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1. CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS
Dentes anteriores: simples com poucas irregulares, raízes únicas (inferiores possuem canais
mais atrésicos e superiores mais amplos);
Dentes posteriores: complexa com canais finos e atrésicos (principalmente nos molares
inferiores, onde a raiz mesial possui dois canais que podem estar achatados em formas de
fenda, ficando mais difícil a realização de uma pulpectomia);
Dentina mais delgada na região de furca. O assoalho da câmara pulpar mais fino e mais
permeável do que nos molares permanentes. Quando se tem uma lesão de cárie com uma
necrose da polpa, geralmente se forma uma rarefação óssea na região de furca por conta da
difusão da infecção para zona de furca (microrganismos e produtos bacterianos causam a lesão
nessa região, ou seja, um problema endodôntico leva a um problema na região de furca).
Íntima relação das raízes dos dentes decíduos com os germes dos dentes permanentes. Nos
molares decíduos o germe se apresenta entre as raízes, e nos anteriores por lingual ou
palatino (na radiografia não é possível pois nos fornece uma imagem 2D).
Rizólise irregular
Geralmente se inicia mais voltada na região do germe do sucessor (face interna da raiz dos
molares e por palatino/lingual nos dentes anteriores.
Várias teorias explicam esse tipo de rizólise irregular: os germes na região podem causar a
reabsorção ou até mesmo pela liberação de citocinas do germe do sucessor que estimula a
reabsorção do dente decíduo. Pode ocorrer reabsorção patológica quando tem uma reação
crônica de longa duração ou necrose pulpar (leva células clásticas que estimulam reabsorção).
Em casos de necrose, tem-se reabsorção radicular, logo, devemos tomar cuidado na hora de
instrumentar o dente decíduo. Nem sempre podem ser vistas radiograficamente por conta da
sobreposição de imagens.
Histologia da polpa:
● Vasos sanguíneos e linfáticos: responsáveis pela nutrição e oxigenação das células, que
são difundidos nas células, enquanto os vasos linfáticos são responsáveis por tirar os
detritos da região.
● Fibras nervosas
Complexo dentino-pulpar
gr
Abaixo da camada odontoblástica tem-se a zona acelular, e neste local se concentra o plexo
nervoso (plexo de hardson ,,,,,,???). a resposta pulpar básica é geralmente na forma de dor.
A zona rica em células é rica em células jovens, indiferenciadas. Elas possuem potencial em se
diferenciar em odontoblastos, principalmente quando há estímulos nocivos que matam os
odontoblastos.
Ciclo biológico
Ciclo biológico do dente decíduo dura cerca de 5 anos, ou seja, passa de uma polpa jovem a
uma polpa senil durante esse período.
Quando o dente decíduo irrompe, ele apresenta raiz incompleta, ou seja, está em fase de
rizogênese com alta concentração de células indiferenciadas da polpa com alta atividade
metabólica (muitas células que por estarem formando a raiz tem alta atividade metabólica,
isso porque os odontoblastos estão produzindo matriz dentinária e o potencial reparador
dessa polpa é muito alto). Nesse caso optamos por um tratamento conservador pois a
resposta pulpar é melhor, já que temos uma atividade metabólica elevada por conta da
atividade das células formadoras de matriz dentinária.
Quando a raiz está completa tem-se a maturação pulpar, então o metabolismo é mais baixo,
constante e tem um bom potencial reparador (menor que durante a rizogênese incompleta).
Nessa etapa indica-se ainda o tratamento conservador se houver um correto diagnóstico.
A polpa começa a envelhecer quando se inicia a rizólise, logo, tem-se a presença de células
clásticas em maior número na região, pois vão reabsorver o tecido. Tem-se alta atividade
metabólica, porém o potencial reparador é decrescente. Quando mais próximo da esfoliação
do dente menor o potencial reparador da polpa, logo, nessa fase é indicado as técnicas não
reparadoras.
Exemplo: uma criança de 9 anos tratada com hidróxido de cálcio terá um potencial de
reparação menor do que uma criança de 3,5 anos, por se encontrar em fase de rizólise.
Após a raiz completar sua formação, inicia-se a reabsorção fisiológica segundo a literatura.
Portanto, para indicar o tratamento adequado para as crianças é necessário avaliar em qual
etapa do ciclo biológico ela se encontra (dentes jovens ou com raiz completa o tratamento
deve ser conservador, e quanto mais senil o dente menos conservador o tratamento).
Diagnóstico da condição pulpar
Para dar um correto diagnóstico da condição histológica da polpa devemos fazer anamnese,
exame clínico e radiográfico.
Anamnese
Durante a anamnese devemos descobrir a história da dor: “Como dói? Quando dói? É
espontânea ou provocada? A dor demora pra passar?’’ Ao fim da anamnese devemos concluir
se a alteração pulpar é:
Exame clínico
Extrabucal
Intrabucal
● Inspeção visual
● Palpação
● Percussão
Exame radiográfico
Indicações
● Sangramento suave
● Anestesia
● Proteção do tecido pulpar (pode ser feita após a secagem ou colocar corticosteroide
antibiótico – otosporim - após a hemostasia por 5 minutos)
● Restauração definitiva (CIV ou resina composta sobre o CIV)
● Biocompativel
● Atividade antimicrobiana
● pH elevado que em contato com a polpa vai formar uma zona de necrose superficial
● Essa liberação faz com que haja diferenciação de novos odontoblastos e formação de
matriz de colágeno, resultando na formação de barreira mineralizada.
Proservação
● Ideal: avaliação clínica e radiográfica mensal nos 3 primeiros meses e depois aos 6 e 12
meses de pós-operatório.
Complicações do capeamento pulpar direto com hidróxido de cálcio
● Reabsorção interna
● Obliteração pulpar