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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE MINAS - DEMIN


ESCOLA DE MINAS - EM

MIN206 – Caracterização Tecnológica dos Minérios/ Turma 31


Prof.ª Dr.ª Rosa Malena Fernandes Lima

RELATÓRIO TÉCNICO: CARACTERIZAÇÃO MINERALÓGICA E


GRANULOMÉTRICA DA AMOSTRA MET 011 - SAPRÓLITO

GRUPO: José Hamilton Resende Tavares (10.2.1124)


Katriny Wolff de Oliveira (13.1.1721)
Marcel Beckman de Souza (14.2.9542)

Ouro Preto, 22 de junho de 2015.

1
RESUMO

A caracterização tecnológica de uma amostra é determinada em vários estágios,


os quais apresentam forte interdependência entre si. Com o intuito de analisar a
granulometria da amostra de Saprólito, foram realizados ensaios utilizando o
peneiramento combinado e o Granulomêtro a laser, obtendo-se assim, partículas com
diferentes faixas granulométricas. A densidade relativa média da amostra também foi
determinada e, através do método do picnômetro, o valor resultante foi de 2,798.

A partir das distribuições granulométricas obtidas, realizou-se - mediante a


contagem de aproximadamente 400 partículas no microscópio ótico - a caracterização
mineralógica da amostra, na qual encontrou-se quartzo, biotita, feldspato, caulinita,
granada, pirita e óxido de ferro. Diante da análise feita, foi possível calcular o grau de
liberação do quartzo presente no Saprólito, alcançando seu maior valor (95%) para a
faixa de (-35#+48#).

2
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...........................................................................................

2. OBJETIVO..................................................................................................
2.1. Objetivo Geral...........................................................................................
2.2. Objetivos Específicos................................................................................
3. MATERIAIS E METODOLOGIA...........................................................
3.1. Amostra.....................................................................................................
3.2. Materiais e equipamentos..........................................................................
3.2.1. Caracterização granulométrica e determinação da densidade da
amostra............................................................................................................
3.2.2. Caracterização mineralógica da amostra..............................................
3.3. Procedimento.............................................................................................
3.3.1. Caracterização granulométrica por peneiramento combinado e
Granulômetro a Laser......................................................................................
3.3.2. Determinação da densidade...................................................................
3.3.3. Análises de superfície específica e de porosidade..................................
3.3.4. Análise Termogravimétrica (TGA).........................................................
3.3.5. Análise mineralógica e do grau de liberação da partícula de quartzo..
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES..............................................................
4.1. Análise granulométrica..............................................................................
4.2. Determinação da densidade.......................................................................
4.3. Análise de superfície específica e de porosidade......................................
4.4. Análise Termogravimétrica (TGA)...........................................................
4.5. Análise Mineralógica.................................................................................
4.6. Determinação do grau de liberação...........................................................
5. CONCLUSÃO.............................................................................................
6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA...........................................................
7. ANEXO........................................................................................................

3
1. INTRODUÇÃO

A complexidade crescente dos minérios, tanto sob os aspectos físicos, quanto


químicos, tem exigindo que estudos de caracterização das propriedades dos seus
minerais constituintes precedam o desenvolvimento de seus processos de concentração.
Tal caracterização é imprescindível não apenas pelas questões intrínsecas aos minérios,
mas pela necessidade de se aperfeiçoar o melhor produto ao menor custo.

