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Prótese Dentária Removível I.

Adesão: força de atração resultante da ação


Por Maria Eduarda Athaide intermolecular de 2 corpos de natureza diferente
@odontologia_duda (mucosa e base da prótese).
Ii. Coesão: forças que unem as partículas que
Prótese total removível constituem um corpo (moléculas de saliva).
Diagnóstico e anatomia protética: Iii. Tensão superficial interfacial: é a resistência à
separação que possui uma película de líquido, entre as
+ DVR: dimensão vertical livre. duas superfícies (base da prótese – mucosa).
+ DVO: dimensão vertical de oclusão, paciente • a existência de um filme de saliva fino e contínuo,
desdentado tem a mandíbula projetada para frente pela interposto entre os tecidos de suporte e a superfície da
falta do DVO. prótese, é importante para a retenção da prótese.
Resistência (estabilidade): é a resistência a
Introdução: movimentos e forças horizontais ou rotacionais da
Objetivos: a prótese total deve reabilitar o paciente que prótese.
perdeu todos os dentes, buscando restaurar a função • fatores físicos de estabilidade: direção das forças de
mastigatória, restabelecer as medidas e contornos da fechamento, ação dos músculos sobre os dentes e
face (estética) e melhorar sua fonética sem produzir superfície da prótese total, compressibilidade do
lesões ao paciente. suporte, forças mastigatórias.
Próteses e tecidos de suporte devem coexistir por um
período razoável. Diagnóstico:
Conhecimento da dinâmica das alterações teciduais. Anamnese: histórico, considerações psicológicas
Conhecimento da anatomia básica dos maxilares / (motivação), doenças sistêmicas, uso de medicações.
áreas de suporte Saliva:
Conhecimento das áreas de limites periféricos • sialorréia (hipersalivação): irritação local, doença de
A base da prótese deve se estender o máximo possível Parkinson, próteses novas, gravidez, irritação do trato
sem interferir com a saúde e função dos tecidos. digestivo.
Fisiologia óssea: • xerostomia: idade, obstrução do ducto de Stenson,
“o campo sobre o qual apoiamos nossos aparelhos radiação, doenças sistêmicas (diabetes,
protéticos não é estável ou fixo, porém sujeito a Hipovitaminose a, sarcoidose e síndrome
contínuas alterações, no espaço e no tempo.” De sjögren), medicações (diuréticos, laxantes,
Alterações no rebordo alveolar após exodontias: antiácidos, anoréticos, antihipertensivos,
volume ósseo e morfologia, reabsorção x tempo, antidepressivos, antipsicóticos, sedativos, anti-
exodontia, uso de próteses anteriores. histamínicos, anticolinérgicos, antiparkisonianos),
Reabsorção do rebordo residual: reabsorção mais cálculos salivares.
rápida nos primeiros meses após as exodontias e Obs. Xerostomia refere-se a uma sensação subjetiva de
gradual ao longo dos anos. secura na boca; está frequentemente, mas nem sempre,
Reabsorção menor na tuberosidade maxilar e região associada à hipofunção da glândula salivar
posterior inferior da mandíbula. Reabsorção acentuada (hipossalivação).
na região anterior da maxila e da mandíbula. Exame radiográfico: dentes inclusos, implantes
• consequências da reabsorção: redução da largura e sepultados, espículas ósseas, raízes retidas, alterações
altura do osso de suporte, aparência prognática, patológicas, disposição de forames em relação ao
proeminência das apófises genii, parestesia do canal rebordo residual.
mandibular, discrepância relativa maxila x mandíbula ** Qual exame pedir? radiografia panorâmica.
** Podemos fazer uma prótese que dure 5 anos logo ** Qual exame pedir para ver largura e altura do
após a exodontia? não, pois após a exodontia acontece alvéolo? tomografia.
reabsorção do rebordo residual, então é necessário Exame clínico:
fazer uma prótese temporária. “as próteses totais são totalmente dependentes do
Terminologia: suporte do tecido mole (mucoperiósteo) e do tecido
Suporte (área chapeável/área de assentamento basal): duro subjacente (osso).”
condição do osso e da fibromucosa, extensão da base, Exame extraoral: contornos faciais; assimetrias,
resiliência da fibromucosa coordenação e tônus muscular, coordenação dos
• área média disponível para o suporte das próteses: movimentos mandibulares, dvr e dvo, suporte labial,
maxila: 22,96 cm2. Mandíbula: 12,25 cm2. exame da atm (limitação de movimentos, dor,
• resiliência: capacidade da fibromucosa de voltar ao alteração de posição...).
seu estado primitivo após ter sofrido deformação Exame intraoral:
devido a uma carga localizada. • lábios
Retenção: é a resistência oposta ao deslocamento de • bochechas
sua base no sentido vertical. • áreas de suporte (mucosas e osso):
• fatores físicos da retenção: I. Mucosas= anatomia, anormalidades, patologias;
forma, cor e textura: abrasões, cortes, pontos doloridos
(bordas sub ou sobre estendidas, oclusão incorreta), Maxila: chanfradura pterigóide ou hamular, papila
tecido vermelho e inflamado (prótese antiga, infecção, incisiva e rugosidade palatina
higiene). • suporte primário: palato duro
A. Mastigatória: mais adequada para o suporte da pt. • suporte secundário: rebordo alveolar (é o secundário
Recobre o rebordo residual e o palato duro. devido a reabsorção que acontece ao longo do tempo).
B. Revestimento: mais adequada para o selamento + a crista do rebordo edêntulo é uma importante área
periférico. Recobre bochechas, lábios, espaços de suporte. Porém, o osso é sujeito a absorção, o que
vestibulares, sulcos alvéolos linguais, parte inferior da limita o potencial de suporte, ao contrário do palato
língua e assoalho da boca. que é resistente a reabsorção.
