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RELATÓRIO DE METALOGRAFIA
Turma: 2022.2 - 01
SÃO CRISTOVÃO – SE
09/05/2023
RELATÓRIO DE METALOGRAFIA
São Cristovão - SE
2023
SUMÁRIO
Objetivos ------------------------------------------------------------------------------------------ 1
Introdução ----------------------------------------------------------------------------------------- 2
Definição e aplicação das técnicas de metalografia -------------------------------- 2.1
Definição dos tratamentos térmicos empregados na aula prática -------------- 2.2
Resultados --------------------------------------------------------------------------------------- 4
Fotos da amostra lixada -------------------------------------------------------------------- 4.1
Fotos da microestrutura após o Tratamento Térmico ----------------------------- 4.2
Comparação da microestrutura antes e após o Tratamento Térmico -------- 4.3
Conclusão ----------------------------------------------------------------------------- 5
2. Introdução
A metalografia é uma técnica de aná lise microestrutural que estuda a microestrutura dos metais e
suas ligas. Ela é uma ferramenta fundamental para a compreensã o das propriedades mecâ nicas, físicas
e químicas dos materiais metá licos e sua aplicaçã o em diversas indú strias, como a automotiva,
aeroná utica, naval, petroquímica, entre outras.
As técnicas de metalografia consistem em preparar uma amostra do material metá lico, que será
observada em microscó pio ó ptico ou eletrô nico de varredura. O processo de preparaçã o inclui o corte,
o lixamento, o polimento e o ataque químico da superfície da amostra para revelar sua microestrutura.
A partir da aná lise dessa microestrutura, é possível identificar a presença de fases, porosidade, trincas,
inclusõ es e outros defeitos que podem afetar o desempenho do material.
Entre as técnicas de metalografia mais utilizadas estã o a metalografia ó ptica, a microscopia
eletrô nica de varredura, a difraçã o de raios X e a espectroscopia de emissã o ó ptica. Cada técnica tem
suas vantagens e limitaçõ es, e a escolha da técnica adequada depende do tipo de material, do objetivo
da aná lise e da disponibilidade de equipamentos.
A metalografia é aplicada em diversas á reas da engenharia, como na seleçã o de materiais para peças
e componentes, no controle de qualidade de produtos, no desenvolvimento de novos materiais e na
investigaçã o de falhas e quebras de componentes em serviço. Ela também é utilizada em pesquisa
acadêmica para o estudo da estrutura e propriedades de materiais metá licos.
3. Materiais e Métodos
De uma barra de aço 1020, utilizado a cortadora metalográ fica, foi-se cortada uma pequena
amostra. Em seguida, foi realizado o lixamento de maneira manual, utilizando-se lixas d’á gua, até a lixa
nú mero 1200. Apó s isso, foi visualizada a estrutura interna do material (antes do tratamento), para
realizar o tratamento em seguida e comparar.
Imagem 1: Peça metá lica utilizada. Imagem 2: Peça metá lica lixada.
Apó s o preparo inicial, foi realizado o processo de tratamento térmico, que consistiu na têmpera e
revenido.
A têmpera foi o primeiro passo do processo, que consistiu em aquecer o metal dentro de um forno,
sob uma temperatura de 930° C durante uma hora, para resfriá -lo rapidamente em seguida, com á gua.
Esse resfriamento gera o "choque térmico", que torna a estrutura do metal mais dura e resistente, mas
também mais frá gil.
O revenido foi o segundo passo do processo, que consistiu em aquecer o metal temperado a uma
temperatura mais baixa, abaixo da zona crítica, e mantê-lo nessa temperatura por um determinado
período de tempo. Com esse processo, entã o, nó s aliviamos a tensã o interna do material, o tornando
menos frá gil e aumentando a sua tenacidade.
Onde,
• Dm = Diagonal média
• F = carga da má quina
• 1,8544 = Constante
4. Resultados
2. Atenção à pressão exercida: aplicamos uma pressã o uniforme ao lixar a peça, pois pressã o
excessiva pode causar sulcos e arranhõ es profundos, enquanto pressã o insuficiente pode
deixar marcas de lixa superficiais.