A caracterização mineralógica de um minério determina e quantifica toda a


assembleia mineralógica, define quais são os minerais de interesse e de ganga, bem
como quantifica a distribuição dos elementos úteis entre os minerais de minério, se mais
de um (NEUMANN, et al., 2004). A maneira de se caracterizar uma amostra de minério
varia de acordo com as próprias características inerentes ao mesmo, assim como com os
objetivos desejados.
A liberação física do mineral-minério é primordial para a sua concentração.
Dessa forma, para que isso ocorra, a partícula deve apresentar, idealmente, uma única
espécie mineralógica. A liberação do mineral envolve, inicialmente, processos de
redução de tamanho do mesmo, isto é, britagem e/ou moagem. Para evitar uma
cominuição excessiva, faz-se uso de operações de separação por tamanho ou
classificação, por exemplo, o peneiramento. Na prática realizada, utilizou-se o
peneiramento combinado.
O método mais prático de se determinar, com precisão razoável, a densidade de
uma rocha, de um minério ou de um mineral, é por meio da picnometria. Um
picnômetro consiste, basicamente, num balão de vidro com fundo chato, equipado com
uma rolha também de vidro, através da qual passa um canal capilar (SAMPAIO, et a.l,
2007). A picnetometria parte do princípio da determinação da razão entre a massa e o
volume envolvido pelo fluido que circunda o sólido.
Na caracterização mineralógica de uma amostra, os minérios apresentam, em
geral, características e peculiaridades próprias e, devido a isto, processos tecnológicos
adequados para um dado minério nem sempre poderão ser efetivos para um minério
similar. Segundo LUZ, et al. (2010), os métodos usuais de identificação de um mineral
são: estudos das propriedades ópticas: lupa binocular, microscópio de luz transmitida,

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microscópio de luz refletida; difratometria de raios X (DRX); microssonda eletrônica;
microscópio eletrônico de varredura (MEV) equipado com sistema de análise por
energia dispersiva de raios X (EDS); analisador de imagem, dentre outras técnicas. Na
prática, utilizou-se do estudo das propriedades ópticas através do microscópio ótico.
A porcentagem de um determinado mineral que se apresenta na forma de
partículas livres é definida como liberação, ou seja, a condição de liberdade mútua entre
minerais presentes em um dado sistema. Para a determinação do grau de liberação é
necessário contar, segundo Gaudin (1975), em média, 200 grãos minerais, anotando-se
os índices de liberação das partículas livres e das partículas mistas. É um método bem
impreciso e é necessário um analista com experiência para se evitar erros. Nesta prática
foi determinado apenas o grau de liberação da partícula de quartzo.

A análise modal, contagem de pontos, é um método de análise quantitativa na


microscopia ótica a qual determina a proporção volumétrica dos minerais constituintes
de uma amostra, considerando a proporção dos minerais e o erro mínimo admissível.

2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral

Caracterização tecnológica da amostra de Saprólito.

2.2. Objetivos Específicos

❖ Determinação da distribuição granulométrica da amostra de Saprólito por


peneiramento combinado;
❖ Determinação da distribuição granulométrica da amostra de Saprólito por
Granulômetro a laser;
❖ Determinação da densidade relativa pelo método do picnômetro;
❖ Determinação da composição mineralógica - proporção de quartzo, biotita,
caulinita e óxido de ferro presente na amostra de Saprólito utilizando a técnica de
contagem de pontos em microscópio óptico, separada por faixas granulométricas;
❖ Determinação do grau de liberação do quartzo presente na amostra de Saprólito;
❖ Determinação da área superficial BET.

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3. MATERIAIS E METODOLOGIA

3.1. Amostra

Minério de Saprólito (MET 011) de massa igual a 4,325 kg.

3.2. Materiais e Equipamentos

3.2.1. Caracterização granulométrica e determinação da densidade da amostra

Com a amostra previamente homogeneizada, os seguintes equipamentos foram


utilizados:
❖ Quarteador Jones
❖ Peneiras: 3,34mm, 2,362mm, 1,67mm, 1,182mm, 0,836mm, 0,59mm,
0,418mm, 0,296mm, 0,209mm, 0,148mm, 0,1046mm, 0,074mm, 0,052mm, 0,037mm
❖ Estufa
❖ Multipicnômetro a hélio: marca Quantachrome instruments, modelo Ultrapyc
1200e Automatic Density Analyzer.
❖ Granulômetro a Laser (Cilas 1064)
❖ Balança Welmy, modelo W15
❖ Equipamento para análise termogravimétrica (TGA): Eletronic Balance da
Shimadzu Corporation Japan, modelo BL-32004
❖ Agitador de peneiras de bancada
❖ Equipamento para análise superficial e porosidade: marca Quantachrome
instruments, modelo Nova 1200e Sirface Area & Pore Suze Analyzer.

3.2.2. Caracterização mineralógica da amostra

❖ Microscópio estereoscópico binocular com zoom (QUIMIS Aparelhos


Científicos Ltda, modelo Q740SZ-T)
❖ Placa de petri

6
3.3.Procedimento

3.3.1. Caracterização granulométrica por peneiramento combinado e


Granulômeto a Laser

A amostra de Saprólito foi inicialmente homogeneizada e quarteada. Após


processos de quarteamento, através do o Quarteador Jones, alíquotas foram separadas
para análises de suas características.

