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PEDIATRIA O processo de erupção inicia bem antes de

aparecer na cavidade bucal e termina quando é


esfoliado.

- Plano de tratamento: questão de prova. E ❖ FENÔMENO QUE TEM INÍCIO NOS


vai estar relacionado com o manejo, sempre PRIMÓRDIOS DA ODONTOGÊNESE E
acostumado por algo mais simples/fácil. ACOMPANHA O ÓRGÃO DENTÁRIO POR
- 2 avaliações teóricas e 2 práticas, 40 pontos TODA VIDA.
final.
> 21 setembro teórica acumulativa Conceito: movimento migratório realizado pelo
> 30 novembro teórica acumulativa dente em formação do seu local de
> 20 outubro prática desenvolvimento dentro do processo alveolar para
> 15 dezembro prática sua posição funcional na cavidade bucal.
- Radiografia: 2 interproximais de molares.
Fazer sempre nos primeiros atendimentos e Fases da erupção dentária
deixar no prontuário. 1 FASE - PRÉ ERUPTIVA: proliferação do germe
- Pegar sempre o contato da mãe e anotar no dentário até a completa formação da coroa >
prontuário e avisar a mãe sobre horário, INTRAÓSSEA
mas de 15min. Faltar 2x consecutivas perde 2 FASE - ERUPTIVA: completa formação da coroa
vaga. até o dente atingir o plano oclusal l > INTRA E
EXTRA ÓSSEA
3 FASE - PÓS ERUPTIVA OU FUNCIONAL: dente
AULA 1 - DESENVOLVIMENTO DAS entra em oclusão até a exfoliação ou remoção do
DENTIÇÕES DECÍDUA E PERMANENTES dente > EXTRAÓSSEA

PONTOS DE DISCUSSÃO
1) Erupção e rizólise
2) Cronologia e sequência de erupção
3) Características das dentaduras decíduas e
mista

Caso clínico: paciente de 8 anos com queixa de


dentes tortos na região anterior.
- O que fazer em relação a isso? analisar ● PRÉ ERUPTIVA
inserção do freio, supranumerário, outros À medida que a arcada dentária cresce, os germes
permanentes vir e fechar o espaço. dentários se movimentam, então o germe dentário
permanece próximo ao local que vai irromper na
Caso clínico: queixa de dor espontânea no 85. boca.
- Qual o tratamento indicado? radiografia, - Nessa fase tem crescimento dos maxilares
passar antibióticos. em todas direções, em largura, altura e
comprimento.
● ERUPÇÃO DENTÁRIA - É comum observar o apinhamento que é
Erupção dentária não é quando o dente irrompe na atenuado pelo crescimento ósseo.
cavidade bucal.
Na verdade, o dente começa seu processo de Movimento do germe dentário
desenvolvimento no germe dentário.
- de corpo: para V e O para que fique próximo - É frequente nascer o permanente e os
do momento que vai aparecer na cavidade decíduos não esfoliar, isso é devido ao canal
- Excêntrico: crescimento da porção inferior (o gubernacular que é formado por restos
centro do germe se modifica, há formação epiteliais. Nesses casos é necessário extrair
de cúspide, coroa e raiz). o dente decíduo.
- Estão relacionados aos movimentos dos - Esse canal vai orientar os germes dos DP
maxilares e prepara o dente para a próxima no trajeto eruptivo.
fase.
- Posicionam o dente em sua cripta em
preparação para a fase eruptiva
- Porque quando o dente irrompe não tem
sangramento? À medida que o germe se
movimenta o epitélio de esmalte se funde
com o epitélio bucal, então no momento do
dente irromper não vai ter exposição do
tecido conjuntivo.

● FASE PÓS ERUPTIVA


- Permite manter os dentes erupcionados
enquanto o maxilar continua a crescer.
- Compensam os desgastes oclusal e
● FASE ERUPTIVA proximal.
- Observa aumento de espessura óssea.
- movimentação do dente em direção ao
plano oclusal
- formação de raiz, ligamento periodontal e ● MECANISMOS DA ERUPÇÃO DENTÁRIA
junção dentogengival.
- Raiz cresce em direção apical - Teorias
- Manifestações da criança no irrompimento a. crescimento radicular: não é mais aceita
dos dentes: coceira, febre. b. tração do ligamento periodontal: as fibras
- Não é frequente doença periodontal com ficariam com maior tração e puxaria o dente,
bolsa em criança, o que é mais comum é mas não é uma teoria válida.
gengivite. Se sondar a criança, o sulco c. crescimento ósseo alveolar: o germe se
gengival pode atingir até 7mm por não haver movimenta e após tem deposição óssea, por
a junção dentogengival formada (é formada isso não é válida.
no final do processo eruptivo). d. pressão vascular e sanguínea
e. crescimento pulpar
Movimentos do germe dentário f. combinação de fatores genéticos
- de corpo (direção oclusal) e excêntrico g. teoria folicular: É A MAIS ACEITA.
(raízes)
- acomodação; v, l, m e d. TEORIA FOLICULAR
- rotação - presença de tecidos específicos.

Canal gubernacular Após a formação da coroa tem um gatilho biológico


que começa ter ativação de proteases.
As proteases quebram proteína (DF-95), elas vão > ordem: incisivo central inferior e superior, laterais
se fragmentar e tornar corpo estranho, os superior e inferior, 1 molar superior e inferior, canino
monócitos vão até o local e se transformam em superior e inferior, 2 molar inferior e superior.
osteoclastos para fazer reabsorver osso em cima
da coroa e movimentação do germe. DENTIÇÃO DECÍDUA COMPLETA: 2 a 6 anos.
E, embaixo do dente concomitantemente começa
ter a posição óssea. Vai ser um metabolismo Nessa fase tem que se preocupar com a ingestão
coordenado de absorção e formação óssea. de flúor da criança, pois os germes dentários da
dentição permanente estão sendo formados. Deve
● CRONOLOGIA E SEQUÊNCIA DA orientar as crianças a não ingerir flúor e
ERUPÇÃO DENTÁRIA supervisionar a escovação.
A sequência é mais importante, pois nem sempre
vai haver a mesma cronologia, a depender de cada Rizogênese completa dos dentes decíduos
criança. 1-1,5 ano após a erupção do dente na cavidade
bucal
Cronologia: a data que o dente irrompe na - incisivos: 1,5 - 2 anos
cavidade bucal. - primeiros molares 1,5 ano
Sequência: ordem na qual os dentes vão - caninos: 3 anos
irrompendo na cavidade bucal. - segundos molares: 3,5 anos

CRONOLOGIA DE ERUPÇÃO Crianças muito pequenas têm cárie rampante


dependendo do tratamento de canal em raízes que
Dentes decíduos: não estão completamente formadas.
- 6ª semana de VIU: início da formação do
germe dentário ● Manifestações locais
- 4º mês de VIU: início de calcificação - salivação excessiva
- 6º mês de VIU: mineralização iniciada em - inflamação gengival
todos os dentes decíduos - irritação bucal (coceira na gengiva)
> a ingestão de flúor da mãe não altera a formação - erupção cutânea facial
dos dentes decíduos.
● Manifestações sistêmicas
- irritabilidade
- perda de apetite
- febre
- diarréia: devido a coceira gengival a criança
leva tudo na boca, e pode causar a diarréia
- insônia

A justificativa para as manifestações sistêmicas é


que diminui a imunidade que vem da mãe nessa
fase, parando de amamentar e é o período que vai
ser estabelecido a imunidade da própria criança.
6/7 mês: incisivo central inferior e superior
9/10 mês: incisivo lateral sup e inferior
Salivação excessiva
14/15 mês: 1 molar sup e inferior
- ela ocorre devido a maturação das
16/17 mês: canino sup e inferior
glândulas salivares da criança, que tem uma
20/24 meses: 2 molar inferior e superior
saliva mais espessa e difícil de engolir.
Erupção cutânea facial 12 meses e 200mg de 1 a 5 anos, de 6h em
- Umidade constante na pele que pode gerar 6h.
bolinhas em volta da boca, em função da
umidade na região perioral. ❖ A perturbação sistêmica severa NÃO é por
conta do rompimento dos dentes, deve levar
Coceira gengival ao médico para avaliação. > infecções no
- reação de hipersensibilidade localizada, trato urinário, gastroenterite, doenças febris.
causada pelo irrompimento do dente.
● Características da dentição
Diarreia decídua completa
- causa pelos objetos levado a boca e pela - arco dentário de forma semicircular
sucção digital - leve sobremordida e sobressaliência
- coincide com a introdução de novos - espaços primatas
alimentos - arco tipo l de baume
- desmame e introdução de novos alimentos - inclinação quase vertical dos dentes
- nunca será causada uma diarreia intensa anteriores
pelos rompimentos dos dentes - plano terminal reto
- relação canina de classe I
Irritabilidade
- pelo fato de ser um elemento estranho que Sobremordida
está ali, a coceira, dor, que gera ansiedade
na criança

Insônia
- Período de insônia fisiológica na média de 6
a 9 meses

Febre baixa
- jamais vai causar uma febre alta na criança,
vai ser até umas 37,5º
- vírus HT pode ser exacerbado que pode Sobressaliência
causar febre na criança (tem exame para
rastrear)
- quando vários dentes estão irrompendo ao
mesmo tempo causa a irritação do nervo
trigêmeo (principalmente posteriores)

Diante dessas situações deve-se orientar os pais,


podendo:
- anestésico tópico: é mais indicado só para
o dentista utilizar, corre maior risco.
- camomilina c: é natural Espaços primatas
- gingilone: corticosteroide, antibiótico,
anestésico
- nenê dent: anestésicos, camomila, xilitol
- Para febre baixa indica o paracetamol
(analgésico e antipirético), 100mg para 3 a
- ATM próxima ao plano oclusal dos dentes
inferiores > anestesia por bloqueio, não faz
como em dentes permanentes, tem que
inclinar a agulha para baixo

- maxila: entre incisivo lateral e canino


- mandíbula: entre canino e 1 molar

Tipos de arco Baume


- arco tipo 1: com diastemas entre dentes
anteriores (favorável ao posicionamento dos
dentes permanentes)
- ausência de curva de wilson

- arco tipo 2: sem diastemas entre dentes


anteriores (tendência de apinhamento) - O 2 molar decíduo serve de guia de erupção
para o 1 molar permanente, se o paciente
perde ele, o 1 molar vai irromper inclinado e
ocupar o espaço do pré-molar.
- Plano terminal reto, degrau mesial ou
degrau distal > o mais comum é o plano
terminal reto (76%).
> degrau mesial: avaliar se a criança não
está tendo classe llI
- > degrau distal: avaliar se a criança não está
- arco misto: com diastema entre os dentes
tendo classe lI
anteriores superiores e sem entre os
inferiores e vice-versa

Prevalência de espaços primatas e tipos de arco


- maior presença de espaço primata na
maxila
- prevalência de arco dentário tipo I em maxila
e mandíbula Relação canina classe I
- o canino superior está entre a ameia do
Inclinação axial dos dentes canino inferior e o 1 molar. > TODOS
- paralelismo entre as raízes > diferente dos decíduos.
permanentes
- arco inferior não tem curva de spee, tem
plano oclusal reto
- cerca de 3 anos após a erupção do dente na
cavidade bucal

SEQUÊNCIA: 1m, ici, ics, ili, ils, ci, 1pm, 2pm, cs,
2m, 3m.

● FASE DA DENTADURA MISTA


Classificação de Van der Linden

➔ PRIMEIRO PERÍODO TRANSITÓRIO: 1


Relação entre as raízes dos dentes decíduos e molares e incisivos
os germes dos permanentes - erupção do 1 molar guiada pela face distal
- quando a criança cai e bate a boca quando do 2 molar decíduo
o germe ainda está em formação pode - 2 ganho da dimensão vertical
lesionar o germe, vai conseguir verificar isso
após o irrompimento dos dentes
permanentes

● CRONOLOGIA DE ERUPÇÃO DOS


PERMANENTES

> fazer intervenção para que a criança se torne


classe I.

