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UNIVERSIDADE DE SOROCABA – UNISO

PRÓ-REITORIA ACADEMICA
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

Adriely Marconato Marum


Carolina Oliveira Chiaffitelli
Neiviton Pereira da Silva
Stephanie Pedroso Molina

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS MÉTODOS CONSTRUTIVOS ALVENARIA


ESTRUTURAL E PAREDES DE CONCRETO MOLDADO IN LOCO

Sorocaba, SP
2017
Adriely Marconato Marum
Carolina Oliveira Chiaffitelli
Neiviton Pereira da Silva
Stephanie Pedroso Molina

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS MÉTODOS CONSTRUTIVOS ALVENARIA


ESTRUTURAL E PAREDES DE CONCRETO MOLDADO IN LOCO

Trabalho apresentado como requisito


parcial para nota final na disciplina de
Prática de Pesquisa: Projeto, no Curso de
Engenharia Civil, na Universidade de
Sorocaba.
Prof° Walbert Chrisostomo.

Sorocaba, SP
2017
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................... 4

2.1 Parede de Concreto Moldada In Loco ............................................................. 4

2.2 Alvenaria Estrutural .......................................................................................... 7

2.2.1 Definições de alvenaria estrutural ..................................................................... 8

2.2.1.1 Alvenaria Estrutural Não-Armada ............................................................... 8

2.2.1.2 Alvenaria Estrutural Armada ....................................................................... 9

2.2.1.3 Alvenaria protendida .................................................................................... 9

2.2.2 Principais Elementos da Alvenaria Estrutural ................................................... 9

2.2.2.1 Bloco De Concreto ........................................................................................ 9

2.2.2.1.1 Tipos de blocos .......................................................................................... 10

2.2.2.1.2 Quantidade de Blocos ................................................................................ 10

2.2.2.2 Graute ........................................................................................................... 11

2.2.2.3 Argamassa ................................................................................................... 13

2.3 Habitação de Interesse Social (HIS) .............................................................. 13

3 MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................... 14

4 RESULTADOS ESPERADOS .............................................................................. 16

5 CRONOGRAMA ................................................................................................... 17

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 18


3

1 INTRODUÇÃO

A indústria da construção civil vem buscando cada vez mais a industrialização


das obras para reduzir os prazos de construção, aumentar sua produtividade e a
consequente redução de custos. As construtoras, financiadas pelo governo federal
para construir uma grande quantidade de unidades habitacionais de baixo custo, estão
sempre à procura por métodos de construção com um alto rendimento na
produtividade e com custos compatíveis.
No Brasil, os métodos construtivos mais comuns são estrutura convencional de
concreto armado com alvenaria de vedação e alvenaria estrutural. No entanto, o
sistema de parede de concreto vem crescendo de forma notável, acompanhando o
crescimento do segmento de habitação popular.
A qualidade final de uma obra está diretamente ligada aos materiais utilizados,
aos métodos de execução e ao controle tecnológico que se faz, desde a produção dos
insumos até sua aplicação. Dada essa alavanca para a produtividade na obra, que é
identificar o melhor método construtivo a se executar, há a necessidade de realizar
pesquisas para identificar pontos positivos e negativos de cada um dos sistemas, visto
que a comparação se dará a empreendimentos de mesmo porte, para que possa ser
avaliado de forma igualitária os aspectos de cada um desses métodos. Não deixando
de lado os aspectos de sustentabilidade, tratada não mais como apenas um
diferencial, mas uma necessidade que a indústria tem de reduzir os impactos
ambientais.
O objetivo do projeto é comparar o sistema de alvenaria estrutural com o
sistema de parede de concreto moldada in loco, através dos custos e prazos que cada
sistema apresenta, visando demonstrar as vantagens e desvantagens de cada um
deles, inclusive em aspectos sustentáveis e de impactos ambientais, tema que se
apresenta em grande destaque e com grande importância no atual mercado.
Para o desenvolvimento se utilizara como exemplificação dois
empreendimentos, com plantas baixas com pequenas diferenças de layout, cada um
com um sistema construtivo. Considerando os itens a serem levantados, o custo da
construção será analisado através dos gastos, separados por etapas e fases da obra,
realizados durante o processo construtivo, sendo estes: infraestrutura, superestrutura,
instalações e acabamentos. O prazo da construção se baseará no tempo estimado x
tempo real para cada processo aplicado na construção.
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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Parede de Concreto Moldada In Loco

