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Universidade do Oeste Paulista / UNOESTE

Curso – Química-Bacharelado / Disciplina – Química Geral I


Profa. Dra. Patrícia Antunes / Prof. Dr. Vinicius Marques Gomes

AULA 05 - TÉCNICAS DE FILTRAÇÃO

Título
Técnicas de filtração

Objetivo
Aprender técnicas de filtração e suas aplicações

Introdução
Filtração é a operação de separação de um sólido de um líquido ou
fluido no qual está suspenso, pela passagem do líquido ou fluido através de um
meio poroso capaz de reter as partículas sólidas. Numa filtração qualitativa e
dependendo do caso, o meio poroso poderá ser uma camada de algodão,
tecido, polpa de fibras quaisquer, que não contaminem os materiais, mas o
caso mais frequente é a utilização de um papel de filtro qualitativo.
Para as filtrações quantitativas, usa-se geralmente papel de filtro
quantitativo. Em qualquer dos casos indicados há uma grande gama de
porosidades e esta porosidade deverá ser selecionada dependendo da
aplicação em questão.

1. Filtrações comuns em laboratório: são efetuadas na aparelhagem indicada


na Figura 1, onde os elementos fundamentais são papel de filtro qualitativo e
funil comum.

2. Filtração analítica: é usada na análise quantitativa. O funil é um funil analítico


munido de um tubo de saída longa, que cheio de líquido “sifona”, acelerando a
operação de filtração.

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Figura 1 Figura 2

Os papéis filtro para fins quantitativos diferem do qualitativo,


principalmente por serem quase livre de cinzas (na calcinação), visto que,
durante a preparação, são lavados com ácido clorídrico e fluorídrico, que
dissolvem as substâncias minerais presentes na pasta de celulose. Eles
existem no mercado na forma de discos com diferentes diâmetros e com várias
porosidades. A figura 2 mostra a disposição do papel de filtro dentro do funil
comum. Há ainda outros tipos para fins especiais.
Os papéis filtro devem ser dobrados e adaptados ao funil analítico
conforme mostrado na figura 3. Na figura 3, percebe-se um corte, que é
efetuado para que haja uma melhor aderência do papel ao funil. A filtração é
feita conforme a figura 4. O precipitado que fica retido no Béquer, é removido
conforme a Figura 5.

Figura 3 Figura 4 Figura 5

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3. Filtração com funil de Buchner: é efetuada com sucção com o auxílio de uma
trompa de vácuo e kitassato, conforme mostrado na figura 6. No fundo do funil,
sobre a placa plana perfurada é adaptado o disco de papel filtro molhado,
aderido devido à sucção. A sucção acelera a filtração, especialmente para
precipitados gelatinosos. Quando o precipitado é fracamente gelatinoso, esta
operação por der melhorada substituindo-se o papel por polpa de papel de
filtro, que pode ser misturado ao precipitado.

Figura 06 Figura 07

4. Filtração a quente: quando a solubilidade permitir, a filtragem a quente é


preferível, por reduzir a viscosidade do líquido. Nas filtrações à quente, evita-se
o contato do papel de filtro com as paredes do funil que resfriam o conjunto
filtrante. Por isso, após feito o cone do papel, sua paredes são dobradas em
pregas e aquece-se previamente o conjunto com água quente. Há também
filtros com camisa de vapor e neste caso o papel de filtro é adaptado como nos
casos comuns. A figura 7 mostra como é feita a dobra do papel filtro para
filtrações à quente.

Materiais e Reagentes

Suporte universal Argola para funil Funil comum


Funil analítico (haste longa) 2 Beckers de 250mL Bastão de vidro
proveta de 50mL kitassato de 500mL Trompa de vácuo
Funil de buchner (com rolha) Cadinho de Gooch
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papel de filtro qualitativo e quantitativo
sistema de aquecimento (tripé, tela de amianto e bico de bunsen)
Solução 1 mol/L de sulfato de sódio (Na2SO4)
Solução 0,1 mol/L de cloreto de bário (BaCl 2)
Solução 0,5 mol/L de hidróxido de sódio (NaOH)
Solução 1% de cloreto de ferro (FeCl3)

Procedimento experimental

1. Misturar 100mL de solução e sulfato de sódio (Na 2SO4) com 100mL de


solução de cloreto de bário (BaCl2).
2. Filtração comum: filtrar parte da solução resultante do item anterior.
3. Filtração analítica: filtrar parte da solução resultante do item 1.
4. Filtração à vácuo, usando um funil de Buchner, kitassato e trompa de vácuo.
Filtrar o precipitado de sulfato de bário do item 1.
5. Proceder a filtração a quente.
Colocar num béquer, 10mL de FeCl 3, adicionar 20mL de NaOH. Forma-se
hidróxido de ferro (Fe(OH)3) que é um precipitado que deve ser filtrado a
quente. Dobrar o papel de filtro em pregar e adaptá-lo em um funil analítico.
Aquecer a mistura, que contém o precipitado, para diminuir a sua viscosidade.
Aquecer o sistema (papel de filtro + funil) antes da filtração, com água destilada
em ebulição.

Questões
1. Escreva sobre outros métodos para a separação de misturas.
2. Citar 5 exemplos de filtrações que podem ser efetuadas com filtros comuns.
3. Como devemos planejar uma filtragem numa análise quantitativa onde os
materiais presentes são conhecidos qualitativamente.

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