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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCIÊNCIAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

PAULO FERNANDO SILVA SOUSA

PILAR METÁLICO EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO:


CONSIDERAÇÕES

RECIFE

2017
PAULO FERNANDO SILVA SOUSA

PILAR METÁLICO EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO:


CONSIDERAÇÕES

Projeto final da disciplina de Estruturas


em Situação de Incêndio,do Programa
de Pós-graduação em Engenharia Civil
da Universidade Federal de
Pernambuco, como parte dos requisitos
necessários para a obtenção dos
créditos da disciplina.

Orientador: Prof. Dr. Tiago Ancelmo de Carvalho Pires

RECIFE

2017
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO....................................................................3

1.1. Justificativa...................................................................................3

1.2. Objetivos......................................................................................3

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.........................................4

2.1 Considerações sobre o projeto em situação ambiente..................4

2.2 Considerações sobre o projeto em situação de incêndio..............6

3 MÉTODOS.........................................................................7

3.1 Método simplificado da norma NBR 14323:2013..........................7

3.1 Método avançado com uso de software........................................10

4 RESULTADOS..................................................................13

4.1 Temperatura no aço sem proteção..............................................13

4.2 Temperatura no aço com proteção..............................................14

4.3 Esforço normal resistente em situação de incêndio.....................16

5 CONCLUSÕES E SUGESTÕES.......................................17

REFERÊNCIAS.....................................................................18

ANEXO - Planilha de cálculo usada para o método simplificado da


norma.
3

1 INTRODUÇÃO

1.1 Justificativa

As estruturas metálicas são muito usados na construção civil, devido a


fatores como a velocidade de execução e elevadas resistências. Contudo, em
situação de incêndio, as elevadas temperaturas modificam as características
dos materiais, diminuindo a resistência do aço em relação ao projeto em
situação ambiente. Assim, caso o incêndio não seja contido rapidamente, as
propriedades térmicas e mecânicas do aço podem reduzir tanto a ponto de
levar a estrutura para um colapso.

Nesse sentido, avaliar e compreender matematicamente como a


temperatura e as propriedades do aço se comportam em função do tempo é
fundamental para projetar a peça para uma situação de incêndio. No âmbito
das estruturas da construção civil, os pilares tem uma certa vulnerabilidade um
pouco maior porque de um modo geral não estão tão protegidos em relação ao
ambiente externo, ou seja, tendem a ficar mais expostos ao calor na ocorrência
de um incêndio.

1.2 Objetivos

Como objetivo geral, esse trabalho visa fundamentalmente descrever,


aplicar e discutir alguns dos métodos utilizados para o dimensionamento de
estruturas metálicas em situação de incêndio, mais precisamente das barras
sujeitas a esforço de compressão axial. Além disso, há também alguns
objetivos mais específicos:
4

 Usando o método simplificado proposto na norma ABNT NBR


14323:2013, determinar a curva temperatura x tempo de exposição ao
incêndio-padrão para diversos perfis metálicos;
 Validar os resultados desse método com o uso de um método avançado,
por meio da análise em elementos finitos no software Abaqus;
 Usando o método simplificado proposto na norma ABNT NBR
14323:2013, determinar a curva temperatura x tempo de exposição ao
incêndio-padrão para diversos perfis metálicos com proteção do tipo
caixa de gesso;
 Usando o método simplificado proposto na norma ABNT NBR
14323:2013, determinar a curva esforço axial resistente x tempo de
exposição ao incêndio-padrão para diversos perfis metálicos;
 Perceber e explicar as diferenças observadas entre os métodos.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Considerações sobre o projeto em situação ambiente

Um pilar metálico pode ser entendido, basicamente, como uma barra


sujeita à compressão axial; ressalta-se que alguns pilares podem estar sujeitos
à combinação de esforços, ou seja, além do esforço axial também esforços
cortantes e momentos fletores. Contudo, o escopo desse trabalho são aqueles
sujeitos à esforço normal apenas.

