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BETINA SIMÃO GONÇALVES

DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO EM


SITUAÇÃO DE INCÊNDIO

JOINVILLE, SC
2020
BETINA SIMÃO GONÇALVES

DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO EM


SITUAÇÃO DE INCÊNDIO

Trabalho de conclusão de curso, apresentado


como requisito parcial, para obtenção do título de
Bacharel em Engenharia Civil, no Centro de
Ciências Tecnológicas (CCT) da Universidade do
Estado de Santa Catarina (UDESC).
Orientador(a): Mestre Sandra Denise Krüger Alves.

JOINVILLE, SC
2020
TERMO DE APROVAÇÃO

Betina Simão Gonçalves

DIMENSIONAMENTO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO EM


SITUAÇÃO DE INCÊNDIO

Trabalho de Conclusão de Curso julgado para obtenção do Título de Bacharel em


Engenharia Civil e aprovado em sua versão final pelo Centro de Ciências
Tecnológicas da Universidade do Estado de Santa Catarina. Aprovado em 24 de
agosto de 2020.

Banca examinadora:

Orientador(a): _____________________________________________________
Professora Mestre Sandra Denise Krüger Alves
Universidade do Estado de Santa Catarina

Membro da Banca 1: _______________________________________________


Professora Mestre Tania Mara Sebben Oneda
Universidade do Estado de Santa Catarina

Membro da Banca 2: _______________________________________________


Professor Doutor Marcio Rogerio do Nascimento
Universidade do Estado de Santa Catarina

JOINVILLE, 24 DE AGOSTO DE 2020.


RESUMO

Devido à crescente verticalização das cidades, e das frequentes ocorrências


de incêndios, a prevenção e combate destes está se convertendo, cada vez mais, um
assunto recorrente. Com isso, o dimensionamento de estruturas em situação de
incêndio se tornou, também, mais relevante. Este dimensionamento, é capaz de
garantir que as pessoas tenham um tempo maior para evacuar o local, tornando-se
uma ferramenta de apoio às técnicas empregadas para prevenção e combate de
incêndios nas edificações. O presente trabalho apresentou uma comparação entre o
dimensionamento de uma estrutura de concreto armado tradicional e uma com
verificação para a situação de incêndio. Como objetivos específicos propôs-se
entender os efeitos causados por um incêndio em uma estrutura de concreto armado;
dimensionar a estrutura de um edifício de concreto armado em temperatura ambiente;
verificar a situação de incêndio de um edifício de concreto armado; comparar a
estrutura dimensionada de forma convencional, com a dimensionada para uma
situação de incêndio e comparar os custos da estrutura dimensionada de forma
convencional, com aquela específica para a situação de incêndio. Para atingir os
objetivos propostos, foi executada, primeiramente, uma pesquisa bibliográfica com o
intuito de compreender o tema abordado e sua devida importância. A fim de fazer as
devidas comparações entre os métodos foi utilizado no trabalho uma planta
arquitetônica de uma edificação residencial multifamiliar fictícia de 5 pavimentos.
Inicialmente dimensionou-se a estrutura em temperatura ambiente pelo método
apresentado pela NBR 6118 (ABNT, 2014), e com auxílio do software TQS. Em
seguida, fez-se a verificação para incêndio do projeto em temperatura ambiente,
modificando-se as dimensões e armaduras das lajes, vigas e pilares, quando
necessário, sendo utilizado o método tabular, presente na NBR 15200 (ABNT, 2012).
A partir disso fez-se um levantamento da quantidade de materiais necessários para
cada um dos projetos, com e sem verificação de incêndio, e comparou-se o custo total
de materiais que seria gasto em cada caso. Concluiu-se que o concreto, apesar de ter
uma boa resistência à ação do fogo, pode ter seu desempenho prejudicado, assim
como o aço, ao ser exposto a altas temperaturas, podendo resultar até mesmo no
colapso da estrutura. A partir do dimensionamento à temperatura ambiente e em
situação de incêndio obteve-se o levantamento da quantidade de materiais necessária
e orçamento para execução dos projetos, com isso, notou-se que houve uma elevação
no custo de 3,63% para execução do projeto em situação de incêndio em relação ao
projeto convencional, tornando-se viável adequar o projeto estrutural para que este
respeite as condições impostas pelo método tabular.

Palavras-chave: Dimensionamento de Estruturas. Concreto Armado. Incêndio.


ABSTRACT

Due to the rising verticalization of the cities and the frequent occurrences of
fires, the prevention and firefighting is becoming increasingly a recurring issue. Hence,
the fire design of structures has become more relevant. This design is capable of
guaranteeing that people can have more time to evacuate the site, devolving into a
support tool to the techniques used to prevent and combat fires in buildings. The
present work provided a comparison between a traditional design of a reinforced
concrete and a fire design. As specific objectives it was proposed to understand the
effects caused by a fire in a reinforced concrete structure; design the structure of a
reinforced concrete building in room temperature; verify the fire situation in a building
of reinforced concrete; compare the structure designed by a conventional method, with
the one designed in a fire situation and compare the costs of the structure designed by
a conventional method, with the one in fire situation. To achieve the proposed
objectives, was made, firstly, a bibliographic research to comprehend the subject and
its importance. In order to make the comparisons between the two methods it was used
an architectural plan of a fictitious multifamily residential building that had 5 floors.
Initially it was designed the room temperature structure using the method presented
by NBR 6118 (ABNT, 2014), and assisted by the software TQS. Then, it was verified
the fire situation of the design made in room temperature, modifying the dimensions
and the structure reinforcement of slabs, beams and pillars, when necessary, using
the tabular method, presented by NBR 15200 (ABNT, 2012). After that it was
calculated the quantity of materials necessary to make each design, with and without
verifying the fire situation, and it was compared the total cost of materials that would
be spent in each case. It was concluded that the concrete, in spite of having a good
resistance to fire action, can have its performance affected, as well as the steel, when
exposed to high temperatures, and can even result in the collapse of the structure.
Through the design in room temperature it was obtained the quantity of materials
necessary and the budget to execute both designs, hence, it was noted that there was
an increase of 3,63% to execute the design in fire situation when compared to the
conventional design, making it viable to adjust the structural design so it respects the
conditions imposed by the tabular method.

Keywords: Structural design. Reinforced concrete. Fire.


LISTA DE SÍMBOLOS

𝐴𝑐 - área da seção de concreto


𝐴𝑓 - área do piso do compartimento
𝐴𝑠 - área total da seção das barras de aço
𝐴𝑣 - área da ventilação vertical para o ambiente externo do compartimento
𝐸𝑠 - módulo de elasticidade do aço à temperatura ambiente
𝐸𝑆,𝜃 - módulo de elasticidade do aço na temperatura 𝜃
ℎ - altura do piso habitável mais elevado da edificação
𝐻 - altura do compartimento
𝑓𝑐𝑑 - valor de cálculo da resistência do concreto à compressão à temperatura
𝑓𝑐𝑘 - resistência a compressão do concreto à temperatura ambiente
𝑓𝑐,𝜃 - resistência a compressão do concreto na temperatura 𝜃
𝑓𝑦𝑑 - valor de cálculo da resistência do aço à temperatura ambiente
𝑓𝑦𝑘 - resistência característica do aço de armadura passiva à temperatura
ambiente
𝑓𝑦,𝜃 - resistência do aço de armadura passiva na temperatura 𝜃
𝐼 - momento de inércia da seção do concreto
𝑘𝑐,𝜃 - fator de redução da resistência do concreto na temperatura 𝜃
𝑘𝐸𝑠,𝜃 - fator de redução do módulo de elasticidade do aço na temperatura 𝜃
𝑘𝑠,𝜃 - fator de redução da resistência do aço na temperatura 𝜃
𝑙𝑒𝑓 - comprimento equivalente do pilar
𝑙𝑒𝑓,𝑓𝑖 - comprimento equivalente do pilar em situação de incêndio
𝑀0𝑆𝑑 - valor de cálculo do momento fletor de 1a ordem à temperatura ambiente,
desconsiderando o efeito das forças decorrentes do vento
𝑀0𝑆𝑑,𝑓𝑖 - valor de cálculo do momento fletor de 1a ordem em situação de incêndio
𝑁0𝑆𝑑 - valor de cálculo do esforço normal de compressão de 1a ordem à temperatura
ambiente, desconsiderando o efeito das forças decorrentes do vento
𝑁0𝑆𝑑,𝑓𝑖 - valor de cálculo do esforço normal de compressão de 1 a ordem em situação
de incêndio
𝑞𝑓𝑖,𝑘 - valor característico da carga de incêndio específica
𝑟 - raio de giração
𝑡 - tempo, em minutos
𝑡𝑒 - tempo requerido de resistência ao incêndio equivalente
𝑊 - fator que considera a influência da ventilação e da altura do compartimento
𝜀𝑦𝑖 - deformação específica do aço no escoamento
𝜔 - taxa mecânica de armadura
𝜃𝑜 - temperatura do ambiente antes do início do aquecimento, em graus Celsius,
aa tomada a 20oC
𝜃𝑔 - temperatura dos gases, em graus Celsius, no instante t
𝛾𝑐 - fator de minoração de resistência do concreto
𝛾𝑛 - fator de ponderação das medidas de segurança contra incêndio
𝛾𝑛1 - fator que representa a existência de chuveiros automáticos
𝛾𝑛2 - fator que representa a existência de brigada contra incêndio
𝛾𝑛3 - fator que representa a existência de detecção automática
𝛾𝑠 - fator de ponderação em função da área do piso compartimentado, altura do
piso habitável mais elevado da edificação e do risco de ativação do incêndio
𝛾𝑠𝑡 - fator de minoração de resistência do aço
𝛾𝑠1 - fator de ponderação em função da área do piso compartimentado e da altura
do piso habitável mais elevado da edificação
𝛾𝑠2 - fator de ponderação do risco de ativação do incêndio
𝜆𝑓𝑖 - esbeltez em situação de incêndio
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Triângulo do fogo. ............................................................................... 18


Figura 2 - Tetraedro do fogo................................................................................ 19
Figura 3 - Curva temperatura-tempo de um incêndio. ......................................... 20
Figura 4 - Curva temperatura-tempo de um modelo de incêndio padrão. ........... 24
Figura 5 - Processo de propagação do incêndio através da condução. .............. 25
Figura 6 - Alastramento de um incêndio através do processo de convecção...... 26
Figura 7 - Processo de irradiação de um incêndio para edificações vizinhas. .... 27
Figura 8 - Fator de redução da resistência do concreto silicoso. ........................ 33
Figura 9 - Fator de redução da resistência do aço. ............................................. 34
Figura 10 - Fator de redução do módulo de elasticidade do aço........................... 34
Figura 11 - Planta Baixa do Pavimento Tipo (5x). ................................................. 49
Figura 12 - Esquema de nível. .............................................................................. 50
Figura 13 - Caracterização da fundação no TQS. ................................................. 51
Figura 14 - Caracterização do pavimento tipo no TQS. ........................................ 51
Figura 15 - Caracterização da cobertura no TQS. ................................................. 52
Figura 16 - Tipo de concreto e classe de agressividade no TQS. ......................... 52
Figura 17 - Cobrimentos adotados no TQS. .......................................................... 52
Figura 18 - Carga de vento no TQS. ..................................................................... 53
Figura 19 - Processamento global do edifício. ...................................................... 54
Figura 20 - Comparativo do orçamento. ................................................................ 71
Figura A.1 - Planta de fôrma e cortes do pavimento tipo à temperatura ambiente
(4x)...................................................................................................... 79
Figura A.2 - Planta de fôrma e cortes da cobertura à temperatura ambiente. ........ 80
Figura A.3 - Detalhamento da armadura dos pilares à temperatura ambiente. ...... 81
Figura A.4 - Detalhamento da armadura das lajes do pavimento tipo à temperatura
. ambiente (4x).......................................................................................82
Figura A.5 - Detalhamento da armadura das lajes da cobertura à temperatura
. ambiente..............................................................................................83
Figura A.6 - Detalhamento da armadura das vigas V1 a V10 do pavimento tipo à
...................... temperatura ambiente (4x)..................................................................84
Figura A.7 - Detalhamento da armadura das vigas V11 a V14 e VE do pavimento
................ .... tipo à temperatura ambiente (4x).........................................................85
Figura A.8 - Detalhamento da armadura das vigas V1 a V10 da cobertura à
...................... temperatura ambiente.........................................................................86
Figura A.9 - Detalhamento da armadura das vigas V11 a V14 e VE da cobertura à
...................... temperatura ambiente.........................................................................87
Figura B.1 - Planta de fôrma e cortes do pavimento tipo em situação de incêndio
(4x)......................................................................................................88
Figura B.2 - Planta de fôrma e cortes da cobertura em situação de incêndio. ...... 89
Figura B.3 - Detalhamento da armadura dos pilares em situação de incêndio. .... 90
Figura B.4 - Detalhamento da armadura das lajes do pavimento tipo em situação
....................... de incêndio (4x)..................................................................................91
Figura B.5 - Detalhamento da armadura das lajes da cobertura em situação de
...................... incêndio...............................................................................................92
Figura B.6 - Detalhamento da armadura das vigas V1 a V10 do pavimento tipo em
.......................situação de incêndio (4x)....................................................................93
Figura B.7 - Detalhamento da armadura das vigas V11 a V14 e VE do pavimento
....................... tipo em situação de incêndio (4x).......................................................94
Figura B.8 - Detalhamento da armadura das vigas V1 a V10 da cobertura em
....................... situação de incêndio...........................................................................95
Figura B.9 - Detalhamento da armadura das vigas V11 a V14 e VE da cobertura
....................... em situação de incêndio.....................................................................96
LISTA DE EQUAÇÕES

Equação 1 ................................................................................................................. 23
Equação 2 ................................................................................................................. 33
Equação 3 ................................................................................................................. 34
Equação 4 ................................................................................................................. 35
Equação 5 ................................................................................................................. 36
Equação 6 ................................................................................................................. 38
Equação 7 ................................................................................................................. 38
Equação 8 ................................................................................................................. 39
Equação 9 ................................................................................................................. 39
Equação 10 ............................................................................................................... 43
Equação 11 ............................................................................................................... 43
Equação 12 ............................................................................................................... 43
Equação 13 ............................................................................................................... 43
Equação 14 ............................................................................................................... 43
Equação 15 ............................................................................................................... 43
Equação 16 ............................................................................................................... 43
Equação 17 ............................................................................................................... 43
Equação 18 ............................................................................................................... 43
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Valor do TRRF, em minutos. .................................................................. 36


Tabela 2 - Valores das cargas de incêndio específicas. ......................................... 37
Tabela 3 - Fatores de ponderação das medidas de segurança contra incêndio. .... 38
Tabela 4 - Valores de 𝛾𝑠2 em função do risco de ativação do incêndio. ................. 39
Tabela 5 - Dimensões mínimas para vigas biapoiadas. .......................................... 40
Tabela 6 - Dimensões mínimas para vigas contínuas ou vigas de pórtico. ............. 41
Tabela 7 - Dimensões mínimas para lajes simplesmente apoiadas. ....................... 41
Tabela 8 - Dimensões mínimas para lajes contínuas. ............................................. 42
Tabela 9 - Dimensões mínimas para pilares com uma face exposta ao fogo. ........ 42
Tabela 10 - Verificação das flechas de serviço das lajes. ......................................... 55
Tabela 11 - Verificação das flechas de serviço das vigas. ........................................ 56
Tabela 12 - Volume de concreto em temperatura ambiente. .................................... 57
Tabela 13 - Área de fôrma em temperatura ambiente. .............................................. 57
Tabela 14 - Consumo de aço por bitola das lajes em temperatura ambiente. .......... 57
Tabela 15 - Consumo de aço por bitola nas vigas em temperatura ambiente. ......... 58
Tabela 16 - Consumo de aço por bitola dos pilares em temperatura ambiente. ....... 58
Tabela 17 - Consumo total de aço por bitola do edifício em temperatura ambiente. . 58
Tabela 18 - Consumo total de aço por kg do edifício em temperatura ambiente. ..... 59
Tabela 19 - Verificação de incêndio das lajes do pavimento tipo. ............................. 61
Tabela 20 - Verificação de incêndio das lajes da cobertura. ..................................... 61
Tabela 21 - Verificação de incêndio das vigas do pavimento tipo. ............................ 62
Tabela 22 - Verificação de incêndio das vigas da cobertura. .................................... 63
Tabela 23 - Verificação de incêndio dos pilares. ....................................................... 64
Tabela 24 - Dimensão dos elementos estruturais antes e depois da verificação de
incêndio. ................................................................................................65
Tabela 25 - Volume de concreto em situação de incêndio. ....................................... 66
Tabela 26 - Área de fôrma em situação de incêndio. ................................................ 67
Tabela 27 - Consumo de aço por bitola das lajes em situação de incêndio. ............. 67
Tabela 28 - Consumo de aço por bitola nas vigas em situação de incêndio. ............ 67
Tabela 29 - Consumo de aço por bitola dos pilares em situação de incêndio. .......... 68
Tabela 30 - Consumo total de aço por bitola do edifício em situação de incêndio. ... 68
Tabela 31 - Consumo total de aço por kg do edifício em situação de incêndio. ........ 68
Tabela 32 - Quantitativo de materiais. ....................................................................... 69
Tabela 33 - Custo unitário dos materiais. .................................................................. 70
Tabela 34 - Orçamento. ............................................................................................ 71
Tabela A.1 - Classificação da edificação em relação à ocupação............................97
Tabela B.1 - Dimensões mínimas para pilares com ω = 0,1 e emáx = 10mm b ≤
400mm e emáx = 0,025. b b > 400mm.................................................99
Tabela B.2 - Dimensões mínimas para pilares com ω = 0,1 e emáx = 0,25. bb ≤
400mm e emáx = 100 mm b > 400mm.............................................100
Tabela B.3 - Dimensões mínimas para pilares com ω = 0,1 e emáx = 0,5. b b ≤
400mm e emáx = 200 mm b > 400mm. ........................................... 101
Tabela B.4 - Dimensões mínimas para pilares com ω = 0,5 e emáx = 10mm b ≤
400mm e emáx = 0,025. b b > 400mm............................................. 102
Tabela B.5 - Dimensões mínimas para pilares com ω = 0,5 e emáx = 0,25. b b ≤
400mm e emáx = 100 mm b > 400mm. ........................................... 103
Tabela B.6 - Dimensões mínimas para pilares com ω = 0,5 e emáx = 0,5. b b ≤
400mm e emáx = 200 mm b > 400mm. ...................................... 104
Tabela B.7 - Dimensões mínimas para pilares com ω = 1,0 e emáx = 10mm b ≤
400mm e emáx = 0,025. b b > 400mm............................................. 105
Tabela B.8 - Dimensões mínimas para pilares com ω = 1,0 e emáx = 0,25. b b ≤
400mm e emáx = 100 mm b > 400mm. ........................................... 106
Tabela B.9 - Dimensões mínimas para pilares com ω = 1,0 e emáx = 0,5. b b ≤
400mm e emáx = 200 mm b > 400mm. ........................................... 107
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 14

1.1 JUSTIFICATIVA................................................................................................ 15

1.2 OBJETIVOS ..................................................................................................... 15

1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 15

1.2.2 Objetivos Específicos .................................................................................... 16

2 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................ 17

2.1 INCÊNDIO ........................................................................................................ 17

2.1.1 Caracterização do incêndio ........................................................................... 17

2.1.2 Fases do incêndio .......................................................................................... 20

2.1.3 Tipos de incêndio ........................................................................................... 22

2.1.4 Propagação do incêndio ................................................................................ 24

2.1.5 Compartimentação ......................................................................................... 27

2.1.6 Prevenção e combate de incêndio ................................................................ 28

2.2 PATOLOGIAS CAUSADAS PELO INCÊNDIO NO CONCRETO ARMADO .... 30

2.3 ALTERAÇÃO DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS .......... 32

2.3.1 Concreto.......................................................................................................... 33

2.3.2 Aço................................................................................................................... 33

2.4 VERIFICAÇÃO DA ESTRUTURA EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO .................. 35

2.4.1 TRRF ................................................................................................................ 35

2.4.2 Método do tempo equivalente ....................................................................... 36

2.4.3 Método tabular ................................................................................................ 40

3 METODOLOGIA............................................................................................... 45

3.1 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................ 45

3.2 DIMENSIONAMENTO DA ESTRUTURA DE UM EDIFÍCIO DE CONCRETO


........ ARMADO EM TEMPERATURA AMBIENTE.....................................................45

3.3 VERIFICAÇÃO DA ESTRUTURA EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO................... 45


3.4 COMPARAÇÃO DE MATERIAIS NECESSÁRIOS ........................................... 45

3.5 COMPARAÇÃO DE CUSTO ............................................................................. 46

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ..................................................................... 47

4.1 EFEITOS DO INCÊNDIO NA ESTRUTURA .................................................... 47

4.2 DIMENSIONAMENTO DA ESTRUTURA DE UM EDIFÍCIO DE CONCRETO


ARMADO EM TEMPERATURA AMBIENTE ............................................................. 48

4.3 VERIFICAÇÃO DA ESTRUTURA EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO .................. 59

4.3.1 TRRF e método do tempo equivalente ......................................................... 59

4.3.2 Método Tabular para lajes ............................................................................. 61

4.3.3 Método Tabular para vigas ............................................................................ 62

4.3.3 Método Tabular Geral para pilares................................................................ 63

4.3.4 Dimensionamento em situação de incêndio ................................................ 65

4.4 COMPARAÇÃO DE MATERIAIS NECESSÁRIOS ........................................... 69

4.5 COMPARAÇÃO DE CUSTO ............................................................................ 70

5 CONCLUSÃO .................................................................................................. 73

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 75

APÊNDICE A ................................................................................................... 79

APÊNDICE B ................................................................................................... 88

ANEXO A ......................................................................................................... 97

ANEXO B ......................................................................................................... 99
14

1 INTRODUÇÃO

Um incêndio é caracterizado por uma situação na qual existe um fogo não


controlado e que possa causar perigo às pessoas, animais e bens presentes. Este,
pode ter sido causado por diversos motivos, como falhas em instalações elétricas,
chamas expostas, trovoadas, entre outros.
Dessa forma, com a crescente verticalização das cidades, a preocupação com
os incêndios nos edifícios e sua prevenção acaba tornando os estudos sobre o
assunto mais relevantes. Entretanto, nem sempre é possível prevenir estes eventos,
o que faz com que a busca por soluções para minimizar os efeitos causados por estes
incidentes aumente, sempre com o intuito de diminuir as casualidades e possíveis
danos aos envolvidos no ocorrido.
Nesse sentido, novas tecnologias para aumentar a eficiência dos combates de
incêndios e sugestões de melhorias nos sistemas de evacuação dos edifícios, são
propostas cada vez mais recorrentes e, com isso, ajudam no aumento da segurança
dos moradores ou pessoas que frequentam o local.
Apesar disso, é necessário, também, atentar-se ao comportamento dos
materiais e estruturas, presentes no edifício, e os possíveis danos que podem ocorrer
por conta da exposição ao fogo em uma situação de incêndio. Em estruturas
construídas com concreto armado, por exemplo, existem diversos efeitos que podem
colocar em risco tanto a integridade da estrutura de concreto, como a do edifício como
um todo.
O fogo é um dos mais sérios potenciais de risco para as edificações e suas
estruturas. O extenso uso do concreto como elemento estrutural acarretou na
necessidade de entender completamente os efeitos do fogo causados no concreto
(CHAN N.; CHAN W.; PENG, 1996, tradução nossa).
De acordo com Mascia e Sartorti (2011, tradução nossa), no caso de estruturas
de concreto armado, o fogo pode produzir ações danosas, que, a partir do
aquecimento do material, gera dilatações no concreto e faz com que surjam esforços
internos elevados, acarretando, assim, deformações, trincas e fissuras no concreto,
podendo levar à ruína do mesmo.
15

1.1 JUSTIFICATIVA

Com o aumento rápido da quantidade de prédios nas áreas das cidades, a


exposição destes a riscos, como incêndios e desastres naturais, crescem. Dessa
forma, caso ocorra um incêndio em algum destes prédios, existe uma dificuldade em
suspender o fogo, mesmo com a modernização dos sistemas de prevenção contra
incêndio, e assim, as vidas humanas acabam sendo colocadas em risco (LEE, C.;
JUNG; LEE, K., 2014, tradução nossa).
Nesse contexto, segundo Silva (2008), normalmente as estruturas são
projetadas considerando-se somente solicitações em temperatura ambiente, e,
somente em casos específicos, são verificadas em situação de incêndio. Os objetivos
da verificação de estruturas quanto a situações de incêndio, são para limitar o risco à
vida, à vizinhança e à propriedade que está exposta ao fogo.
Dessa forma, na ocasião de um incêndio, através do material é possível
postergar a ação do fogo e garantir um tempo de fuga maior e também assegurar a
saída de mais pessoas do local. Entretanto, a interação mais duradoura entre o fogo
e concreto dá início a processos como expansões, fragmentação superficial ou
lascamento do concreto, levando a uma degradação do material e afetando a
capacidade estrutural do mesmo (HØJ, 2008, tradução nossa).
Portanto, é importante que, ao fazer o cálculo estrutural de um edifício, seja
tomada em conta a possibilidade de ocorrência de incêndios e, também, os riscos que
essa situação pode trazer às pessoas que frequentam ou residem no local. Por isso,
deve-se estudar a viabilidade de fazer um dimensionamento, que leve em
consideração a segurança da estrutura exposta ao fogo e, o tempo, que ela irá
suportar sem colocar em risco a integridade das pessoas.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

Este trabalho teve como objetivo geral estudar o dimensionamento de


estruturas de concreto armado em situação de incêndio.
16

1.2.2 Objetivos Específicos

• Entender os efeitos causados por um incêndio em uma estrutura de concreto


armado;
• dimensionar a estrutura de um edifício de concreto armado em temperatura
ambiente;
• verificar a situação de incêndio da estrutura de um edifício de concreto armado;
• comparar a estrutura dimensionada de forma convencional, com a
dimensionada para uma situação de incêndio;
• comparar os custos da estrutura dimensionada de forma convencional, com
aquela específica para a situação de incêndio.
17

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 INCÊNDIO

Para o completo entendimento do dimensionamento de estruturas em situação


de incêndio, é necessário conceituar o que é um incêndio e quais suas características,
para então poder compreender as ações necessárias para evitar as casualidades
nestas situações.