3. Remoção completa de marcas de lixa anteriores: antes de lixar com uma lixa mais fina, era
necessá rio que certificassemos de que todas as marcas de lixas anteriores tinham sido
removidas.
5. Limpeza adequada: apó s o lixamento, limpamos cuidadosamente a peça para remover todas
as partículas de poeira e resíduos de lixa.
Abaixo segue as imagens obtidas através do microscó pio da aná lise da amostra lixada:
Fonte: Autoral.
Apó s a finalizaçã o do lixamento de vá rios grupos, algumas conclusõ es foram tiradas sobre
problemas que houve durante o processo. Dentre elas destaca-se a grande dificuldade de lixamento das
bordas da amostra utilizada, onde mesmo realizando os movimentos necessá rios para um bom
lixamento nã o foi possível obter resultados satisfató rios. Esse problema se dá á alguns fatores
perceptíveis durante os processos realizados, como as má s condiçõ es das lixas utilizadas, onde era
quase impossível obter um nivelamento da base da amostra.
A principal soluçã o para resolver esse problema seria a realizaçã o do embutimento. Nessa técnica, a
amostra é embutida em uma resina ou material semelhante para permitir o seu lixamento e polimento
de forma precisa. Com isso seria possível a nivelaçã o da base do material para um lixamento melhor.
. Fonte: Autoral.
Fonte: Autoral.
Apó s todos esses processos foi possível realizar uma comparaçã o entre a microestrutura do material
metá lico antes e depois do tratamento térmico. As fotos acima foram tiradas do material antes do
tratamento, e se compararmos com as fotos do tó pico anterior, 5.2, podemos observar que apó s esses
processos foi criado uma fase cristalina metaestá vel e desordenada resultante da formaçã o da
martensita através da austenita aquecida a cima da sua temperatura de transformaçã o.
Devido ao revenimento esses á tomos se redistribuiram resultando a transformaçã o da martensita na
perlita e ferrita revenida.
5. Conclusão
Apó s a têmpera e revenimento, a estrutura do material é geralmente mais resistente e dura do que
a estrutura original. Como prova disso, este trabalho mostra um aumento na dureza com os valores
obtidos através do método Vickers. No material sem tratamento, obteve-se o resultado de 185,78 HV
na medicaçã o de dureza realizada, já no teste com o mesmo material temperado e revenido, chegou-se
ao valor de 257,18 HV, o que representa um considerá vel aumento, com uma dureza maior em quase
40%. O resultado final da estrutura do material apó s a têmpera e revenimento dependerá do tipo de
material, dos parâ metros de temperatura e tempo utilizados durante o tratamento térmico e do
processo de resfriamento. Em geral, a estrutura final será uma combinaçã o de martensita, austenita
retida e precipitados, que proporcionam uma combinaçã o de dureza, resistência e tenacidade.
Ademais, durante a realizaçã o de todo o experimento, aconteceram intempéries com o corpo de
prova utilizado, o que dificultou a aná lise no microscó pio. Inicialmente, com um erro no corte do
material, o corpo de prova ficou demasiadamente alto, o que exigiu muito cuidado durante as etapas de
lixamento. A altura do corpo de prova também foi um problema durante a aná lise em microscó pio e
fez-se necessá rio o corte do excesso de material, entretanto, a superfície ficou irregular e prejudicou
minimamente a aná lise no microscó pio, contudo, os resultados da visualizaçã o no microscó pio ficaram
ligeiramente prejudicados. Por fim, para a realizaçã o do ensaio de dureza, a base do corpo de prova foi
lixada para torná -la o mais plana possível para fornecer resultados o mais preciso tanto quanto
possível. Deste modo, os erros relativos dos valores medidos em relaçã o aos valores calculados se
devem ao fato da interferência humana no experimento.
6. Referências Bibliográficas
Metalografia: por que analisar a propriedade da matéria? | Soluções (solucoesufv.com.br)
O que são tratamentos térmicos? - EESC jr.
APOSTILA_METALOGRAFIA.pdf (usp.br)