Você está na página 1de 6

CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI - UNIASSELVI

CURSO SUPERIOR DE ENGENHARIA ELÉTRICA

Introdução a Ciências doa Materiais para Engenharia


Ensaio de Metalografia

Trabalho apresentado referente ao


laboratório de Ensaios de Materiais
(Metalografia)
Prof.: Renata Joaquim Ferraz Bianco

Charles dos Santos

Timbó– 03/2019
1. OBJETIVO

Este relatório tem como objetivo o detalhamento das atividades de laboratório


de metalografia. Este ensaio tem como resultado, através da sua analise estatistica
de porosidade a determinação e a quantificação, das liga presentes na amostra à
partir das micrografias obtidas. A importancia desta analise se deve ao resultado
esperado ao final desta, que será a determinação das propriedades mecânicas do
corpo de prova através de sua textura e composição quimica.
Serão relatados os procedimentos trancorridos no ensaio em laboratório,
descrevendo as etapas necessária para a preparação do corpo de prova para sua
analise no microscópio, e determinação de suas propriedades mecânicas.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A metalografia é um processo muito utilizado na obtenção das propriedades


de um material. Através dela conseguimos conhecer a estutrura do material, o que
nos permite estudar o comportamento de uma peça metálica.
Para a realização da análise, o plano de interesse da amostra é cortado,
embutido (se necessário), lixado, polido e atacado com reagente químico, de modo a
revelar as interfaces entre os diferentes constituintes que compõe o metal.
Neste relatório será apresentado a análise metalografica de uma alavanca de
freio de elevador, cujo material é ferro fundido nodular, sendo apresentado as etapas
realizadas durante a metalografia, com o intuito de encontrar as propriedades do
material, e posteriormente identificar as influências de suas propriedades em suas
aplicações.

3. METODOLOGIA

3.1. Materiais
- Amostra de Aço 1020;
- Máquina Embutidora (Arotec – PRE-30S)
- Disco de Corte abrasivo “Cut-off saw” (Arotec – COR-40)
- Lixadeiras
- Politriz
- Microscópio Eletrônico
- Computador

3.2. Métodos
3.2.1. Corte:
Processo pelo qual teremos a obtenção de uma porção do material a ser
analisado, como posterior corpo de prova. Já de posse do material a ser analisado,
deve-se proceder o corte do mesmo, evidando ao maximo imperfeições e rebarbas
na peça, o que ocassionaria diviculdades no processo de embutir esta porção no
baquelite, constituindo o corpo de prova.

3.2.2. Embutimento:
Neste processo teremos o embutimento da amostra do aço 1020, que será
revestido com baquelite. Este processo utiliza uma prensa de laboratório, onde é
depositado a amostra do aço 1020 em um molde, acrecentado o material granulado,
e com presão constante entre 100 a 150 kgf/cm² em temperatura controlada,
teremos a formação do revestimento de baquelite envolvendo a amostra do
aço1020.
Neste processo coloca-se a superfície a ser estudada em contato com o
êmbolo da prensa, sendo depositadas granalhas de aço ao seu redor, como intuito
de melhorar a qualidade do lixamento, posteriormente deposita-se a baquelite sobre
a amostra, e aplica-se a pressão juntamente com o fornecimento de calor, obtendo-
se após um determinado tempo a superfície da amostra revestida com a baquelite,
revestimento este, que tem como objetivo um manuseamento adequado da amostra
durante os processos posteriores.

