Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Passo a passo
1. Estabelecimento de um diagnóstico correto
2. Acesso do canal:
− O acesso é a primeira fase operatória do tratamento endodôntico, consiste em:
2.1 Abertura coronária:
• 2° PM sup: apresenta na maioria das vezes 1 raiz e 1 canal, mas pode ter 2 canais
• 2º PM inf: apresenta na maioria das vezes 1 raiz e 1 canal na maioria
• 2º M sup: apresenta 3 raizes e 3 a 4 canais
• 2º M inf: apresenta 2 raizes e 3 canais na maioria
❖ Brocas:
− Broca carbide esférica AR
− Ponta diamantada esférica AR
− Calibre compatível com a câmara, a broca deve ser levemente menor que a câmara pulpar.
@odontouniversitáriahh
2.2 Esvaziamento da câmara pulpar:
− Objetivo: remover todo o conteúdo da câmara pulpar, deixando livre o acesso à entrada do canal
Dentes com polpa viva:
− Presença de polpa coronal na câmara pulpar
− Utilização de curetas (afiadas), cuidar para não lesionar as paredes da câmara
− Irrigação com hipoclorito de sódio de 1% (NaOCl1%)
− Irrigação com água oxigenada se houver muito sangramento ou se o paciente for alérgico ao
hipoclorito de sódio
Dentes despolpados:
− Câmara pulpar vazia ou com restos teciduais e conteúdo tóxico (bactérias)
− Irrigação com hipoclorito de sódio de 1 a 5% (NaOCl1 a 5%)
− Na presença de restos teciduais ou qualquer outro tipo de conteúdo, o uso de curetas também está
indicado
3. Preparo:
3.1 Etapas do preparo
I. Exploração do canal
II. Odontometria
III. Esvaziamento do canal
IV. Modelagem do canal
I. Exploração do canal:
− Através das radiografias pode-se ter uma ideia de como o canal radicular é
− Determinação do comprimento de trabalho de exploração (CTEx):
CTEx = CAD - 3mm.
❖ Seleção do instrumento:
− São utilizadas limas de pequeno calibre (#10 ou #15), para que esses instrumentos penetrem com
mais facilidade; sejam flexíveis para acompanhar a forma anatômica do canal e diminuam o risco
de compactação/extravasamento do conteúdo do canal
− Selecionar o instrumento de acordo com CTEx
@odontouniversitáriahh
❖ Preparo do instrumento:
A. Calibrar o instrumento com cursores de D. Entrar no canal com instrumento
borracha de acordo com CTEx fazendo movimento oscilatório
B. Pré curvar a lima discretamente E. Fazer movimentos com pequena
C. Inundar a câmara pulpar e canal amplitude
radicular com solução irrigadora
II. Odontometria:
− Fornece o comprimento do dente e pode ser feita de duas formas: radiográfica e eletrônica.
