Ortodontia
Por Maria Eduarda Athaide
@odontologia_duda
Introdução a ortodontia:
Objetivos: descrever os princípios do crescimento
facial; descrever o desenvolvimento das dentições e
da oclusão; identificar os principais fatores etiológicos
das maloclusões; interpretar a cefalometria como
método auxiliar no diagnóstico ortodôntico;
confeccionar aparelhos de ortodontia preventiva e
interceptiva.
O que é ortodontia? É a especialidade da odontologia
relacionada com o estudo do crescimento do
complexocraniofacial, com o desenvolvimento da
oclusão e com o tratamento das anomalias dento-
faciais. Os problemas do desenvolvimento e correção
oclusais sãode responsabilidade e cuidado tanto do
clínico como do ortodontista; portanto, o
conhecimento básico referente ao desenvolvimento
oclusal, ao crescimento facial, e a correção da
maloclusão deve fazer parte do treinamento de todo
dentista. Problemas ortodônticos mais brandos podem
ser tratados por um cirurgião- dentista não
especialista ou mesmo por um odontopediatra, que
devem ter discernimento para encaminhar ao
especialista se o caso for mais complexo.
Ortodontia preventiva:
Manter espaço para o dente permanente (perda
precoce do decíduo). Controle de espaço (preservar
espaço para os dentes permanentes). Remover hábitos.
Ortodontia interceptativa:
Mordida cruzada, mordida aberta (hábitos),
recuperar espaço, extração seriada, desgastes em
dentes decíduos.
Como ser um especialista?
Após a graduação, para ter a especialidade
reconhecida e poder atuar com competência na área, o
dentista devecursar regularmente a especialização,
nível lato sensu e/ou mestrado e doutorado nível strito
sensu. Na ortodontia existem diversas técnicas de
tratamento, queincluem dispositivos fixos (bráquetes e
bandas) e móveis (aparelhos removíveis). O
especialista é quem está habilitado para diagnosticar,
planejar e executar o tratamento ortodôntico,
indicando o melhor aparelho para cada caso. O
aparelho é apenas o instrumento usado para alcançar
os objetivos e resultados pré- determinados pelo
ortodontista.
Crescimento crânio-facial pós-natal
Conceitos:
Remodelação: processo de aposição e reabsorção
generalizadas em toda a superfície do osso.
Reconfiguração e redimensionamento.
Manutençãodas características morfológicas do
osso em crescimento, sem alterar características
anatômicas.
Princípio do v (enlow 1965): muitos ossos faciais
oucranianos, ou partes de ossos, tem uma
configuraçãoem forma de v. A deposição óssea
ocorre no lado interno do v, e a reabsorção
acontece na superfície externa. Assim, crescimento
e alargamento por simultâneos se processam adição
de osso na parte interna e remoção na parte externa.
• Todo osso em forma de u ou v cresce na direção da
extremidade mais larga, no sentido ântero-posterior,
na largura e na altura. Ex: mandíbula e maxila.
Tecido ósseo: tecido duro, adaptado a tensão,
envolto por endósteo e periósteo, sofre deposição de
camadasde cálcio.
• Pressão exercida altera o crescimento (ex maxila)
Tecido cartilaginoso: tecido firme e rígido, porém
nãocalcificado, tolerante a pressão, avascular, local
de crescimento.
• Diminui pressão no tecido ósseo para não atrapalhar
o crescimento, pressão exercida não altera o
crescimento(ex mandíbula).
Osteogênese: ossificação ou formação óssea.
Formação óssea endocondral: tecido ósseo
ecartilaginoso.
** o que é e como se forma? Côndilo e articulações,
algumas partes da base docrânio, locais submetidos a
pressão. Cel. Cartilaginosas se hipertrofiam - suas
matrizes secalcificam – degeneração - substituição por
tecido ósseo.
Formação óssea intramembranosa: apenas
tecidoósseo.
** o que é e como se forma? Maior parte da abóboda
craniana e esqueleto facial, parte da mandíbula. Tecido
conjuntivo - células mesenquimais indiferenciadas -
osteoblastos - deposição da matrizfibrosa (osteóide)
calcificação desta matriz.
Areas de crescimento da maxila: osteogênese
intramembranosa.
Crescimento sutural, remodelação, crescimento
posterior e superior e deslocamento para baixo e para
frente.
• O crescimento acontece próximo a base do crânio e
sedesloca para fora.
Tuberosidade: deposição posterior, aumento do
comprimento do arco (molares), crescimento ântero-
posterior, crescimento transverso (princípio do v)
Processo alveolar: depende da presença dos dentes,
vertical (40%), transverso, ântero-posterior.
Pré-maxila: remodelação, aposição ântero-superior,
reabsorção ântero-inferior.
Palato: crescimento vertical, aposição inferior,
reabsorção superior, crescimento transverso, (princípio
do v).
Suturas:
Palatina mediana: sentido transverso.
Palatina transversa: sentido ântero-posterior.
• Suturas com a base do crânio/face: zigomático-
maxilar, fronto-maxilar, zigomático temporal, ptérigo-
palatina (sentido ântero-posterior e vertical.
Deslocamento para frente e para baixo).
Áreas de crescimento da mandíbula: osteogênese
intramembranosa e endocondral.
Remodelação. Crescimento posterior e superior e
deslocamento para baixo e para frente. Até 1 ano de
vida funde-se na linha média e a atm é pouco definida
Ramo: aposição posterior, reabsorção anterior,
crescimento ântero-posterior (molares), crescimento
transverso (princípio do v).
Processo alveolar: crescimento vertical.
Bordo inferior: aposição, crescimento vertical.
Chanfradura antigoníaca: reabsorção.
Sínfise: remodelação, aposição ântero-inferior,
reabsorção ântero-superior.