Classe I: torna classe I ou II


Classe III: classe III OU I
Classe II: classe II
1) 6-7 anos: incisivo central inferior e 1 molar
inferior e sup 1 molar permanente: analisar a cúspide vestibular
2) 7-8 anos: lateral inferior, central sup mesial do 1 molar superior com a fossa central do 1
3) 8-9 anos: incisivo lateral sup molar inferior.
4) 9-10 anos: canino inferior
5) 10-12 anos: 1 pré inf, 2 pré sup
6) 10-11 anos: 1 pré sup
7) 11-12 anos: 2 pré inf, canino sup
8) 11-13 anos: segundos molar inf
9) 12-13: segundo molar sup

> mandíbula: 1 molar, incisivo central, incisivo


lateral (até 8 anos), canino (até 10 anos), 1 e 2 pré
até (12 anos), 2 molar (até 13 anos)
> maxila: 1 molar, incisivo central, incisivo lateral
(até 9 anos), 1 e 2 pré, canino, (até 12 anos) 2 Incisivos centrais permanentes
molar (até 13 anos) - superiores: coroas para vestibular e ápice
para lingual
Rizogênese completa dos dentes permanentes - inferiores: desenvolve-se por lingual dos
decíduos
Compensação de espaço
É o tamanho diferencial entre os dentes decíduos e
permanentes.
- 7,6mm na maxila
- 6mm na mandíbula

> criança que não tem o espaço primata, vai estar


faltando esses espaços e vamos ter que ajudar
nesse crescimento.
➔ SEGUNDO PERÍODO TRANSITÓRIO
- caninos permanentes e pré-molares
Naturalmente temos outros mecanismos, como:
- segundos molares permanentes
- inclinação vestibular dos dentes e maior
diâmetro de circunferência do arco.
CANINOS E PRÉ MOLARES PERMANENTES:
sequência favorável de erupção:
- maxila: 1 pré, 2 pré, canino
- mandíbula: canino, 1 pré, 2 pré
> vai ocorrer o fechamento do diastema anterior.

Compensação de falta de espaço: aumento da


distância intercanina, e isso vai gerar aumento de
espaço para os dentes permanentes > 4mm na
maxila e 3mm na mandíbula

- Fase do patinho feio: o ápice se forma no


sentido da linha média e a coroa vai para
distal, o que não fica estético. O diastema
também pode ser causado por um
mesiodens ou pelo freio. Após o rompimento
dos outros dentes (caninos), é que se fecha
Espaço livre de Nance, na maxila temos 0,9mm e
o diastema. É um problema fisiológico,
na mandíbula 1,7mm. É a diferença entre os
embora esteticamente desfavorável.
tamanhos dos dentes decíduos (1 e 2 molar) e
permanentes (1 e 2 pré-molar).
Com o rompimento dos 2 molares, não teremos > se agir rapidamente, não vai gerar atraso
dentes decíduos na boca da criança. - cistos e hematoma
- anquilose
- dente incluso
● Cronologia e sequência da erupção - dentes supranumerários
dentária - odontomas
- necrose pulpar e trat endodôntico em dente
Fatores genéticos decíduo
- tendências familiares: têm maior peso para - perda precoce
rompimento dos dentes decíduos. - dilaceração radicular
- gênero masculino e feminino: para dentição
decídua não faz diferença, mas na Cisto e hematoma de erupção
permanente sabemos que a puberdade - preenchimento do espaço folicular com
feminina é mais precoce e adianta o fluido tissular ou sangue
rompimento dos dentes. - não requer tratamento, pois tem regressão
- síndromes: como por exemplo síndrome de espontânea
Down, que vai ter atraso na erupção das 2 - a presença pode atrasar a erupção do
dentições e alteração na sequência. dente, mas esperamos a regressão
- Disostose cleidocraniana: atraso na erupção espontânea, só intervém quando a gengiva
de decíduos e permanentes está muito edemaciada, faz ulectomia.
- Amelogênese imperfeita: atraso no
rompimento do 1 molar permanente. >
tratamento pela falta de esmalte com
restauração com ionômero de vidro.

Fatores ambientais
- grandes centros x zona rural: crianças que
moram em centro urbano sugere-se que
tem-se uma maior precocidade no
rompimento dos dentes em comparação
com a zona rural.
- países tropicais x países frios: frio tem
tendência de irromper mais tarde. Anquilose
- litoral x interior do mesmo país: a cronologia - fusão da dentina e/ou cemento radicular ao
tem maior precocidade de quem mora no osso alveolar
litoral. - não conseguimos ver a continuidade do
> fatores ambientais interferem no rompimento dos ligamento periodontal na radiografia
dentes. - É preciso fazer radiografia para ver, mas
clinicamente pode-se observar suspeitas
Fatores sistêmicos quando se tem infra oclusão, perda de
- endócrinos: aceleram na cronologia de espaço, ausência de mobilidade.
rompimento dos dentes. quem tem hiper tem - Características radiográficas: não tem
aceleração e quem tem hipo tem atraso. visualização do ligamento periodontal e
- Prematuridade: a criança nasceu antes da impacção ou retenção prolongada.
época, então ela vai ter um ‘atraso’.
- Desnutrição: pela falta de vitaminas A, C, D.

Fatores locais**
- complicações: impacção, erupção atrasada
ou ectópica, apinhamento, diastemas,
desenvolvimento de cisto.
- Tratamento: extração

Odontoma
- tumor odontogênico contendo tecidos
dentários calcificados
- podem ser complexos ou compostos (cada
um tem uma cirurgia adequada para
remoção).
- consequências:
Necrose pulpar
1. migração dos dentes adjacentes
- dentes decíduos com tratamento
2. extrusão do dente antagonista
endodôntico: reabsorção mais lenta > tem
3. distúrbio progressivo da oclusão
que ter cuidado na quantidade de óxido de
4. impacção ou desvio da trajetória de erupção
zinco na pasta, para não atrasar ou adiantar
do DP
a esfoliação do dente decíduo
- dentes decíduos com necrose pulpar:
- tratamento em dentes decíduos: se não
reabsorção acelerada
possui nenhum distúrbio, pode ir
acompanhando, se começar perder espaço,
Perda Precoce do dente decíduo
tem que aumentar a coroa com resina
> Quando saber que teve perda precoce? Pelo
composta. se tem perda de espaço, tem que
estágio de formação do permanente.
fazer a extração do dente anquilosado e
fazer mantenedor de espaço/distalizador. se
- Estágios de Nolla: comparar radiografia,
o paciente tem agenesia do permanente,
sendo que para cada dente é dado o valor
não extrai o dente decíduo, mantém ele o
que se aproxima do desenho.
máximo na boca.
- tratamento em dentes permanentes: não vai
extrair, vai fazer luxação do dente para
tentar forçar o desenvolvimento do
ligamento.

Dentes inclusos e impactados


- inclusos: perda de força de erupção
- impactado: tem algo que está impedindo
que ele erupcionar

Dentes supranumerários
- únicos ou múltiplos
- uni ou bilaterais
- malformados ou normais 0: não tem cripta
- podem ou não irromper 1: cripta sem calcificação
- atingem a dentição decídua/permanente 2: início de calcificação da coroa
- etiologia: remanescente da lâmina dentária, 3: ⅓ de calcificação da coroa
atividade contínua da lâmina dentária, 4;⅔ completo
dicotomia
5: coroa praticamente completa independente. Num determinado momento é
> Se perder o dente decíduo nessa fase, ele foi mais rápido e depois ele cessa. É um
perdido precocemente. Quando vejo uma criança processo intermitente de reabsorção e
que perdeu antes do estágio 6 é uma perda reparo.
precoce. - Não tem causa totalmente entendida.
- Por exemplo, na ausência do permanente, a
FASE ERUPTIVA: momento de analisar com mais pessoa vai perder o decíduo mas vai ser um
cuidado processo mais lento.
6: coroa formada > mov mais rápido
7: ⅓ raiz completa ● Atraso da rizólise > o dente irá demorar
8: ⅔ raiz completa esfoliar

9: raiz completa Fatores locais


10: dente formado - agenesia do permanente
- desvio da trajetória de erupção do
Quando avalio que o decíduo está na boca e o permanente
permanente está na boca no estágio 8, o dente
decíduo está impactado. Tem que fazer a extração Fatores gerais
do dente decíduo. - Hipotireoidismo
- Hipopituitarismo
> 6/7/8 são as fases que devemos mais analisar na - Disastrose cleidocranica
criança. Se o dente decíduo está com perda
precoce ou em retenção prolongada. ● Aceleração da rizólise
> Se o permanente tiver antes do estágio 6 e não
possuir o indivíduo tem que fazer mantenedor de Fatores locais:
espaço. - coroas de aço ou restauração de amálgama
com excesso
RESUMO DE PERDA PRECOCE DO DENTE -
DECÍDUO: perda precoce tem tendência de atraso Fatores gerais:
do permanente porque vai ter formação óssea. - querubismo
perda do dente após o estágio 8: perda de força e - síndrome de down
alteração da trajetória de erupção do permanente - tumores ósseo dos maxilares
> são fatores genéticos
❖ Retenção prolongada: sempre fazer > não vai causar má formação, mas pode causar o
radiografia antes de extrair o dente decíduo. atraso de erupção dos permanentes

Dilaceração radicular ● Padrão de reabsorção


- é necessário fazer a extração do dente e - Em geral, uniforme e simétrico
fazer um aparelho com a coroa que foi - Fatores: posição do germe, processo
formada. Deve ser analisado caso a caso, patológico
mas o implante só vai ser colocado após os - Consequência: alteração da forma da raiz,
18 anos. da furca e do local do forame apical

● Rizólise do dente decíduo Dentes posteriores: face interna e áreas isoladas da


- Fenômeno fisiológico de reabsorção raiz
radicular do dente decíduo
- Existe um gatilho fisiológico logo após a
formação da raiz, é um processo
Anamnese e exame clínico devem ser executados
de forma sistemática, se o prontuário já estiver
pronto, deve-se analisar se não houve mudanças
importantes. Não pode perder tempo porque a
criança não consegue ficar muito tempo na cadeira.
Deve-se ter um diagnóstico para elaborar um plano
de tratamento adequado.

A odontopediatria deve-se introduzir a criança na


vida odontológica, priorizar o relacionamento
paciente//profissional e ter um bom relacionamento
com os pais.
Deve-se chamar o responsável sempre na primeira
sessão para perguntar os pais, depois, quando for
Dentes anteriores: começa pela face palatina da fazer os exames necessários, pode dispensar o
raiz e depois fica horizontal. pais e chamar quando precisar das assinaturas.

● Tipos de consulta

- urgência: deve ser focada no que é


urgente, deve-se resolver a queixa maior do
paciente.
- Exemplos: problemas endodônticos,
abscesso dento alveolares, traumatismo
dentários. Deve-se fazer anamnese
criteriosa para visar resolver o problema
Reabsorções ectópica: é quando ocorre imediato, para área de interesse e perguntas
reabsorção de parte da raiz de dentes importantes como alergia a medicamentos.
uniradiculares ou não reabsorção de uma ou todas Fazer o rx da área de interesse.
raízes de dente multirradicular. É preciso programar
a extração do dente decíduo se o permanente - atendimento inicial de rotina: fazer uma
estiver no estágio acima de 7. anamnese criteriosa e exame clínico e
radiográfico completo.
Considerações finais: o conhecimento do
desenvolvimento normal das dentições e o - consulta de retorno: atualização da
diagnóstico precoce dos desvios oferecerão anamnese, exame clínico e radiográfico das
condições para que se determine a conduta de áreas necessárias e exame clínico
tratamento no momento mais adequado. interproximal.

