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Centro de Tecnologia – CT
Departamento de Engenharia Mecânica – DEM
Materiais de Construção Mecânica I
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1.Introdução……................................................................ 3
2.Objetivo…........................................................................ 4
3.Procedimento de caracterização………………............4
3.1 Introdução……………………………………………………….4
3.2 Procedimentos………………………………….………………..4
3.3 Materiais…………………………………………………………5
3.4 Lixamento………………………………………………………..7
3.5 Análise metalográfica…………………………………………...8
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................16
6. BIBLIOGRAFIA ……………………………………...16
1. Introdução
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Desde o início da civilização, os materiais e energia são utilizados para melhorar a condição
de vida da espécie humana. A transformação de matérias em bens acabados é uma das atividades mais
importantes na economia moderna. Por conta disso é indispensável uma etapa de planejamento do
processo de produção, selecionando diversos materiais, satisfazendo as necessidades técnicas
exigidas.
A natureza e comportamento dos materiais estão basicamente associados aos tipos de átomos
e seus respectivos arranjos. Ou seja, a forma com que os elementos se arranjam no espaço determinará
as características do material, sendo constituído por um ou mais elementos químicos.
O estudo dos materiais visa conhecer suas composições, estruturas internas e propriedades, e
também a regularidade de suas alterações sobre influência térmica, química ou mecânica. Não só
revelando a estrutura interna e as propriedades, como também estabelece a dependência entre elas,
determinado o processo de fabricação e a composição ideal para obter as características físicas e
mecânicas desejadas.
Para isso podem ser utilizadas técnicas de usinagem e tratamentos variados, além de adição de
elementos específicos, satisfazendo as necessidades de cada peça. Tais como:
○ Tenacidade: representa uma medida da habilidade de um material para absorver energia até
sua fratura;
○ Ductilidade: representa uma medida do grau de deformação plástica que foi suportado até o
momento da fratura;
É possível com isso fazer um melhor aproveitamento dos materiais, proporcionando uma
economia na fabricação ou criando ligas mais adequadas para cada situação. Com o conhecimento das
técnicas de usinagem e suas consequências na estrutura interna, atrelado com as propriedades de cada
microestrutura é possível identificar a composição da amostra.
2. Objetivo
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Procedimento experimental de caracterização microestrutural para aços comuns ao carbono
usando técnicas convencionais. E determinação experimental de propriedades mecânicas através de
ensaio de tração e dureza.
3.1 Introdução
3.2 Procedimentos
O primeiro passo foi a preparação do corpo de prova cerrando uma amostra de aço utilizando
um arco de serra, a qual foi posteriormente, embutida em baquelite, a uma temperatura e pressão x,
para a finalidade de um melhor manuseio de peças pequenas, processo que demorou em média 15
minutos.
Embutimento: consiste em circundar a amostra com um material adequado, pode ser a frio e quente,
dependendo da amostra a ser embutida.
Após esse processo damos início ao lixamento, esta etapa teve o objetivo de eliminar os riscos
e marcas profundas da superfície da amostra, proporcionando um acabamento a liga, sendo realizado
em três etapas trocando-se a lixa, a fim de reduzir as trilhas de desbaste, sendo possível a visualização
da microestrutura no microscópio. O procedimento funcionou da seguinte forma:
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● Troca de lixa por uma de grão menor;
3.3 Materiais
○ Amostra;
○ Embutidora;
○ Politriz metalográfica;
○ Pasta de diamante;
○ Nitral;
○ Microscópio.
Figura 2 : Amostra
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Figura 3 : Lixadeira metalográfica manual de 4 pistas
Figura 4 : Microscópio
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A primeira lixa usada foi 300, seguida pelas lixas 400, 600, 800, 1200, nessa ordem. A troca
de lixa se faz quando os traços, presentes na superfície do metal, são reduzidos para um determinado
grão de lixa. Após isso é trocada a lixa por uma de grão maior, mudando a rotação da amostra em 90°,
com o objetivo de retirada do máximo possível de linhas de desbaste.
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procedimento de rotação da amostra garante uma superfície mais homogênea. Após se verificar
menores ou nenhuma irregularidade superficial no microscópio, o processo de lixamento é concluído.
Para efeito de comparação inicia-se esta seção com a microscopia da amostra como recebida
após passar pelo polimento. O exame ao microscópio da superfície polida, sem ataque químico, revela
algumas características como inclusões, trincas, e outras imperfeições físicas. Para identificar
características microestruturais ou frases presentes na amostra é utilizado o ataque químico com Nital
a 4% de ácido nítrico para que a microestrutura seja observável na microscopia, a amostra foi imersa
na solução por um tempo muito curto, para não haver modificação na estrutura física.