2.1.1 Caracterização do incêndio

O fogo, é um elemento muito presente e útil na vivência diária como no caso


do uso de fogões, churrasqueiras e outros aparelhos, entretanto, quando este ameaça
sair do controle, acaba se transformando em um incêndio. Essa situação, se torna
perigosa para a vida humana à medida em que o combustível se inflama cada vez
mais rápido e com facilidade e, também, quanto maior for a quantidade de fogo
existente (NEGRISOLO, 2011).
Camillo Júnior (2017) afirma que, o fogo é originado através de um processo
químico de transformação de materiais combustíveis e inflamáveis, chamado de
combustão. Quando estes materiais são sólidos ou líquidos, devem primeiramente
transformar-se em gases e, em seguida, combinar-se com o comburente, que é
normalmente o oxigênio, e assim, quando forem ativados por uma fonte de calor,
iniciarão uma transformação química que gerará mais calor e desenvolverá uma
reação em cadeia. Além do calor, também será gerado luz. Portanto, os gases,
provenientes da combustão, combinam-se com um comburente, já que existem
combustíveis que queimam sem a presença deste. Em síntese, o fogo é uma reação
química que produz luz e calor.
Dessa forma, de acordo com Almeida et al. (2012), para que o incêndio se
inicie, é necessário a presença de três fatores principais: o oxigênio (comburente), o
combustível e o calor, o qual deve ser suficiente para manter a combustão. No caso
em que haja remoção de qualquer um destes três elementos, ocorrerá a extinção do
incêndio. Esta metodologia pode ser expressa através do “triângulo do fogo”
(Figura 1), que é uma simbologia gráfica dos elementos envolvidos no processo da
combustão. Nesse sentido, observa-se que ao abrir o triângulo, removendo um dos
fatores, esta ação irá extinguir o fogo crescente, e nota-se, ainda, que evitando a
18

junção de um dos elementos aos outros dois, será possível prevenir o início de um
incêndio (BECK; BENNETTS; HASOFER, 2007, tradução nossa).

Figura 1 - Triângulo do fogo.

Fonte: Beck; Bennets; Hasofer (2007, tradução nossa).

Segundo Gouveia (2006), mesmo havendo a necessidade de ter os três


elementos para o início de um incêndio, a presença de todos eles não implica no início
de uma ignição. Isso ocorre pois a quantidade de calor, que é fornecida pela fonte,
pode não ser suficiente para sustentar o processo de ignição. Portanto, o fogo iniciado
se apagará por si só, não evoluindo para uma situação de incêndio no ambiente.
Apesar da teoria do “triângulo do fogo” ser aceita, algumas pesquisas sugerem
que o processo é um pouco mais complexo. Existe, ainda, um quarto fator que pode
influenciar no processo, as reações em cadeia, formulando a proposta do processo
de combustão como um tetraedro e não um triângulo (Figura 2). Esta reação em
cadeia, é causada pela quebra e recombinação das moléculas que, combinadas com
o oxigênio da atmosfera, formam um material combustível. A chama continuará a
crescer até que o combustível seja exaurido, o oxigênio seja expelido de alguma
forma, o calor seja dissipado, ou, que a reação em cadeia seja interrompida. Essa
modificação no conceito possibilitou novas descobertas na área e levou ao uso de
agentes de combate a incêndio mais eficientes do que os antigos, que somente
focavam nos elementos presentes no modelo do “triângulo do fogo”. Entretanto, a
nova teoria não elimina completamente os antigos procedimentos de combate a
incêndio, e sim, promove métodos adicionais pelos quais é possível prevenir e
extinguir incêndios (BECK; BENNETTS; HASOFER, 2007, tradução nossa).
19

Figura 2 - Tetraedro do fogo.

Fonte: Beck; Bennetts; Hasofer (2007, tradução nossa).

Portanto, de acordo com Camillo Júnior (2017), o combustível é o responsável


por alimentar o fogo e dar a ele um caminho de propagação, sendo assim, considerada
a substância que queima. O combustível pode ser qualquer substância que reaja com
o oxigênio e libere energia tanto na forma de calor, chamas ou gases. O comburente
é o elemento que irá fazer a ativação do fogo, criando as chamas, este é normalmente
o oxigênio. Quanto mais disponibilidade de oxigênio no ambiente, maior serão as
chamas e será desprendido mais luz e calor. O calor é o que dará início ao fogo,
fazendo com que o fogo se propague pelo combustível. Isso ocorre, pois os materiais
necessitam de aquecimento para produzir os gases que se combinarão com o
oxigênio. Já a reação em cadeia, irá garantir que, quando os combustíveis iniciarem
a combustão e gerarem calor, esse calor provocará o desprendimento de mais gases
ou vapores combustíveis, fazendo com que uma transformação gere outra.
Além disso, existe, ainda, a possibilidade de que ocorra uma combustão sem
chamas, e a forma como este procedimento ocorre é explicada por Gouveia (2006, p.
12),

Um caso curioso é o chamado “incêndio sem chamas”


(smouldering fire), ou, melhor dizendo, combustão sem
chamas. Ela ocorre quando há insuficiência de
oxigênio, mas quantidade de calor suficiente para
promover a decomposição de todo o material
combustível. A combustão sem chama se caracteriza
pela grande produção de gases combustíveis, que
enchem o compartimento e podem causar explosão,
se houver uma rápida injeção de oxigênio no ambiente.
20

2.1.2 Fases do incêndio

Nos edifícios, é convencional que seja considerada uma divisão do mesmo em


vários compartimentos, ou seja, cômodos, combinações de cômodos ou andares. No
caso de espaços com paredes resistentes ao fogo, essa compartimentação tem a
função de conter o fogo neste local. Isso ocorre pois o fogo tem a capacidade de
crescer e passar do objeto onde iniciou para a área onde se encontra e, em seguida,
para o compartimento onde está localizado e para outros compartimentos próximos.
Com isso, podem ser observados vários estágios pelo qual o incêndio passa até
chegar a extinção do fogo (BECK; BENNETTS; HASOFER, 2007, tradução nossa).
Nesse sentido, Serpa (2009, p. 18) afirma “Um incêndio pode ser compreendido
por meio de etapas distintas, cujo tempo de duração e magnitude podem variar
consideravelmente. Dessa maneira um incêndio pode ser classificado em três etapas”.
Logo, as três fases que caracterizam o incêndio são as seguintes: ignição,
aquecimento e resfriamento. Isso pode ser observado através da variação da
temperatura em função do tempo de um incêndio compartimentado. É possível criar
uma curva, que representa a média de temperaturas determinadas por meio de
ensaios (COUGHI, 2006).
Assim, Albuquerque G. (2012) cita que em casos de situações nas quais é
necessário fazer a verificação ao fogo, o incêndio é representado através desta curva
(Figura 3) relacionando a temperatura média dos gases no ambiente em chamas e o
tempo. A partir disso, pode-se obter os parâmetros necessários para desenvolver o
dimensionamento das estruturas.

Figura 3 - Curva temperatura-tempo de um incêndio.

Fonte: Albuquerque G. (2012).


21

Dessa forma, na fase inicial, chamada de pre-flashover, ocorre a ignição de um


elemento combustível que esteja presente no local, então, é liberada energia térmica
aquecendo lentamente os outros materiais inflamáveis. Logo, as temperaturas se
mantêm baixas e, em caso de uma interrupção do sinistro durante esse intervalo de
tempo, não haverá grandes danos estruturais à edificação. Entretanto, neste estágio,
diferente da estrutura, a vida humana é comprometida, pois ocorre liberação de uma
grande quantidade de fumaça e gases tóxicos ou asfixiantes. Neste caso, a extinção
do incêndio deve ocorrer através de sistemas de proteção ativa de combate ao fogo,
como alarmes de incêndio, hidrantes, detectores de calor e fumaça, entre outros, ou,
ainda, se o material que iniciou o processo da combustão queimar sem repassar o
calor aos demais objetos (ALBUQUERQUE G., 2012). Além disso, de acordo com
Coughi (2006), neste período inicial de pre-flashover, ocorre a elevação gradual da
temperatura, e esta, quase não é influenciada pelas características do compartimento,
como por exemplo a taxa de ventilação e as características do material de
compartimentação.
É relevante notar que, caso não seja possível controlar o fogo em sua fase
inicial, as temperaturas iniciarão a se elevar, até que chegue um instante no qual toda
a carga de incêndio entre em ignição e o ambiente seja tomado pelas chamas por
completo. Esse instante é conhecido como o flashover, e é o momento mais crítico de
um incêndio para as estruturas do prédio. Se este estágio for atingido, as medidas de
proteção ativa não possuirão mais capacidade de extinguir o fogo, e a ação do corpo
de bombeiros se tornará inviável, já que é necessário preservar a segurança dos
mesmos, e portanto, a edificação apresentará danos estruturais (ALBUQUERQUE G.,
2012).
Então, depois do acontecimento do flashover, as temperaturas aumentam
rapidamente, característica essa da fase de aquecimento, e, somente após a queima
de todo o material combustível presente no local, é iniciado o resfriamento
(ALBUQUERQUE G., 2012).
A última etapa de um incêndio se inicia, segundo Coughi (2016), a partir do pico
de temperatura atingido pelo ambiente, logo, esta começa a reduzir por todo o
compartimento. Vale ressaltar que neste instante ainda existe o risco de propagação
do incêndio para outros compartimentos, por meio da radiação, que é a penetração
do calor nos elementos construtivos, ou, também através da convecção.
22

Nesse sentido, o desenvolvimento de todos as etapas que caracterizam um


incêndio real, tem correlação com uma série de fatores, como a quantidade, natureza,
distribuição do material, combustível, grau de ventilação do ambiente e, ainda, dos
materiais de vedação que impedem a propagação do incêndio para fora deste
compartimento. Por conta desse grande número de fatores, torna-se difícil estabelecer
a curva tempo-temperatura de um incêndio real, e por conta disso, as principais
normas adotam curvas padronizadas, chamadas de curvas de incêndio padrão, se
diferenciando da curva real por conta de ter somente um ramo ascendente, e seu
objetivo principal, é fornecer um modelo teórico e simplificado, representando os
mesmos efeitos máximos dos produzidos pelo incêndio real (ALVA, 2000).

2.1.3 Tipos de incêndio

2.1.3.1 Incêndio natural

Serpa (2009) afirma que cada incêndio é um fenômeno único, já que, ele é
regido por vários fatores que concorrem para dar seu início e desenvolvimento. Alguns
destes fatores podem ser a forma geométrica e dimensões, a superfície dos materiais
combustíveis envolvidos, sua distribuição no local, sua quantidade incorporada ou
temporária, suas características de queima, o local onde se deu início o fogo, as
condições climáticas, possíveis aberturas de ventilação do ambiente, aberturas entre
ambientes, para propagação do incêndio, projeto arquitetônico da edificação, medidas
de prevenção existentes, e medidas de proteção contra incêndio instaladas.
A curva temperatura-tempo que, possui três fases bem demarcadas (inicial,
aquecimento e resfriamento), representa um modelo de incêndio natural, pois esta
simula uma situação real de um compartimento em chamas. Entretanto, esse tipo de
modelo de incêndio, acaba não sendo tão utilizado para verificar a segurança de
estruturas submetidas à ação do fogo. Isto ocorre, em razão de a determinação desta
curva, por intermédio de ensaios ou equações, ser muito complexa por conta do
grande número de variáveis existentes e que são associadas a particularidades de
cada situação estudada. Ainda, outro problema no uso desta curva como parâmetro
para projetos, seria a necessidade de considerar este mesmo realismo na análise
estrutural, fazendo com que não seja usual utilizar este tipo de consideração em
projeto (ALBUQUERQUE G., 2012).
23

A determinação das curvas de incêndio natural obtidas a partir de ensaios, são


realizadas em área compartimentadas, além disso, estes são executados onde não
há uma probabilidade de propagação do incêndio para fora destas áreas. Através dos
ensaios é possível mostrar que a curva natural depende da quantidade de combustível
presente, ou seja, carga de incêndio, e também do grau de ventilação do ambiente.
Esta carga de incêndio será expressa como a quantidade de madeira termicamente
equivalente à soma de todo o combustível, por área de piso sendo expressa em kg/m².
As curvas construídas a partir de ensaios que simulam a situação real, tendo como
principal característica o fato de possuir um ramo ascendente, que corresponde a fase
de aquecimento e um ramo descendente, que corresponde ao resfriamento, destaca
Alva (2000).

2.1.3.2 Incêndio padrão

O incêndio padrão, pode ser definido como, a modelagem em laboratório de


um incêndio cuja lei de variação de temperatura já é conhecida. A partir disso, é
possível gerar um banco de dados para determinação de técnicas de segurança a
serem utilizadas. Entretanto, é importante ressaltar que as curvas obtidas para
incêndio padrão são apenas uma referência teórica e simplificada para representar os
efeitos máximos do incêndio real (SOARES, 2003).
Diferentemente das curvas do incêndio natural, Alva (2000) sugere que, quando
são utilizadas estas curvas padronizadas, torna-se impossível obter a temperatura
máxima, por conta destas curvas não possuírem o ramo descendente. Nestes casos,
o procedimento a ser adotado é preestabelecer um tempo fictício de dimensionamento
e, a partir disso, encontrar a temperatura por meio da curva padrão. Estes tempos são
padronizados em relação ao tipo de ocupação de um prédio e de suas dimensões.
A NBR 14432 (ABNT, 2001) define o incêndio-padrão como a elevação de
forma padronizada da temperatura em função do tempo, e indica que a Equação 1
representa a função utilizada para gerar a curva:

𝜃𝑔 = 𝜃𝑜 + 345. log (8. 𝑡 + 1) (1)

Onde:
𝑡 é o tempo, em minutos;
24

𝜃𝑜 é a temperatura do ambiente antes do início do aquecimento, em graus Celsius,


geralmente tomada igual a 20oC;
𝜃𝑔 é a temperatura dos gases, em graus Celsius, no instante t.
Portanto, esse modelo foi o convencionado para determinação da curva
temperatura-tempo (Figura 4), tendo como principal característica considerar a
temperatura sempre crescente com o tempo (ALBUQUERQUE G., 2012).

Figura 4 - Curva temperatura-tempo de um modelo de incêndio padrão.

Fonte: Albuquerque G. (2012).

2.1.4 Propagação do incêndio

De acordo com Albuquerque G. (2012), todo corpo, não importando seu estado
físico, é constituído por partículas e sua temperatura pode ser determinada através do
grau de agitação destas. A partir desta movimentação, é gerada uma energia cinética
média, conhecida como energia térmica. Logo, quanto mais alta a temperatura do
corpo, maior será o grau de agitação das partículas e também a energia térmica
produzida.
A propagação do calor pode ocorrer de três formas distintas, podendo ser
individuais ou combinadas: condução, convecção e irradiação. A passagem ocorre
dos corpos de maior temperatura para os de menor temperatura, em busca do
encontro do equilíbrio de energias. Essa transferência é a causa direta da queima do
material e dos danos pessoais, como por exemplo desidratação, insolação, fadiga e
problemas de respiração, além, ainda, de queimaduras que podem levar a
casualidades mais severas (ALBUQUERQUE W.; BARBOSA; QUAGLIO, 2019).
25

Nesse contexto, Albuquerque G. (2012) menciona que durante um incêndio, as


chamas presentes em um compartimento transferem a energia térmica até a
superfície dos elementos construtivos. Esse processo ocorre por convecção e
radiação, em seguida, após serem atingidos por esses dois fluxos, são aquecidos
interiormente pelo processo de condução.
A condução ocorre quando o calor passa de material para material de forma
direta, ou ainda, no caso de o calor ser transmitido por meio de um corpo como uma
viga de metal, uma parede ou uma laje. Então, se há uma viga de metal, que serve de
suporte ao telhado de um compartimento onde se mantêm um estoque de materiais,
no caso de ocorrer um incêndio primário próximo à viga, esta pode provocar um
aquecimento que será capaz de transmitir o incêndio, chamado secundário, através
da condução para os materiais que estiverem próximos à viga. Este processo pode
ser observado na Figura 5 (CAMILLO JÚNIOR, 2017).

Figura 5 - Processo de propagação do incêndio através da condução.

Fonte: Camillo Júnior (2017).

Segundo Camillo Júnior (2017), o processo da convecção ocorre quando o


calor é transmitido por meio de massas de ar aquecidas, que se deslocam do local de
início do fogo, transportando para outros locais calor suficiente para que os materiais
combustíveis atinjam seu ponto de combustão e originem outro foco de fogo.
Neste processo, primeiramente, os gases inferiores são aquecidos, e ao
tornarem-se menos densos, tendem a subir. Os gases que estão presentes nas
camadas superiores, mais frios e com maior densidade, descem por ação da
gravidade. Portanto, o aquecimento se torna mais intenso no teto do que no piso e
nas paredes é moderado (ALBUQUERQUE G., 2012).
26

Dessa forma, Camillo Júnior (2017) comenta que em casos de incêndio, a


convecção é muitas vezes responsável pelo alastramento do sinistro para
compartimentos distantes do foco inicial do fogo. Logo, toda abertura vertical, por
exemplo poços de elevador, dutos de ar-condicionado, lixeiras e poços de escada,
ajudam neste alastramento, pois as chamas, fumaça e a fuligem sobem por
convecção levando o incêndio para pavimentos mais altos. Isto ocorre também
quando o fogo ocorre em andares baixos de um prédio, no qual os gases aquecidos
sobem pelas aberturas verticais e atingem combustíveis dos locais elevados do
edifício provocando novos focos de incêndio. Na Figura 6 observa-se o fenômeno da
convecção.

Figura 6 - Alastramento de um incêndio através do processo de convecção.

Fonte: Camillo Júnior (2017).

A irradiação ocorre quando o calor é transmitido por meio de ondas, então, o


calor é transmitido através do espaço, e não utiliza nenhum meio material para isso.
O foco calorífico irradia calor, e este, é comparado com a luz por conta de todas as
27

suas propriedades, sendo que a diferença seria que a luz pode ser vista a olho nu e o
calor irradiado não. Trazendo este fato para um caso de incêndio em uma edificação,
vários outros prédios ao redor desta edificação ficam queimados por conta da
irradiação do calor, sendo chamados de incêndios secundários, no qual a chama não
aflora. Entretanto, apesar da chama não aflorar, as consequências acabam sendo
semelhantes às do incêndio primário (CAMILLO JÚNIOR, 2017).
Além disso, segundo Coughi (2006), a irradiação térmica, em comparação com
a convecção e a condução, tem um aumento muito mais rápido com o aumento da
temperatura. Por conta disso, esta forma de transmissão do calor, acaba sendo o
processo mais importante de propagação do incêndio num mesmo edifício, ou ainda,
entre edifícios vizinhos, sendo assim o responsável pela inflamação generalizada,
juntamente com o alastramento superficial. Essa ocorrência pode ser analisada na
Figura 7.

Figura 7 - Processo de irradiação de um incêndio para edificações vizinhas.

Fonte: Camillo Júnior (2017).

2.1.5 Compartimentação

Em situações de incêndio é essencial evitar que o mesmo se propague para


outros ambientes, e com isso, a compartimentação se torna um dos principais meios
de segurança contra incêndio. O compartimento consiste em um ou mais ambientes,
28

que foram construídos visando combater a propagação do incêndio para fora de seus
limites, para isso são utilizados elementos construtivos vedando o compartimento.
Estes devem ter capacidade de isolamento, estanqueidade e ser seguros
estruturalmente (SILVA, 2012).
De acordo com Silva (2012) o isolamento impedirá incrementos de temperatura
que forem superiores a 140 oC na média de todos os pontos medidos ou, ainda, que
seja superior a 180 oC em qualquer ponto. Já a estanqueidade é caracterizada quando
o elemento construtivo evita o aparecimento de rachaduras ou aberturas, nas quais
possam passar chamas e gases quentes.
Existem duas formas de compartimentação, a vertical e a horizontal, sendo a
primeira aquela que impede a propagação de gases ou calor na direção vertical,
incluindo lajes com espessuras mínimas, parapeitos ou marquises de fachada, entre
outros. Por outro lado, a segunda impede esta mesma propagação, porém na direção
horizontal, incluindo paredes com materiais e espessuras específicas, portas corta
fogo, distância mínima entre aberturas de compartimentos, entre outros (SILVA,
2012).

2.1.6 Prevenção e combate de incêndio

No geral, as sociedades percebem suas necessidades e deficiências somente


quando estas são evidenciadas. Este é o caso da necessidade da criação da
segurança contra incêndio. Até o final do século XIX e início do XX, haviam poucas
notícias sobre incêndios em locais específicos, e os grandes casos ocorriam em
cidades. As ocorrências em locais pontuais começaram a ocorrer no século XX e
alguns exemplos são os eventos ocorridos nos Estados Unidos, como os incêndios
no Teatro Iroquois em Chicago, que teve 600 vítimas fatais, na Casa da Ópera
Rhoades, na Pensilvânia, com 160 vítimas fatais, na Escola Elementar Collinwood,
Lake View, com 174 vítimas fatais e outros. Estes eventos provocaram uma mudança
no enfoque da regulamentação contra incêndio do país, a qual passou a dar ênfase à
proteção à vida (NEGRISOLO, 2011).
No Brasil, por conta da ausência de grandes incêndios até o início de 1970, a
segurança contra incêndios ficou em segundo plano, já que as regulamentações eram
dispersas e não consideravam os aprendizados vindos de incêndios ocorridos no
exterior. Os primeiros grandes incêndios no Brasil foram o incêndio no edifício
29

Andraus, na Avenida São João na cidade de São Paulo em 1972, que teve 16 mortos
e 336 feridos, e o incêndio no edifício Joelma na Praça da Bandeira, também em São
Paulo, no ano de 1974, com 179 mortos e 320 feridos. A partir disso, o problema da
ocorrência de grandes incêndios, com vítimas, tornou-se uma realidade no Brasil.
Logo, deu-se início ao processo de reformulação das medidas de segurança contra
incêndio no país (SILVA, 2012).
Portanto, segundo Serpa (2009, p. 20),

A segurança contra incêndio pode ser


conceitualmente definida como uma série de medidas
e recursos internos e externos à edificação, bem como
as possíveis áreas de risco adjacentes, as quais
viabilizam o controle de um incêndio. Além disso,
pode-se afirmar que seus objetivos essenciais são: a
proteção da vida humana, de modo a garantir
condições seguras de escape, e do patrimônio, com a
manutenção da estabilidade estrutural do edifício, bem
como a possibilidade de extinção do incêndio através
de sistemas de proteção.

Nesse contexto, para que o edifício possa ser considerado seguro contra um
incêndio, deve-se estabelecer quais os objetivos da segurança e requisitos funcionais
que devem ser atendidos. Por isso, as medidas tomadas para alcançar os níveis de
segurança necessários em uma edificação tem de ser coerentes e implantados de
maneira conjunta. Então, pode-se definir um prédio como seguro quando todos os
seus ocupantes tenham garantida a sua salvaguarda e não sofram ferimentos, e,
ainda, que os danos não ultrapassem o local onde foi iniciado o fogo (SERPA, 2009).
Dessa forma, a prevenção deve ser parte de qualquer estratégia de controle de
incêndio, pois não importa o quão bom seja o combate ao incêndio planejado, sempre
é melhor prevenir o sinistro (CIPRIANI et al., 2011, tradução nossa).
Entretanto, Albuquerque W., Barbosa e Quaglio (2019) afirmam que nenhum
incêndio pode ser totalmente evitável. Logo, no caso de uma ocorrência inesperada,
cabe às pessoas garantirem que o mesmo seja passível de extinção de forma rápida
e segura. Logo, existem duas formas de proteção contra um incêndio, a ativa e a
passiva.
A NBR 14432 (ABNT, 2001) define a proteção ativa como um mecanismo que
é ativado de forma manual ou automática através dos estímulos provocados pelo fogo.
Esta é composta pelas instalações prediais de proteção contra incêndio, como os
chuveiros automáticos, detecção contra incêndio, brigada contra incêndio e
iluminação de emergência. Já a proteção passiva, pode ser definida como as medidas
30

que foram utilizadas no sistema construtivo da edificação, e são funcionais durante o


uso normal do edifício. Estas reagem passivamente ao desenvolvimento do incêndio,
e evitam seu crescimento e propagação. Além disso, a proteção passiva assegura a
resistência ao fogo, facilitando a fuga dos usuários, e a aproximação e ingresso na
edificação para o combate do incêndio. São alguns exemplos dessa proteção a
compartimentação, criação de rotas de fuga e a resistência ao fogo das estruturas.
Nesse sentido, os requisitos que devem ser atendidos para que um seja
considerado edifício seguro estão relacionados à sequência de etapas de um
incêndio, levando em consideração as ações de combate, que consistem no início do
fogo, crescimento do mesmo no local de origem, combate, propagação para outros
ambientes, evacuação da edificação, propagação para edifícios vizinhos e na ruína
parcial e/ou total do prédio (SERPA, 2009).
Ainda, Ferreira e Talaia (2010) citam uma outra questão importante, que em
situações nas quais exista o combate ao incêndio pelos bombeiros, é necessário
resguardar a segurança deles. Portanto, a roupa dos bombeiros deve condicionar o
tempo de exposição evitando que eles sofram com um choque térmico ou demais
casualidades.

2.2 PATOLOGIAS CAUSADAS PELO INCÊNDIO NO CONCRETO ARMADO

A experiência obtida sobre o comportamento das estruturas de concreto armado,


quando em contato com o fogo, é escassa, pois existe uma dificuldade na realização
de ensaios em escala real que simulem estas ocorrências, fazendo com que os dados
conhecidos, sejam, em sua maioria, de ensaios de laboratório feitos sobre elementos
isolados da edificação e de casos reais que ocorreram involuntariamente, comentam
Moreno Júnior e Souza (2010).
Um incêndio pode causar danos a uma estrutura de concreto armado que podem
ser desde uma descoloração ou mancha produzida pela fumaça, até sua completa
destruição. Os efeitos causados pelo fogo estão condicionados à capacidade do
edifício de contribuir, ou não, para o alastramento das chamas (MORENO JÚNIOR;
SOUZA, 2010).
Nesse contexto, na ocasião de um incêndio, segundo Rocha e Silva (2017),
através do concreto é possível postergar a ação do fogo, garantindo um tempo de
fuga maior e assegurando a saída de mais pessoas do local. Entretanto, a interação
31

mais duradoura entre o fogo e o concreto dá início a processos como expansões,


fragmentação superficial ou lascamento do concreto, levando a uma degradação do
material e afetando a capacidade estrutural do mesmo.
Todos os corpos, ao serem submetidos a altas temperaturas, dilatam-se
proporcionalmente ao aumento da temperatura. Esse fenômeno torna-se responsável
pelo desmoronamento de edificações durante um sinistro, quando a temperatura é
elevada. Uma viga de concreto, por exemplo, é composta por cimento, areia,
agregados e armação de ferro no seu interior. Ao ficar exposta à ação do fogo, a
armação pode aquecer e dilatar, arrebentando assim o concreto que já está
enfraquecido pelo calor gerado pelo incêndio (CAMILLO JÚNIOR, 2017).
Silva (2008) comenta que o concreto é um ótimo material estrutural, tendo
várias características favoráveis para a sua utilização na construção, entretanto, seu
comportamento diante a presença do fogo e calor excessivo, é uma questão que ainda
está sendo estudada. Apesar de ser um material incombustível, não emitir fumaça e
ter um bom isolamento térmico, experiências causadas por incêndios acabam
revelando aspectos do concreto que não são tão favoráveis nestas situações.
Nota-se que as alterações que ocorrem no concreto armado, entre 20 e 300 oC,
referem-se à pasta de cimento, devido à evaporação da água presente na estrutura.
Com isso, o vapor exerce pressões internas no concreto e pode ocasionar o
desprendimento ou lascamento de camadas superficiais deste. Esse processo é
conhecido como spalling, e é responsável pela redução da capacidade do concreto,
já que o mesmo perde sua área resistente e expõe as armaduras ao fogo
(ALBUQUERQUE G., 2012).
Nesse contexto, Soares (2003) explica que o fenômeno do lascamento pode
ocorrer de forma explosiva ou prematura, também chamado de sloughing. O
lascamento explosivo, ocorre sob temperaturas mais baixas, 240 a 280 oC, nos
primeiros 30 minutos do incêndio, e tem como característica a perda da cobertura da
armadura principal, o que faz com que a temperatura aumente rapidamente e diminui
a resistência da estrutura. Já no lascamento prematuro, o concreto acaba se
desfazendo gradativamente devido à perda de resistência e aderência. Em alguns
casos, o lascamento pode ser consequência da natureza mineralógica do agregado
utilizado na sua composição, da concentração das tensões térmicas que se
desenvolvem durante o aquecimento se concentrando nas camadas próximas aos
32

cantos dos elementos, da esbeltez do elemento estrutural, e das elevadas tensões de


compressão na seção transversal do concreto em situação de incêndio.