3.2.3. Lixamento:
Neste processo procura-se eliminar as marcas deixadas pela ferramenta de
corte na amostra, melhorando assim, o acabamento superficial da amostra.
Utilizou-se lixas d'água de várias granulometrias diferentes, sendo que
inicialmente o processo consiste na utilização de lixas de maior granulometria, e
finalizando-se com a utilização de lixas de baixa granulometria, sendo que cada
troca de lixa ocasiona na rotação de 90º da amostra, com o intuito de que cada nova
lixa deve retirar as marcas deixadas pela lixa anterior.
3.2.4. Polimento:
O polimento tem como finalidade a retirada de todas as marcas ainda
existentes na amostra, melhorando assim o seu acabamento superficial. O processo
de polimento pode ser realizado de varias formas, sendo que o processo utilizado é
conhecido como processo mecânico, este tem como característica a utilização de
uma politriz, sendo a amostra trabalhada manualmente no disco de polimento.
Durante o processo de polimento pode–se utilizar diversos abrasivos, sendo
que os mais utilizados são a pasta de diamante e a alumina, o critério utilizado na
escolha do abrasivo utilizado depende das propriedades do material estudado, tendo
cada material seu abrasivo especifico.
Na metalografia realizada utilizou-se como abrasivo pasta de diamante,
devido as suas características de granulometria, dureza, forma dos grãos e poder de
desbaste.

3.2.5 Ataque químico:


Após ser realizado o polimento realiza-se o ataque químico na amostra, este
pode ser realizado utilizando-se de vários reagentes, sendo utilizado nesta amostra
em estudo, o nital. Com a realização do ataque pode-se verificar a presença de
fases distintas existentes na amostra, sendo o reconhecimento dessas fases
fundamentais para o entendimento das propriedades mecânicas do material

3.2.6. Análise Micrográfica:


Processo realizado com a utilização de um microscópico, que tem como
finalidade tornar mais fácil e nítida a microestrutura em observação, durante a
analise deve-se tomar alguns cuidados, como o correto posicionamento das
amostras, iluminação apropriada e técnicas fotográficas adequadas, com o objetivo
de melhorar a qualidade das imagens em estudo, ocasionando em um melhor
reconhecimento das propriedades micrográficas da amostra,

4. RESULTADOS
Após preparada a amostra metalografica, analisou-se com um aumento de
100 vezes em um microscópio, deve-se salientar que o aumento real obtido deve-se
ser corrigido pelo fator de aumento da câmera, que aproxima-se a 3.5 vezes,
selecionou-se uma região da amostra e calculou-se a fração de poros existentes no
material utilizando-se o método das áreas. Logo abaixo, é demonstrada as
diferentes áreas estudadas no interior de uma mesma amostra.

Figura 1 – Amostra com ataque.

Analisando-se a figura1, calculou-se a fração de poros existentes em cada


região da amostra.
Região 1 :
PP = Ap1/At1 PP = 14/81 PP = 17%
Região 2:
PP = Ap2/At2 PP = 21/81 PP = 26%
Região 3:
PP = Ap3/At3 PP = 23/81 PP = 28%
Região 4:
PP = Ap4/At4 PP = 27/81 PP = 33%
Calculando-se a fração de poros na amostra total encontrou-se:
PPt = (Ap1 + Ap2 + Ap3 + Ap4)/(At1 + At2 + At3 + At4) = 26%

5. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

As fotos tiradas no microscópio da amostra, após o ataque, mostram


claramente os “olhos de boi”, que são áreas de perlita que envolvem anéis de ferrita
ao redor do nódulo de grafita. Também foi possível estimar a porcentagem de
porosidade da amostra, que em relação à resistência mecânica de materiais é um
fator ruim.

6. CONCLUSÃO

Com a análise metalográfica pode-se comprovar uma das principais


características dos materiais fabricados a partir da metalurgia do pó, onde o ferro
fundido demonstrou possuir uma fração de poros considerável, cerca de 26%,
estando estes poros dispostos de maneira homogênea por toda a superfície em
estudo.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

(1) Http://www.metalmundi.com/si/site/1104?idioma=portugues.
(2) PADILHA, F.A. Materiais de Engenharia. Microestrutura e Propriedades. Curitiba
– PR: Hemus, 1997. Cap. 13.
(3) CALLISTER Jr, WILLIAM D. Ciência e Engenharia de Materiais. Uma Introdução.
Rio de Janeiro: LTC, 7ª Ed. Cap 9

Você também pode gostar