Preparo Biomecânico dos Canais Radiculares
-
- O preparo biomecânico é fundamental para o
sucesso do tratamento endodôntico
Meios Físicos
- Irrigar, aspirar, obter paredes úmidas
- Limpeza do espaço endodôntico
- Mesmo que com água destilada
Meios Químicos
- Soluções irrigadoras
- Halogenados → hipoclorito de sódio e
clorexidina
- Detergentes sintéticos → tergentol
- Quelantes → EDTA
- Outros → Soro fisiológico
Meio Mecânico
- Instrumentos e Instrumentação Manual
- Helbert Schilder
*Cleaning and shaping
*Limpeza - química, física, mecânica
*Modelagem – atribuição de
conformação cônico e modelagem
*Forma adequada para depois
proceder para uma obturação; substituição do
conteúdo
- Composto por dois meios tratando de
instrumento: convencionais e não convencionais
*Convencionais : Limas endodônticas
*Não convencionais: Instrumentos
rotatórios
Limas e fresas especiais
- Remover a polpa radicular
*A polpa radicular vai estar presente no
caso de biopulpectomia (íntegra, com corpo)
- Remover polpa necrosada e infectada
*Esse processo é similar ao anterior só que
em caso de polpa necrosada e infectada; a
remoção deve ser gradual
- Remover dentina infectada
*Se remove pela limagem das paredes do
canal radicular; precisa irrigar, inundar bastante,
- Diminuir a microbiota local
- Abertura de acesso para as soluções irrigadoras
e instrumentos subsequentes
*Quanto mais se instrumente, se amplia a
luz do canal preparando para a entrada de
instrumentos maiores; conforme se amplia,
consegue entrar com a cânula de irrigação de
maneira mais profunda para maior efetividade
- Alargar e alisar as paredes, dando forma cônica
ao canal radicular
*Essa forma cônica é importante porque o
próprio canal tem uma forma cônica; além disso,
se a embocadura do canal radicular for maior,
há maior facilidade de se entrar com outros
instrumentais.
- Preparar o batente apical
Instrumentos manuais
Estandardização
- É uma padronização
- Começa com um instrumento branco (15)
amarelo (20), vermelho (25), azul (30), verde (35),
preto (40) – 1ª série
- 2ª série – branco (45) ,amarelo (50) , vermelho (
55), azul (60) , verde (70), preto (80)
- ISO/FDI – Organização Internacional da
Estandardização 1992
- Padronização dos instrumentos e das técnicas
- Diâmetro D1 – dá nome ao instrumento
-Sempre a parte ativa vai ter 16 mm
- O intermediário é que vai alterar o comprimento

- A cada milímetro da parte ativa, há um
aumento de 0,02 mm
- Se secciono uma lima tipo K, tenho uma secção
quadrangular
- É o que monstra a secção transversal do
instrumento : quadrangular, triangular, losango
- “Conforme eu aperto um parafuso, ele tende a
penetrar na madeira.” É exatamente o que o
instrumento faz no canal
- Pirâmide
- Limas Flexofile tem uma ponta mais
arredondada; angulação de 45º
Limas tipo K
Cinemática dos Instrumentos
- Cateterismo – Introduzir instrumento ajustado
no canal, pressão apical e rotação sentido
horário/anti- horário com pressão apical –
progressão
- Alargamento – rotação sentido horário
*Essa rotação não exige pressão
- Alargamento e limagem – Tentativa de
rotação sentido horário até ¼ volta e tração
Limas tipo Headstron
- Ponta parece uma vírgula
- São vários cones sobrepostos
- Leva a lima no comprimento desejado, e faz
movimento somente de limagem contra as
paredes
Instrumentos acionados por
motores
- Gates Glidden
- Cinemática de instrumentação
- Entrar acionada, movimentos verticais com leve
pressão em direção ao ápice, retirar acionada
Limite apical de Instrumentação
Conceitos importantes
Comprimento aparente do dente
(CAD)
- Medida do dente obtida através da radiografia
- Com a régua é medido o comprimento do
dente
- Borda incisal ou oclusal do dente até o ápice de
sua raiz
- Aparentemente se tem essa medida, pode ser
que na radiografia tenha sofrido um
alongamento ou encurtamento
Comprimento Provisório de
trabalho (CTP)
- Comprimento do instrumento a ser introduzido
inicialmente no interior do canal radicular
- Comprimento aparente do dente (CAD) – 2 mm
*Delimitado com um topes de borracha
Odontometria
- Radiografia realizada com um instrumento de
medida conhecida, introduzido no interior do
canal radicular
- Afim de conhecer o : comprimento real do
dente (CRD), comprimento real de trabalho (CRT)
Comprimento Real do dente (CRD)
- Medida obtida radiograficamente com o auxílio
de um instrumento no interior do canal radicular
- Medida conhecida (comprimento de trabalho
provisório -→ comprimento de trabalho provisório
+diferença (lima até ápice)
Comprimento real de trabalho Instrumento Apical Inicial (IAI) → primeiro
instrumento que se prende nas paredes do canal
(CRT) radicular no CRT
- Comprimento do instrumento a ser introduzido
no interior do canal radicular, para a
instrumentação próxima ao CDC (cemento
Meios Mecânicos –
dentina canal) Instrumentação Clássica ou
- Comprimento real do dente – 1 ou 2 mm
Convencional
- Etapas (Finalidades)
Biopulpectomia
Confecção do batente Apical
- Presença de vitalidade pulpar
- Batente apical → preparo mecânico realizado a
- Se instrumenta a partir da remoção da polpa nível apical
radicular, muito próximo ao limite CDC se
trabalhar 1 mm aquém do comprimento Objetivos :
radiográfico - Limitar intervenções endodônticas
- Em uma bio, se trabalha apenas no canal - Obter travamento do cone de Guta percha
dentinário
- Conformação cônica e desinfecção
CRT = CRD – 1 a 2 mm

