo uma excelente adaptação aos tecidos.

46. Porque é que a mandíbula aparenta ser maior que a maxila.


Devido ao padrão de reabsorção da mandíbula que é centrífugo e o da maxila é centrípeto. Ou seja, há medida que a maxila
reabsorve torna-se mais pequena, mas há medida que a mandíbula reabsorve ela torna-se maior, torna-se mais achatada e
mais pequena transversalmente, dando a falsa sensação de classe III.

47. Num rebordo com zonas de grande resiliência, qual seria o material de primeira escolha para uma correta
impressão desta zona? Justifique a resposta.
Num rebordo com grande resiliência, utilizaria como material de impressão um extra light. Este tipo de material evita que
haja uma grande compressão do rebordo e consequentemente uma alteração da sua posição, permite também um maior
detalhe da zona e garante que o rebordo está em repouso.

48. Material de impressão utilizado na impressão com pressão seletiva e porquê.


Material de impressão usado na pressão seletiva à a pressão seletiva consiste em 2 fases: selagem periférica e impressão
definitiva. Ao longo destas 2 fases diferentes materiais podem ser usados. Na selagem periférica usamos godiva ou heavy
body/monofase. Na impressão definitiva usamos heavy body. Em situações onde precisamos de fazer wash impression
(situações onde vemos a moldeira à transparência, onde temos degraus, onde queremos mais detalhes) podemos usar silicone mais fluido (light
ou extra light). Ainda podemos ter situações onde temos rebordos anteriores muito resilientes e aqui vamos ter de utilizar
também silicones mais fluidos para evitar a compressão dos tecidos.

49. Quais os 3 objetivos da PRI.


As PRIs são bases de registo, que devem simular a extensão final da prótese, nas quais são fixadas ceras de oclusão para
recolher as seguintes informações necessárias:

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ü Determinação da DVO;
ü Determinantes estéticos do paciente, tais como → suporte de tecidos orais e posições dentárias de alguns dentes
que vão servir de referência para a montagem dos restantes → linhas estéticas: linha média, linha do sorriso, linha
dos caninos;
ü Registo intermaxilar, de modo a poder transferir esse registo para um articulador e reproduzi-lo no laboratório.

50. O que avaliam os fonemas: “S”, “T”, “V”, “M” e “F”?


O método de Silverman, é um método fonético utilizado em classes I, e que permite-nos obter várias informações como
por exemplo: relação dos incisivos superiores com o lábio inferior, verificação da DVO, espaço livre de inoclusão correto.
Normalmente este método é utilizado aquando da prova de dentes.
V, F, M = permite-nos avaliar a relação do bordo dos incisivos superiores com o lábio inferior, se estes estão na transição
do lábio mucoso com o lábio cutâneo.
M = também permite-nos determinar a DVR uma vez que é o fonema utilizado para a pessoa ficar em repouso, sem
contactos dentários, apenas contactos labiais.
T = posição da língua relativamente aos incisivos superiores.
S = permite-nos avaliar a distância do bordo dos incisivos superiores ao lábio inferior. Esta letra ajuda-nos a determinar o
espaço livre de inoclusão à Por exemplo, se o FWS (free way space) for suficiente, a pessoa consegue dizer a palavra “sessenta”.
Se for pequeno a pessoa diz “xexenta”, se for demasiado grande o espaço acontece o efeito de chuveirinho onde a pessoa
liberta saliva quando diz estas palavras com “s”.

51. Escolher a sequência correta de movimentos a realizar na prova de dentes: A – movimentos em cêntrica,
protrusão e lateralidades, B – movimentos em protrusão, cêntrica e lateralidades. Justificar a resposta.
Correta: B. Começamos pela protusão porque temos de identificar quais as cúspides que asseguram a protusão e não as
podemos desgastar. Se não começarmos por este registo podemos vir a desgastá-las e deixamos de ter contactos posteriores
em protusão. Depois passamos para os movimentos em cêntrica e por fim os de lateralidade. Nos movimentos com
lateralidade, se tivermos pontos de confluência com os movimentos de protusão e cêntrica nunca podemos desgastar pois
estes já foram escolhidos anteriormente.