2.3 ALTERAÇÃO DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS

A resistência ao fogo de um elemento estrutural pode ser analisada pelo


período de tempo que este continua a cumprir sua função. Ou seja, a resistência à um
incêndio se refere ao elemento estrutural como um todo, e não ao comportamento
isolados dos materiais que o compõe. Apesar disso, é de suma importância que o
desempenho dos materiais não comprometa a resistência do elemento estrutural,
citam Bonen, Matesová e Shah (2006, tradução nossa).
O concreto é considerado resistente à ação do fogo, entretendo verifica-se que
na prática seu desempenho é prejudicado pelas altas temperaturas. Assim, quando
expostos à temperaturas elevadas os materiais à base de cimento passam por
mudanças físico-químicas que alteram suas propriedades mecânicas e sua
resistência à transferência de calor (CASTRO; TIBA; PANDOLFELLI, 2011).
Dessa forma, o aumento da temperatura, causada por incêndios, pode levar à
deterioração da resistência e também à aceleração das deformações, resultando no
colapso da estrutura (KIM et al., 2018, tradução nossa).
Assim, as modificações sofridas pela concreto, em sua maioria, são
irreversíveis e o grau de deterioração dependerá da temperatura alcançada, tempo de
exposição, processo de diminuição da temperatura e a composição do concreto
utilizado (ERCOLANI et al., 2016, tradução nossa).
Além disso, Alva (2000) complementa que tanto o aço como o concreto, sofrem
com a alteração das propriedades mecânicas em altas temperaturas. Uma forma de
verificar isto seria observando a redução no módulo de elasticidade de ambos os
materiais, pela redução da resistência ao escoamento do aço e, ainda, pela diminuição
da resistência à compressão do concreto.
Portanto, segundo Bonen, Matesová e Shah (2006, tradução nossa), é
necessário avaliar a performance dos elementos estruturais em situação de incêndio
levando em conta diversos aspectos, como a sua habilidade de se comportar como
uma barreira térmica e suas propriedades mecânicas.
33

2.3.1 Concreto

A NBR 15200 (ABNT, 2012) ressalta que a resistência à compressão do concreto


é reduzida quando há um acréscimo de temperatura. A Figura 8 representa o fator de
redução de resistência para concretos preparados predominantemente com
agregados silicosos.

Figura 8 - Fator de redução da resistência do concreto silicoso.

Fonte: ABNT (2012).

Com isso, o decréscimo pode ser calculado por meio da Equação 2.

𝑓𝑐,𝜃 = 𝑘𝑐,𝜃 . 𝑓𝑐𝑘 (2)

Sendo:
𝑓𝑐,𝜃 é a resistência a compressão do concreto na temperatura 𝜃;
𝑘𝑐,𝜃 é o fator de redução da resistência do concreto na temperatura 𝜃;
𝑓𝑐𝑘 é a resistência a compressão do concreto à temperatura ambiente.

2.3.2 Aço

Segundo a NBR 15200 (ABNT, 2012), a resistência ao escoamento do aço da


armadura passiva diminui com o aumento da temperatura. A Figura 9 mostra o fator
de redução da resistência do aço para armaduras passivas, sendo que as curvas
cheias indicam um 𝜀𝑦𝑖 ≥ 2‰, que ocorre usualmente em armaduras tracionadas de
34

vigas, lajes e tirantes, por outro lado a curva tracejada é utilizada para um 𝜀𝑦𝑖 < 2‰,
situação que ocorre em armaduras que estão comprimidas em pilares, vigas ou lajes.

Figura 9 - Fator de redução da resistência do aço.

Fonte: ABNT (2012).

Com isso, o decréscimo pode ser calculado por meio da Equação 3.

𝑓𝑦,𝜃 = 𝑘𝑠,𝜃 . 𝑓𝑦𝑘 (3)

Tem-se que:
𝑓𝑦,𝜃 é a resistência do aço de armadura passiva na temperatura 𝜃;
𝑘𝑠,𝜃 é o fator de redução da resistência do aço na temperatura 𝜃;
𝑓𝑦𝑘 é a resistência característica do aço de armadura passiva à temperatura ambiente.
Além disso, a NBR 15200 (ABNT, 2012) complementa que o módulo de
elasticidade do aço também decresce com o aumento da temperatura. A Figura 10
apresenta o fator de redução do módulo de elasticidade para qualquer tipo de aço de
armaduras passivas.

Figura 10 - Fator de redução do módulo de elasticidade do aço.

Fonte: ABNT (2012).


35

Com isso, o decréscimo pode ser calculado por meio da Equação 4.

𝐸𝑠,𝜃 = 𝑘𝐸𝑠,𝜃 . 𝐸𝑠 (4)

Na qual:
𝐸𝑆,𝜃 é o módulo de elasticidade do aço na temperatura 𝜃;
𝑘𝐸𝑠,𝜃 é o fator de redução do módulo de elasticidade do aço na temperatura 𝜃;
𝐸𝑠 é o módulo de elasticidade do aço à temperatura ambiente.
A NBR 6118 (ABNT, 2014) ressalta que, na ausência de ensaios específicos
ou valores fornecidos pelo fabricante, o módulo de elasticidade do aço em temperatura
ambiente pode ser considerado 210 GPa.

2.4 VERIFICAÇÃO DA ESTRUTURA EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO

2.4.1 TRRF

Para fazer o dimensionamento estrutural de edificações, é exigido que esta


resista um tempo mínimo ao fogo, denominado Tempo Requerido de Resistência ao
Fogo - TRRF. Com isso, o TRRF é um tempo fictício de resistência ao fogo de um
determinado elemento estrutural, e o objetivo é que sejam estabelecidos critérios de
verificação de segurança estrutural nas situações de incêndio. É importante comentar,
ainda, que o tempo mínimo de resistência ao fogo das estruturas, não é o tempo real
de desocupação ou duração do incêndio, e sim trata-se do tempo padrão aos quais
os elementos estruturais deveriam resistir (COUGHI, 2006).
Assim, de acordo com Albuquerque G. (2012, p.28), “O valor do TRRF para os
quais esses elementos construtivos são dimensionados depende do tipo de ocupação
ou uso e da altura da edificação em que os mesmos estão presentes”.
Pode-se ressaltar, ainda, que o TRRF é função do risco do sinistro, sendo que
nesta análise deve ser considerado tanto o risco de ocorrência quanto as suas
consequências. Isso pode ser observado comparando duas edificações residenciais
com alturas diferentes: a edificação com altura maior pode ter um TRRF maior, pois
mesmo que o perigo de ocorrência de incêndio nos dois casos seja igual, as
consequências para edificações mais altas são maiores, e por isso o tempo mínimo
de resistência exigido deve ser maior. O mesmo ocorre com edificações de altura igual
36

e tipos de ocupação diferentes, sendo exigido um TRRF maior para as que tem maior
perigo de propagação de fogo (ALBUQUERQUE G., 2012).
A NBR 14432 (ABNT, 2001) apresenta a Tabela 1 para que seja feita a correta
definição do TRRF da edificação, este é medido em minutos e é determinado de
acordo com o tipo de ocupação, uso e altura da edificação. Ainda ressalta-se que para
esta tabela os tempos entre parênteses servem para o caso de subsolos nos quais a
área bruta de cada pavimento seja menor ou igual a 500 m² e também para edificações
nas quais cada pavimento acima do solo tenha área menor ou igual a 750 m².

Tabela 1 - Valor do TRRF, em minutos.


Profundidade do
Altura da Edificação
subsolo
Grupo Ocupação/Uso Divisão
Classe S2 Classe S1 Classe P1 Classe P2 Classe P3 Classe P4 Classe P5
hS > 10 m hS ≤ 10 m h≤6m 6m<h≤12m 12m<h≤23m 23m<h≤30m h>30 m
A Residencial A-1 a A-3 90 60 (30) 30 30 60 90 120
Serviços de
B B-1 e B-2 90 60 30 60 (30) 60 90 120
hospedagem
Comercial
C C-1 a C-3 90 60 60 (30) 60 (30) 60 90 120
varejista
Serviços
profissionais,
D D-1 a D-3 90 60 (30) 30 60 (30) 60 90 120
pessoais e
técnicos
Educacional e
E E-1 a E-6 90 60 (30) 30 30 60 90 120
cultura física
Locais de
F-1, F-2, F-
F reunião de 90 60 60 (30) 30 60 90 120
5, F-6 e F-8
público
G-1 e G-2
não abertos
90 60 (30) 30 60 (30) 60 90 120
lateralmente
Serviços
G e G-3 a G-5
automotivos
G-1 e G-2
abertos 90 60 (30) 30 30 30 30 60
lateralmente
Serviços de
H saúde e H-1 a H-5 90 60 30 60 60 90 120
institucionais
I-1 90 60 (30) 30 30 60 90 120
I Industrial
I-2 120 90 60 (30) 60 (30) 90 (60) 120 (90) 120
J-1 90 60 (30) 30 30 30 30 60
J Depósitos
J-2 120 90 60 60 90 (60) 120 (90) 120
Fonte: ABNT (2001).

2.4.2 Método do tempo equivalente

A NBR 15200 (ABNT, 2012) traz um método alternativo para o cálculo do TRRF
dos elementos estruturais de concreto armado, permitindo reduzir em até 30 minutos
o TRRF descrito na NBR 14432 (ABNT, 2001) no caso de edificações com
características que são favoráveis à segurança contra os incêndios. A Equação 5
permite calcular o valor do novo tempo requerido de resistência ao fogo.

𝑡𝑒 = 0,07. 𝑞𝑓𝑖,𝑘 . 𝑊. 𝛾𝑛 . 𝛾𝑠 (5)

Sendo:
𝑞𝑓𝑖,𝑘 é o valor característico da carga de incêndio específica;
37

𝑊 é o fator que considera a influência da ventilação e da altura do compartimento;


𝛾𝑛 é o fator de ponderação das medidas de segurança contra incêndio;
𝛾𝑠 é o fator de ponderação em função da área do piso compartimentado, altura do piso
habitável mais elevado da edificação e do risco de ativação do incêndio.

O valor de 𝑞𝑓𝑖,𝑘 , pode ser determinado a partir da Tabela 2.

Tabela 2 - Valores das cargas de incêndio específicas.


Ocupação/Uso Descrição Divisão Carga de incêndio (𝒒𝒇𝒊 ) MJ/m²
Alojamentos estudantis A-1 300
Apartamentos A-2 300
Residencial
Casas térreas ou sobrados A-1 300
Pensionatos A-3 300
Hotéis B-1 500
Serviços de
Motéis B-1 500
hospedagem
Apart-hotéis B-2 300
Açougues C-1/C-2 40
Antiguidades C-1/C-2 700
Aparelhos domésticos C-1/C-2 500
Artigos de bijuteria, metal ou vidro C-1/C-2 300
Artigos de couro, borracho, esportivos C-1/C-2 800
Automóveis C-1/C-2 200
Bebidas destiladas C-1/C-2 700
Brinquedos C-1/C-2 500
Cabeleireiro C-1/C-2 300
Calçados C-1/C-2 500
Drogarias (incluindo depósitos) C-1/C-2 1000
Ferragens C-1/C-2 300
Floricultura C-1/C-2 80
Galerias de quadros C-1/C-2 200
Comercial Varejista Livrarias C-1/C-2 1000
Lojas de departamento ou centro de compras C-2 600
Máquinas de costura ou de escritório C-1/C-2 300
Materiais fotográficos C-1/C-2 300
Móveis C-1/C-2 500
Papelarias C-1/C-2 700
Perfumarias C-1/C-2 400
Produtos têxteis C-1/C-2 600
Relojoarias C-1/C-2 300
Supermercados C-2 400
Tapetes C-1/C-2 800
Tintas C-1/C-2 1000
Verduras C-1/C-2 200
Vinhos C-1/C-2 200
Vulcanização C-1/C-2 1000
Agências Bancárias D-2 300
Agências de correios D-1 400
Centrais telefônicas D-1 100
Consultórios médicos ou odontológicos D-1 200
Copiadora D-3 400
Serviços Encadernadoras D-3 1000
Profissionais, Escritórios D-1 700
pessoais e técnicos Estúdios de rádio ou de televisão ou de fotografia D-1 300
Lavanderias D-1 300
Oficinas elétricas D-3 600
Oficinas hidráulicas ou mecânicas D-3 200
Pinturas D-3 500
Processamento de dados D-1 400
Academias E-3 300
Educacional e
Creches E-5 400
cultura física
Escolas E-1/E-2/E-4 300

Fonte: ABNT (2001).


38

De acordo com a NBR 15200 (ABNT, 2012) o fator W pode ser calculado por
meio da Equação 6.

4
6 0,3 𝐴𝑣
𝑊 = ( ) . {0,62 + 90. (0,4 − ) } ≥ 0,5
𝐻 𝐴𝑓 (6)

Onde:
𝐻 é a altura do compartimento (distância do piso ao teto);
𝐴𝑣 é a área da ventilação vertical para o ambiente externo do compartimento;
𝐴𝑓 é a área do piso do compartimento.

É ressaltado pela NBR 15200 (ABNT, 2012) que a Equação 6 é válida para
𝐴𝑣 𝐴𝑣
≤ 0,3. Caso esta relação seja maior que 0,3 deve ser adotado 𝐴𝑓 = 0,3.
𝐴𝑓

Segundo a NBR 15200 (ABNT, 2012) o valor de 𝛾𝑛 pode ser determinado a


partir da Equação 7. Já os valores de 𝛾𝑛1, 𝛾𝑛2, 𝛾𝑛3 estão representados na Tabela 3,
sendo que na ausência de algum meio de proteção indicado na tabela, 𝛾𝑛 deve ser
considerado igual a 1.

𝛾𝑛 = 𝛾𝑛1 . 𝛾𝑛2 . 𝛾𝑛3 (7)

Tem-se que:
𝛾𝑛1 é o fator que representa a existência de chuveiros automáticos;
𝛾𝑛2 é o fator que representa a existência de brigada contra incêndio;
𝛾𝑛3 é o fator que representa a existência de detecção automática.

Tabela 3 - Fatores de ponderação das medidas de segurança contra incêndio.

Valores de 𝜸𝒏𝟏 , 𝜸𝒏𝟐 e 𝜸𝒏𝟑

Existência de chuveiros Brigada contra Existência de detecção


automáticos automática
incêndio
𝜸𝒏𝟏 𝜸𝒏𝟑
𝜸𝒏𝟐

0,6 0,9 0,9

Fonte: ABNT (2012).


39

Ainda, a NBR 15200 (ABNT, 2012) apresenta a Equação 8 como forma de


determinar o valor de 𝛾𝑠 , com 𝛾𝑠1 sendo determinado pela Equação 9 e 𝛾𝑠2 sendo
obtido pela Tabela 4.

𝛾𝑠 = 𝛾𝑠1 . 𝛾𝑠2 (8)

Na qual:
𝛾𝑠1 é o fator de ponderação em função da área do piso compartimentado e da altura
do piso habitável mais elevado da edificação;
𝛾𝑠2 é o fator de ponderação do risco de ativação do incêndio.

𝐴𝑓. (ℎ + 3)
𝛾𝑠1 = 1 + (9)
105

Sendo:
𝐴𝑓 é a área do piso do compartimento;
ℎ é a altura do piso habitável mais elevado da edificação.

A NBR 15200 (ABNT, 2012) comenta que para 𝛾𝑠1 < 1, deve ser adotado
𝛾𝑠1 = 1 e para 𝛾𝑠1 > 3, pode-se adotar 𝛾𝑠1 = 3.

Tabela 4 - Valores de 𝛾𝑠2 em função do risco de ativação do incêndio.

𝜸𝒔𝟐 r Exemplos de ocupação

0,85 Pequena Escola, galeria de arte, parque aquático, igreja, museu

Biblioteca, cinema, correio, consultório médico, escritório, farmácia, frigorífico,


hotel, livraria, hospital, laboratório fotográfico, indústria de papel, oficina elétrica
1,0 Normal ou mecânica, residência, restaurante, supermercado, teatro, depósitos (produtos
farmacêuticos, bebidas alcoólicas, venda de acessórios de automóveis) e
depósitos em geral

1,2 Média Montagem de automóveis, hangar, indústria mecânica

1,5 Alta Laboratório químico, oficina de pintura de automóveis

Fonte: ABNT (2012).

São enumeradas pela NBR 15200 (ABNT, 2012) três limitações para que seja
utilizado este método corretamente. O valor de 𝑡𝑒 calculado pelo método equivalente
40

deve ser maior que o TRRF reduzido de 30 minutos. Ainda, 𝑡𝑒 deve ser no mínimo 15
minutos e a expressão 𝑞𝑓𝑖,𝑘 . 𝛾𝑛. 𝛾𝑠 deve ser maior ou igual a 300 MJ/m².

2.4.3 Método tabular

O método tabular para verificação dos elementos estruturais em situação de


incêndio é um dos métodos descritos na NBR 15200 (ANBT, 2012), e consiste em
verificar se as dimensões que foram utilizadas para as vigas, lajes e pilares respeitam
as dimensões mínimas determinadas nas tabelas de cada um destes elementos,
levando em consideração o TRRF definido para a edificação. As dimensões mínimas
apresentadas nas tabelas são a largura e altura para vigas, espessura das lajes, seção
transversal dos pilares e a distância entre o eixo da armadura longitudinal e a face do
concreto exposta ao fogo, denominada de 𝑐1, de todos os elementos estruturais.
Para a verificação das vigas de concreto armado a NBR 15200 (ABNT, 2012)
apresenta nas tabelas as dimensões mínimas 𝑏𝑚í𝑛 (dimensão mínima do elemento),
𝑏𝑤𝑚í𝑛 (largura mínima da viga) e 𝑐1 das armaduras inferiores em função do TRRF. O
critério utilizado para criação das tabelas partiu da hipótese de vigas aquecidas em
três lados, sob a laje, sendo que os valores das tabelas podem ser também
empregados para vigas com os 4 lados aquecidos se for respeitada a seguinte
condição: a altura da viga deve ser inferior a 𝑏𝑚í𝑛 e a área de sua seção transversal
2
não deve ser inferior a 2. 𝑏𝑚í𝑛 . Nas Tabelas 5 e 6 é possível observar as dimensões
mínimas propostas no método tabular para vigas biapoiadas e contínuas.

Tabela 5 - Dimensões mínimas para vigas biapoiadas.

TRRF Cominações de bmín/c1 (mm/mm)


bwmín (mm)
mín 1 2 3 4

30 80/25 120/20 160/15 190/15 80

60 120/40 160/35 190/30 300/25 100

90 140/60 190/45 300/40 400/35 100

120 190/68 240/60 300/55 500/50 120

180 240/80 300/70 300/65 600/60 140

a Os valores de c indicados nesta tabela são válidos para armadura passiva. No caso de elementos protendidos os
1
valores de c1 para as armaduras ativas são determinados acrescendo-se 10 mm para barras e 15 mm para fios e
cordoalhas.

Fonte: ABNT (2012).


41

Tabela 6 - Dimensões mínimas para vigas contínuas ou vigas de pórtico.

TRRF Cominações de bmín/c1 (mm/mm)


bwmín (mm)
mín 1 2 3 4

30 80/15 160/12 - - 80

60 120/25 190/12 - - 100

90 140/37 250/25 - - 100

120 190/45 300/35 450/35 500/30 120

180 240/60 400/50 550/50 600/40 140

a Os valores de c indicados nesta tabela são válidos para armadura passiva. No caso de elementos
1
protendidos os valores de c1 para as armaduras ativas são determinados acrescendo-se 10 mm para
barras e 15 mm para fios e cordoalhas.

Fonte: ABNT (2012).

Para as lajes de concreto armado a NBR 15200 (ABNT, 2012) dispõe o valor
de ℎ𝑚í𝑛 (espessura mínima) de lajes que são aquecidas na face inferior e também o
valor de 𝑐1 das armaduras inferiores em função do TRRF. As Tabelas 7 e 8, mostram
as dimensões necessárias pelo método tabular para lajes simplesmente apoiadas e
lajes contínuas.

Tabela 7 - Dimensões mínimas para lajes simplesmente apoiadas.

c1 (mm)
TRRF
hmína (mm) Laje armada em duas direções b Laje armada em uma direção
mín
𝒍𝒚 /𝒍𝒙 ≤ 𝟏, 𝟓 𝟏, 𝟓 < 𝒍𝒚 /𝒍𝒙 ≤ 𝟐 𝒍𝒚 /𝒍𝒙 < 𝟐

30 60 10 10 10

60 80 10 15 20

90 100 15 20 30

120 120 20 25 40

180 150 30 40 55

a Dimensões mínimas para a função corta-fogo.

b Lajes apoiadas nas quatro bordas; caso contrário, a laje deve ser considerada armada em uma direção.

c Os valores de c indicados nesta tabela são válidos para armadura passiva. No caso de elementos protendidos
1
os valores de c1 para as armaduras ativas são determinados acrescendo-se 10 mm para barras e 15 mm para fios e
cordoalhas.

Fonte: ABNT (2012).


42

Tabela 8 - Dimensões mínimas para lajes contínuas.

TRRF
hmína (mm) c1 (mm)
mín

30 60 10

60 80 10

90 100 15

120 120 20

180 150 30

a Dimensões mínimas para a função corta-fogo.


b Válido para lajes armadas em uma ou duas direções.
c Os valores de c1 indicados nesta tabela são válidos para armadura passiva. No caso de
elementos protendidos os valores de c1 para as armaduras ativas são determinados
acrescendo-se 10 mm para barras e 15 mm para fios e cordoalhas.

Fonte: ABNT (2012).

A verificação dos pilares com apenas uma face exposta ao fogo é apresentada
pela NBR 15200 (ABNT, 2012), podendo-se utilizar a Tabela 9, que determina os
valores de 𝑏𝑚í𝑛 e 𝑐1 das armaduras. Já para os pilares com mais de uma face exposta
ao fogo deve ser utilizado o método tabular geral.

Tabela 9 - Dimensões mínimas para pilares com uma face exposta ao fogo.

TRRF mín Combinações de bmin/c1 (mm/mm)

30 155/25

60 155/25

90 155/25

120 175/35

180 230/55

Fonte: ABNT (2012).

Segundo a NBR (ABNT, 2012), para a utilização método tabular geral é


necessário que seja realizado o cálculo de alguns parâmetros antes de se utilizar as
tabelas. Com isso, as Equações 10 a 18 determinam como deve ser efetuado o
cálculo.
43

𝐴𝑠. 𝑓𝑦𝑑
𝜔=
𝐴𝑐. 𝑓𝑐𝑑 (10)

𝑁0𝑆𝑑,𝑓𝑖
𝑣𝑓𝑖 =
0,7. (𝐴𝑐. 𝑓𝑐𝑑 + 𝐴𝑠. 𝑓𝑦𝑑 ) (11)

𝑓𝑦𝑘
𝑓𝑦𝑑 =
𝛾𝑠𝑡 (12)

𝑓𝑐𝑘
𝑓𝑐𝑑 =
𝛾𝑐 (13)

𝑀0𝑆𝑑,𝑓𝑖
𝑒=
𝑁0𝑆𝑑,𝑓𝑖 (14)

𝑁0𝑆𝑑,𝑓𝑖 = 0,7. 𝑁0𝑆𝑑 (15)

𝑀0𝑆𝑑,𝑓𝑖 = 0,7. 𝑀0𝑆𝑑 (16)

𝑙𝑒𝑓,𝑓𝑖
𝜆𝑓𝑖 = (17)
𝑟

𝐼
𝑟=√
𝐴𝑐 (18)

Sendo:
𝜔 é a taxa mecânica de armadura;
𝐴𝑠 é a área total da seção das barras de aço;
𝐴𝑐 é a área da seção de concreto;
𝑓𝑦𝑑 é o valor de cálculo da resistência do aço à temperatura ambiente;
𝑓𝑐𝑑 é o valor de cálculo da resistência do concreto à compressão à temperatura
ambiente;
44

𝑓𝑦𝑘 é a resistência característica ao escoamento do aço de armadura passiva à


temperatura ambiente;
𝑓𝑐𝑘 é a resistência característica à compressão do concreto à temperatura ambiente;
𝛾𝑠𝑡 é o fator de minoração de resistência do aço, devendo ser considerado 𝛾𝑠𝑡 = 1,0;
𝛾𝑐 é o fator de minoração de resistência do concreto, devendo ser considerado 𝛾𝑐 =
1,0;
𝑁0𝑆𝑑,𝑓𝑖 é o valor de cálculo do esforço normal de compressão de 1a ordem em situação
de incêndio;
𝑁0𝑆𝑑 é o valor de cálculo do esforço normal de compressão de 1a ordem à temperatura
ambiente, desconsiderando o efeito das forças decorrentes do vento;
𝑀0𝑆𝑑,𝑓𝑖 é o valor de cálculo do momento fletor de 1a ordem em situação de incêndio;
𝑀0𝑆𝑑 é o valor de cálculo do momento fletor de 1 a ordem à temperatura ambiente,
desconsiderando o efeito das forças decorrentes do vento;
𝜆𝑓𝑖 é a esbeltez em situação de incêndio;
𝑙𝑒𝑓 é o comprimento equivalente do pilar;
𝑙𝑒𝑓,𝑓𝑖 é o comprimento equivalente do pilar em situação de incêndio;
𝑟 é o raio de giração;
𝐼 é o momento de inércia da seção do concreto.

De acordo com a NBR (ABNT, 2012), depois de calculados todos os


parâmetros necessários é possível verificar nas Tabelas B.1 a B.9, quais as
dimensões mínimas para os pilares da edificação.
Observa-se que para todas as tabelas apresentadas pelo método tabular da
NBR (ABNT, 2012), o valor de c1 exigido se torna maior com o aumento do TRRF,
isso ocorre porque, com o aumento do TRRF, o elemento estrutural deve resistir a
mais tempo durante o incêndio, e para isso é necessário que a sua armadura fique
mais longe do fogo, logo com o aumento do valor de c1 garante-se que isso ocorra.
Apesar da NBR (ABNT, 2012), trazer as tabelas com as dimensões mínimas
para as vigas, lajes e pilares, uma limitação do método tabular é não trazer nenhuma
especificação sobre o dimensionamento de escadas e elementos de fundações.
45

3 METODOLOGIA

3.1 REVISÃO DE LITERATURA

Para a melhor compreensão do tema desenvolveu-se uma pesquisa


bibliográfica por meio de levantamento de literaturas nacionais e internacionais, como
livros, artigos científicos, dissertações e teses, que abordam diversos aspectos do
tema estudado.

3.2 DIMENSIONAMENTO DA ESTRUTURA DE UM EDIFÍCIO DE CONCRETO


ARMADO EM TEMPERATURA AMBIENTE

Após compreender o tema estudado, realizou-se o dimensionamento de uma


estrutura de concreto armado convencional, com o auxílio do software TQS, versão
estudantil 21.10.68, e seguindo as recomendações da NBR 6118 (ABNT, 2014). A
estrutura dimensionada foi uma edificação residencial multifamiliar fictícia.

