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Prótese Total – P1

1- Quais são as finalidades do tratamento por próteses totais? Explique.


As principais finalidades do tratamento com próteses totais são:

❖ Restaurar a função mastigatória: sabe-se que, com a ausência dos dentes, a mastigação é
prejudicada. Por isso, as próteses totais devem ter como finalidade devolver o conforto e
a função mastigatória ao paciente, dentro das possibilidades e considerando as
limitações do tratamento;
❖ Restaurar as medidas e contornos da face segundo a estética: o paciente desdentado sofre
algumas alterações no contorno facial, tais como redução da dimensão vertical, e
consequentemente o aparecimento do chamado “perfil de polichinelo”.
A confecção de próteses totais adequadas tem como finalidade restabelecer na
medidas do possível as dimensões perdidas ao longo do tempo, e também
melhorar outros contornos faciais, tais como o suporte labial e sulco naso-labial, por
exemplo;
❖ Corrigir os defeitos da fonética devido à perda dos dentes: além das outras condições já
citadas, a perda dos dentes também causa alterações na fonética do paciente devido a
dificuldade de pronunciar fonemas línguo-dentais e lábio-dentais.
Uma prótese bem confeccionada conseguirá corrigir e melhorar este aspecto tão
importante;
❖ Restaurar sem produzir lesões ao paciente: este conceito é fundamentalmente biológico,
pois é essencial que nossas próteses, ao restaurar algumas funções, não prejudiquem
outras além de manter tecidos bucais saudáveis.

2- Quais são as causas mais frequentes de falhas no tratamento com próteses totais, e
como evitá-las?

As causas mais frequentes de falhas das Próteses Totais são:

• Comprometimento psíquico;
• Estudo prévio insuficiente e/ou mau preparo da boca;
• Pouco cuidado na tomada das impressões (moldagens);
• Falha no estabelecimento da OC;
• Pressões desequilibradas quando da tomada dos registros;
• Falha na delimitação das bordas;
• Nível oclusal incorreto; 8- Estética insuficiente;
• Falhas no ajuste oclusal e desgastes.

3- Qual o papel do cirurgião-dentista no sucesso do tratamento com próteses totais?


Em uma confecção de prótese total fica claro que o objetivo do cirurgião dentista é a
reabilitação oral do paciente, buscando o máximo de conforto, restaurando a mastigação,
estética e fonética.

4- Quais são as alterações frequentes que ocorrem em idosos, e que devemos nos
atentar na historia medica?
Há algumas alterações que são frequentes em pacientes idosos, e que devemos ter
atenção. São elas: redução do fluxo salivar ou xerostomia, infecções fúngicas (como
candidíase), osteoporose, edema causado pela retenção de líquido e hiperplasia fibrosa
inflamatória.

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5- Quais são as principais informações que devem conter na ficha clínica do paciente?
A ficha clínica é onde o dentista vai anotar todos os dados do paciente, desde dados pessoais
como endereço e telefone para contato, até dados sobre o tratamento. É de extrema
importância para o seguimento do tratamento (desde o início até os controles posteriores), uma
vez que deve conter as observações, limitações e etapas do caso clínico. A ficha clínica deve
conter:

a) local para anotar dados pessoais;

b) local para registro dos dados obtidos no exame clínico;

c) esquema de PENDLETON com descrição das áreas;

d) local para diagnóstico e prognóstico;

e) local para anotações durante o tratamento e controles posteriores.

6- Cite e explique as principais causas de reabsorção óssea em pacientes idosos.


Causas de reabsorção:

a) Senilidade: Senilidade é o processo patológico de envelhecimento, caracterizado por


desgaste célular após atingir a idade adulta e por declínio gradual no funcionamento
dos sistemas corporais: cardiovascular, respiratório, genital, urinário, endócrino e
imunológico.

Sensibilidade bucal – a sensibilidade bucal ocorre devido a presença de exteroceptores na


fibromucosa, responsáveis pelo limiar de sensibilidade local. Pode haver sensibilidade
exagerada ao toque e náuseas, geralmente associada à porção mais posterior do palato e base
da língua. Nestes casos indica-se o uso de anestésico tópico para moldagem e manuseio dos
tecidos
b) Perda de função: Com a perda dos dentes e consequente perda de função do osso
alveolar, ocorre a reabsorção dos rebordos alveolares.

c) Causas mecânicas: A compressão dos tecidos determina uma hiperatividade circulatória,


em determinados pontos do osso, com a consequente mobilização do cálcio, acompanhada de
rarefação óssea

d) Estados patológicos: gerais e locais.

A osteoporose é uma alteração que pode influenciar significativamente a reabsorção do


rebordo residual, e uma manifestação clínica importante dessa alteração é a diminuição da
densidade óssea, observada através de exames por imagem, como a radiografia. A
osteoporose pode ser dividida em dois tipos, sendo o tipo I consequência da redução hormonal
causada pela menopausa e que afeta osso trabecular. Já o tipo II é resultante do processo de
envelhecimento das funções intestinais, renais e hormonais, que afeta tanto osso trabecular
quanto cortical. Mulheres são mais propensas a serem afetadas pela osteoporose, uma vez
que estão sujeitas aos dois tipos. É válido ressaltar que a reabsorção óssea influencia a
reabilitação pela instabilidade e falta de retenção das próteses, bem como pelo deslocamento
de estruturas anatômicas importantes.

7- Descreva os fatores que devem ser analisados no exame dos modelos de estudo.
Exame mais apurado da altura, espessura e regularidade dos rebordos. Deve ser feita a
delimitação prévia da área a ser recoberta pela futura prótese, e permite a visualização de
detalhes que não podem ser bem visualizados no exame físico.

O QUE DEVEMOS ANALISAR?