52. Quais as indicações para usar oclusão lingualizada:


Pacientes idosos, com rebordos reabsorvidos, com problemas no controlo neuromuscular, com cêntrica longa, grande
trespasse horizontal e pequeno trespasse vertical, doentes com patologia na ATM.

53. Indique 2 situações clínicas em que um registo dinâmico está contraindicado.


O registo dinâmico está contraindicado em situações onde temos: limitação da abertura bucal e rebordos poucos
reabsorvidos pois não existirá espaço para colocar o material.

54. Diga qual o fator do quinteto de hanau que é inalterável na obtenção de uma oclusão balanceada em PT.
Guia condilar.

55. Indique 2 vantagens da oclusão lingualizada balanceada relativamente à oclusão bi-balanceada.


Não há interferências das cúspides vestibulares, movimentos feitos com maior facilidade e simplicidade.

56. A determinação da zona neutra é um procedimento clínico e laboratorial, indique 3 situações clínicas em
que deve ser sempre efetuado.
A determinação da zona neutra deve ser efetuada em situações como → grandes reabsorções das cristas residuais, pacientes
desdentados totais durante muitos anos e que nunca usaram próteses, pacientes desdentados totais com assimetrias
bucofaciais.

57. Diga qual o comprimento e a altura da PRI maxilar na região anterior (valores médios), na execução
laboratorial, e como deve ser individualizada posteriormente na clínica.
Altura → 22mm desde o fundo do vestíbulo até ao limite incisal, medida na zona do freio. Como é que individualizamos na
clínica? Ajustar a oclusão maxilar tendo em consideração o paralelismo (posteriores com o plano de camper, anteriores com o plano
interpupilar). Depois vamos ajustar o comprimento vertical, a nível anterior. Em 3º vamos colocar o plano oclusal paralelo ao
plano de camper com a ajuda do plano de fox. Por fim vamos ajustar a PRI inferior com base na superior.

58. Entre a classe II e III de Angle, qual a mais difícil de reabilitar e porquê?
Classe II. As classes II possuem características que aumentam a dificuldade na sua reabilitação: têm um overjet muito
aumentado, uma mordida profunda, molares lingualizados, normalmente associados a palatos duros em V o que dificulta
imenso a retenção da prótese e a impressão.

59. Defina zona neutra e diga qual a sua relação com as ceras de oclusão nas PRIs?

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A zona neutra é um espaço potencial para a futura prótese e é o espaço que existe entre a musculatura intrínseca (língua) e a
musculatura extrínseca/perioral (modíolo, masséter, bucinador, orbicular dos lábios). Se os dentes forem colocados corretamente
nesta posição, não se rouba espaço à língua nem a bochecha e o paciente sente-se mais confortável. Com a determinação
desta zona consegue-se que a resultante das forças horizontais consiga estabilizar verticalmente a prótese (retenção). As ceras
de oclusão das PRIs, em boca, não devem invadir esta área virtual, de extrema importância, para a estabilidade da futura
prótese.

60. Quais os tipos de suporte que uma prótese pode ter? Refira as características de cada tipo.
A prótese pode apresentar um suporte dentário ou um suporte mucoso. Relativamente ao suporte dentário, este é mais
fácil porque tem o ligamento periodontal, apresenta uma área de 45cm2 , as forças associadas são de tração e cisalhamento,
o comportamento do ligamento periodontal é resistente ou resiliente, a evolução aponta para um potencial osteogénico e
relativamente à estabilidade que oferece pode dizer-se que é bastante boa. Relativamente ao suporte mucoso, este é mais
difícil porque tem epitélio e em termos de conforto nunca vai oferecer ao paciente algo tão bom como dentes, apresenta na
maxila uma área de 23cm2 e na mandíbula uma área de 12cm2, as forças associadas são de compressão, relativamente ao seu
comportamento apresenta uma resiliência variável, a sua evolução aponta para uma reabsorção progressiva e relativamente
à estabilidade sabe-se que é deficiente, dada a mobilidade associada, o suporte é essencialmente feito pelo osso alveolar
residual e pela mucosa de revestimento. O suporte mucoso é condicionado pelos limites periféricos e extensão da prótese,
pela distribuição e intensidade das forças associadas e ainda pela adaptação das bases da prótese.