● Primeira consulta
- conquistar a confiança dos pais
AULA 2 - ANAMNESE, EXAME E - diferenças entre adultos e crianças: métodos
DIAGNÓSTICO E PLANO DE TRATAMENTO. semiológicos e técnicos diferentes
- situações novas para a criança: apreensão
Às vezes eu preciso de algumas informações que - preparo psicológico da criança
preciso saber sobre o período de gestação da mãe.
● Prontuário odontológico
Importante conhecer a criança e - alimentação pastosa
principalmente os pais, para saber lidar da - dificuldade de higienização
melhor maneira possível.
4. História dentária
- Dados importantes: levantados da Já foi ao dentista? procurar saber como foi o
anamnese e exame clínico devem atendimento, se tomou anestesia. Se houve
ser anotados de forma abreviada e problemas com tratamentos anteriores.
coisas importantes mais detalhadas.
- Anotar o plano de tratamento: antes 5. Comportamento psicológico: observar todos
de iniciar qualquer procedimento. > os comportamentos da criança, a maneira
faz lápis e pede ao professor para de andar, gestos, expressão corporal,
avaliar. reações emocionais (medo, ansiedade,
- Registrar o tratamento efetuado birra, ciúmes).
- Anamnese: deve ser realizada com
os pais, o auxiliar pode ceder a 6. Hábitos
cadeira para a mãe sentar. - Higiene bucal
Importante ouvir mais do que falar e - Alimentares: uso do açúcar (quantidade,
passar as orientações necessárias. tipo e frequência) e mamadeira noturna.
- Nocivos: chupa, dedo, chupeta, rói unha,
Anamnese: bruxismo, hábito postural.
1. Identificação do paciente
> Pedir para vir em alguma consulta a ● Exame clínico da criança
pessoa que mais fica com a criança para
passar as orientações. A. exame clínico geral
2. Queixa principal: anotar do jeito que a mãe - estrutura, peso, pele, higiene geral, modo de
relata. Com suas palavras, anotar tudo que andar, linguagem, maneira de se comportar,
foi falado, como, onde, quando. movimentos involuntários.
3. História médica: pré natal é importante - peso e estatura sempre deve anotar mas
saber uso de medicamentos, enfermidades deve sempre rever, principalmente quando
maternas e período gestacional. No for fazer prescrição
transnatal o tipo de parto, complicações - observar distúrbios neurológicos, problemas
ocorridas durante ou após, tipo de ortopédicos, alterações na pele
aleitamento. - cálculo dose de anestésico > geralmente até
> Pode gerar anomalias de cor, forma, 2 tubetes está tudo bem, se for fazer alguma
estrutura, lesão dos germes dos dentes cirurgia deve calcular para saber a dose
decíduos, lesão traumática na região da limite.
ATM. - o cálculo da dose é importante para bebês e
Pós natal: procurar saber quais doenças a também a aplicação certa da técnica para
criança já teve na infância, alergias, medicamentos não ficar injetando anestésico
em uso e se possui alterações momentâneas. desnecessário
> Se a criança apresentar alguma enfermidade é - avaliar sempre o padrão de crescimento da
importante contatar o pediatra para receber criança e se ela recebe orientação de
orientação. pediatra
- sempre ficar atenta aos sinais da criança e
Exemplo de doenças: ver se vale a pena intervir ou mudar o plano
de tratamento
Epidermólise bolhosa
- dentição normal B. Exame clínico extrabucal
- presença de parasitas (piolho) > base de língua e soalho de língua
- análise facial: dobra no lábio é tipico de > palato, cor, textura, consistência,
mordida profunda, se tem selamento labial, rugosidade palatinas
orientar sobre chupar dedo, chupeta > orofaringe: se for muito grande tem
- orelhas: tamanho, posição, forma propensão a ter dor de garganta
(síndromes), se a criança tem muita otite > língua: forma, tamanho, ulcerações,
pode ser por causa de cárie rampante ou pigmentações, papilas linguais, tonalidade,
uso de chupetas higiene, macroglossia, microglossia
- palpação de linfonodos; submandibular,
submentoniana - tecidos mineralizados:
- exame de ATM: relato de bruxismo durante > dentes: espelho clínico, pinça clínica, sonda
a anamnese > mobilidade mandibular, exploradora, filme radiográfico 0 e 2, gaze e rolo de
desvios, ruídos articulares, sintomatologia algodão
dolorosa
- nariz: avaliar obstrução das vias aéreas,
desvios de septo, capacidade e padrão
respiratório
- aparência dos lábios: malformação
congênita, queilite angular, cicatrizes de
lesões traumáticas, secura, vesículas,
úlceras e crostas
- deglutição normal: mandíbula permanece
na mesma posição, dentes em ligeiro
contato, nenhum movimento com o lábio
- deglutição atípica
- evidenciação de placa: fazer
aplicação com cotonetes somente
sobre os dentes

C. Exame clínico intrabucal


Necessidade de boa iluminação para visualização
das estruturas anatômicas
- tecidos moles:
> freio labial superior, inferior > deve ver se
está tracionando a gengival, se tem - anomalias dentárias:
recessão gengival > número: hiperdontia, hipodontia
> parte interna da bochecha e inserção > tamanho: macrodontia, microdontia
muscular na região posterior (papila > forma: germinação, fusão, dens in dente,
parótida, linha alba, inserção musculares, taurodontia, dilaceração
bridas laterais)
> germinação (um dente se divide em dois) x fusão > cárie dentária: lesão de mancha branca (porosa)
(dois canais radiculares (dois dentes que se juntam) é cárie ativa, vai ser uma criança com alta atividade
de cárie.
> traumatismo dentário: o mais comum é a intrusão
do dente
> fluorose: acontece durante a formação do esmalte
com ingestão excessiva de flúor. BRILHANTE E
LISA.

> posição ectópica: por conta da falta de espaço,


retenção prolongada do decíduo

> hipomineralização molar incisivo: manchamento


em incisivos e posteriores causada pela má
formação.

> dentes supranumerários

> desgaste dentário:

> dente conóide


> perfil facial: côncavo e convexo

Exame clínico intrabucal


TABELA
- Faz a análise do índice de placa por
sextante.
- Fazer a coloração.
- Sempre considerar o dente mais grave do
sextante.
- NUNCA dispensar crianças que estão em
mal estado de higiene, tem que vir todo
mês. E péssimo estado de higiene é toda
semana.
- O ótimo estado de higiene chama a criança
somente 1x no semestre

● Exame radiográfico
> análise da oclusão: - Na maioria dos casos, pede 2
interproximais.
Dentição decídua - Se a criança nunca fez panorâmica, com 6
- tipo de arco de Baume anos é uma ótima idade.
- relação terminal do 2 molar - Antes de pedir aparelho ortodôntico tem
- relação canina sempre que pedir panorâmica antes.
- sobressaliência e sobremordida - Função:
- Avaliar desenvolvimento dos dentes
decíduos e permanentes.
Dentição mista ou permanente - Prever futuros problemas de oclusão
- classe 1 - Programar tratamento imediato e futuro
- classe 2 - Diagnosticar anomalias de desenvolvimento
- classe 3 dental e craniofacial
● Cuidados com a criança - panorâmica:
> verificar número, forma e posição;
1. MANEJO: falar, mostrar e fazer > análise de dentição mista com os
2. Posicionamento da cadeira e do aparelho de diferentes estágios de esfoliação dos dentes
RX, deixando a colocação do filme por decíduos
último. > pesquisar processos patológicos dos
3. Realização das primeiras radiografias nas maxilares
regiões mais fáceis para conquistar a > como avaliação preliminar;
criança > começar oclusal modificada > acompanhar evolução de anomalias,
4. Adaptação do filme ao tamanho bucal > casos cirúrgicos ou traumatismos,
depois que tem 1 molar pode ser filme de > auxiliar na informação do desenvolvimento
adulto e crescimento
5. Proteção ao paciente: rx somente realizado > auxiliar na avaliação do progresso do trat
com indicação clínica, não expor ortodontico
desnecessariamente o paciente ao raio x, a > procedimentos de cirurgia bucal.
rotina é 1 rx panorâmica e 2 rx
intermproximais. - lateral de Fazzi: usa filme de adulto ou
6. Panorâmica: realizado para aparelho oclusal, serve quando tem intrusão de dente
ortodôntico e quando tem os 1 molares. decíduo, para avaliar as raízes se o ápice
7. Tipos de filmes: infantil, adulto e oclusal está deslocado.

Intrabucais
- periapical: examinar um dente específico,
raiz, ligamento periodontal, detectar
processos patológicos periapicais ou na
região de furca, detecção de cárie (mas a
interproximal é melhor), fraturas, analisar
desenvolvimento dos germes,
supranumerários ou anomalias. > pode ser
feita com ou sem posicionador.
- interproximal: indicação de cárie
interproximal, avalia adaptação das
restaurações interproximais, lesões de cárie
oculta, profundidade da cáriie em relação a
polpa, posição do germe dentário em relção
as raízes do decíduo, integridade da crita
alveolar. Não oferece dados para analisar a
quantidade de raiz formada e lesões AULA 3 - DIAGNÓSTICO
periapicais. É o estudo da interpretação dos sinais e sintomas
- oclusão: determinar posição dos dentes, de uma moléstia a fim de determinar sua natureza.
localização de dentes supranumerários,
observação de fraturas de arco na região Plano de tratamento
anterior, processo patológico dos maxilares. Seleção e ordenação dos passos operacionais para
não faz com muita frequência > fazemos um tratamento integral, com bases num critério de
com filme de adulto e posiciona normal necessidades e conveniências, visando uma
sequência lógica.
-
Extrabucais
> A sequência vai depender de cada tipo de - estabilização da atividade da cárie
criança, para ver qual sequência vai ser melhor - condicionamento psicológico da criança
para ela. Às vezes, em crianças que não estão - instrução sobre hábitos alimentares
acostumadas com a clínica fazemos o que é melhor - instrução sobre higiene bucal
para ela naquela sequência, não o que seria ideal, - profilaxia profissional
para adaptação da criança. - aplicação de fluoretos
> crianças com má higiene não usa resina - uso de antimicrobianos
composta, usa ionômero de vidro. - escavação e selamento em massa: não é
feito com anestesia, então não pode ser em
- menor tempo clínico: maior ganho financeiro cavidades profundas. Em cavidades rasas e
e menos estressante para o paciente. médias usa CIV ou óxido de zinco e
- sempre considerar: doenças sistêmicas, eugenol. Porém, em cavidades médias usa
possibilidade de cooperação, higiene bucal o cimento de hidróxido de cálcio como
e idade, experiências odontológicas protetor. Em cavidades profundas, vai ser
anteriores, estratégica do dente no arco, feito em sessões seguintes, com isolamento
cronologia de erupção, nível absoluto, sob anestesia local. Nos dois
socioeconômico e cultural casos, tem que ter RX.
- tratamento endodôntico emergencial: tirar a
Plano de tratamento dor do paciente
conduzido por sessão > a cada consulta o - extração de raízes residuais: se a criança
profissional saberá o procedimento planejado > estiver adaptada ou pode ser adiada para
ganho de tempo e organização e previsão de sessão posterior, conforme condicionamento
honorários da criança.
sequência adequada e favorável > algumas - remoção de iatrogenias: falhas de
situações exigem flexibilização adaptação, excesso de restauração
(irritação mecânica da gengiva e acúmulo de
● Etapas placa)
1. adequação do meio bucal (profilaxia e
instrução de higiene oral) Então: EM CAVIDADES MÉDIA E RASA, não
2. selamento de fóssulas e fissuras: anestesia, isolamento relativo, proteção pulpar com
principalmente nos 1 molares semi irrompido cimento de hidróxido de cálcio (cav. média) e fecha
ou com dentes escurecido/lesão de mancha CIV ou óxido de zinco e eugenol.
branca
3. tratamento endodôntico: pode variar a 2. Selamento de fóssulas e fissuras
depender da criança, se nunca fez - conforme o material, pode ser feito sem
restauração, faz primeiro as restaurações e isolamento absoluto ou relativo
depois o trat. endodôntico (superior anterior, - selamento com ionômero convencional
inferior e depois endodôntico (autopolimerizável - mistura pó/líquido) >
4. Trat restaurador RELATIVO
5. Trat cirurgico - selamento modificado por resina, ou selante
6. Trat ortodontico resinoso > ABSOLUTO
7. Programa educativo
3. Tratamento endodôntico
1. Adequação do meio bucal
Visa controlar os agentes etiológicos de cárie e - Tratamento expectante: esperar a resposta
doença periodontal. do dente, vai anestesia, remover a cárie,
- diminuição dos níveis de microrganismos colocar cimento de hidróxido de cálcio e sela
- eliminação de focos infecciosos com ionômero de vidro provisoriamente. > é
feito quando tem risco de expor a polpa em - dentes permanentes: posteriores e
um tecido permanente. anteriores
- dentes decíduos: posteriores e anteriores
- prioridade em dentição mista: molar
permanente, 2 molar decíduo, canino
decíduo, 1 molar decíduo, incisivos
decíduos

5. Tratamento ortodôntico
É colocado mais pro final do tratamento após
adequação do meio bucal.

Aparelhos fixos ou removíveis


- mantenedores de espaço
- recuperadores de espaço
- aparelhos para descruzamento de mordida
- grades palatinas

> se fizer extração, tem que moldar antes para


fazer mantenedor de espaço.
> mantenedor de espaço: fixos (banda alce e
- pulpotomia: extirpação apenas da polpa espaçador lingual), só não coloca se não for
dentária conorária e inserção de MTA possível fazer a bandagem do dente semi
irrompido.

6. Programa educativo/preventivo
- Manter a saúde recém conquistada na
saúde bucal
- Evitar o surgimento de novas lesões

Retornos vai ser de acordo com o risco e atividade


de cárie:
- pulpectomia: remoção completa da polpa
- alto risco: mensal
dentária com pasta radiopaca nos canais
- médio: bimestral
- baixo: trimestral

*Controle radiográfico anual.

Deve ser individualizado, respeitando cada


paciente. Condições físicas e emocionais
determinam a necessidade de estabelecer planos
individuais.