Apófise coronóide: remodelação, aposição posterior
superior e medial.
Côndilo: princípio do v, aposição na cabeça,
absorçãono colo, crescimento ântero-posterior
transverso, e vertical.
Dentição decídua:
Função da dentição decídua:
Mastigação, fonação e oclusão. Desenvolvimento
dosistema estomatognático. Guia de erupção dos
permanentes.
Características dentição decídua:
Gengivas firmes e rosadas. Roletes gengivais.
Mandíbula 3 a 4 mm recuada em relação à
mandíbula. Raízes longas em proporção com a coroa,
divergente nos molares.
Sulcos menos marcados nos decíduos. Coloração
maisbranca nos decíduos. Tamanho menor dos
decíduos.
Características de normalidade:
Diastemas fisiológicos: espaços fisiológicos
normaisna região anterior. Compensam o pouco
crescimentodos maxilares. Compensam o tamanho
dos dentes permanentes. Classificação:
Arco baume tipo l- diastemas fisiológicos na
regiãoanterior.
Arco baume tipo 2- sem diastemas na região
anterior.
Arco misto- tipo 2 superior e tipo 1 inferior.
Espaços primatas: espaços mais amplos na região
dasmesiais dos caninos superiores e distais dos
caninos inferiores.
Sobremordida e sobressalência leves:
transpassevertical e horizontal pequenos.
Plano terminal reto: relação oclusal típica, guia
a erupção dos primeiros molares permanentes.
Molar e canino em classe 1- canino inferior articula
à frente do superior. Cúspide ml do 2º molar
decíduo superior oclui na fossa central do 2º molar
decíduo inferior (maior diâmetro m-d).
Dentes verticais: dentes verticalmente implantados
na base óssea, ausência de inclinações axiais, curva
de spee e wilson inexistentes.
Forma dos arcos em c.
Evolução funcional da dentição decídua:
Primeira fase: incisivos. Primeira relação oclusal,
Movimentos de abertura e fechamento, postura
lingualmais retraída, aprendizado da mastigação,
início da remodelação da atm, guia incisal,
sobremordida exagerada.
Segunda fase: 1°s molares. Primeiro levante de
mordida, diminuição da sobremordida, definição da
atm, movimentos mastigatórios, aprendizado
deglutição madura.
Terceira fase: caninos. Estabelecimento e manutenção
dos espaços primatas, guia caninos decíduos,
movimentos de lateralidade da mandíbula.
Quarta fase: 2°s molares. Chave de oclusão, definição
padrão mastigatório.
Dentição mista:
Dentes decíduos e permanentes: fase na qual opaciente
tem mais dentes.
Sucessores (incisivos/caninos/pré-molares, substituem
os decíduos) e adicionais (molares).
• Inicio: erupção dos 1ºs molares permanentes.
• Término: esfoliação do último dente decíduo.
Desenvolvimento dos dentes permanentes:
Dependendo do fase de formação é possível acelerar
ou retardar a erupção.
10 estágios de calcificação de nolla: 1960
** estágio 2- calcificação inicial
** estágio 6- coroa completa, início movimentos
eruptivos.
** estágio 8- 2/3 raiz formada, perfuração da crista
alveolar.
** estágio 9- 3/4 raiz formada, perfuração margem
gengival.
Erupção dos dentes permanentes:
Rizogênese dos dentes permanentes, reabsorção do
osso, reabsorção radicular dos dentes decíduos,
crescimento do processo alveolar.
Força de erupção- td fibras do ligto periodontal, fluxo
sanguíneo, contração dos fibroblastos.
Sequência da erupção:
Maxila= 6-1-2-4-5-3-7.
Mandíbula= 6-1-2-3-4-5-7.
Obs. Arcada inferior antes da superior.
Cronologia de erupção:
Erupção dos primeiros molares= 6 anos, guiada pela
distal dos 2°s molares decíduos.
Guias 2 mols decíduos, curva de spee e wilson,
segundo levante de mordida
5 anos: 20 dentes decíduos, nascem 1°s molares
atrásdos últimos dentes de leite.
Erupção dos incisivos= 6 a 8 anos.
Espaço para erupção dos incisivos: espaços
primatas (distalização caninos decíduos), espaços
fisiológicos, inclinação axial dos incisivos
permanentes, crescimento transversal.
6 Anos: início da erupção dos incisivos
centraispermanentes (troca dos dois dentes da
frente).
7 Anos: início da erupção dos incisivos
laterais permanentes (ao lado dos dois dentes
da frente).
8 Anos: fase do "patinho feio", rosto de criança
comdentes de adulto. Os 4 dentes da frente
(incisivos) estão separados devido à posição dos
caninos.
• Fase do patinho feio (broadbent): inclinação distal
e vestibular dos incisivos superiores, diastemas
entre osincisivos superiores, sobremordida
exagerada.
• Auto-correção= erupção caninos permanentes
(diastemas), erupção 20s molares
(sobremordida).
Erupção dos caninos e pré-molares= 10 a 12 anos.
Sequência favorável de erupção (caninos superiores
e2ºs pré-molares inferiores), espaço no arco.
9 Anos: início da erupção dos 1º pré-molares
superiores, início da erupção dos caninos
inferiores.
10 Anos: término da erupção dos 1° pré-
molares superiores, início da erupção dos 1º
pré-molaresinferiores.
11 Anos: início da erupção dos caninos
superiores, erupção dos 2º pré-molares.
• Leeway space de nance "diferença entre a soma
dos diâmetros mésio-distais dos caninos e molares
decíduos e caninos permanentes e pré-molares".
Permite migração mesial dos 1°s molares
permanentes(chave de oclusão) ou corrigir falta de
espaço.
• Alterações dimensionais nos arcos dentários:
1. Distância intercaninos: aumento distalização
dos caninos para os espaços primatas durante a
erupçãodos incisivos.