+ lesões da mucosa oral em usuários de prótese total: Mandíbula: rebordo alveolar, fossa retromilohioidéia,
hiperplasia inflamatória (epúlide fissurada, hiperplasia sulco alvéolo lingual.
traumática, pólipo fibro-epitelial), hiperplasia • suporte primário: prateleira bucal
inflamatória por câmara de sucção, estomatite 1. Limite posterior: porção anterior do trígono
protética/candidíase, úlceras traumáticas. retromolar
+ mucosa/submucosa: pacientes saudáveis tem mucosa 2. Limite medial: crista do rebordo alveolar
firmemente aderida; quando submucosa é fina, os 3. Limite anterior: freio bucal
tecidos não serão resilientes e a membrana mucosa 4. Limite lateral ou distal: linha obliqua externa
será facilmente traumatizada; quando a submucosa está • suporte secundário: rebordo alveolar
frouxamente aderida ao periósteo, ou está inflamada ou Limites periféricos: base da pt, distribuição de cargas,
com edema, o tecido será facilmente deslocado, retenção, anatomia, estabilidade, inserções musculares.
afetando a estabilidade da prótese. • maxila: bucinador
II. Osso: palpação dos rebordos alveolares residuais • mandíbula: milohioideo
(irregularidades, cristas afiadas, dor, áreas retentivas, + o selamento periférico é considerado, por diversos
exostoses), forma da abóbada palatina. autores, um fator importante para a obtenção de
+ tórus: atrapalha confecção de prótese. Pode ser retenção protética. Este selamento apenas pode ser
palatino (20 a 25 % da população, fina camada de obtido com uma íntima adaptação da prótese aos
membrana mucosa podendo ser facilmente tecidos circundantes.
traumatizado pela base da prótese, alívio da prótese ou ** Base da prótese total mais extensa possível:
remoção cirúrgica) ou mandibular (6 a 8% da diminui tensão em pontos específicos e aumenta
população, raramente podem ser evitados pelo alívio retenção. Prótese total superior deve terminar no
da base da prótese, remoção cirúrgica). limite do palato mole (área nobre da prótese).
+ tuberosidade maxilar: atrapalha confecção de
prótese. Tamanho anormal se dentes superiores se Moldagem anatômica:
mantém após os molares inferiores serem extraídos. Objetivos: reproduzir os detalhes dos tecidos que
Normalmente o aumento é fibroso, mas também pode suportam a prótese total, facilitar a delimitação da área
ser ósseo. O seu aumento dificulta o posicionamento basal, fabricação da moldeira individual, material
do plano oclusal e interfere na prótese inferior. utilizado- alginato ou godiva em placa
Remoção cirúrgica. Alginato: fácil manipulação, boa fidelidade de cópia,
• assoalho da boca produz menores deformações aos tecidos de
• língua: espraiamento da língua causado pelo espaço revestimento do rebordo, na maioria das vezes
excessivo/ falta de limite. apresenta bolhas e falhas (possível correção)
Relação interarcos: assimetria de forma deve ser Godiva em placa: fácil manipulação, boa fidelidade de
levada em conta na montagem dos dentes pois pode cópia, grande capacidade de afastar a
comprometer a estabilidade da pt. Musculatura inserida no rebordo, possibilita correções
Diagnóstico ideal: proporcionais e paralelos entre si e falhas através de acréscimos, se necessitar repetição,
reaproveita-se o mesmo material
Síndrome da combinação: diferenças de reabsorção no I. Seleção da moldeira: moldeira para edentado- bacia
maxilar e na mandíbula- pela anamnese verifica-se o mais rasa e cabo biangulado.
histórico do uso de prótese superior e presença de Com retenções: alginato.
somente os dentes anteriores inferiores: síndrome da Sem retenções: godiva.
combinação ou síndrome de Kelly. II. Individualização da moldeira
Reabsorção óssea anterior na maxila (tecido frouxo III. Obtenção dos modelos de gesso: gesso pedra tipo
hiperplásico), crescimento fibromucoso das 3.
tuberosidades, perda de suporte ósseo sob a base da Moldeira individual: espessura uniforme de 2mm, 2 a
ppr, hiperplasia inflamatória na região de palato e 3mm mais curta (aquém) do que a profundidade do
fundo de vestíbulo, reposicionamento espacial anterior vestíbulo, lisa (mas não altamente polida), o cabo deve
da mandíbula ter formato que auxilie a manipulação da moldeira sem
distorcer os contornos labiais naturais.
Anatomia das arcadas edêntulas: Delimitação:a linha é colocada 2 a 3mm antes da
Áreas de suporte**: reflexão vestibular.
Alívio e preenchimento. no procedimento de transferência do arco facial,
Resina acrílica autopolimerizável; prensada (resina registrar os relacionamentos interarcos vertical e
termopolimerizável.), resina fotopolimerizável, placa horizontal, agir como um guia no posicionamento dos
de acetato dentes artificiais.

Moldagem funcional: moldeiras individuais prontas. ** Consulta 3= registros intraorais:


Etapas: Selamento palatino posterior: linha vibratória, limite
Moldagem periférica= do palato imóvel e palato móvel (o aproveitamento da
• material: plastificadora de godiva (cuba com água extensão máxima disponível aumenta a retenção e
quente); lamparina comum, lamparina de hanau; diminui a pressão).
moldeira individual; godiva em bastão. Ajustes no plano de cera superior:
• ** objetivo: através de movimentos musculares Suporte labial: perfil, suporte labial, preenchimento do
excessivos, determina a extensão máxima da base da lábio, rugas. Contorno da superfície vestibular do
prótese total (mais selamento e menos reabsorção rolete de oclusão.
óssea a longo prazo).. Vedamento periférico. Altura incisal: coincide com a borda incisal do incisivo
• prova da moldeira. central superior. Linha labial em repouso representa a
• movimentos: quantidade de dente visível. Teste fonético (fonemas f
Superior: bico, sorrir forçado, abrir boca máximo, e v).
lateralidade da mandíbula (define espessura da Plano anterior paralelo ao plano bipupilar: utilização
prótese). de 2 abaixadores de língua ou utilização da régua de
Inferior: língua na parte interna bochecha (direita e fox.
esquerda), língua lábio superior, língua para fora, bico, Plano posterior paralelo ao plano de camper: técnica de
sorrir forçado, abrir boca máximo. ajuste.