À temperatura ambiente, o dimensionamento dessas barras


comprimidas segue o que está proposto no item 5.3 da norma da ABNT NBR
8800:2008. Esse processo consiste em calcular dois esforços: o esforço normal
resistente e o esforço normal solicitante, e garantir que o segundo valor seja
menor do que o primeiro. O cálculo do esforço resistente é mostrado na
equação 1 abaixo.
5

Equação 1 - Cálculo do esforço normal resistente (item 5.3 da norma ABNT


NBR 8800:2008)

Ao observar a equação 1, é possível perceber que nela há fatores


associados aos perfis, ao material aço e a própria geometria e situação de
projeto. O fator de redução flambagem local (Q) e a área bruta da seção
transversal (Ag) dependem do perfil metálico a ser utilizado, enquanto que a
tensão de escoamento (fy) depende do material e o fator de redução associado

à resistência à compressão () depende de propriedades do perfil, mas

também da geometria do pilar e do próprio projeto (condições de apoio). O a1


é um coeficiente de ponderação.

O cálculo do esforço solicitante corresponde a uma combinação de


ações, por meio de coeficientes de ponderação, como mostrado na equação 2
abaixo.

Equação 2 - Cálculo do esforço normal solicitante (item 4.7 da norma


ABNT NBR 8800:2008)
6

2.2 Considerações sobre o projeto em situação de incêndio

O dimensionamento das barras comprimidas em situação de incêndio é,


fundamentalmente, bastante similar ao projeto em situação ambiente; calcula-
se os esforços normais resistente e solicitante, e o segundo sempre deve ser
menor do que o primeiro. Contudo, como as propriedades do aço diminuem
com o aumento da temperatura, o esforço normal resistente é então uma
função do tempo. Além disso, o esforço solicitante é calculado da mesma
maneira, através de uma soma de esforços ponderados, mas os coeficientes
de ponderação são diferentes daqueles propostos para temperatura ambiente.

Todas essas equações e modelos de cálculo estão presentes na norma


ABNT NBR 14323:2013, específica para projetos de estruturas metálicas e
mistas em situação de incêndio. No item 6.3, são apresentadas as
combinações de ações para os estados-limites últimos, inclusive com os
diversos coeficientes de ponderação. Já para o cálculo do esforço resistente, o
item 7 propõe que esses valores podem ser obtidos por meio de ensaios.

Contudo, como os ensaios costumam ser bastante caros, dispendiosos e


por vezes inviáveis em muitos laboratórios, outras abordagens podem ser mais
viáveis. Essa mesma norma propõe o uso de métodos simplificados, que são
equações relativamente simples, para calcular o esforço normal em função do
tempo; para ser implementado, esse método simplificado requer
essencialmente uma ferramenta de cálculo, como uma planilha Excel, por
exemplo. Além deles, é possível também utilizar simulação numérica
computacional, com uso de softwares que trabalhem com elementos finitos, e
também obter bons resultados; esses últimos são chamados de métodos
avançados, e trazem a grande facilidade de serem implementados em um
computador, de modo que o custo associado é um custo computacional.

Sendo assim, a seguir, no capítulo 3, apresenta-se os métodos


simplificados da norma NBR 14323:2013 e o uso de métodos avançados, com
modelo numérico no software de elementos finitos Abaqus.
7

3 MÉTODOS

3.1 Método simplificado da norma NBR 14323:2013

A referida norma propõe, inicialmente, uma equação para o cálculo do


aumento de temperatura em função da temperatura dos gases (obtida pela
equação da curva de incêndio-padrão da ISO-834). Como já foi dito, as
propriedades térmicas e mecânicas do aço variam conforme a temperatura do
material aço, ou seja, é preciso então inicialmente estabelecer quais são essas
temperaturas, a partir das temperaturas conhecidas (dos gases), e é
exatamente isso que é calculado com a equação do item 8.5.1.1.1 da NBR
14323:2013, a equação 3 abaixo:

.φ.Δt

Equação 3 - Cálculo do aumento de temperatura no aço em função do tempo


(item 8.5.1.1.1 da norma ABNT NBR 14323:2013)