Visando à análise granulométrica da amostra, uma alíquota de 140g foi nomeada


como “Teste 1” e passou por um peneiramento combinado, onde inicialmente foi
realizado um peneiramento a úmido através de peneiras com aberturas de 0,59mm,
0,296mm, 0,148mm e 0,074mm. Neste caso, tal amostra foi dividida em duas frações,
sendo uma o material passante na peneira com abertura de 0,074mm e a outra, o
material que está acima de 0,074mm, abrangendo também o material retido nas
chamadas peneiras de alívio (0,59mm, 0,296mm e 0,148mm). A partir de então, ambas
as frações foram secas em estufa.

Após o processo anterior, o material de granulometria acima de 0,074mm passou


por um peneiramento a seco - durante 10 minutos - utilizando um agitador de peneiras
de bancada, com peneiras na seguinte ordem de aberturas: 3,34mm, 2,362mm, 1,67mm,
1,182mm, 0,836mm, 0,59mm, 0,418mm, 0,296mm, 0,209mm, 0,148mm, 0,1046mm e
0,074mm. Sendo assim, o material passante na peneira com abertura de 0,074mm foi
adicionado à fração anterior também menor que 0,074mm. Tal amostra, agora com
massa igual a 21,41g, foi então direcionada a uma análise granulométrica através do
Granulômetro a Laser CILAS 1064.

Da mesma forma, uma alíquota de 125g da amostra inicial foi nomeada como
“Teste 2” e também passou por um peneiramento combinado. Inicialmente ocorreu um
peneiramento a úmido, utilizando peneiras com a seguinte ordem de aberturas: 0,59mm,
0,296mm, 0,148mm, 0,074mm e 0,037mm. Assim, a amostra foi dividida em duas
frações, uma com material de granulometria acima de 0,037mm e outra com material de
granulometria abaixo. Semelhantemente ao teste passado, as frações foram secas em
estufa e o material de granulometria acima de 0,037mm passou por um peneiramento a
seco - durante 10 minutos - utilizando um agitador de peneiras de bancada, com
peneiras na seguinte ordem de aberturas: 3,34mm, 2,362mm, 1,67mm, 1,182mm,

7
0,836mm, 0,59mm, 0,418mm, 0,296mm, 0,209mm, 0,148mm, 0,1046mm, 0,074mm,
0,052mm e 0,037mm.

Em sequência, o material passante na peneira de 0,037mm foi adicionado à


fração anterior, também inferior a 0,037mm. O material resultante, de massa igual a
15,04g, foi então direcionado à análise granulométrica através do Granulômetro a Laser
CILAS 1064.

Para os cálculos das variáveis apresentadas na Tabela 1, foram utilizadas as


seguintes fórmulas:

❖ Massa máxima:

𝑀= 𝑛 ( )𝐴 . ⍴
𝑑𝑠+𝑑𝑖
2
(1)

Onde:

𝑛 = número de camada de partículas


𝑑𝑠 = abertura da peneira superior

𝑑𝑖 = abertura da peneira analisada

𝐴 = área da peneira
⍴ = número de camada de partículas

❖ Tamanho médio
𝑑𝑠+𝑑𝑖
𝑑𝑚 = 2
(2)

Onde:

𝑑𝑚 = diâmetro médio da peneira

𝑑𝑠 = abertura da peneira superior

𝑑𝑖 = abertura da peneira analisada

❖ Diâmetro médio das partículas

∑𝑋𝑖.𝑓𝑖
𝑑𝑚é𝑑𝑖𝑜 = 𝑛
(3)

8
Onde:

𝑑𝑚é𝑑𝑖𝑜 = diâmetro médio das partículas

𝑋𝑖 = tamanho médio das partículas

𝑓𝑖 = frequência simples

𝑛 = somatório das frequências simples

❖ Fator de forma

𝑑𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎
𝑓= 𝑑𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑔𝑟𝑎𝑛𝑢𝑙ô𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜
(4)

3.3.2. Determinação da densidade

Para a determinação da densidade real ou estrutural da amostra, duas alíquotas


da mesma foram analisadas utilizando o equipamento Multipicnômetro à hélio. A
densidade final é uma média dos dois valores obtidos.

