Você está na página 1de 8

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E BIOLÓGICAS


COLEGIADO DE QUÍMICA

FERNANDA TOMAL

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA: BICO DE BUNSEN

UNIÃO DA VITÓRIA
Setembro/2020
Introdução:

Esse trabalho tem como objetivo abordar o tema Bico de Bunsen trazendo ao
leitor mais conhecimento sobre esse equipamento que é muito importante, pois é
bastante utilizado em laboratórios principalmente quando se trata do aquecimento de
soluções, além disso será tratado de que maneira é utilizado, quais são as regiões
da chama que apresenta a maior temperatura e também por quem foi criado o bico
de Bunsen.

O bico de Bunsen possui diversas partes e cada parte tem uma função
diferente as quais serão apresentadas nessa pesquisa com o intuito de compreender
o melhor o funcionamento desse queimador de gás que todo laboratório possui para
o aquecimento de soluções, esterilizar pequenos objetos e polir vidrarias quebradas.

O bico de Bunsen é um equipamento indispensável quando nos referimos a


um laboratório ou a uma pesquisa cientifica, mas para utilizar esse material deve-se
ter conhecimento sobre o mesmo sobre o seu funcionamento para que não ocorra
acidentes, pois a sua chama alcança temperaturas muitos elevadas em
determinados pontos, além de possuir dois tipos de chama (luminosa e não
luminosa) cada uma possui diferentes características e é sobre tudo isso que esse
trabalho irá abordar.

A história do Bico de Bunsen:


O equipamento Bico de Bunsen foi readaptado pelo Químico alemão Robert
Wilhelm Bunsen no amo de 1811 o qual foi alterado com a intenção de expor
materiais a uma chama com uma temperatura elevada para observar a coloração
da chama durante a combustão de determinados materiais observando seu espectro
de linhas para descobrir se a substancia utilizada é pura ou uma mistura, além disso
Bunsen que apresentava alguns problemas técnicos o qual não havia encanamento
de gás e quando o encanamento foi instalado os queimadores de gás apresentaram
algumas falhasse Robert resolveu aperfeiçoar o equipamento para não ocorrer mais
erros, diferente do que pensamos o Bico de Bunsen não foi “criado” por Bunsen,
mas sim aperfeiçoado pelo mesmo, os queimadores antigos possuíam a chama
muito larga e com uma temperatura muito baixa, ao aprimorar o equipamento
adicionou-se uma peça que permitia a entrada do oxigênio na chama tornando a
combustão da chama completa elevando a temperatura e a coloração da chama.
Depois da alteração do antigo queimador de gás, Bunsen resolver criar outros
queimadores com a mesma peça que permite a entrada de oxigênio no aparelho,
porém utilizou-se materiais com maior qualidade criando assim um modelo de
queimador mais duradouro para o estudo dos espectros de linhas de algumas
substancias.

Para demonstrar melhor as partes do bico de Bunsen e a suas funções


observe a imagem a seguir:

Bico de Bunsen e suas partes (figura 1)

Biomedicina-Farmácia e Bioquímica

Entrada de gás: Encanamento o qual permite a entrada de gás no


equipamento.

Controle de gás: Essa parte tem a função de controlar a quantidade de gás a


ser queimado, aumentando ou diminuindo a chama.

Controle de ar: Permite a entrada ou não do oxigênio, quando essa peça está
tampando a entrada de ar se obtém a chama luminosa a qual a combustão do gás
não é completa resultando em uma chama mais fraca, e quando move-se a peça
para que ela se alinhe com a entrada de ar o oxigênio está presenta na chama
tornando a combustão da mesma completa sendo assim eleva a sua temperatura
essa chama é conhecida como chama não luminosa.
Tubo: É nessa região que se deve aproximar o fosforo ou o isqueiro para que
a chama se ascenda é por esse lugar que a chama sai.

Base: É a parte de baixo do equipamento, responsável por manter o mesmo


estável sem cair.

Funcionamento do Bico de Bunsen:

O bico de Bunsen funciona da seguinte maneira, primeiramente observa-se o


controle de ar e deixa fechado, liga o gás, abre o controle de gás e na parte de cima
do tubo aproxima-se um isqueiro ou um fosforo aceso, depois de tudo isso controla-
se a chama pela entrada de gás e abre-se a entrada de ar para que mude a chama
de luminosa para não luminosa.

Para manusear o bico de Bunsen é necessário ter experiência no caso de


aulas práticas o auxílio de um professor preparado é muito importante, pois o bico
de Bunsen possui uma chama azulada quase invisível chamada de chama não
luminosa ela possui altas temperaturas e como é quase invisível pode causar
acidentes. Na imagem a seguir pode-se observar a coloração quase
transparente da chama invisível.

Imagem 2: Chama não luminosa.