61. Quais são as zonas/estruturas de suporte primário, numa prótese total mandibular?
Rebordo residual posterior, corpo periforme, zona de fish.

62. Para que serve a classificação de Neil? Quais as classes estabelecidas?


A classificação de Neil avalia a área retromiloideia e permite-nos aferir quantos mm abaixo da linha milohioideia podemos
estender a prótese e quantos mm de espessura poderá ter o bordo da mesma. Trata-se de uma classificação que só pode ser
determinada clinicamente e depende da inserção, atividade e tonicidade das estruturas adjacentes, nomeadamente do músculo
palatoglosso. Assim a classe I afirma: 4-5mm x 2-3mm o que significa que podemos estender a prótese entre 4 a 5mm abaixo
da linha milohioideia com uma espessura entre os 2 e os 3mm. A classe II trata-se de uma situação intermédia entre classes.
A classe III afirma: 2-3mm x 2mm o que significa que podemos estender cerca de 2-3mm a prótese, abaixo da linha
milohioideia, numa espessura não mais de 2mm, podendo mesmo terminar o bordo, em lâmina de faca.

63. Quais são a zonas/estruturas de suporte primário, numa prótese total maxilar?
Rebordo residual posterior, tuberosidade, palato, área de selagem posterior.

64. Diga quais são as formas de palatos duros que conhece e escolha aquele que lhe parece ser ideal na
reabilitação com prótese total. Justifique a sua escolha.
Formas do palato duro → alto ou médio arredondados, alto em forma de V, plano ou achatado.
O ideal será o alto/médio arredondado.
Ao contrário do alto em forma de V, os arredondados permitem uma impressão mais fácil (uma vez que o material chega com mais
facilidade a todo o lado), suportam cargas verticais (uma vez que apresentam mais palato disponível para suportar as cargas {sendo que o palato é
uma zona de suporte primário extremamente importante para a reabilitação}), associam-se a classes I e II de House (sendo assim as próteses
podem estender-se um pouco mais para posterior com espessuras finas, aumentando a retenção da prótese. No caso do palato alto em forma de V este
associa-se a uma classe III de House onde a transição do palato duro e mole é abrupta e vertical → mau prognóstico), a retenção e estabilidade
das próteses são maiores, boa selagem posterior. Ao contrário do palato plano ou achatado, os arredondados suportam
cargas laterais e oblíquas, o rebordo residual posterior não foi quase nada reabsorvido bem como o osso alveolar.

65. Diga o que entende por Cone de Corte.


Cone de corte corresponde a uma zona que é constituída por células osteoclásticas (presentes na zona de reabsorção), células
osteoblásticas (presentes na zona de formação) e uma zona intermédia mal diferenciada. O osso tem a capacidade de interpretar a
carga que sobre ele atua e os processos de remodelação atuam de acordo com essa carga. Os osteócitos aprisionados nos
canais de Havers interpretam os estímulos de pressão/carga que ocorrem sobre os ossos e entram em apoptose, produzindo
substâncias, nomeadamente as prostaglandinas, que estimularão as células osteoblásticas e osteoclásticas, levando aos
processos de reabsorção e formação óssea.

66. O que são microdanos? Como são causados? Como são reparados?
Os microdanos são criados por valores fisiológicos de deformação, que atuam por longos períodos de tempo, e aumentam
com ciclos continuados de carga. O aumento dos microdanos ocorre por diminuição do módulo de elasticidade bem como
da resistência óssea, à medida que as microfissuras se unem para formar microfraturas ou mesmo fraturas completas. Por
vezes os osteócitos podem detetar os microdanos, causados pelas deformações que estejam abaixo do limiar basal, e repará-
los por remodelação, com predominância de formação sobre a reabsorção. As microfissuras são primeiramente reabsorvidas,
no sentido do seu desaparecimento e novo osso se formará, osso esse considerado “vazio”, que à posteriori regenerará. Os

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osteócitos aprisionados nos canais de Havers interpretam os estímulos de pressão, entrando em apoptose e estimulam assim
os osteoblastos e os osteoclastos, que ficaram responsáveis pelo processo de remodelação.