Moldagem final= Linha média: linha vertical que divide a face de forma
• material: pasta zinco-enólica ou elastômeros (poliéter mais simétrica possível.
ou polissulfeto). Linha do sorriso: linha horizontal no limite do lábio
• objetivo: copiar todos os detalhes dos tecidos a partir superior.
dos limites previamente determinados na moldagem Linha dos caninos: linha vertical saindo da asa do nariz
periférica. ou da comissura labial.
• não deve ser feito nenhum movimento importante, Corredor bucal: observar se há necessidade de ajuste.
apenas repuxar um pouco os lábios para acomodação Registro do arco facial:
do material de moldagem. Montagem no articulador: não podemos montar
• remoção do excesso de godiva de dentro da moldeira próteses totais em articuladores charneiras. Importante
com lâmina de bisturi. para determinar oclusão e dimensão vertical.
• se moldar com elastômero, remover 0,5 a 1mm da Confecção de sulcos de orientação na base do modelo
borda superior da godiva e aplicar adesivo no interior (split- cast), vaselina nos sulcos de orientação,
da moldeira (adesivo para poliéter ou adesivo para montagem do modelo superior, montagem do modelo
polissulfeto). inferior.
• vazagem do gesso: engrossamento das bordas com • montagem do modelo superior: criação de edentações
cera periférica, encaixotamento com cera 7. (canaletas) na superfície oclusal nas regiões posteriores
Espatulação de preferência à vácuo. Gesso tipo 3. do plano de cera superior. Isolamento com vaselina
pastosa. Plastificação da godiva e impressão das
Prescrição laboratorial: o que está sendo enviado e o edentações.
que está sendo solicitado. Registro intermaxilar:
• montagem do modelo inferior: determinação da
Placa base e plano de cera: dimensão vertical de repouso (obtenção apenas com
Placa base: base de registros ou base de prova, forma base de registro superior). Determinação da dimensão
temporária representando a base da prótese final, feita vertical de oclusão (obtenção com ambas as bases de
no modelo de trabalho. registro na boca). Determinação da relação cêntrica
Material: resina acrílica autopolimerizável, resina (recorte das regiões posteriores do plano de cera
acrílica fotopolimerizável, acetato. inferior, pasta zincoenólica ou godiva no plano de cera
Quesitos: rigidez, estabilidade, extensão, bordas. inferior, planos superior e inferior na boca e
Confecção da placa base manipulação da mandíbula para fechamento em
Planos de cera: roletes de oclusão ou planos de relação cêntrica).
orientação. Dvo = dvr – espaço funcional livre (3mm).
Material: cera 7. Seleção dos dentes artificiais (forma, tamanho e cor).
Dimensões: 22mm superior e 18mm inferior.
Confecção do plano de cera Seleção, montagem e prova dos dentes artificiais:
** finalidades: determinação da extensão posterior da
prótese maxilar, estabelecer o plano oclusal, auxiliar 5 consultas:
1: exame clínico, moldagem anatômica= confecção de naturais ou resina antagonista, não adere ao material da
moldeira individual. base.
2:moldagem funcional (2 etapas- selamento periférico Resina: não necessita de elementos de retenção (há
com godiva e moldagem final) = plano de cera. unido química entre dentes base da prótese), menor
3: registros no plano de cera (estéticos e fonéticos) = risco de fratura, maior versatilidade nas mudanças de
montagem no articulador semi-ajustável. forma e caracterização, desgaste mínimo dos dentes
** relação cêntrica possibilita a identificação da antagonistas naturais e de resina, instabilidade de
relação maxila x mandíbula. forma e cor (sofrem a ação de corantes orgânicos,
4: seleção e montagem dos dentes artificiais. água, agente químicos etc.), perda da dv devido à
5: prova, ajustes e entrega da prótese total. abrasão funcional, maior cuidado na limpeza e
polimento.
Quem dá as referências para seleção e montagem de
dentes artificiais: planos de cera (linhas de referência, Montagem de dentes:
desgastes, acréscimos), fotos, modelos de estudo, Sequência: anteriores superiores, anteriores inferiores,
dentes extraídos, radiografias, sexo, idade, opinião do posteriores inferiores, posteriores superiores.
paciente, próteses antigas com estética satisfatória. Referências para montagem: respeitar todos os
Critérios: tamanho (altura e largura), forma (carta registros feitos. Anteriores (planos de cera, estética,
molde), cor (escalas/outras referências), inclinação das fonética), posteriores inferiores (triângulo de pound,
cúspides (oclusão), material (resina, porcelana). plano oclusal reto).
Posicionamento dos dentes anteriores superiores:
Tamanho dos dentes: Incisivo central superior: incisal toca o lábio inferior
+ registros que afetam: linha do sorriso, linha dos (linha seco/ molhada) ao emitir sons fricativos "f”,
caninos e altura incisal. vestibular de 8 a 10mm do centro da papila incisiva,
Linhas de referência: longo eixo perpendicular ao plano oclusal.
Linha do sorriso: comprimento dos dentes anteriores Incisivo lateral superior: cervical inclinada para distal,
superiores. posição em relação ao central (cérvico-incisal, mesio-
Linha dos caninos (linha da comissura labial): distal distal, vestíbulo-palatina).
dos caninos (largura dos seis anteriores) Canino superior: cervical proeminente e inclinada para
distal, face distal imperceptível em visão frontal,
Formato dos dentes: não há evidência científica que posição mesio-distal, desgaste do vértice da cúspide.
suporte a correlação entre forma do incisivo e forma Posicionamento dos dentes anteriores inferiores:
do rosto do paciente. Incisivo central inferior: inclinação da incisal para
Formas quadradas: o incisivo central é dominante. A vestibular, posição mesio-distal vertical, transpasse
curvatura gengivo-incisal é moderada. A trajetória da horizontal 1-2mm, transpasse vertical 1-2 mm.
crista marginal é marcadamente angulosa, condição Incisivo lateral inferior: inclinação da incisal para
que é característica de uma articulação normal. vestibular, posição mesio-distal com cervical
Formas triangulares: dentes que possuem uma coroa ligeiramente para distal, transpasse horizontal 1-2mm,
revitalizada, cuja largura decresce no sentido da transpasse vertical: 1-2 mm.
margem cervical. A curvatura gêngivo-incisal é Canino inferior: inclinação da vestibular para a lingual
moderada. O grande incisivo central apresenta atrativa com a
e ligeira forma triangular. A trajetória da crista Cervical proeminente, posição mesio-distal com
marginal é também triangular, condição que, em cervical ligeiramente para distal, transpasse horizontal
alguns casos, caracteriza uma mordida cruzada. 1-2 mm, transpasse vertical 1-2 mm.