Se o instrumento estiver
coincidindo com o canal o
Situação II CD = CTEx
comprimento real do dente é igual
ao comprimento do instrumento
@odontouniversitáriahh
❖ Extirpa nervos:
− Em canais amplos e retos, o tecido pulpar pode ser removido com o uso de extirpa nervos
OBSERVAÇÃO: o extirpa nervos NUNCA deve ser utilizado em canais atrésicos e curvos, pois ele pode
ficar preso e fraturar dentro do canal radicular
− O extirpa nervos não pode ser empregado no CTEs, pois poderá levar ao rompimento da polpa além
do desejado
En= CTEs – 2 ou 3mm
❖ Técnica:
− Os instrumentos trabalham em ordem decrescente, ou seja, do mais calibroso (limas da 2ª série)
para o menos calibroso (limas da 1ª série)
− Os instrumentos trabalham em comprimentos diferentes, sempre aumentando o comprimento, ou
seja, penetrando mais profundamente no interior do canal radicular
− Começar com limas da 2ª série em ordem decrescente (#80, #70, #60, #55, #50, #45) e em seguida
com limas da 1ª série (#40, #35, #30, #25, #20, #15) com movimentos de introdução de 1/4 de
volta e retirada. Repetir esse movimento 5 vezes com cada lima
− Realizar movimentos de limagem (vai e vem contra as paredes dentinárias), até que a lima se
encontre solta dentro do canal radicular
− Sempre passar um instrumento de fino calibre calibrado no CTM entre cada lima da modelagem
− Irrigar o canal radicular, antes e após a introdução de cada lima
OBSERVAÇÃO: todos os instrumentos trabalham no mesmo comprimento (calibrados no CTM)
❖ Modelagem no CTM:
1. Trabalhar os instrumentos em ordem decrescente de calibre (2ª série → 1ª série) até que o
cursor toque a borda de referência (instrumento anatômico)
2. Irrigar; limpar as limas de modelagem com uma gaze umedecida e passar uma lima de fino
calibre (instrumento de patência) entre cada lima da modelagem
3. Utilizar o instrumento anatômico até que ele fique folgado
4. Trabalhar os instrumentos em ordem crescente de calibre (1ª série → 2ª série) até que o cursor
toque a borda de referência (instrumento de memória)
5. Irrigar; limpar as limas de modelagem com uma gaze umedecida e passar uma lima de fino
calibre (instrumento de patência) entre cada lima da modelagem
6. Concluida a modelagem, o canal radicular deve ser irrigado e seco por aspiração
7. Devem ser utilizados também os cones de papel absorvente, de diâmetro correspondente ao
último instrumento utilizado
8. O canal está pronto para receber a medicação intracanal ou ser obturado
9. Sempre corretamente selado
OBSERVAÇÃO: A modelagem no CTM consiste no uso sucessivo de instrumentos, do menor para o
maior calibre, criando uma matriz apical (STOP) que servira como anteparo para o material obturador
@odontouniversitáriahh
Instrumento Anatômico (IA) Instrumento Memória (IM):
• É o primeiro que tocou no bordo de • É o último instrumento utilizado
referência com o cursor • Será utilizado como obturador na próxima
• O instrumento deve apresentar uma sessão
pequena retenção ao ser trabalhado no
interior do canal
• Utiliza-se os instrumentos em ordem
crescente
❖ Técnicas de irrigação
− Sempre calibrar a agulha de irrigação no CTM – 2mm.
− Pulpectomia: água oxigenada, detergentes e NaOCl 1% (variando conforme as fases de
tratamento)
− Despolpado: NaOCl 1% e NaOCl 5%, clorexidina (variando conforme as fases do tratamento)
Esvaziamento da H2O2 3%
NaOCl 1%
Pulpectomia câmara pulpar Sangramento
Demais fases NaOCl 1% Detergentes
Esvaziamento da
câmara pulpar e NaOCl 1 a 5%
Despolpado exploração
Demais fases NaOCl 1% Clorexidina
1. Canal seco
2. Colocar a solução (Otosporin) em um tubete de anestésico estéril, e adaptar o tubete em
uma seringa Calen.