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a) rebordo: com relação ao volume: normal, alto ou reabsorvido; com relação a forma:
afilado, paralelo ou retentivo; com relação a superfície: liso ou irregular; com relação ao
formato do arco: ovóide, quadrangular ou triangular. Quando houver muita assimetria,
devemos ficar atentos na etapa de montagem dos dentes, pois esse fator pode
comprometer a estabilidade da prótese;

b) espículas ósseas não reabsorvidas: podem indicar avulsões recentes, necessitando (ou
não) cirurgia reparadora;

c) áreas de grande reabsorção óssea: devidas a causas locais ou resultantes de


tratamentos anteriores – nestes casos há maior dificuldade na retenção e estabilidade da
prótese. O dentista deve comunicar o paciente no início do tratamento sobre as limitações
do uso da prótese;

d) freios e bridas: quando muito volumosos e extensos necessitam remoção cirúrgica pois
podem prejudicar a retenção da prótese;

e) grandes reabsorções/mucosa flácida: quando acompanhada de hipertrofia indica-se


remoção cirúrgica e em alguns casos o "aprofundamento de sulco" cirúrgico;

f) diferenças de densidade de estrutura óssea devidas à reabsorção: necessitam de exame


de RX e em certos casos, exames histopatológicos com o intuito de determinar as causas
dessa reabsorção;

g) diferenças de reabsorção na maxila e na mandíbula: pela anamnese verifica-se o -


histórico do uso de prótese mono-maxilar ou outro tipo de aparelho removível.

8- Quais os limites gerais da área chapeável da maxila? E da mandíbula?


Denominamos área chapeável ou área basal, as áreas da maxila e mandíbula que serão
recobertas pela base da prótese total.

Limites gerais da área chapeavel (basal) da maxila:

São os limites gerais que nos orientarão no desenho e confecção da base de nossas próteses:

o Rebordo alveolar em toda a sua extensão (de tuberosidade a tuberosidade);


o Paredes vestibulares do rebordo alveolar até o sulco gengivo-labial e geniano;
o Abóbada palatina em toda a sua extensão até sua borda posterior, limite palato
duro/palato mole;
o Contorno das inserções musculares e bridas vestibulares.

Limites gerais da área chapeável da mandíbula:

o Rebordo alveolar em toda a sua extensão (incluindo as papilas retromolares);


o Linha oblíqua externa e seu prolongamento na porção montante até uma altura de
aproximadamente 10 mm.
o Dobra vestibular do músculo Bucinador.
o Sulco gengivo-labial e geniano.
o Limite do assoalho da boca em toda a sua extensão.

9- Descreva as zonas de Pendleton para maxila e mandíbula.

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Dentro desses limites e conforme a magnitude do esforço recebido pelo tecido de suporte
nessas regiões, Pendleton (1928) as dividiu em zonas:

1. Zona principal de suporte

2. Zona secundária de suporte

3. Zona de selamento periférico

4. Zona de selamento posterior

5. Zona de alívio

1. Zona principal de suporte: é a zona de maxila que irá receber o maior esforço durante a
mastigação. Ela compreende o rebordo alveolar em toda a sua extensão, incluindo as
tuberosidades. Essa região é, também, a que sofre maiores alterações com o correr do tempo.
Notamos intensas reabsorções ósseas nessa área, principalmente se não foram obedecidos os
princípios biomecânicos que regem a confecção das próteses totais muco suportadas.

2. Zona secundária de suporte: estende-se por toda a vertente palatina do rebordo alveolar
até a rafe mediana. Para posterior, até o limite do palato duro e início do véu do paladar. Essa
área é de extrema importância pois contribui tanto na estabilidade da prótese total maxilar
como em sua retenção. Sendo o osso dessa região um osso compacto, a sua reabsorção é
muito mais lenta propiciando uma sobrevida maior a prótese maxilar.

3. Zona de selamento periférico: localizada vestibularmente aos rebordos alveolares,


apresenta-se como uma zona de transição ou zona marginal neutra, que denominamos sulco
gengivo-labial ou geniano.

4. Zona de selamento posterior: constituída pela faixa de tecido que se estende desde o fim
da abóbada palatina propriamente dita e início do palato mole ou véu do paladar. Podemos
situá-la em uma linha que ligue as tuberosidades passando ao nível das fóveas palatinas. A
esse limite denominamos borda posterior ou região do post-daming. Determina-se, ao vivo, por
palpação ou fonação, verificando onde se inicia a área correspondente ao palato mole.

5. Zona de alívio: são pontos onde não desejamos executar pressões.

Seriam para a maxila:

● Torus palatino, pois pode funcionar como um fulcro central deslocando a prótese de sua
posição e rompendo o selamento perifér a remoção cirúrgica dessa estrutura óssea.

● Pontos de emergência de nervos e vasos que, devido a intensas reabsorções ósseas podem
se encontrar situados na altura da crista do rebordo alveolar e, portanto, em zona de máxima
pressão o que poderia causar desconforto e dor ao paciente

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Como na maxila, Pendleton dividiu a mandíbula em 5 zonas:

1. Zona principal de suporte: constituída pelos rebordos alveolares em toda a sua extensão,
bem como, as suas vertentes vestibular e lingual, englobando o trígono retromolar.

2. Zona secundária de suporte: seriam as vertentes vestibular e lingual do rebordo alveolar.


Convém notarmos que na mandíbula as zonas secundárias de suporte confundem-se com
zona principal de suporte. Uma das zonas que nos oferece grande possibilidade de apoio, seria
aquela situada na região da linha oblíqua externa, onde há osso compacto. Poderia estar
classificada tanto como zona secundária de suporte, pela sua posição relativa, quanto como
zona principal de suporte, pela sua função de apoio.

3. Zona de selamento periférico: aqui também há certa coincidência pois, na mandíbula, o


selamento periférico dá-se tanto às custas de limite gengivolabial (na região de fórnice gengivo-
labial) como às custas da face do rebordo alveolar vestibular e lingual.

4. Zona de selamento posterior: segundo alguns autores seria a zona constituída pela área
retromolar. Porém, não há limite nítido entre a zona de selamento posterior e a zona de
selamento periférico nesta região. Para efeito didático vamos considerar a zona de selamento
posterior, como sendo aquela região posterior à papila retromolar.

5. Zona de alívio: da mesma maneira, é discutida a sua conveniência (como para a maxila)
poderíamos citar como zonas de alívio:

● Rebordo alveolar terminando em crista fina e alta, com possibilidade de lesões da


fibromucosa;

● Pontos de emergência de nervos e vasos. Quando de grandes reabsorções ósseas na região


dos forames mentonianos há a possibilidade de compressão dos filetes nervosos que daí
emergem;

● Porção posterior da linha oblíqua interna, quando esta se apresenta afilada e cortante. Na
maioria dos casos procura-se não atingir ou, pelo menos, não apoiar a base da prótese total
nesta região;

● Tórus mandibular: limitar o bordo lingual da prótese à altura do torus quando discreto ou
remover cirurgicamente o osso.