Fernanda Tomal 2019

Para o bico de Bunsen funcionar de maneira correta é necessário saber quais


as funções de suas peças, o queimador muito utilizado em laboratórios funciona a
base de gás (metano ou propano) assim como já citado anteriormente possui dois
tipos de chama as quais são o oposto uma da outra e essas chamas podem ser
controladas no anel do bico que possui algumas janelinhas, na imagem observa-se
que quando as janelas do queimador estão abertas a chama resultante é a não
luminosa e quando se fecha essas “janelas” se obtém a chama luminosa ou chama
de segurança pois além de ser mais visível pela sua coloração amarela a sua
temperatura é mais baixa, para desligar o bico de Bunsen fecha-se o registro do gás
abaixo da bancada e fecha-se o controle de gás do próprio bico, desligando o gás a
chama se apaga, pois não irá ter combustível para a combustão ou queima.

Regiões da chama:

A chama não luminosa possui várias regiões e em cada uma dessas regiões
há uma diferente temperatura, como podemos observar na imagem a seguir:

Imagem 3: Regiões da Chama.

Vogel- Química Analítica Qualitativa (5º edição).


Nas extremidades perto do tubo encontra-se a região (a) cujo o próprio nome
já diz que nessa parte da chama a temperatura encontrada é a mais baixa chegando
aproximadamente a mais ou menos 300ºC, pois está mais próxima à região dos
gases que ainda não entraram em combustão, no ponto (f) está localizada a zona
redutora interior é a região interna próxima ao cone azul nessa parte ocorre a
mistura dos gases utilizados com o oxigênio do ar e a sua temperatura chega a
atingir até 630ºC, a zona redutora inferior (c) está situada na parte externa do cone
azul essa parte da chama é responsável pela oxidação de substâncias que possuam
bórax, carbonato de sódio e também sal microcósmico, na região b se encontra a
parte da chama com uma temperatura mais elevada que as temperaturas anteriores,
está localização a aproximadamente um terço do comprimento da chama e a sua
temperatura chega aproximadamente até 1540ºC, depois dessa parte encontra-se a
zona redutora superior (e) que se encontra a maior temperatura da chama e está
situada na ponta do cone interno azul sendo encontrado com maior abundancia
carbono incandescente e a sua temperatura chega a 1560ºC e para finalizar as
regiões da chama será abordado sobre a zona oxidante superior (d) nessa parte da
chama é a parte que possui a maior quantidade de oxigênio sendo mais luminosa
que o restante da chama, mas não é tão quente quanto a região oxidante inferior
chegando a 1540ºC.

A Zona neutra está próxima a boca do tubo, a temperatura nessa


região é baixa comparada as outras regiões da chama.

Reações químicas que ocorrem na chama:


No bico do Bunsen ocorre a combustão de combustíveis para que haja a
chama sendo luminosa ou não é necessária que tenha alguma espécie de
combustível para que a chama não apague tão rapidamente, por esse motivo utiliza-
se o butano (C4H10) ou propano (C3H8) conhecido como gás de cozinha (GLP) ou gás
liquefeito de petróleo gerando assim a seguinte reação:

2C4H10 (g) + 5O2(g) → 4C2(g) + 10H2O (g)


Na chama a reação entre o Butano e o Oxigênio ocorre a formação de


Carbono em estado gasoso e água em estado gasoso, ou no caso do Propano:
2C3H8 (g) + 4O2 (g) → 3C2 (g) + 8H2O (g)

Quando há Propano no lugar do Butano ao reagir com oxigênio forma assim


como na reação anterior Carbono e água ambos em estado gasoso.

Referências:

MONEIRO, M. A. NARDI.R EXPERIMENTOS HISTÓRICOS NA EDUCAÇÃO


CIENTÍFICA: EXPLORANDO
ALGUMAS PONTENCIALIDADES DO BICO DE BUNSEN. Disponível em:
http://www.sbq.org.br/eneq/xv/resumos/R0527-1.pdf
Acesso em: 04/09/2020 às 16:00.

Robert Bunsen
Disponível em: https://www.portalsaofrancisco.com.br/biografias/robert-bunsen
Acesso em : 04/09/2020 às 16:30

SILVA, A.L.S. Observação do Bico de Bunsen. Disponível


em:https://www.infoescola.com/quimica/observacao-do-bico-de-
bunsen/#:~:text=Observando%20o%20bico%20de%20Bunsen,existem%20dois
%20orif%C3%ADcios%20ou%20janelas. Acesso em: 04/09/2020 às 17:00.

QUÍMICA ANALÍTICA - AULA PRÁTICA.


Disponível em: http://farmaciaebiomedicina.blogspot.com/2010/07/quimica-analitica-
aula-pratica.html . Acessado em: 05/09/2020 às 20:00.

VOGEL, A.I. Química Analítica Qualitativa. Antonio Gimeno. 5 edição.São Paulo:


Mestre Jou .1981. Páginas:156 e 157.

O BICO DE BUNSEN.
Disponível em : http://www.proenc.iq.unesp.br/index.php/quimica/300-bico-bunsen
Acesso em: 05/09/2020 às 20:22
UTILIZAÇÃO DO BICO DE BUNSEN. Disponível em:
http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/mec/6268/utilizacaodobicod
ebunsen.htm?sequence=15 Acessado em : 06/09/2020 às:21:00

MARTINEZ, M. BICO DE BUNSEN. Disponível em: /www.infoescola.com/materiais-


de-laboratorio/bico-de-bunsen/ Acesso em : 06/09/2020 às 21:45

Você também pode gostar