O método construtivo de parede de concreto moldado in loco com formas


metálicas é um elemento inovador e diferenciado na construção civil no Brasil com
foco para empreendimentos de alta repetitividade sem perda de qualidade. A
frequência de sua aplicação aumentou a partir de 2009, onde as construtoras
passaram a ter prazos de entregas reduzidos, necessidade de economia e aumento
na durabilidade da estrutura, sendo consequentemente necessário parâmetros e
normas para o método racionalizado.
Através disso, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) criou a
“NBR 16.055:2012 – Parede de concreto moldada no local para a construção de
edificações – Requisitos e procedimentos” para normatizar, dimensionar e auxiliar nos
aspectos técnicos do projeto e da construção. Essa norma possui base nos modelos
e parâmetros de cálculo da norma norte americana ACI 318 e da norma francesa DTU
23.1, que continham condições adequadas e relevantes ao procedimento brasileiro. A
norma define a parede de concreto como “elemento estrutural autoportante, moldado
no local, com comprimento maior que dez vezes sua espessura e capaz de suportar
carga no mesmo plano da parede”. (NBR 16.055:2012, p. 9)
Ao se deparar com um sistema novo e com poucas experiências, onde
supostamente há um único elemento ou insumo de grande consumo para o sistema:
o concreto; as garantias para produção são objetos importantes para segurança do
processo. A maneira para criar confiança ao sistema foi a execução de testes sob os
conceitos da Norma de Desempenho ABNT NBR 15575 analisando os desempenhos
térmicos e acústicos, permeabilidade das superfícies e resistência ao impacto.
O sistema permite a industrialização no setor da construção civil, pois é
possível o controle de consumo de todos os materiais utilizados (concreto, aço e tela)
e quantificando com padrões, o cumprimento do cronograma físico financeiro da obra
e o controle tecnológico dos materiais com maior precisão, considerando que as
etapas são reduzidas e sincronizadas.
Com esse sistema pode-se construir basicamente qualquer conjunto de
habitação multifamiliar ou unifamiliar, podendo ser casas térreas e assobradas ou
5

edifícios de 5 até 30 pavimentos, superior a 30 andares deve ser analisado


criteriosamente como um caso especial, mas que não há impedimento na construção.

Imagem 1 – Construção Multifamiliar

Fonte: Coletânea de Ativos

A execução consiste basicamente nas seguintes etapas: instalar e posicionar


as telas soldadas na área das futuras paredes, executar as instalações elétricas e
hidráulicas externas ou internas as paredes, como mangueiras corrugadas, caixas
elétricas, tubos; fechamento das formas nas paredes e laje com os vãos para janelas
e portas posicionados, instalações da laje e finalmente o lançamento do concreto. O
método executivo permite que as etapas de vedação e superestruturas se unifiquem
a um único elemento.

Imagem 2 – Construção em paredes de concreto

Fonte: Coletânea de Ativos

As formas podem ser de diversos materiais, entre eles: formas metálicas,


formas metálicas com elementos de madeira ou até mesmo formas plásticas. As
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variações entre os usos irão refletir em alguns aspectos: durabilidade de cada


material, quantidade de repetições de uso para cada forma, peso dos painéis, custo,
facilidade no manuseio e na instalação e economia.

Imagem 3 – Formas metálicas, mistas (metálica e madeira) e plástica

Fonte: Coletânea de Ativos

Além da escolha da forma, há uma escolha extremamente importante a ser


feita: o concreto. Há 4 opções de aplicação: concreto com alto teor de ar incorporado
– até 9% (M) e concreto celular (L1), em que podem ser empregados apenas em
construções de 2 pavimentos por possuírem resistência a compressão baixa (4 a 6
Mpa); e concreto convencional (N), concreto auto adensável ou concretos com
agregados leves (L2). A definição irá depender do projeto, pois economicamente para
empreendimentos com quantidade de pavimentos cada vez maior, mais se fará
necessário a redução do peso da estrutura, ou seja, um concreto mais leve. Entretanto
é necessário avaliar custo x benefício, considerando que o concreto é o elemento de
maior consumo. Além disso, deve-se considerar os esforços solicitantes, as cargas
verticais e horizontais nas paredes e cargas acidentais e permanentes para escolha
do concreto com suporte para os mesmos. E outros aspectos de decisão são: o clima
e a estanqueidade. Há a possibilidade de determinado concreto não ser compatível
com a zona bioclimática, e aquecer ou esfriar em excesso o ambiente, ou seja, o
concreto escolhido também irá depender do clima do local conforme a Norma de
Desempenho 15575 determina.
7

