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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ

UNIVERSIDADE DE FORTALEZA - UNIFOR


CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS
CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

JOSÉ ARIMATÉA MENDES NETTO

ENSAIO JOMINY

FORTALEZA-CE
2023
ENSAIO JOMINY

Relatório técnico apresentado como


requisito parcial para obtenção da
aprovação na disciplina Materiais de
Engenharia e Seus Tratamentos, no
curso de Engenharia Mecânica, na
Universidade de Fortaleza.
Professor: Me. Adroaldo José Silva de
Moura Filho

Fortaleza
2023
RESUMO

As ligas de aço possuem vasta gama de aplicações desde pequenos


equipamentos eletrônicos a vultuosos projetos de engenharia. Visto isso, há
necessidade de conhecer as características do material para que possa ser
empregado no projeto. Este trabalho tem como objetivo avaliar a temperabilidade de
duas diferentes peças de aço, confrontando suas propriedades mecânicas. Nessas
sendo empregada o ensaio Jominy, realizado no laboratório da Universidade
de Fortaleza (UNIFOR). Seguindo a metodologia orientada pela Prof. Adroaldo
baseando-se nas normas ABNT NBR 6339 e ASTM A255–10. São amostra de
tamanhos padronizados e de diferentes ligas de aço SAE 4340 e SAE 8620,
cujos são comumente conhecidos no mercado devido sua singular importância na
indústria metal mecânica visto o leque de aplicabilidade e eficiência quando
solicitado. Como resultado, cada amostra de aço apresentou diferentes durezas
para as mesmas distancias isso devido a diferença de temperabilidade das ligas de
aço.

Palavras-chaves: Aço. Temperabilidade. Dureza.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Peça Padrão ............................................................................................. 10

Figura 2: Forno ......................................................................................................... 11

Figura 3: Dispositivo Resfriamento .......................................................................... 11

Figura 4: Durômetro Rockwell .................................................................................. 12

Figura 5:Gráfico 8620............................................................................................... 14

Figura 6: Gráfico 4340.............................................................................................. 14

Figura 7: Correlação................................................................................................. 14
LISTA DE TABELAS

Tabela 1:Medições ................................................................................................... 13


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 7
1.1. Objetivos..................................................................................................... 7
1.1.1. Objetivo Geral ....................................................................................... 7
1.1.2. Objetivos específicos ............................................................................ 8
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................................... 9
2.1. Ensaio ......................................................................................................... 9
3. METODOLOGIA ............................................................................................... 10
4. RESULTADO .................................................................................................... 13
5. CONCLUSÃO ................................................................................................... 15
6. REFERÊNCIAS ................................................................................................ 16
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1. INTRODUÇÃO

Os aços, em geral, apresentam bastante eficiência nas áreas em que são


empregados, devido as suas diversas propriedades mecânicas. Sendo usados
massivamente na engenharia, mas para tal é necessário o conhecimento de
informações peculiares dessas ligas metálicas com o fim de aplicá-lo
adequadamente.

Para o uso desse material há necessidade de avaliá-lo bem como de saber a


qual esforço ele estará submetido, para, então, determinar os elementos de liga e,
consequentemente, as propriedades mecânicas necessárias para atender a
atividade. São informações como essas que impactam na seleção do aço e/ou nos
possíveis tratamentos térmicos, logo esses dados também são levados em conta
para a viabilidade da execução do projeto visto o custo de produção destes.

Com a necessidade de endurecer peças, em especial o aço, “Foram


desenvolvidas técnicas experimentais que permitem a determinação das durezas
em cada ponto de uma peça, desde que conhecidos a composição química do aço,
tamanho de grão da austenita e as velocidades de resfriamento em cada posição
dessa peça.” (SCHEIDEMANTEL, 2014, p.1)

Com tudo, o ensaio de temperabilidade Jominy, padronizado pela norma ABNT


NBR 6339, semelhante ao ensaio Grossman, submete a amostra um resfriamento
rápido em água em uma das extremidades. Sendo possível a comparação de
características de vários diferentes materiais, uma vez que mensura a
temperabilidade da peça correlacionando os dados de resistência mecânica.