Formas ovais: pronunciada curvatura gêngivo-incisal. Posicionamento dos dentes posteriores inferiores:
A Trajetória ovóide da crista marginal está, plano oclusal reto, triângulo de pound.
geralmente, relacionada com uma sobremordida. Posicionamento dos dentes posteriores superiores:
cúspide palatina proeminente, montagem em relação
Cor dos dentes: ao inferior.
Seleção de cor: cor da pele, dentes naturais
remanescentes, idade. Oclusão balanceada bilateral:
Registrar a cor e modelo na ficha clínica. Definição: contatos oclusais bilaterais, simultâneos,
Referência da escala. posteriores em relação cêntrica e contatos oclusais
bilaterais, simultâneos, anteriores e posteriores durante
Inclinação das cúspides: dentes com 33º (mais os movimentos excêntricos. É um tipo de oclusão
comum), dentes com 20°. diferente daquela que desejamos encontrar na dentição
natural.
Material dos dentes: Objetivos: permitir movimentos livres, evitar rotações
Porcelana: desgaste clinicamente insignificante, não há e deslocamentos das pts, distribuir melhor as forças
perda importante da dv, estabilidade de cor, fácil (área chapeável), preservando as estruturas de suporte
limpeza, ruído em contato oclusal, abrasão dos dentes
(osso e mucosa), estabilização da mandíbula na Primeiros dias: sensação de “boca cheia”, salivação
deglutição, evitar traumas. excessiva, dificuldade para falar
Para alguns autores, o contato na região anterior Técnica de higienização da prótese:
Pode levar à desestabilização da prótese durante • mecânica (escovação): sabão neutro, escova própria.
movimentos protrusivos e aumento da reabsorção do • química: ácidos, hipocloritos, peróxidos, enzimas e
rebordo remanescente. desinfetantes. 15 ml de hipoclorito de sódio entre 2 a
3% + 300 ml de água.
Oclusão “ideal” em pt: estabilidade em rc (relação Técnica de higienização da mucosa: escova de dentes
cúspide gerando forças perpendiculares ao rebordo), macia, escovar a língua, gengiva e palato, soluções
dentes com cúspides baixas (menos forças oblíquas, para bochechos.
movimentos excêntricos facilitados (controle Uso de adesivos ou fixadores: objetivo de melhorar o
neuromuscular), dentes posicionados de acordo com o desempenho pt em uso e facilitar a execução de
formato do rebordo remanescente (respeito à procedimentos clínicos (necessidade de maior retenção
curvatura, interno e externo e determinação da zona para a placa base). Maior segurança e conforto para o
neutra). paciente. Pastas e cremes proporcionam maior
* espaço funcional da língua (i) e cargas para fora do retenção em relação aos pós, pois impedem a entrada
rebordo (e). de ar e não são facilmente removidos pela saliva.
Características ideais: biocompatível com a mucosa
Influência das relações intermaxilares na montagem oral, inodoro, insípido, de fácil aplicação, além de
dos dentes: manter suas propriedades por 12 a 16 horas
Classe i esquelética (ortognata com perfil reto): os dois Atenção: adesivos não substituem falhas de retenção
rebordos estão alinhados no plano sagital, transpasse ou deficiências técnicas ou clínicas!!!!
vertical de 1 a 2 mm. Principais queixas: dor, perda de retenção, feridas na
Classe ii esquelética (retrognata com perfil convexo): o mucosa (avisar antes sobre a ocorrência de lesões).
rebordo superior está na frente do rebordo inferior, as
bordas incisivas dos dentes superiores estarão mais ** Como classificamos uma prótese total em termos de
afastadas das bordas incisivas dos inferiores. suporte? Mucossuportada.
Classe iii esquelética (prognata com perfil côncavo): o
rebordo superior está atrás do rebordo inferior, a
melhor relação será a posição de topo a topo, com
ausência de contato em oclusão cêntrica para preservar
os rebordos.

Prova dos dentes:


Avaliação:
Estética: avaliação com as arcadas dentárias afastadas
(espaço negativo ou fundo escuro da boca) enfatiza a
forma do dente, melhor visualização da montagem.
Fonética: incisivos centrais superiores tocam
suavemente a linha seco-úmida do lábio inferior na
pronúncia do f. Se o f soa como v, os dentes estão
longos. Pronúncia do s: aferição da dimensão vertical,
posição labiolingual dos dentes anteriores inferiores
(dificuldade se dentes estiverem muito lingualizados).
Aprovação pelo paciente.

Entrega e ajustes:
Procedimentos clínicos que dentista precisa realizar:
análise interna da base da prótese, avaliação das bordas
(espessura e extensão), avaliar a liberdade dos freios
labial, lingual e laterais, verificação de possíveis áreas
de compressão (pinceladas de pasta zinco-enólica para
evidenciar áreas de compressão ao colocar a prótese no
paciente), refinamento da oclusão, instruções e
manutenção, consultas de acompanhamento.
Ajuste oclusal:
Detecção dos pontos de contato (clínica com carbono
de pouca espessura).
Entrega e orientações:
Prótese parcial removível não for substituído, ele não deverá ser considerado na
classificação.
Planejamento: qual tipo de prótese posso escolher?