2. Distância intermolares: aumento
crescimentodivergente dos processos
alveolares.
3. Comprimento e perímetro do arco: diminuição
migração mesial tardia dos 1°s molares
permanentes.
Erupção dos segundos molares:12 anos.
**como se obtém espaço para o crescimento
dos molares?
Espaço para erupção: mandíbula reabsorção
ramo, maxila crescimento tuberosidade.
Terceiro levante de mordida.
Classificação das maloclusoes:
Introdução:
Irregularidade dos dentes- não expressava o verdadeiro
significado das enfermidades.
Maloclusão- termo mais expressivo, por ser mais
abrangente (envolve cúspides, coroas, raízes, arcadas
entre si, músculos, lábios, harmonia facial).
Objetivos da classificação:
Reunir um grande número de casos de maloclusão em
um número pequeno de grupos, onde cada grupo
contém casos caracterizados por um ou mais fatores
comuns e de grande significado fundamental.
Indicar claramente os procedimentos adequados ao
tratamento.
Facilitar conclusões mais exatas quanto à etiologia,
prognóstico, contenção e prevenção da maloclusão.
Facilitar a comunicação
Nomenclatura de lischer:
Direção do desvio dentário + versão.
Mesioversão/distoversão.
Labioversão/linguoversão.
Supraversão (extrusão)/infraversão (intrusão).
Axioversão (girado)/transversão (trocou de
posição). Perversão (cabeça para baixo, não
erupcionado).
Ex: infra-mésio-vestíbulo + versão.
Classificação de angle:
Dr. Edward hartley angle: 1° especialista em
ortodontia, 1º prof. De curso de ortodontia,
fundador da 1ª sociedade especializada em
ortodontia, fundador da 1ª revista especializada em
ortodontia, "classification of maloclusion", dental
cosmos 1899.
Princípios da classificação de angle:
1.o corpo da mandíbula e seu correspondente arco
dentário devem ocupar, na anatomia craniana, uma
posição normal mésio-distal ou ântero-posterior.
2. Os primeiros molares permanentes superiores
ocupam uma posição fixa e definida em relação à
anatomia craniana.
3. Se houver modificação na posição dos
primeiros molares permanentes superiores, esta
se evidenciarápela mudança das inclinações
axiais da arcada superior, principalmente nos
caninos.
Classe 1: casos de maloclusão onde o corpo da
mandíbula e correspondente arco dentário estão em
uma correta relação mésio-distal com a estrutura
craniana. 1⁰s molares permanentes: chave de
oclusão, cúspide mv do 1° molar superior em
contato com o sulco mv do 1° molar inferior.
Classe 2: casos de maloclusão onde o corpo da
mandíbula e correspondente arco dentário estão em
uma relação distal com a estrutura craniana. Cúspide
mv do 1° molar superior anteriormente ao sulco mv
do1° molar inferior.
Divisão 1→ os incisivos superiores apresentam-se
cominclinação axial vestibular.
Divisão 2→ os incisivos superiores apresentam-se
cominclinação axial vertical ou lingual.
Subdivisão (direita ou esquerda)- casos de
maloclusãonos quais o corpo da mandíbula e
correspondente arcodentário estão em relação distal
com a estrutura craniana apenas de um lado.
Classe 3: casos de maloclusão nos quais o corpo da
mandíbula e correspondente arco dentário estão em
relação mesial com a estrutura craniana. Cúspide mv
do 1° molar superior posteriormente ao sulco mv do
1° molar inferior.
Subdivisão (direita ou esquerda)- casos de
maloclusãonos quais o corpo da mandíbula e
correspondente arcodentário estão em relação mesial
com a estrutura craniana apenas de um lado.
Classificação de simon:
"a dentadura humana é um objeto localizado em
uma cavidade da cabeça e, se quisermos determinar
a sua localização, devemos medi-la em três
dimensões."
Plano horizontal de frankfurt:
Atração- mais próximo.
Abstração- mais afastado.
Plano orbital:
Protração- mais para frente.
Retração- mais para trás.
Plano sagital mediano:
Distração- mais aberto.
Contração- mais fechado.
Conclusões:um bom método para a classificação
das maloclusões deve ter: simplicidade, clareza,
praticidade, precisão, ser completa.
Etiologia das maloclusões:
Freio labial anormal:
Conceito- feixe de tecido fibroso que se insere na
mucosa da face interna do lábio superior e se estende
por cima da crista alveolar até a papila palatina.
Consequências- estética, fonética e funcional.
diagnóstico-
• Exame clínico: "teste isquêmico ou branco"
• Exame radiográfico: septo em forma de pá
Conduta clínica- fechar o espaço depois da erupção do
canino. Frenectomia para fechamento do espaço.
Nunca usar elásticos livres ao redor dos colos dos
dentes.
Perda precoce decíduos:
Verificar- estágio de desenvolvimento do permanente
(min. De 1/3 de raiz). Quantidade de tecido ósseo
sobre o permanente
Causas- cárie, trauma, reabsorção.
Consequências- estética, hábitos viciosos, migração
dos dentes adjacentes, extrusão do antagonista,
erupção retardada dos dentes permanentes.
** quando me preocupo com a perda precoce? Menos
de 1/3 de raiz do permanente atrasará sua erupção.
Retenção prolongada decíduos:
Etiologia- anquilose, hereditariedade, problemas de
saúde e congênitos, reabsorção radicular atípica.
Incidência- canino superior, 2º molar inferior, pré
molar.
Diagnóstico- exame radiográfico: posição do sucessor,
ausência do sucessor, reabsorção da raiz do decíduo,
estágio de formação da raiz do permanente.
Conduta clínica- acompanhamento radiográfico,
exodontia do decíduo, exodontia do decíduo e
exposição cirúrgica do permanente, exodontia e
tracionamento.
Diastemas:
Localizados- espaçamento excessivo em um ponto de
contato.
Generalizados- espaçamento excessivo em vários
pontos de contato.
Estética, fonética e função.
Fatores etiológicos-
• Durante desenvolvimento normal:
Dentição decídua.
Dentição mista (fase patinho feio).
Dentição permanente (discrepância de tamanho
dentário, dentes ausentes, dentes ectópicos,
dentes extraídos, apinhamento).
• Deficiência de material dentário no arco.
• Impedimentos físicos: dentes extranumerários,
freio labial anormal, fusão imperfeita da pré-maxila,
presença de cistos, sobremordida exagerada, perda
dosdentes posteriores, presença de hábitos.
• Artificiais: expansão palatal rápida.
Manutenção de espaço: preservar perímetro do
arco. Manutenção dos dentes hígidos (prevenção),
confecções de restaurações com contatos
interproximais satisfatórios, uso de aparelhos
mantendo-se de espaço.
Primeiro nível de prevenção de manutenção do
espaçodo arco: dentes decíduos hígidos
(proporcionam o espaço necessário para erupção dos
dentes permanentes, são os guias de erupção e de
crescimentodo arco).
** dentição decídua: plano terminal reto (guia
classe1 ou classe 2).
Causas de perda de perímetro do arco: perdas precoces
causadas por traumas, doença carie, restaurações sem
contato proximal (dentição permanente ou decídua).
Dente perdido precocemente: perda do decíduo 12
meses ou mais antes da erupção do permanente, perda
do dente antes no estágio 6 de nolla (coroa completa).
Consequência da perda precoce de decíduos:
inclinação de dentes vizinhos, extrusão de
antagonistas, alteração da relação sagital entre os
arcos, interposição da língua, redução da capacidade
mastigatória, distúrbios fonéticos, instalação de
hábitosdeletérios, problemas psicológicos.
• Perda prematura antes do estágio 6 de nolla=
retardona erupção do sucessor.
• Perda próxima ao estágio 7de nolla (1/3 raiz
formada)ou processo infeccioso= aceleração da
erupção do sucessor.
Conceitos:
Manutenção de espaço- quando não teve perda de
perímetro.
Recuperação de espaço- quando teve perda de
perímetro que precisa ser recuperada.
Criação de espaço- quando o paciente não tem espaço
e este precisa ser criado.
Mantenedores de espaço:
Indicações: perda de um ou mais dentes decíduos,
quando não houve perda de perímetro do arco,
sucessor permanente em desenvolvimento normal,
análise de dentição mista favorável.
Contraindicações: ausência do sucessor permanente,
ausência de osso alveolar cobrindo o sucessor
permanente, falta de espaço em ambos os arcos,
presença de espaços generalizados.
Requisitos de mantenedor de espaço: manter o espaço
para o sucessor permanente, não interferir no
desenvolvimento e erupção do permanente,
restabelecer a função, evitar a extrusão dos dentes
antagonistas, ser de fácil confecção e higienização, ser
de baixo custo, não lesar os tecidos adjacentes, não
depender da cooperação do paciente.
Planejamento: tempo decorrido após a perda, idade
dental do sucessor permanente, quantidade de osso
sobre o permanente, sequência de erupção e erupção
retardada, ausência congênita e impacções, orientação
aos pais.
Desenvolvimento da oclusão normal e análise da
dentição mista favorável.
• O planejamento da manutenção de espaço deve
ser feito antes do dente ser extraído.
• A remoção do mantenedor de espaço deve ser feita
imediatamente antes ou assim que o dente permanente
erupciona.
Objetivo:
Região anterior: recuperação da estética, recuperação
da função, manutenção do perímetro e evitar hábitos
Região posterior: evitar migrações, recuperar função
mastigatória e manter perímetro do arco.
Classificação: fixos e removíveis ou com e sem banda.
Mantenedores de espaço fixos- vida útil maior,
independe da colaboração do paciente, boa
compatibilidade, difícil confecção.
• Alça e banda= perdas unitárias e unilaterais, fácil
confecção (fio 0,9), baixo custo, rapidez na confecção,
não restaura a função, não impede extrusão do
antagonista.
• Coroa de aço e banda= grande destruição dos dentes.
• Arco lingual= perdas múltiplas e/ou bilaterais
inferiores, efetivo (fio 0,9), baixo custo, fácil
higiene, não restaura a função, não impede extrusão
do antagonista.
• Barra transpalatina= perdas múltiplas e/ou
bilaterais superiores, barra transpalatina, efetivo (fio
0,9), baixocusto, fácil higiene, não restaura a função,
não impedeextrusão do antagonista.
• Coroas ou banda com extensão intra-gengival=
perda do 2 molar decíduo sem erupção do molar
permanente, aparelho invasivo.
Mantenedores removíveis- fácil confecção e
limpeza, divisão da carga oclusal, pode recuperar a
estética, depende da colaboração do paciente,
facilidade de perda e quebra, problemas alérgicos.
• Placa de acrílico com dente de estoque e/ou
batenteem acrílico= perdas múltiplas anteriores ou
posteriores.
Noções de aparelhagem ortodôntica:
histórico:
- Fios que puxavam os dentes para fazer
umalinhamento (1890).
- Arco inteligente= fio retangular em uma fenda
retangular (controla dente em 3 planos de
espaço).
- Evolução do material= aparelhos confeccionados
em ouro passando a ser confeccionados em aço
inoxidável.
- Aparelhos multibandas.
- Surgimento do sistema adesivo e aparelho
fixo (1970).
Aparelhagem fixa corretiva:
componentes:
• Anéis- cimentados nos dentes posteriores (onde
existemais força mastigatória).
Obs. Antes precisa acontecer a separação
dentária, com fio de latão ou elásticos.