3.3 VERIFICAÇÃO DA ESTRUTURA EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO

Após o dimensionamento convencional, realizou-se a verificação para situação


de incêndio da mesma estrutura dimensionada anteriormente, seguindo as
recomendações da NBR 15200 (ABNT, 2012), através do Método Tabular que rege a
segurança das estruturas em situação de incêndio. Com as novas dimensões
encontradas para a estrutura redimensionou-se a mesma utilizando o software TQS,
versão estudantil 21.10.68, e seguindo as recomendações da NBR 6118 (ABNT,
2014).

3.4 COMPARAÇÃO DE MATERIAIS NECESSÁRIOS

Depois da finalização de ambos dimensionamentos (em temperatura ambiente


e em situação de incêndio), foi desenvolvida uma lista com os materiais necessários
para execução de ambos projetos estruturais desenvolvidos. Com isso, verificou-se a
diferença entre os projetos.
46

3.5 COMPARAÇÃO DE CUSTO

Após a finalização do levantamento de materiais necessários, desenvolveu-se


um orçamento com o custo unitário e total de cada material. Com este orçamento
realizou-se uma comparação de preço entre as duas estruturas, verificando-se a
diferença entre as duas situações analisadas.
47

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 EFEITOS DO INCÊNDIO NA ESTRUTURA

Com o crescimento constante das cidades, tanto no Brasil como no mundo, é


esperado que o número de incêndios aumente proporcionalmente. Logo, torna-se
relevante entender os efeitos que estes podem causar nas edificações e, a partir disso,
implementar medidas que possam facilitar tanto a prevenção e combate dos incêndios
como a minimização dos seus efeitos.
Sabe-se, conforme comentam Albuquerque W., Barbosa e Quaglio (2019), que
nenhum incêndio pode ser totalmente evitável, portanto é necessário que o edifício
tenha uma proteção ativa e passiva eficiente. A NBR 14432 (ABNT, 2012) explica que
a proteção passiva será a responsável por facilitar a fuga dos usuários e auxiliar na
aproximação e ingresso de socorristas na edificação para que o incêndio seja
combatido, sendo então, de suma importância para todo o processo. A proteção
passiva pode ser composta por uma compartimentação do edifício, criação de rotas
de fuga e também na resistência da estrutura aos efeitos da alta temperatura.
Para que seja analisada esta resistência da estrutura ao fogo, basta verificar o
período de tempo que este continua cumprindo sua função, sem gerar perigo para os
usuários, como citam Bonen, Matesová e Shah (2006, tradução nossa). Considera-se
que as estruturas de concreto tem uma resistência à ação do fogo eficiente, entretanto
Castro, Tiba e Pandolfelli (2011) afirmam que na prática o desempenho do mesmo é
prejudicado, passando por mudanças físico-químicas e alterando suas propriedades
mecânicas e resistência à transferência de calor.
Tanto o concreto como o aço, quando expostos a esta situação sofrem uma
redução no módulo de elasticidade. No caso do aço ocorre uma redução da resistência
ao escoamento, já no concreto é caracterizada a perda da resistência à compressão,
sendo que estas perdas levam à deterioração da estrutura e à aceleração das
deformações, podendo resultar no colapso da mesma conforme explicam Alva (2000)
e Kim et al. (2018, tradução nossa).
Assim, Ercolani et al. (2016, tradução nossa) ainda complementam que a
maioria das modificações sofridas pela concreto podem resultar em uma situação
irreversível. Alguns fatores serão responsáveis por determinar qual será o grau de
deterioração da estrutura como, por exemplo, o tempo de exposição, o processo de
48

diminuição da temperatura, a composição do concreto utilizado, a redução da


resistência ao escoamento do aço e, ainda, a diminuição da resistência à compressão
do concreto.

4.2 DIMENSIONAMENTO DA ESTRUTURA DE UM EDIFÍCIO DE CONCRETO


ARMADO EM TEMPERATURA AMBIENTE

Para que fosse possível fazer uma comparação entre os dimensionamentos em


temperatura ambiente e em situação de incêndio criou-se um projeto arquitetônico de
um edifício residencial multifamiliar fictício com 5 pavimentos tipo (térreo + quatro) de
150,9 m² cada, num total de 754,5 m². O pé direito era de 3,15 m, totalizando 15,75 m
para todo o edifício.
O modelo criado tinha 2 apartamentos por pavimento os quais continham os
seguintes ambientes: 1 suíte, 2 quartos, 1 lavabo, sala de estar/jantar, lavanderia e
cozinha. Vale ressaltar que não houve preocupação significante em se achar um bom
projeto arquitetônico, pois a ênfase estava em criar uma estrutura simples para
comparação dos dois modelos. Definiu-se a espessura da parede de 14 cm e, com
isso, o uso de uma alvenaria de vedação de blocos cerâmicos furados com as
seguintes dimensões: 11,5 x 19 x 29 cm, essa escolha foi feita pois desconsiderou-se
o uso de revestimento nos elementos estruturais obtendo-se o caso mais crítico na
comparação dos dois dimensionamentos.
Ainda, optou-se pela criação de um prédio sem elevador, com somente uma
escada. Apesar do edifício apresentar uma escada, a mesma não foi dimensionada e
detalhada, pois o método tabular não traz especificações quanto à verificação de
escadas, logo só foi detalhada a viga intermediária onde estaria apoiado o patamar
da escada, chamada de VE.
Também não foi dimensionada a fundação do edifício, pois a mesma se encontra
sob o solo não sofrendo de forma tão intensa, os efeitos das altas temperaturas, como
os outros elementos estruturais expostos diretamente a estas ações.
Considerou-se também simplificadamente que a edificação não teria um
pavimento destinado para barrilete e caixa d’água e foi desconsiderado para os
cálculos a cobertura do edifício, visto que o acréscimo destes itens não teria grande
impacto no objetivo final, que é a comparação entre os dois dimensionamentos. Com
isso, foi considerado um modelo de edifício que tem seu funcionamento com uma torre
49

metálica para abastecimento de água ao invés do modelo mais tradicional com caixa
d’água acima do edifício.
A Figura 11 representa a planta baixa do pavimento tipo que foi criado como
base para a comparação entre os dimensionamentos à temperatura ambiente e em
situação de incêndio.

Figura 11 - Planta Baixa do Pavimento Tipo (5x).

Fonte: A autora (2020).

Além da planta arquitetônica do edifício, também foi desenvolvido um esquema


de níveis que permite observar o funcionamento da elevação do mesmo, mostrando
50

o pé direito de 3,15 m, e a altura total de 15,75 m de todo o edifício. Esse esquema


pode ser visualizado na Figura 12.

Figura 12 - Esquema de nível.

Fonte: A autora (2020).

Quanto ao modelo estrutural, para possibilitar o dimensionamento foram


desenvolvidas as plantas de fôrma do pavimento tipo e cobertura, conforme Figuras
A.1 e A.2 respectivamente. Nas plantas de fôrma normalmente não se apresenta o
posicionamento das paredes da edificação, entretanto na planta do pavimento tipo
foram identificadas as alvenarias que estão posicionadas em cima das lajes.
Foi utilizada uma estrutura de concreto armado, composta por lajes maciças de
10 cm de espessura, vigas com 14 cm de espessura, para que estas tivessem a
mesma espessura das paredes definidas no projeto arquitetônico. A altura das vigas
escolhida foi de 50 cm, o que corresponde a aproximadamente um décimo do vão.
Para os pilares foi definida uma dimensão de 20x20 cm para os pilares P1 a
P4, P17 e P20, de 20x25 cm para os pilares P5 a P8, P18 e P19, e de 25x25 cm para
os pilares P9 a P16. A escolha da dimensão dos pilares foi realizada visando definir
dimensões maiores para os pilares que receberiam mais cargas provenientes da
estrutura. Com isso foi definida uma dimensão mínima de 20x20 cm para os pilares
que recebiam menos carga, respeitando a dimensão mínima exigida pela NBR 6118
51

(ABNT, 2014) de 19 cm. Para que houvesse uma redução nos custos do projeto foi
evitado o superdimensionamento dos pilares, por isso foi definido mais duas
dimensões de 20x25 cm e 25x25 cm, respeitando-se dimensões múltiplas de 5 cm.
Definiu-se uma classe de agressividade ambiental CAA-I, que é utilizada para
locais com agressividade amena e fraca, para representar o caso mais crítico quanto
ao tempo de resistência da estrutura durante um incêndio, já que quanto menor for a
classe de agressividade, menor pode ser o recobrimento utilizado para os elementos
estruturais e, com isso, a estrutura resiste a menos tempo durante um incêndio, pois
o fogo estaria mais próximo da armadura. Com isso, para estas características de
agressividade, conforme a NBR 6118 (ABNT, 2014) deve ser utilizado, no mínimo, um
concreto C20 e um cobrimento mínimo de 2,0 cm para lajes na parte inferior e para a
parte superior permite-se que seja adotado um cobrimento de 1,5 cm. Já para as vigas
e pilares é necessário que haja pelo menos 2,5 cm de cobrimento.
O dimensionamento foi feito utilizando software TQS, versão estudantil
21.10.68, sendo que os parâmetros obedeceram a NBR 6118 (ABNT, 2014).
Primeiramente, foram criados os pavimentos da seguinte maneira: fundação (Figura
13), pavimento tipo (Figura 14) e cobertura (Figura 15).

Figura 13 - Caracterização da fundação no TQS.

Fonte: TQS (2020).

Figura 14 - Caracterização do pavimento tipo no TQS.

Fonte: TQS (2020).


52

Figura 15 - Caracterização da cobertura no TQS.

Fonte: TQS (2020).

Foram inseridos também o tipo de concreto e classe de agressividade


ambiental (Figura 16), e os cobrimentos (Figura 17).

Figura 16 - Tipo de concreto e classe de agressividade no TQS.

Fonte: TQS (2020).

Figura 17 - Cobrimentos adotados no TQS.

Fonte: TQS (2020).


53

Quanto às cargas, foram inseridos os dados para o cálculo da carga de vento


no edifício. Considerou-se que a velocidade básica do vento seria de 42 m/s,
velocidade esta que é definida pelo mapa de isopletas para a região da cidade de
Joinville pela NBR 6123 (ABNT, 1988).
Já o fator S1 que depende do tipo do terreno foi adotado como 1, supondo que
o terreno não estaria em região de encostas e cristas de morros ou vales.
O fator S2, que tem relação com a rugosidade do terreno e das dimensões da
edificação, e foi adotado como categoria IV e classe A, correspondendo a um edifício
localizado em zonas de parques, bosque, cidades pequenas e zonas industriais e,
ainda, uma edificação em que a maior dimensão horizontal ou vertical não exceda
20 m.
Por fim, adotou-se o fator estatístico como 1 que corresponde a edificações
residenciais.
A partir disso o software calculou o coeficientes C.A., que é o coeficiente
utilizado para fazer a ponderação das cargas de vento que incidem no edifício, o
cálculo foi feito para as direções de vento de 0o, 90o, 180o e 270o (Figura 18).

Figura 18 - Carga de vento no TQS.

Fonte: TQS (2020).

Nesse sentido, após a caracterização do edifício pelo TQS fez-se o


processamento global do edifício, inserindo os dados desejados para que fosse feito
o cálculo estrutural. Quanto à planta de fôrma foi solicitado que fosse feita a extração
gráfica e processamento, já para as lajes, vigas e pilares foi gerado o
dimensionamento, detalhamentos e desenhos dos mesmos, e por fim a fundação
como comentado anteriormente não foi processada (Figura 19).
54

Figura 19 - Processamento global do edifício.

Fonte: TQS (2020).

Após o processamento global, as armaduras calculadas pelo programa foram


conferidas e calculou-se manualmente a ancoragem das armaduras das vigas nos
apoios, para isso foram utilizadas as recomendações da NBR 6118 (ABNT, 2014), o
processo foi realizado de forma manual pois o programa não calculou estas
ancoragens. Em seguida os desenhos do detalhamento foram transferidos para o
software Autocad, versão estudantil 2018. Com isso, foram feitos todos os ajustes
necessários gerando-se os detalhamentos finais das lajes, vigas e pilares que podem
ser observados nas Figuras A.3 a A.9.
Fez-se ainda a conferência das flechas de serviço das lajes e vigas para
verificar se estavam adequadas em relação ao limite de serviço.
55

Na Tabela 10, observa-se que as lajes, passaram na verificação. Nota-se que


os valores de flecha obtidos têm relativa folga quando comparados com o limite de
serviço.

Tabela 10 - Verificação das flechas de serviço das lajes.

Laje L (cm) Flecha (cm) Flecha limite (cm) Verificação

L1 214,0 -0,43 0,86 Ok

L2 214,0 -0,43 0,86 Ok

L3 344,0 -0,79 1,38 Ok

L4 264,0 -0,05 1,06 Ok

L5 344,0 -0,79 1,38 Ok

L6 214,0 -0,47 0,86 Ok

L7 264,0 -0,07 1,06 Ok

L8 214,0 -0,47 0,86 Ok

L9 214,0 -0,58 0,86 Ok

L10 214,0 -0,58 0,86 Ok

L11 250,0 -0,65 1,00 Ok

L12 250,0 -0,65 1,00 Ok

Fonte: A autora (2020).

Já na Tabela 11, observa-se que as vigas também passaram na verificação.


Em relação às vigas os valores de flecha obtidos obtiveram uma folga maior que a
apresentada nas lajes.
56

Tabela 11 - Verificação das flechas de serviço das vigas.

Viga Vão L (cm) Flecha (cm) Flecha limite (cm) Verificação

V1 1 480,0 -0,31 1,92 Ok


V2 2 480,0 -0,31 1,92 Ok
1 475,0 -0,41 1,90 Ok
V3 2 275,0 -0,06 1,10 Ok
3 475,0 -0,41 1,90 Ok
1 486,0 -0,42 1,94 Ok
V4 2 253,0 -0,05 1,01 Ok
3 486,0 -0,42 1,94 Ok
V5 1 486,0 -0,48 1,94 Ok
V6 1 486,0 -0,48 1,94 Ok
V7 1 253 --0,02 1,01 Ok
V8 1 480,5 -0,59 1,92 Ok
V9 1 480,5 -0,59 1,92 Ok
1 488,5 -0,26 1,95 Ok
V10 2 253,0 -0,03 1,01 Ok
3 488,5 -0,26 1,95 Ok
1 252,5 -0,02 1,01 Ok
2 417,0 -0,16 1,67 Ok
V11
3 346,5 -0,03 1,39 Ok
4 214,0 -0,02 0,86 Ok
1 336,1 -0,09 1,34 Ok
2 333,4 -0,09 1,33 Ok
V12
3 346,5 -0,06 1,39 Ok
4 214,0 -0,02 0,86 Ok
1 336,1 -0,09 1,34 Ok
2 333,4 -0,09 1,33 Ok
V13
3 346,5 -0,06 1,39 Ok
4 214,0 -0,02 0,86 Ok
1 336,1 -0,09 1,34 Ok
2 333,4 -0,09 1,33 Ok
V14
3 346,5 -0,06 1,39 Ok
4 214,0 -0,02 0,86 Ok
VE 1 253,0 0,0 0,96 Ok

Fonte: A autora (2020).


57

Com isso, foi possível obter o volume necessário de concreto (Tabela 12), área
de fôrma (Tabela 13), consumo de aço por bitola das lajes (Tabela 14), consumo de
aço por bitola das vigas (Tabela 15), consumo de aço por bitola dos pilares (Tabela
16), o consumo total de aço por bitola para todo projeto estrutural (Tabela 17) e o
consumo total de aço (Tabela 18).

Tabela 12 - Volume de concreto em temperatura ambiente.

Volume de concreto (m³)


Pavimento
Pilares Vigas Lajes Total

Cobertura 3,3 7,7 13,4 24,4

Pavimento Tipo (1x) 3,3 7,9 12,7 23,9

Pavimento Tipo (4x) 13,2 31,6 50,8 95,6

Total (m³) 16,5 39,3 64,2 120

Fonte: A autora (2020).

Tabela 13 - Área de fôrma em temperatura ambiente.

Área de fôrma (m²)


Pavimento
Pilares Vigas Lajes Total

Cobertura 57,3 108,7 134,4 300,4

Pavimento Tipo (1x) 57,3 112,4 126,2 295,9

Pavimento Tipo (4x) 229,2 449,6 504,8 1.183,6

Total (m²) 286,5 558,3 639,2 1.484

Fonte: A autora (2020).

Tabela 14 - Consumo de aço por bitola das lajes em temperatura ambiente.

Ø (mm)

Pavimento 6,3

Comprimento (m) Peso (Kg)

Cobertura 2.275 553

Pavimento Tipo (1x) 2.432 591

Pavimento Tipo (4x) 9.728 2.364

Total 12.003 2.917

Fonte: A autora (2020).


58

Tabela 15 - Consumo de aço por bitola nas vigas em temperatura ambiente.

Ø (mm)

Pavimento 5,0 8,0 10,0 12,5 16,0

m Kg m Kg m Kg m Kg m Kg

Cobertura 571 88 - - 364 225 148 142 - -

Pavimento Tipo (1x) 561 86 58 22 247 152 326 314 38 60

Pavimento Tipo (4x) 2.244 344 232 88 988 608 1.304 1.256 152 240

Total 2.815 432 232 88 1.352 833 1.452 1.398 152 240

Consumo total de aço 2.991 Kg

Fonte: A autora (2020).

Tabela 16 - Consumo de aço por bitola dos pilares em temperatura ambiente.

Ø (mm)

Pavimento 5,0 6,3 10,0 12,5 16,0

m Kg m Kg m Kg m Kg m Kg

Cobertura 476 73 - - 250 154 - - - -


4o Pavimento 437 67 - - 284 175 - - - -
3o Pavimento 437 67 - - 284 175 - - - -
o
2 Pavimento 304 47 58 14 114 70 129 125 61 96
Pavimento
113 18 204 50 85 53 - - 290 457
Térreo
Arranque 38 6 72 18 34 21 - - 131 207
Total 1.805 278 334 82 1.051 648 129 125 482 760
Consumo total de aço 1.893 Kg

Fonte: A autora (2020).

Tabela 17 - Consumo total de aço por bitola do edifício em temperatura ambiente.

Ø (mm)

Pavimento 5,0 6,3 8,0 10,0 12,5 16,0

m Kg m Kg m Kg m Kg m Kg m Kg

Cobertura 1.047 161 2.275 553 - - 614 379 148 142 - -

4o Pavimento 998 153 2.432 591 58 22 531 327 326 314 38 60

3o Pavimento 998 153 2.432 591 58 22 531 327 326 314 38 60

2o Pavimento 865 133 2.490 605 58 22 361 222 455 439 99 156

Pavimento
674 104 2.636 641 58 22 332 205 326 314 328 517
Térreo

Arranque 38 6 72 18 - - 34 21 - - 131 207

Total 4.620 710 12.337 2.999 232 88 2.403 1.481 1.581 1.523 634 1.000

Consumo total de aço (Kg) 7.801 Kg

Fonte: A autora (2020).


59

Tabela 18 - Consumo total de aço por kg do edifício em temperatura ambiente.

Consumo de aço (Kg)


Pavimento
Pilares Vigas Lajes Total

Cobertura 227 455 553 1.235

4 Pavimento 242 634 591 1.467

3 Pavimento 242 634 591 1.467

2 Pavimento 352 634 591 1.577

Pavimento Térreo 578 634 591 1.803

Arranque 252 - - 252

Consumo total do edifício 7.801 Kg

Fonte: A autora (2020).

4.3 VERIFICAÇÃO DA ESTRUTURA EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO

Para a execução da verificação da estrutura em situação de incêndio o primeiro


passo foi calcular o TRRF do edifício, para em seguida aplicar o método do tempo
equivalente para verificar se haveria possibilidade de diminuição do mesmo. Em
seguida, fez-se uma análise, por meio do método tabular, para verificar quais lajes,
vigas ou pilares possuíam as dimensões mínimas necessárias para resistir ao TRRF
definido. Nos casos em que algum elemento estrutural não atendeu aos requisitos
mínimos foram modificadas as dimensões do mesmo para atender à norma. Por fim,
executou-se uma nova planta de fôrma com as dimensões redefinidas e a estrutura
foi redimensionada utilizando o software TQS.

4.3.1 TRRF e método do tempo equivalente

Para a definição inicial do TRRF verificou-se a qual divisão da Tabela 2


pertencia à edificação, e como se tratava de um edifício residencial multifamiliar com
apartamentos a divisão encontrada foi a A-2. A partir disso foi analisada a Tabela 1
para definir qual o TRRF adequado, com a altura da edificação (distância entre o ponto
que caracteriza a saída no nível de descarga até o piso do último pavimento com
60

permanência humana) de 12,6 m. Assim, o edifício foi enquadrado na classe P3 e teve


seu TRRF de 60 minutos.
Após a definição do TRRF foi aplicado o método do tempo equivalente
verificando se havia possibilidade de reduzir o valor encontrado anteriormente caso a
edificação possuísse condições favoráveis à segurança contra um incêndio. Para o
cálculo do fator de influência da ventilação e altura de compartimento foram utilizados
alguns dados: área de ventilação vertical correspondente a 10 Janelas de 1,40x1,20
m e 4 janelas de 0,6x0,6 m totalizando uma área de 18,24 m², área do piso do
compartimento igual a 132,7 m² - altura do compartimento de 3,05 m. Com isso
calculou-se o fator W (fator que considera a influência da ventilação e da altura do
compartimento) proveniente da Equação 6:

6 0,3 18,24 4
𝑊=( ) . {0,62 + 90. (0,4 − ) } = 1,28 ≥ 0,5
3,05 132,7

Após o cálculo do W foi calculado o valor de 𝛾𝑠1 , através da Equação 9.

132,7(12,6 + 3)
𝛾𝑠1 = 1 + = 1,02
105

Verificou-se na Tabela 4 que o valor de 𝛾𝑠2 para o edifício é de 1,0 pois é um


edifício residencial, e com isso ficou definido que 𝛾𝑠 = 1,02. Já para o valor de 𝛾𝑛
considerou-se que a edificação não teria chuveiros automáticos, brigada de incêndio
e detecção automática, escolha essa feita para que o cálculo fosse realizado
academicamente na situação mais desfavorável possível e com isso 𝛾𝑛 = 1,0. Já o
valor de 𝑞𝑓𝑖,𝑘 foi determinado utilizando-se a Tabela 2 e encontrou-se 𝑞𝑓𝑖,𝑘 = 300. Com
isso é possível calcular o valor do tempo equivalente (𝑡𝑒) utilizando a Equação 5.

𝑡𝑒 = 0,07.300.1,28.1,0.1,02 = 27,4 𝑚𝑖𝑛.

Como a NBR 15200 (ABNT, 2012) limita a redução do tempo a TRRF menos
30 minutos, o valor de 𝑡𝑒 adotado deve ser no mínimo de 30 minutos, logo o TRRF foi
modificado para tal valor.
61

4.3.2 Método Tabular para lajes

Para verificação das dimensões das lajes da cobertura e do pavimento tipo foi
utilizada a Tabela 8 já que todas as lajes são contínuas tanto no pavimento tipo como
na cobertura. Com isso, foram realizadas duas tabelas de comparação com a
dimensão da laje do dimensionamento à temperatura ambiente (h) e a dimensão
mínima exigida para situação de incêndio das lajes do pavimento tipo e a cobertura
(hmín). Pode-se observar que tanto no pavimento tipo (Tabela 19) como na cobertura
(Tabela 20), todas as lajes possuíam a dimensão mínima necessária, portanto não foi
necessário modificar as dimensões das lajes. Quanto ao c1mín, como o cobrimento das
lajes era de 2 cm e o c1mín indicado nas tabelas era de 1cm, considera-se que todas
as lajes possuíam a distância mínima exigida.

Tabela 19 - Verificação de incêndio das lajes do pavimento tipo.


Laje h (cm) hmín (cm) Verificação

1=2 10 6 Ok

3=5 10 6 Ok

4 10 6 Ok

6=8 10 6 Ok

7 10 6 Ok

9=10 10 6 Ok

11=12 10 6 Ok
Fonte: A autora (2020).

Tabela 20 - Verificação de incêndio das lajes da cobertura.


Laje h (cm) hmín (cm) Verificação

1=2 10 6 Ok

3=5 10 6 Ok

4 10 6 Ok

6=8 10 6 Ok

7 10 6 Ok

9=10 10 6 Ok

11=13 10 6 Ok

12 10 6 Ok
Fonte: A autora (2020).
62

4.3.3 Método Tabular para vigas

Para verificação das dimensões das vigas da cobertura e do pavimento tipo


foram utilizadas as Tabelas 5 e 6, pois a estrutura continha vigas contínuas e
biapoiadas, sendo necessário uso de tabelas distintas para a comparação. Com isso,
foram realizadas duas tabela de comparação com as dimensões das vigas do
dimensionamento à temperatura ambiente (base e altura) e a dimensão mínima
exigidas para o pavimento tipo e a cobertura em situação de incêndio (bmín). Pode-
se observar que tanto no pavimento tipo (Tabela 21) como na cobertura (Tabela 22),
todas as vigas tinham as dimensões mínimas necessárias, portanto não foi necessário
modificar as dimensões das mesmas. Quanto ao c1mín, como o cobrimento das vigas
era de 2,5 cm e o c1mín indicado nas tabelas era de 2,5 cm para vigas biapoiadas e 1,5
cm para vigas contínuas todas as vigas tinham o c1 necessário.

Tabela 21 - Verificação de incêndio das vigas do pavimento tipo.

Classificação
Viga Base (cm) Altura (cm) bmín (cm) Verificação
da viga

1=2 Biapoiada 14 50 8 Ok

3 Contínua 14 50 8 Ok

4 Contínua 14 50 8 Ok

5=6 Biapoiada 14 50 8 Ok

7 Biapoiada 14 50 8 Ok

8=9 Biapoiada 14 50 8 Ok

10 Contínua 14 50 8 Ok

11=14 Contínua 14 50 8 Ok

12=13 Contínua 14 50 8 Ok

VE Biapoiada 14 50 8 Ok

Fonte: A autora (2020).


63

Tabela 22 - Verificação de incêndio das vigas da cobertura.

Viga Classificação da viga Base (cm) Altura (cm) bmín (cm) Verificação

1=2 Biapoiada 14 50 8 Ok

3 Contínua 14 50 8 Ok

4 Contínua 14 50 8 Ok

5=6 Biapoiada 14 50 8 Ok

7 Biapoiada 14 50 8 Ok

8=9 Biapoiada 14 50 8 Ok

10 Contínua 14 50 8 Ok

11=14 Contínua 14 50 8 Ok

12=13 Contínua 14 50 8 Ok

Fonte: A autora (2020).