67. Distinga remodelação de modelação e dê exemplos desses dois processos.


A remodelação consiste no processo de reabsorção e formação óssea, sendo que estes dois processos ocorrem de forma
combinada, seguidos um ao outro e no mesmo local. A remodelação óssea ocorre durante toda a vida e apresenta um padrão
cíclico de formação e reabsorção. A remodelação ocorre por exemplo na substituição de osso imaturo ou danificado por um
novo osso, na regeneração óssea. A modelação consiste no processo de reabsorção e formação óssea, sendo que estes dois
processos não ocorrem de forma combinada e nem no mesmo local. Assim, no local da formação não existe uma reabsorção
prévia e pode dizer-se que este processo de modelação produz muito mais osso que o processo de remodelação. A modelação
ocorre, por exemplo, na reparação de um callus ósseo de uma fratura ou no preenchimento de espaços vazios em torno de
um implante.

68. Descreva a classificação de Atwood e aponte qual a situação mais benéfica para a reabilitação com prótese
total.
Classificação de Atwood → classificação de reabsorção óssea:
Classe I → pré extração;
Classe II → pós extração → osso alveolar intacto se não tiverem acontecido fraturas decorrentes da exodontia. Situação
mais favorável pois o rebordo é alto e arredondado → confere suporte vertical e estabilidade horizontal → retenção e
estabilidade. Situação mais benéfica para a reabilitação com prótese total.
Classe III → rebordo alto e arredondado → Rebordo mais estável e com melhor prognóstico do ponto de vista de uma
reabilitação estável de uma prótese total. Situação mais benéfica para a reabilitação com prótese total.
Classe IV → rebordo em lâmina de faca → Temos o tecido mole e móvel, onde a gengiva acompanha. Por baixo da gengiva
temos uma “faca”, com “pouco osso”. Esta situação é muito instável, em termos de suporte é frágil em movimentos
horizontais, é muito sensível a movimentos verticais pois a mucosa vai ser comprimida entre a base da prótese e a lâmina de
faca óssea.
Classe V → forma baixa e arredondada → Situação mais frequente. Há dificuldade em identificar a crista do rebordo. A
movimentação vertical é mais favorável do que na classe IV. O movimento horizontal quase que se dá livremente.
Classe VI → forma côncava → No lugar da crista temos um sulco ou depressão. O próprio osso basal já está a ser
reabsorvido. Em lingual não tenho uma situação plana mas sim em escadinha. A espessura da prótese vai ter de ser maior,
vai haver zonas difíceis de estabilizar a prótese quer em termos verticais quer em horizontais. A retenção e a estabilidade
estão muito comprometidas.

69. Quais as possíveis etiologias da reabsorção óssea?


A reabsorção óssea pode ocorrer por fatores mecânicos, anatómicos ou metabólicos.
Fatores mecânicos → O aumento da duração, frequência e magnitude das forças leva a que haja um aumento da reabsorção.
Fatores anatómicos →Quanto maior a área de osso (cargas por unidade de área são menores), quanto maior a sua densidade, quanto
maior a sua espessura, menor a reabsorção.
Fatores metabólicos → Locais ou sistémicos. Sistémicos: alterações do estrogénio, tiroxina, hormona de crescimento e de
vitaminas/nutrientes com a vitamina D, cálcio, fósforo e flúor possuem alterações na reabsorção óssea. Locais: aumento de
prostaglandinas, falta de oxigénio (que leva a isquemia e aumento de óxido nítrico), aumento de endotoxinas, aumento de fatores de
ativação dos osteoclastos também levam a aumento da reabsorção óssea.