• Acessórios- brackets (unem fio ao dente, podem
ser de vários tipos).
• Fios- responsáveis pela movimentação
dentária.Podem ser de aço inoxidável ou super-
elásticos
• Ligaduras- prendem brackets ao fio. Podem
ser metálicas ou elásticas.
• Auxiliares
• Broca de aço em baixa rotação: não causa dano ao
esmalte ao tirar o aparelho.
Contenção
Mordida cruzada anterior e posterior:
Relacionamento vestíbulo-lingual anormal entre um ou
mais dentes em relação aos seus antagonistas.
Classificação:
Localização= mordida cruzada anterior e mordida
cruzada posterior.
Origem= dentária, esquelética, funcional (muscular).
Diagnóstico diferencial: local da anomalia, envolve
somente os dentes, relação anormal das bases ósseas
apicais em relação cêntrica (ântero-posterior e
transverso).
Mordida cruzada anterior:
Um ou mais dentes anteriores superiores apresentam-
se posicionados lingualmente em relação aos inferiores
quando em oclusão.
Mordida cruzada anterior dentária- envolve somente a
inclinação localizada de um ou mais dentes, assimetria
dento-alveolar, não afeta tamanho e forma do arco
basal.
Etiologia: trauma na dentição decídua, perda precoce
dos incisivos decíduos, dentes supranumerários, falta
de espaço no arco.
Consequências da maloclusão: perda no comprimento
do arco, oclusão traumática (retração gengival),
desgaste anormal da face incisal e vestibular dos
dentes, problemas psicológicos, deslocamento
mandibular.
Pré-requisitos para o tratamento: espaço na arcada,
transpasse vertical suficiente para contenção, oclusão
classe 1 de angle, cooperação do paciente.
Métodos e aparelhos de correção:
• Espátula de madeira-palito= indicado para um
dentecruzado em início de erupção.
• Plano inclinado fixo= indicado para um ou
doisdentes cruzados. Transpasse vertical maior
com comprometimento periodontal.
Confecção do pif: inclinação do batente de 45º, altura
do batente 4mm, largura do batente igual ao diâmetro
md do dente superior cruzado, desoclusão posterior de
até 4 mm.
A (ancoragem ou número de dentes para suportar o
aparelho) = n ( número de dentes a serem
descruzados)+ 2 fatores que devem ser
observados: observação semanal, dieta /fonação,
desoclusão posterior, tempode uso máximo 2/3
semanas
• Placa/aparelho removível em acrílico com mola=
indicado para um ou dois dentes anteriores
cruzados, pouco transpasse vertical, sem
comprometimento periodontal do ii. Placa com
mola digital- transpassevertical suave.
• Arco palatino ativo= indicado para mais de
doisdentes cruzados.
• Brackets com fio ortodôntico= indicado para mais
dedois dentes cruzados.
Mordida cruzada anterior funcional-
Características= adaptação funcional às
interferências dentárias, os dentes não estão
inclinados dentro do processo alveolar
Diagnóstico diferencial= análise funcional
commanipulação em relação cêntrica.
Métodos e aparelhos de correção= arco palatino
ativo, brackets com fio ortodôntico (indicado para
mais de dois dentes cruzados).
Mordida cruzada anterior esquelética-
Características= crescimento desequilibrado da
maxila ou mandíbula, falta de harmonia entre maxila e
mandíbula (contração maxilar).
Métodos e aparelhos de correção= envolve mais
de dois dentes anteriores, desequilíbrio de
crescimento ântero-posterior da maxila e
mandíbula.
• Disjunção maxilar + tração reversa com máscara.
• Tratamento ortodôntico fixo.
• Tratamento orto-cirúrgico.
Mordida cruzada posterior:
Etiologia: fator genético de crescimento,
síndromes, extranumerário, falta de espaço,
retenção prolongada de dentes decíduos, hábitos.
Diagnóstico diferencial: esquelética, dentária,
funcional. Máxima intercuspidação/ relação
cêntrica-observar interferências oclusais, observar a
linha média, observar assimetria facial.
Mordida cruzada posterior dentária-
Envolve somente a inclinação localizada de um
ou mais dentes, assimetria dento-alveolar, não
afeta tamanho e forma do arco basal.
Tratamento para um dente cruzado: acessório
coladoou banda com botão e uso de elásticos
cruzados (cooperação, troca diária, tempo
integral, cuidados).
Aparelhos mais utilizados para vários dentes
envolvidos: aparelho w de porter, aparelho quadri-
helix, expansor removível em acrílico com
parafuso.
Mordida cruzada posterior funcional-
Características= interferência oclusal (caninos
decíduos), desvio de linha média em mi, assimetria
facial em mi, padrão de abertura e fechamento com
desvio mandibular, sem desvio da lm de boca
aberta, sem assimetria facial de boca aberta.
Tratamento= desgastes nas cúspides de dentes
decíduos (caninos), uso de aparelhos expansores
fixosou móveis. Aparelho w de porter, aparelho
quadri- helix, expansor removível em acrílico com
parafuso.
Mordida cruzada posterior esquelética-
Características= crescimento assimétrico da maxila ou
mandíbula, falta de harmonia entre maxila e
mandíbula (contração maxilar).
+ não tem interferência oclusal, desvio de linha
média e facial, assimetria em mi e rc.
Aparelhos mais utilizados=
• Aparelho w de porter e aparelho quadri-helix:
mordida cruzada posterior uni ou bilateral de vários
 dentes, dentição decídua ou mista dentária e
funcional.recidiva- alguma recidiva deve ser esperada,
portanto, a sobrecorreção em 2 a 3 mm e
recomendável.contenção- 3 meses proffit.
• Expansor removível em acrílico com parafuso:
mordida cruzada posterior uni ou bilateral de vários
dentes. Dentição decídua ou mista dentária e
funcional.