10- O que é a linha de inserção?


É a linha que contorna as inserções musculares, ligamentos e freios. Esta é uma linha
imaginária, irregular, que determina até onde pode se estender a borda da prótese, para
conseguirmos um selamento periférico perfeito, sem causar irritações nem perturbar a nutrição
dos tecidos, sem alterar a fonação nem provocar traumas.

11- O que são músculos de ação direta e indireta?


o Músculos de ação direta: quando interferem com a base da prótese total pela sua
contração própria. Suas inserções ou seu trajeto coincidem com os limites da prótese.
o Músculos de ação indireta: quando, pela sua contração, mobilizam outras massas
musculares ou teciduais adjacentes que interferem com a base da prótese total.

12- Quais os músculos para-protéticos da maxila e mandíbula?


Músculos para-protéticos da maxila:

a) Orbicular da boca:. Sua contração pode interferir com a borda vestibular anterior da prótese.

b) Levantador do ângulo da boca É o responsável pelo movimento de elevação e depressão do


sulco vestibular anterior; responsável, também, pelo aparecimento dos chamados freios laterais
na altura de pré-molares.

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c) Bucinador: tem suas inserções nos rebordos alveolares ao nível dos molares de onde
caminha para cima, para trás e, para baixo até a mandíbula.

Músculos para-protéticos da mandíbula:

a) Depressor do lábio inferior e Depressor do ângulo da boca: Quando em contração exercem


pressão sobre o bordo vestibular anterior da prótese total.

b) Bucinador: O conhecimento detalhado desse músculo é de importância quando da


delimitação da região distal ou de selamento posterior da prótese total, pois nos movimentos de
abertura da boca ou quando da dinâmica muscular, há uma projeção dos tecidos para diante,
podendo deslocar uma prótese sobreestendida.

c) Constritor superior da faringe: tem suas ações principais quando da deglutição e na projeção
da língua.

d) Milo-hióideo:

e) Genioglosso: É de grande importância quando de grandes reabsorções ósseas


mandibulares, pois sua inserção passa a ocupar a vertente lingual do rebordo alveolar,
interferindo com o assoalho da boca.

f) Língua: Sua ação é de grande importância tanto na retenção como na estabilidade da


prótese inferior, pois sua estreita intimidade com o assoalho da boca exerce grande influência
na manutenção do selamento periférico lingual, em todas as fases da dinâmica mastigatória,
bem como, em todos os atos que envolvam movimento.

13- Quais as finalidades da moldagem anatômica? O que ela deve possibilitar?


Também denominada PRIMEIRA MOLDAGEM, MOLDAGEM PRELIMINAR ou moldagem de
estudo. Tem a finalidade de dar origem a um modelo que abranja o máximo de estruturas
possíveis, possibilitando uma visão panorâmica do rebordo moldado. Ela reproduz fielmente os
acidentes anatômicos da boca em seu estado atual.

A moldagem anatômica deve possibilitar:

● Delimitação correta da área chapeável;

● Verificação da tonicidade das inserções musculares que vem terminar na zona do selado
periférico;

● Estudar a necessidade ou não de cirurgia pré-protética;

● Permitir a confecção da moldeira individual.

14- Qual a diferença entre moldagem, molde e modelo¿


Sempre que desejamos a cópia de um determinado objeto físico, há necessidade de
realizarmos uma ação denominada MOLDAGEM. O resultado da moldagem, que corresponde
ao negativo do objeto moldado denomina-se MOLDE. A inserção de um determinado material
no interior do molde (gesso, resina acrílica, metal etc) resulta em um MODELO, que representa
a cópia idêntica do objeto moldado. No entanto, para que esta ação seja realizada,
necessitamos de um recipiente para conter o material moldador durante a execução da
moldagem denominado MOLDEIRA.

MOLDAGEM: conjunto de atos clínicos que visam obter a impressão da área basal, por meio
de materiais próprios e moldeiras adequadas. Ou seja, é o próprio ato de moldar o paciente.

MOLDE: reprodução em negativo das estruturas moldadas.

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MODELO: réplica fiel em positivo das estruturas moldadas, oriunda do preenchimento do
molde (gesso).

15- Como são classificadas as técnicas de moldagem?


As técnicas de moldagem podem ser divididas em dois grandes grupos: moldagem
PRELIMINAR OU ANATÔMICA moldagem FUNCIONAL, que pode ser simples ou mista.

De acordo com a TÉCNICA, a moldagem pode, ainda, ser classificada em:

Moldagem compressiva: comprimi os tecidos, fazendo com que a mucosa fique em contato
com os mesmos e simulando a pressão causada na prótese durante a mastigação. Mas, as
próteses feitas a partir dessa moldagem, não se adaptaram quando em repouso, pois os
tecidos estavam tão deformados que tendiam ao recuo. Isso ocorre, porque é impossível
comprimir os tecidos no ato da moldagem, pois, ao empurrá-los, eles desalojam e tendem
sempre a voltar em posição primitiva.

Moldagem com pressão seletiva: faz-se uma primeira camada de material mais denso e,
posteriormente, leva-se a boca uma camada mais fluida, na segunda moldagem, que registrará
as áreas aliviadas.

Moldagem com mínima pressão: onde se utiliza o princípio mucostatico, que diz que o
material deve registrar sem distorções, os detalhes da mucosa.

Moldagem de boca fechada: moldagem realizada em oclusão, realizada quando se tem a


perda do modelo ou necessidade de reembasamento.

Moldagem de boca aberta: pode ver se as inserções musculares estão sendo corretamente
moldadas, em seus vários movimentos, que podem ser conseguidos mais facilmente.

16- Quais fatores são considerados na indicação de determinada técnica e material para
a realização das moldagens?

O tipo ou técnica de moldagem será ditado pelas características do caso e pela fibromucosa de
revestimento. Antes de executarmos o procedimento, devemos avaliar a tonicidade e
resistência da fibromucosa, que pode ser classificada como:

● Aderida;

● Resiliente;

● Flácida.

17- Quais são as características ideais dos materiais de moldagem?