Tabela 1 – Tipos de concreto para execução da estrutura


Resistencia a
Massa específica
Tipo Descrição compressão
Kg/m³
mínima (MPa)

L1 Concreto celular 1500 a 1600 4

Concreto com agregado


L2 1500 a 1800 20
leve

Concreto com ar
M 1900 a 2000 6
incorporado

N Concreto normal 2000 a 2800 20

Fonte: Coletânea de Ativos

Há alguns retornos esperados em velocidade da obra, se cumprido o tempo e


prazos estabelecidos para a produção de um módulo (andar, casa, pavimento...).
Porém se houver descontrole na produção, a construção pode não ser tão barata
como deveria, pois, o custo da forma, sendo aluguel ou compra, aumenta conforme o
índice de produção cai.
No entanto, alguns aspectos permitem economia independentemente da
velocidade da obra. Os custos de resíduos, desperdícios e descartes de materiais
chega a quase ser nulo. Com a remoção das formas, não há resíduos de argamassas
e concreto, ou seja, não há aglomeração de entulho, além de que o processo se torna
mais controlado, consequentemente com menos erros que poderiam geram quebras
ou reserviços na estrutura. O acabamento com as formas permite eliminar etapas de
uma construção convencional. Não há necessidade de execução de massa interno
(reboco), pois o resultado final das paredes de concreto é caracterizado com aspectos
bons e positivos para se aplicar diretamente a etapa de pintura ou revestimento
cerâmico.

2.2 Alvenaria Estrutural

A construção de alvenarias com função estrutural, ou seja, que servem de


sustentação e estruturação das edificações pode ser armada ou não, dependendo das
exigências e dos elementos construtivos associados.
8

De acordo com PASTRO (2007), a vedação e a sustentação (estrutura) de um


prédio são dois papéis distintos, porém, na alvenaria estrutural, usamos apenas um
elemento que faz o papel de dois.
Conforme Carvalho et al (2015) a alvenaria estrutural é um método construtivo,
no qual as paredes são autoportantes, ou seja, têm função estrutural. Dessa forma,
fica designada da transmissão das cargas até a fundação. Diferentemente da
alvenaria convencional, na qual esta é utilizada apenas como elemento de vedação.
Não tendo que usar vigas e pilares, consegue-se reduzir ou até eliminar alguns
itens da obra, como por exemplo, madeira para caixaria, o aço, pois são usados
apenas em alguns pontos da alvenaria estrutural. (PASTRO, 2007)
Os elementos utilizados são: blocos de concreto ou cerâmicos, argamassa,
graute (concreto fino com excelente fluidez para preencher as partes vazadas dos
blocos, conferindo também aderência da armadura com os blocos) e armaduras
quando necessárias. As lajes da edificação normalmente são em concreto armado ou
protendido, podendo ser moldadas no local ou pré-fabricadas. Os projetos
arquitetônicos, estrutural, hidrossanitário, incêndio e elétrico, devem ser
compatibilizados para que não haja sobreposições ou futuras intervenções nas
paredes.
Após a definição de todos os elementos e suas passagens, é realizado um
projeto de modulação das fiadas dos blocos, com numeração e posição de cada uma
delas, no sentido horizontal (em planta baixa) e no sentido vertical (vistas das
elevações das paredes). Esse sistema construtivo é empregado em edificações de
até 08 pavimentos, quando não armada, ou superior a 20 andares no caso de usar
armaduras.

2.2.1 Definições de alvenaria estrutural

2.2.1.1 Alvenaria Estrutural Não-Armada

Segundo a ABNT NBR 15961-1 item 3.6, alvenaria estrutural não armada é “a
alvenaria na qual não há armadura dimensionada para resistir aos esforços
solicitantes”.
9

2.2.1.2 Alvenaria Estrutural Armada

Segundo a ABNT NBR 15961-1 item 3.7, alvenaria estrutural armada é “a


alvenaria na qual são utilizadas armaduras passivas que são consideradas para
resistir aos esforços solicitantes”.

