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BENEFICIAMENTO MINERAL

UNIDADE IV
CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA
Elaboração
Cristiane Oliveira de Carvalho

Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO

UNIDADE IV
CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA.............................................................................................................................................. 5

CAPÍTULO 1
CARACTERIZAÇÃO DO MINÉRIO............................................................................................................................................. 7

CAPÍTULO 2
LIBERAÇÃO DO MINÉRIO......................................................................................................................................................... 11

CAPÍTULO 3
ANÁLISES COMPLEMENTARES.............................................................................................................................................. 14

REFERÊNCIAS................................................................................................................................................17
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CARACTERIZAÇÃO
MINERALÓGICA
UNIDADE IV

A quarta e derradeira unidade foi separada para a caracterização mineralógica dos


minérios. O primeiro capítulo explica a importância da caracterização mineralógica
dos minérios e as etapas que envolvem essa caracterização.

Este capítulo ainda explana sobre as análises qualitativas e semiquantitativas e outros


ensaios que abrangem essa caracterização.

O Capítulo 2 expõe os ensaios da liberação da granulometria do material. Os ensaios


apresentados são liberação em meio denso, análise química e liberação em microscópio
óptico.

O último capítulo apresenta outas técnicas complementares que se aplicam a caracterização,


como análises convencionais, análises químicas, análises térmicas e outras.

Objetivos da Unidade

» Estudar a caracterização dos minérios e as principais etapas que abrangem esse


processo.

» Compreender algumas técnicas de liberação granulométrica do minério.

» Conhecer técnicas complementares ligadas a caracterização do minério.

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UNIDADE IV | Caracterização mineralógica

Você sabe como se apresentam as curvas de análises térmicas? A figura a seguir está
representando uma curva ADT/ATG de uma amostra de concentrado de molibdenita.

Figura 23. Curva de ADT/ATG para concentrado de molibdenita.

100 0,3
8.855%
(3.896mg)
557,74°C

0,2
80

Temperature Difference (°C/mg)


60,15%
(26,47mg) 0,1

60

0,0

40 763,75°C -0,1
Início da
oxidação
-0,2
20
0 200 400 600 800 1000 1200

Temperature (°C)

Fonte: Braga, (2013).

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Capítulo 1
CARACTERIZAÇÃO DO MINÉRIO

A mineralogia utilizada para o beneficiamento de minério é importante para o entendimento


das características elementares dos minerais compreendidos em amostras representativas
do material que sai da mina (run of mine).

Isso é realizado em fragmentos rochas e/ou amostras e produtos granulares representativos.


Executar esses procedimentos ajuda o profissional com informações vinculadas
ao desenvolvimento e otimização das técnicas de beneficiamento mineral para uso
metalúrgico.

A caracterização mineralógica define e mensura todo o grupo mineralógico, determinando


assim quais são os minerais importantes e os de ganga, aqueles que possuem impurezas, e
como mensurar a distribuição de componentes proveitosos entre os minerais de minério.

Avalia também a textura da rocha, determinando a dimensão da partícula necessária


para separar os minerais de interesse dos de ganga, e também estabelece as propriedades
físico-químicas deste mineral, produzindo as informações necessárias para delinear o
processamento.

O processo de beneficiamento nem sempre se desenvolve apenas por relatórios de


pesquisas geológicas, abrangendo informações de um depósito mineral relativos à
petrologia, litoestratigrafia, geologia estrutural, geologia econômica, mineralogia descritiva
e outros. (LUZ et al., 2010)

É preciso que os dados obtidos nas análises de mineralogia usadas ao beneficiamento


do minério não se restrinjam às identificações dos constituintes da amostra, mas que
tenham as avaliações quantitativas ou semiquatitativas dos mesmos.

É importante que os estudos mineralógicos sejam determinados e direcionados pelos


métodos de separações e concentrações, buscando as elevadas recuperações dos minerais
significativos.

Um laboratório de caracterização mineralógica precisa ser composto por um especialista


em mineralogia e profissionais com atribuições analíticas e instrumentais, pois esses
laboratórios possuem diferentes instrumentos, sendo alguns sofisticados.