• Disjunção palatal: abertura sutura palatina
mediana. Mordida cruzada posterior esquelética,
dentição decídua, mista ou permanente (em
crescimento).
• Ortodôntico ou orto-cirúrgico.
Mordida aberta:
Definição: "desvio na relação vertical dos arcos
maxilar e mandibular. Quando há uma definida falta
decontato em direção vertical, entre os dentes de um
arcoe do segmento oposto."
Classificação:
1.localização:
anterior
Posterior
Combinada
2.etiologia:
Distúrbios na irrupção dos dentes e crescimento
alveolar- ocorre falta de erupção dos dentes por
Interferências com a erupção normal ou
anormalidades no ligamento periodontal que afetam o
mecanismo de erupção.
Anquilose: fusão do cemento diretamente ao
osso alveolar. Dentes decíduos (mais inferiores)/
dentespermanente.
• Consequências: deslocamento do germe
permanente, supra erupção do antagonista,
problemas oclusais, mordida aberta posterior,
desenvolvimento vertical alterado, impossibilidade
de movimentação ortodôntica.
Supra-erupção dos dentes posteriores:
• Causas: processo anormal de
desenvolvimentoalveolar, respiração bucal.
Interferências mecânicas na irrupção e
crescimentoalveolar- hábitos viciosos: adulto,
criança
** intensidade, frequência, duração.
Sucção de dedo:
• Causas: fome, erupção dentária, liberação das
tensões emocionais.
• Consequências: alteração na forma do palato
(aprofundamento), labioversão dos incisivos
superiores, linguoversão dos incisivos
inferiores.
Sucção de chupeta ou mamadeira:
• Sem bico ortodôntico: alteram posição lingual,
prejudicam a deglutição, prejudicam o
fechamentomandibular, alteram o
desenvolvimento da musculatura.
• Eliminação do hábito precocemente/ utilização
debicos ortodônticos.
Deglutição: deglutição visceral/deglutição adulta.
• Associada: hábito de sucção,
problemas nasorespiratórios, amigdalite
ou faringite.
• Consequências: estreitamento do arco superior,
alargamento da arcada inferior, mordida cruzada
posterior, mordida aberta anterior, diastemas, falta
deequilíbrio muscular
Fonação atípica: com projeção lingual na pronúncia
desons sibilantes.
• Associada: distúrbios neurológicos,
doençascongênitas.
Postura de língua em repouso:
• Associada: distúrbios neurológicos, respiração
bucal, hábito, macroglossia
Respiração bucal:
• Causas: desvio de septo, hipertrofia
adenoidiana, hipertrofia de tonsilas, inflamação
nos cornetos.
• Consequências: mordida aberta, extrusão dos
dentesposteriores, atresia do palato, mordida cruzada
posterior, cáries, face longa.
Sucção e mordida do lábio inferior:
• Consequências: vestibuloversão dos dentes
superioresanteriores, mordida aberta, linguoversão dos
incisivos inferiores.
Displasias esqueléticas verticais- não são normalmente
reconhecidas em crianças pequenas o que torna o
tratamento mais difícil posteriormente, principalmente
quando terminado o período de crescimento.
• Causas: crescimento vertical posterior da mandíbula
maior que anterior, deficiência no crescimento vertical
na região anterior da maxila, hábitos viciosos.
Mordida aberta esqueletal:
** características clínicas: hipotonicidade muscular:
lábios hipotônicos, grossos e ressecados, selamento
labial com contração do mentalis, protuberância
mental ausente retrusão mandibular (palato alto e
estreito). Perfil convexo.
• Características radiográficas: altura facial posterior
menor que a anterior, altura facial inferior maior que a
superior, ramo mandibular curto, depressão
antigoníaca, sínfise estreita. Planos divergentes: sela-
násio, palatal, oclusal, mandibular (aumentado).
• Diagnóstico da mordida aberta radiograficamente:
plano mandibular e eixo y aumentados. Divergência
dos planos: sela-násio, palatal, oclusal e mandibular.
Altura facial inferior anterior aumentada e posterior
diminuída.
Tratamento da mordida aberta:
Mordida aberta dento-alveolar: o tratamento de
crianças consiste, na maioria das vezes no controle do
hábito. A maioria dos autores cita que até os 4 anos de
idade a auto-correção pode ocorrer, mas se o hábito
persistir até a época da erupção dos dentes
permanentes o problema necessitará tratamento.
Tratamento ortodôntico: grades fixas ou removíveis,
aparelhagem extra-oral, aparelhagem fixa.
anquilose em decíduo:
• Sem sucessor permanente: reconstrução de
contatosproximais e oclusais exodontia e
manutenção de espaço para prótese, exodontia e
tratamento ortodôntico.
• Com sucessor permanente: exodontia e
manutençãode espaço até a erupção do sucessor
permanente.
Anquilose em permanente: luxação, luxação
eextrusão, exodontia.
• Depois da erupção total interfere no
tratamentoortodôntico.
• Antes da erupção total gera infra-oclusão e
migraçõesindesejáveis.
Hábitos: tratamento psicológico, tratamento
com otorrino, tratamento fonoaudiológico,
tratamentoortodôntico.
Mordida aberta esquelética: deve ser diagnosticada
precocemente, pois não é uma condição autocorretiva
epiora com o tempo. O tratamento ortodôntico
normalmente exige aparelhagem fixa total e durante o
crescimento pode obter sucesso, caso contrário a
opçãode tratamento pode ser ortocirúrgica.
• Recursos na terapia ortodôntica fixa: uso de
elásticosverticais, aparelho extra-oral de thurow,
exodontias.
• Terapia ortocirúrgica.
Contenção: estabilidade x recidiva.