3.3.3. Análises de superfície específica e de porosidade

As análises de superfície específica e de porosidade de duas alíquotas da amostra


inicial foram realizadas pelo método B.E.T. (Brunauer, Emmett and Teller), em um
equipamento da marca Quantachrome instruments, modelo Nova 1200e Sirface Area &
Pore Suze Analyzer.

3.3.4. Análise Termogravimétrica (TGA)

Uma fração da amostra de MET 011 – Saprólito foi submetida ao ensaio de


análise termogravimétrica (TGA). No ensaio, a taxa de aquecimento da amostra foi de
5ºC/min. com varredura iniciada em 25ºC e concluída em 1000ºC. As análises foram
conduzidas em atmosfera inerte, sendo padrão o fluxo de nitrogênio.

3.3.5. Análise mineralógica e do grau de liberação da partícula de quartzo

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Visando à análise mineralógica, foi utilizada uma Lupa Binocular para a
determinação da porcentagem dos minerais presentes nas seguintes faixas
granulométricas 6#, 8#, 14#, 28#, 35# e 48#, através do método de contagem de pontos.
O material foi espalhado nas lâminas de modo de modo a ficar o mais visível possível.
Para fornecer o número mínimo de contagens que deveriam ser realizadas foi utilizada a
seguinte equação:
4𝑞
𝑁= 2 (5)
𝑝𝐸

Onde:

𝑁 = número de partículas contadas


𝑞=1 −𝑝
𝑝 = proporção de mineral selecionado
𝐸 = erro relativo sobre a proporção

Inicialmente estimou-se um valor para 𝑝 inicial, encontrando assim, o primeiro


valor de 𝑁 através da equação (5). Uma nova contagem foi iniciada com intuito de
atingir o valor de 𝑁.

Através das informações obtidas na última contagem, um novo valor de 𝑁 foi


obtido, pela equação (5). No caso de esse último número 𝑁 encontrado ter sido maior do
que o anterior seria necessário contar a diferença do número restante de partículas,
obtendo assim um novo valor de 𝑝 e, consequentemente, um novo valor de 𝑁. O
procedimento deveria ser repetido até que o número de partículas encontrado fosse
menor ou igual ao 𝑁 calculado na etapa anterior.

A próxima etapa foi o cálculo do erro relativo (𝐸). Foi admitido que o erro
encontrado deveria ser menor ou igual a 10%. Caso o valor encontrado fosse maior do
que o erro admitido, o procedimento deveria ser repetido afim de que fosse contado um
número maior de partículas.

Ainda utilizando a mesma lupa e as mesmas faixas granulométricas, também foi


feita uma análise do grau de liberação do quartzo pelo Método de Gaudin. Os índices de
liberação das partículas livres e mistas foram registrados e a equação utilizada para o
cálculo do grau de liberação foi a seguinte:

𝑃𝑙
𝐺𝑙 = 𝑃𝐿+𝑃𝑀
(6)

10
Onde:

𝐺𝐿 = Grau de liberação
𝑃𝐿 = Partículas livres
𝑃𝑀 = Partículas mistas

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1. Análise Granulométrica

A tabela 1 apresenta os dados obtidos no peneiramento combinado para a série de


peneiras até 0,037mm e os dados do granulômetro a laser para o material menor que
0,074mm convertidos por um fator de forma.

(TABELA 1) SEGUE UM EXEMPLO:

Peneiras Massa (g) Frequência (%)

dmédio Retida Retida Passante


# μm Retida Máxima
(μm) Simples Acumulada Acumulada

6 3327 4016 9,89 1.025,70 7,59 7,59 92,41


8 2362 2845 8,05 726,5 6,18 13,77 86,23
10 1651 2007 13,5 512,5 10,36 24,13 75,87
14 1168 1410 11,16 360 8,56 32,69 67,31
20 833 1001 13,9 255,5 10,67 43,36 56,64
28 589 711 10,15 181,6 7,79 51,15 48,85
35 417 503 10,8 128,5 8,29 59,44 40,56
48 295 356 7,5 90,9 5,75 65,19 34,81
65 208 252 8,35 64,2 6,41 71,6 28,4
100 148 178 4,56 45,3 3,5 75,1 24,9
150 105 127 5,83 32,1 4,47 79,57 20,43
200 74 90 4,29 22,7 3,29 82,86 17,14
270 53 64 4,11 16,2 3,15 86,01 13,99
400 37 45 3,33 11,6 2,56 88,57 11,43
26,6 - 0,163 - 0,125 88,695 11,305
Granul 19 - 1,069 - 0,819 89,514 10,486
ômetro
a laser 13,5 - 2,782 - 2,133 91,647 8,353