1.1. Objetivos

1.1.1. Objetivo Geral


O objetivo deste relatório técnico consiste em verificar a temperabilidade dos
aços estudados, correlacionando suas propriedades mecânicas obtidas, a partir de
diferentes taxas de resfriamento.
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1.1.2. Objetivos específicos


Os objetivos específicos do trabalho são:

 Realizar a correta avaliação dos diagramas TTT e TRC, de modo que


o mesmo verifique a influência da composição química do aço na sua
construção e nas fases obtidas a partir de diferentes taxas de
resfriamento.

 Construir curvas de temperabilidade dos diversos aços.


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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. Ensaio
Os tratamentos térmicos são estratégias usadas rotineiramente, na indústria
metal mecânica, para transformar, de maneira prática, as propriedades dos aços.
Sejam elas para endurecimento ou para usinabilidade.

Endurecimento é sinônimo de Temperabilidade, ou seja, capacidade de um


aço formar martensita durante o processo de resfriamento. Este é bastante aplicado
em peças industriais cujas necessitam de características diferentes ao longo do
material. A exemplo das engrenagens, que a superfície é extremamente dura, capaz
de suportar o atrito e o choque com outras peças, porém o seu núcleo possui menor
dureza, visto que este necessita de boa tenacidade para absorver as tenções de
trabalho sofrida pela peça. Assim, não acumulando tenções e evitando a trinca a frio
desse material.

Para a realização de tratamentos térmicos é necessário o conhecimento de


normas e parâmetros para padronizar os processos que serão realizados em outro
momento. Com isto, para a finalidade de conhecimento e de quantificação da
temperabilidade dos materiais submetidos ao processo de endurecimento existem
dois ensaios semelhantes.

Os ensaios Grossmann e Jominy tem a mesma função avaliar a


temperabilidade do aço, mas seus procedimentos se distinguem quanto a execução
do ensaio. Neste experimento aplicamos o ensaio Jominy visto a praticidade e a
facilidade de execução da pratica.

.
10

3. METODOLOGIA

3.1. Equipamentos e materiais utilizados


• Forno Mufla
• Dispositivo para realização do Ensaio Jominy
• Tesoura Longa
• Luvas
• Durômetro Rockwell

3.2. Procedimentos Experimentais


Para início do experimento os corpos de prova devem estar com as dimensões
de acordo com ABNT NBR 6339. A qual padroniza a geometria da peça de acordo
com a Figura 1.

Figura 1: Peça Padrão

Fonte: ABNT NBR 6339, 2016

Para esta prática foi utilizada apenas uma peça para fins didáticos, devido ao
tempo de aula.

A temperatura alcançada pelo forno, como mostra na Figura 2, está na faixa de


850º a 870ºC, passados alguns minutos a peça foi retirada do forno garantindo a
austenitização da amostra. O operador ao retirá-la deve estar equipado com luvas, e
tesoura longa para poder manusear a peça. Em seguida, a amostra é acoplada ao
equipamento de resfriamento, este, também, deve estar condizente com a NBR
6339, onde passará no mínimo dez minutos sendo resfriada à água.
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Figura 2: Forno

Fonte: Autor, 2023

Passado esse tempo a peça deve ser resfriada ao ar, e só deve ser
manuseada novamente ao atingir a temperatura ambiente, de acordo com a Figura
3.

Figura 3: Dispositivo Resfriamento

Fonte: Autor, 2023

Antes de iniciar a medição da dureza da amostra, todo o comprimento da peça


deve ser retificado com a finalidade de polir e retirar a camada de oxido na
superfície da peça. Esta retifica não pode gerar nenhum aquecimento na superfície
da amostra, caso isto aconteça a superfície apresentará resultado falso.
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O último passo é a marcação da região a ser medida e então realizado o


ensaio de dureza com aplicação do durômetro Rockwell, mostrado na Figura 4.