70. Explique porque é que os desdentados totais simulam tantas vezes situações de classe III.
Os desdentados totais podem simular situações de classes III em termos esqueléticos e em termos funcionais. Vejamos os 2
aspetos:
Esquelético → A reabsorção mandibular apresenta um pior prognóstico a nível reabilitador, em relação à reabsorção
maxilar, uma vez que a área de suporte mandibular é mais pequena (12cm2) relativamente à área de suporte maxilar (23cm2).
Para além disto, a reabsorção mandibular é centrífuga ao contrário da maxilar que é centrípeta. Quanto mais a mandíbula
reabsorve maior fica e quanto mais a maxila reabsorve mais pequena fica. As tábuas vestibulares anteriores inferiores são
muito finas (apesar de na maxila também o serem) e, aquando das extrações, ocorre muito frequentemente microfraturas que levam
a um acelerar da reabsorção. Esta reabsorção torna a mandíbula mais achatada, mais comprida e transversalmente mais
pequena. Isto dá um aspeto de classe III.
Funcionais → Aquando do afundamento do vestíbulo, a prótese, na tentativa de haver contactos posteriores, desliza a
mandíbula para a frente. Isto faz com que os pacientes pareçam ser classes III, pois os incisivos inferiores ficam à frente dos
superiores.

71. Em que osso (maxilar ou mandibular) se considera maior a quantidade de reabsorção óssea?
A maior quantidade de reabsorção óssea dá-se na maxila, uma vez que possui um tipo de osso menos denso que reabsorve
mais facilmente. Contudo, a mandíbula possui uma área de reabsorção menor sendo que, apesar de ter um osso mais denso,
possui um pior prognóstico em termos reabilitadores.

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72. Quais as características do Síndrome de Kelly?


O síndrome de Kelly acontece maioritariamente em pessoas com reabilitação total unimaxilar. Ex. pessoa com dentes
anteriores naturais na mandíbula e reabilitado totalmente na maxila: o que vai acontecer neste caso é que a força dos dentes
inferiores na prótese superior leva a que haja a uma reabsorção maior e acelerada do osso. A mucosa, dada à rapidez da
reabsorção, não consegue acompanhar essa reabsorção e torna-se móvel/flácida/resiliente, isto leva depois a que haja
mobilidade da prótese superior e quando mastigam a prótese vai em direção ao fundo do vestíbulo e só pára na zona da
espinha nasal anterior. Para além disto, estas pessoas com esta síndrome possuem tuberosidades hipertrofiadas (uma vez que
são elas que suportam as cargas), extrusão dos dentes inferiores, aumento da reabsorção posterior, extrusões dos dentes
mandibulares e têm um sorriso que geralmente se vê mais os dentes inferiores que os superiores.

73. Distinga retenção de estabilidade.


Retenção: resistência oferecida pela prótese ao desprendimento da sua base.
Estabilidade: resistência ao deslocamento da prótese, inserida no rebordo, quando sobre ela são exercidas forças.

74. Diga quais são os fatores de retenção que conhece, descrevendo sucintamente a importância de cada um.
Fatores de retenção → adesão, coesão, tensão superficial interfacial, gravidade, pressão atmosférica.

75. Diga quais são os fatores de estabilidade que conhece, descrevendo sucintamente a importância de cada
um.
Fatores de estabilidade → Direção das forças de fechamento; Ação muscular; Efeito da 3ª lei de Newton; Superfície articular
da ATM; Ângulo formado pelos planos oclusais; Ângulo formado pelas superfícies de oclusão; Compressividade dos tecidos
de suporte; Efeitos dos alívios; Pressão sobre os bordos; Altura da linha de oclusão; Magnitude das forças mastigatórias;
Efeitos de alavanca.

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76. Quais as patologias a ter em conta quando se pretende efetuar uma reabilitação protética com prótese
total?
Perceção gustativa, síndrome de boca ardente, alterações salivares, síndrome de Kelly, diabetes, osteoporose, elevada
suscetibilidade à cárie, artrite reumatoide, síndrome do canal de cárpico.

77. Quais os parâmetros avaliados no exame extra-oral?


Assimetrias, queilite angular, linha do sorriso, classe esquelética.

78. Quais os parâmetros avaliados no exame intra-oral?


Rebordo residual, inserções musculares, freios, reabsorções ou espículas, língua (tamanho, simetria e função).

79. A que tipo de paciente temos de estar mais atentos à síndrome da mal adaptação?
Com antecedentes protéticos e com má experiência, sendo que esta má experiência durou cerca de 1 semana e depois o
doente nunca mais usou a prótese.