● Bom tempo de trabalho;

● Grau de plasticidade deve ser tal que permita seu escoamento no momento da tomada da
impressão – fluindo contra os tecidos, copiado-os sem deformá-los;

● Alteração dimensional e morfológica – o material não deve sofrer alterações dimensionais e


nem morfológicas dentro de um certo limite de tempo, durante ou após a presa;

● Resistência ao rasgamento – após a presa, devem apresentar uma certa resistência à


fratura, ao serem removidos da boca e também durante a confecção do modelo;

● Inocuidade aos tecidos bucais – não devem irritar a mucosa bucal e nem provocar sensação
desagradável.

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Materiais Elásticos
Esses materiais associam a fidelidade de impressão à fidelidade dimensional, permitindo
rápida e facilmente, a moldagem de regiões retentivas, retornando à posição original após a
retirada do molde da boca do paciente.

ALGINATO POLIETER/MERCAPTANA

A grande vantagem desses materiais Confere estabilidade dimensional,


reside em sua elasticidade que nos permitindo um tempo de trabalho
permite a retirada das impressões maior.
mesmo nos casos mais difíceis de
arcadas retentivas ou guarnecidas de
dentes.

Materiais anelasticos

Godiva Pasta OZE

- Propriedades termoplásticas: permite - Utilizadas para moldagens com moldeiras


requerimento e plastificações sucessivas, individuais (devido a sua fluidez e capacidade
remoldagem e reparos. de copiar as estruturas).
- O tempo de trabalho desse material é
- Possibilidade de testarmos o molde durante grandemente afetado pelas condições
as diversas fases de sua obtenção e sempre climáticas (umidade e calor), pela proporção da
que alterações ou correções sejam necessárias mistura e pela maneira de espatular o material.
elas podem ser feitas facilmente. - Proporção incorreta, calor, umidade em
excesso aceleram o tempo de presa do
-"Endurecimento" é progressivo, o que nos material.
permite moldar as estruturas de suporte em - As principais vantagens da pasta OZE podem
sua dinâmica. ser listadas:
• Facilidade de se obter uma adaptação
correta;
• Escoamento uniforme, mesmo sob
baixa pressão;
• Adesividade à moldeira

18- Quais os passos clínicos da moldagem dos arcos superior e inferior?


Para arco superior: a cadeira deve estar ligeiramente inclinada para trás e o paciente com a
cabeça firmemente apoiada no encosto, em posição de repouso. A altura da cadeira deve ser
tal que, a boca do paciente fique ao nível do cotovelo do operador.

Com o operador na frente do paciente, a moldeira é inserida afastando-se um lado da


comissura labial com a própria moldeira e o outro com o dedo indicador. Introduz-se a
moldeira, realizando-se uma ligeira rotação da mesma. Adapta primeiro a parte final da
moldeira, na região das tuberosidades maxilares e depois, se aprofunda para anterior,
centralizando-a. O operador deve se colocar a direita e atras do paciente, e com os dedos
indicador e médio de ambas as mãos apoiando na moldeira, faz-se o aprofundamento. A
pressão deve ser suave e uniforme de maneira que o aprofundamento se de pelo escoamento

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do material de moldagem e não pela pressão exercida. Não empurrar a moldeira, e sim
acompanhar o seu escoamento.

Mantendo a moldeira em posição com uma das mãos, com a outra executamos movimentos de
tração nos tecidos moles, lábios/bochechas, com finalidade de imprimir. Movimentamos
também os lábios do paciente, executamos esses movimentos de um lado e do outro, com
cuidado.

Por fim, com jatos de água fria, contra o metal da moldeira, resfriamos a godiva até que perca a
sua plasticidade e esteja rígida ao toque dos dedos. Passando para frente do paciente,
tracionamos a moldeira pelo cabo para testarmos sua retenção em estática. Se houver
deslocamento há a necessidade de repetirmos a moldagem.

Arco inferior: Como na moldagem superior, a cadeira deve estar ligeiramente inclinada para
trás e o paciente com a cabeça firmemente apoiada no encosto, em posição de repouso.
A altura da cadeira deve ser tal que o mento do paciente fique ao nível do ombro do operador.

Nesse procedimento, o operador se mantém sempre à direita e à frente ao paciente. A


moldeira carregada é levada à boca da mesma forma descrita para a maxila, afastando
moldeira e o outro com o dedo indicador ou um espelho clínico. Insere-se moldeira, realizando-
se uma ligeira rotação da mesma e centralizando-a. O que difere a moldagem inferior é que a
moldeira é introduzida de modo homogêneo, ou seja, pressionando as partes anterior e
posterior da moldeira ao mesmo tempo, possibilitando o escoamento do material. Então,
pedimos ao paciente que feche, lenta e progressivamente a boca. Dessa maneira conseguimos
um relaxamento dos músculos para protéticos, notadamente o músculo bucinador, permitindo
levar o material de moldagem até a linha oblíqua externa. Essa manobra nos permite
aumentar, sobremaneira, a área chapeável.

Pedimos também ao paciente que realize os mais amplos movimentos com a língua para
copiar as posições mais altas do assoalho da boca (e suas implicações musculares)

Sequência clínica

1. Escolha do material de moldagem

2. Organização da bancada

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3. Escolha da moldeira

4. Individualização da moldeira

5. Proporcionamento do material

6. Manipulação do material

7. Carregamento da moldeira

8. Moldagem arco superior e/ou inferior

9. Obtenção do molde

10. Desinfecção do molde.

19- Como são realizados os processos de desinfecção dos materiais indicados para a
moldagem anatômica?

ALGINATO:

● Lavar com água gessada;

● Lavar com água corrente;

● Borrifar o molde com solução de hipoclorito de sódio 1% (solução de Milton);

● Descansar por 10 minutos. O alginato é um material e embebição, ou seja, perde e ganha


água do ambiente. Então, o molde deve ser embalado em saco plástico com um papel toalha
umedecido com água ao lado, nunca em cima, a fim de manter a umidade do ar em 100%;

● Lavar com água corrente;

● Secar. Espessura homogênea. Desinfecção do molde O molde de alginato deve ser vazado
em até 30 minutos após a remoção da boca, esse procedimento deve ser rápido para prevenir
alterações dimensionais.

GODIVA:

● Lavar com água gessada

● Lavar com água corrente

● Borrifar o molde com solução de gluconato de clorexidina 0,12%

● Descansar por 10 minutos

● Lavar com água corrente

● Secar

20- Como escolher a moldeira para realizar moldagem¿


O exame clínico da boca do paciente nos dará uma indicação precisa da moldeira a utilizar.
De um modo geral, as moldeiras devem:

● Possuir bordas não muito altas

● Ter bordas que acompanhem os sulcos gêngivo-labial geniano.