O êxito de uma caracterização é potencializado se houver, ainda, um bom entendimento dos


processos de concentração e/ou extração. Assim é possível empregar esses conhecimentos
no minério que está sendo avaliado, assim como princípios sobre as especificações do
produto.

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UNIDADE IV | Caracterização mineralógica

Diante da enorme diversidade dos minérios ou ainda variedade de produtos gerados por
certos processos de concentração, é importante que alguns aspectos sejam avaliados,
pois são elementares na caracterização mineralógica voltada para o beneficiamento.

Abaixo estão alguns estágios que envolvem a caracterização mineralógica.

Figura 24. Fluxograma das principais etapas de caracterização mineralógica.

Petrografia de fragmentos
Amostra de arquivo Amostra Run of mine
mineralizados ou não

Ensaios
de britagem e moagem

Tomadas de amostras
representativas de massa
reduzida

Alíquotas para os
defirentes ensaios de Alíquotas para análises
Alíquotas para análises granulómetricas
químicas caracterização
mineralógica (série de tyler)

Alíquotas para
Espectrografia ótica caracterização
de emissão Ensaios de concentração
mineralógica e tabelas de distribuição
de produtos

Análises químicas Separação granulómetrica


quantitativas Separação
eletromagnética
Separação em meio
denso

Determinação do grau de
liberação do metal ou
material de interesse

Determinação da Espectrografia ótica de


Difratometria de raio-X composição mineralógica emissão
semiquantitativa

Microscopia ótica da
fração dos produtos

Fonte: Luz et al., (2010).

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Caracterização mineralógica | UNIDADE IV

Análise qualitativa
Os estudos realizados no microscópio óptico polarizante necessitam de grande atenção
devido à constituição do minério e a sua caracterização mineralógica.

Essas análises possibilitam uma visualização real de como esses constituintes se comportam
diante do beneficiamento, sem qualquer dependência se representa o mineral útil ou
de ganga.

Uma análise deste tipo está fundamentada basicamente na identificação das propriedades
ópticas dos minerais por meio desse microscópio.

Quando uma amostra representativa run-of-mine é encaminhada para o laboratório,


inicia-se o estudo mineralógico, onde são escolhidos os fragmentos para produzir lâminas
finas e/ou seções polidas para o estudo óptico.

Para o beneficiamento de minério a caracterização é realizada através de frações


representativas, que geralmente são moídas em granulometrias inferiores a 1,68 mm.
Para valores que estão no intervalo de 1,68mm e 208 μm, essas análises poder ser
executadas com o auxílio de uma lupa binocular.

Materiais que possuem uma granulometria inferior a 208µ e vão até 37μm são normalmente
avaliados por um microscópio óptico polarizante. Alíquotas menores que 37 μ podem ser
avaliadas ao microscópio óptico com atenção redobrada, e fazendo uma complementação
com técnicas como a difratometria de raios x e análises químicas.

Análise semiquantitativa
Observações no microscópio óptico e lupa binocular são alguns dos métodos utilizados
para realizar a análise semiquantitativa. Acompanhada de um analisador de imagem
conectado ao Microscópio Eletrônico de Varredura, esses valores possuem precisão e
confiabilidade.

Vale reiterar que uma alíquota para essa análise precisa ser cautelosamente manuseada
com a finalidade de manter a representatividade em todos os estágios.

Isso deve começar desde a amostragem na jazida e deve permanecer nos ensaios dos
laboratórios. A alíquota abrange critérios de homogeneidade, conhecimento antecipado
da quantidade do mineral útil, além da granulometria de liberação do mineral útil e da
ganga.

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Ensaios de Concentração
Se uma amostra representativa possui uma granulometria menor que 1,68mm, conforme
a natureza do minério e para auxiliar na sua concentração é importante que sejam
separadas de acordo com as faixas granulométricas de peneiras da série de Tyler.

Geralmente são utilizados os seguintes intervalos de frações que estão entre 1,68 mm a
590 μm, frações entre 590 e 210 μm; frações que vão de 210 a 37 μm e frações inferiores
a 37 μm.