2.2.1.3 Alvenaria protendida

Segundo a ABNT NBR 15961-1 item 3.8, alvenaria protendida é “a alvenaria na


qual são utilizadas armaduras ativas”.

2.2.2 Principais Elementos da Alvenaria Estrutural

2.2.2.1 Bloco De Concreto

Conforme a ABNT NBR 15961-1 item 3.1, bloco é “o elemento básico da


alvenaria”. Os limites para a resistência à compressão dos blocos estruturais, de
acordo com esta mesma norma são:
• Classe A – resistência maior ou igual a 6 MPa;
• Classe B – resistência maior ou igual a 4 MPa;
• Classe C – resistência maior ou igual a 3 MPa;
• Classe D – resistência maior ou igual a 2 MPa

Os blocos de classe A são utilizados em paredes externas, acima ou abaixo do


nível do solo, podendo ficar expostas à umidade ou condições climáticas sem receber
revestimento de argamassa enquanto os blocos de classe B são utilizados acima do
nível do solo, devendo ser revestidos para não ficar expostos à intempéries climáticas.
De acordo com Kato “o cálculo da resistência dos blocos (f bk) deve atender as
definições da norma ABNT NBR 15961 (2011), prevendo todas as ações atuantes,
tais como: permanentes, variáveis, acidentais, do vento e excepcionais”.
10

2.2.2.1.1 Tipos de blocos

A ABNT NBR 6136 – 2007 define os tipos de blocos de concreto simples para
a alvenaria, sendo eles: bloco vazado e bloco canaleta. No item 3.1 da norma define
bloco vazado como “componente da alvenaria cuja área liquida é igual ou inferior a
75% da área bruta”. No item 3.2 define bloco canaleta como “componentes da
alvenaria, vazados ou não, criados para racionalizar a execução das vergas,
contravergas e cintas”.
Conforme Désir (2010), o bloco vazado admite utilizar a passagem de fios de
instalações e também a aplicação do graute (concreto de alta plasticidade).

Imagem 4 – Família 39 e Família 29 do bloco de concreto

Fonte: Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Compõe a família 29 dois tipos básicos de blocos: o bloco B29 (14x19x29 cm)
e o bloco B14 (14x19x19). Já a família 39 é composta de três tipos básicos: o bloco
B39 (39x19 cm) e largura variável; o bloco B19 (19x19 cm) e largura variável e o bloco
B54 (54x19 cm) e largura variável.

2.2.2.1.2 Quantidade de Blocos

Conforme KATO (2013), um método para estimar a quantidade de blocos seria


através do:
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• Cálculo da área liquida de paredes;


• Cálculo da área total dos blocos canaletas;
• Determinação da área da parede sem canaletas, dada pela subtração da
área de canaletas pela área liquida de parede;
• Determinação da área total de cada tipo de bloco dada pela multiplicação da
área da parede sem canaleta pelo percentual de distribuição (tabela 2)
• Estimativa da quantidade de blocos através da divisão da área total de cada
tipo de bloco pela área de um único bloco.

Tabela 2 – Distribuição percentual de componentes de blocos estruturais, sem


considerar as canaletas
Bloco 39 Meio Bloco 34 Bloco 54 Bloco 4 Bloco 9
Componente
cm Bloco cm cm cm cm
14x39x19 14x19x19 14x34x19 14x4x19 14x4x19 14x9x19
Dimensões
cm cm cm cm cm cm
Área de um
0,08 0,04 0,07 0,11 0,01 0,02
bloco
% na alvenaria
81,8% 5,7% 6,8% 4,6% 0,8% 0,3%
estrutural
Fonte: KATO, 2013

2.2.2.2 Graute

As principais atribuições do graute são:

• Preencher blocos canaletas (U ou J) e formar cintas, vergas,


contravergas;
• Preencher os furos nas regiões com cargas concentradas elevadas ou
com cargas distribuídas sobre vãos curtos, aumentando a resistência da
parede;
• Preenchimentos dos furos dos blocos e formar pilares;
• Para preencher os furos onde tem armaduras permitindo manter a barra
no meio do furo, unindo assim a armadura com a parede. (Désir, 2010)
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Imagem 5 – Preenchimento de pilares e blocos canaletas com graute