● Em ambas maxila e mandíbula, o limite posterior da moldagem é de extrema importância,


sendo que na primeira, a moldeira deve recobrir

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● Em ambas maxila e mandíbula, o limite posterior da moldagem é de extrema importância,
sendo que na primeira, a moldeira deve recobrir as tuberosidades maxilares, e na segunda, a
região de papila piriforme.

● Ser suficientemente amplas para conter o material de moldagem, havendo sempre um


espaço livre de 2 a 3 mm entre a moldeira e a fibromucosa do fundo de sulco (que será
ocupado pelo material de moldagem).

❖ Pacientes que apresentam abóbada profunda, ogival, indicam uma moldeira de bacia alta.
Devemos considerar o tamanho, especialmente a largura do rebordo, como principal
critério para a seleção da moldeira. Iniciamos a prova pela moldeira média e a seleção é
feita por tentativa, provando-se até achar a que melhor se ajusta ao caso. Como o tamanho
da moldeira deve abranger todo o arco maxilar e mandibular afastamos os lábios e
bochechas para examinarmos o apoio da região posterior e verificarmos o espaço na
região anterior. Se não houver espaço adequado, troca-se por uma moldeira maior e, no
contrário, se o espaço for excessivo, passa-se a uma série menor.

21- Quais as funções do modelo anatômico?


Também denominado modelo de estudo, tem como função:

● Complementar e auxiliar os exames clínicos;

● Servir de matriz na confecção da moldeira individual. Além de permitir a visualização:

● Do espaço protético;

● Das condições da área chapeável;

● As indicações de cirurgias pré-protéticas;

● O grau de interferência das inserções musculares;

● Tamanho, forma e espessura e altura do rebordo.

22- Quais os acidentes que podem ocorrer durante a moldagem¿


DA GODIVA:

• Falta de material: quando a falha é pequena e restrita à zona secundária de suporte


podemos acrescentar godiva (após o que, flambamos e remoldamos). Quando houver
comprometimento do selamento periférico, zona principal de suporte ou da estabilidade
da moldagem, esta deve ser totalmente repetida.
• Plastificação insuficiente: o material estando muito rijo o escoamento é prejudicado; há
distensão dos tecidos e deformação do campo. Neste caso, é necessário repetir a
moldagem.
• Super-plastificação: o material perde suas características, torna adesivo, podendo lesar
o paciente. O tempo de trabalho é muito aumentado e há dificuldade no controle do
escoamento.
• Insuficiência de detalhes: quando restrita a pequena área, pode-se aquecer e remoldar.

DO ALGINATO:

● Falta de material: falhas por falta de material (bolhas de ar), comprometem


irremediavelmente o molde de alginato.

● Excesso de material: remove-se com espátula Le Cron ou estilete.

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● Insuficiência de detalhes: indica falta de adaptação, espatulação deficiente ou tempo de
trabalho muito longo, permitindo o início da geleificação antes do aprofundamento do molde.
Repete-se a moldagem.

● Não teste o molde de alginato: corre-se o risco de deslocar o material da moldeira.

23- Por que são confeccionadas as moldeiras e nao utilizamos as moldeiras de


estoque?

Temos dois tipos de moldeiras: de ESTOQUE e INDIVIDUAIS. As moldeiras de estoque, como


o próprio nome diz, são aquelas que são vendidas, padronizadas, geralmente feitas de
alumínio, podendo ser LISAS quando se utiliza um material de moldagem que adere ao metal
(godiva) ou PERFURADAS quando o material não oferece aderência (silicone). Sendo
necessário por muitas vezes a sua individualização através da utilização de cera utilidade nas
áreas onde necessita uma maior cópia dos detalhes e onde a anatomia do paciente segue
padrões diferentes da moldeira de estoque..

As moldeiras INDIVIDUAIS são aquelas feitas manualmente, geralmente de resina acrílica


ativada quimicamente (RAAQ), sobre um modelo obtido preliminarmente. Portanto ela é
específica para cada indivíduo, daí sua utilização é a mais indicada, pois irá atender
individualmente aquele paciente. Contribuindo para uma melhor cópia da anatomia do paciente
e individualização da prótese total.

24- Quais as características finais das moldeiras individuais?


• Acompanhar os limites da área basal
• Apresentar rigidez e transparência
• Apresentar bordas lisas e arredondadas
• 2mm aquém do fórnice
• Adaptar-se ao modelo
• Possuir cabo com 60 graus de angulação, espessura de 0,5 cm, largura e comprimento
e 1cm inferior
• Espessura uniforme de 2 a 3mm

Devemos verificar na nossa moldeira individual:

➔ Retenção e estabilidade: embora não possamos esperar uma retenção absoluta da


moldeira individual, este fator é uma indicação do grau de adaptação da moldeira aos
tecidos. Quanto à estabilidade, será uma indicação de que não existem zonas de
compressão, notadamente ao nível dos rebordos alveolares. (Quando a moldeira for
construída em resina acrílica incolor, podemos verificar zonas de compressão por
visualização direta através da resina, pois o tecido comprimido se torna isquêmico)
➔ Delimitação posterior: verificamos se o comprimento da moldeira é suficiente ou se há
sobre-extensão em tecido mole que não deve ser recoberto.
➔ Delimitação das bordas e contorno: é a região onde há maior necessidade de ajuste
das moldeiras individuais.
25- Quais as funções das moldeiras individuais?
- Delimitar os limites da área basal de acordo com a fisiologia das estruturas anatômicas
presentes.

- Reproduzir com precisão toda a zona chapeavel do maxilar e da mandíbula. Atentando-se


para áreas de compreensão e zonas de alívio individuais do paciente.

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26- O que deve ser verificado no momento do ajuste mas moldeiras individuais em
boca?
• Verificar o contorno e adaptação da moldeira e o recorte de freios lingual, labial e
laterais.
• Zonas de alívio e de compressão.
• Presença de áreas isquemicas.

27- Quais as funções das moldeiras individuais?


- Delimitar os limites da área basal de acordo com a fisiologia das estruturas anatômicas
presentes.

- Reproduzir com precisão toda a zona chapeavel do maxilar e da mandíbula. Atentando-se


para áreas de compreensão e zonas de alívio individuais do paciente.

Importância: O objetivo da moldagem consiste, essencialmente, em reproduzir com a maior


exatidão possível, a parte da boca que suportará a prótese e para que essa reprodução seja
fiel, é necessário que o material de moldagem, desenvolva sobre a parte a ser moldada, a
mesma pressão que ela desenvolverá.

Com a moldeira de estoque, não poderemos obter os resultados desejados, uma vez que não
teremos espessura uniforme do material de moldagem. Este fato acarreta em pressões
diferentes pelas diferentes possibilidades de escoamento. Daí a necessidade da confecção de
moldeiras individuais que, sendo uma cópia bastante fiel de toda a área chapeável, nos garante
espessura e portanto, pressão uniforme do material de moldagem sobre os tecidos.
Notadamente no que se refere a moldagem das bordas (zona de selamento periférico).

28- Quais as finalidades da moldagem funcional?


1. Copiar fielmente todos os detalhes anatômicos da área chapeável;

2. Obter extensão e delimitação correta da área chapeável;

3. Comprimir as zonas de compressão;

4. Aliviar as zonas de alívio;

5. Obter a retenção, estabilidade e suporte do aparelho;

6. Obter uniformidade no assentamento e na espessura das bordas;

7. Promover estética;

8. Dar conforto ao paciente.

29- Quais requisitos um molde funcional deve apresentar?


Um molde, para ser considerado funcional, deve apresentar os seguintes requisitos:

● Deve estender-se por TODA A SUPERFÍCIE aproveitável do maxilar ou da

mandíbula.

● Não deve comprimir zonas glandulares ou de emergência de vasos e nervos.

● O molde obtido, deve apresentar RECORTE MUSCULAR de modo a evitar

interferências durante os movimentos naturais da musculatura.

● Deve apresentar ADAPTAÇÃO PERIFÉRICA, que resultará no "selamento

periférico" imprescindível para a retenção do aparelho.

30- Quais as funções do modelo funcional?

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O modelo de gesso funcional deverá ser de gesso tipo IV e será utilizado para a confecção da
base de prova. Ele também servirá de matriz da base da prótese total, na fase laboratorial da
confecção da mesma.

31- O que é a base de prova¿


A base de prova (chapa de prova) é a base provisória de uma dentadura, preparada sobre o
modelo de trabalho, com material adequado e que permite a realização de todas as operações
prévias para a confecção de uma prótese total, sem se deformar ou romper. A base de prova
não possui cabo, diferentemente da moldeira individual. Tem como sua principal finalidade:
Permitir o registro das relações maxilo-mandibulares, na boca do paciente e transferir esses
registros para um instrumento de laboratório.

32- Quais as características clínicas e laboratoriais do plano de orientação superior e


inferior?

Os planos de orientação são o conjunto formado pelas bases de prova e roletes de cera
superior e inferior, que irão receber os registros prévios à confecção da prótese. Por esses
conceitos verificamos a necessidade de se localizar a mandíbula em relação à maxila, segundo
os três eixos ou planos do espaço. Os arcos em cera, montados sobre as bases de prova, irão
figurar os futuros arcos dentais da prótese. A esses arcos em cera damos o nome de planos
de orientação uma vez que será através deles que podemos visualizar o comportamento
estético e funcional da prótese e neles serão registradas a dimensão vertical de oclusão (DVO)
e a relação central (RC) do paciente.

O guia para confecção do plano de orientação superior tem como guia cinco parâmetros
clínicos, sendo eles:

1- Suporte labial:

a) Limite vestibular do arco dental - projeção dos incisivos

b) Forma do arco dental

2- Altura incisal: Em média 2mm abaixo do tubérculo do lábio

3- Corredor bucal: Relacionamento com linha intermaxilar

4- Plano de Camper (Trágus - asa do nariz)

5- Inclinação latero lateral (linha bipupilar)

➔ O plano de orientação tem as seguintes utilidades: determinar a forma do arco, a


disposição dos dentes, a forma dos dentes, ou seja, o posicionamento espacial
tridimensional que os dentes selecionados ocuparão, tomando como referência inicial o
posicionamento do incisivo central superior.

Plano de orientação inferior:

Para o plano de orientação inferior, devemos nos guiar através de um parâmetro fundamental
para sua obtenção que é chamado de dimensão vertical. A dimensão vertical é dada pelo
espaço inter-maxilar, em um indivíduo, no qual determina a posição da mandíbula, segundo o
plano vertical.

33- O que o plano de orientação inferior e superior determinam?


RESPOSTA CURTA:

▸ Permite o registro das relações intermaxilares e estéticas do paciente.

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▸ Forma do arco dental.

▸ Limite vestibular do arco.

▸ Linhas de referência.

▸ Estabelecer o plano oclusal.

▸ Posicionamento dos modelos no articulador.

▸ Montagem dos dentes artificiais.

▸ Teste fonético e estético.

RESPOSTA LONGA:

O plano de orientação superior é constituído pelo conjunto da base de prova e um arco (rolete)
de cera. Destina-se a registrar os dados referentes às relações maxilo- mandibulares,
necessários a confecção das próteses totais mucossuportadas, tendo como guia para sua
confecção cinco parâmetros clínicos, sendo eles para o plano superior:

1- Suporte labial

a) Limite vestibular do arco dental - projeção dos incisivos b) Forma do arco dental

2- Altura incisal

Em média 2mm abaixo do tubérculo do lábio

3- Corredor bucal

Relacionamento com linha intermaxilar

4- Plano de Camper (Trágus - asa do nariz)

5- Inclinação latero lateral Linha bipupilar

O plano de orientação tem as seguintes utilidades: determinar a forma do arco, a disposição


dos dentes, a forma dos dentes, ou seja, o posicionamento espacial tridimensional que os
dentes selecionados ocuparão, tomando como referência inicial o posicionamento do incisivo
central superior.

Inferior

Para o plano de orientação inferior, devemos nos guiar através de um parâmetro fundamental
para sua obtenção que é chamado de dimensão vertical. A dimensão vertical é dada pelo
espaço inter-maxilar, em um indivíduo, no qual determina a posição da mandíbula, segundo o
plano vertical. Há diversas dimensões verticais quanto as posições que a mandíbula ocupa, em
relação à maxila, segundo um plano vertical.