80. Para um paciente com rebordo mandibular atrófico a sequência adequada deve ser:
a) cirurgia pré protética, impressões, zona neutra, registo intermaxilar;
b) cirurgia pré protética, impressões, registo intermaxilar, zona neutra;
c) impressões, cirurgia pré protética, zona neutra, registo intermaxilar;
d) impressões, cirurgia pré protética, registo intermaxilar, zona neutra.

81. A hipertrofia tuberositária presente nos pacientes com síndrome de Kelly:


a) associada a desdentado total mandibular; (maxilar)
b) associado a um rebordo residual anterior muito resiliente;
c) associado a desdentação parcial posterior mandibular;
d) B e C estão corretas.
82. Quando um paciente se queixa de problemas de retenção da prótese o procedimento deve ser:
a) efetuar rebasamento mandibular;
b) reavaliar os limites de suporte protético;

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c) receitar fixador;
d) todas estão corretas.
83. Num paciente com desdentação total com uma língua numa posição retruída:
a) procurar estender a região sublingual da prótese;
b) colocar um sulco de trino na face lingual da prótese inferior;
c) determinar corretamente a zona neutra;
d) todas certas.
84. Na montagem dos dentes anteriores em PT usamos linhas guia verticais e horizontais. Em relação às
verticais:
a) são a linha média da face e a linha dos caninos;
b) a linha interpupilar e a linha dos caninos;
c) a linha dos caninos é determinada pela localização das comissuras labiais ou pelas asas do nariz;
d) A e B estão corretas.
85. Na seleção dos dentes anteriores em PT devemos ter em consideração o seguinte:
a) seleção do material a usar;
b) género masculino e feminino;
c) tamanho M-D dos dentes, de acordo com o espaço medido entre as linhas dos caninos nas PRI’s;
d) todas estão corretas.
86. Na montagem dos dentes artificiais nas PT devemos ter em consideração:
a) que no plano horizontal o bordo livre dos dentes anteriores deve reproduzir o bordo mais externo da PRI;
b) o plano frontal assegura-nos o suporte labial;
c) as referências fonéticas não nos orientam na verificação da correta DVO...apresentação com dentes;
d) A e B estão corretas.
87. O sulco hamular:
a) Pode estar limitado pelo ramo ascendente da mandíbula;
b) Está localizado ao nível das fóveas palatinas; (um pouco mais atrás)
c) É fino e laxo;
d) Localiza-se entre a tuberosidade do maxilar e a apófise pterigoide do esfenoide;
e) Todas corretas.

88. Os corpos periformes na mandíbula dos desdentados totais:


a) Devem ser sempre recobertos na totalidade pela base da prótese; (apenas os 2/3 anteriores ou metade anterior)
b) Em PPR a sua participação no suporte da prótese é dispensável; (se for uma classe I de Kennedy inferior é necessário
o corpo periforme)
c) Não são visíveis nas impressões preliminares;
d) São estruturas de suporte primário;
e) Todas estão corretas.

89. A papila retroincisiva é uma estrutura importante porque:


a) Não reabsorve e mantém o suporte da prótese maxilar;
b) Pode indicar a posição da linha média interincisiva; (a papila apenas dá referência da FACE VESTIBULAR dos incisivos,
e não da linha média interincisiva!)
c) Pode indicar a posição da face vestibular dos incisivos centrais;
d) B e C estão corretas;
e) Todas estão corretas.

90. A reabsorção do rebordo residual deve-se a fatores:


a) Mecânicos e metabólicos locais;
b) Sistémicos e anatómicos;
c) Cirúrgicos e vasculares;
d) A e B estão corretas;
e) Todas estão corretas.
Fatores de retenção:
91. São fatores de retenção a: ü Adesão;
a) Adesividade da saliva à base da prótese; ü Coesão;
b) Qualidade e a quantidade da saliva; ü Tensão superficial interfacial;
c) Tensão superficial da saliva; ü Gravidade;
d) B e C estão corretas; ü Pressão atmosférica.
e) Todas estão corretas.
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92. A estabilidade de uma prótese total depende da(o): Fatores de estabilidade:


a) Ângulo formado pelas superfícies oclusais; ü Direção das forças de fechamento;
b) Elasticidade dos tecidos de suporte; ü Ação muscular;
ü Efeito da 3ª lei de Newton;
c) Magnitude das cargas mastigatórias;
ü Superfície articular da ATM;
d) A e C corretas; ü Ângulo formado pelos planos
e) Todas corretas. oclusais;
ü Ângulo formado pelas superfícies
93. Na técnica de impressão muco-funcional a ordem de execução é: de oclusão;
a) Região anterior, região lingual e região bilateral bucal; ü Compressividade dos tecidos de
b) Região anterior, região bilateral bucal e região lingual; suporte;
c) Região bilateral bucal e região lingual e região anterior; ü Efeitos dos alívios;
ü Pressão sobre os bordos;
d) A e B corretas;
ü Altura da linha de oclusão;
e) Nenhuma correta. ü Magnitude das forças
mastigatórias;
94. Na técnica de impressão muco-dinâmica os materiais utilizados são ü Efeitos de alavanca.
o(a):
a) Silicone de adição;
b) Silicone de condensação;
c) Godiva mais silicone de adição;
d) Acondicionador de tecidos;
e) Nenhuma está correta.

95. Limites do rebordo residual anterior.


Entre os freios bucais.

96. Quais são as funções do corpo periforme no suporte e limite da prótese total mandibular? Justifique a
resposta.
Limite: até os 2/3 anteriores ou metade anterior porque é a parte estável, firme e não resiliente. O corpo periforme é uma
região de suporte primário → ↓ reabsorção (uma vez que se inserem músculos como o masséter, bucinador e temporal), zona onde pode
ser aplicadas mais forças.

97. Quais são os limites anatómicos da região retro-milohioideia e porque as suas corretas impressões são
fundamentais para o sucesso da prótese mandibular?
Esta zona é limitada pelo: constritor superior da faringe (mediano), bucinador (mediano), palatoglosso (posterior), milohioideio
(anterior). É importante fazer uma correta impressão desta zona para conseguirmos ver até onde podemos estender a nossa
prótese e consequentemente se podemos aumentar a sua retenção.

98. Em prótese total, o esquema oclusal mais frequentemente usado é a oclusão bi-balanceada. Em protusão:
a) Não existem contactos anteriores e posteriores;
b) Existem contactos anteriores, mas não existem contactos posteriores;
c) Não existem contactos anteriores, mas existem contactos posteriores;
d) Existem contactos posteriores e anteriores;
e) É realizada unicamente à custa dos dentes anteriores.

99. Porque é que na clínica usamos o plano de Camper e não o de Frankfurt?


O plano de camper é mais usado em desdentados totais. Para além disto, este plano é mais fácil do que o de Frankfurt.
Plano de camper → desde o trágus à asa do nariz. É um plano paralelo ao plano oclusal e que facilmente é usado para
determinar o plano oclusal juntamente com o plano de fox.
Plano de Frankfurt → desde o trágus à margem infraorbitária. É mais difícil de usar uma vez que é um plano que não é
paralelo ao plano oclusal, possui uma diferença de 10-12º. Para além disto, este plano é mais usado em situações onde temos
dentes.

100. Desvantagens do registo dinâmico.


Mais custo, a forma de estabilizar as bases tem de ser feitas sobre os modelos (definitivos), as 2 PRIs entram em simultâneo
e saem em simultâneo da boca do doente, o paciente tem de ser uma abertura bucal grande o suficiente para poder tirar
aquele dispositivo de uma só vez.

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Dentes sem cúspides são dentes muito mais difíceis


101. Porque é que num rebordo muito reabsorvido não se de conseguirmos obter uma oclusão balanceada,
deve usar dentes sem cúspides? tem < estética, mais difíceis de ajustar na boca, há
Como as forças embatem em superfícies planas, há uma maior maior reabsorção óssea, difícil de conseguirmos
transmissão destas forças ao rebordo, levando a uma maior pontos de contacto.
reabsorção.

102. Define a DVR.


DVR = Dimensão vertical de repouso.
É a dimensão vertical medida quando o paciente está em repouso, com músculos descontraídos e lábios fechados, com a
ausência de contactos dento-dentários. Aqui os dentes encontram-se separados 2-3mm. É medido desde a base do nariz até
ao mento.

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