4.3.3 Método Tabular Geral para pilares

Como todos os pilares da edificação proposta possuem mais de uma face


exposta ao fogo, para verificação das dimensões mínimas necessárias dos pilares foi
necessário utilizar o método tabular geral. Com isso, antes de iniciar a verificação fez-
se o cálculo de alguns parâmetros através das Equações 10 a 18.
Em seguida, com os valores calculados para cada lance dos pilares foi possível
fazer a verificação dos mesmos utilizando as Tabelas B.1 a B.9 presentes no Anexo
B. É importante ressaltar que foram feitas as devidas interpolações para encontrar as
dimensões mínimas necessárias para cada lance analisado.
Como foi decidido que os pilares teriam a mesma dimensão em todos os
pavimentos, a dimensão final adotada para o valor foi referente ao lance mais crítico
do mesmo. Ainda, as dimensões adotadas foram todas múltiplas de 5 cm para facilitar
o processo construtivo. Quanto ao c1mín em todos os casos o valor foi respeitado.
A Tabela 23 mostra o valor dos parâmetros calculados e utilizados nas tabelas
para verificação dos pilares, além disso é sinalizada a dimensão dos pilares utilizada
para o dimensionamento à temperatura ambiente e a dimensão mínima exigida para
que estes resistam a um TRRF de 30 minutos. Por fim é apresentada a situação da
verificação e a dimensão adotada para cada pilar.
64

Tabela 23 - Verificação de incêndio dos pilares.

Dimensão
Pilar Lance ω e (mm) λfi νfi Dimensão Verificação Dimensão adotada
mínima
1 0,2 16 55 0,24 20x20 cm 20,6 Não Ok
2 0,2 28 55 0,19 20x20 cm 17,5 Ok
1=4 3 0,2 36 55 0,13 20x20 cm 15 Ok 35x35 cm
4 0,2 65 55 0,08 20x20 cm 33,8 Não Ok
5 0,2 158 55 0,03 20x20 cm 33,8 Não Ok
1 0,2 16 55 0,22 20x20 cm 19,4 Ok
2 0,2 30 55 0,17 20x20 cm 16,3 Ok
2=3 3 0,2 38 55 0,12 20x20 cm 15 Ok 35x35 cm
4 0,2 69 55 0,07 20x20 cm 33,8 Não Ok
5 0,2 172 55 0,02 20x20 cm 33,8 Não Ok
1 0,4 16 44 0,34 20x25 cm 16,6 Ok
2 0,25 30 44 0,29 20x25 cm 17,3 Ok
5=8 3 0,16 38 44 0,23 20x25 cm 16,8 Ok 25x25 cm
4 0,16 65 44 0,14 20x25 cm 21 Não Ok
5 0,16 173 44 0,05 20x25 cm 21 Não Ok
1 0,6 7 44 0,42 20x25 cm 15 Ok
2 0,4 13 44 0,38 20x25 cm 17,6 Ok
6=7 3 0,16 16 44 0,33 20x25 cm 20,8 Não Ok 25x25 cm
4 0,16 25 44 0,20 20x25 cm 16,1 Ok
5 0,16 67 44 0,08 20x25 cm 21 Não Ok
1 0,48 11 44 0,38 25x25 cm 16,2 Ok
2 0,2 22 44 0,36 25x25 cm 22,4 Ok
9=12 3 0,128 28 44 0,28 25x25 cm 18,2 Ok 25x25 cm
4 0,128 47 44 0,17 25x25 cm 15,5 Ok
5 0,128 116 44 0,06 25x25 cm 21,5 Ok
1 0,64 8 44 0,44 25x25 cm 15 Ok
2 0,32 14 44 0,43 25x25 cm 21 Ok
10=11 3 0,128 17 44 0,36 25x25 cm 24 Ok 25x25 cm
4 0,128 28 44 0,22 25x25 cm 16,6 Ok
5 0,128 69 44 0,08 25x25 cm 21,5 Ok
1 0,48 2 44 0,43 25x25 cm 15 Ok
2 0,3 5 44 0,38 25x25 cm 15 Ok
13=14 3 0,128 5 44 0,32 25x25 cm 15 Ok 25x25 cm
4 0,128 10 44 0,20 25x25 cm 16,2 Ok
5 0,128 24 44 0,08 25x25 cm 15 Ok
1 0,48 15 44 0,37 25x25 cm 16 Ok
2 0,2 27 44 0,36 25x25 cm 22,4 Ok
15=16 3 0,128 33 44 0,27 25x25 cm 18 Ok 25x25 cm
4 0,128 57 44 0,17 25x25 cm 15,5 Ok
5 0,128 141 44 0,06 25x25 cm 21,5 Ok
1 0,2 16 55 0,22 20x20 cm 19,4 Ok
2 0,2 30 55 0,17 20x20 cm 16,3 Ok
17=20 3 0,2 38 55 0,12 20x20 cm 15 Ok 35x35 cm
4 0,2 68 55 0,07 20x20 cm 33,8 Não Ok
5 0,2 179 55 0,02 20x20 cm 33,8 Não Ok
1 0,4 15 44 0,29 20x25 cm 15,9 Ok
2 0,16 17 44 0,28 20x25 cm 18 Ok
18=19 3 0,16 24 44 0,20 20x25 cm 16,1 Ok 25x25 cm
4 0,16 38 44 0,13 20x25 cm 15,0 Ok
5 0,16 99 44 0,05 20x25 cm 21 Não Ok

Fonte: A autora (2020).


65

A análise mostrou que os pilares P1 a P4, P17 e P20, que tinham inicialmente
seção de 20x20 cm foram alterados para 35x35 cm. Já os pilares P5 a P8, P18 e P19
de seção 20x25 cm tiveram um aumento para 25x25 cm. E por fim, os pilares P9 a
P16 com dimensão de 25x25 cm não tiveram sua seção modificada já que os mesmo
passaram na verificação em situação de incêndio.
Para facilitar a visualização as informações foram sintetizadas em uma tabela
que indica as dimensões dos elementos estruturais, tanto do pavimento tipo quanto
da cobertura, antes e depois da verificação de incêndio, mostrando as diferenças entre
o dimensionamento a temperatura ambiente e em situação de incêndio (Tabela 24).

Tabela 24 – Dimensão dos elementos estruturais antes e depois da verificação de incêndio.

Dimensão para temperatura Dimensão para situação


Elemento Estrutural
ambiente (cm) de incêndio (cm)

Lajes 10 10

Vigas 14 x 50 14 x 50

P1 a P4, P17 e P20 20 x 20 35 x 35

P5 a P8, P18 e P19 20 x 25 25 x 25

P9 a P16 25 x 25 25 x 25

Fonte: A autora (2020).

4.3.4 Dimensionamento em situação de incêndio

O dimensionamento em situação de incêndio foi feito no software TQS, versão


estudantil 21.10.68, assim como o dimensionamento à temperatura ambiente, os
parâmetros inseridos no software obedeceram o prescrito pela NBR 6118 (ABNT,
2014).
Para possibilitar o dimensionamento também foram desenvolvidas as plantas
de fôrma do pavimento tipo e cobertura, segundo as Figuras B.1 e B.2
respectivamente.
66

Como foi explicado para o dimensionamento à temperatura ambiente, nas


plantas de fôrma normalmente não se apresenta o posicionamento das paredes da
edificação, entretanto na planta do pavimento tipo foram identificadas as alvenarias
que não estão posicionadas sob as vigas, para que esta carga fosse considerada no
dimensionamento das lajes.
Da mesma forma que para o dimensionamento convencional as plantas de
fôrma foram criadas dentro do programa TQS e fez-se o processamento global do
edifício desta vez para a situação de incêndio. A Figura 19 mostra os parâmetros
utilizados no processamento.
Após o processamento global, as armaduras calculadas pelo programa foram
conferidas, calculou-se manualmente a ancoragem das armaduras das vigas nos
apoios e os desenhos do detalhamento foram transferidos para o software Autocad,
versão estudantil 2018, assim como foi feito com o dimensionamento à temperatura
ambiente.
Com isso, foram feitos todos os ajustes necessários gerando-se os
detalhamentos finais das lajes, vigas e pilares que podem ser observados nas Figuras
B.3 a B.9.
Em seguida foi possível obter o volume necessário de concreto (Tabela 25),
área de fôrma (Tabela 26), consumo de aço por bitola das lajes (Tabela 27), consumo
de aço por bitola das vigas (Tabela 28), consumo de aço por bitola dos pilares (Tabela
29), o consumo total de aço por bitola para todo projeto estrutural (Tabela 30) e o
consumo total de aço (Tabela 31).

Tabela 25 - Volume de concreto em situação de incêndio.

Volume de concreto (m³)


Pavimento
Pilares Vigas Lajes Total

Cobertura 5,1 7,6 13,4 26,1

Pavimento Tipo (1x) 5,1 7,7 12,6 25,4

Pavimento Tipo (4x) 20,4 30,8 50,4 101,6

Total (m³) 25,5 38,4 63,8 127,7

Fonte: A autora (2020).


67

Tabela 26 - Área de fôrma em situação de incêndio.

Área de fôrma (m²)


Pavimento
Pilares Vigas Lajes Total

Cobertura 70,6 106,5 134,1 311,2

Pavimento Tipo (1x) 70,6 110,2 125,9 306,7

Pavimento Tipo (4x) 282,4 440,8 503,6 1.226,8

Total (m²) 353 547,3 637,7 1.538

Fonte: A autora (2020).

Tabela 27 - Consumo de aço por bitola das lajes em situação de incêndio.

Ø (mm)

Pavimento 6,3

Comprimento (m) Peso (Kg)

Cobertura 2.275 553

Pavimento Tipo (1x) 2.432 591

Pavimento Tipo (4x) 9.728 2.364

Total 12.003 2.917

Fonte: A autora (2020).

Tabela 28 - Consumo de aço por bitola nas vigas em situação de incêndio.

Ø (mm)

Pavimento 5,0 8,0 10,0 12,5 16,0

m Kg m Kg m Kg m Kg m Kg

Cobertura 582 92 - - 460 284 65 63 - -

Pavimento
611 94 4 2 495 305 186 179 38 60
Tipo (1x)

Pavimento
2.444 376 16 8 1.980 1.220 744 716 152 240
Tipo (4x)

Total 3.026 468 16 8 2.440 1.504 809 779 152 240

Consumo total de aço 2.999 Kg

Fonte: A autora (2020).


68

Tabela 29 - Consumo de aço por bitola dos pilares em situação de incêndio.


Ø (mm)

Pavimento 5,0 6,3 10,0 12,5 16,0

m Kg m Kg m Kg m Kg m Kg

Cobertura 545 84 - - 175 108 75 72 - -


4o
504 78 - - 199 123 88 84 - -
Pavimento
3o
504 78 - - 199 123 88 84 - -
Pavimento
2o
482 74 - - 142 88 158 153 - -
Pavimento
Pavimento
299 46 122 30 57 35 142 137 149 235
Térreo
Arranque 100 15 43 11 22 14 60 58 66 104
Total 2.434 375 165 41 794 491 611 588 215 339
Consumo total de aço 1.834 Kg

Fonte: A autora (2020).

Tabela 30 - Consumo total de aço por bitola do edifício em situação de incêndio.


Ø (mm)
Pavimento 5,0 6,3 8,0 10,0 12,5 16,0
m Kg m Kg m Kg m Kg m Kg m Kg
Cobertura 1.127 176 2.275 553 - - 635 392 140 135 - -

4o Pavimento 1.115 172 2.432 591 4 2 694 428 274 263 38 60

3o Pavimento 1.115 172 2.432 591 4 2 694 428 274 263 38 60

2o Pavimento 1.093 168 2.432 591 4 2 637 393 344 332 38 60


Pavimento
910 140 2.554 621 4 2 552 340 328 316 187 295
Térreo
Arranque 100 15 43 11 - - 22 14 60 58 66 104
Total 5.460 843 12.168 2.958 16 8 3.234 1.995 1.420 1.367 367 579
Consumo total de aço 7.750 Kg

Fonte: A autora (2020).

Tabela 31 - Consumo total de aço por kg do edifício em situação de incêndio.


Consumo de aço (Kg)
Pavimento
Pilares Vigas Lajes Total
Cobertura 264 439 553 1.256
o
4 Pavimento 285 640 591 1.516

3o Pavimento 285 640 591 1.516

2o Pavimento 315 640 591 1.546

Pavimento Térreo 483 640 591 1.714

Arranque 202 - - 202

Consumo total do edifício 7.750 Kg

Fonte: A autora (2020).


69

4.4 COMPARAÇÃO DE MATERIAIS NECESSÁRIOS

Depois da finalização de ambos os dimensionamentos (em temperatura


ambiente e em situação de incêndio), foi possível levantar e comparar os quantitativos
necessários de material para cada uma das situações analisadas. Para execução da
lista de materiais necessários não foi considerada a perda de material nos cálculos.
No cálculo do quantitativo de aço levou-se em consideração o pedido de barras
de 12 m de comprimento. Já no cálculo da quantidade necessária de chapas de
compensado para execução das fôrmas, considerou-se a possibilidade de reutilização
das mesmas 3 vezes. Como os compensados deveriam ser utilizados 5 vezes neste
edifício, foi necessário contabilizar a compra do material correspondente ao
quantitativo de 2 pavimentos. Considerou-se o uso de um compensado plastificado
com dimensões 2,20 x 1,10 m e 17 mm de espessura.
Considerou-se, ainda, uso de concreto usinado com lança para bombeamento,
fck de 20 MPa - slump de 12 +- 2 cm e brita 0. Com isso, desenvolveu-se a Tabela
32, que mostra um comparativo dos materiais necessários para construção em
temperatura ambiente e em situação de incêndio.

Tabela 32 - Quantitativo de materiais.

Quantidade Quantidade
Material Unidade
temperatura ambiente situação de incêndio

Aço CA-60 - 5,0 mm Kg 711 841

Aço CA-50 - 6,3 mm Kg 3.001 2.957

Aço CA-50 - 8,0 mm Kg 90 9

Aço CA-50 - 10,0 mm Kg 1.488 1.999

Aço CA-50 - 12,5 mm Kg 1.525 1.375

Aço CA-50 - 16,0 mm Kg 1.004 587

Compensado plastificado
Unidade 247 256
Dimensões: 2,20 x 1,10 m espessura 17 mm
Concreto usinado com bombeamento
m³ 120 128
Fck 20 MPa, Slump 12 +- 2 cm, brita 0

Fonte: A autora (2020).


70

Para comparar os quantitativos de aço foi necessário somar a quantidade


utilizada de todas as bitolas, desta forma observa-se que para o dimensionamento em
temperatura ambiente seriam utilizados 7.819 kg de aço, já para a situação de
incêndio seriam necessários 7.768 kg o que corresponde a uma redução de 0,65% na
quantidade de aço utilizada. Já no caso do compensado a quantidade do projeto em
situação de incêndio aumentaria de 247, no dimensionamento convencional, para 256
unidades resultando em um aumento de 3,64%. Por fim, o uso de concreto teria um
aumento de 120 para 128 m³ refletindo em um aumento de 6,67%.
Observa-se que o aumento das dimensões dos pilares, para que estes tenham
o TRRF exigido, foi o principal fator na redução do uso de aço para situação de
incêndio, e no acréscimo de chapas de compensado e volume de concreto.

4.5 COMPARAÇÃO DE CUSTO

Após a finalização do levantamento de materiais necessários, desenvolveu-se


um orçamento com o custo unitário e total de cada material.
Para execução do orçamento foi solicitado por telefone o preço de cada material
para 3 empresas diferentes, com isso utilizou-se a média dos preços para compor o
custo unitário de cada material que seria utilizado (Tabela 33).

Tabela 33 - Custo unitário dos materiais.

Custo unitário
Material Unidade Empresa 1 Empresa 2 Empresa 3
médio

Aço CA-60 - 5,0 mm Kg R$ 4,00 R$ 3,59 R$ 4,36 R$ 3,98

Aço CA-50 - 6,3 mm Kg R$ 3,72 R$ 3,31 R$ 4,26 R$ 3,76

Aço CA-50 - 8,0 mm Kg R$ 3,70 R$ 3,31 R$ 4,26 R$ 3,76

Aço CA-50 - 10,0 mm Kg R$ 3,60 R$ 3,2 R$ 4,07 R$ 3,62

Aço CA-50 - 12,5 mm Kg R$ 3,41 R$ 3,03 R$ 3,99 R$ 3,48

Aço CA-50 - 16,0 mm Kg R$ 3,39 R$ 3,03 R$ 3,99 R$ 3,47

Compensado plastificado
Unidade R$ 56,00 R$ 56,90 R$ 55,97 R$ 56,30
Dimensões 2,20 x 1,10 m espessura 17 mm

Concreto usinado com bombeamento


m³ R$ 300,00 R$ 300,00 R$ 309,00 R$ 303,00
Fck 20 MPa, Slump 12 +- 2 cm, brita 0

Fonte: A autora (2020).


71

Com o custo unitário médio dos materiais calculado foi possível realizar o
orçamento final e comparar a diferença de custos entre os dois dimensionamentos
(Tabela 34).
Tabela 34 - Orçamento.
Material Unidade Custo Custo total Custo total
unitário temperatura ambiente situação de incêndio
Aço CA-60 - 5,0 mm Kg R$ 3,98 R$ 2.832,15 R$ 3.349,98

Aço CA-50 - 6,3 mm Kg R$ 3,76 R$ 11.293,76 R$ 11.128,18

Aço CA-50 - 8,0 mm Kg R$ 3,76 R$ 338,10 R$ 33,81

Aço CA-50 - 10,0 mm Kg R$ 3,62 R$ 5.391,52 R$ 7.243,04

Aço CA-50 - 12,5 mm Kg R$ 3,48 R$ 5.301,92 R$ 4.780,42

Aço CA-50 - 16,0 mm Kg R$ 3,47 R$ 3.483,88 R$ 2.036,89

Compensado plastificado Unidade R$ 56,30 R$ 13.906,10 R$ 14.412,80


Dimensões 2,20 x 1,10 m espessura 17 mm
Concreto usinado com bombeamento m³ R$ 303,00 R$ 36.360,00 R$ 38.784,00
Fck 20 MPa, Slump 12 +- 2 cm, brita 0
Total (R$) R$ 78.907,43 R$ 81.769,12
Fonte: A autora (2020).

Com a realização do orçamento foi possível verificar o custo total dos materiais
que seria utilizado para construção de uma estrutura dimensionada de forma
convencional, em temperatura ambiente, e outra em situação de incêndio, para
facilitar a análise destes dados desenvolveu-se um gráfico de barras que comparou
os valores para cada um dos materiais e também o valor total para ambas as
estruturas (Figura 20).
Figura 20 - Comparativo do orçamento.

Fonte: A autora (2020).


72

Observou-se que o concreto seria o item de maior peso no orçamento em


ambos os casos, seguido do aço. Ao comparar os dois dimensionamentos verificou-
se que, para o projeto em situação de incêndio, o custo de aço seria menor que para
o projeto em temperatura ambiente, já que seria economizado R$ 69,01 que equivale
a uma redução de 0,24%, já o custo de compensado e concreto seriam elevados em
R$ 506,70 e R$ 2.424,00, aumentos de 3,64% e 6,67% respectivamente. Por fim, o
custo total de materiais teria um acréscimo de R$ 2.861,69 refletindo em um aumento
de 3,63% no preço dos materiais da estrutura.
73

5 CONCLUSÃO

Por meio do estudo realizado, notou-se que o concreto apesar de ter uma boa
resistência à ação do fogo, pode ter seu desempenho prejudicado e passar por
mudanças físico-químicas que alteram suas propriedades mecânicas e resistência à
transmissão de calor. Outros efeitos causados são: uma redução no módulo de
elasticidade, perda da resistência à compressão e aceleração das deformações.
Assim como o concreto, o aço, quando exposto a altas temperaturas sofre uma
redução em seu módulo de elasticidade, e ainda, ocorre uma redução na sua
resistência ao escoamento. Estas modificações podem resultar em uma situação
irreversível e ao colapso da estrutura, com isso percebe-se a importância de
implementar medidas que possam facilitar tanto a prevenção e combate dos incêndios
como a minimização dos efeitos causados por este.
Com a realização do dimensionamento da estrutura de concreto armado em
temperatura ambiente obteve-se uma espessura de laje de 10 cm, base das vigas de
14 cm e altura de 50 cm e pilares com dimensões de 20x20, 20x25 e 25x25 cm.
Ao verificar a situação de incêndio do edifício concluiu-se que seria necessário
que a estrutura tivesse um TRRF de 30 minutos, e com isso aplicou-se o método
tabular, a análise mostrou que tanto as lajes como as vigas não precisariam ter suas
dimensões e recobrimentos modificados já os pilares P1 a P4, P17 e P20, que tinham
inicialmente seção de 20x20 cm tiveram de ser alterados para 35x35 cm, os pilares
P5 a P8, P18 e P19 de seção 20x25 cm tiveram um aumento para 25x25 cm e, por
fim, os pilares P9 a P16 com dimensão de 25x25 cm não tiveram sua seção modificada
já que os mesmo passaram na verificação em situação de incêndio.
O levantamento da quantidade de materiais necessária para execução
possibilitou observar que para execução do projeto em situação de incêndio seriam
utilizados 51 Kg a menos de aço, 9 unidades a mais de compensado e, ainda, 8 m³ a
mais de concreto do que o necessário à temperatura ambiente.
Por fim, o orçamento demonstrou que o custo total de materiais teria um
acréscimo de R$ 2.861,69 refletindo em um aumento de 3,63% no preço dos materiais
da estrutura. Observa-se que a diferença de custos e quantidade de materiais entre
os dois projetos é pequena e tem relação direta com o uso de pilares com dimensões
maiores, pois estes garantem uma melhor resistência à ação do fogo, assim, quando
74

a função de apoio de um dos pilares é comprometida as cargas são transmitidas para


outro pilar, até que haja o colapso final da estrutura.
Analisando as condições estudadas, concluiu-se que o número de incêndios
tende a crescer cada vez mais com o aumento das cidades e, com isso, torna-se
necessário implementar medidas que possam facilitar tanto a prevenção e combate
dos incêndios como a minimização dos efeitos causados por este, mostrando assim a
importância de realizar a verificação da estrutura de concreto armado em situação de
incêndio, e adequar o projeto estrutural para que este respeite as condições impostas
pelo método tabular, visto que no âmbito econômico, a diferença no custo dos
materiais não é tão significativa. Contudo, é importante ressaltar que, além da análise
dos custos, ainda deveria ser feita uma análise arquitetônica, já que uma estrutura
com pilares maiores poderia ser vista como uma desvantagem arquitetônica e
comprometer o projeto, portanto, deve ser feita sempre uma análise específica para
cada caso em particular.
Em função das limitações impostas pela versão estudantil do Software TQS, o
presente trabalho analisou um edifício de estrutura simples e com poucos pavimentos,
recomenda-se para trabalhos futuros utilizar outras versões do Software
possibilitando, dessa forma, que seja analisada uma estrutura mais complexa e com
um número maior de pavimentos, além disso poderiam ser analisadas estruturas com
vãos livres maiores. Outra recomendação seria o estudo para outros tipos de lajes que
não sejam a laje maciça de concreto armado, como, por exemplo, as lajes planas nas
quais o rompimento de um pilar ocasionará uma situação mais crítica do que no
rompimento de um pilar em uma estrutura de lajes maciças.
75

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14432: Exigências de


resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações - Procedimento. Rio de
Janeiro, 2001. 14 p. Disponível em: https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?
ID=2541. Acesso em 29 ago. 2019.

ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15200: Projeto de estruturas


de concreto em situação de incêndio. Rio de Janeiro, 2012. 48 p. Disponível em:
https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=90682. Acesso em 29 ago. 2019.

ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6118: Projeto de estruturas


de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro, 1988. 66 p. Disponível em:
https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=254413. Acesso em 29 ago. 2019.

ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6123: Forças devidas ao


vento em edificações. Rio de Janeiro, 2014. 238 p. Disponível em:
https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=317027. Acesso em 29 ago. 2019.

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79

Figura A.1 - Planta de fôrma e cortes do pavimento tipo à temperatura ambiente (4x).
V1 V2

14
P1 P2 P3 P4

214

200
L1 L2

V14d
V11d

V12d

V13d
B'

V3b
200 200

P6
V3a V3b V3c

14
P5 P6 P7 P8

14 14 250 14 14

V14c
472 472 315
L3
L5

V12c
344

214 L4 214

330

V12c
V11c

V13c

L4
134

134

V4b

P10
V4a V4b V4c

14
P9 P10 P11 P12
1250

10 40 265
A A'
L6 L8

200
L7
340 340

V12b
319
V5 V6
V11b

L7
V14b
442

14

V12b

V13b
V7 L10
200

L9

14
340 P13 P14 340

P13
V7
P15 V8 V9
14

P16

V12a
331

L11

CORTE BB'
L12
236
250

V12a

V14a
V11a

V13a

ESCALA 1:75
120 120
V10a V10c 50 107.5 50 107.5
V10b
14

P17 P18 VE P19 P20

P18
B

V10b

VE
486 278 486
1250

PLANTA DE FÔRMA DO PAVIMENTO TIPO (4x)


ESCALA 1:75
Vigas 112,4 7,9
L6 L7 L8 Pilares 57,3 3,3
10

V11b V14b Lajes 126,2 12,7


Total 295,9 23,9
50

V12b V13b
40

V4a V4b V4c


Total (4x) 1.183,6 95,6

P9 P10 P11 P12 Legenda:


315

Pilar que continua


265

Vigas: 14 x 50 cm
P1 a P4 = P17 = P20 (6x): 20 x 20 cm
P5 a P8 = P18 = P19 (6x): 20 x 25 cm Vazio da escada
P9 a P16 (8x): 25 x 25 cm
Espessura das lajes: 10 cm Alvenaria de vedação de blocos
cerâmicos furados de 11,5 x 19 x 29 cm

CORTE AA'
ESCALA 1:75
Fonte: A autora (2020).
80

Figura A.2 - Planta de fôrma e cortes da cobertura à temperatura ambiente.


V1 V2

14
P1 P2 P3 P4

214

200
L1 L2

V11 d

V12 d

V13 d

V14 d
B'

V3b

P6
V3 a V3 b V3 c

14
P5 P6 P7 P8

14 472 14 250 14 472 14 315

V12c
L5
344

L3 L4

V12 c

V13 c
330

V14 c
V11 c

L4

V4b

P10
V4 a V4 b V4 c

14
P9 P10 P11 P12
1250

10 40 265
A A'
L6

200
L8

V12b
319
L7

V13 b
V5 V6

L7
442
V11 b

14

V12 b

V14 b
200

L9 V7
L10

14
P13 P14

P13
V7
P15
V8 V9
14

P16

V12a
331

L12

L12
L11

CORTE BB'
L13
236

V12 a

V14 a
V11 a

V13 a
250

ESCALA 1:75
50
V10 a V10 b V10 c
14

V10b
P17 P18 P19 P20

P18
B

486 278 486


1250

PLANTA DE FÔRMA DA COBERTURA


ESCALA 1:75

Vigas 108,7 7,7


L6 L7 L8
10

V11b V14b Pilares 57,3 3,3


Lajes 134,4 13,4
50

V12b V13b
40

V4a V4b V4c Total 300,4 24,4

P9 P10 P11 P12


Legenda:
315
265

Vigas: 14 x 50 cm
P1 a P4 = P17 = P20 (6x): 20 x 20 cm Pilar que morre
P5 a P8 = P18 = P19 (6x): 20 x 25 cm
P9 a P16 (8x): 25 x 25 cm
Espessura das lajes: 10 cm

CORTE AA'
ESCALA 1:75

Fonte: A autora (2020).


81

Figura A.3 - Detalhamento da armadura dos pilares à temperatura ambiente.