Necropulpectomia
- Ausência de vitalidade pulpar
Necro I – presença de tecido vivo no SCR
Necro II – ausência de tecido vivo no SCR

- Na necro I, como tem ausência de lesão

periapical, no canal cementário pode ter ainda
tecido vivo, então se trabalha apenas no canal
dentinário
- CRT = CRD – 1 a 2 mm

- Na necro II, como todo o SCR foi tomado por

tecido necrosado e MO, tenho que instrumentar
canal dentinário e limpar o canal cementário

Desbridamento Foraminal
- Executado apenas em Necropulpectomia II

- Instrumento Apical Foraminal (IAF) –

primeiro instrumento que se prende nas paredes
do canal radicular no CRD
*Instrumento fino
- Promovendo limpeza e dilatação do forame
apical
- O que é? Extensão do preparo biomecânico
- Canal dentinário → Canal cementário
- Manter forma do forame apical desobstruído
- Limpar e remover infecção
Necro II – CRT = CRD – 1 mm
- IAI = IAF – 1 mm
*IAI- Instrumento apical inicial
- No canal original, se tem uma conicidade
semelhante a um instrumento e ponta
equivalente, determinando uma diferença no
diâmetro original
- Depois o cone de guta percha obtura de
maneira correta
Instrumento de memória (IM)
- Último instrumento utilizado na confecção do
batente apical
- Instrumento de maior calibre do batente apical
*Esse diâmetro deve ser memorizado para
levar o cone correto para obturação
 Preparo Biomecânico
Meios Mecânicos
Técnica Clássica Modificada
- LK25, 30, 35, LH 30, LK 40, 45, 50, LH 45, LK50
- 3 sequências de instrumento, lima LH para fazer
limagem, alisamento , assim por diante

Instrumentação clássica ou
convencional
- Canais curtos e atrésicos
- Tem que limitar o instrumento
- Iremos ver três
- Os instrumentos devem ser finos e flexíveis
- A ponta piramidal, vai desviando do canal
radicular, se tiver um diâmetro maior Técnica de instrumentação não
*Isso causa acidentes
- Não posso chegar instrumentos muito volumosos convencional
em canais muito curvos, devem ser instrumentos
mais flexíveis, mais finos, como a lima 25. É o Preparos escalonados
ultimo instrumento instrumento mais maleável que - Preparo escalonado com recuo progressivo
não desgasta dentina, ele dobra e acompanha programado
a dentina e o seu limite de desgaste. - Preparo escalonado com recuo progressivo
* Ultimo instrumento de flexibilidade ótima (?) anatômico
- Preparo escalonado com auxílio de fresas
Canais radiculares amplos ou especiais
relativamente amplos e retos
*Promove aumento de todas as paredes
LK 25, 30, 35, LH 30, LK 40, 45, 50, LH 45, LK 50
do canal, de maneira gradual, sem que haja
deformação
Canais radiculares atrésicos e curvos ou
atrésicos e retos
LK 10, 15, LK10, 20, LH 15, LK25, LH 20, LK 25 Técnica de Instrumentação
Escalonada com Recuo
- Quando se ultrapassa o instrumento se forma
acidentes como o degrau
Progressivo Programado
*Leva a insucesso
- Outro acidente é a trepanação Objetivo
* É a perfuração, porque a medida que se - Preservar forma e posição do canal radicular
vai instrumentando, a lima desgasta a dentina e em relação ao forame apical
atinge o periodonto - Preservar conformação do canal radicular

- Para evitar que os instrumentos de maior 1º Etapa – confecção do batente apical

diâmetro desviem do canal e comuniquem, *Chegar com o instrumento no
levando a uma perfuração ou formação de um Comprimento de trabalho, começar a limar,
degrau acumulando detritos, várias técnicas irrigar e inundar; ampliando a luz do canal,
foram formuladas fazendo o batente apical
- Vai trocando de limas quando a outra fica mais
frouxa dentro do canal radicular
- Sempre lembrar de irrigar, aspirar e inundar

2ª etapa – Preparo escalonado com

recuo progressivo programado
- Vai trocar de instrumentos e vai recuando
progressivamente
*Vai saindo do canal radicular conforme
troco de instrumento
*Vai diminuindo o mm, vai trocando o
topper de borracha, conforme troca de
instrumento
*A cada 1 mm que recuo, aumento 1 Técnica de Instrumentação
número no instrumento; assim saio do canal e
não tenho acidentes Escalonada com Recuo
Progressivo Anatômico
- É de acordo com a anatomia do canal
- Mesmos princípios que a técnica com recuo
progressivo programado
- Porém, ao invés de ser programado, - 1 mm,
será seguindo a anatomia do dente → lima de
calibre maior onde encontrar resistência
- A lima penetra até onde ela para no canal; ao
travar, ela está em comprimento menor, ai se
instrumenta
- Continua alternando com o IM
- O primeiro entra tudo, no comprimento real de
trabalho, o próximo se tira 1 mm do CRT; e assim - Etapas : confecção do batente apical, preparo
por diante escalonado
-O IM, entra novamente, entre cada lima,
irrigação, aspiração e inundação, de modo a
limpar qualquer detrito que possa ter caído
- Assim você deixa o canal mais cônico sem
alterar o batente apical
- Recua do ápice de 1 em 1 mm

- Se leva a lima até onde ela para; então

provavelmente, ela para antes do comprimento
que a mais fina alcançou; instrumenta sem forçar
para ela descer

- É uma forma cônica, mas deformada