4. Fase restauradora
- realizada por quadrantes ou a depender da
urgência

Ordem de prioridade
AULA 4 - MANEJO EM ODONTOPEDIATRIA Estágios de desenvolvimento neuropsicomotor
O exercício da Odontopediatria não pode e não 1ª Infância: 0 a 3 anos
deve limitar-se tão somente à resolução de 2ª Infância: 3 a 5 anos
problemas buco dentais. Idade Escolar: 6 a 12 anos
O CD deve desempenhar importante papel Adolescência: 13 a 19 anos
educacional e psicológico, evitando traumas
odontológicos. ● 1 infância: 0 a 3 anos
Criança não é um adulto em miniatura; é um ser - Criança inicia seu contato com o mundo e
humano em desenvolvimento. permite certa sociabilidade
A criança possui particularidades anatômicas, - É acostumada com atividades repetitivas e
fisiológicas e emocionais que devem ser obedece à rotina
conhecidas e respeitadas É necessário conhecer - Seu tempo de concentração é em torno de
um pouco de psicologia e não achar que sempre vai 10 a 20 minutos >> procedimentos de curta
ser difícil atender crianças. duração são mais facilmente tolerados
- Nessa fase, geralmente há necessidade de
● O dentista que atende crianças contenção física, e o choro aparece como
uma reação normal
> gostar de crianças: é importante que o - Cariostático: aplica com microbrush, no local
profissional sinta-se cativado pelas crianças fica preto mas paralisa a cárie e depois vai
> entender as crianças: noções de psicologia restaurando (NÃO pode ser aplicado onde
infantil >> situações de estresse >> reações tem polpa exposta).
normais frente a diferentes estímulos, dependendo
da idade ou do perfil da criança. ● 2 infância - 3 a 5 anos
> capacidade de conquistar a confiança das - O desenvolvimento neuro motor continua
crianças: transmitir segurança para os pais e para o em evolução
seu paciente infantil >> informar previamente sobre - A criança fica mais sociável, aprendendo a
as sensações e procedimentos >> jamais mentir. compartilhar e realizar atividades em grupo
> ter paciente, bom senso e empatia: Possuir o - Já sabe ficar longe da mãe
controle da situação (autodomínio) >> a criança - Curiosidade (Como? Por quê?)
deve ser respeitada e tratada, independente de sua - Gosta de elogios quanto ao cabelo, roupas,
capacidade de colaboração corte de cabelo, etc
> Ter criatividade e capacidade de convencimento: - A fantasia ainda é presente e a criança
capacidade de manter diálogos com a criança envolve-se facilmente em histórias e
(adaptando-se para cada idade) músicas como distração
> postura / tom de voz: fazer-se respeitar pela - São muito falantes (cuidado: em alguns
criança casos a criança tenta é adiar o tratamento)
> Conhecimento de Odontologia e Odontopediatria: - O atendimento odontológico é mais
Habilidade e rapidez >> conhecer as técnicas de facilmente aceito
trabalho e de manejo - Não demorar muito nas consultas,
> Ambiente: um ambiente acolhedor e sem principalmente as iniciais
exageros proporciona ao paciente uma sensação
de tranquilidade e contribui para o bom andamento ● Idade escolar - 6 a 12 anos
do atendimento - A criança aprende a cumprir e respeitar
horários e normas
● Importância do conhecimento - Consegue ter mais paciência e comportar
psicológico se diante de diferentes situações
- Apresenta também maior desenvolvimento
da criatividade
- É uma criança mais estável, e a conquista é vezes xinga, chuta, pais falam que a criança
mais fácil é nervosa
- Gosta de brinquedos realistas e não mais o - conduta do CD: tem que deixar claro para a
“faz de conta " criança que vamos realizar o tratamento, e
- Quer mostrar-se independente que sabemos como lidar com aquilo,
- Pode apresentar variação emocional – independente da situação. Deve-se falar
pré-adolescência firme com a criança mas não precisa ficar
gritando.
● Condições especiais
A criança passa de comportamento positivo para > nesses casos temos que mostrar autoridade,
negativo sem motivo aparente deve ser sempre
averiguado. 2. Pais superprotetores com dominação
- Os pais limitam a criança
- Mudança de escola - Não deixam falar (falam por elas)
- Brigas em casa - Comum entre pais idosos, filhos muito
- Possíveis abusos esperados, filho único, filho portador de
- Bullying alguma deficiência
- Nascimento de irmão - em casa: criança tímida, insegura, sente-se
- Morte de parentes, amigos ou animais inferiorizada, comportada e obediente em
queridos exagero
- no consultório: pede sempre a presença dos
> essa situação deve ser respeitada! pais; resiste por ter medo; não é agressiva;
choro com lágrima
● Relacionamento - conduta do CD: Calmo, quebrar a timidez,
Na odontopediatria vai ser relacionado ao transmitir segurança
comportamento dos pais em relação a criança, tem
filhos que vão ter comportamentos específicos. > nesses casos o pai vai proteger muito e ter o
olhar muito voltado para uma só criança, tendendo
● Atitudes paternas e o comportamento da guiar o tempo inteiro todas condutas da criança.
criança > a criança vai realmente ter medo e chorar,
devemos agir o mais calmo possível tentando
1. Pais superprotetores e permissivos: faz tudo ganhar a confiança da criança.
que a criança quer
- Pais com dificuldade de impor limites aos 3. Pais que apresentam rejeição: pais que não
filhos gostam da criança
- Deixam a criança fazer tudo com a
justificativa de que são “ apenas crianças ” - Os pais têm a incapacidade de dar amor,
- Pais que podem ter sido rejeitados na tratam com hostilidade; batem e xingam
infância, por isso protegem demais os filhos, perto de qualquer pessoa
pois é uma forma de dar aquilo que não - Causa: pais que não desejavam ter filhos,
tiveram frustação, pais desajustados, padrastos e
- Pais que podem ter enriquecido após madrastas, priorizam atividade profissional e
infância sem dinheiro > pela vida deles ter social
sido tão difícil - AGRESSIVA, resistente e rebelde X
- em casa: vai ser mimada, dominador, SUBMISSA, apática e indiferente
egoísta e indisciplinada
- no consultório: resiste ao tratamento, com Agressiva
muito choro ou agressividade, faz manha, as
- no consultório: resiste ao tratamento por - conduta CD: deixar à vontade, incentivar a
desconfiança, pode agredir ou xingar externar seus sentimentos
- conduta CD: ficar calma e ganhar na
conversa, evitando a estabilização protetora ● Tipos de choro

Submissa - Choro assustado: expressa em medo real, com


- no consultório: age com indiferença; não “dá abundância de lágrimas > encorajar a criança e
bola ” para o dentista; não conversa. Pode atrair a confiança da criança
resistir ao tratamento por desconfiança - Choro birrento: forma de capricho, criança berra,
- conduta do CD: Ficar calmo e evitar a mas sem lágrimas > conversar de maneira firme,
estabilização protetora demonstrando autoridade, a fim de conseguir o
consentimento para executar o trabalho
4. Pais que apresentam abandono: eles - Choro de dor: choro sem gritos, associado com
gostam mas a criança fica abandonada por dor, criança está boazinha e de repente começa a
n motivos. choramingar > complementar anestesia
- Pais gostam da criança, mas são
indiferentes e têm pouco contato ● Dicas para um manejo adequado
- Causa: família numerosa, priorizam 1. Chamar a criança pelo nome
atividade sociais e profissionais, brigas 2. Olhar nos olhos da criança e falar em linguagem
conjugais adequada
- AGRESSIVA, resistente e rebelde x 3. Explicar o que será executado e a importância do
SUBMISSA, apática, indiferente procedimento
4. Perguntar se está tudo bem com a criança
Agressiva durante o procedimento Ex: Tudo certo com você??
- no consultório: resiste ao tratamento por E não: está doendo?
desconfiança; pode agredir; xingar 5. Acomodação e redução dos estímulos
- CD: Ficar calmo e evitar a estabilização ameaçadores
protetora 6. Respeitar o cansaço e ansiedade de algumas
Apática crianças
- no consultório: age com indiferença; não “dá 7. Reconhecer o tipo de criança e tipo de choro
bola ” para o dentista; não conversa. Pode 8. Ser direto (ordem ao invés de pedido) Ex: agora
resistir ao tratamento por desconfiança vamos tirar o “bichinho ” do seu dente. E não: “
- CD: Ficar calmo e evitar a estabilização posso tirar o “bichinho ” do seu dente?
protetora 9. Fazer reforço positivo
10.Não fazer chantagem com a criança e orientar
5. Pais super autoritários os pais para que também não façam
- Pais exageradamente exigentes (limpeza, escola,
roupas, bom comportamento, etc); não toleram ● Palavras proibidas
fracassos - medo
- Pais podem ter tidos pais permissivos e se viram - dor
com problemas, reagindo com identificação, - sangue
exigindo muito dos filhos - agulha
- Criança obediente e educada, mas com medo de - injeção
errar e ser desaprovada
● Acompanhantes
- no consultório: responde bem na conversa com o Os pais devem conhecer e consentir o uso das
dentista, mas não faz perguntas mesmo que tenha técnicas de controle do comportamento e assinar o
vontade
termo de consentimento antes de iniciar os - Criança apreensiva observa outra criança
procedimentos com manejo adequado sendo atendida pelo
profissional
● Técnicas de manejo - A criança a ser observada deve estar
motivada para ajudar
1. Falar-mostrar e fazer:
● Reforço positivo
● Comunicação verbal
- explicar de maneira simples, porque e qual
será a sensação. ● Estabilização protetora
- treinamento de como a criança deve se - Pacientes não cooperadores (por
comportar durante o procedimento imaturidade, problemas físicos e/ou mentais,
- Concentração da equipe e distração da em tratamento de urgência)
criança. - Durante o procedimento da anestesia (risco
- Evitar palavras: sangue, dor, agulha, de acidente)
injeção. - Realizada pelo dentista, auxiliar ou pelos
- Fazer analogias: pais
“Dor da picada ” = picadinha de formiga - abridor de boca: para as crianças que não
“Seringa ” = mamadeira, avião colaboram pode usar o alicate de molt
“Anestésico ” = remédio para o dente dormir (colocar gaze por baixo para não machucar)
“Sensação anestésica ” = pé dormente

● Comunicação não verbal


- Contato e expressão facial
- O toque quando realizado de forma
apropriada diminui a condição de ansiedade
melhorando o comportamento
- O diálogo em associação com o contato
físico, torna as crianças mais propensas a
cooperar com o tratamento