Contenção: longo prazo. Placas com grade (uso
noturno). Placas com posicionadores linguais
(usodiurno).
Controle de espaço:
Espaço avaliado ou presente: tamanho do osso
basalcompreendido entre a mesial do primeiro
molar permanente de um lado e a mesial do molar
permanente do lado oposto.
Pode ser medido com compasso de pontas secas
(divide a arcada em 6 segmentos= molares, incisivos
ecanino; e mede com o compasso posicionado na
regiãocervical medindo a base óssea de cada
segmento) ou com fio de latão (pedaço de fio
envolvendo mesial e passando pelas cúspides dos
molares e caninos e pelo ponto médio dos incisivos
até chegar na mesial do molar oposto).
Espaço requerido: é o somatório do maior diâmetro
mésio distal dos dentes permanentes localizados de
mesial do primeiro molar permanente de um lado a
mesial do molar permanente do lado oposto.
Medido com compasso de pontas secas.
Análise da dentição mista: radiografias periapicais,
radiografias cefalométricas a 45°, tabela de predição de
tamanho dos dentes não erupcionados.
D (discrepância do arco) = ea (espaço avaliado) -
er (espaço requerido).
• Discrepância positiva= acompanhamento. Desgaste
na mesial dos caninos decíduos- extração caninos
decíduos- desgaste mesial 1°md- extração 1°md =
ganha espaço na região anterior diminuindo espaço
na região posterior.
• Discrepância zero= desgaste na mesial dos caninos
decíduos- extração caninos decíduos- desgaste
mesial1°md- extração 1°md = ganha espaço na
região anterior diminuindo espaço na região
posterior. Ao fazer desgaste do 2° molar decíduo
coloca um mantenedor de espaço, impedindo que o
2°mp migrepara região mesial.
• Discrepância negativa pequena= ate -4mm,
recuperação de espaço ou obtenção de espaço.
Desgaste na mesial dos caninos decíduos- extração
caninos decíduos- desgaste mesial 1°md- extração
1°md = ganha espaço na região anterior diminuindo
espaço na região posterior. Ao fazer desgaste do 2°
molar decíduo coloca uma placa lábio ativa,
possibilitando distalização do molar.
• Discrepância negativa acentuada= extração de dentes
decíduos e permanentes. ** extração seriada: exo do
canino decíduo, alinhamento dos incisivos, extração
do primeiro molar decíduo, primeiro pm erupciona
antes do canino, extração dos primeiros pms para
criar espaço para caninos permanentes.
Consequências: aumento da sobremordida, falta de
paralelismo da raízes, necessidade de fechamento de
espaço. Condições: discrepância dento-alveolar
severa, classe i de molares, boa função muscular,
canino com formação abaixo do primeiro pm, overjet
eoverbite normais, perfil reto ou convexo.
Análise de nance: radiografias periapicais, muita
distorção. Medição com compasso.
Região anterior soma dos diâmetros mésio-distais
dosincisivos inferiores.
Região posterior radiografias periapicais dos caninos
emolares decíduos.
** fórmula para compensar distorções: x (tamanho
dopermanente) / x' (permanente na radiografia) = y
(decíduo no modelo) / y' (decíduo na radiografia).
Teleradiografia em 45°: permite medir diretamente na
radiografia, pequena distorção (aproximadamente
5%). Medição com compasso.
Análise de moyers: tabela estatística (única usada para
ambos arcos).
Região anterior - soma dos diâmetros mésio distais
dosincisivos inferiores.
Região posterior - uso de tabela estatística de
prediçãode tamanho dentário.
Vantagens: possui erro sistemático mínimo,
variações desses erros são conhecidas, pode ser
usada para ambos os arcos, não requer
equipamentos ou radiografias, não requer muito
tempo de trabalho.
Movimento ortodôntico:
Periodonto de inserção:
Cemento
Osso alveolar= lâmina dura + asso esponjoso
Ligamento periodontal= espaço 0,5mm, articulação
dentária (fibras colágenas vasos sanguíneos, elementos
celulares, terminações nervosas fluido intersticial).
** doença periodontal ativa + movimento
ortodônticopode levar à perda do elemento dentário
pois movimento ortodôntico gera inflamação.
Movimento fisiológico: movimento muscular,
movimento mastigatório. Não desloca o
elementopermanentemente.
Movimento dentário ortodôntico: força prolongada
quedesloca o elemento permanentemente.
Classificação de força de acordo com a
magnitude/quantidade:
Inócua incapaz de gerar o movimento
leve de 60 a 100 gramas
Média de 100 a 200 gramas
Pesada acima de 200 gramas
** força leve e continua produz movimento dental
mais efetivo, ou seja, aquela que proporciona uma
movimentação dentária rápida, sem desconforto
parao paciente e sem dano tissular.
Reações tissulares do movimento ortodôntico:
Aplicação de força leve- movimento mais rápido,
dor suave nos primeiros dois dias, sem danos
tissulares.
Na área de tensão acontece estímulo do ligamento
periodontal para diferenciação de osteoblastos e
fibroblastos, formando tecido ósseo e fibras
colagens(movimento em 7 a 14 dias).
Na área de pressão acontece a compressão do
ligamento, gerando processo inflamatório que
estimulam osteoclastos, que são importantes para
reabsorção da cortical alveolar (movimento em 7 a 14
dias).
+ reabsorção óssea frontal ou direta - reabsorção da
cortical óssea e osso adjacentes ou próximos ao
ligamento periodontal que sofreu compressão.
Aplicação de força pesada-
Na área de tensão acontece o estiramento e
rompimento das fibras e do ligamento periodontal
podendo haver formação de áreas hialinizadas, quando
acontecer o estímulo de osteoblastos e fibroblastos
existe uma demora na formação de tecido ósseo e
fibras colágenas (atraso no movimento dentário).