Na equação 3 acima, cada um dos componentes pode ser facilmente

calculado; o sh (coeficiente de sombreamento) é descrito no item 8.5.1.1.2,

enquanto o fator de massividade (u/Ag) depende apenas da geometria do perfil

metálico (razão perímetro expostos pela área bruta total), e na tabela 5 é


indicado como calcular esse valor. O calor específico ca é função da
temperatura, e é calculado em E.3 do anexo E da mesma norma; a densidade,
por sua vez, é constante e igual a 7850 kg/m³ (item 5.1.1.3). O  corresponde
ao fluxo de calor (soma das parcelas de radiação e convecção), e é obtido no
item 8.5.1.1.3, e o intervalo de tempo dt é adotado como 5s (ver item 8.5.1.1.4).
8

Essa formulação descrita na equação 3 é para uma situação de um


material de aço (um pilar, por exemplo) exposto, sem material de proteção
como revestimento. Numa situação com uso de proteção passiva (uma caixa
de gesso ou revestimento de argamassa, por exemplo), a formulação é
diferente, pois precisa considerar também a influência e os parâmetros da
proteção, conforme mostrado na equação 4 abaixo:

Equação 4 - Cálculo do aumento de temperatura no aço em função do tempo,


na situação do aço revestido com material de proteção (item 8.5.1.2.2 da
norma ABNT NBR 14323:2013)

A equação 4 tem apenas os parâmetros da proteção (determinados


experimentalmente, segundo o item 5.4) a mais em relação a equação 3: a

condutividade térmica (m) e a espessura da camada protetora (tm); o

perímetro também muda, dependendo de como a proteção é colocada.Esse


novo fator de massividade pode ser obtido com auxílio da tabela 6, do item
8.5.1.2.6, que mostra com figuras as possibilidades usuais de proteção e seus
respectivos novos valores de perímetros, em função da geometria dos perfis.

Com a distribuição de temperaturas no aço (obtida com a equação 3


sem proteção ou equação 4 com proteção), é possível então calcular a força
axial (normal) resistente, o que correspondente ao item 8.4.2. Primeiro, é
preciso fazer uma simples verificação (contida no item 8.4.2.1.2) para definir se
o perfil está sujeito ou não à flambagem local, pois as equações mudam para
esses dois casos; são as equações 5 e 6 abaixo:
9

Equação 5 - Cálculo do esforço normal resistente de compressão, para perfis


não sujeitos à flambagem local (item 8.4.2.1.4 da norma ABNT NBR
14323:2013)

Equação 6 - Cálculo do esforço normal resistente de compressão, para perfis


sujeitos à flambagem local (item 8.4.2.2.2 da norma ABNT NBR 14323:2013)

Nas equações acima, o fi é um fator de redução associado à

resistência à compressão em situação de incêndio, que se assemelha bastante


ao coeficiente de redução devido à flambagem global no projeto à temperatura
ambiente. Esse coeficiente é calculado basicamente em função da esbeltez da

barra, e é detalhado no item 8.4.2.1.5; f y corresponde a tensão de escoamento

do aço, sendo uma das variáveis mais importantes, por indicar e representar

resistência; os coeficientes k e ky são coeficientes de redução das

propriedades do aço em função da temperatura, e podem ser obtidos com


auxílio das tabelas 1 e 2 do item 5.1.1.2.

Toda essa metodologia é empregada com auxílio de planilha excel, e no


capítulo seguinte são apresentados os resultados, e a planilha vem como
anexo ao trabalho.
10

3.2 Método avançado com uso de software

Esse método consiste em uma análise térmica, usando o método dos


elementos finitos, com o sofware Abaqus. De acordo com o item 10.2 da norma
ABNT NBR 14323:2013, essa análise precisa levar em conta as ações térmicas
relevantes (no caso, convecção e radiação) e a variação das propriedades
térmicas do aço com a temperatura, o que pode ser feito consultando o item 5
e o anexo E da referida norma. A seguir, são apresentados algumas telas do
software, da implementação de um modelo numérico do perfil metálico W
310x79,0.