● Controle pela voz


- Alteração controlada do volume e tom de
voz
- Tom suave – transmite tranquilidade
- Tom firme: impor limites diante de
comportamentos indesejáveis
- Pode ser considerada uma técnica aversiva
e, por isso, mais aceita com prévio
esclarecimento aos pais ● Reações emocionais da criança
1. medo: deve ser um estado de alerta, ruídos
● Distração muito fortes, perda de apoio, estímulo
> em situações delicadas conversar com a criança inesperado e repentino, quando outra
para ela se distrair. criança começa a chorar podem causar
> distrair com desenho depois de anestesiar e isolar medo.
> medo objetivo: relacionado a experiências
● Modelagem anteriores, pode ser direto quando tem
experiência negativa no consultório ou
indireta quando teve experiência negativa no - Postura de descanso e repouso na cadeira
hospital, vacinação, injeções. (sinal de adaptação)
> medo subjetivo: relacionado à experiência
vivida por outras pessoas ● Mecanismo de envolvimento
- São recursos utilizados pela criança na
Método para afastar o medo tentativa de impedir a realização do
1. Explicação durante os procedimentos (falar, tratamento odontológico
mostrar e fazer) - Em contrapartida, são recursos utilizados
2. Demonstrar tranquilidade e instruir o pelo profissional para a realização do
paciente a ficar calmo tratamento odontológico
3. Reforço positivo
4. Distração e alívio para as tensões Utilizados pela criança
(verbalização constante) - chorar
5. Estabelecer uma relação de confiança com - vomitar e forçar vômito
a criança - falar demais
6. Jamais mentir ou fazer comparações e - pedir para ir ao banheiro toda hora (pode ir
orientar os pais para que façam o mesmo 1x)
7. Transmitir todas as informações solicitadas - agarrar ao pai e a mãe
pela criança, procurando adequar a
linguagem para que ela possa entender o Atitudes do profissional
que vai acontecer - diferenciar as reações
- não se deixe contagiar pelas emoções
Método não recomendável - nunca falar com raiva
1. Ignorar o medo - impor limites
2. Ridicularizar ou castigar a criança - deve ser concluído o mais rápido possível
3. Forçar a criança a ficar na situação temida
4. Usar a competição ou imitação Orientações aos pais
1. Nunca engane a criança quando tiver que
levá-la ao dentista
1. Birra 2. Não suborne com algum presente para
- Interrupção de atividades em andamento melhorar a conduta > somente em
- Interferências nos movimentos momentos difíceis
- Algo que atrapalhe os planos 3. Evite falar de coisas desagradáveis perto de
seu filho
Como lidar? 4. Não se inquiete se seu filho chorar. O choro
- Manter a calma e domínio de si mesmo é uma forma normal de reação da criança
- Ajudar o paciente a controlar suas emoções ante situações desconhecidas ou temidas. O
(sendo firme e educado ao mesmo tempo) dentista irá fazer com que naturalmente
- Orientar os pais perca o medo
- Consultas rápidas 5. Se você permanecer na sala de clínica,
fique atrás ou ao lado da cadeira
operacional, evitando que suas expressões
2. Reação de ternura fisionômicas possam influenciar na conduta
- Há uma interação positiva da criança com o da criança
CD e sua equipe 6. Procure não interferir na conversa de seu
- Criança quer cooperar filho com o dentista. A criança se confunde
- É dócil e calma quando várias pessoas falam ao mesmo
tempo, podendo não atender ninguém
7. Deixe a criança expressar sua curiosidade. Lidocaina > 20mg/ml
O dentista irá tirar suas dúvidas; mas Dose limite: 4,4mg/kg
somente o dentista fará isto.
DMI: 4,4 x 20 = 88 mg de dose máxima
O profissional deverá ter em mente que não
existem fórmulas para o manejo da conduta, mas 20 mg - 1ml
que este será sempre um exercício de habilidade 88mg - x
que estará sendo testado e aperfeiçoado a cada x = 4,4ml
atendimento.
1 tubete = 1,8ml
AULA 5 - ANESTESIA LOCAL 1 tubete - 1,8ml
y- 4,4ml
● Desafio do dentista y = 2,44 ml tubetes
- não provocar dor: independente do
procedimento odontológico, se houver risco R: máximo de 2 tubetes para essa criança
de ter dor, SEMPRE deve anestesiar.
PRECISA SABER FAZER A CONTA
1. Preparo psicológico da criança
- Falar, mostrar, fazer sempre e ocultar agulha
- medo objetivo: determinado pela vivência de
experiências negativas pelo indivíduo.
- medo subjetivo: atribuído a experiências
relatadas por terceiros.
- controle do medo e da ansiedade:
> introdução lenta e gradual
> vocabulário apropriado: não falar dor, sangue,
injeção
> desviar atenção do foco principal
> promover relaxamento e distração

2. Cuidado ao anestesiar uma criança *ARTICAÍNA SEMPRE FAZER CONTA


Lidocaína 2% (adrenalina 1:100.000): a que usa no
nosso dia a dia Efeitos adversos dos anestésicos
Mepivacaína 2% (adrenalina 1:100.000) - produz estimulação da criança, com
Prilocaína 3% (felipressina 0,03 UI/mL): diabetes agitação e tremor
Articaína 4% (adrenalina 1:100.000) > molares com - aumento adicional: depressão do SNC e
hipomineralização, é mais forte respiratória
- Efeitos cardiovasculares: depressão do
Dose máxima individual miocárdio e vasodilatação
Determinado com base no peso corporal e na dose - Queda da pressão arterial: potencialmente
limite apresentada na bula do medicamento: fatal
DMI (mg) = dose limite (mg/kg) x peso corporal (kg)
*anestésicos sem vasoconstritor a dose é reduzida Tipos de agulha
em 30%. - extra curta e curta
- NÃO usa agulha longa, o bloqueio é sempre
Exemplo: 20 kg, lidocaína 2% com adrenalina feito com curta e extra curta infiltrativas
1.100.000
Considerações importantes
- na anestesia, o profissional deve ter - Agulha introduzida horizontalmente, paralela
conquistado a confiança da criança ao plano oclusal
- auxiliar deve conter movimentos bruscos - Observar isquemia da região, para então
- se tiver movimentos indesejáveis e a criança realizar a punção na papila lingual
chorar, o CD deve ficar calmo e não retirar a
agulha
- NÃO PENETRAR A AGULHA ATÉ O FINAL
- minimizar o desconforto: secagem da
mucosa, aplicação de anestésico tópico,
estiramento da mucosa e tracionamento em
direção a agulha, aquecimento do
anestésico com a temperatura semelhante
ao corpo, injeção lenta do anestésico

3. Técnicas anestésicas
- Anestesia tópica: é indicada antes de
qualquer tipo de anestesia local e pode ser
utilizada para extração de dentes decíduos
com grande mobilidade. Intrapulpar
- > aplicar na mucosa seca por 2/3min e - é o último recurso quando a criança ainda
massagear está sentindo dor na endodontia
- introdução da agulha na embocadura do
Infiltrativas e supraperiostea canal e deposição de 2-3 gotas de
- indicada para todos os dentes da maxila e anestésico
dentes anteriores da mandíbula
- molares em mandíbula em crianças de até 5
anos para dentística
- para realizar endo ou cirurgia em molares,
não realiza essa técnica
- agulha no fundo de vestíbulo com bisel
voltado para o osso e o mais próximo da
região apical possível
- injetar lentamente a medida que a agulha
penetra

Intraligamentar
- último recurso para controlar a dor quando
não há exposições pulpares (ex exodontia
de dente decíduo)
- introdução da agulha até encontrar
resistência óssea
Papilar ou transpapilar
- realiza punção na papila vestibular
- Após a anestesia infiltrativa, realiza-se a
punção na papila vestibular
- Minimizar a punção do lado palatina/lingual
Pterigomandibular
- agulha CURTA
4. Acidentes e complicações
- indicada para todos dentes inferiores
decíduos e permanentes
- Hematoma: extravasamento de sangue por
- Nervos bucal, lingual e alveolar inferior
ruptura do vaso. Ocorrem pelo erro técnico
- Inervação do lábio, língua e periodonto de
durante a inserção da agulha que resultou
sustentação
em ruptura do vaso sanguíneo.
- Posição da agulha:
> Orientações: explicar a ausência de gravidade (a
> menores de 6 anos: deve ser inferior ao plano
absorção do sangue se dá gradativamente).
oclusal dos molares decíduos

> 6 a 10 anos: no nível oclusal

- Úlcera traumática: mordida na área


anestesiada até formar úlcera. SEMPRE
ALERTAR A MÃE. Se formar úlcera, aplicar
gel de clorexidina 0,2% e oncilon em
orabase. Receitar analgésico, se houver dor
> Prevenção: evitar comer após o tratamento, não
morder lábio, língua, não ingerir alimentos quentes,
> 10 a 16 anos: 5mm acima do plano oclusal
os pais devem vigiar os filhos para que sigam as
orientações.
- Dor: sucessivas punções no mesmo local ou Só vamos fazer o selante em casos que são
anestesia muito rápida com anestésico frio. NECESSÁRIOS, porque o tratamento deve ser bem
O tratamento é um analgésico. feito, se não for bem feito vai ser mais prejudicial do
que não fazer, vai ter infiltração, criando-se um
- Fratura da agulha: causada por nicho que não tinha antes. Então é importante
movimentos bruscos, agulhas de má saber quando é indicado.
qualidade e forçar a agulha em áreas de
resistência. Se algum acidente acontecer, ● Cárie dentária
sempre remover o fragmento o mais rápido A prevalência de cárie tem diminuido. Muitas
possível. crianças não vão ter cárie nenhuma e já outras vão
- Não introduzir toda a agulha no tecido ter muitas cáries, necessitando de orientação e
- Evitar dobrar agulhas dieta adequada.
- Estabilizar a cabeça da criança durante a
anestesia Medidas preventivas - redução da cárie dentária
> NUNCA COLOCAR A AGULHA TODA NA - controle de placa: pode ser químico ou
MUCOSA. DEIXAR UMA PARTE FORA. mecânico
- controle da dieta: é muito dificil controlar,
- Trismo: causada por injeção no interior de mas é necessário sempre orientar os pais.
um músculo durante a anestesia, tem - uso do flúor: como medida preventiva.
formação de edema e perda de função Porém é mais efetivo nas superfícies lisa,
normal do músculo. Trata com bochecho de sendo pouco efetivo nas superfícies
água morna, analgésico e relaxante oclusais, aí que entra o selante na face
muscular. oclusal para prevenir cárie.
> Prevenção: técnica correta
- A face oclusal possui a maior tendência de
- NO GERAL: ter cárie, principalmente no 1 molar, pois
Reavaliar o paciente, orientar a criança e os muitos pais não sabem que ele é um dente
acompanhantes, se necessário, medicar o paciente. permanente. > SEMPRE ALERTAR OS
Registrar o caso no prontuário da criança. PAIS
- cárie em 1 MOLAR: devido a infraoclusão,
por estarem semi cobertos por opérculo, e
ter dificil acesso a escovação são fatores
AULA 6 - SELANTE DE FÓSSULAS E que tem maior tendencia de cárie oclusal.
FISSURAS - Outro ponto importante é pensar a quanto
tempo o dente está na boca, a maturação
pós eruptiva, o dente vai adquirir íons e se
1. Quando selar?
tornar mais mineralizado. Mas até que isso
O primeiro molar é prioridade e é um procedimento
aconteça, ele fica mais propicio a
mais simples, vai ajudar ir acostumando o paciente
desenvolver cárie. Sendo assim, dentes
no manejo.
recém irrompidos tem que ser analisados
com mais cautela se precisam ou não do
2. Que material usar?
selamento. Contudo, não significa que todos
- CIV convencional
1 molares devem ser selados, vai depender
- CIV modificado por resina
da higiene bucal da criança e se ele tem
- Selante resinoso
sulcos muitos profundos (difícil acesso para
limpar).
3. Isolamento absoluto ou relativo?
- Dentes hipomineralizados podem receber o
selante por serem mais porosos.
- O dente quando entra em contato com o Ou se não tem mancha branca no dente
antagonista é positivo por conseguir ter uma mas a criança tem muita cárie, o ideal é que
maior limpeza da face oclusal. faça com ionômero para que seja liberado
- O fluor é benéfico para superfícies lisas, flúor na cavidade.
interproximais. Na face oclusal é menos - Dependendo da fissura, o selante não vai
beneficiada. Sendo assim, temos que conseguir chegar até o final da fissura. Não
pensar em proteção dos sulcos e fissuras. > tem problema, desde que não haja
SELAMENTO infiltração, para evitar é necessário que seja
- sulcos: aparência macroscopia feito o condicionamento ácido (pode
- fissura: aparência microscópica, não vai estender na face oclusal, para que garanta
caber a escova e vai ter maior propensão de que toda área onde for o material esteja
cárie. condicionado).
- Não pode deixar excesso, sempre tem que
checar a oclusão após o selamento, para
evitar de quebrar o selamento. Se ficar bem
selado, por mais que não chegue até o final,
não vai chegar nutrientes para as bactérias.