Após o ataque a amostra foi secada e então levada ao microscópio, permitindo a análise das
estruturas da amostra com alta precisão. Como parte final, se faz a comparação com as imagens da
literatura, a partir desta etapa nota-se uma estrutura de perlita com poucas áreas de ferrita. Pela
literatura foi possível associá lo ao aço de baixo carbono 0<C <0,25 %
Per
lita
Ferri
ta
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Após os procedimentos realizados anteriormente para a realização da análise metalográfica da
amostra, foram procedidos ensaios de dureza e tração sobre a amostra com intuito de saber ainda mais
sobre a natureza do material em análise.
O ensaio de dureza, é utilizado principalmente para atender todos ou alguns desses 3 principais
objetivos:
O ensaio de dureza é considerado um ensaio não destrutivo. Ele deixa uma pequena marca na
peça que não compromete o seu desempenho técnico e é um dos ensaios mecânicos mais populares
nas indústrias. Existem diversos meios de realizar o ensaio de dureza. Atualmente, o método mais
utilizado é o por penetração, no qual uma carga é realizada por um determinado período de tempo
sobre uma superfície através de um penetrador. A dureza é avaliada através da deformação deixada na
superfície da peça.
- Dureza Brinell
- Dureza Vickers
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No ensaio de dureza Brinell comprime-se lentamente uma esfera de aço temperado
sobre uma superfície plana, polida e limpa de um metal, por meio de uma carga, durante certo
tempo, produzindo uma calota esférica. A dureza Brinell é representada pelas letras HB, que
vem do inglês Hardness Brinell (dureza Brinell). A dureza Brinell (HB) é a relação entre a
carga aplicada e a área da calota esférica impressa no material ensaiado. Em outras palavras
podemos definir a dureza Brinell como:
Outro fato que podemos perceber também é que uma das grandes desvantagens do
ensaio Brinell é o tamanho do penetrador, que muitas vezes causa danos consideráveis à peça
analisada, como podemos ver abaixo as marcações no teste na amostra.
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Figura 12 : Amostra após microdureza de Brinell.
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Foram realizados 4 ensaios de microdureza Vickers, sendo 2 para Ferrita e 2 para Perlita.
Ferrita 50 146
Ferrita 25 127
Perlita 25 216
Perlita 25 218
Tabela 2 : Dados obtidos no ensaio de Vickers
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O ensaio de tração consiste na aplicação de uma força de tração axial num corpo de
prova padronizado, promovendo a deformação do material na direção do esforço, que tende a
alongá-lo até fraturar (Figura 14). Devido à facilidade de execução e reprodutibilidade dos
resultados, este ensaio é amplamente utilizado. Com ele é possível determinar o gráfico de
Tensão Deformação e medir as propriedades de Resistência à Tração, Módulo de
Elasticidade, Tensão no Escoamento, Tensão na Ruptura, Deformação no Escoamento,
Deformação na Ruptura, etc.
Em uma máquina universal de ensaio, projetada para esse tipo de ensaio, os dados são
obtidos e computados durante todo o processo, permitindo assim, a posterior análise das
informações referentes ao material empregado.
Valores
Largura 8,22 mm
Espessura 1,67 mm
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Figura 17 – Gráfico da Curva Tensão (σ) x Deformação (ε)
Podemos definir o alongamento (A) do corpo de prova, com uma simples relação,
levando em consideração o comprimento inicial e final definido por:
Sendo assim:
L0 = 40,22 mm
Lf= 52,30 mm
A=(52,30-40,22)/40,22
A= 0,3 mm
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Figura 18- Deformação do material
A partir da análise do gráfico e dos dados fornecidos junto com ele é possível
observar que a deformação do material foi de 12,49%
fazendo os cálculos e partindo de L0 = 40,22 mm é possível obter a equação 40,22 x 0,1249
= 5,023 mm
- Tensão de escoamento
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Figura 19 – Tensão de Escoamento do material
Sendo Assim:
𝜎1=0 Mpa
𝜎2= 300 Mpa
Ɛ1=0
Ɛ2=0,01
E= (300-0)/(0,01-0)
E= 30 Gpa
- Estágios principais da Curva Tensão (σ) x Deformação (ε)
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Figura 20 – Estágios definidos do Gráfico da Curva Tensão (σ) x Deformação (ε)
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5. Conclusão
6. Bibliografia
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