DVR: dimensão vertical de repouso e EFL: espaço funcional livre. Ambos são necessários para
que seja determinada a DVO: dimensão vertical de oclusão. Que ditarão as medidas do plano
de orientação inferior. Lembrando que para a confecção do plano de orientação inferior é
necessário: ter o plano de orientação superior já pronto e a base de prova testada, ter uma
medida provisória da DVO.

34- O que são as linhas de referência e qual a sua importância?


São as linhas que determinam a forma do arco, a disposição dos dentes, a forma dos dentes,
ou seja, o posicionamento espacial tridimensional que os dentes artificiais selecionados
ocuparão, tomando como referência inicial o posicionamento do incisivo central superior. São
elas: Linha alta do sorriso, que é demarcada perpendicular à linha mediana, a medida entre a

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linha do plano oclusal e a linha alta oferece a altura do incisivo central superior. Linha média
que permite uma montagem centralizada dos incisivos centrais superiores e deverá
ser demarcada pelo centro da face do paciente. E a linha dos caninos que deverão ser
demarcadas tendo como referência a localização das comissuras labiais em repouso. A medida
de uma linha a outra tem a largura dos seis dentes anteriores em curva. Para complementar
existe também corredor bucal que é o espaço existente entre a superfície vestibular dos dentes
posteriores e a mucosa interna da bochecha. É influenciado pela sombra da mesma, que altera
progressivamente a iluminação dos dentes. É essencial para se criar um sorriso natural. É
importante lembrar que o corredor bucal é influenciado pela posição e inclinação dos caninos,
mais precisamente a partir da distal, e só é visualizado posteriormente a estes.

35- O que é dimensão vertical de oclusão e qual a sua importância na montagem das
PTs?

Denomina-se DVO à relação maxilomandibular, segundo o plano vertical, quando há o contato


entre os dentes antagonistas. Na prática em relação a prótese é altura das coroas dos dentes
artificiais mais a espessura das bases das próteses totais.

Uma DVO aumentada ou diminuída pode trazer danos permanentes ou passíveis de


recuperação ao paciente, tanto relacionados com a função mastigatória, muscular, ar- ticular e
com a fonética e a estética, e sua alteração com relação à diminuição pode estar relacionada
principalmente com o desgaste ou ausência de elementos dentários e o seu aumento pela
confecção de trabalhos protéticos mal executados. Na montagem da prótese total, uma DVO
errada irá causar um desequilíbrio na oclusão levando a não adaptação da prótese na boca do
paciente.

36- O arco facial é um item essencial para a montagem do modelo superior no


articulador. Quais as consequências no resultado final podem ocorrer caso a tomada
do arco facial seja executada de maneira incorreta?

NÃO ACHEI AS CONSEQUÊNCIAS.

O arco facial tem a finalidade de determinar e transferir o eixo intercondilar, a distância


intercondilar e o ângulo do plano oclusal, do paciente para o articulador. O arco facial relaciona
a maxila do paciente à "maxila" do articulador, transferindo o modelo maxilar, que será a
referência de montagem do modelo mandibular. Caso a tomada do arco facial seja executado
de maneira incorreta temos como consequência:

37- O que é a curva individual de compensação? Explique quais os métodos para obtê-
la.

Ao analisar a oclusão do indivíduo dentado, em um movimento protrusivo mandibular é


possível verificar a ocorrência de um espaço entre os dentes posteriores, chamado Espaço de
Christensen. E esse fenômeno em que ocorre o abaixamento da mandíbula em movimentos
extrusivos, causado pela ATM, na qual há deslocamento da cabeça da mandíbula dentro da
fossa mandibular para frente e para baixo, é chamado de Fenômeno de Christensen. Se esta
situação ocorrer em um indivíduo desdentado portador de próteses totais a inexistência de
contatos dentais posteriores durante a movimentação excêntrica mandibular cria uma alavanca
que tende a deslocar a prótese levando à falha.

Assim, estas inclinações devem ser compensadas para não criar esse espaço interoclusal
(Espaço de Christensen) e para que os planos de orientação, e futuramente os dentes, estejam
em íntimo contato durante a movimentação mandibular excêntrica. Essa compensação é
chamada de Curva individual de compensação e pode ser obtida da seguinte forma:

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1 - Método mecânico: Como o próprio nome diz, baseia-se na utilização de um instrumento,
no caso um articulador, com inclinações das guias condilares pré-fixadas em 33° (inclinação da
trajetória sagital), para a montagem dos planos de cera e dos dentes.

2 - Nesta técnica comumente conhecida como DESGASTE DE PATERSON, utiliza-se os


planos de cera, colocados em posição na boca do paciente e recobertos em suas superfícies
de contato com uma mistura abrasiva de gesso e pedra pomes. Solicita-se, ao paciente, que
execute os movimentos de lateralidade e protrusão, com os roletes em íntimo contato. Haverá
um desgaste das superfícies dos roletes em contato, desgaste que fornecerá uma curva
ântero-posterior e outra curva vestíbulo-lingual. O movimento (consequentemente o desgaste)
continua até atingir a DVO própria do paciente. Por este método obtém-se as curvas individuais
do paciente, que segundo o autor, são a realização material das diversas posições
mandibulares no espaço.

38- Como se realiza a montagem do modelo inferior no articulador?


Após obter o registro da Relação Central, realiza-se a montagem do modelo de trabalho inferior
em articulador, visto que nesta etapa já foi possível registrar a posição da mandíbula em
relação à maxila tanto no sentido vertical, pela DV, quanto no sentido horizontal, pelo registro
da RC.

Então deve-se seguir os seguintes passos:

-Regular o pino guia em 0.

-Posicionar os planos de orientação fixados em RC no modelo superior do articulador.

-Hidratar o modelo inferior com água e criar as retenções na base.

-Aplicar o gesso sobre a base do modelo inferior. E fixá-lo junto a placa de montagem.

-Aguardar o tempo de cristalização do gesso e realizar os ajustes necessários.

39- O que é a técnica de split-cast e quais as vantagens de utilizá-la?


Neste método faz-se alguns desgastes na base do modelo de trabalho para servir de guia e
isolamento na superfície do mesmo, com vaselina, previamente a aplicação do gesso. Como
vantagem isto possibilitará que futuramente o modelo possa ser removido do articulador sem
prejuízo da posição determinada com o arco facial e possibilitará realizar ajustes oclusais na
prótese acrilizada antes de ser instalada.