● Classificação das fossas e fissuras


- forma de v
- forma de U
- forma de I
- forma de Y invertido
- forma de gota

> Temos que agir de forma preventiva para o - Wilson 1895 - selamento com oxifosfato,
paciente não vir desenvolver cárie. porém ele observou que o material se
degradava. Foi o primeiro a introduzir o
● Morfologia oclusal conceito.
O fato do paciente usar flúor a estrutura do esmalte - Black 1908 - fazia-se uma extensão
fica mais mineralizada, mas na fissura pode vir a preventiva para proteger a superfície.
desenvolver cárie e clinicamente a gente nem - Hyatt 1923 - odontotomia profilática, para
perceber. A importancia do selante entra nisso, é prevenir a cárie, já fazia o amálgama para
um método efetivo para prevenção da cárie oclusal. prevenir a cárie.
- Bodecker 1929 - erradicação das fissuras,
● Selantes alargava os sulcos para permitir a
- Tem que ser bem aplicado, para selar a higienização pelo próprio paciente.
fissura sem que seja estendido para a face > SÃO PROCEDIMENTOS MUITO INVASIVOS,
oclusal (pode vir a quebrar na mastigação). HOJE EM DIA NÃO É ACEITO COM A
- Vai ser importante para impedir acúmulo de ODONTOLOGIA MINIMAMENTE INVASIVA.
placa e facilitar a higienização
- Tem efeito anticariogênico, pois libera flúor. - Após, com a evolução dos materiais
Se tiver mancha branca, o ideal é colocar resinosos, e adesivos as cavidades
ionômero por causa da liberação de flúor. começaram a se tornar menores, não sendo
necessário preparar a cavidade.
- Buonocore (1955): técnica de ataque ácido retenção devido a sua maior penetração (coloca só
como método para aumentar adesão de na fissura para evitar o desgaste).
materiais resinosos ao esmalte - auto e fotopolimerizável: vamos usar só os
- Bowen (1962): Desenvolvimento de fotopolimerizáveis, para conseguir esperar
Bis-GMA, que constitui a base dos adesivos, ele secar e depois fotopolimerizar.
cimentos e materiais restauradores - incolor ou com pigmentos: com pigmento
resinosos. são mais visíveis para o profissional.
- Cueto e Buonocore 1965: - com ou sem flúor (não tem propriedade de
> 1º selante - Cianoacrilatos - substituídos ficar liberando flúor, é só no início): nesse
pelos dimetacrilato caso não faz muita diferença, pois a ação do
> Fotopolimerizado por luz UV flúor vai agir por um curto espaço de tempo.
- 1971: Nuva Sea: primeiro selante
comercializado Fotopolimerizado por luz UV Vantagens - resinoso em comparação ionomérico
- 1976: Concise White Sealan: primeiro - resistência ao desgaste
selante colorido - baixa viscosidade facilitando a aplicação
- adesão mecânica
De modo geral, não tem um selante ideal.
Requisitos Desvantagens
- união ao esmalte - baixa liberação de flúor
- aplicação clínica rápida (5 minutos) - microinfiltração marginal
- bom escoamento para entrar nas fissuras - sensível a umidade durante a aplicação
- resistência ao desgaste
- pouco solúvel > NÃO FAZ SEM ISOLAR!!!!! Se fizer da forma
- rápida polimerização adequada e ficar bem feito, vai durar a vida inteira.
Se não conseguir isolar, não tem como fazer, pois o
> NENHUM SELANTE CUMPRE TODOS risco de falha é grande.
REQUISITOS, PRECISA SABER QUAL USAR EM
CADA CASO. ➔ Ionoméricos Convencionais
- Adesão fisico-quimica
● Tipos de selantes - Coeficiente de expansão térmica próximo ao
da estrutura dentária
➔ Resinoso: NÃO ACEITA CONTATO COM - Compatibilidade biológica
ÁGUA. - Propriedade preventiva
➔ Ionoméricos:
> convencionais: para dentes que não conseguem ➔ Ionoméricos modificados por resina
isolar, usa-se o ionômero de vidro convencional. - em comparação com o convencional é
> ionomérico modificado por resina mais resistente, são ativados por luz
- maior simplicidade na manipulação
- menor liberação de flúor
➔ Resinoso
- com ou sem carga: Ionoméricos - convencionais ou modificados por
> sem tem menor partículas para se resina
organizar e escoa melhor, porém tem menor - libera e absorve flúor
resistência ao desgaste. - ação antimicrobiana
> com carga tem maior resistência ao - adere quimicamente e mecânica ao esmalte
desgaste porém tem pior escoamento.
No geral, usamos o sem carga. Os estudos têm Ionomérico em relação aos resinosos
mostrado que o selante sem carga tem melhor
Vantagem - alto índice de progressão da doença:
- da libração de fluor paciente que tratamos tudo, no proximo
- menor infiltração semestre vai fazer novo plano e tem novas
- menos crítico em presença de umidade cáries
- permanece nas fissuras mesmo após perda
visível > PACIENTE COM ALTO RISCO E ALTA
ATIVIDADE, TEM QUE PENSAR NOS SELANTES.
Desvantagem
- pouca resistencia ao desgaste Indicação - quanto ao dente
- índice abaixo de retenção total do material, - morfologia oclusal: em dentes com
resinoso tem maior retenção morfologia oclusal difícil mesmo que o
- viscosidade dificulta a aplicação paciente não tem atividade de cárie.

Se conseguir isolar, SEMPRE optar pelo resinoso. Molares em erupção


Porém ele só oferece efetividade quando - abordagem conservadora, observar e
permanece retidos. O ionomérico mesmo fraturado, aguardar
restos na fissura continua prevenindo a cárie. Mas, - alto risco de cárie, selar com CIV
nesses casos, se a criança ainda precisar, a gente
refaz (até o paciente conseguir escovar os dente e Atividade de cárie
atingir a fase da maturação). - lesão de mancha branca: tem que fazer
selante
Sucesso na retenção - pigmentação: fazer rx para ver se tem área
- isolamento do campo operatorio radiolúcida, em dentes com muita placa,
- limpeza superficial mesmo se não tiver lesão de cárie pode
- condicionamento ácido: selar.
- morfologia da fissura
- viscosidade do material

Indicação
- a aplicação do selante deve se realizada
levando-se em consideração o risco e a
atividade da cárie do paciente, por dente e
por superfície a ser selada.
> sempre perguntar qual o risco do paciente

Risco de cárie Indicação quanto ao dente


- experiencias prévias recentes de cárie - fossas e fissuras de molares e pré molares
- frequencia de ingestão de açúcar recém irrompidos
- placa bacteriana visível: sempre levar em - dentes com hipomineralização: sempre sela
conta que o dia da consulta é o dia da independente da higienização pois o
melhor escovação paciente vai ter sensibilidade
- má higiene bucal - lesão de mancha branca
- uso de aparelho fixo ou removível - sulcos profundo em superfície lisa
- dentes decíduos com morfologia complexa
Atividade de cárie em criança com alto risco
- presença de lesões de cárie ativa: manchas
brancas (cárie inicial) Indicação quanto ao paciente
- numero e localização das lesões - participação de programa preventivo
- atividade e risco da cárie
- experiencia anterior de carie - Passo a passo
- motivação do paciente a da familia 1. Profilaxia: água com pedra pomes antes ou
depois do isolamento. > NÃO FAZER COM
Decisão do selamento PASTA PROFILÁTICA porque tem
- avaliação do risco e atividade de cárie, se oleosidade que atrapalha na adesão.
for baixo coloca sob acompanhamento. 2. Condicionamento ácido fosfórico 37% POR
- paciente com alto risco de cárie mas o dente 15s > se entrar em contato com a saliva,
já está na boca a mais de 4 anos, pode tem que condicionar novamente.
colocar ele em observação. 3. Lavagem por tempo igual ou superior ao
- paciente de alto risco com dente recém condicionamento e secagem com jato de ar
irrompido, deve ser feito o selamento. (pode secar bem porque é somente em
esmalte)
Contra indicação 4. Aplicação e polimerização do selante, inciar
- fossas e fissuras com a boa coalescência ou pelo centro da fissura indo em direção às
ausentes vertentes e evitar excessos. > APÓS
- dentes irrompidos a mais de 4 anos e livres APLICAÇÃO ESPERAR PARA ELE
de cárie ESCOAR.
- pacientes de baixo risco ou controlados 5. Sondagem da superfície
6. Checar oclusão com papel carbono >
Exame clínico das fossas e fissuras PRINCIPALMENTE EM RESINOSO e deve
- iluminação adequada ocluir em áreas onde não tem selante.
- limpeza da superfície 7. Controle para avaliar
- inspeção visual com um espelho clinico
- avaliação tátil com explorador de ponta
arromba > SÓ NÃO PODE EM MANCHAS
BRANCAS.
- exame radiográfico interproximal
- lesão de cárie? precisa ver se por baixo da
pigmentação está escurecido, se tiver na
dúvida radiografia. e na restauração, somos
o mais conservador possível.

2. Qual material utilizar? ➔ CIV CONVENCIONAL


1. Profilaxia
SELANTE RESINOSO 2. Isolamento do campo operatório RELATIVO
> DENTE QUE CONSIGA ISOLAR! Consegue 3. Condicionamento ácido POLIACRÍLICO 10s
isolar e não tem lesão de mancha branca. 4. Lavagem e secagem
5. Manipulação do material: tem que manipular
SELANTE DE IONÔMERO DE VIDRO corretamente porque o material é pegajoso.
MODIFICADO POR RESINA PROPORÇÃO DE PÓ/LIQUIDO 1:1. > NÃO
> Se conseguir isolar, com lesão de mancha MISTURAR TUDO DE UMA VEZ.
branca. 6. Aplicação com sonda exploradora, passa
vaselina e comprimir com o dedo: quanto maior o
IONÔMERO DE VIDRO CONVENCIONAL tempo melhor, ideal de 5min.
> Dente semi irrompidos que não consegue isolar. 7. Polimerização do selante

➔ Selante Resinoso
8. Protetor de superfície com VERNIZ/ADESIVO ✦ Atualmente > ação direta nos processos de
para evitar sinérese e embebição. des/re que acontecem na interface dente-fluídos
9. Sondagem da superfície bucais
10. Checagem de oclusão
11. Controle - O efeito do flúor incorporado ao dente é
secundário.
➔ TÉCNICA CIV MODIFICADO POR RESINA - O flúor presente constantemente no meio
> em cápsula ou que vamos preparar, o de bucal é o principal responsável pelo efeito
selante a gente prepara. de redução da cárie.
1. Profilaxia
2. Isolamento do campo operatório ● Cárie dentária
3. Condicionamento ácido fosfórico 37% 15s - Doença causada por uma mudança
4. Lavagem e secagem ecológica na composição e atividade do
5. Manipulação do material: pode ser preparado 1:1 biofilme bacteriano quando exposto ao longo
(mais viscoso) ou menos ¼:1 do tempo a carboidratos fermentáveis,
6. Aplicação e polimerização do selante levando a uma quebra no equilíbrio entre
7. Proteção imediata de finishing gloss desmineralização e remineralização.
8. Sondagem da superfície
9. Ajuste oclusal e reaplicação do finishing gloss ● Bioquímica da Des-Re
9. Controle
Sem flúor
AULA 7 - FLÚOR ✦ pH < 5,5 ao redor do dente (saliva ou placa)
> saliva perde propriedades protetoras
● História na odontologia > desmineralização
✦ Eager (1902): “coloração marrom dos dentes”,
muito observada entre migrantes italianos no porto ✦ pH < 4,5 ao redor do dente (saliva ou placa)
de Nápole > maior desmineralização
✦ Black, McKay (1916): 1os estudos detalhados
sobre dentes manchados e imperfeições endêmicas Na presença de flúor:
de desenvolvimento do esmalte ✦ pH > 5,5 com flúor
✦ Dean (1938): passou a estudar a relação entre > ✴ Íons Ca e P são repostos pela saliva e pelo
os dentes manchados de marrom e a composição flúor
da água consumida pelos indivíduo
✴ Concentração de fluoreto na água de beber > ✦ 4,5 < pH < 5,5 com flúor
FLUOROSE DENTÁRIA CRÔNICA ENDÊMICA > Dente perde íons Ca e P que são repostos
apenas pelo flúor
✦ Estudos de Dea > A saliva perde a capacidade de reposição
✴ Correlação: [F- ] na água Fluorose Cárie dentária
✴ Estabeleceu valores considerados ótimos para a ✦ pH < 4,5 com flúor
concentração do flúor na água de beber: 0,7 a 1,2 > Dente somente perde íons Ca e P que não são
ppm repostos nem pela saliva e nem pelo flúor
> Desmineralização
● Interação Dente x Meio Bucal x Fluoreto
✦ Até a década de 70: supervalorização do flúor ● Mecanismo de ação
incorporado na estrutura do esmalte durante o - Reduz a desmineralização
desenvolvimento > seria suficiente para exercer o - Ativa o processo de remineralização na
máximo efeito cariostático saliva - ação anticariogênica é tópica
- Quantidades constantes e pequenas de F- quinzenal/mensal com 900ppm); deve bochechar
na cavidade bucal 1oml, por 1 min.