Com o objetivo de alcançar uma seletividade maior nos produtos e, portanto, otimizar
os cálculos, as faixas granulométricas podem ser concentradas por meio da separação
em meio denso, podendo utilizar líquidos densos e os mais comuns são o bromofórmio
com densidade 2,89 e/ou iodeto de metileno com densidade 3,33 g/cm.

Os produtos provenientes dos ensaios de separação (minerais leves, pesados, magnéticos


e não magnéticos) acontecem nas mais diversas frações granulométricas e precisam ser
reconhecidos no microscópio óptico polarizante ou lupa binocular.

Depois das identificações, serão analisadas suas quantidades percentuais nesses produtos
e de modo consequente no minério.

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Capítulo 2
LIBERAÇÃO DO MINÉRIO

É imprescindível que os grãos minerais estejam completamente individualizados para


reagirem com eficiência ao beneficiamento submetido.

Portanto, a liberação de um minério é estabelecida pela porcentagem de certo mineral


valioso se exibe uma faixa granulométrica como partículas livres, ou seja, grãos
monominerálicos (apenas um mineral).

Existem situações em que a liberação ocorre naturalmente, como no caso dos materiais
aluvionares de minerais leves e pesados.

Boa parte dos minérios, entretanto, são assembleias minerais consistentes, necessitando
de britagem ou moagem do material para realizar a liberação completa do mineral útil.

A liberação dos minerais é influenciada por:

» dimensões;

» formas e intercrescimentos dos grãos;

» coesões internas;

» coesão entre os grãos;

» natureza das associações minerais;

» proporção dos minerais.

Para liberar um mineral útil da sua ganga é preciso vincular a textura primária da rocha
mineralizada. E a percentagem da liberação pode ser alcançada em diversos índices de
precisão e exatidão, usando os produtos de ensaios físicos com líquidos densos, dosagens
químicas do elemento primordial, ou dos estudos em lupa e/ou microscópio óptico.

Liberação por meio denso


Considerado o procedimento mais rápido nos ensaios físicos para determinar a liberação
dos minerais granulares de um minério ou de produtos. O gradiente de densidade é
alcançado pela diferença de diversos líquidos pesados.

Quando o material é classificado em diferentes faixas granulométricas, e realmente


liberado, toma a posição da coluna de gradiente o lugar equivalente a sua densidade.

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UNIDADE IV | Caracterização mineralógica

Para isso são usados líquidos que não se misturam com diversas densidades e, como
resultado, são formadas faixas horizontais bem delimitadas.

Através de uma simples avalição visual é possível identificar a liberação das espécies
mineralógicas. Este método se limita a gradientes com densidades inferiores a 4,3
(solução de Clerici).

A figura a seguir apresenta quatro tubos de ensaios usados na separação por densidade,
buscando a liberação mineral-minério nas diversas granulometrias.

Estes tubos são ocupados com líquidos com diferentes densidades, que variam de
acordo com a densidade do mineral valioso, que assim irá assumir a faixa do gradiente
equivalente a suas densidades. Os tubos referidos são usados na liberação de material
com quartzo, dolomita, fluorita e sulfetos.

Figura 25. Figura apresentando o aumento da liberação mineral com decréscimo da granulometria.

2,6 minerais
Quartzo
(d=2,65)

2,8
Dolomita
Densidade

líquidos

(2,8-2,9)
dos

(d)

3,1 Fluorita
(d=3,01 a
5,2)
Sulfetos
3,3 (d=4,1 a 5,2)
840 a 420µm 420 a 210µm 210 a 105µm 105 a 53µm
Faixas
Granulométricas

Fonte: Luz et al., (2010.)

Liberação por análise química


Uma alternativa à porcentagem de liberação do mineral de interesse pode ser a dosagem
do teor do elemento químico do mineral, ou mesmo do único no mineral valioso, nos
produtos de concentração alcançados através da separação nos líquidos densos.

Liberação ao Microscópio Óptico – Método de Gaudin

Um dos métodos mais triviais de liberação de minério é a avaliação visual em lupa


binocular ou microscópio óptico.