P1 a P4 = P17 = P20 (6x) P5 = P8 (2x) P6 = P7 (2x) P9 = P12 = P15 = P16 (4x) P10 = P11 (2x) P13 = P14 (2x) P18 = P19 (2x)

40 15

40 15

40 15

40 15
40 20

40 20

40 20
2 N14 (100) Ø 5

2 N14

2 N14
2 N9 (95) Ø 5

2 N9

2 N9

2 N9
20

25

25

25
20

20

20
COBERTURA

20 25 25 25 25 25 25

312

312

312

312

312

312

312
4N8 (312) Ø 10,0
15 20 20 20
20 20 20
15 20 20 20

4N8 Ø 10,0

4N8 Ø 10,0

4N8 Ø 10,0

4N8 Ø 10,0

4N8 Ø 10,0

4N8 Ø 10,0
15 15 15
27 N1 c/12 27 N3 c/ 12 27 N3 c/ 12 27 N5 c/12 27 N5 c/12 27 N5 c/12 27 N3 c/ 12
40

40

40

40

40

40

40
20

25

25

25
20

20

20
3º PAVIMENTO

20 25 25 25 25 25 25
315

315

315

315

315

315

315
15 20 20 20 Tabela de armadura
15 20 20 20 Comp. Comp.
20 20 20 total
4N7 Ø 10,0

4N7 Ø 10,0

4N7 Ø 10,0

4N7 Ø 10,0

4N7 Ø 10,0

4N7 Ø 10,0

4N7 Ø 10,0
15 15 15 N Quantidade
27 N1 c/12 (cm) (m)
27 N3 c/ 12 27 N3 c/ 12 27 N5 c/12 27 N5 c/12 27 N5 c/12 27 N3 c/ 12
1 5 864 70 604,8
2 6,3 172 80 137,6
40

40

40

40

40

40

40
3 5 582 80 465,6
4 6,3 218 90 196,2
5 5 774 90 696,6
6 10 24 140 33,6
20

25

25

25
20

20

20
7 10 216 355 766,8
2º PAVIMENTO

8 10 80 312 249,6
20 25 25 25 25 25 25 9 5 24 95 22,8
315

315

315

315

315

315

315
15 20 20 20 10 16 80 164 131,2
11 16 76 379 288,1
15 20 20 20
20 20 20 12 12,5 32 365 116,8
4N7 Ø 10,0

4N7 Ø 10,0

4N7 Ø 10,0

4N7 Ø 10,0

4N7 Ø 10,0

4N7 Ø 10,0

4N7 Ø 10,0
15 15 15 13 16 20 312 62,4
27 N1 c/12
27 N3 c/ 12 27 N3 c/ 12 27 N5 c/12 27 N5 c/12 27 N5 c/12 27 N3 c/ 12 14 5 16 100 16
15 12,5 4 312 12,5
64

64
50

50

50
40

40
25
20

20
20

25

25

20
Categoria Peso (kg)
1º PAVIMENTO

CA-60 5 278
20 25 25 25 25 25 25 6,3 81
315

315

315

315

315

315

315
2N15 (312) Ø 12,5
4N12 (365) Ø 12,5

15 20 20 20 10 648
20 20 CA-50
15 20 12,5 125
20

4N12 Ø 12,5

4N12 Ø 12,5
4N11 Ø 16,0

4N11 Ø 16,0
15 15 20 20 16 760
4N7 Ø 10,0

4N7 Ø 10,0
15
27 N1 c/12 21 N3(80) Ø5,0 c/15 17 N2 c/19 21 N5 c/15 Total CA-60 278
21 N5 (90) Ø5,0 c/15 17 N4 c/19 27 N3 c/ 12 Total CA-50 1.614
Total Geral 1.892
64

64

64

64

64

64
40

25
PAVIMENTO TÉREO

20

20

20

25

20
25
25
20 25 25 25 25
25
315

315

315

315

315

315

315
4N11 (379) Ø 16,0

2N13 (312) Ø 16,0


4N7 (355) Ø 10,0

15 20 20 20 20
20 20
15
15
4N11 Ø 16,0

4N11 Ø 16,0
2N13 Ø 16,0

15

4N11 Ø 16,0
20 15

4N13 Ø 16,0
20

6N11 Ø 16,0

4N11 Ø 16,0
20
27 N1 c/12 17 N2 c/19 17 N2 c/19 17 N2 c/19
17 N4 c/19 17 N4 c/19 17 N4 c/19
4N10 (164) Ø 16,0
4N6 (140) Ø 10,0

6N10 Ø 16,0

4N10 Ø 16,0
8N10 Ø 16,0
6N10 Ø 16,0

6N10 Ø 16,0
ARRANQUE

15 20 20 20 20 20 20
25

20
25

25
20

20

20
100

100

100

100

100

100

100
15 15 15 20 20 20 15
20 9 N1(70) Ø5,0 c/12 25 6 N2(80) Ø6,3 c/19 25 6 N2 c/19 25 6 N2 c/19
25 6 N4 (90) Ø6,3 c/19 25 6 N4 c/19 25 6 N4 c/19

DETALHAMENTO ARMADURA DOS PILARES


ESCALA 1:75 (Seção transversal e estribos sem escala)

Fonte: A autora (2020).


82

Figura A.4 - Detalhamento da armadura das lajes do pavimento tipo à temperatura ambiente (4x).

32N11 (181) Ø 6,3 c/15 24N10 (101) Ø 6,3 c/20


6

6
24N10 c/20
P1 P2 P3 P4 P1 P2 P3 P4

24N3 (214) Ø 6,3 c/20

89

89
10N1 (486) Ø 6,3 c/20 10N1 c/20 10N7 (99) Ø 6,3 c/20 10N7 c/20 10N7 c/20 10N7 c/20

6 6

6
L1 L2
6 6 6 6 6 6 6 6

24N3 c/20
87 87 87 87

6
L1 L2

32N11 c/15
13N10 c/20
P5 P6 P7 P8 P5 P6 P7 P8

169
169

89
82

82
38N4 (344) Ø 6,3 c/12,5

6
6
17N2 (264) Ø 6,3 c/20
22N1 c/15 22N1 c/15 17N7 c/20 17N8 (249) Ø 6,3 c/20 17N8 c/20 17N7 c/20
6 6 L3 6 66 6 L5 6 6
87 87

13N4 c/20
237 237

38N4 c/12,5
L4 L4
L3 114 114

6
L5

13N13 (206) Ø 6,3 c/20


6

6
24N14 (171) Ø 6,3 c/20 32N12 (186) Ø 6,3 c/15

32N12 c/15
P9 P10 P11 P12 P9 P10 P11 P12

194

174
174

85
88

88
13N5 (334) Ø 6,3 c/20

10N1 c/20 10N1 c/20 10N7 c/20 10N7 c/20

6
6 6

6 6
L6 L8
6 6 6 6

24N3 c/20
24N3 c/20

87 10N9 (209) Ø 6,3 c/20 10N9 c/20 87


L6 16 N2 c/20 L8 6 66 6
197 197
76 76
L7

24N14 c/20
L7

13N10 c/20
6
159

159
73

73
6N9 c/20 6N9 c/20

10N1 c/20 10N1 c/20 10N7 c/20 6 197 6 6 197 6 10N7 c/20

6
L10

89
6 6 76 76 6 6
L9
32N3 c/15

87 87
32N3 c/15

P13 P14

6
6
L9 P13 P14 L10 5N7 c/20 5N7 c/20
P15 6 6 6 6
87 87
P15
P16 P16

24N14 c/20
24N14 c/20
159

159
73

73
32N6 (250) Ø 6,3 c/15

6
6
12N1 c/20
12N1 c/20 12N7 c/20 12N7 c/20 12N7 c/20 12N7 c/20
L11 L12
6 6 6 6 6 6 6 6
32N6 c/15

24N10 c/20
24N10 c/20
87 87 87 87

6
L11 L12

89

89
6

6
P17 P18 P19 P20 P17 P18 P19 P20

DETALHAMENTO ARMADURA INFERIOR DAS LAJES DO PAVIMENTO TIPO (4x) DETALHAMENTO ARMADURA SUPERIOR DAS LAJES DO PAVIMENTO TIPO (4x)
ESCALA 1:75 ESCALA 1:75
Tabela de armadura
N Quantidade Comprimento total (m)
1 6,3 128 486 622,1
2 6,3 33 264 87,1
3 6,3 160 214 342,4 Legenda:
4 6,3 89 344 306,2
5 6,3 13 334 43,4 Pilar que continua
Categoria Peso (kg)
6 6,3 64 250 160
CA-50 6,3 591
7 6,3 172 99 170,3 Vazio da escada
CA-50 Total 4x 2.364
8 6,3 34 249 84,7
9 6,3 32 209 66,9
10 6,3 122 101 123,2
11 6,3 64 181 115,8
12 6,3 64 186 119
13 6,3 13 206 26,8
14 6,3 96 171 164,2

Fonte: A autora (2020).


83
APÊNDICE A

6
24N11 c/20
P1 P2 P3 P4 P1 P2 P3 P4

89

89
10N1 c/20 10N7 c/20 10N7 c/20 10N7 c/20

6
L1 L2
6 6 6 6 6 6 6 6

24N3 c/20
87 87 87 87

6
L1 L2

24N12 c/20
13N11 c/20
P5
P5 P6 P7 P8 P5 P6 P7 P8

159

159
89
73

73
6

6
6
17N1 c/20 17N1 c/20 17N7 c/20 17N8 c/20 17N7 c/20
6 6 L3 6 6 L4 6 6 L5 6 6
87 87

13N4 c/20
207 207
L4

24N4 c/20
L3 112 112

6
L5

6
24N13 c/20
P11 P12 P9 P12

189
P9 P10 P10 P11

174
174

84
88

88
10N1 c/20 10N1 c/20 10N7 c/20 10N7 c/20

6
6 6

6 6
L6 L8
6 6 6 6

24N3 c/20
24N3 c/20

87 10N9 c/20 87
L6 16 N2 c/20 L8 6 66 6
197 197
74 L7 74

24N12 c/20

24N12 c/20
L7

6
159

159
73

73
6N9 c/20 6N9 c/20
10N1 c/20 6 197 6 6 197 6
10N1 c/20 10N7 c/20 10N7 c/20

159
13N12 c/20
6

6
L10
6 6 L9 74 74 6 6
24N3 c/20
87 87
24N3 c/20

P13 P14

6
L9 P13 P14 L10 5N9 c/20 5N9 c/20

73
P15 6 6 6 6
197 197

6
74 74
P16 P15 P16

24N12 c/20
24N12 c/20
159

159
73

73
17N2 c/20
L12

6
6
12N1 c/20
13N4 c/20

12N1 c/20 L12 12N7 c/20 12N10 c/20 12N7 c/20


L11 L13
6 6 6 6 6 6 6 6
24N6 c/20

24N11 c/20
24N11 c/20
87 187 187 87

6
6
13N11 c/20
L11 L13 84 84

89

89
89
6

6
6
P17 P18 P19 P20 P17 P18 P19 P20

DETALHAMENTO ARMADURA INFERIOR DAS LAJES DA COBERTURA DETALHAMENTO ARMADURA SUPERIOR DAS LAJES DA COBERTURA
ESCALA 1:75 ESCALA 1:75
Tabela de armadura
N Ø Quantidade Comprimento unitário (cm) Comprimento total (m)
1 6,3 118 486 573,5
2 6,3 50 264 132
3 6,3 144 214 308,2
4 6,3 74 344 254,6 Legenda:
Resumo do aço
5 6,3 13 334 43,4
Categoria Ø Peso (kg)
6 6,3 48 250 120 Pilar que morre
CA-50 6,3 553
7 6,3 138 99 136,6
8 6,3 34 209 74,5
9 6,3 42 184 77,3
10 6,3 24 199 47,8
11 6,3 122 101 123,2
12 6,3 157 171 268,5
13 6,3 48 186 89,3
14 6,3 13 201 26,1

Fonte: A autora (2020).


84

Figura A.6 - Detalhamento da armadura das vigas V1 a V10 do pavimento tipo à temperatura ambiente (4x).

Tabela de armadura
N Quantidade Comp. total (m)
V1=V2 (14x50) - 2x V3 (14x50) 1 5 282 118 332,8
2 10 4 563 22,5
2N2 (563) Ø10,0 2N4 (344) Ø10,0 - 1ª Camada 2N4 - 1ª Camada 3 10 6 521 31,3
13 2N5 (637) Ø12,5 - 1ª Camada 13
13 13 311 311 4 10 4 344 13,8
479
29 29 20 181 20 5 12,5 2 637 12,7
2N6 (165) Ø10,0 - 2ª Camada 1N7 (185) Ø12,5 - 1ª Camada 1N7 - 1ª Camada 2N6 - 2ª Camada 6 10 4 165 6,6
13 13 7 12,5 2 185 3,7
132 132
2 Ø 10 2 Ø 10 20 108 108 20 8 12,5 2 407 8,1
9 12,5 4 1.200 48
(2+2) Ø 10 (2+2) Ø 10 10 12,5 2 126 2,5
3 Ø 12,5 3 Ø 12,5
3 Ø 10 11 10 8 249 19,9
19N1 Ø 5,0 c/25 12 16 2 838 16,8
P1=P4 P2=P3 13 12,5 2 372 7,4
3 Ø 12,5 2 Ø 12,5 3 Ø 12,5
479 14 12,5 2 136 2,7
12N1 c/25 8N1 c/20 10N1 c/25 8N1 c/20 12N1 c/25
3N3 (521) Ø10,0 15 5 4 495 19,8
P5 P6 P7 P8 16 12,5 2 330 6,6
383 383 17 12,5 4 525 21
1N8 (407) Ø12,5 1N8 18 10 3 323 9,7
1176 19 12,5 3 262 7,9
102 20 10 8 168 13,4
2N9 (1200) Ø12,5
2N10 (126) Ø12,5 21 5 4 375 15
22 8 4 101 4
V4 (14x50) 23 16 4 535 21,4
24 10 4 353 14,1
25 12,5 2 620 12,4
2N11 (249) Ø10,0 - 1ª Camada 2N11 - 1ª Camada
13 2N12 (838) Ø16 - 1ª Camada 13 26 10 2 392 7,8
24
212 212
24
V5=V6 (14x50) - 2x 27 10 2 1.200 24
294 28 10 2 96 1,9
2N11 - 2ª Camada 2N11 - 2ª Camada 2N15 (495) Ø5,0
13 212 212 13
Categoria Peso (kg)
24 24 2Ø5 CA-60 5 57
8 2
(2+2) Ø 10 2 Ø 16 2 Ø 16 (2+2) Ø 10 10 102
CA-50
3 Ø 12,5 12,5 128
V11=V14 V12=V13 16 60
3 Ø 12,5 2 Ø 12,5 3 Ø 12,5 19N1 c/25 Total CA-60 57
8N1 c/20 7N1 c/25 8N1 c/20 10N1 c/25 8N1 c/20 7N1 c/25 8N1 c/20 1N16 (330) Ø12,5 Total CA-50 292
P9 P10 P11 P12 Total Geral 349
348 348 85 Total Geral (4x) 1.396
477
1N13 (372) Ø12,5 1N13 2N17 (525) Ø12,5
1176
112
2N9
2N14 (136) Ø12,5

V7 (14x50) V8=V9 (14x50) - 2x V10 (14x50)


2N24 (353) Ø10,0 2N24
2N20 (168) Ø10,0 - 1ª Camada 2N25 (620) Ø12,5
3N18 (323) Ø10,0 13 320 320 13
13 2N21 (375) Ø5,0 - 1ª Camada
13 13 132 20 20
257 23 185
20 20
2N20 - 2ª Camada
13 2 Ø 10 2 Ø 12,5 2 Ø 12,5 2 Ø 10
132
23
3 Ø 10 3 Ø 10
2Ø5 3 Ø 10 2 Ø 10 3 Ø 10
(2+2) Ø 10 2Ø5
19N1 c/25 10N1 c/25 19N1 c/25
3 Ø 12,5 P17
10N1 c/25 P18 P19 P20
2 Ø 16 V12=V13
P13 P14 8N1 c/20 13N1 c/25 1N26 (392) Ø10,0 1N26
3N19 (262) Ø12,5 3 3
P15=P16 2 N22 (101) Ø 8
8 9 2N27 (1200) Ø10,0
46 3 2N28 (96) Ø10,0 3
471
2N23 (535) Ø16,0 ESTRIBOS DETALHE GENÉRICO DO DOBRAMENTO

DETALHAMENTO ARMADURA INFERIOR DAS VIGAS V1 A V10 DO PAVIMENTO TIPO (4x)


45
45
R
b ≥ 8Ø Ø (mm) R (cm) a (cm) b (cm)
10,0
12,5
8
9
13
14
8
10
16,0 12 19 13
ESCALA 1:75 a
9
N1(118) Ø5,0
SEM ESCALA
ESCALA 1:25
Fonte: A autora (2020).
85

Figura A.7 - Detalhamento da armadura das vigas V11 a V14 e VE do pavimento tipo à temperatura ambiente (4x).

V11=V14 (14x50) - 2x
2N3 (463) Ø10,0 - 1ª Camada 2N5 (387) Ø10,0
2N4 (470) Ø12,5
13 433 356 13
17 251 18
2N6 (185) Ø10,0 - 2ª Camada 1N7 (220) Ø12,5

94 109

2 Ø 10 (2+2) Ø 10 3 Ø 12,5 2 Ø 10 2 Ø 10

3 Ø 12,5 3 Ø 12,5 V5=V6 2 Ø 12,5 2 Ø 10


10N1 Ø 5,0 c/25 7N1 c/25 4N1 c/20 7N1 c/25 13N1 c/25 8N1 c/25
P17=P18 P15=P16 P9=P12 P5=P8 P1=P4

1N8 (572) Ø12,5


3

2N9 (1036) Ø12,5


3 2N10 (231) Ø10,0 3

V12=V13 (14x50) - 2x
3N11 (909) Ø12,5
2N12 (379) Ø10,0
885
358

3 Ø 12,5 3 Ø 12,5 3 Ø 12,5 2 Ø 10 2 Ø 10

3 Ø 12,5 V8=V9 V5=V6 3 Ø 12,5 2 Ø 12,5 2 Ø 10


9N2 Ø 8,0 c/25 8N2 c/15 6N2 c/25 7N1 c/25 13N1 c/25 8N1 c/25
P18=P19 P13=P14 P10=P11 P6=P7 P2=P3
587
1N13 (611) Ø12,5
1027
2N14 (1051) Ø12,5
2N15 (229) Ø10,0 5
ESTRIBOS DETALHE GENÉRICO DO DOBRAMENTO
VE (14x50)
2N16 (335) Ø10,0
13 257 13
b ≥ 8Ø 26 26
Ø (mm) R (cm) a (cm) b (cm)
45
45
45
45 R
10,0
12,5
8
9
13
14
8
10
2 Ø 10 2 Ø 10
a
9 9
N1(118) Ø5,0 N2(118) Ø8,0 SEM ESCALA 3 Ø 12,5
ESCALA 1:25 10N1 c/25
Tabela de armadura P18 P19
N Quantidade Comp. total (m)
3N17 (262) Ø12,5
1 5 164 118 193,5
2 8 46 118 54,3 8
3 10 4 463 18,5
4 12,5 4 470 18,8 DETALHAMENTO ARMADURA INFERIOR DAS
5 10 4 387 15,5 VIGAS V11 A V14 E VE DO PAVIMENTO TIPO (4x)
6 10 4 185 7,4 ESCALA 1:75
7 12,5 2 220 4,4
8 12,5 2 572 11,4
9 12,5 4 1.036 41,4 Categoria Peso (kg)
10 10 4 231 9,2 CA-60 5 30
11 12,5 6 909 54,5 8 20
12 10 4 379 15,2 CA-50 10 50
13 12,5 2 611 12,2 12,5 186
14 12,5 4 1.051 42 Total CA-60 30
15 10 4 229 9,2 Total CA-50 256
16 10 2 335 6,7 Total Geral 286
17 12,5 3 262 7,9 Total Geral (4x) 1.144

Fonte: A autora (2020).


86

Figura A.8 - Detalhamento da armadura das vigas V1 a V10 da cobertura à temperatura ambiente.

V3 (14x50) Tabela de armadura


N Quantidade Comprimento total (m)
V1=V2 (14x50) - 2x 1 5 266 118 313,9
2N4 (371) Ø10,0 2N4 2 10 4 521 20,8
2N5 (559) Ø12,5 - 1ª Camada
350 350 3 10 6 486 29,2
2N2 (521) Ø10,0 142 4 10 4 371 14,8
479 5 12,5 2 559 11,2
6 10 4 280 11,2
2 Ø 10 2 Ø 12,5 2 Ø 12,5 2 Ø 10 7 10 8 1.200 96
8 10 2 135 2,7
2 Ø 10 2 Ø 10 9 10 4 343 13,7
3 Ø 10 2 Ø 10 3 Ø 10 10 12,5 2 616 12,3
18N1 c/25 10N1 c/25 18N1 c/25 11 10 2 146 2,9
3 Ø 10 P5 P6 P7 P8 12 5 4 495 19,8
19N1 Ø 5,0 c/25 13 12,5 4 525 21
P1=P4 P2=P3 1N6 (280) Ø10,0 1N6 14 10 2 266 5,3
85 85
15 10 3 254 7,6
1179
114 16 10 6 155 9,3
7 3N3 (486) Ø10,0 2N7 (1200) Ø10,0
2N8 (135) Ø10,0 17 5 4 381 15,2
18 12,5 4 509 20,4
19 10 2 187 3,7
20 10 2 108 2,2

V4 (14x50)

2N9 (343) Ø10,0 2N9 Categoria Peso (kg)


322
2N10 (616) Ø12,5
322
V5=V6 (14x50) - 2x CA-60 5 54
10 135
183 CA-50
12,5 63
2N12 (495) Ø5,0 Total CA-60 54
Total CA-50 198
2 Ø 10 2 Ø 12,5 2 Ø 12,5 2 Ø 10 2Ø5 Total Geral 252

3 Ø 10 2 Ø 10 3 Ø 10 V11=V14 2 Ø 12,5 V12=V13


19N1 c/25 10N1 c/25 19N1 c/25 19N1 c/25
P9 P10 P11 P12
477
1N6 1N6
90 90 2N13 (525) Ø12,5
1179
125
2N7
2N11 (146) Ø10,0

V10 (14x50)
V8=V9 (14x50) - 2x 2N7 2N19 (187) Ø10,0

V7 (14x50) 1179
166
2N16 (155) Ø10,0 2N17 (381) Ø5,0
2N14 (266) Ø10,0 126
1N16 1N16
6
94 94
2 Ø 10 2Ø5
2 Ø 10 2 Ø 10 2 Ø 10 3 Ø 10 3 Ø 10 2 Ø 10

2 Ø 12,5 V12=V13 2 Ø 10 2 Ø 10 2 Ø 10
3 Ø 10 19N1 c/25
10N1 c/25 19N1 c/25 10N1 c/25 19N1 c/25
P15=P16 P17
P13 P14 P18 P19 P20
485
3N15 (254) Ø10,0
12 2N18 (509) Ø12,5
4 2N7
7 2N20 (108) Ø10,0 7

ESTRIBOS DETALHE GENÉRICO DO DOBRAMENTO

DETALHAMENTO ARMADURA INFERIOR DAS VIGAS V1 A V10 DA COBERTURA 45


45
R
b ≥ 8Ø

Ø (mm) R (cm) a (cm) b (cm)


ESCALA 1:75 10,0 8 13 8
9 a 12,5 9 14 10
N1(118) Ø5,0
ESCALA 1:25 SEM ESCALA

Fonte: A autora (2020).


87

Figura A.9 - Detalhamento da armadura das vigas V11 a V14 da cobertura à temperatura ambiente.

V11=V14 (14x50) - 2x
2N2 (1200) Ø10,0 2N3 (166) Ø10,0
1179
145

2 Ø 10 2 Ø 10 2 Ø 10 2 Ø 10 2 Ø 10

2 Ø 12,5 2 Ø 12,5 V5=V6 2 Ø 12,5 2 Ø 10


10N1 Ø 5,0 c/25 16N1 c/25 13N1 c/25 8N1 c/25
P17=P18 P15=P16 P9=P12 P5=P8 P1=P4

2N4 (1032) Ø12,5


7 2N5 (227) Ø10,0 7

V12=V13 (14x50) - 2x
2N2 2N6 (181) Ø10,0
1179
160
1N7 (835) Ø10,0

94

2 Ø 10 3 Ø 10 3 Ø 10 3 Ø 10 2 Ø 10

2 Ø 12,5 V8=V9 V5=V6 2 Ø 12,5 2 Ø 12,5 2 Ø 10


13N1 c/25 13N1 c/25 13N1 c/25 8N1 c/25
P18=P19 P13=P14 P10=P11 P6=P7 P2=P3

2N4
7 2N5 7

DETALHAMENTO ARMADURA INFERIOR DAS VIGAS V11 A V14 DA COBERTURA


ESCALA 1:75

Tabela de armadura
N Quantidade Comprimento total (m)
Categoria Peso (kg)
1 5 188 118 221,8
CA-60 5 34
2 10 8 1.200 96
10 89
3 10 4 166 6,6 CA-50
12,5 80
4 12,5 8 1.032 82,6
Total CA-60 34
5 10 8 227 18,2
Total CA-50 169
6 10 4 181 7,2
Total Geral 203
7 10 2 835 16,7

ESTRIBOS DETALHE GENÉRICO DO DOBRAMENTO

45
45
R
b ≥ 8Ø
Ø (mm) R (cm) a (cm) b (cm)
10,0 8 13 8
12,5 9 14 10
9 a
N1(118) Ø5,0
ESCALA 1:25 SEM ESCALA

Fonte: A autora (2020).


88

Figura B.1 - Planta de fôrma e cortes do pavimento tipo em situação de incêndio (4x).
V1 V2

14
P1 P2 P3 P4

214

200
L1 L2

V14d
V11d

V12d

V13d
B'

V3b
200 200

P6
V3a V3b V3c

14
P5 P6 P7 P8

14 14 250 14 14

V14c
472 472 315
L3
L5

V12c
344

214 L4 214

330

V12c
V11c

V13c

L4
134

134

V4b

P10
V4a V4b V4c

14
P9 P10 P11 P12
1250

10 40 265
A A'
L6 L8

200
L7
340 340

V12b
319
V11b

L7
V5 V6

V14b
442

14

V12b

V13b
L10
200

L9 V7

14
340 P13 P14 340

P13
V7
P15
V8 V9
14

P16

V12a
331

L11

CORTE BB'
L12
236
250

V12a

V14a
V11a

V13a

ESCALA 1:75
120 120
50 107.5 50 107.5
V10a V10b V10c
14

P17 P18 VE P19 P20

P18
B

V10b

VE
486 278 486
1250

PLANTA DE FÔRMA DO PAVIMENTO TIPO (4x)


ESCALA 1:75
Vigas 110,2 7,7
L6 L7 L8 Pilares 70,6 5,1
10

V11b V14b Lajes 125,9 12,6


Total 306,7 25,4
50

V12b V13b
40

V4a V4b V4c


Total (4x) 1.226,8 101,6

P9 P10 P11 P12 Legenda:


315

Pilar que continua


265

Vigas: 14 x 50 cm
P1 a P4 = P17 = P20 (6x): 35 x 35 cm
P5 a P16 = P18 = P19 (14x): 25 x 25 cm Vazio da escada
Espessura das lajes: 10 cm
Alvenaria de vedação de blocos
cerâmicos furados de 11,5 x 19 x 29 cm

CORTE AA'
ESCALA 1:75
Fonte: A autora (2020).
89

Figura B.2 - Planta de fôrma e cortes da cobertura em situação de incêndio.