● Papel do flúor na prevenção da cárie - suplementos fluoretados: sem evidências


✦ Aumento da resistência do esmalte científicas que comprovem benefício do uso
✦ Influência na maturação pós-eruptiva de flúor na gestação; faz competição com
✦ Remineralização das lesões incipiente cálcio
✦ Modifica a morfologia dentária - métodos profissionais: géis fluoretado,
vernizes fluoretado, materiais odontológicos
● Meios de utilização do flúor que liberam flúor (CIV convencional e
1. Métodos comunitário modificado por resina)
2. Métodos de auto-uso do flúor
3. Métodos profissionais de utilização do flúor 4. Associação dos Métodos
4. Associação dos métodos - Nem sempre a associação dos métodos irá
resultar em melhores resultados para
1. Métodos Comunitários redução da cárie dentária
- Utilizados em nível comunitário (coletivo), - Jamais associar dois métodos cuja forma de
abrangendo populações aplicação seja sistêmica
✦ Brasil: água de abastecimento +
- Fluoretação da água: dentifrício
> método de utilização sistêmica do flúor, indicado ✦ Ausência de água de abastecimento
em Saúde Pública para atingir grandes populações fluoretada > Dentifrício + bochecho, gel ou
> Medida de saúde pública para controlar a cárie verniz
dentária com o melhor custo-benefício
> Teor adequado de flúor de acordo com a ● Toxicidade do Fluoreto
variação da temperatura no local ✴ Brasil: 0,7 ppm
de F (7 mg/L) ✦ Toxicidade aguda
- Ingestão de grande quantidade de flúor de uma
- fluoretação do flúor, sal, alimentos: estudos com única vez
controle adequado são necessários antes desses - Pode causar desde irritação do trato gastrintestinal
métodos serem recomendados e implementados na até a morte
população - Dose provavelmente tóxica: 5,0 mg F/kg de pes
- Cuidado com ingestão acidental de suplementos
2. Métodos de Auto-Uso de flúor ou flúor tópico
- Utilizados pelo próprio indivíduo ✦ 90% do flúor é absorvido pelo estômago em 30 a
- DENTIFRÍCIO FLUORETADO: método mais 45 minutos
racional de prevenção de cárie, alia a
remoção do biofilme dentário à exposição ✦ Emergência no consultório
constante de flúor. > AGUDA
> crianças menores de 6 anos fazem ingestão ✴ Dar cálcio oral - leite
involuntária de flúor, por isso: ✴ Ministrar 2 colheres de chá de Pepsamar ou
- crianças com controle de placa: sem flúor outro antiácido que contenha hidróxido de alumínio
- menor de 6 anos: 500ppm - Al(OH)3 em meio copo de água para a criança -
- maior de 6 anos: 1100ppm alumínio se liga ao flúor

> bochechos com flúor: indicado para criança com > CRÔNICA
alto índice de cárie (necessitam de exposição tópica ✦ Ingestão frequente de quantidades pequenas de
mais de flúor - podem ser diário com 225ppm ou fluoreto, porém acima do limite aceitável, levando
ao aparecimento de fluorose dentária nos dentes
em formação.

> FLUOROSE DENTÁRIA


✦ Distúrbio que afeta o esmalte, tornando-o
manchado com ou sem perda de estrutura
✦ Causada pela ingestão prolongada de flúor em
doses acima do ideal durante o desenvolvimento
dentário

- No brasil:
✦ Crianças com 12 anos: 8,5
✴ 0,7% moderada ou severa
✦ 15 a 19 anos: 5,1 > Hipoplasia do esmalte
✴ 0,3 moderada ou severa ✦ Defeito de desenvolvimento
✦ Aspecto liso e brilhante
✦ Acomete todos os dentes que estão em ✦ Localizada na metade incisal do dente
formação ✦ Acomete sempre dentes homólogos

- limite para que não comprometa esteticamente:


0,05 a 0,07 mg F/kg/dia

- Diagnóstico
✦ Linhas brancas que tendem a coalescer com o
aumento da severidade
✦ Acomete dentes homólogo
✦ Simetricamente distribuída nos dentes afetado
✦ Manchas esbranquiçadas um pouco mais
opacas que a cor natural do esmalte
✦ Aumento da porosidade do esmalte
> Fluorose dentária
✦ Manchas simétricas e horizontal
✦ Acomete dentes homólogos
- Linhas brancas que tendem a coalescer são
características das formas mais brandas de fluorose
dentária

- Diagnóstico diferencial - Dentes permanentes com fluorose dentária,


> Lesão de mancha branca comprometimento estrutural e estético
✦ Aspecto rugoso e sem brilho
✦ Localização médio/ cervical ou proximal do dente
✦ TF grau 5: Toda a superfície opaca, existindo
depressões redondas
TF grau 6: Pequenas depressões fundidas ao
esmalte opaco
✦ TF grau 7: Perda de esmalte externo em áreas
irregulares, com o esmalte intacto restante opaco
✦ TF grau 8: Perda de esmalte externo em mais da
metade do esmalte
✦ TF grau 9: Perda da principal parte do esmalte
externo e mudança na forma anatômica da
- Fluorose dentária simetricamente distribuída
superfície
nos dentes afetados
● Período de risco
✦ 14 a 64 meses de idade (menores de 6 anos de
idade
✦ O período de maior risco para os incisivos
centrais permanentes é de 15 a 30 meses
> recomendações: escovação supervisionada,
manter dentifrício longe, estimular a criança a
cuspir.

● Tratamento
- Nas formas mais severas, poderá ocorrer a
✦ Os tratamentos para fluorose visam à
incorporação pós-eruptiva de íons
recuperação cosmética e estética dos dentes
exógenos, como ferro e cobre, difundidos
afetados, além de promover uma melhor
pela saliva ao esmalte poroso
capacidade funcional através do reforço estrutural

✦ Fluorose leve
✴ Microabrasão do esmalte: remoção da camada
superficial do esmalte até alcançar esmalte normal

✦ Fluorose severa
✴ Confecção de faceta de resina composta ou
porcelana
● CLASSIFICAÇÃO T.F.
✦TF grau 0: Esmalte com translucidez normal
✦ Toxicidade sistêmica
mesmo depois de seco
✴ Fluorose dentária
✦ TF grau 1: Finas linhas brancas cruzam a
superfície do esmalte
★ O fluoreto deve ser considerado forma
✦ TF grau 2: Linhas brancas opacas mais
coadjuvante para prevenção da cárie, sendo
pronunciadas, fundindo-se para formar áreas
utilizado terapeuticamente em casos especí
nebulosas
cos de atividade e risco à cárie do paciente
✦ TF grau 3: Fusão de linhas brancas, e áreas
nebulosas se espalham por muitas partes
✦ TF grau 4: Toda a superfície com opacidade
marcante
AULA 8 - HIGIENE BUCAL E HÁBITOS dentes, tamanho ideal do perfurador a
ALIMENTARES depender do dente a ser isolado.
- grampos: 26 para dentes bem irrompidos;
W8A, 14 14A. > sempre fazer amarria do
grampo porque a criança pode deglutir ou
AULA 7 - ISOLAMENTO ABSOLUTO
aspirar
- Isolamento absoluto
- Isolamento relativo
- Adaptações para crianças

Isolamento do campo operatório


- conjunto de procedimentos que tem por
finalidade eliminar ou diminuir a umidade
para realizações dos tratamentos dentais
em condições assépticas e restaurar os
dentes de acordo com as indicações do
material.

Isolamento Absoluto
- única forma de se obter um campo - os furos não devem ser muito próximos, pois
totalmente livre de umidade, contribuindo a borracha vai arrebentar nem muito
com a mais alta qualidade da resolução. distante, por não vai descer no espaço
- promove o afastamento dos tecidos moles. interproximal.
> em excessão em casos de abscesso na - técnica: grampo + borracha, borracha e
primeira consulta, pode fazer a abertura sem depois grampo ou grampo e depois
isolamento absoluto. borracha. > na criança levando tudo junto
- indicações: remoção de tecido cariado; fica mais fácil.
procedimentos pulpares; procedimentos - isolamento sufocante: tomar cuidado para a
restauradores. borracha não tampar a respiração do
- vantagens: proteção para a criança, paciente.
evitando deglutição de líquidos e materiais; - alergia ao látex: lençol de silicone ou pedaço
visão ampla do campo operatório; grande de luva de silicone
diminuição do tempo operatório e trabalho - cuidados após remoção: sempre remover
por quadrante; menor possibilidade de resíduos do dique com fio dental, retirar
contaminação caso haja contaminação cunha e cortar e remover amarria, fazer
pulpar; campo seco. massagem após retirar o grampo.
- desvantagens: objeção do paciente; - erros: posição dos furos, isolamento do
paciente com pouca idade; destes recém dente adjacente em cáries/restauração
irrompidos; pacientes com necessidades interproximal, esquecer de tirar amarria.
especiais; pacientes alérgicos ao látex, - atendimento de urgência:
asmáticos e respiradores bucais. - deglutição do grampo: procurar na boca,
- falar-mostrar-fazer: fazer no nosso dedo cuspideira, no chão, sugador. se não achar
como vai ficar o isolamento. deve informar os pais, mostrar qual o objeto
- material necessário: perfurador de borracha, e pedir RX. Em caso de deglutição, tem que
lençol, grampos > sempre considerar o esperar o objeto sair em até 3 dias, se não
tamanho dos dentes, contorno dos dentes, recuperar o objeto repetir RX em 7 dias +
altura a gengiva, espaço entre os dentes, relato técnico e acompanhamento e
má posição dentária, local da cavidade dos repetição do rx dias.
- aspiração: em 20% dos casos o paciente caso não houvesse a intervenção
não tem sintomas, tem que certificar a via restauradora ou cirurgica.
respiratória desobstruída, se tiver obstruída
tem que fazer a manobra de Heimilish ● Atualmente
imediata, e em caso do paciente - O tratamento restaurador sozinho não
desacordado deve chamar o SAMU. > fica paralisa a doença, a restaurações tem vida
atrás da criança, coloca sua perna entre as útil limitada.
pernas da criança e aperta o abdomen. Se - Algumas lesões de cárie podem não
não conseguir, tem que fazer a progredir e, portanto, podem não requer
cricotirotomia. intervenção restauradora.
- prevenção de acidentes: usar dique de - Precisa conseguir definir quando vai ser
borracha, amarrar o grampo, auxiliar necessário restaurar ou não.
presente e sucção eficiente, posição da - Dentística restauradora moderna:
cadeira. preservação do tecido dentário, ênfase na
prevenção e remineralização de pequenas
lesões (evitar desgaste desnecessário) >
Isolamento Relativo ODONTOLOGIA MINIMAMENTE INVASIVA.
- Isola os dentes apenas da umidade local
mas não do meio, é imprescindível o uso de Quando restaurar?
sugador. - SEMPRE que tiver cavidade clinicamente
- Indicações: exame clínico, aplicação de em esmalte.
fluoretos, restaurações provisórias, colagem - Identificação de sombreamento sob esmalte
de aparatos, quando não for possível translúcido. > embaixo invadiu, então logo
isolamento absoluto. pode ter comprometimento pulpar.
- Vantagens: controla umidade salivar, afasta - Reconhecimento radiográfico de aumento
bochechas e lábios, impede o movimento da da lesão ao longo do tempo > se aumentar
língua se usar prendedor de língua, favorece ao longo do tempo tem que restaurar.
visualização do campo de trabalho - Dentes decíduos são menores que
permanentes em todas dimensões.
- Desvantagens:
- Controle da umidade: glândulas salivares, o Decíduo ou Permanente
ideal é que consiga controlar toda umidade,
deve pegar dois roletes de algodão e enrolar
na gaze.

● Isolamento relativo ineficiente


- Com movimentação da língua e secreção
salivar > maior tempo de trabalho e menor
qualidade do procedimento.

AULA 8 - TRATAMENTO RESTAURADOR - Incisivos decíduos - forma quadrada e


Incisivos permanentes - forma retangular
● Antigamente
- cária dentária era considerada uma doença
progressiva que poderia destruir o dente
- Espessura do esmalte e dentina menor nos
decíduos e esmalte menos calcificado
- Classificação das cavidades:
> classe 1: oclusal
> classe 2 interproximal de molar e pré, >
classe 3 interproximal de anterior
- Molares decíduos têm distância mesiodistal
> classe 4 interproximal + incisal,
maior que cérvico-oclusal
> classe 5 vestibular.
- Molares decíduos apresentam colo mais
estreito que os permanentes - colo cervical
- Implicação clínica:
AULA 9 - CONTINUAÇÃO
> 1 molar decíduo é bem pequeno, e ele
tem as faces vestibular e lingual muito
convergente para lingual, sendo um dente ● Odontologia minimamente invasiva
muito difícil de isolar.
> O preparo de cavidades na face O dos - Escavação e restauração de cáries
molares decíduos deve obedecer a profundas: remoção seletiva do tecido
convergência das paredes V e L cariado
- No dente decíduo, a cárie interproximal fica > sempre tentar não expor a polpa com a remoção
mais próximo do terço cervical, e é o local seletiva do tecido cariado, porém é importante
que mais acumula placa (geralmente está saber como está a condição da polpa do paciente,
subgengival). > indicado o ionômero de tem que perguntar o paciente em relação a dor.
vidro e sempre checar BEM o dente > é importante garantir a limpeza das paredes
adjacente para ver se tem cárie. Nos circundantes, seguida a remoção parcial da dentina
permanentes é mais proximo do terço amolecida da parede pulpar.
oclusal.
- Áreas de contato entre molares decíduos ● Remoção seletiva do tecido cariado
são amplas e elípticas. - objetivo: evitar a exposição pulpar