Depende da necessidade do paciente. Geralmente a Componentes: conector maior, conector menor, apoio,
primeira escolha para pacientes que perderam algum retentores diretos/grampos, retentores indiretos, base
elemento é o implante, outra opção é a prótese parcial com dentes artificiais.
fixa (necessário que o paciente tenha dois dentes
laterais ao faltante que serão preparados). Conector maior: rigidez estrutural, suporte vertical e
proteção dos tecidos moles (distância mínima da
Introdução: as próteses parciais removíveis (ppr) são gengiva marginal livre), forma auxiliar de retenção
utilizadas para restaurar arcos parcialmente edentados, indireta.
substituindo dentes e tecidos perdidos. Conectores maiores no arco inferior: barra lingual,
Componentes da ppr: armação (ou estrutura) metálica, barra lingual com grampo contínuo, barra vestibular,
base e dentes artificiais. placa lingual.
Ppr x implantes: capital ósseo, anatomia do osso • barra lingual: simplicidade de confecção; maior
remanescente, tempo, sacrifício físico, custo. estímulo aos tecidos moles. Pode não ser rígida o
Suporte para prótese: dentes, osso/mucosa, implantes. suficiente. Indicada para os as pprs dentossuportadas
Pode haver mais de um tipo de suporte para uma com espaço suficiente entre a gml e o soalho. Distância
mesma prótese. mínima de 8 mm da gml (gengiva marginal livre) ao
Tipo de suporte em ppr: sempre será suportada em soalho.
dente. • barra lingual com grampo contínuo: contribuição
Dentossuportada: suporte dentário, tem dentes nas para a estabilidade de prótese; maior estímulo à gml.
extremidades. Adaptação difícil em casos de apinhamento; tendência
** dentomucossuportada: utiliza o suporte dentário e à impacção alimentar; desconforto devido às múltiplas
mucoso, não tem dentes nas extremidades. bordas.
Nomenclatura: • barra vestibular: utilizada somente quando outro
Pilar ou dente-suporte: dente que suporta a ppr. conector maior for inviável (tórus amplo, dentes com
Retentor: porção da ppr que prende a ppr ao dente inclinação lingual exagerada). Desconforto, volume,
suporte. espaço reduzido. Classe iii, deve haver uma distância
Indicações da ppr: espaço protético de extremo livre Mínima de 8mm da gml ao soalho lingual.
(impossibilidade de prótese parcial fixa), espaço • placa lingual: várias indicações; pode contribuir para
desdentado extenso, suporte periodontal reduzido, retenção indireta; não tem problema de espaço (gml);
perda óssea localizada, situação econômica. maior rigidez, menor volume. Maior recobrimento;
problemas para pacientes com higiene deficiente.
Classificação dos arcos parcialmente dentados: Classe i ou ii, não há problemas de distância,
Classificação de kennedy (1925): permite visualização, estabilização de dentes periodontalmente
diferenciação de suporte, universalidade. enfraquecidos.
** fazer desenho e analisar da região de molares para Conectores maiores no arco superior: barra palatina,
região anterior. barra palatina ântero-posterior, barra palatina em “u”,
Classe i: áreas desdentadas bilaterais, situadas placa palatina.
posteriormente aos dentes remanescentes • barra palatina: < 8mm de largura, pouco utilizada,
Classe ii: área desdentada unilateral, situadas pequeno suporte sobre o palato, necessita de maior
posteriormente aos dentes remanescentes volume para não deformar, indicada para classe iii de
Classe iii: área desdentada com dentes naturais pequena extensão.
localizados anterior e posterior a ela • barra ântero-posterior ou dupla: rigidez; resistência à
Classe iv: área desdentada bilateral, cruzando a linha deformação; percepção do palato; casos de tórus.
média, anterior aos dentes naturais remanescentes Indicada para pilares anteriores e posteriores mais
Regras de applegate (1959): a(s) área(s) edentada(s) separados. Menor suporte do osso palatino; várias
mais posterior(es) sempre determina(m) a bordas podem causar desconforto.
classificação. A classificação deve ser feita após • barra palatina em u: usada quando vários dentes
extrações. As áreas edentadas além daquela que anteriores são substituídos (classe iv); tórus amplo que
determina a classificação, são denominadas não pode ser removido. Tendência ao dobramento em
modificações. A extensão da modificação não é casos de extremo livre.
considerada, mas apenas o número de áreas edentadas • placa palatina: maior rigidez com menor volume;
adicionais. Não pode haver modificações no arco maior recobrimento = melhor distribuição de cargas;
classe iv. Se o terceiro molar estiver ausente e não for mais confortável. Menos perceptível pelo paciente,
substituído, ele não deverá ser considerado na maior rigidez, suporte no palato, pode ser utilizada na
classificação. Se houver terceiro molar e este for maioria dos casos, pode ser útil para dentes com
utilizado como dente o suporte deverá ser considerado alguma mobilidade. Reações teciduais quando há
na classificação. Se o segundo molar estiver ausente e higiene deficiente.
Conector menor: une demais componentes (grampos, • simples: alavanca, cunha, parafuso, eixo, roda e
apoios, bases) ao conector maior e à sela. Funcionam polia, plano inclinado.
como via de transmissão de cargas oclusais para os • complexa: são as combinações de muitas máquinas
dentes através dos apoios. Têm também função de simples.
guiar a prótese durante a inserção e remoção e ajuda a Alavancas:
estabilizar a ppr. Definição: é uma barra rígida suportada em algum
Apoios: promover suporte vertical, orientar e distribuir ponto do seu comprimento.
cargas sobre os dentes suporte, estabilidade, manter Fulcro: ponto de suporte da barra, a barra se
relação oclusal, evitar traumatismo dos tecidos moles. movimenta ao redor do fulcro.
• tipos de apoio: apoio oclusal e apoio em cíngulo Braço de resistência e de potência:
• preparos para os apoios (nichos): nicho oclusal e • braço de resistência: extensão da alavanca entre o
nicho em cíngulo. fulcro e a resistência
Retentores diretos: • braço de potência: extensão da alavanca do fulcro até
Extracoronários (grampos): grampo circunferencial o ponto de aplicação da força
Grampo à barra (grampo de roach). • intenção do sistema:
Intracoronários (encaixes). Potência > resistência = movimento.