V1 V2

14
P1 P2 P3 P4

214

200
L1 L2

V11 d

V12 d

V13 d

V14 d
B'

V3b

P6
V3 a V3 b V3 c

14
P5 P6 P7 P8

14 472 14 250 14 472 14 315

V12c
L5
344

L3 L4

V12 c

V13 c
330

V14 c
V11 c

L4

V4b

P10
V4 a V4 b V4 c

14
P9 P10 P11 P12
1250

10 40 265
A A'
L6

200
L8

V12b
319
L7

V13 b
V5 V6

L7
442
V11 b

14

V12 b

V14 b
200

L9 V7
L10

14
P13 P14

P13
V7
P15
V8 V9
14

P16

V12a
331

L12

L12
L11

CORTE BB'
L13
236

V12 a

V14 a
V11 a

V13 a
250

ESCALA 1:75
50
V10 a V10 b V10 c
14

V10b
P17 P18 P19 P20

P18
B

486 278 486


1250

PLANTA DE FÔRMA DA COBERTURA


ESCALA 1:75

Vigas 106,5 7,6


L6 L7 L8
10

V11b V14b Pilares 70,6 5,1


Lajes 134,1 13,4
50

V12b V13b
40

V4a V4b V4c Total 311,2 26,1

P9 P10 P11 P12 Legenda:


315
265

Vigas: 14 x 50 cm
P1 a P4 = P17 = P20 (6x): 35 x 35 cm Pilar que morre
P5 a P16 = P18 = P19 (14x): 25 x 25 cm
Espessura das lajes: 10 cm

CORTE AA'
ESCALA 1:75

Fonte: A autora (2020).


90

Figura B.3 - Detalhamento da armadura dos pilares em situação de incêndio.

P1 a P4 = P17 = P20 (6x) P5 = P8 = P18 = P19 (4x) P6 = P7 = P9 = P12 = P15 = P16 (6x) P10 = P11 (2x) P13 = P14 (2x)

2 N7 (110) Ø 5

40 20

40 20

40 20

40 20
2 N11

2 N11

2 N11
40 30

2 N11 (100) Ø 5
35

25

25

25

25
COBERTURA
35 25 25 25 25

4N10 (312) Ø 10,0


312

312

312

312

312
4N6 (312) Ø 12,5
30 20 20 20 20

4N10 Ø 10,0

4N10 Ø 10,0

4N10 Ø 10,0
20 20 20 20
30
27 N2 c/12 27 N2 c/12 27 N2 c/12 27 N2 c/12
21 N1 c/15

50

40

40

40

40
35

25

25

25

25
3º PAVIMENTO

35 25 25 25 25

315

315

315

315

315
Tabela de armadura
30 20 20 20 20
Comp. Comp.
20 20 20 20 N Quantidade total

4N9 Ø 10,0

4N9 Ø 10,0

4N9 Ø 10,0

4N9 Ø 10,0
30 4N5 Ø 12,5
(cm) (m)
27 N2 c/12 27 N2 c/12 27 N2 c/12 27 N2 c/12 1 5 672 130 604,8
21 N1 c/15
2 5 1688 90 137,6

50

40

40

40

40
3 6,3 184 90 484,8
4 12,5 40 150 174,6
5 12,5 120 365 696,6
6 12,5 36 312 33,6
35

25

25

25

25
7 5 12 110 766,8
2º PAVIMENTO

8 10 16 140 249,6
35 25 25 25 25 9 10 168 355 22,8
315

315

315

315

315
10 10 56 312 131,2
30 20 20 20 20 11 5 28 100 272,9
12 16 40 164 116,8
20 20 20 20

4N9 Ø 10,0

4N9 Ø 10,0

4N9 Ø 10,0

4N9 Ø 10,0
4N5 Ø 12,5

30 13 16 36 379 74,9
27 N2 c/12 27 N2 c/12 27 N2 c/12 27 N2 c/12 14 16 4 312 16
21 N1 c/15
50

50

50
40

40
35

25

25

25

25
Categoria Peso (kg)
1º PAVIMENTO

CA-60 5 375
35 25 25 25 25 6,3 40
315

315

315

315

315
10 490
30 20 20 20 20 CA-50
12,5 588
20 20 16 339

4N5 Ø 12,5
2N6 Ø 12,5
20 20
4N9 Ø 10,0

4N9 Ø 10,0
4N5 Ø 12,5

4N5 Ø 12,5
30 Total CA-60 375
27 N2 c/12 27 N2 c/12 21 N2 c/15 21 N2 c/15 Total CA-50 1.457
21 N1 c/15
Total Geral 1.832

64

64
50

50
40
35
PAVIMENTO TÉREO

25

25
25

25

35 25 25 25 25

2N14 (312) Ø 16,0


315

315

315

315

315
4N13 (379) Ø 16,0
4N9 (355) Ø 10,0
4N5 (365) Ø 12,5

30 20 20 20
20

6N13 Ø 16,0
20 20

4N5 Ø 12,5
4N6 Ø 12,5
20 20
30
17 N3 c/19
4N12 (164) Ø 16,0

27 N2 c/12 17 N3 c/19 21 N2 c/15


4N8 (140) Ø 10,0

21 N1 c/15
4N4 (150) Ø 12,5

8N12 Ø 16,0

8N4 Ø 12,5
30
ARRANQUE

20 20 20 20
100

100

100

100

100
25

25

25

25
35

30 20 20 20 20

25 25 25 6 N3 c/19 25 7 N2 c/15
35 7 N1(130) Ø5,0 c/15 9 N2(90) Ø5,0 c/12 6 N3(90) Ø6,3 c/19

DETALHAMENTO ARMADURA DOS PILARES


ESCALA 1:75 (Seção transversal e estribos sem escala)

Fonte: A autora (2020).


91

Figura B.4 - Detalhamento da armadura das lajes do pavimento tipo em situação de incêndio (4x).

32N11 (181) Ø 6,3 c/15 24N10 (101) Ø 6,3 c/20


6

6
24N10 c/20
P1 P2 P3 P4 P1 P2 P3 P4

24N3 (214) Ø 6,3 c/20

89

89
10N1 (486) Ø 6,3 c/20 10N1 c/20 10N7 (99) Ø 6,3 c/20 10N7 c/20 10N7 c/20 10N7 c/20

6 6

6
L1 L2
6 6 6 6 6 6 6 6

24N3 c/20
87 87 87 87

6
L1 L2

32N11 c/15
13N10 c/20
P5 P6 P7 P8 P5 P6 P7 P8

169
169

89
82

82
38N4 (344) Ø 6,3 c/12,5

6
6
17N2 (264) Ø 6,3 c/20
22N1 c/15 22N1 c/15 17N7 c/20 17N8 (249) Ø 6,3 c/20 17N8 c/20 17N7 c/20
6 6 L3 6 66 6 L5 6 6
87 87

13N4 c/20
237 237

38N4 c/12,5
L4 L4
L3 114 114

6
L5

13N13 (206) Ø 6,3 c/20


6

6
24N14 (171) Ø 6,3 c/20 32N12 (186) Ø 6,3 c/15

32N12 c/15
P9 P10 P11 P12 P9 P10 P11 P12

194

174
174

85
88

88
13N5 (334) Ø 6,3 c/20

10N1 c/20 10N1 c/20 10N7 c/20 10N7 c/20

6
6 6

6 6
L6 L8
6 6 6 6

24N3 c/20
24N3 c/20

87 10N9 (209) Ø 6,3 c/20 10N9 c/20 87


L6 16 N2 c/20 L8 6 66 6
197 197
76 76
L7

24N14 c/20
L7

13N10 c/20
6
159

159
73

73
6N9 c/20 6N9 c/20

10N1 c/20 10N1 c/20 10N7 c/20 6 197 6 6 197 6 10N7 c/20

6
L10

89
6 6 76 76 6 6
32N3 c/15
87 L9 87
32N3 c/15

P13 P14

6
6
L9 P13 P14 L10 5N7 c/20 5N7 c/20
P15 6 6 6 6
87 87
P15
P16

24N14 c/20
24N14 c/20
159

159
73

73
32N6 (250) Ø 6,3 c/15

6
6
12N1 c/20
12N1 c/20 12N7 c/20 12N7 c/20 12N7 c/20 12N7 c/20
L11 L12
6 6 6 6 6 6 6 6
32N6 c/15

24N10 c/20
24N10 c/20
87 87 87 87

6
L11 L12

89

89
6

6
P17 P18 P19 P20 P17 P18 P19 P20

DETALHAMENTO ARMADURA INFERIOR DAS LAJES DO PAVIMENTO TIPO (4x) DETALHAMENTO ARMADURA SUPERIOR DAS LAJES DO PAVIMENTO TIPO (4x)
ESCALA 1:75 ESCALA 1:75
Tabela de armadura
N Quantidade Comprimento total (m)
1 6,3 128 486 622,1
2 6,3 33 264 87,1
3 6,3 160 214 342,4 Legenda:
4 6,3 89 344 306,2
5 6,3 13 334 43,4 Pilar que continua
Categoria Peso (kg)
6 6,3 64 250 160
CA-50 6,3 591
7 6,3 172 99 170,3 Vazio da escada
CA-50 Total 4x 2.364
8 6,3 34 249 84,7
9 6,3 32 209 66,9
10 6,3 122 101 123,2
11 6,3 64 181 115,8
12 6,3 64 186 119
13 6,3 13 206 26,8
14 6,3 96 171 164,2

Fonte: A autora (2020).


92

Figura B.5 - Detalhamento da armadura das lajes da cobertura em situação de incêndio.

24N12 (171) Ø 6,3 c/20 24N11 (101) Ø 6,3 c/20


6

6
24N11 c/20
P1 P2 P3 P4 P1 P2 P3 P4

24N3 (214) Ø 6,3 c/20

89

89
10N1 (486) Ø 6,3 c/20 10N1 c/20 10N7 (99) Ø 6,3 c/20 10N7 c/20 10N7 c/20 10N7 c/20

6 6

6
L1 L2
6 6 6 6 6 6 6 6

24N3 c/20
87 87 87 87

6
L1 L2

24N12 c/20
13N11 c/20
P5
P5 P6 P7 P8 P5 P6 P7 P8

159

159
89
73

73
6

6
6
24 N4 (344) Ø 6,3 c/20

17N2 (264) Ø 6,3 c/20


17N1 c/20 17N1 c/20 17N7 c/20 17N8 (219) Ø 6,3 c/20 17N8 c/20 17N7 c/20
6 6 L3 6 6 L4 6 6 L5 6 6
87 87

13N4 c/20
207 207
L4

24N4 c/20
L3 112 112

6
L5

13N14 (201) Ø 6,3 c/20


6

6
24N13 (186) Ø 6,3 c/20

24N13 c/20
P11 P12 P9 P12

189
P9 P10 P10 P11

174
174

84
88

88
13N5 (334) Ø 6,3 c/20

10N1 c/20 10N1 c/20 10N7 c/20 10N7 c/20

6
6 6

6 6
L6 L8
6 6 6 6

24N3 c/20
24N3 c/20

87 10N9 (209) Ø 6,3 c/20 10N9 c/20 87


L6 16 N2 c/20 L8 6 66 6
197 197
74 L7 74

24N12 c/20

24N12 c/20
L7

6
159

159
73

73
6N9 c/20 6N9 c/20
10N1 c/20 6 197 6 6 197 6
10N1 c/20 10N7 c/20 10N7 c/20

159
13N12 c/20
6

6
L10
24N3 c/20 6 6 L9 74 74 6 6
87 87
24N3 c/20

P13 P14

6
L9 P13 P14 L10 5N9 c/20 5N9 c/20

73
P15 6 6 6 6
197 197

6
74 74
P16 P15 P16

24N12 c/20
24N12 c/20
159

159
73

73
17N2 c/20
24N6 (250) Ø 6,3 c/20

L12

6
6
12N1 c/20
13N4 c/20

12N1 c/20 L12 12N7 c/20 12N10 (199) Ø 6,3 c/20 12N10 c/20 12N7 c/20
L11 L13
6 6 6 6 6 6 6 6
24N6 c/20

24N11 c/20
24N11 c/20
87 187 187 87

6
6
13N11 c/20
L11 L13 84 84

89

89
89
6

6
6
P17 P18 P19 P20 P17 P18 P19 P20

DETALHAMENTO ARMADURA INFERIOR DAS LAJES DA COBERTURA DETALHAMENTO ARMADURA SUPERIOR DAS LAJES DA COBERTURA
ESCALA 1:75 ESCALA 1:75
Tabela de armadura
N Quantidade Comprimento total (m)
1 6,3 118 486 573,5
2 6,3 50 264 132
3 6,3 144 214 308,2
4 6,3 74 344 254,6 Legenda:
5 6,3 13 334 43,4
Categoria Peso (kg)
6 6,3 48 250 120 Pilar que morre
CA-50 6,3 553
7 6,3 138 99 136,6
8 6,3 34 209 74,5
9 6,3 42 184 77,3
10 6,3 24 199 47,8
11 6,3 122 101 123,2
12 6,3 157 171 268,5
13 6,3 48 186 89,3
14 6,3 13 201 26,1

Fonte: A autora (2020).


93

Figura B.6 - Detalhamento da armadura das vigas V1 a V10 do pavimento tipo em situação de incêndio (4x).

Tabela de armadura
V3 (14x50) N Quantidade Comp. total (m)
1 5 276 118 325,7
2 10 4 533 21,3
2N5 (1200) Ø10,0 - 1ª Camada 2N6 (127) Ø10,0 - 1ª Camada
V1=V2 (14x50) - 2x 3 10 8 165 13,2
4 10 6 468 28,1
6 6
2N2 (533) Ø10,0 - 1ª Camada 5 10 6 1.200 72
13 13 2N7 (185) Ø10,0 - 2ª Camada 2N8 (500) Ø10,0 - 2ª Camada 2N7 - 2ª Camada 6 10 2 127 2,5
479
14 14 7 10 4 185 7,4
2N3 (165) Ø10,0 - 2ª Camada 2N3 - 2ª Camada 6 112 6
13 13 8 10 2 500 10
138 138 9 12,5 2 406 8,1
14 14
10 12,5 4 1.200 48
(2+2) Ø 10 (2+2) Ø 10 (2+2) Ø 10 (2+2) Ø 10 (2+2) Ø 10 (2+2) Ø 10
11 12,5 2 82 1,6
12 10 8 249 19,9
13 16 2 838 16,8
3 Ø 10 3 Ø 12,5 2 Ø 12,5 3 Ø 12,5 14 12,5 2 372 7,4
18N1 Ø 5,0 c/25 18N1 c/25 10N1 c/25 18N1 c/25 15 12,5 2 136 2,7
P5 P6 P7 P8 16 5 4 495 19,8
P1=P4 P2=P3
17 12,5 2 330 6,6
3N4 (468) Ø10,0 1N9 (406) Ø12,5 1N9 18 12,5 4 525 21
16 7 7
19 10 3 323 9,7
20 12,5 3 262 7,9
2N10 (1200) Ø12,5 21 10 8 168 13,4
7 2N11 (82) Ø12,5
7
22 5 4 375 15
V4 (14x50) 23 8 4 101 4
24 16 4 535 21,4
25 10 2 238 4,8
2N12 (249) Ø10,0 - 1ª Camada 2N12 - 1ª Camada
2N13 (838) Ø16 - 1ª Camada 26 10 4 164 6,6
13 212 212 13 V5=V6 (14x50) - 2x 27 10 1 478 4,8
24 294 24
28 10 2 335 6,7
2N12 - 2ª Camada 2N12 - 2ª Camada 2N16 (495) Ø5,0 29 10 2 59 1,2
13 212 212 13
24 24 2Ø5
Categoria Peso (kg)
CA-60 5 56
(2+2) Ø 10 2 Ø 16 2 Ø 16 (2+2) Ø 10
8 2
3 Ø 12,5 10 137
V11=V14 V12=V13 CA-50
12,5 100
3 Ø 12,5 2 Ø 12,5 3 Ø 12,5 19N1 c/25
16 60
8N1 c/20 7N1 c/25 8N1 c/20 10N1 c/25 8N1 c/20 7N1 c/25 8N1 c/20 1N17 (330) Ø12,5 Total CA-60 56
P9 P10 P11 P12 Total CA-50 299
348 348 85
477 Total Geral 355
1N14 (372) Ø12,5 1N14 2N18 (525) Ø12,5 Total Geral (4x) 1.420
1176
112
2N10
2N15 (136) Ø12,5
V10 (14x50)
2N5 - 1ª Camada 2N25 (238) Ø10,0 - 1ª Camada
13
V8=V9 (14x50) - 2x 14 1173
211
13
V7 (14x50) 2N26 (164) Ø10,0 - 2ª Camada 1N27 (478) Ø10,0 - 2ª Camada 2N26 - 2ª Camada
14

13 13
2N21 (168) Ø10,0 - 1ª Camada 14 137 137 14
3N19 (323) Ø10,0 13 114
132 2N22 (375) Ø5,0 - 1ª Camada
13 257 13
23
20 20
2N21 - 2ª Camada
13 (2+2) Ø 10 3 Ø 10 3 Ø 10 (2+2) Ø 10
132
23
3 Ø 10 3 Ø 10
2Ø5 3 Ø 10 2 Ø 10 3 Ø 10
(2+2) Ø 10 2Ø5 19N1 c/25 10N1 c/25 19N1 c/25
3 Ø 12,5 P17 P18 P19 P20
10N1 c/25
2 Ø 16 V12=V13
P13 P14 1N28 (335) Ø10,0 1N28
8N1 c/20 13N1 c/25 38 38
3N20 (262) Ø12,5
P15=P16 2 N23 (101) Ø 8
8 9 2N5
8 2N29 (59) Ø10,0 8
46
471
2N24 (535) Ø16,0 ESTRIBOS DETALHE GENÉRICO DO DOBRAMENTO

Ø (mm) R (cm) a (cm) b (cm)

DETALHAMENTO ARMADURA INFERIOR DAS VIGAS V1 A V10 DO PAVIMENTO TIPO (4x)


45
45 R
b ≥ 8Ø
10,0
12,5
8
9
13
14
8
10
16,0 12 19 13
ESCALA 1:75 a
9
N1(118) Ø5,0
SEM ESCALA
ESCALA 1:25
Fonte: A autora (2020).
94

Figura B.7 - Detalhamento da armadura das vigas V11 a V14 e VE do pavimento tipo em situação de incêndio (4x).

V11=V14 (14x50) - 2x
2N2 (454) Ø10,0 2N4 (377) Ø10,0
2N3 (470) Ø12,5
433 356 13
219 13
1N5 (385) Ø10,0 1N6 (163) Ø10,0
364 137 13
13

3 Ø 10 3 Ø 10 2 Ø 12,5 2 Ø 10 3 Ø 10

3 Ø 10 3 Ø 10 V5=V6 2 Ø 10 3 Ø 10
9N1 Ø 5,0 c/25 7N1 c/25 4N1 c/20 7N1 c/25 13N1 c/25 8N1 c/25
P17=P18 P15=P16 P9=P12 P5=P8 P1=P4

1N7 (553) Ø10,0 1N8 (160) Ø10,0


22 20

2N9 (1200) Ø10,0


22 2N10 (96) Ø10,0 20

V12=V13 (14x50) - 2x
2N9 - 1ª Camada 2N11 (189) Ø10,0 - 1ª Camada
13 1171
168
16
2N12 (1027) Ø10,0 - 2ª Camada
1006

2 Ø 10 (2+2) Ø 10 (2+2) Ø 10 (2+2) Ø 10 (2+2) Ø 10

2 Ø 10 V8=V9 V5=V6 3 Ø 10 2 Ø 10 3 Ø 10
9N1 c/25 8N1 c/15 8N1 c/20 7N1 c/25 13N1 c/25 8N1 c/25
P18=P19 P13=P14 P10=P11 P6=P7 P2=P3

1N13 (215) Ø10,0 1N14 (150) Ø10,0


38 21

2N9
5 2N15 (101) Ø10,0
21
ESTRIBOS DETALHE GENÉRICO DO DOBRAMENTO VE (14x50)
2N16 (335) Ø10,0
b ≥ 8Ø
Ø (mm) R (cm) a (cm) b (cm) 13 13
45
45
45
45 R
10,0
12,5
8
9
13
14
8
10
26
257
26

a 2 Ø 10 2 Ø 10
9 9
N1(118) Ø5,0 N2(118) Ø8,0 SEM ESCALA
ESCALA 1:25 3 Ø 12,5
Tabela de armadura 10N1 c/25
N Quantidade Comp. total (m)
P18 P19
1 5 212 118 250,2
2 10 4 454 18,2 3N17 (262) Ø12,5
3 12,5 4 470 18,8 8
4 10 4 377 15,1
DETALHAMENTO ARMADURA INFERIOR DAS
5 10 2 385 7,7
VIGAS V11 A V14 E VE DO PAVIMENTO TIPO (4x)
6 10 2 163 3,3
7 10 2 553 11,1 ESCALA 1:75
8 10 2 160 3,2
9 10 12 1.200 144
Categoria Peso (kg)
10 10 4 96 3,8
CA-60 5 39
11 10 4 189 7,6
10 169
12 10 4 1.027 41,1 CA-50
12,5 26
13 10 2 215 4,3
Total CA-60 39
14 10 2 150 3
Total CA-50 195
15 10 4 101 4
Total Geral 234
16 10 2 335 6,7
Total Geral (4x) 936
17 12,5 3 262 7,9
Fonte: A autora (2020).
95

Figura B.8 - Detalhamento da armadura das vigas V1 a V10 da cobertura em situação de incêndio.

V3 (14x50) Tabela de armadura


V1=V2 (14x50) - 2x N Quantidade Comprimento total (m)
1 5 264 118 311,5
2N4 (356) Ø10,0 2N4 2 10 4 476 19
2N5 (559) Ø12,5
3 10 6 456 27,4
5 5
2N2 (476) Ø10,0 142 4 10 4 356 14,2
5 12,5 2 559 11,2
12 12 6 10 2 315 6,3
2 Ø 10 2 Ø 12,5 2 Ø 12,5 2 Ø 10 7 10 8 1.200 96
2 Ø 10 2 Ø 10 8 10 2 104 2,1
9 10 4 343 13,7
3 Ø 10 2 Ø 10 3 Ø 10 10 12,5 2 616 12,3
3 Ø 10 18N1 c/25 10N1 c/25 18N1 c/25 11 10 2 280 5,6
18N1 Ø 5,0 c/25 P5 12 10 2 146 2,9
P6 P7 P8
13 5 4 495 19,8
P1=P4 P2=P3
1N6 (315) Ø10,0 1N6 14 12,5 4 525 21
72 72 15 10 2 266 5,3
3N3 (456) Ø10,0
22 22 16 10 3 254 7,6
2N7 (1200) Ø10,0 17 10 4 155 6,2
5 2N8 (104) Ø10,0
5 18 5 4 381 15,2
19 12,5 4 509 20,4
20 10 2 130 2,6
21 10 1 478 4,8
V4 (14x50) 22 10 2 55 1,1

2N9 (343) Ø10,0 2N9 Categoria Peso (kg)


322
2N10 (616) Ø12,5
322
V5=V6 (14x50) - 2x CA-60 5 53
10 133
183 CA-50
12,5 63
2N13 (495) Ø5,0 Total CA-60 53
Total CA-50 196
2 Ø 10 2 Ø 12,5 2 Ø 12,5 2 Ø 10 2Ø5 Total Geral 249

3 Ø 10 2 Ø 10 3 Ø 10 V11=V14 2 Ø 12,5 V12=V13


19N1 c/25 10N1 c/25 19N1 c/25 19N1 c/25
P9 P10 P11 P12
477
1N11 (280) Ø10,0 1N11
90 90 2N14 (525) Ø12,5
1179
125
2N7
2N12 (146) Ø10,0

V10 (14x50)
V8=V9 (14x50) - 2x 2N7 2N20 (130) Ø10,0

V7 (14x50) 9
9
2N17 (155) Ø10,0 2N18 (381) Ø5,0 1N21 (478) Ø10,0
2N15 (266) Ø10,0 126
114
6

2 Ø 10 2Ø5 2 Ø 10 3 Ø 10 3 Ø 10 2 Ø 10
2 Ø 10 2 Ø 10

2 Ø 12,5 V12=V13
3 Ø 10 2 Ø 10 2 Ø 10 2 Ø 10
19N1 c/25
10N1 c/25 19N1 c/25 10N1 c/25 19N1 c/25
P15=P16
P13 P14 P17 P18 P19 P20
485
3N16 (254) Ø10,0 2N7
12 2N19 (509) Ø12,5 22 2N22 (55) Ø10,0 22
4

ESTRIBOS DETALHE GENÉRICO DO DOBRAMENTO

DETALHAMENTO ARMADURA INFERIOR DAS VIGAS V1 A V10 DA COBERTURA 45


45
R
b ≥ 8Ø

Ø (mm) R (cm) a (cm) b (cm)


ESCALA 1:75 10,0 8 13 8
9 a 12,5 9 14 10
N1(118) Ø5,0
ESCALA 1:25 SEM ESCALA

Fonte: A autora (2020).


96

Figura B.9 - Detalhamento da armadura das vigas V11 a V14 da cobertura em situação de incêndio.

V11=V14 (14x50) - 2x
2N2 (1200) Ø10,0 2N3 (107) Ø10,0

16
16

2 Ø 10 2 Ø 10 2 Ø 10 2 Ø 10 2 Ø 10

2 Ø 10 2 Ø 10 V5=V6 2 Ø 10 2 Ø 10
9N1 Ø 5,0 c/25 16N1 c/25 13N1 c/25 8N1 c/25
P17=P18 P15=P16 P9=P12 P5=P8 P1=P4

2N2
22 2N4 (69) Ø10,0
22

V12=V13 (14x50) - 2x
2N2 2N5 (150) Ø10,0

6
6
1N6 (850) Ø10,0

113

2 Ø 10 3 Ø 10 3 Ø 10 3 Ø 10 2 Ø 10

3 Ø 10 V8=V9 V5=V6 3 Ø 10 3 Ø 10 2 Ø 10
13N1 c/25 13N1 c/25 13N1 c/25 8N1 c/25
P18=P19 P13=P14 P10=P11 P6=P7 P2=P3

1N7 (960) Ø10,0


39

2N2
10 2N8 (92) Ø10,0
22
DETALHAMENTO ARMADURA INFERIOR DAS VIGAS V11 A V14 DA COBERTURA
ESCALA 1:75

Tabela de armadura
N Quantidade Comprimento total (m)
1 5 186 118 219,5
2 10 16 1.200 192 Categoria Peso (kg)
3 10 4 107 4,3 CA-60 5 34
4 10 4 69 2,8 CA-50 10 151
5 10 4 150 6 Total CA-60 34
6 10 2 850 17 Total CA-50 151
7 10 2 960 19,2 Total Geral 185
8 10 4 92 3,7

ESTRIBOS DETALHE GENÉRICO DO DOBRAMENTO

45
45
R
b ≥ 8Ø
Ø (mm) R (cm) a (cm) b (cm)
10,0 8 13 8

9 a
N1(118) Ø5,0
ESCALA 1:25 SEM ESCALA

Fonte: A autora (2020).