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Quando executados em laboratórios a definição da liberação de um minério é realizada


em material granular. De acordo com o tamanho do grão as análises são realizadas em
lupa binocular ou são usadas secções polidas daqueles minerais opacos e/ou lâminas
finas dos transparentes para avaliação em estudos ao microscópio óptico polarizante.

O método de Gaudin para estabelecer o grau de liberação de minerais, é uma análise


detalhada dos produtos que pertencem a faixas granulométricas estreitas, contando
uma quantidade considerável de grãos minerais por faixa, distinguindo as partículas:
livres, mistas e de ganga.

Se for preciso os produtos passam por um processo de concentração por separações


densitária e/ou eletromagnéticas, conforme a quantidade de mineral útil presente.

Luz et al. (2010) citam que é preciso que sejam contados um valor médio de 200 grãos
minerais, e registrados os índices de liberação das partículas livres e mistas.

Este índice é um valor mensurado que se atribui aos grãos que têm somente
mineral-minério e grãos constituídos por frações do mineral-minério e ganga.

Logo após o índice de partículas mistas e o índice de partículas livres serem estimados,
é encontrado o grua de liberação pela fórmula abaixo.
IL
GL  x100
IL  I M Eq.10

Em que:
GL- grau de liberação;
IL-índice de liberação das partículas livres;
IM- índice de liberação das partículas mistas.

Figura 26. Figura mostrando as partículas liberadas e a partículas sendo liberadas com agulha,
respectivamente.

Partícula do material de
ganga

Partícula livre do mineral de


interesse (índice=10)

Partícula mista do mineral de


interesse (índice=5)

Fonte: Luz et al. (2010); Ramos (2015).

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Capítulo 3
ANÁLISES COMPLEMENTARES

A avaliação da composição química das fases que compõem um minério é imprescindível


à mineralogia aplicada. A composição química atrelada ao conjunto de informações sobre
a identidade, proporção e liberação mineral é usada com frequência na determinação
da distribuição dos elementos de interesse do minério. Há situações em que existem
elementos traços que não são desejáveis no mineral valioso e afetam a resposta de certo
processo de beneficiamento.

Em outras situações, quando esses elementos estão presentes no concentrado existem


penalidades metalúrgicas. Identificar quais serão os elementos que serão avaliados em
uma caracterização mineralógica varia conforme a complexidade mineral e a química
do material avaliado, assim como a finalidade do seu uso posterior.

Análises químicas
Técnicas instrumentais foram aperfeiçoadas com a necessidade de determinar os
elementos de concentração cada vez menores. No entanto, métodos tradicionais não
foram extintos como:

» Gravimetria – segrega o elemento a ser estudado, tomando o peso na forma pura


ou mesmo composta. É preciso que procedimentos de separação (precipitação,
eletrólise ou extração) sejam realizados.

» Volumetria ou titulometria – estima o volume preciso de um reagente de


concentração identificada que tenha uma reação quantitativa com a solução avaliada.
Uma propriedade detectável que seja simples de ser identificada, como a cor, ou
instrumentos, como de pH, eletrólise ou condutância, normalmente marcam o
ponto de equivalência da reação.

» Colorimetria ou espectrofotometria de ultravioleta (UV) – Acontece a conversão


do elemento a ser mensurado em solução colorida, e a intensidade da cor será
conforme a concentração, que será submetida à absorção diferencial da luz para
um determinado comprimento de onda. É comumente utilizada para definir
elementos traços.

Além dos métodos tradicionais, outros métodos podem sem citados como:

» Espectrometria de fluorescência de raios x – é considerada uma técnica


muito utilizada para análise de materiais. Na Fluorescência de raios X, acontece
a excitação da amostra por meio irradiação por um feixe primário, e tendo como

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consequência uma radiação secundária conforme a características dos elementos


que compõem a amostra.

» Espectrometria de Absorção Atômica – tem como princípio fundamental


a excitação eletrônica, medindo a energia absorvida pela excitação. Esse tipo de
análise necessita de uma amostra líquida, e é recomendada para análise de águas.
Pode-se determinar aproximadamente 65 elementos, incluindo metais e metaloides.