• eixo de inserção da ppr: é a direção para onde a Resistência > potência = imobilidade.
prótese é deslocada do ponto de contato inicial de seus Classificação das alavancas de acordo com a posição
elementos rígidos com os dentes-suporte até sua do fulcro:
posição de assentamento final, com os apoios • 1ª classe (interfixa): alavanca classe i.
encaixados sobre seus nichos e a base em contato com Ppr extremo livre distal, esforços nocivos.
a mucosa. As faces proximais, adjacentes ao espaço • 2ª classe (inter-resistente): alavanca classe ii.
edêntulo, devem ser preparadas paralelas à trajetória Ausência de esforços nocivos aos pilares.
do eixo de inserção para proporcionar os planos guia. • 3ª classe (interpotente).
Placa proximal sobre o plano-guia. Plano inclinado apoio: direciona as cargas
• planos guia: quando realizamos os preparos dos mastigatórias para o longo eixo do dente, suporte
planos-guia corretamente, o paciente pode inserir e vertical.
remover a prótese com facilidade em um só sentido, Retentor direto: unidade da prótese parcial removível
preservando os dentes-suporte. que envolve um dente suporte de tal maneira a resistir
• delineador: instrumento usado para determinar o ao deslocamento da prótese para fora do tecido da área
paralelismo relativo de duas ou mais superfícies basal. Ex: grampos ou encaixes (extracoronários ou
dentárias intracoronários).
• equador anatômico: maior circunferência Retentores indiretos: apoio oclusal auxiliar, apoio
considerando cada dente individualmente sobre os caninos, grampo contínuo ou placa lingual.
• equador protético: é o equador em relação a todos os Linha de fulcro (eixo de rotação): linha imaginária que
dentes, considerando o mesmo eixo de inserção. passa pelos apoios mais posteriores, em torno do qual a
• área de retenção: ppr rotaciona quando submetida às várias forças
Distante do espaço protético: utiliza-se o grampo dirigidas aos rebordos alveolares.
circunferencial. Possíveis movimentos da ppr:
Próxima do espaço protético: utiliza-se o grampo meio • rotação sobre o eixo que atravessa os suportes mais
“t”. posteriores: ppr classe i e ii de kennedy
No centro do dente: utiliza-se o grampo em “i”. (dentomucossuportada).
Retentores indiretos: apoio oclusal auxiliar, apoios • rotação sobre o eixo longitudinal quando a base do
sobre os caninos, grampo contínuo ou placa lingual, extremo livre rotaciona ao redor do rebordo alveolar.
placa proximal. Impedido: rigidez do conector maior, retentores
indiretos, retentores diretos.
Princípios biomecânicos: • rotação sobre o eixo vertical localizado no centro da
Suporte final para a ppr: osso (dente, ligamento arcada. Resultado: forças oclusais verticais, horizontais
periodontal, osso alveolar, base da ppr, mucosa de e oblíquas. Impedido: retentores indiretos, grampos de
revestimento, osso do rebordo alveolar). oposição, placas proximais, retentores diretos.
Eficiência retentores indiretos: qualidade do suporte e
Como minimizar essas forças nocivas: distribuição e distanciamento da linha de fulcro.
direcionamento das forças Linha de fulcro (eixo de rotação): mais de uma linha
Seleção: do desenho, localização dos componentes da de fulcro para ppr, depende da direção e do local da
ppr, oclusão harmoniosa. aplicação da força. Quanto mais linhas de fulcro, maior
Forças potencialmente destrutivas = tolerância a possibilidade de movimentação da ppr.
biológica. Possíveis movimentos da ppr: classe i, ii. Os 3
movimentos estão presentes. Apoios profundos e
Classificação das máquinas: encaixes são questionáveis - torque nos pilares.
Regras de planejamento: apoio, linha de fulcro (apoio Delineamento: planejamento dos componentes da
e/ou rebordo), retenção indireta, retenção direta. armação metálica e da quantidade de desgaste dos
dentes-suporte.
+ todo dente adjacente ao espaço edêntulo recebe ** qual a importância do delineamento e qual método
apoio e placa proximal (nicho e plano guia). usamos? Usamos o método da conveniência.
Retenção indireta (linha do sulco principal). Delineador: instrumento com o qual analisamos os
Retenção direta (1 de cada lado, equador protético). modelos de estudo e determinamos a presença ou
ausência de paralelismo entre os dentes-suporte e
Sequência: outras estruturas orais.
Preparo bucal, delineamento, preparo dos dentes- Componentes: plataforma, suporte vertical, braço
suporte, moldagem e prescrição. horizontal, haste vertical, mesa, base, mandril, pontas.
Finalidades: determinação do eixo de inserção,
Consulta inicial: identificação superfícies dentárias proximais que
Diagnóstico: exame clínico, exame radiográfico São ou se tornarão paralelas (planos guia), marcação
(periapical e panorâmica), exames complementares, do equador protético, identificação e medição dos
modelo de estudo, fotografia. pontos de retenção, tripodização do modelo de trabalho
Preparo bucal: preparo da boca para receber a ppr com (registro da posição relativa do modelo em relação à
o objetivo de torná-la o mais saudável possível e via de inserção), eliminação de interferência dental e
eliminar qualquer condição prejudicial ao sucesso da óssea, determinação da posição mais estética para
ppr. retentores e dentes artificiais, mapeamento do preparo
Endodôntico. bucal, desenho da estrutura metálica e comunicação
Restaurador. com o técnico, fresagem de restaurações metálicas e
Ortodôntico: substruturas de metalocerâmicas, colocação de
Cirúrgico: exodontias, remoção de raízes residuais, retentores intra-coronários
exostose e torus, tecido hiperplásico, inserções Determinação do eixo de inserção: é a direção para
musculares e freios, espículas ósseas, ulcerações, onde a prótese é deslocada do ponto de contato inicial
aumento de rebordo alveolar, dentes impactados, de seus elementos constituintes rígidos com os dentes -
dentes mal posicionados, cistos e tumores suporte até sua posição de assentamento final, com os
odontogênicos. apoios encaixados sobre seus nichos e a base em
Periodontal: remoção dos fatores etiológicos, contato com a mucosa.
