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PREPARAÇÃO E ANÁLISE
MICROESTRUTURAL DETERMINAÇÃO DE
TAMANHO DE GRÃO ANÁLISE DE
MICROESTRUTURAS
Nome do aluno: Cauã Pontes Brentan, Diego Huck Navarro, Rodrigo Morato de Souza Perfi
Santo André
2023
Sumário
1 Resumo
2 Introdução
3 Fundamentação teórica
4 Metodologia
4.1 Corte de amostra
4.2 Embutimento da amostra
4.3 Lixamento
4.4 Polimento
4.5 Ataque químico
4.6 Microscopia
5 Resultados e discussão dos resultados
5.1 Observação da microestrutura aço 1010
5.2 Tamanho de grão na amostra longitudinal
5.3 Tamanho de grão na amostra transversal
5.4 Observação da microestrutura do alumínio
6 Conclusões
Referências
1 Resumo
A determinação do tamanho de grão é uma etapa fundamental na
caracterização de materiais, pois afeta diretamente suas propriedades. A
microscopia óptica é uma ferramenta valiosa e acessível para essa finalidade,
permitindo a análise de diversos tipos de materiais. No entanto, a preparação
adequada da amostra desempenha um papel crucial na obtenção de resultados
precisos, envolvendo etapas como polimento e uso de reagentes apropriados.
Em resumo, a determinação do tamanho de grão por meio da microscopia
óptica é essencial para o desenvolvimento de materiais com propriedades
aprimoradas.
2 Introdução
A compreensão de microestruturas cristalinas se faz necessária para
diversas áreas da engenharia, pois a partir de sua manipulação e
compreensão, faz-se possível a determinação de diversas propriedades do
material, possibilitando a escolha de um material que se adeque melhor a
determinadas aplicações. Um exemplo claro disso é o emprego do alumínio
para as estruturas de carroceria de carros, como observado no modelo Jaguar
Land Rover Discovery 4. A escolha do alumínio se dá por seu baixo peso e alta
resistência mecânica, sendo o material ideal para que o veículo permaneça
com o menor peso possível sem que haja menor resistência à impactos (como,
por exemplo, os que ocorrem acidentes) (TIBURCIO; ALVARENGA, 2017).
3 Objetivos
O presente relatório tem como principal objetivo analisar de forma
experimental as microestruturas de dois materiais metálicos distintos,
analisando seus grãos e determinando o seu tamanho a partir da utilização de
um microscópio óptico de luz refletida. Tem também como objetivo auxiliar na
compreensão de técnicas básicas de preparação de amostras para a análise
estrutural.
4 Metodologia
4.1 Corte de amostra
Para a realização do experimento em questão, inicialmente
empregou-se uma cortadeira do tipo cut-off (conforme ilustrado na Figura 1)
para extrair amostras tanto na direção transversal quanto na longitudinal do aço
1010. A cortadeira cut-off é reconhecida por sua alta precisão no processo de
corte de amostras metalográficas. Por conseguinte, adotou-se medidas
rigorosas no manuseio e na preservação das amostras. É imperativo que o
corte seja realizado utilizando um disco diamantado extremamente fino,
operando a alta rotação e baixa velocidade de avanço, com o objetivo de
prevenir qualquer fratura nas amostras (ANINA DEDAVID; ISSE GOMES;
MACHADO, [s.d.]).
Além disso, é importante ressaltar que o processo de corte pode gerar calor
suficiente para, em certos casos, prejudicar ou modificar a superfície das
amostras. Portanto, é essencial a utilização de líquidos refrigerantes, sendo
que, no presente estudo, optou-se pelo uso de água (ANINA DEDAVID; ISSE
GOMES; MACHADO, [s.d.]).
Para melhorar o processo de embutimento foi utilizada uma lixadeira com uma
lixa 220 para a retirada de irregularidades maiores causadas pelo corte na
amostra.
Além disso, um pequeno fluxo de água é aplicado nas lixas. A água atua
como um lubrificante entre a superfície da amostra e o abrasivo, reduzindo o
atrito e o desgaste excessivo do abrasivo, o que, por sua vez, contribui para a
melhoria da qualidade da superfície.
Figura 4: Lixadeiras empregadas no procedimento de lixamento do aço 1010.
4.4 Polimento
A seguir, a amostra foi submetida a um processo de polimento,
utilizando um disco giratório revestido com pano de polimento de feltro. Para
alcançar um polimento eficaz, empregou-se uma suspensão aquosa de
alumina (óxido de aluminio - Al2O3) com partículas de granulometria de 1 µm
como agente abrasivo. Para obter os melhores resultados, é recomendado
manter um movimento constante da amostra em contato com a superfície de
polimento, seguindo um padrão de movimento em forma de oito, quando se
utiliza a solução aquosa de alumina de forma contínua.