Figura 1 - Módulo "Part" do software Abaqus, a partir do qual define-se a


estrutura e geometria.
11

Como mostra a figura 1 acima, a primeira etapa da análise consistiu em


definir a estrutura no software, no módulo "Part". Em seguida, as propriedades
foram inseridas, no módulo "Property"; depois, cria-se a seção transversal (a
qual é atribuído o material aço) e atribui-se essa seção à estrutura. Em
seguida, são criados os passos (módulo "Step") da análise, que correspondem
basicamente a uma situação inicial seguido do aquecimento (pelo incêndio-
padrão). Ainda nesse módulo, define-se as saídas do programa, no caso dessa
análise são as temperaturas nodais em função do tempo.

A seguir, no módulo "Interaction", as ações térmicas relevantes são


definidas: a convecção e a radiação, com seus respectivos coeficientes
(contidos no item 8.5.1.1.3 da NBR 14323:2013). No módulo seguinte,
chamado "Load", são definidas as condições de contorno iniciais; nesse
modelo puramente térmico, essas condições são todas de temperatura
prescrita a todos os nós (a temperatura inicial, tomada como 20 oC).

Após toda essa definição, um dos últimos passos corresponde é a


criação da malha, com definição do tipo e tamanho do elemento a ser utilizado
na análise. Os elementos adotados são do tipo Heat Transfer (típicos de
problemas térmicos), e são tridimensionais: "tijolos" de 20 nós (figura 2). Por
fim, no módulo "Job", determina-se as opções gerais para o processamento do
modelo, como o método iterativo a ser utilizado e parâmetros computacionais,
como memória a ser utilizada e uso de múltiplos processadores.

Assim, depois que o modelo é processado, os resultados podem ser


diretamente observados no módulo "Visualization", e as saídas podem inclusive
virar arquivos de texto (que podem ser usados em planilhas, para cálculos
futuros). São apresentados, então, campos térmicos (como na figura 3),
mostrando a evolução das temperaturas em todos os pontos da estrutura.
12

Figura 2 - Elementos finitos do tipo "Heat transfer" DC3D20, ou tijolos de 20


nós, usados na análise térmica.

Figura 3 - Campos de contorno, mostrando as temperaturas na estrutura com o


decorrer do tempo.
13

4 RESULTADOS

4.1 Temperatura no aço sem proteção

Figura 4 - Comparação das curvas de temperatura dos gases e a temperatura


no aço, sem proteção (oC), obtida pelo método simplificado da norma, em
função do tempo (em segundos), para o perfil W 310x79,0.

Figura 5 - Comparação das curvas de temperatura dos gases e a temperatura


no aço, sem proteção (oC), obtida pelo método avançado com o software
Abaqus, em função do tempo (em segundos), para o perfil W 310x79,0.
14

4.2 Temperatura no aço com proteção

Figura 6 - Comparação das curvas de temperatura dos gases e a temperatura


no aço(oC), com proteção do tipo caixa de gesso (t = 1 cm, obtida pelo método
simplificado da norma, em função do tempo (em segundos), para o perfil W
310x79,0.

Figura 7 - Comparação das curvas de temperatura dos gases e a temperatura


no aço(oC), com proteção do tipo caixa de gesso (t = 2 cm, obtida pelo método
simplificado da norma, em função do tempo (em segundos), para o perfil W
310x79,0.
15

Figura 8 - Comparação das curvas de temperatura dos gases e a temperatura


no aço(oC), com proteção do tipo caixa de gesso (t = 5 cm, obtida pelo método
simplificado da norma, em função do tempo (em segundos), para o perfil W
310x79,0.

Ao comparar as figuras 4 e 5, percebe-se claramente que o método


simplificado (proposto pela norma ABNT NBR 14323:2013) e o método
avançado (software Abaqus) convergem, e mais ainda, esses resultados são
bastante próximos ao longo de todo o tempo de exposição a temperaturas
elevadas. Além disso, destaca-se também a rapidez com a qual o aço atinge os
500 oC (temperatura considerada crítica): cerca de 10 a 12 minutos.