eliminação ou redução de bolsas, reparo da arquitetura • método das bissetrizes, método dos três pontos,
óssea e gengival, controle de placa, instrução de método da conveniência (uso do eixo de inserção mais
higiene, raspagem radicular, eliminação de conveniente para as estruturas envolvidas).
interferências oclusais grosseiras, cirurgias • eixo de inserção ideal: transmissão da carga
periodontais (gengivectomias; retalhos periodontais). mastigatória sobre o longo eixo do dente suporte,
Protético: indicação de coroa protética: caso seu superfícies proximais para guiar o translado da prótese
paciente precise de uma coroa, em um dente pilar de até sua posição de assentamento.
ppr essa coroa deverá apresentar características Etapas do delineamento:
especiais e você deve informá-las a seu protético! Essa Determinação do eixo de inserção: movimentação
coroa deverá ser feita antes da confecção da ppr! ântero-posterior. Determinação da posição do modelo
Prescrição laboratorial de coroa total mc pilar de ppr. com a maior combinação de superfícies proximais
Desgaste para compensar o espaço para o nicho na paralelas ou com potencial de se tornarem paralelas
coroa que será confeccionada. (uso de ponta analisadora). Planejamento dos planos-
guia.
Marcação do equador protético: movimentações
laterais, dentes suporte. Marcador de carbono (uso de
ponta grafite).
** Calibragem de retenção: grampos fundidos (mais
rígido, retenção de 0,25mm) e grampos torcidos
(retenção de 0,75mm).
• ponta calibradora. Uso de ponta calibradora.
• depois que é feita a calibragem de retenção, podemos
definir os tipos de retentores diretos (grampos).
• tipos de grampos: serão escolhidos de acordo com a
localização da maior área de retenção. Área de
retenção mais distante do espaço protético utiliza-se o
1ª consulta para confecção da ppr: grampo circunferencial; área de retenção perto do
espaço protético utiliza-se o grampo meio “t”, área de
Moldagem para obtenção do modelo de estudos. retenção no centro do dente utiliza-se o grampo em “i”.
Tripodização do modelo de estudo: registro da relação • verificação dos planos guia, determinação pontos de
do modelo com o delineador. 3 marcações para retenção, tripodização.
registrar eixo de inserção de acordo com a ponta
analisadora. Prescrição laboratorial: Estrutura metálica de PPR
inferior.
2ª consulta para confecção da ppr: Preparo dos dentes- Dente 37: com apoio oclusal mesial, placa proximal
suporte, Moldagem para obtenção de modelo de mesial e grampo circunferencial com retenção 0.25 na
trabalho, Prescrição laboratorial para confecção da disto-vestibular. Dente 33: com apoio em cíngulo,
estrutura ou armação metálica e das moldeiras placa proximal distal e grampo à barra do tipo "meio t”
individuais (Classe I e II de Kennedy inferiores). com retenção 0.25 na disto-vestibular. Dente 43:
Apoio em cíngulo.
Preparo dos dentes suporte: Será realizado SEMPRE a Dente 45: Apoio oclusal na mesial, placa proximal na
partir dos modelos delineados e tripodizados. Todo distal e grampo circunferencial com retenção 0.25 na -
dente adjacente ao espaço edêntulo receberá SEMPRE vestibular. Conector maior do tipo placa lingual.
apoio e placa proximal. No laboratório: alívio do modelo, ceroplastia, fundição
Sequência dos preparos: da armação metálica e confecção das moldeiras
Superfícies proximais: Planos-guia (eixo de inserção individuais
da prótese).
** Funções Plano-guia: Determinar uma via de 3ª consulta: prova armação metálica e moldagem
colocação e remoção da PPR (eixo de inserção). funcional (classe i e ii de kennedy inf.).
Assegurar o correto desempenho dos componentes de Moldagem funcional ou fisiológica
reciprocidade, estabilidade e retenção. Eliminar áreas Realizada somente para classe i e ii de kennedy
de retenção de alimentos entre os dentes suporte e a inferior.
prótese. • área de suporte primário inferior (prateleira bucal ou
** Características Plano-guia: Deve ser paralelos entre, base lateral da mandíbula): limite medial (crista do
Deve ter 2/3 da largura intercuspídea, Deve ter 2/3 da rebordo alveolar), lateral (linha oblíqua externa), distal
altura (ocluso-gengival), Deve estar sempre presente (trígono retromolar), anterior (freio bucal)
na superfície dental adjacente ao espaço edêntulo. • limites da moldeira individual inferior: vestibular
** Reciprocidade dos grampos de retenção, (trígono retromolar, sulco massetérico, linha oblíqua
Eliminação dos ângulos mortos nos conectores externa, freio bucal, distal do pilar), lingual (trígono
menores, Adequação da inserção do conector maior, na retromolar formando uma linha até soalho de boca,
presença de dentes lingualizados. linha ascendente que cruza a linha oblíqua interna,
Alterações de contorno: melhorar a retenção dos distal do pilar).
grampos.
Preparo do nicho oclusal: Prover apoio no sentido Moldagem periférica:
ocluso-gengival, manter posicionados os demais Objetivo: determinar a extensão máxima da base da
componentes, Evitar o traumatismo dos tecidos moles, Prótese, através de movimentos fisiológicos da
Orientar as forças no sentido do longo eixo dos dentes- musculatura.
suporte Materiais necessários: cuba com água quente,
Características: Forma triangular arredondada, lamparina a álcool e lamparina hanau, godiva em
Redução da crista em 1,5 mm, não possuir bordos bastão, moldeiras individuais.
cortantes, Ângulo entre o apoio e o conector menor + fixação das moldeiras na armação metálica e prova
sempre < 90º. na boca, aplicação da godiva plastificada na moldeira.