Figura 5: Ataque químico realizado na amostra de aço 1010. a) Aplicação da solução de Nital
3% (uma mistura de álcool etílico e ácido nítrico) em um recipiente de vidro. b) Submersão da
amostra de aço 1010 na solução de Nital 3%. c) A amostra de aço 1010 é deixada na solução
por um período de 3 a 4 minutos para o processo de tratamento.
4.6 Microscopia
Posteriormente, a fim de analisar as microestruturas do aço 1010 e do
alumínio, foram utilizadas amostras previamente preparadas utilizando o
procedimento descrito anteriormente e, a partir da utilização de um microscópio
óptico (Figuras 6 e 7), foi realizada a análise das microestruturas dos materiais
e, a partir do software axiovision foram realizadas fotografias da superfície das
amostras com uma lente de 20X e aumento de 10X e, a partir delas, foram
realizadas as determinações de tamanho de grão dos materiais analisados.
Figura 6:Microscópio óptico.
Figura 8: Micrografia das amostras do aço 1010 do corte longitudinal em três regiões a, b e c
da amostra.
Figura 9: Micrografia das amostras do aço 1010 do corte transversal em três regiões a, b e c
da amostra.
O aço 1010 é uma liga de ferro e carbono que pode conter, em sua
composição, pequenas porcentagens de manganês, enxofre, fósforo e outros
elementos. O enxofre e o fósforo costumam ser elementos residuais
indesejáveis encontrados na composição química(ALVES DA CONCEIÇÃO et al.,
[s.d.]).
Figura 10: (a) Micrografia do aço SAE 1010 em aumento de 400x, com a presença das fases
ferrita (clara) e perlita (escura); (b) Microestrutura aço SAE 1010.
Figura 12: Cálculo para a determinação do tamanho de grão do aço 1010 do corte longitudinal.
Figura 16: Cálculo para a determinação do tamanho de grão do aço 1010 do corte longitudinal.
Tabela 2: Resultados dos cálculos da determinação do tamanho do grão.
Figura 18: Cálculo para a determinação do tamanho de grão do aço 1010 do corte transversal.
Figura 21: Cálculo para a determinação do tamanho de grão do aço 1010 do corte transversal.
Tabela 3: Resultados dos cálculos da determinação do tamanho do grão.
6 Conclusões
O tamanho de grão desempenha um papel crucial na caracterização de
materiais, influenciando diretamente suas propriedades. A microscopia óptica
se destaca como uma ferramenta valiosa para determinar esse tamanho,
destacando-se por sua facilidade de uso, custos acessíveis e a capacidade de
analisar uma ampla variedade de materiais. No entanto, para garantir
resultados precisos, é fundamental a preparação meticulosa da amostra,
incluindo etapas de polimento, limpeza e o uso de reagentes apropriados. Para
o aprimoramento da contagem de grãos no futuro, é importante considerar a
melhoria da qualidade das imagens capturadas, uma vez que isso pode
apresentar desafios na execução da tarefa. O uso de técnicas avançadas de
imagem, aprimoramento de iluminação e processamento de imagens podem
ser implementados para aperfeiçoar a análise do tamanho do grão,
contribuindo para resultados mais precisos e confiáveis.
Referências
ALVES DA CONCEIÇÃO, L. et al. ESTUDO DA MORFOLOGIA E DAS
PROPRIEDADES MECÂNICAS DO AÇO 1010 ESTUDIO DE LA
MORFOLOGIA Y DE LÃS PRIPRIEDADES MECÂNICAS DEL ACERO 1010
STUDY OF THE MORPHOLOGY AND MECHANICAL PROPERTIES OF 1010
STEEL. [s.l: s.n.].
ANINA DEDAVID, B.; ISSE GOMES, C.; MACHADO, G. MICROSCOPIA
ELETRÔNICA DE VARREDURA MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE
VARREDURA. [s.l: s.n.].
NEVES, A. D. S. et al. Caracterização mecânica e microestrutural de um aço
com baixo teor de carbono – SAE 1010. Revista Eletrônica TECCEN, v. 11, n.
1, p. 10–17, 6 jun. 2018.
ROHDE, R. A. METALOGRAFIA PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS Uma
abordagem pratica Versão-3.0. [s.l: s.n.]. Disponível em:
<www.urisan.tche.br/~lemm>.
OSÓRIO, Wislei Riuper et al. Efeito das diferentes morfologias estruturais e
tamanho de grão na resistência à corrosão em amostras de alumínio e zinco
puros. In: 6o Conferência sobre Tecnologia de Equipamentos, 2002.
TIBURCIO, G. G.; ALVARENGA, I. DA S. As novas aplicações do alumínio na
indústria automobilística. Repositório Unitau, 2017.