Na área de pressão acontece a compressão total e
hipoxia do ligamento periodontal, interrompendo o
fluxo sanguíneo, que leva a morte celular
(hialinizacao), isso leva ao processo inflamatório que
estimula os osteoclastos (saem do osso esponjoso) que
realizam uma lenta remoção da área de hialinizacao
(movimento em 21 a 30 dias).
** porque ortodontista não pode fazer manutenção
toda semana? Pois é necessário esperar processo
inflamatório passar.
+ área de hialinização do ligamento periodontal- área
de necrose estéril das células e fibras periodontais do
ligamento periodontal devido a aplicação de força
ortodôntica pesada. Atrasa a movimentação.
+ reabsorção solapante ou à distância- provocada por
força pesada. Reabsorção óssea inicia no interior do
osso esponjoso em direção ao ligamento. Reabsorção
de maior quantidade de osso. Mais demorada e o dente
se movimenta abruptamente.
+ clinicamente as forças pesadas vão ocasionar os
seguintes distúrbios: dor, mobilidade, reações pulpares,
alterações radiculares, alterações na crista alveolar,
atraso no movimento dentário.
Uso de força pesada: forças ortopédicas.
Tipos de movimento:
Inclinação: uma força exercida sobre a coroa dentária
desloca-a na direção da força, enquanto a raiz é
deslocada para o lado oposto. Pode ser vestíbulo-
lingual ou vestíbulo-palatina e mésio-distal.
Extrusão: é o movimento vertical em direção
coronária.
Intrusão: é o movimento vertical do dente em direção
apical.
Translação: é o movimento de corpo, onde a coroa e
araiz se movem na mesma direção e ao mesmo
tempo.
Verticalização: é um movimento radicular no
sentidomésio-distal no qual a coroa permanece
estática.
Torque: é um movimento radicular no
sentidovestíbulo-lingual coroa permanece
estática.
Rotação: movimento ao redor do eixo vertical do
dente, sem movimento lateral ou ântero-posterior.
Cefalometria: é o estudo de teleradiografias de frente
eperfil com a proposta de determinar pontos, planos e
ângulos a partir de reparos ósseos pré-estabelecidos,
com a finalidade de medi-los para estudar as
modificações de crescimento e desenvolvimento
crânio-facial ou a magnitude das anomalias a serem
tratadas.
** indicações: estudo do crescimento crânio-facial,
diagnóstico das anomalias dento-crânio-faciais,
planejamento do tratamento ortodôntico, avaliação
dos resultados dos casos tratados ortodônticamente
em várias fases ou ao término, predição do
tratamentoorto-cirúrgico, comunicação dos objetivos
do tratamento ortodôntico, como documentação
legal.
Obtenção: a essência da radiografia cefalométrica
outelerradiografia é padronização.
Cefalostato: dispositivo que posiciona cabeça do
paciente, é uma fonte de raio x e suporte para vertical (côndilo cresceu pouco), menor que 30°
filme(chassi). revela um crescimento predominantemente
Pouca distorção: é uma radiografia tomada a horizontal (côndilo cresceu muito).
distância. Relação filme/fonte de rx 1,524m, relação Padrão dentário:
objeto/filme9 a 13 cm. 1-na linear - distância do ponto mais saliente da
coroa do incisivo central superior até a linha na.
Traçado cefalométrico: Expressa, em milímetros, a relação ântero-posterior
Material: radiografia de perfil, papel acetato, (protruido ouretruido) do incisivo central superior
lápis, borracha, régua, transferidor, esquadro, com a linha na. Valor normal: 4mm.
template, negatoscópio. 1-nb linear - distância do ponto mais saliente da
Estruturas anatômicas: coroa do incisivo central inferior até a linha nb.
Cores: Expressa a relação antero-posterior (protruido ou
Inicial – preto. retruido) do incisivo central superior com a linha nb.
Reestudo – azul. Valor normal:4mm.
Final – vermelho. Avaliação do perfil:
Contenção – verde.
Lábio superior- linha s
Pontos cefalométricos: são pontos identificados
Lábio inferior - linha s
sobre as radiografias cefalométricas laterais e
frontais e que são utilizados para estudos das
relações crânio faciais.
Pontos sagitais e pontos laterais.
linhas:
Linha sela-násio linha násio ponto a linha násio -
ponto blinha násio - ponto d
Longo eixo do incisivo central superior longo eixo
do incisivo central inferior
Linha s (meio da borda inferior do nariz ao pog')
plano oclusal (oclusal dos molares e incisivos) plano
mandibular (go-gn)
Plano horizontal de frankfurt

Análises cefalométricas:
Tweed
Downs
Steiner:
Padrão esquelético:
• Sna= determinado pela intercesão das linhas sn e na
(maxila). ** expressa o grau de protrusão (maior que
82º) ou retrusão (menor que 82º) da maxila com a
base do crânio. Valor normal: 82° + ou – 2º variação.
• Snb= determinado pela interseção das linhas sn e nb
(mandíbula). ** expressa o grau de protrusão da
mandíbula em relação à base do crânio. Valor normal:
80°.
• Anb= determinado pela interseção das linhas na e nb.
** revela a relação ântero-posterior entre a maxila e
a mandíbula. Valor normal: 2°.
Menor que 0°- classe iii. 0 a 4°- classe i. Maior que
4º-classe ii.
• Gogn-sn= determinado pela interseção do plano
mandibular (gogn) com a linha sn. ** expressa não
somente o grau de abertura e de altura vertical da
porção anterior da mandíbula, mas também
informa sobre a área de crescimento mais
importante da mandíbula, que é a área condilar.
Este crescimento aumenta o comprimento do ramo.
Valor normal: 32°. Ângulo inversamente
proporcional ao crescimento docôndilo= maior que
34º revela um crescimento predominantemente