» Espectrometria de Plasma – um grande desenvolvimento na química analítica,


é uma técnica baseada na excitação dos átomos de certa solução através de um
plasma de argônio, suportado por um campo magnético produzido por uma bobina
de radiofrequência.

Com essa técnica, pesquisas sobre elementos de terras-raras avançaram muito,


possibilitando que estes elementos sejam avaliados, tais como carbonatitos, areias
monazíticas e solos lateríticos.

Técnicas auxiliares
Espectroscopia no Infravermelho – tida como uma técnica muito eficiente na
caracterização de substâncias químicas, dando informações sobre a identidade e
constitucional estrutural de um composto puro ou ainda a composição qualitativa e
quantitativa das misturas.

Na mineralogia, fornece dados complementares para a difratometria de raios-X e é


possível avaliar minerais com baixa cristalinidade, com substituições reticulares ou
ainda materiais amorfos.

Espectrometria Mössbauer – ferramenta baseada nas medidas de ressonância


em sólidos, é extremamente útil para investigação de rochas, sedimentos e solos. É
bastante utilizada para analisar a estrutura dos minerais ou mesmo identificar fases
minerais em aglomerados polifásicos.

Análise Térmica – mensura a variação dos parâmetros físicos de uma substância de


acordo com a temperatura. São extremamente utilizadas pela mineralogia as análises
conhecida como termodiferencial ou ADT, e termogravimétrica ou ATG.

A análise ADT consiste na diferença de temperatura da substância e do padrão formado


de um material de base inerte, quando são submetidas a regimes iguais de aquecimento
e resfriamento.

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Fornecem dados das reações exotérmicas e endotérmicas que acontecem no material


avaliado. As reações exotérmicas são vinculadas a processos de oxidação, recristalização
ou mesmo a ruína de estruturas defeituosas.

Já as reações endotérmicas, abrangem as mudanças de fase, desidratação, decomposição


e inversão de cristalinidade. Esses dados são típicos de certos materiais e podem ser
usados para reconhecê-lo e ainda apresentar uma estimativa de sua proporção mineral.

São especialmente recomendados para minerais com baixa cristalinidade ou amorfos.

Na análise termogravimétrica, as modificações de peso que acontecem na amostra são


mensuradas conforme o aquecimento constante da amostra, e esse procedimento é
realizado com atmosfera controlada.

A redução da massa pode ser resultado da remoção de misturas adsorvidas, grupos


hidroxilas ou substâncias voláteis, enquanto o aumento do peso é consequência do
processo de oxidação.

Diversos minerais podem ser estudados por meio dessa análise térmica e esses podem
fazer parte do grupo dos argilominerais, os que contém água, hidroxila, matéria orgânica,
enxofre, carbonato e outros.

Ultravioleta – a identificação dos minerais é realizada na florescência sob radiação


ultravioleta. Mesmo com limites quanto à utilização da luz ultravioleta, pois uma pequena
quantidade de minerais exibe fluorescência.

No entanto, além da identificação dos minerais é possível conseguir dados sobre o


crescimento de cristais, zonação ou incrustações que não é possível determinar por
demais métodos.

Radiografia – certos minerais emitem diversas partículas provenientes de decaimento


radioativo que são utilizadas para identificar e localizar a posição do mineral no espécime.

É muito utilizada a autorradiografia que expõe o mineral à emulsão fotográfica para


realizar os registros das partículas alfa e beta de isótopos instáveis. É um método
especialmente utilizado nas análises de minérios de urânio.

Ataques químicos rápidos – consiste num ataque ao material que resultará em


diferentes colorações, possibilitando identificar minerais incolores ou brancos. É possível
citar métodos que realizem o tingimento de feldspatos, carbonatos e feldspatoides.

Esses procedimentos podem e muitas vezes são trocados por técnicas instrumentais
avançadas.

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REFERÊNCIAS

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Referências
Figura 20

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brastorno.com.br/produto/quarteador-de-polpa/>. Acesso em: 27/7/2019.

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