OBSERVAÇÕES:

➔ PROPRIEDADES DA PT:

Tonicidade: Textura/volume (pode ter resistência ao deslocamento ou não)

Resiliência: Capacidade de voltar para posição original

• Deslocamento das bases pode afetar a oclusão

➔ Não deve ter retenção nos forames palatinos posteriores (comprime os vasos
sanguíneos e falta circulação)
• As fóveas palatinas servem de referencia para delimitação posterior
• Alívios devem ser feitos nos buracos mentonianos

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➔ Estudo das moldagens:

Não da para moldar todos com o mesmo material – depende do paciente.

MOLDE: impressão negativa da área chapeavel

MODELO: produto resultante da moldagem – positivo.

• As áreas com características diferentes, tem comportamentos diferentes


• A moldagem perfeita deformada intencionalmente, conforme a necessidade

MOLDAGEM COM GODIVA: usa-se moldeira lisa.

MOLDAGEM COM ALGINATO: moldeira perfurada.

Obs: a moldeira perfurada ajuda na retenção.

➔ Tecnica de moldagem

FUNCIONAL, SEMIFUNCIONAL E MUCOSTATICA.

Para MUCOSA FLACIDA -> mínima pressão

Para MUCOSA RESILIENTE -> Seletiva

Para MUCOSA LISA ADERIDA (rebordo grande, boa) -> compressiva

- Um material muito fluido não distende tecido.

➔ Para que serve a moldagem anatômica¿

Copiar estruturas de interesse

Distender o tecido: alginato, silicona densa + fluida

Visão panorâmica

GODIVA ALGINATO

+ densa - denso

Usa plastificador (mais difícil + rápido (depende da


desinfecção) temperatura)
56º

Custo maior Menor custo

Mucosa bem aderida Mucosa bem aderida (melhor


pra mucosa flácida)

Dificuldade de manipular Fácil de manipular

Mau condutor de calor Menor dano aos tecidos

Possível correção Não possível de correção

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➔ Como saber se o molde esta bom¿
(1) Está centralizado
(2) Espessura da borda homogênea (3-4-5mm)
(3) Defeitos/bolhas ausentes
(4) Copiou toda área
(5) Manipulação adequada
• Obs: brilho não é bom.

➔ Moldagem com alginato:

Precisa adaptar cera na borda da moldeira porque o alginato não é muito denso. Cera vai
copiar a borda (vai até o fundo de sulco)

BUSCA-SE: uniformidade, bordas arredondadas marcando freios e bridas, centralização.

➔ Molde anatômico:
• Gesso comum
• Remover mucina com água corrente/gessada
• Tirar excesso de agua gentilmente
• Limpar/desinfectar
• Preencher o gesso com pelo menos + 5mm pra aumentar a retenção

➔ Quais as vantagens da RAAQ incolor¿ (questão de prova)

Sua transparência, possibilitando enxergar a presença de áreas isquêmicas.

• Aliviar com cera antes do isolante, no modelo anatômico. Inverso no de trabalho.

Moldeira transparente: Verificar o ajuste tracionando lábio e bochechas na moldeira.

2ª MOLDAGEM: funcional

• Feita de forma dinâmica ‘biquinho/sorriso”


• Superior: ajuda a movimentar
• Inferior: mostra a língua

DEVE ter:

(1) Adaptação periférica


(2) Estender-se por toda superfície aproveitável da mandíbula/maxila
(3) Recorte muscular
(4) Não comprimir os músculos

➔ Técnicas de moldagem:

Melhor técnica: técnica com a boca aberta.

• Com pressão/mínima pressão/mista

Selecionar a partir do tipo de fibromucosa.

• Flácida/casos mais generalizados: mínima pressão


• Rebordo bem aderido e baixo: com pressão (godiva)
• Mucosa critica: boca fechada e casos de reembasamento.
• Rebordo rebsorvido: com pressão. Usar godiva em caso de osso bem reduzido e
moldeira curta.

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PASTA OZE
FLUÍDO
Copia bem em mínima espessura
Bom custo beneficio
Anelastico
Toxicidade: eugenol
• Limitações: rebordo lamina de faca e tuberosidade volumosa

➔ Planos de orientação

Finalidades:

• Determinar forma do arco


• Limites vestibulares do arco
• Linhas de referência
• Fazer curva individual de compensação
• RC e posição de oclusão

Como fazer¿

Base de prova superior:

• Limite: fundo de sulco


• Retentividade
• Estável
• Bem adaptada

Parâmetros:

• Avaliar curvatura do lábio inferior


• Linha bipupilar
• Seguir o plano de camper
• Linha intermaxilar
• Corredor bucal

❖ LINHA MEDIA: M de 11 e 21
❖ Linha alta do sorriso: altura do dente
❖ Distancia entre caninos: final da asa do nariz, distal dos caninos, largura do dente.

REQUISITOS:

• Espessura uniforme.
• Paralela a linha bipupilar
• Paralelo ao plano de camper
• Devolver preenchimento labial
• Permitir espaço do corredor bucal
• Fonética correta

➔ Posições maxilo-mandibulares:

Seguir os parâmetros do inferir, DV, RC.

• Sentido vertical: DV – DVO – DVR


• Sentido horizontal – anteroposterior e latero-lateral

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• Espaço funcional de pronuncia: quando conversamos

• Espaço funcional livre: repouso.

• RC: protusao

• DV: boca fechada

• MAXIMA DV: boca mais aberta possível

• DVO: não existe em pt

• Tônus -> repouso -> EFL

Espaço funcional livre + DVO = DVR

DVR – EFL: DVO

- TECNICA DE WILLIS: 3mm = EFL

EFP: serve pra saber se acertei o espaço de 3mm

EFP<EFL

➔ Como medir a DVO¿

Método direto: paciente dentado (método de Willis)

Método indireto: fazer com gole de agua “argh”

• O paciente faz a deglutição e quando chegar em repouso, faz a mensuração da


base do nariz a base do mento.

Teste de Silvermann: Se o EFL ficar muito grande: diminuir 1mm

Se o EFL muito pequeno: aumentar 1mm

➔ Como fazer o plano de orientação inferior¿

1º Usar o plano de orientação superior

2º Base de prova testada + DVO provisória

3º Fazer o rolete de cera

• O paciente morde até DVO provisória


• Conferir a DV usando Silvermann

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