97

ANEXO A - Classificação da edificação em relação à ocupação

Tabela A.1 - Classificação da edificação em relação à ocupação.

Grupo Ocupação/Uso Divisão Descrição Exemplos


A-1 Habitações unifamiliares Casas térreas ou assobradadas, isoladas ou não
Habitações
A-2 Edifícios de apartamento em geral
A Residencial multifamiliares
Pensionatos, internatos, mosteiros, conventos,
A-3 Habitações coletivas
residenciais geriátricos
Hotéis, motéis, pensões, hospedarias, albergues,
B-1 Hotéis e assemelhados
casas de cômodos
Serviços de
B Hotéis e assemelhados com cozinha própria nos
hospedagem
B-2 Hotéis residenciais apartamentos (incluem-se apart-hotéis, hotéis
residenciais)
Comércio em geral, de Armarinhos, tabacarias, mercearias, fruteiras, butiques
C-1
pequeno porte e outros)
Comercial Edifícios de lojas, lojas de departamentos, magazines,
C Comércio de grande e
varejista C-2 galerias comerciais, supermercados em geral,
médio portes
mercados e outros
C-3 Centros comerciais Centro de compras em geral (shopping centers)
Escritórios administrativos ou técnicos, consultórios,
Locais para prestação de instituições financeiras (que não estejam incluídas em
D-1 serviços profissionais ou D-2), repartições públicas, cabeleireiros, laboratórios
Serviços
condução de negócios de análises clínicas sem internação, centros
profissionais,
D profissionais e outros
pessoais e
D-2 Agências bancárias Agências bancárias e assemelhados
técnicos
Serviços de reparação Lavanderias, assistência técnica, reparação e
D-3 (exceto os classificados manutenção de aparelhos eletrodomésticos,
em G e I) chaveiros, pintura de letreiros e outros
Escolas de primeiro, segundo e terceiro graus, cursos
E-1 Escolas em geral
supletivos e pré-universitários e outros
Escolas de artes e artesanato, de línguas, de cultura
E-2 Escolas especiais
geral, de cultura estrangeira e outras
Locais de ensino e/ou práticas de artes marciais,
ginástica (artística, dança, musculação e outros),
Espaço para cultura
Educacional e E-3 esportes coletivos (tênis, futebol, e outros que não
E física
cultura física estejam incluídos em F-3), saunas, casas de
fisioterapia e outros
Centros de treinamento
E-4 Escolas profissionais em geral
profissional
E-5 Pré-escolas Creches, escolas maternais, jardins-de-infância
Escolas para portadores Escolas para excepcionais, deficientes visuais e
E-6
de deficiência auditivos e outros
Locais onde há objetos Museu, centros de documentos históricos, bibliotecas
F-1
de valor inestimável e outros
F-2 Templos e auditórios Igrejas, sinagogas, templos e auditórios em geral
Estádios, ginásios e piscinas cobertas com
F-3 Centros esportivos
arquibancadas, arenas em geral
Estações e terminais de Estações rodoferroviárias, aeroportos, estações de
F-4
passageiros transbordo e outros
Locais de Locais de produção de e
F Teatros em geral, cinemas, óperas, auditórios de
reunião pública F-5 apresentação de artes
estúdios de rádio e televisão e outros
cênicas
Boates e clubes noturnos em geral, salões de baile,
F-6 Clubes sociais restaurantes dançantes, clubes sociais e
assemelhados
F-7 Construções provisórias Circos e assemelhados
Restaurantes, lanchonetes, bares, cafés, refeitórios,
F-8 Locais para refeições
cantinas e outros
Garagens sem acesso de
G-1 público e sem Garagens automáticas
Serviços abastecimento
automotivos Garagens com acesso de
Garagens coletivas sem automação, em geral, sem
G G-2 público e sem
abastecimento (exceto veículos de carga e coletivos)
abastecimento
Locais dotados de
Postos de abastecimento e serviço, garagens (exceto
G-3 abastecimento de
veículos de carga e coletivos)
combustível
98

Postos de serviço sem abastecimento, oficinas de


Serviços de conservação,
Serviços G-4 conserto de veículos (exceto de carga e coletivos) e
manutenção e reparos
automotivos borracharias (sem recauchutagem)
G Serviços de manutenção
Oficinas e garagens de veículos de carga e coletivos,
em veículos de grande
G-5 máquinas agrícolas e rodoviárias, retificadoras de
porte e retificadoras em
motores
geral
Hospitais, clínicas e consultórios veterinários e
Hospitais veterinários e
H-1 assemelhados (inclui-se alojamento com ou sem
assemelhados
adestramento)
Locais onde pessoas
requerem cuidados Asilos, orfanatos, abrigos geriátricos, reformatórios
H-2
especiais por limitações sem celas e outros
físicas ou mentais
Hospitais, casas de saúde, prontos-socorros, clínicas
Serviços de
Hospitais e com internação, ambulatórios e postos de
H saúde e H-3
assemelhados atendimento de urgência, postos de saúde e
institucionais
puericultura e outros
Prédios e instalações
vinculadas às forças Quartéis, centrais de polícia, delegacias distritais,
H-4
armadas, polícias civil e postos policiais e outros
militar
Locais onde a liberdade
Hospitais psiquiátricos, reformatórios, prisões em
H-5 das pessoas sofre
geral e instituições assemelhadas
restrições
Locais onde as
atividades exercidas e os
materiais utilizados e/ou Locais onde a carga de incêndio não atinja 1200
I-1
depositados apresentem MJ/m²
Industrial, médio potencial de
comercial de incêndio
I
médio e alto Locais onde as
risco, atacadista atividades exercidas e os
materiais utilizados e/ou Locais onde a carga de incêndio ultrapassa 1200
I-2
depositados apresentem MJ/m²
grande potencial de
incêndio
Depósitos sem risco de incêndio expressivo.
Depósitos de baixo risco
J-1 Edificações que armazenam tijolos, pedras, areias,
de incêndio
cimentos, metais e outros materiais incombustíveis
J Depósitos
Depósitos com risco de incêndio maior. Edificações
Depósitos de médio e
J-2 que armazenam alimentos, madeira, papel, tecidos e
alto risco de incêndio
outro

Fonte: ABNT (2001).


99

ANEXO B - Dimensões mínimas para pilares

Tabela B.1 - Dimensões mínimas para pilares com 𝜔 = 0,1 e 𝑒𝑚á𝑥 = 10𝑚𝑚 (𝑏 ≤ 400𝑚𝑚) e
𝑒𝑚á𝑥 = 0,025. 𝑏 (𝑏 > 400𝑚𝑚).

TRRF bmín / c1
ʎfi
mín νfi = 0,15 vfi = 0,3 vfi = 0,5 vfi = 0,7

30 150/25 150/25 150/25 150/25


40 150/25 150/25 150/25 150/25
50 150/25 150/25 150/25 200/25
30
60 150/25 150/25 200/25 250/25
70 150/25 150/25 250/25 300/25
80 150/25 200/25 250/30:300/25 350/25

30 150/25 150/25 200/25 200/30:250/25


40 150/25 150/25 200/25 250/25
50 150/25 200/25 250/25 300/25
60
60 150/25 200/40:250/25 250/40:300/25 350/30:400/25
70 200/25 250/30:300/25 300/40:350/25 450/35:550/25
80 200/30:250/25 250/40:300/25 400/30:450/25 550/60:600/35

30 150/25 200/25 200/50:250/25 250/30:300/25


40 150/35:200/25 200/30:250/25 250/25 300/25
50 200/25 250/25 300/25 350/50:400/25
90
60 200/35:250/25 250/40:300/25 350/35:400/25 450/50:550/25
70 250/25 300/35:350/25 400/45:550/25 600/40
80 250/30:300/25 350/35:400/25 550/40:600/25 a

30 200/25 200/25 200/25 300/45:350/25


40 200/25 200/25 300/25 400/25
50 200/25 300/25 350/50:400/25 450/50:500/25
120
60 200/25 300/25 450/40:500/25 550/50
70 250/50:300/25 400/25 500/60:550/25 a
80 300/25 450/40:500/25 600/45 a

30 25025 250/25 350/25 400/50:450/25


40 250/25 300/30:350/25 400/25 450/50:500/25
50 250/50:300/25 350/50:400/25 450/40:500/25 550/60:600/35
180
60 300/40:350/25 450/25 550/40:600/25 a
70 350/30:400/25 500/25 600/80 a
80 400/30:450/25 550/45:600/25 a a

a
Requer largura superior a 600 mm. Avaliação específica é requerida.

Fonte: ABNT (2012).


100

Tabela B.2 - Dimensões mínimas para pilares com 𝜔 = 0,1 e 𝑒𝑚á𝑥 = 0,25. 𝑏(𝑏 ≤ 400𝑚𝑚) e
𝑒𝑚á𝑥 = 100 𝑚𝑚 (𝑏 > 400𝑚𝑚).

TRRF bmín / c1
ʎfi
mín νfi = 0,15 vfi = 0,3 vfi = 0,5 vfi = 0,7

30 150/25 150/25 200/30:250/25 300/30:350/25


40 150/25 150/30:200/25 300/25 500/40:550/25
50 150/25 200/40:250/25 350/40:500/25 550/25
30
60 150/25 300/25 550/25 600/30
70 200/25 350/40:500/25 550/30:600/25 a
80 250/25 550/25 a a

30 150/30:200/25 200/40:300/25 300/40:500/25 500/25


40 200/30:250/25 300/35:350/25 450/50:550/25 550/40:600/25
50 200/40:300/25 350/45:550/25 550/30:600/30 600/55
60
60 250/35:400/25 450/50:550/25 600/35 a
70 300/40:500/25 550/30:600/25 600/80 a
80 400/40:550/25 600/30 a a

30 200/40:250/25 300/40:400/25 550/50:550/25 550/40:600/25


40 250/40:350/25 350/50:550/25 550/35:600/25 600/50
50 300/40:500/25 500/60:550/25 600/40 a
90
60 300/50:550/25 550/45:600/25 a a
70 400/50:550/25 600/45 a a
80 500/60:600/25 a a a

30 250/50:350/25 400/50:550/25 550/25 550/60:600/45


40 300/50:500/25 500/50:550/25 550/50:600/25 a
50 400/50:550/25 550/50:600/25 600/60 a
120
60 500/50:550/25 550/55:600/50 a a
70 500/60:600/25 600/60 a a
80 550/50:600/25 a a a

30 400/50:500/25 500/60:550/25 550/60:600/30 a


40 500/50:550/25 550/50:600/25 600/80 a
50 550/25 600/60 a a
180
60 550/50:600/25 600/80 a a
70 600/55 a a a
80 600/70 a a a

a
Requer largura superior a 600 mm. Avaliação específica é requerida.

Fonte: ABNT (2012).


101

Tabela B.3 - Dimensões mínimas para pilares com 𝜔 = 0,1 e 𝑒𝑚á𝑥 = 0,5. 𝑏 (𝑏 ≤ 400𝑚𝑚) e
𝑒𝑚á𝑥 = 200 𝑚𝑚 (𝑏 > 400𝑚𝑚).

TRRF bmín / c1
ʎfi
mín νfi = 0,15 vfi = 0,3 vfi = 0,5 vfi = 0,7

30 150/25 400/40:550/25 500/25 a


40 200/25 550/25 550/35:600/30 a
50 250/30:300/25 550/30:600/25 a a
30
60 300/40:550/25 600/25 a a
70 400/40:550/25 a a a
80 550/25 a a a

30 300/35:500/25 500/50:550/25 550/50:600/40 a


40 340/40:550/25 550/40:600/30 a a
50 450/50:550/25 550/50:600/40 a a
60
60 550/30 600/80 a a
70 550/35 a a a
80 550/40 a a a

30 350/50:550/25 550/45:600/40 600/80 a


40 500/60:600/30 550/60:600/50 a a
50 550/40 600/80 a a
90
60 550/50:600/45 a a a
70 550/60:600/50 a a a
80 600/70 a a a

30 550/40:600/30 550/50 a a
40 550/50:600/45 600/70 a a
50 550/55:600/50 a a a
120
60 550/60:600/50 a a a
70 600/70 a a a
80 a a a a

30 550/50 600/80 a a
40 550/60 a a a
50 600/70 a a a
180
60 a a a a
70 a a a a
80 a a a a

a
Requer largura superior a 600 mm. Avaliação específica é requerida.

Fonte: ABNT (2012).


102

Tabela B.4 - Dimensões mínimas para pilares com 𝜔 = 0,5 e 𝑒𝑚á𝑥 = 10𝑚𝑚 (𝑏 ≤ 400𝑚𝑚) e
𝑒𝑚á𝑥 = 0,025. 𝑏 (𝑏 > 400𝑚𝑚).

TRRF bmín / c1
ʎfi
mín νfi = 0,15 vfi = 0,3 vfi = 0,5 vfi = 0,7

30 150/25 150/25 150/25 150/25


40 150/25 150/25 150/25 150/25
50 150/25 150/25 150/25 200/25
30
60 150/25 150/25 150/25 200/30:250/25
70 150/25 150/25 200/25 250/25
80 150/25 150/25 200/30:250/25 300/25

30 150/25 150/25 150/30:200/25 200/35:250/25


40 150/25 150/25 200/25 250/30:300/25
50 150/25 150/35:200/25 200/40:250/25 250/40:350/25
60
60 150/25 200/30:250/25 250/30:300/25 300/40:450/25
70 150/25 200/35:250/25 250/40:350/25 350/45:600/25
80 150/35:200/25 250/30:300/25 300/40:500/25 450/50:600/35

30 150/25 150/40:200/25 200/40:250/25 250/40:300/25


40 150/25 200/35:250/25 250/30:300/25 300/40:400/25
50 150/40:200/25 200/45:250/25 250/45:350/25 350/45:550/25
90
60 200/25 250/35:300/25 300/45:400/25 400/50:600/35
70 200/35:250/25 250/45:350/25 350/45:600/25 550/50:600/45
80 200/45:250/25 250/50:400/25 400/50:600/35 600/60

30 150/35:200/25 200/40:250/25 250/45:300/25 350/45:500/25


40 200/25 250/25 300/45:350/25 400/50:550/25
50 200/40:250/25 250/45:300/25 350/45:450/25 450/50:600/25
120
60 200/50:250/25 300/45:350/25 400/50:550/25 500/60:600/35
70 250/35:300/25 350/45:450/25 500/50:600/40 600/45
80 250/45:300/25 400/50:550/25 500/60:600/45 600/60

30 200/45:250/25 250/35:300/25 350/45:400/25 450/45:500/25


40 250/25 300/45:350/25 450/25 500/55:600/50
50 250/35:300/25 350/45:400/25 500/40:550/25 600/65
180
60 300/40:350/25 450/25 500/60:600/55 600/80
70 350/25 500/40:550/25 600/65 a
80 400/30:450/25 500/55:600/45 600/80 a

a
Requer largura superior a 600 mm. Avaliação específica é requerida.

Fonte: ABNT (2012).


103

Tabela B.5 - Dimensões mínimas para pilares com 𝜔 = 0,5 e 𝑒𝑚á𝑥 = 0,25. 𝑏 (𝑏 ≤ 400𝑚𝑚) e
𝑒𝑚á𝑥 = 100 𝑚𝑚 (𝑏 > 400𝑚𝑚).

TRRF bmín / c1
ʎfi
mín νfi = 0,15 vfi = 0,3 vfi = 0,5 vfi = 0,7

30 150/25 150/25 150/25 200/30:250/25


40 150/25 150/25 150/25 300/45:350/25
50 150/25 150/25 200/30:250/25 350/40:450/25
30
60 150/25 150/25 250/30:300/25 500/30:550/25
70 150/25 150/35:200/25 350/30:400/25 550/35:600/30
80 150/25 200/30:250/25 400/40:500/25 600/50

30 150/25 150/35:200/25 250/35:350/25 350/40:550/25


40 150/25 200/30:300/25 300/35:500/25 450/50:600/30
50 150/30:200/25 200/40:350/25 300/45:550/25 500/50:600/35
60
60 150/35:200/25 250/40:500/25 400/45:600/30 600/45
70 200/30:300/25 300/40:500/25 500/40:600/35 600/80
80 200/35:300/25 350/40:600/25 550/55:600/40 a

30 150/35:200/25 200/45:300/25 300/45:550/25 550/50:600/40


40 200/35:250/25 250/45:500/25 350/50:600/25 550/50:600/45
50 200/40:300/25 300/45:550/25 550/50:600/35 600/55
90
60 200/50:400/25 350/50:600/25 550/50:600/45 a
70 300/35:500/25 400/50:600/35 600/50 a
80 300/40:600/25 500/55:600/40 600/80 a

30 200/45:300/25 300/45:550/25 450/50:600/25 550/60:600/50


40 200:50/350/25 350/50:550/25 500/50:600/40 600/55
50 250/45:450/25 450/50:600/25 550/55:550/45 600/80
120
60 300/50:500/25 500/45:600/40 550/60:600/60 a
70 350/50:550/25 500/50:550/45 600/75 a
80 400/50:600/25 500/55:550/50 a a

30 300/45:450/25 450/50:600/25 500/60:600/50 600/75


40 350/50:500/25 500/50:600/25 600/60 a
50 450/50:500/25 500/60:600/50 600/70 a
180
60 500/50:600/25 550/60:600/55 a a
70 500/55:600/35 600/65 a a
80 500/60:600/55 600/75 a a

a
Requer largura superior a 600 mm. Avaliação específica é requerida.

Fonte: ABNT (2012).


104

Tabela B.6 - Dimensões mínimas para pilares com 𝜔 = 0,5 e 𝑒𝑚á𝑥 = 0,5. 𝑏 (𝑏 ≤ 400𝑚𝑚) e
𝑒𝑚á𝑥 = 200 𝑚𝑚 (𝑏 > 400𝑚𝑚).

TRRF bmín / c1
ʎfi
mín νfi = 0,15 vfi = 0,3 vfi = 0,5 vfi = 0,7

30 150/25 150/25 250/35:300/25 500/40:550/25


40 150/25 150/30:200/25 300/35:450/25 550/30
50 150/25 200/30:250/25 400/40:500/25 550/50:600/40
30
60 150/25 200/35:300/25 450/50:550/25 a
70 150/25 250/40:400/25 500/40:600/30 a
80 150/25 300/40:550/25 550/50:600/40 a

30 150/30:200/25 200/40:450/25 450/50:550/30 550/50:600/40


40 150/35:250/25 250/40:500/25 500/40:550/35 600/60
50 200/35:300/25 300/45:550/25 500/55:550/40 a
60
60 200/40:500/25 400/40:600/30 550/50:600/45 a
70 200/40:550/25 500/40:550/35 600/60 a
80 250/40:600/25 500/45:600/35 a a

30 250/40:450/25 300/50:500/25 500/55:600/40 600/80


40 200/50:500/25 350/50:550/35 550/60:600/50 a
50 250/45:550/25 500/45:550/40 600/60 a
90
60 250/50:550/35 500/50:550/45 600/80 a
70 300/50:550/35 550/50:600/45 a a
80 350/50:600/35 550/60:600/50 a a

30 250/50:550/25 500/50:550/40 500/50 a


40 300/50:500/25 500/50:550/45 550/60:600/55 a
50 400/50:550/35 500/60:600/45 600/80 a
120
60 450/50:600/40 550/50 a a
70 500/50:550/45 550/60:600/55 a a
80 550/60:600/45 600/70 a a

30 500/45:550/30 550/55 600/75 a


40 500/50:600/40 550/60 a a
50 500/60:550/50 600/70 a a
180
60 550/50 600/75 a a
70 550/50 a a a
80 600/60 a a a

a
Requer largura superior a 600 mm. Avaliação específica é requerida.

Fonte: ABNT (2012).


105

Tabela B.7 - Dimensões mínimas para pilares com 𝜔 = 1,0 e 𝑒𝑚á𝑥 = 10𝑚𝑚 (𝑏 ≤ 400𝑚𝑚) e
𝑒𝑚á𝑥 = 0,025. 𝑏 (𝑏 > 400𝑚𝑚).

TRRF bmín / c1
ʎfi
mín νfi = 0,15 vfi = 0,3 vfi = 0,5 vfi = 0,7

30 150/25 150/25 150/25 150/25


40 150/25 150/25 150/25 150/25
50 150/25 150/25 150/25 150/30:200/25
30
60 150/25 150/25 150/25 200/30:250/25
70 150/25 150/25 150/30:200/25 250/25
80 150/25 150/25 200/30:200/25 250/30:300/25

30 150/25 150/25 150/25 200/40:300/25


40 150/25 150/25 200/30:250/25 250/35:350/25
50 150/25 150/30:200/25 200/40:250/25 250/40:350/25
60
60 150/25 150/40:250/25 250/35:300/25 300/40:600/25
70 150/25 200/35:250/25 250/40:400/25 350/40:450/35
80 150/30:200/25 200/40:300/25 300/40:550/25 350/45:450/40

30 150/25 200/25 250/40:400/25 250/45:600/25


40 150/25 200/35:250/25 300/45:400/25 300/45:600/30
50 150/35:200/25 200/40:250/25 250/45:400/25 350/45:600/35
90
60 150/40:250/25 250/55:300/25 300/45:550/25 400/50:600/40
70 200/35:250/25 300/35:350/25 350/45:600/35 550/50:600/45
80 200/40:250/25 300/40:500/25 350/50:600/40 550/65:600/55

30 150/40:200/25 200/45:250/25 250/40:400/25 400/40:600/25


40 200/30:250/25 250/25 300/45:400/25 400/50:600/30
50 200/40:250/25 250/35:300/25 350/40:550/25 550/45:600/40
120
60 200/45:250/25 250/45:400/25 400/50:600/25 550/60:600/50
70 250/25 350/35:450/25 550/40:600/35 600/70
80 250/35:300/25 350/40:550/25 550/50:600/45 a

30 200/50:250/25 300/25 350/45:450/25 500/50:600/45


40 250/25 300/45:350/25 450/45:50/25 550/60:600/55
50 250/30:300/25 350/40:450/25 450/50:600/40 600/70
180
60 250/40:350/25 350/40:500/25 550/55:600/50 600/80
70 300/45:400/25 450/45:600/35 550/70:600/65 a
80 350/40:450/25 550/50:600/40 600/75 a

a
Requer largura superior a 600 mm. Avaliação específica é requerida.

Fonte: ABNT (2012).


106

Tabela B.8 - Dimensões mínimas para pilares com 𝜔 = 1,0 e 𝑒𝑚á𝑥 = 0,25. 𝑏 (𝑏 ≤ 400𝑚𝑚) e
𝑒𝑚á𝑥 = 100 𝑚𝑚 (𝑏 > 400𝑚𝑚).

TRRF bmín / c1
ʎfi
mín νfi = 0,15 vfi = 0,3 vfi = 0,5 vfi = 0,7

30 150/25 150/25 150/25 200/30:300/25


40 150/25 150/25 150/25 250/30:450/25
50 150/25 150/25 200/25 300/34:500/25
30
60 150/25 150/25 200/30:250/25 400/40:550/25
70 150/25 150/25 250/35:300/25 500/35:600/30
80 150/25 150/30:250/25 300/35:500/25 500/60:600/35

30 150/25 150/30:200/25 200/40:400/25 300/50:600/30


40 150/25 150/40:250/25 250/40:500/25 400/50:600/35
50 150/25 200/35:400/25 300/40:600/25 500/45:600/40
60
60 150/30:200/25 200/40:450/25 400/40:600/30 550/40:600/40
70 150/35:200/25 240/40:550/25 450/45:500/35 600/60
80 200/30:250/25 300/40:550/25 500/50:600/40 600/80

30 200/25 200/40:300/25 250/40:550/25 500/50:600/45


40 200/30:250/25 200/50:400/25 300/50:600/35 500/60:600/50
50 200/35:300/25 250/50:550/25 400/50:600/40 600/55
90
60 200/40:400/25 300/45:600/25 500/50:600/45 600/70
70 200/45:450/25 300/50:600/35 550/55:600/50 a
80 200/50:500/25 400/50:600/35 600/55 a

30 200/40:250/25 250/50:400/25 450/45:600/30 a


40 200/45:300/25 300/40:500/25 500/50:600/35 a
50 250/40:400/25 400/40:550/25 550/50:600/45 a
120
60 250/50:450/25 400/50:500/35 600/55 a
70 300/40:500/25 500/45:600/35 a a
80 300/50:550/25 500/60:600/40 a a

30 300/35:400/25 450/50:550/25 500/60:600/45 a


40 300/40:450/25 500/40:600/30 550/65:600/60 a
50 400/40:500/25 500/45:600/35 600/75 a
180
60 400/45:550/25 500/55:600/45 a a
70 400/50:600/30 500/65:600/60 a a
80 500/45:600/35 600/70 a a

a
Requer largura superior a 600 mm. Avaliação específica é requerida.

Fonte: ABNT (2012).


107

Tabela B.9 - Dimensões mínimas para pilares com 𝜔 = 1,0 e 𝑒𝑚á𝑥 = 0,5. 𝑏 (𝑏 ≤ 400𝑚𝑚) e
𝑒𝑚á𝑥 = 200 𝑚𝑚 (𝑏 > 400𝑚𝑚).

TRRF bmín / c1
ʎfi
mín νfi = 0,15 vfi = 0,3 vfi = 0,5 vfi = 0,7

30 150/25 150/25 200/30:300/25 500/30:550/25


40 150/25 150/25 250/30:450/25 500/40:600/30
50 150/25 150/30:200/25 300/35:500/25 550/35
30
60 150/25 200/30:250:25 350/40:500/25 550/50
70 150/25 200/30:300/25 450/50:550/25 a
80 150/25 250/30:350/25 500/35:600/30 a

30 150/25 200/35:450/25 350/40:600/30 550/45:600/40


40 150/30:200/25 200/40:500/25 450/50:500/35 600/60
50 150/35:250/25 250/40:550/25 500/40:600/35 600/80
60
60 200/30:350/25 300/40:600/25 500/50:600/40 a
70 250/30:450/25 350/40:600/30 550/50:600/45 a
80 250/55:500/25 450/40:500/35 600/70 a

30 200/35:300/25 250/50:550/25 500/50:600/40 600/70


40 200/40:450/25 300/50:600/30 500/55:600/45 a
50 200/45:500/25 350/50:600/35 550/50 a
90
60 200/50:550/25 450/50:600/40 600/60 a
70 250/45:600/30 500/50:600/45 600/80 a
80 250/50:500/35 500/55:600/45 a a

30 200/50:450/25 450/45:600/25 550/55:600/50 a


40 250/50:500/25 500/40:600/30 600/65 a
50 300/40:550/25 500/50:600/35 a a
120
60 350/45:550/25 500/60:600/40 a a
70 450/40:600/30 550/60:600/50 a a
80 450/45:600/30 600/65 a a

30 350/45:550/25 500/45:600/40 600/80 a


40 450/45:600/30 500/60:600/45 a a
50 450/50:600/35 500/70:600/55 a a
180
60 500/45:600/40 550/70:600/65 a a
70 500/50:600/40 600:75 a a
80 500/55:600/45 a a a

a
Requer largura superior a 600 mm. Avaliação específica é requerida.

Fonte: ABNT (2012).

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