11
9,7 - 2,099 - 1,609 93,256 6,744
6,8 - 2,326 - 1,783 95,039 4,961
4,6 - 2,038 - 1,563 96,602 3,398
3,4 - 1,276 - 0,978 97,580 2,42
2,4 - 0,889 - 0,681 98,261 1,739
1,7 - 0,613 - 0,47 98,731 1,269
-1,7 - 1,655 - 1,269 100 0
TOTAL - 130,3 - 100 - -

A figura 1 apresenta a curva de distribuição granulométrica gerada a partir dos


dados obtidos pelo peneiramento combinado e pelo granulômetro a laser convertidos
por um fator de forma.

(GRAFICO 1) SEGUE UM EXEMPLO:

Os dados do granulômetro foram convertidos para os do peneiramento através da


média aritmética dos fatores de forma encontrados através da equação (4).

● 𝑓 = 𝑉𝐴𝐿𝑂𝑅 𝐸𝑁𝐶𝑂𝑁𝑇𝑅𝐴𝐷𝑂

DEPOIS DE PRONTAS A TABELA E O GRÁFICO, ENCONTRAR O D50, O


DMÉDIO. SE AMBOS FOREM DIFERENTES, CONCLUIR QUE A

12
DISTRIBUIÇÃO DE FREQUENCIA NÃO SEGUIU UMA DISTRIBUIÇÃO
NORMAL.

ACHAR TAMBÉM O D80. POR FIM, OBSERVAR SE AS MASSAS RETIDAS NÃO


ULTRAPASSARAM A MASSA MÁXIMA E CONCLUIR SE O PENEIRAMENTO
FOI EFICIENTE.

4.2. Determinação da densidade

Valores obtidos no Multipicnômetro à hélio:

❖ Teste 1: 2,7930 g/cm³


❖ Teste 2: 2,8021 g/cm³

Logo, a média calculada destes dois valores representa a densidade real:

2,8021+2,7930
𝑑𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 2
= 2, 798

4.3. Análise de superfície específica e de porosidade

4.4. Análise Termogravimétrica (TGA)

A Figura 2 representa o resultado da análise termogravimétrica a qual a amostra


de Saprólito foi submetida.

13
Figura 2: Análise Termogravimétrica (TGA)

4.5. Análise Mineralógica

Os dados obtidos pela análise mineralógica da amostra estão presentes na Tabela


2, a seguir. Para a determinação da porcentagem volumétrica dos minerais constituintes
da amostra, considerou-se a densidade do quartzo - 2,65g/cm3, densidade do feldspato -
2,62g/cm3, densidade da biotita – 3,1g/cm3, densidade da caulinita - 2,61g/cm3, densidade
da granada – 3,6 a 4,3g/cm3, densidade da pirita – 5g/ cm3 e densidade do óxido – 5,24g/
cm3.

Faixa Minerais Volume Densidade Massa Peso Minério


Granulométrica (%) (g/cm³)
g % %
Quartzo 34,70 2,65 91,95 31,54 5,84
Feldspato 0 2,62 0 0 0
Biotita 33,30 3,10 103,2 31,41 6,55
3
6# Caulinita 27,20 2,62 71,26 24,44 4,52
Granada 0 3,60 – 4,30 0 0 0
Pirita 0 5,00 0 0 0
Oxido 4,80 5,24 25,12 8,62 1,60