• Preparo do nicho em cíngulo: Comprimento mésio- Moldagem periférica lingual: língua na parte interna
distal (2,5 a 3,0 mm), Largura vestíbulo-lingual (2,0 bochecha (direita e esquerda), língua lábio superior,
mm), Profundidade (1,5mm). língua para fora.
Moldagem periférica vestibular: bico, sorrir forçado,
Moldagem para obtenção de modelo de trabalho: abrir boca máximo.
Materiais de moldagem mais utilizados:
Hidrocolóide Irreversível (Alginato): Boa capacidade Moldagem final:
de cópia, Baixo custo, sofre sinérese ou embebição, Objetivo: copiar todos os detalhes dos tecidos de
Pouco tempo para vazamento do gesso. Suporte delimitados na moldagem periférica, em
Silicones (adição): Boa capacidade de cópia, Baixa repouso e sem compressão.
alteração dimensional, maior Tempo de vazamento do Materiais necessários: cabo e lâmina de bisturi,
gesso, Custo mais elevado. adesivo e elastômero (mais usado: silicone) ou pasta
Modelo de trabalho para PPR: A partir de uma zincoenólica.
moldagem para obtenção de um modelo de trabalho de + elastômero (polissulfeto): remoção do excesso de
PPR o gesso de escolha será sempre o gesso do tipo godiva e aplicação do adesivo, manipulação do
IV. material, preenchimento da moldeira e inserção na
boca.
6ª consulta: ajustes, instalação, manutenção.
Obtenção do modelo alterado: recorte do modelo,
retenções na base do modelo, fixação da estrutura Ajustes da base da prótese: pip (pasta identificadora de
metálica ao modelo com cera pegajosa, pressão), pasta branca da pasta zincoenólica, silicone
encaixotamento, vazagem do modelo (gesso tipo iii). leve (fluido), identificação das áreas de pressão entre a
parte interna da base e as superfícies de suporte do
4ª consulta: registros estéticos e funcionais, de acordo rebordo alveolar, identificação das áreas de sobre-
com o caso e prescrição laboratorial para montagem extensão das bordas, freios e bridas, desgaste das áreas
dos dentes. Plano de cera preso à armação para com ausência da pasta, com fresas.
registrar a relação com o arco superior
Ajuste oclusal: fitas de carbono, classe iii ou classe iv
Relações oclusais em ppr: (ajuste intraoral), classe i ou ii (ajuste no articulador),
Prótese total e ppr classe i: relação maxilo-mandibular ppr x pt (ajuste no articulador).
rc, oclusão balanceada bilateral, ausência de toques
anteriores. Instruções para o paciente: higienizar após as refeições
Classe iv e dentes naturais: relação maxilo-mandibular e antes de dormir, escova e sabão neutro, remoção da
mih, canino natural presente (guia canina, guia anterior prótese à noite, colocação em recipiente com água
com toques leves), canino na prótese (função em (hidratação), retorno para manutenção a cada 6 meses.
grupo, guia anterior com toques leves).
Classe iii e classe iii: relação maxilo-mandibular mih Resumindo:
(com estabilidade oclusal) rc (sem estabilidade Consulta inicial (diagnóstico): exame clínico, exame
oclusal), canino natural presente (guia canina), canino radiográfico, exames complementares, modelo de
na prótese (função em grupo). estudo, preparo bucal.
Dentes naturais e ppr classe i ou ii: relação maxilo- 1ª consulta: moldagem para obtenção do modelo de
mandibular rc (ausência de posteriores) mih (presença estudos (material mais utilizado é alginato, moldeira de
de posteriores), canino natural presente (guia canina), estoque, modelo de estudos em gesso iii) e
canino na prótese (função em grupo), dentes anteriores delineamento para planejamento dos componentes da
presentes (guia anterior normal), dentes anteriores armação metálica e da quantidade de desgaste dos
ausentes (guia anterior com toques leves). dentes-suporte.
Classe i e classe i: relação maxilo-mandibular rc 2ª consulta: preparo dos dentes-suporte, moldagem
(ausência de posteriores) mih (presença de para obtenção de modelo de trabalho (materiais mais
Posteriores com estabilidade), canino presente (guia utilizados são alginato ou elastômeros, moldeira de
canino, guia anterior), canino ausente (função em estoque ou individual, modelo de trabalho em gesso iv)
grupo, guia anterior com toques em dentes naturais). e prescrição laboratorial para confecção da estrutura
metálica e das moldeiras individuais (classe i e ii de
Registros: suporte labial, altura incisal, plano anterior, kennedy inf.).
plano posterior, linha média, linha do sorriso, corredor 3ª consulta:
bucal, arco facial, dvr, dvo, rc, mih, escolha da cor. No laboratório: alívio do modelo, ceroplastia, fundição
Tipos de registros oclusais: da armação metálica.
Posicionamento direto dos modelos (mih): ppr classe Na clínica: prova armação metálica e moldagem
iii x dentes naturais ou ppr classe iii x ppr classe iii. funcional (classe i e ii de kennedy inf.)
Registro em planos de cera: ppr classe iii x ppr classe 4ª consulta: registros estéticos e funcionais e
iii (mih), ppr extremo livre (classe i ou ii) x prótese prescrição laboratorial para montagem dos dentes.
total (rc), ppr extremo livre (classe i ou ii) x dentes 5ª consulta: prova dos dentes. Conferir registro
naturais (mih). interoclusal. Prescrição laboratorial para inclusão,
Características dos materiais: pouca resistência ao prensagem e acrilização, acabamento e polimento.
fechamento, rígido após a realização do registro, 6ª consulta: ajustes, instalação, manutenção.
mínima alteração dimensional, fácil manipulação, boa
reprodução das oclusais.
Materiais utilizados: cera extra-dura, pasta
zincoenólica sobre o plano de cera 7, godiva.

Lab: montagem dos modelos registrados e montagem


dos dentes.

5ª consulta: prova dos dentes (avaliação estética),


conferir registro interoclusal. Prescrição laboratorial
para inclusão, prensagem e acrilização, acabamento e
polimento.

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