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Universidade do Oeste Paulista / UNOESTE

Curso – Química-Bacharelado / Disciplina – Química Geral I


Profa. Dra. Patrícia Antunes / Prof. Dr. Vinicius Marques Gomes

AULA 02 - TÉCNICAS DE LABORATÓRIO

MATERIAL:
Bico de Bunsen Funil de vidro Erlenmeyer
Tripé de ferro Tela de amianto Papel de filtro
Béquer de 150 mL Bastão de vidro 02 Tubos de ensaio
Estante para tubos Pinça de madeira Argola pequena

REAGENTES:
Solução de cloreto de bário
Solução de carbonato de sódio

1. USO DO BICO DE BUNSEN


O bico de Bunsen possuí três partes: a base ou pé, o tubo e o anel. A
base contém a entrada do gás, o orifício que injeta o gás no tubo e a rosca que
a liga ao tubo. O tubo é ligado à base pela rosca e contém janelas para a
entrada do ar que irá alimentar a combustão do gás. O anel envolve o tubo e
tem janelas correspondentes às daquele. Girando-se o anel, fazem-se coincidir
as janelas do anel com as do tubo (janelas abertas) ou fazem-se desencontrar
as janelas do anel com as do tubo. (janelas fechadas).
Quando as janelas estão fechadas o gás somente se mistura com o ar
após sair pela boca do tubo. A quantidade de ar é insuficiente para a
combustão completa do gás. Quando as janelas estão abertas, o gás se
mistura com o ar dentro do tubo. A quantidade de ar é suficiente para a
combustão completa do gás.
O bico deve ser aceso com as janelas fechadas para evitar que a chama
se recolha para o interior do bico. Quando a chama se recolhe, o bico fica
aceso no seu interior. Produz-se então forte aquecimento do tubo o que pode
acarretar em queimaduras no operador.

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A chama do bico pode ser aumentada ou diminuída pela torneira do gás.
Essa regulagem deve ser feita também com as janelas do bico fechada, para
evitar que a chama se recolha.
1. Ligar o bico de Bunsen, pelo tubo de borracha, à torneira de gás.
2. Acender o bico de Bunsen com as janelas do bico fechadas. Observar a
chama produzida pela combustão incompleta do gás.
3. Abrir gradativamente as janelas do bico. Observar as modificações
correspondentes sofridas pela chama.
4. Fechar as janelas e diminuir a chama pela torneira de gás.
A chama do bico de Bunsen, com as janelas abertas, compõe-se de três zonas:
a neutra, a redutora e a oxidante. Próximo da boca do bico fica a zona neutra,
onde ainda não se dá a combustão do gás e que é fria. Acima desta fica a zona
redutora, onde se inicia a combustão do gás, e que é pouco quente. Acima e
aos lados
5. Aumentar a chama do bico e abrir as janelas.
6. Colocar a ponta de um palito de fósforo na zona oxidante e observar a sua
rápida inflamação.
7. Colocar e retirar rapidamente, na chama do bico, um palito de fósforo, de
maneira que este atravesse a zona oxidante e a zona redutora. Observar que
somente é queimada a parte do palito que esteve na zona oxidante.

B. AQUECIMENTO DE LÍQUIDOS NO BÉQUER


Não se aquecem diretamente na chama do bico os béqueres, os erlenmeyers,
os balões, etc... estes são aquecidos através da tela de amianto, cuja função é
deixar passar o calor uniformemente e não permitir que passe a chama.
8. Colocar cerca de 50 mL de água no béquer.
9. Colocar o béquer na tela de amianto, suportada pelo tripé de ferro.
10. Aquecer o béquer com a chama forte do bico de Bunsen. Observar a
ebulição da água durante 1 minuto.

C. AQUECIMENTO DE LÍQUIDOS NO TUBO DE ENSAIO


Os tubos de ensaio com líquidos podem ser aquecidos diretamente na
chama do bico de Bunsen. A Chama deve ser média (torneira de gás aberta
pela metade e janelas abertas também pela metade). O tubo deve estar seco

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por fora, para evitar que se quebre ao aquecer. A boca do tubo deve estar
posicionada para a parede ou para uma direção em que não se encontra
ninguém. O tubo deve ser preso perto da boca, pela pinça de madeira, e
agitado brandamente para evitar o superaquecimento do líquido.
11. Colocar cerca de 5 mL de água em um tubo de ensaio.
12. Segurar o tubo próximo à boca, com pinça de madeira.
13. Aquecer a água, na chama média do bico de Bunsen, com o tubo voltado
para a parede, com inclinação de 45º e com pequena agitação, até a ebulição
da água. Manter a ebulição por 1 minuto. Retirar o tubo do fogo.

D. FILTRAÇÃO
A filtração é um processo que permite desdobrar uma mistura
heterogênea de sólido e líquido (ou de sólido e gás). O princípio do método é o
seguinte: A mistura sólido-líquido é posta sobre um material poroso (o filtro) em
que os poros são tão pequenos que permitem apenas a passagem do líquido.
As partículas sólidas ficam retidas. O filtro mais usado em laboratório é o papel
de filtro, um papel não gomado.
Na filtração simples usa-se um funil de vidro para se colocar o papel de
filtro. O papel é dobrado ao meio e em seguida novamente ao meio. Abre-se
então o papel dobrado de tal modo que fique de um lado uma folha apenas e
do outro três folhas. Consegue-se, assim, um cone que se adapta
perfeitamente ao funil. A altura do funil deve ser de cerca de 0,5 cm abaixo da
borda deste.

14. Dobrar o papel de filtro e coloca-lo no funil. Em caso de soluções aquosas,


umedecer o papel com água e ajusta-lo ao funil.
15. Colocar o funil na argola adequado, presa ao suporte de ferro. Colocar o
erlenmeyer sob o funil para receber o filtrado.
16. Colocar cerca de 50 mL de água no béquer. Juntar 2 mL de solução de
cloreto de bário. Agitar com o bastão de vidro. Observar. Lavar a pipeta e juntar
2 mL de solução de carbonato de sódio. Agitar com bastão de vidro. Observar.
17. Filtrar a suspensão formada fazendo com que escorra pelo bastão, do
béquer até o papel de filtro.

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