Fonte: Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Parsekian et al (2010) recomenda as seguintes dosagens básicas de graute:

Graute fino
• 1 saco de cimento;
• Até 35 dm3 de cal;
• Até 88 dm3 de agregado miúdo;
• Até 37 litros de água
Em volume de material seco esta dosagem corresponde a um traço de 1:3 a 4

Graute grosso
• 1 saco de cimento;
• Até 35 dm3 de cal;
• Até 66 dm3 de agregado miúdo;
• Até 35 litros de água
O traço correspondente é 1:2 a 3; 1 a 2
13

2.2.2.3 Argamassa

Conforme Désir, as argamassas podem ser classificadas em função de vários


parâmetros, como: composição, processo de fabricação, tipo de uso, entre outros.
Se os constituintes básicos das argamassas são cimento, cal, areia e água,
tem-se uma variedade muito grande de possibilidades em função das proporções
adotadas para cada constituinte durante a operação conhecida como dosagem. Ainda,
é possível utilizar aditivos que permitem intervir e controlar determinadas
características de uma mistura. O maior teor de cimento corresponde maior
resistência enquanto teor maior de cal proporciona mais trabalhabilidade e mais
resiliência.
Em função das diversas situações e com diferentes requisitos ao qual a
argamassa é utilizada, têm-se classes de argamassas que atendem necessidades
específicas. A tabela abaixo mostra as exigências mecânicas esperadas das
argamassas.

Tabela 3 – Exigências Mecânicas para Argamassas


Características Identificação Limites
I ≥0.1 e < 4.0
Resistencia à compressão II ≥ 4.0 e ≤ 8.0
28dias
III >8

Normal Entre 80 e 90
Capacidade de Retenção de
Água (%) Alta > 90

A <8

Teor de Ar Incorporado (%) B Entre 8 e 18

C > 18
Fonte: Universidade Federal do Rio Grande do Sul

2.3 Habitação de Interesse Social (HIS)

O Programa Habitação de Interesse Social, por intermédio da Ação Apoio do


Poder Público para Construção Habitacional para Famílias de Baixa Renda, visa
viabilizar o acesso à moradia adequada aos segmentos populacionais de renda
familiar mensal de até 3 salários mínimos em localidades urbanas e rurais (CAIXA
ECONÔMICA FEDERAL).
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3 MATERIAIS E MÉTODOS

O estudo e análise comparativa são realizados através de experiências e


coletas de dados de construções com aplicação de estruturas de parede de concreto
moldada in loco e alvenaria estrutural. Para o desenvolvimento do estudo, utilizaremos
duas construções diferentes (A e B) de conjuntos habitacionais multifamiliares com
prédios de 4 pavimentos, sendo 4 apartamentos por andar, localizadas no interior do
estado de São Paulo.

Imagem 6 – Planta baixa da Construção “A”

Fonte: Construtora

Imagem 7 – Planta baixa da Construção “B”

Fonte: Construtora
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As estratégias para adquirir os resultados são por meio de levantamentos


mensais das planilhas com os custos e produtividades interligadas ao tempo, além de
análise prática e da execução da obra obtendo as vantagens e desvantagens.
Essas planilhas são subdivididas para análise em: quantidades de andares e/ou
m² de estrutura executados no mês, preços da mão-de-obra paga para cada método,
consumo e preços de materiais com base nas notas fiscais e nos relatórios de
compras e custos com acabamentos e itens diversos da construção.
Após o levantamento de todos os dados observados, podemos comparar as
diferenças e a viabilidade das construções. Com o fluxograma pode-se perceber as
diferentes e diversas etapas e objetivos da análise.

1 Escolha dos objetos 2 Escolha de duas 3 Levantamento de


de pesquisa, com construções (A e B) dados: custo,
base nas novas com os métodos tempo, execução,
tecnologias e na construtivos. materiais, mão de
necessidade atual obra, entre outros.

1.