> como fazer a remoção seletiva? anestesiar e


isolar o paciente, limpar as paredes circundantes,
remover delicadamente a dentina infectada na
parede axial, faz a limpeza da cavidade com
clorexidina, proteção pulpar com hidróxido de cálcio
(só na parte mais profunda), a cavidade estará
preparada paa receber o tratamento restaurador
(ácido nas paredes circundantes e lava com
cuidado, resina ou CIV modificado por resina,
- Fossas fissuras de dentes decíduos são
proteção superficial)
mais rasas, não é tão comum fazer o
selamento como nos dentes permanentes. >
> A região superficial TEM QUE SER REMOVIDA,
maior risco de desenvolver cárie em molares
chamada de dentina infectada. A região com
permanentes
dentina com consistência de coro, chamada de
- Os decíduos tem câmara pulpar mais ampla
dentina afetada, é deixada.
em relação à coroa; cornos pulpares mais
proeminentes e localizados sob as cúspides
Indicação:
> Maior risco de exposição pulpar por cárie,
- dentes com lesão de cárie em dentina com
traumatismo ou durante preparo cavitário
vitalidade preservada;
- dentes sem sinais e sintomas clínicos ou - Amálgama: classe I, classe II e decíduos
dentes com sintomas provocados ao frio ou permanentes.
jato de ar (sintomatologia provocada de - Indicação: pacientes com alto risco a cárie,
curta duração - indicativa de resposta pulpar cavidade em dentina com profundidade
favorável) maior que largura; cavidades com margem
cervical; grandes reconstruções em dentes
Contra indicação permanentes posteriores.
- Sintomatologia espontânea ou que o - Contra indicação: cavidade ampla em dente
paciente relata uso de medicamentos para decíduo; largura maior que profundidade;
passar a dor áreas estéticas.
- Polpa já exposta pela cárie antes do preparo
- Pulpite irreversível ou polpa necrótica - Resina composta: classe I, II, III, IV, V.
- Sinais clínicos ou radiográficos de lesão - Indicações:
periapical ou de reabsorção na região de
fusca
- Dentes com reabsorção externa

➢ PROVA: DIFERENÇA EM ESCAVAÇÃO EM selamento em massa e escavação: manejo do


MASSA E REMOÇÃO SELETIVA DO paciente e diminuir o foco de infecção em
ESMALTE: escavação em massa é cavidades rasas e médias
provisório, em cavidade rasa e média. A art: tratamento restauradoratraumatico: restauração
remoção seletiva do esmalte é em cavidade definitiva realizada em campo, é definitiva com
profunda com risco de exposição à polpa, é ionomero de vidro convencional
uma restauração definitiva.

- Infiltração resinosa em lesões de mancha


branca

Indicação: lesões iniciais e interproximais de cárie


(não cavitadas) e em hipomineralização com
melhora da estética.
> É uma infiltração de resina de baixa viscosidade,
nos espaços inter cristalinos no esmalte.
> Como fazer? posicionamento da cunha presente
no kit, aplicação de gel ácido clorídrico a 15% por 2
minutos, lava e seca, aplicação de icon dry por 30s
e secagem, posiciona na região entre os dentes e
aplicação do icon infiltrant por 30s, fotoativação 40s
e aplicação do icon infiltrant por 1min. FALTOU >
ele vai penetrar na região que foi desmineralizada.

➢ É possível ter o mesmo resultado com


verniz de flúor, porém necessita que o
paciente volte várias vezes.

● Tratamento restaurador
a. Qual técnica anestésica indicada? Anestesia
tópica, bloqueio do nervo alveolar inferior e
complementar na papila para colocação do
grampo. Se a criança continuar se
queixando de dor, intrapulpar.
BASICAMENTE a tópica e pterigo.

b. Número máximo de tubetes: CONTA > 3,3

5. Criança foi a outro dentista mas não teve


paciência pq nao queria sentar na cadeira
odontológica, fez inseminação artificial para ter o
filho, ansiedade dos pais.

a. Classificação da mãe em relação a atitude


da criança: superprotetora PERMISSIVA,
pois acha que é normal a criança com 5
anos não querer sentar na cadeira, a criança
PROVA 1 - REVISÃO é birrenta.
b. Cite prováveis características da criança
1. Diastema entre os incisivos com freio labial durante o trat: birra, chorar sem lágrima.
bem posicionado, dentadura mista.
R. fase do patinho feio, vai fazer controle, não faz 6. 6 anos de idade, temerosa devido a experiencia
intervenção. desagradavel com anestesia local com outro CD.
Acha que a criança vai reagir com choro.
2. Exame radiográfico: a. Qual provável tipo de choro: choro de medo
- interproximal processo patologico b. Técnicas psicológicas no controle do
periapical comportamento frente ao choro: mostrar,
- oclusal mesiodentes falar, fazer; explicar; usar linguagem
- periapical cárie e profundidade em relação a acessivel.
polpa É INTERPROXIMAL
- interproximal NÃO consegue ver classe V 7. Plano de tratamento para criança com dor a
- panorâmica é planejamento ortodôntico mastigação no 64, apresentava dentição decídua e
os dentes 55, 63, 64, 84 e 85. Rodos com cáries
3. Dor no dente 65 durante mastigação (NÃO rasas e médias, com excessão do 64 que tem carie
É URGÊNCIA), com mobilidade e lesão de profunda, rizólise avançada. impossibilidade
cárie na face oclusal (rizólise avançada). Rx restauradora.
sucessor está no estágio 8 de Nolla (⅔ da
raiz formada). Qual tratamento indicado? 1. adequação do meio bucal: profilaxia,
R: extração e NÃO precisa de mantenedor de orientação de higiene, escavação em
espaço. Porquê o sucessor já está proximo de massa. O 64 não vai mexer nesse momento
irromper. porque NÃO pode anestesia a criança. >
proc simples
4. Aline 27 kg, 5 anos, dor no 75, não 2. Escavação em massa é provisória, tem que
consegue dormir e com virose. Avaliação restaurar definitivamente.
optou-se biopulpectomia. 3. Moldagem
4. 64 extração com mantenedor de espaço.
5. Restauração definitivas dos dentes cariados
6. Programa preventivo e acompanhamento do - É a mais importante para conseguir
paciente. controlar a doença
- Inter-relação saliva/superfície dentária:
xerostomia é mais provavel de ter cárie
RESUMI: moldar antes de extrair e não restaurar o - Morfologia oclusal: fóssulas e fissuras mais
64. profundas são mais suscetíveis.
- Maturação pós-eruptiva: pacientes com
dentes semi irrompidos são mais
AULA 8 - HIGIENE BUCAL E HÁBITOS susceptíveis. O dente quando irrompe não
ALIMENTARES está totalmente mineralizado, no periodo
que ele está irrompendo ele ainda vai
- Há muito tempo pensava que precisava adquirir íons, então quando irrompe ele não
focar nos 4 tempos, hospedeiro, dieta, está totalmente mineralizado e será mais
microrganismos e tempo. Atualmente não se suscetível a cárie.
fala mais em hospedeiros, criou um novo - Alinhamento e oclusão: apinhamento tem
senso sobre a cárie dentária.Hoje falamos mais dificuldade de higienização.
que a cárie é multifatorial mas não é - Presença de flúor: na água de
considerada uma doença transmissível. abastecimento, em outras situações o flúor
- Conceito: Doença dinâmica, multifatorial, também é importante
não transmissível, mediada pelo biofilme e
modulada pela dieta, resultando na perda de Dieta
minerais dos tecidos duros do dente. - A cárie está diretamente relacionada a alta
frequencia de carboidratos, principalmente
- Abordagem puramente com ausência de flúor, havendo
cirurgica-restauradora não cura a doença. > desmineralização.
Os individuos que tem cárie não vai curar da - Por isso sempre falamos do controle da
doença, precisa ensinar o paciente a placa bacteriana, sempre falar e orientar
higienizar e consumir alimentos menos muito bem os pais.
cariogênicos e orientando sobre a
frequencia. ● Prevenção
- Procedimentos restauradores (iniciados de - controle do biofilme dentário
forma isolada) >> ciclo restaurador repetitivo - hábitos alimentares
>> destruição gradativa dos dentes, - selamento de fóssulas e fissura
aumento dos custos de tratamento e - materiais odontológicos que liberam flúor
insatisfação dos usuários com a sua saúde
bucal. Toda vez que pensar em plano de tratamento,
deve-se pensar no risco de cário do paciente. O
● Susceptibilidade da cárie risco de cárie está associado a experiencias
- fatores extrínsecos que são mais palpáveis prévias, frequência da ingestão de açúcar, biofilme
e controlados por nós: conscientização dos dentário visível, diminuição do fluxo salivar e má
pais, profiflaxia higiene bucal.
- fatores intrínsecos não são controlados pos
nós: fluxo salivar, composição da Atividade da cárie
capacidade tampão, dieta,higiene bucal - presença de lesões de cárie ativa, lesão de
mancha branca. > reforçar sempre
● Etiopatogenia da cárie orientação
- Número e localização das lesões.
Hospedeiro
- Alto índice de progressão da doença. > duas ortodônticos, mas pode ser uma motivação
ou mais novas lesões por ano. para crianças, porém pode haver dificuldade
pelo tamanho da cabeça da escova.
Sempre estabelecer um mecanismo de defesa do - Dentifrício: até 3 anos 1 grão de areia; 3 a 7
biofilme dentário de modo que ele não eja capaz de anos grão de ervilha ou opção de dentifrício
produzir a doença, fazendo controle manual com com flúor reduzido > EVITAR FLUOROSE
escovação ou químico com flúor e clorexidina. DENTÁRIA.
A higiene bucal é fator fundamental para a
prevenção, avaliar o exame clínico se há presença ❖ A orientação é que se faça a escovação da
de biofilme e geralmente o relato dos pais não é criança com flúor, em casos de modo em
totalmente confiável, sendo necessário reorientar os geral. Somente em casos com a alta
pais. ingestão do dentifrício que usa com flúor
Sempre considerar a motivação da criança, falando reduzido.
por exemplo que só vai colocar aparelho em
crianças com boca limpa. De acordo com a faixa - Fio dental:
etária muda as orientações. A introdução precoce - Métodos auxiliares: evidenciadores de placa
do hábito de higiene bucal em bebês sem dentes é com fucsina e outras possibilidades.
estimulado para criação do hábito de limpeza e
manipulação da cavidade bucal. Orientar a mão ● Como realizá-la?
sobre higiene bucal e iniciar a limpeza o mais A técnica em si não é importante, a essencial é
precocemente possivel, criar condicionamento e conseguir faz a limpeza. Está muito relacionada a
adaptação as manobras de higiene bucal. idade e adaptação e modificação das técnicas.

● Controle mecânico do biofilme dentário - Técnica de limpeza


- 1 a 3 anos: responsabilidade dos pais, então > antes da erupção dos dentes: 1x ao dia com
deve ser feita a orientação dos pais gaze, torando a cavidade bucal limpa e adaptação
- 4 a 6 anos: criança estimulada e treinada da criança.
pelo profissional. O profissional demostra e > presença de dentes anteriores: fralda limpa ou
a criança observa, depois ela executa e o gaze embebida
responsável realiza a escovação corrigida > presença de dentes posteriores: cerdas macias e
pelo profisisonal. cabeça pequena
- 7 a 12 anos: criança estimulada e treinada > Técnica de Fones; técnica de Stillman modificada;
pelo profissional. técnica de bass (aparelho fixo): a escolha da
técnica vai de acordo com a disponibilidade de
● Com o que realizar? orientação, idade da criança, interesse e habilidade
- Escova de dentes: cerdas macias, orientar da criança.
sobre a troca da escova de cerda > Sempre orientar sobre dentes em
desalinhada. a melhor é aquela que o erupção,principalmente o primeiro molar.
individuo se adapta, mas deve ser sempre > Limpeza da língua
macia e cabeça da escova menor, não há > Limpeza interproximal quando houver contato
necessidade de orientação quanto a marca. entre os dentes
Cabo longo se adapta melhor a mãos dos > O mais importante é realizar antes de dormir. >
pais. Deve condicionar as escovas para diminui secreção salivar e aumenta a
evitar contaminação por bactérias e desmineralização.
microrganismos, pode se fazer a borrifação > Profilaxia profissional: com pasta profilática e
de clorexidina após a escovação. pedra phomes.
- Escova elétrica: indicada para pacientes > Controle químico - tratamento de choque:
especiais e portadores de aparelhos
- clorexidina: 4 sessões em intervalos de 5 a
7 dias, profilaxia com pedra phomes e água,
bochecho ou embrocação com 5-10ml de
clorexidina a 0,12% por 1min.
- aplicação tópica de flúor

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