3. Calibrar a agulha (descartável) no CTM
4. Introduzir a agulha no canal e depositar o medicamento cuidadosamente, sem pressão, até
perceber o refluxo na câmara pulpar
5. O otosporin não age a distância, por isso, é necessário o preenchimento completo do canal
e contato com o coto apical
6. Remover o excesso e secar a câmara pulpar
7. Aplicar uma bolinha de algodão seca e estéril na entrada do canal
8. Selamente provisório com CIV ou Cavitec
@odontouniversitáriahh
− Técnica de emprego do tricresol: (DP)
@odontouniversitáriahh
Tabela de curativo de demora:
Modelagem do
Medicação Indicação Tempo de uso
canal
Recomendável por 72
Intracanal em dentes Após a modelagem do
Otosporin horas/ Permanência
com polpa viva canal
máxima por 7 dias
Medicação prévia Recomendável de 24 a
Antes da modelagem
Formocresol em dentes com 48 horas/ Não há
do canal
polpa viva limite
Medicação prévia
em dentes
Tricresol
Recomendável de 24 a
despolpados; Antes da modelagem
48 horas/ Não há
Formalina (TCF) presença de fístula; do canal
limite
sintomatologia
prévia
Medicação
Paramonoclorofen intracanal no Após da modelagem Desejável até 7 dias/
ol Canforado tratamento dos do canal Não há limite
dentes despolpados
Polpa viva: não há
Intracanal no limite
tratamento de Após a modelagem do
Hidróxido de cálcio Despolpado: 7 dias
dentes com polpa canal
viva e despolpados (tempo útil) / 30 dias
(tempo ideal)
4. Obturação:
4.1 Limite apical da obturação
− 1 mm aquém do CD (no CTM)
− Toda extensão do canal que foi modelada deve ser obturada
4.3 Manipulação:
− A correta manipulação pode atenuar o poder irritante do cimento (vindo do eugenol - veículo)
− Os cimentos que possuem eugenol devem ser manipulados de forma a incorporar a maior
quantidade possível de pó, sem, logicamente, interferir no seu escoamento e consistência
− Isso resultara em uma menor quantidade de eugenol livre, o que tornará o cimento menor irritante
− Se maior quantidade de pó for aglutinada, o tempo de presa será menor, o que também diminui o
poder irritante do cimento
@odontouniversitáriahh
4.4 Técnica de compactação lateral:
− Selecionar um cone estandardizado, de calibre semelhante ao do último instrumento que
preparou o stop apical (IM)
− Recobrir o cone com cimento obturador e levar ao canal de forma que ocupe toda a extensão
preparada
− Com o auxilio dos espaçadores, exercer pressão apical e lateral
− O cone cimentado é compactado contra uma das paredes do canal (Compactação lateral)
− Remover o espaçador e inserir um cone acessório besuntado em cimento no espaço criado
− Usar o espaçador e colocar cones acessórios até o momento em que o espaçador quase não entra
no canal (entra o espaço correspondente à coroa do dente e mais alguns milímetros)
− Radiografar (Rx de qualidade da obturação - para ver se a obturação esta densa e homogênea e
sem espaços)
− Compactar verticalmente a guta-percha
− Remover todo o material obturador da câmara pulpar com bolinhas de algodão umedecidas em
álcool
− Selar a cavidade
@odontouniversitáriahh
❖ Manipulação do cimento:
− Usar a parte despolida da placa de vidro
− Manipular o cimento de acordo com as instruções do fabricante
❖ Cimentação do cone:
− Aprender o cone com a pinça na medida no CTM (na medida em que o cone obteve travamento -
conferir na régua metálica)
− Secar o cone com uma gaze estéril
− Besuntar o cone com cimento
− Introduzir o cone lentamente no canal até que ele atinja o CTM
❖ Compactação lateral:
− Introduzir o espaçador entre o cone principal e uma das paredes do canal, exercendo pressão
lateral e apical. Se o cone principal estiver bem adaptado, o espaçador não penetrará em toda a
extensão do canal, mesmo que esteja calibrado no CTM
− Manter o espaçador no canal. Com a pinça, apreender um cone acessório e besuntar no cimento.
Numa manobra quase que simultânea, retirar o espaçador do canal e introduzir o cone acessório
− Reutilizar o espaçador e procurar preencher o canal com a maior quantidade possível de cones
acessórios
− Quando o espaçador e os cones não penetrarem além do terço cervical do canal, fazer uma
radiografia para avaliar a qualidade da obturação (Rx pré-final)
− Se a obturação estiver de boa qualidade e homogênea, proceder a compactação vertical. Caso
existam falhas no preenchimento introduzir mais material obturador no canal
❖ Compactação vertical:
− Selecionar um compactador de paiva de diâmetro adequado as dimensões da entrada do canal
− Aquecê-lo na chama da lamparina e cortar os cones ao nível da entrada do canal, ou seja, remover
excessos
− Com o compactador resfriado, pressionar o material em direção apical para regularizar a superfície
de corte (compactação vertical)
5. Restauração
6. Proservação (controle)
@odontouniversitáriahh