6 Conclusão, com a 8 Acompanhamento


obtenção de 7 Análise dos da execução da
resultados dados obtidos em obra, analisando
comparativos e obra. vantagens e
parâmetros. desvantagens.
16

4 RESULTADOS ESPERADOS

Espera-se obter, através dos materiais e métodos a serem trabalhados, um


levantamento dos custos e prazos que cada tipo de sistema construtivo (alvenaria
estrutural e parede de concreto) possui, e suas demais vantagens e desvantagens,
para que se possa obter parâmetros que auxiliem – junto a outras tomadas de
decisões e demais características do projeto – na escolha de qual sistema melhor se
enquadra para a construção de HIS (Habitação de Interesse Social), mantendo-se a
qualidade da obra, eficiência e melhor custo.
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5 CRONOGRAMA
18

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6136: blocos vazados


de concreto simples para alvenaria - requisitos. Rio de Janeiro, 2007.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15961-1: alvenaria


estrutural - blocos vazados de concreto – Parte 1: Projeto. Rio de Janeiro, 2011.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16005: parede de


concreto moldada no local para a construção de edificações – requisitos e
procedimentos. Rio de Janeiro, 2012.

BALTOKOSKI, Patrick Luan Cardoso. Comparativo Térmico E Acústico Entre Os


Métodos Construtivos, Alvenaria Convencional E Parede De Concreto Moldada
No Local. 2015. 64 f. Trabalho de Conclusão de Curso – Universidade Tecnológica
Federal do Paraná. Pato Branco, 2015.

CAIXA ECONOMICA FEDERAL. Conceito: Habitação de Interesse Social.


Disponível em:
<http://www1.caixa.gov.br/gov/gov_social/municipal/programas_de_repasse_do_OG
U/habitacao_interesse_social.asp>. Acesso em: 16 Jun. 2017

CARVALHO, Valdinei Tadeu Alves; NETO, Álvaro Pereira do Prado; PELUSO, Edgard
de Oliveira Peluso. Alvenaria Estrutural. 2015. 59 f. Trabalho de Conclusão de Curso
– Universidade Federal de Goiás. Goiânia, 2015.

CASTRO, Alessandra L., SILVA, Fernanda B.; ARDUIM, Rachel H.; OLIVEIRA,
Luciana A.; BECERE, Osmar H. Análise da viabilidade técnica da adaptação de dados
internacionais de inventário de ciclo de vida para o contexto brasileiro: um estudo de
caso do concreto para paredes moldadas no local. In CONCRETO BRASILEIRO DE
CONCRETO CBC 2015, 57. 2015. Bonito. Anuais. Mato Grosso, 2015.

COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO: SISTEMAS À BASE DE CIMENTO. Coletânea


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aditivos.pdf>. Acesso em: 03 Maio. 2017.

DÉSIR, Jean Marie. Alvenaria Estrutural. 2010. Hipertexto. Universidade Federal do


Rio Grande do Sul, 2010. Disponível em:
<http://www.ufrgs.br/napead/repositorio/objetos/alvenaria-
estrutural/blocos_concreto.php>. Acesso em: 05 Maio. 2017

KATO, Camila Seiço. Método Para Estimar Custos Diretos da Execução de


Edifícios: Aplicação à Alvenaria Estrutural. 2013. 176 f. Dissertação (Mestrado) –
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2013.

NEMER, Pedro Curvello da Costa. Avaliação Do Sistema Construtivo Paredes De


Concreto Moldado No Local A Luz Das Normas Técnicas Vigentes. 2016. 106 f.
Especialização – Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2016
19

NORMA inédita para paredes de concreto moldadas in loco entra em vigor e promete
impulsionar uso da tecnologia em edificações. Revista Téchne. ed. 183. Dezembro,
2011. Disponível em: <http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/183/paredes-
normatizadas-norma-inedita-para-paredes-de-concreto-moldadas-287955-1.aspx>.
Acesso em 03 Maio. 2017.

PASTRO, Rodrigo Zambotto. Sistema Construtivo de Alvenaria Estrutural. 2007.


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PONZONI, Jessica. Parede de concreto moldada in loco: Verificação do


Atendimento às Recomendações da Norma NBR 16055/2012 nos Procedimentos
Executivos em Obra De Edifício Residencial. 2013. 79 f. Trabalho de Conclusão de
Curso – Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2013

SANTOS, Paulo Vitor Souza. Ações Evolutivas em Edifícios de Parede de


Concreto e de Alvenaria, considerando a Interação com o Solo. 2016. 176 f.
Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil
(Engenharia de Estruturas) – Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade
de São Paulo. São Carlos, 2016.

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