Avaliando as figuras seguintes (6, 7 e 8), é possível observar a influência


muito positiva da proteção da caixa de gesso em torno do perfil; com espessura
de apenas 1 cm (figura 6), o tempo que o aço atinja essa temperatura crítica
dos 500 oC aumenta para quase 50 minutos, e com o aumento progressivo da
espessura esse tempo se eleva ainda mais: quase 80 minutos com 2 cm de
espessura de gesso (figura 7), e com 5 cm de espessura (figura 8) as
temperaturas máximas registradas no aço não ultrapassam os 400 oC, estando
um pouco acima dos 300 oC, mesmo após os 120 minutos de exposição.
16

4.3 Esforço normal resistente em situação de incêndio

Figura 9 - Esforço normal resistente em situação de incêndio, obtido pelo


método simplificado da norma, variável com o tempo (em minutos).

Na figura 9, pode-se observar o decaimento do esforço normal resistente


ao longo do tempo, o que é perfeitamente compatível com o que já foi
observado nos itens anteriores, porque as propriedades mecânicas e térmicas
dos aço caem bastante. Conforme verificado na situação sem proteção (figuras
4 e 5), por volta dos 10 minutos a temperatura crítica já é atingida; esse
comportamento é ratificado ao analisar o esforço normal, que tem uma queda
brusca por volta desse mesmo intervalo de tempo, e depois cai mais
acentuadamente, porque a partir da temperatura crítica o aço resiste muito
pouco (as propriedades estão em patamares mínimos).

Nesse sentido, a reta em vermelho da figura 9 corresponde a um valor


hipotético de esforço solicitante; à situação ambiente, o esforço resistente deve
ser maior do que o solicitante, então com o decaimento do resistente ocorre um
momento em que o valor do resistente passa a ser igual ao valor do solicitante.
Assim, esse é um dos critérios de falha que podem ser adotados.
17

5 CONCLUSÕES E SUGESTÕES

Após a análise dos resultados no capítulo anterior, pode-se concluir que:

 A análise térmica pelo método simplificado proposto pela norma NBR


14323:2013 e pelo método avançado com uso do software Abaqus
produziram resultados muito próximos e semelhantes; isso ocorreu
também porque no uso do método normativo não foram feitas
simplificações, que penalizariam demais os resultados;
 O uso da proteção do tipo caixa de gesso em torno do perfil, mesmo que
com espessuras muito pequenas, garante uma curva temperatura x
tempo bem menos acentuada; na verdade, para obter os TRRFs
(Tempos Requeridos de Resistência ao Fogo) mínimos exigidos pela
norma (30, 60 e 90 minutos), é preciso usar a proteção; caso contrário, a
temperatura crítica dos 500 oC é atingida muito rapidamente.

Por fim, algumas sugestões para trabalhos futuros:

 Desenvolver modelo termoestrutural, ou seja, levando em conta as


ações térmicas e mecânicas, no software Abaqus, e testar diversos
critérios de parada, como os citados no capítulo 4 da ISO-834 (deflexão
ou taxa de deformação máxima) e outros, como a temperatura crítica;
 Desenvolver experimentos com estruturas reais sujeitas a carregamento
mecânico e térmico, e não apenas sujeitas à curva de incêndio-padrão,
mas também a um incêndio natural, ou seja, levando em conta as fases
de aquecimento e resfriamento, para avaliar a influência dessa fase de
resfriamento na segurança da estrutura. (Ver Guo e Bailey, 2011)
18

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS:

___.ABNT NBR 14323 (2013): Projeto de estruturas de aço e de estruturas


mistas de aço e concreto de edifícios em situação de incêndio. Rio de Janeiro.

___.ABNT NBR 8800 (2008): Projeto e execução de estruturas de aço de


edifícios. Rio de Janeiro.

PIRES, Tiago Ancelmo de Carvalho. Notas de aula da disciplina de Estruturas


em situação de incêndio. Recife: UFPE, 2016.

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