Figura 4: Durômetro Rockwell

Fonte: Autor, 2023

No durômetro Rockwell foi usada a escala preta C cujo instrumento possui de


penetrador o cone de diamante. É posicionada a peça no durômetro. Aproximado o
telescópio da esfera, em seguida, acionado a pré-carga de 10 kg e depois a carga
de 150 kg. Este procedimento repetisse em todas seguintes marcações.
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4. RESULTADO

Os resultados encontrados se mostram consistentes e próximos aos dados


teóricos, mesmo havendo erro de manuseio do durômetro em uma das peças. A
Tabela 1 apresenta os dados coletados do ensaio de dureza. As Figuras 5 e 6 são
gráficos que mostram relação entre distância e dureza, formando a curva de
temperabilidade do aço e a Figura 7 uma relação entre ambas.

Tabela 1:Medições
Valores de dureza medidos
Medições 4340 8620
1 44 40
2 44 31
3 45 23
4 46 21
5 46 21
6 51 20
7 47 <20
8 50 <20
9 45
10 48
11 48
12 48
13 48
14 43
15 42
16 39
17 39
18 34
19 32
20 32
21 30
22 24
23 25
24 35
Fonte: Autor, 2023
14

Figura 5:Gráfico 8620

32

29

26

23

20

Fonte: Autor, 2023

Figura 6: Gráfico 4340

52

44

36

28

20

Fonte: Autor, 2023

Figura 7: Correlação

50

40

30

20

Fonte: Autor, 2023


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5. CONCLUSÃO

Nesse ensaio foi feito o ensaio Jominy, no laboratório de materiais de


construção mecânica do campus Unifor, com o objetivo de analisar e observar o
ensaio de temperabilidade (ou endurecibilidade) Jominy em um aço modelo, realizar
medidas de dureza em um corpo de prova Jominy de aço 4340 e 8620, previamente
ensaiado e retificado. Foram realizadas as medições de dureza em duas faces do
corpo de prova para se ter um comparativo de medidas de dureza.

Conclui-se que as amostras estudadas a partir do experimento realizado nos


aços SAE 4340 e 8620, que o aço SAE 4340 apresentou maior resistência a
penetração e constância de dureza ao longo do corpo de prova, em vista disso,
pode-se afirmar que há presença marcante de martensita em sua microestrutura. Já
o aço SAE 8620 apresenta a menor resistência mecânica dentre as duas amostras,
podendo-se afirmar que há em sua microestrutura significativa porcentagem de
perlita grossa.
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6. REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR


10719: apresentação de relatóriostécnico-científicos. Rio de Janeiro, 1989. 9 p.

COLPAERT, Hubertus. METALOGRAFIA DOS PRODUTOS


SIDERURGICOS COMUNS. 4. ed. Ver. E atual. São Paulo; Edgard Blucher, 2008.

MARTINS, Marcelo. TEMPERABILIDADE JOMINY E INFLUÊNCIA DO


REVENIDO SOBRE A DUREZA - UM ESTUDO EM AÇOS ESTRUTURAIS
NACIONAIS. 2002. Dissertação (MESTRE EM CIÊNCIA E
ENGENHARIA DE MATERIAIS) - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA
CATARINA, Florianópolis, 2002. Disponívelem:
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/82731/184887.pdf?sequenc
e=1. Acesso em: 19 set. 2023.

MARIANO, Neide Aparecida et al. Avaliação daresistência à


corrosãoemaçoinoxidávelmartensítico do tipo Cr-Ni
emmeiomarinhosintéticosimulandoatividadesemáguasprofundas. Revista Escola
de Minas, 2006, p. v.59 n.1, 16 dez. 2005. Disponívelem:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S037044672006000100018
&lng=pt&tlng=pt. Acesso em: 19 set. 2023.

SCHEIDEMANTEL, Renato Henrique. UTILIZAÇÃO DE MÉTODOS


TEÓRICOS PARA A AVALIAÇÃO DA TEMPERABILIDADE JOMINY DE
AÇOS COM DIFERENTES COMPOSIÇÕES QUÍMICAS. 2014. Trabalho
deConclusão de Curso (GraduadoemEngenhariaMetalúrgica) - Universidade
Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2014.
Disponívelem: http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10012450.pdf.
Acesso em: 20 set. 2023.

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