14
TOTAL 100 - 291,5 100 18,50
6
Quartzo 34,70 2,65 91,96 31,56 4,74
Feldspato 0 2,62 0 0 0
Biotita 33,30 3,1 103,2 35,43 5,32
3
8# Caulinita 27,20 2,62 70,99 24,37 3,66
Granada 0 3,6 – 4,3 0 0 0
Pirita 0 5 0 0 0
Oxido 4,80 5,24 25,15 8,63 1,30
TOTAL 100 - 291,3 100 15,03
3
Quartzo 35,15 2,65 90,50 41,00 7,28
Feldspato 2,25 2,62 5,90 2,67 0,47
Biotita 20,04 3,1 62,12 28,15 5,00
Caulinita 21,88 2,62 57,11 25,87 4,59
14#
Granada 19,22 3,6 – 4,3 0 0 0
Pirita 1,02 5 5,1 2,31 0,41
Oxido 0 5,24 0 0 0
TOTAL 100 - 220,7 100 17,76
2
Quartzo 56,30 2,65 1,49 55,60 9,87
Feldspato 34,00 2,62 0,89 33,21 5,90
Biotita 9,70 3,1 0,30 11,19 1,99
Caulinita 0 2,62 0 0 0
28#
Granada 0 3,6 – 4,3 0 0 0
Pirita 0 5 0 0 0
Oxido 0 5,24 0 0 0
TOTAL 100 - 2,68 100 17,76
Quartzo 59,00 2,65 156,3 58,01 11,34
5
Feldspato 29,00 2,62 75,98 28,19 5,51
Biotita 12,00 3,1 37,20 13,80 2,70
35# Caulinita 0 2,62 0 0 0
Granada 0 3,6 – 4,3 0 0 0
Pirita 0 5 0 0 0
Oxido 0 5,24 0 0 0

15
TOTAL 100 - 269,5 100 19,55
3
Quartzo 50,9 2,65 134,8 49,51 6,36
9
Feldspato 21,4 2,62 56,01 20,58 2,65
Biotita 18,6 3,1 21,16 21,16 2,70
48# Caulinita 9,1 2,62 8,75 8,75 1,13
Granada 0 3,6 – 4,3 0 0 0
Pirita 0 5 0 0 0
Oxido 0 5,24 0 0 0
TOTAL 100 - 272,4 100 12,86
6
Tabela 2: Análise mineralógica por faixa granulométrica

Através dos valores obtidos em cada faixa granulométrica da Tabela 2, foi


calculada a composição global da amostra de Saprólito, Tabela 3.

Constituintes % Peso
Quartzo 45,44
Feldspato 14,53
Biotita 24,28
Caulinita 13,90
Granada 0,00
Pirita 0,41
Óxido 2,89
TOTAL 102,16
Tabela 3: Composição mineralógica do Saprólito

4.6. Determinação do grau de liberação

A seguir, a Tabela 4 apresenta o grau de liberação da partícula de quartzo na


amostra para cada faixa granulométrica.

16
Faixa (#) Grau de liberação (%)
6 4,28
8 27,46
14 7,51
28 25,40
35 83,00
48 95,00
Tabela 4: Grau de liberação da partícula de quartzo

O esperado é que o grau de liberação aumente com a diminuição da


granulometria. Observa-se que o grau de liberação das partículas em análise segue tal
parâmetro, exceto na faixa granulométrica de 8#. Essa divergência indica erros de
contagem, já que este método depende da experiência do analista.

O grau de liberação definido como ótimo pela literatura é aproximadamente 95%,


portanto para a faixa granulométrica de 48# se obteve o valor ótimo do grau de
liberação do quartzo da amostra de minério de Saprólito.

5. CONCLUSÃO
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LUZ, A.B., SAMPAIO, J. A., FRANÇA, S.C.A,. Tratamento de Minérios. 5ª edição.


Centro de Tecnologia Mineral/Ministério da Ciência e Tecnologia (CETEM/MCT). Rio
de Janeiro. 2010

SAMPAIO, J.A, FRANÇA, S.C.A., BRAGA, P.F.A. Tratamento de Minérios – Práticas


Laboratoriais. Centro de Tecnologia Mineral/Ministério da Ciência e Tecnologia
(CETEM/MCT). Rio de Janeiro. 2007

NEUPMANN, R., SHENEIDER, C.L., NETO, A.A, Caraterização Tecnológica de


Minérios – capítulo 3. Comunicação Técnica elaborada para a 4ª Edição do Livro de
Tratamento de Minérios Pág. 55 a 109. Rio de Janeiro. 2004

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7. ANEXO

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