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1. METALOGRAFIA
A metalografia é a ciência que estuda os metais e ligas metálicas, quando nos mesmos
obtivermos uma superfície plana, lixada, polida, e por via de regra atacada por um reativo
adequado, cuja imagem obtida será visualizada e interpretada.
A maioria dos ensaios metalográficos realizados são destrutivos, pois retira-se amostras
para análise do material ou peça solicitada. Mas, nem sempre isso é possível, devido as
condições que não permitem retirar amostras da peça, ou que proíbam sua destruição,
especialmente em peças de grande porte. Por este motivo, foram desenvolvidas técnicas para
a realização do ensaio “in loco”, conservando-se as características de precisão do ensaio,
ensaio metalográfico não destrutivo.
Procura relacionar a estrutura íntima do material com as suas propriedades físicas, com o
processo de fabricação, com o desempenho de suas funções e outros. Quanto ao grau de
aplicação com que a imagem metalográfica é visualizada, a metalografia está classificada em:
macrográfico e micrográfico.
É a análise da seção de uma peça previamente polida e em geral atacada por um reagente
especifico e apropriado para cada tipo de metal, de modo a expor a macro-estrutura da peça
em análise. Nas amostras soldadas, cada solução revela diferentes defeitos e áreas na solda.
Por exemplo, em certos aços, o ácido hidroclorídrico dissolve inclusões de escória e revela
poros, enquanto o ácido nítrico é usado para revelar a zona de grãos refinados bem como o
metal de solda. Esta análise macrográfica é feita à vista desarmada (sem equipamento) ou com
auxílio de lupa. Em soldagem, estamos interessados em verificar no Ensaio Macrográfico, a
geometria (altura e largura dos reforços de solda e dimensões das pernas das soldas de filete)
e organização dos cordões de solda depositados na junta em questão, a presença ou não de
descontinuidades de soldagem, a região de transição entre o metal de base e o metal de solda,
chamada de ZTA (Zona TermicamenteAafetada) ou ZAC (Zona Afetada peloCcalor). O registro
deste ensaio é feito através de fotografias anexadas a um relatório.
Macrografia de solda.
A estes cristais dá-se o nome de grãos. Com o auxílio de uma técnica apropriada,
consegue-se tornar visível a textura microscópica do material, pondo assim em evidência os
diversos grãos de que é formado.
Às vezes é necessário particionar o corpo de prova para obterem-se amostras que servirão
para análise metalográfica. Operações mecânicas como torneamento, aplainamentos e outras,
impõem severas alterações micro estruturais devido ao trabalho mecânico a frio. O corte
abrasivo oferece a melhor solução para este seccionamento, pois elimina por completo o
trabalho mecânico a frio, resultando em superfícies planas com baixa rugosidade, de modo
rápido e seguro. O equipamento utilizado para o corte conhecido como “cut-off”, ou policorte,
com discos abrasivos intensamente refrigerados (evitando deformações devido ao
aquecimento) a relativas baixas rotações é largamente utilizado nos laboratórios
metalográficos.
A escolha da seção a ser cortada depende dos objetivos do ensaio. O aspecto da seção
longitudinal de barras com segregação depende da maneira pela qual o corte seciona esse
defeito.
Assim sendo, não é prudente concluir que uma barra apresenta uma segregação maior do
que outra, conhecendo-se apenas sua seção longitudinal.
3. Embutimento da amostra
4. Lixamento
Operação que tem por objetivo eliminar riscos e marcas mais profundas da superfície
dando um acabamento a esta, preparando-a para o polimento. Existem dois processos de
lixamento, manual (úmido ou seco) e automático. Devido ao grau de perfeição requerida no
acabamento de uma amostra metalográfica idealmente preparada, é essencial que cada etapa
da preparação seja executada cautelosamente, é um dos processos mais demorados da
preparação de amostras metalográficas.
5. polimento
A operação de limpeza pode ser feita simplesmente por lavagem com água, porém,
aconselha-se usar líquidos de baixo ponto de ebulição (álcool etílico, fréon líquido, etc.) para
que a secagem seja rápida. Existem cinco processos para a obtenção de uma superfície polida
isenta de riscos. São eles:
➢ Processo mecânico;
➢ Evitar fricção excessiva;
➢ Evitar pressão excessiva sobre a amostra (aplicar um pouco mais que o próprio peso
da amostra).
Os materiais podem ser divididos em três grupos principais de acordo com o método de
polimento mais indicado. Materiais homogêneos comuns (aço, cobre, etc.); usa-se o polimento
mecânico (pasta de diamante) podendo ainda ser usado o polimento eletrolítico. Materiais
heterogêneos (ferro fundido, alumínio, ligas); são mais bem trabalhados por meio de polimento
mecânico (pasta de diamante). Deve-se, porém, dar um tratamento especial durante o
polimento mecânico do alumínio e suas ligas. Metais especiais (metais preciosos, tungstênio,
ligas de cobre, etc.); para este grupo o polimento mais indicado é o mecânico-eletrolítico.
6. Ataque químico
6.1 Macroataque
Evidencia a macroestrutura, o qual pode ser observado a olho nu ou através de uma lupa
de baixo aumento.
6.2 Microataque
Evidencia a estrutura íntima do material em estudo, podendo esta ser observada através
de um microscópio metalográfico.
Após o ataque químico a amostra deve ser rigorosamente limpa, para remover os resíduos
do processo, através da lavagem em água destilada, álcool ou acetona, e posteriormente seca
através de jato de ar quente.
Bibliografia:
http://www.eticalaboratorio.com.br/laboratorio-metalurgico/ensaios-
metalograficos/ensaio-de-macrografia/
http://www.eticalaboratorio.com.br/laboratorio-metalurgico/ensaios-
metalograficos/ensaio-de-micrografia/
http://www.urisan.tche.br/~lemm/metalografia.pdf
http://www.spectru.com.br/ensaio_metal.pdf
Adaptado de: