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INSTITUTO FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

CAMPUS DUQUE DE CAXIAS


LICENCIATURA EM QUÍMICA

TÉCNICAS DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS


HOMOGÊNEAS E HETEROGÊNEAS
QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL – II PERÍODO

BERNARDO VANNI FARIAS


PEDRO HENRIQUE FELIX SALES DA SILVA
SAMUEL LUGÃO SOUZA DA SILVA

Duque de Caxias, novembro de 2022


RESUMO

Está aula teve como objetivo, averiguar as diferenças entre as técnicas de


separação de misturas homogêneas e heterogêneas através de processos
experimentais; fazendo com que fosse possível entender a importância da variedade
de técnicas, assim tornando os discentes capazes de reconhecer em forma mais
apropriada para efetuar uma determinada separação. Na averiguação das técnicas
laboratoriais foi possível observar a diferença entre velocidade e precisão dos
métodos utilizados.
SUMÁRIO

1.Introdução...........................................................................................pág.4
2.Objetivo...............................................................................................pág.5
3. Materiais e reagentes........................................................................pág.6
4. Procedimento experimental..............................................................pág.8
5. Resultados e discussão....................................................................pág.11
6.Conclusão............................................................................................pág.14
7.Questionário........................................................................................pág.15
8. Referências bibliográficas.................................................................pág.17
1. INTRODUÇÃO

Cada mistura requer um tipo especifico de separação, assim, é


necessário entender como cada separação funciona. Foram utilizadas as
seguintes técnicas de separação: centrifugação, decantação, filtração simples,
filtração a vácuo, cromatografia e destilação simples.
A utilização da centrifugação e da decantação, ocorre para que haja
separação de misturas heterogêneas (sólido-líquido e líquido-líquido), por meio
da sedimentação dos líquidos indissolúveis, considerando as diferentes
densidades, sendo a disparidade entre os métodos a velocidade do processo, a
centrifugação ocorre com maior rapidez, por conta da alta rotação da
centrífuga, enquanto a decantação é realizada sob a ação da força da
gravidade.
A diferença entre a filtração simples e a filtração a vácuo, consiste num
processo de separação de misturas sólido-líquido, para que os resíduos a
serem separados fiquem retidos no papel filtro (barreira), a filtração a vácuo
atua como um acelerador do processo, ocorrendo a rarefação do ar abaixo do
filtro, sendo realizada em um recipiente próprio para realização do processo.
Já a cromatografia, é uma técnica de separação de mistura que consiste
na distribuição dos componentes de uma mistura entre fluidos e um
absorvente, seja essa separação para identificá-los ou quantificá-los em
procedimentos complementares. Foi possível observar também por uma forma
demonstrativa realizada pelo docente, o experimento de separação por meio da
destilação simples.
O presente trabalho buscou diferenciar as técnicas de separação de
misturas heterogêneas e homogêneas através de experimentos laboratoriais
com os materiais necessários.
2. OBJETIVO

• Compreender as diversas técnicas de separação;

• Separar os componentes de misturas homogêneas e misturas heterogêneas;

• Ser capaz de identificar a técnica mais apropriada para efetuar a separação.


3. MATERIAIS E REAGENTES

CENTRIFUGAÇÃO X DECANTAÇÃO:

-2 tubos de ensaio
-Cloreto de ferro (III)
-Hidróxido de sódio
-Centrífuga
-Água

FILTRAÇÃO SIMPLES X FILTRAÇÃO A VÁCUO:

-2 tubos de ensaio
-Cloreto de ferro (III)
-Hidróxido de sódio
-Baqueta
-Papel filtro
-Béquer 50mL
-Funil
-Baqueta
-Suporte

DECANTAÇÃO:

-Funil de decantação (funil de bromo)


-Suporte
-Água deionizada
-Óleo vegetal
-Bastão de vidro
-Béquer 25mL
-Béquer 100mL
-Béquer 250mL
CROMATOGRAFIA:

-3 tiras de papel filtro


-3 canetinhas hidrocor com cores diferentes
-Álcool
-Béquer 25mL
-Vidro de relógio

DESTILAÇÃO SIMPLES:

-Água
-Manta de aquecimento
-Balão volumétrico
-Condensador
-Filtro receptor
-2 Garras
-Macaco de tesoura de laboratório
-Pérolas de vidro
-Sulfato de cobre
-2 Suportes
-Termômetro
-Rolha
-2 mangueiras
-Béquer de 50 mL
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

4.1 CENTRIFUGAÇÃO X DECANTAÇÃO

Separou-se dois tubos de ensaio e de forma cuidadosa transferiu-se


para cada tubo 1mL de cloreto de ferro (III) 0,1mol.L -1 e 1,0 mL de hidróxido de
sódio 0,1mol.L-1. Para que não ficasse precipitado na parede do tubo, em
seguida homogeneizou-se, após isso um dos tubos foi colocado em posição
vertical para o processo de decantação e o outro foi colocado na centrifuga em
baixa rotação junto a um tubo com 2 mL de água, para que ao final do
processo, os resultados do experimento fossem observados.

4.2 FILTRAÇÃO SIMPLES X FILTRAÇÃO A VÁCUO

Separou-se dois tubos de ensaio e de forma cuidadosa adicionou-se 2,0


mL de cloreto de ferro (III) 0,1mol.L-1 em cada tubo e 2,0 mL de hidróxido de
sódio 0,1mol.L-1 para que não ficasse precipitado na parede do tubo, em
seguida homogeneizou-se, e então separou-se o precipitado do tubo 1 por
filtração simples. Para a segunda parte do experimento um papel filtro foi
dobrado e colocado sobre um funil, em seguida o papel foi umedecido para
facilitar a aderência ao filtro. Após isso, utilizando uma bomba de vácuo
encaixou-se o funil no kitassato e acoplou-se a mangueira de látex no kitassato
e na bomba de vácuo, logo após isso, filtrou-se a solução.
4.3 DECANTAÇÃO

Foi feita a montagem do aparato mostrado na figura 1. Na montagem


prendeu-se um funil de decantação com uma garra, e logo abaixo do funil
colocou-se um béquer de 25 mL. No funil introduziu-se água e óleo, após esse
processo, tampou-se e agitou-se a ampola de decantação, após isso foi preciso
aguardar o processo de decantação para abrir a torneira, deixando escoar a
fase mais densa para o interior de um béquer. Após isso recolheu-se a
interfase (região limite entre as duas fases) em um pequeno béquer,
desprezando-a, feito isso, deixou-se escoar a fase menos densa, recolhendo-a
em um terceiro béquer.

Figura 1: sistema de decantação. Foto retirada da apostila disponibilizada pelo

Docente.

4.4 CROMATOGRAFIA

Cortou-se 3 tiras de papel filtro no formato de um retângulo de


aproximadamente 1 cm por 8, após cortar as tiras, foi desenhado com
canetinha hidrocor de cores diferentes para cada papel, uma pequena bola, a
uma altura de 1 cm da borda do papel. Separou-se um béquer com álcool
preenchido até uma altura de 0,5 cm, colocando os papeis dentro do béquer,
de modo com que as bolinhas pintadas ficassem próximas ao álcool, sem tocá-
lo. Após isso tampou-se o béquer com o vidro de relógio e aguardou-se alguns
minutos.
4.5 DESTILAÇÃO SIMPLES (DEMOSTRATIVO)

Montou-se o aparato necessário para a realização da pratica (mostrado


na figura 2), e em seguida adicionou-se 100 mL de sulfato de cobre, e pérolas
de vidro no balão volumétrico, colocando-o na manta de aquecimento (100°C),
para assim observar a separação da mistura.

Figura 2: Sistema de destilação simples. Foto retirada da apostila


disponibilizada pelo docente
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

5.1 CENTRIFUGAÇÃO X DECANTAÇÃO

Nesta prática foi possível observar a separação de mistura heterogênea.


E teve como um dos principais pontos a compreensão dos cuidados com a
centrifuga, sendo necessário realizar balanceamento da máquina para não
danificá-la. A separação da mistura de cloreto de ferro (III) e hidróxido de sódio
em ambas práticas, ocorre pela diferença de densidade, sendo a principal
contraposição entre a decantação e a centrifugação a velocidade do processo,
pois enquanto a decantação foi posta em posição vertical utilizando a força da
gravidade para ocorrer a separação, a centrifugação utiliza a força centrífuga,
assim acelerando o processo.

5.2 FILTRAÇÃO SIMPLES X FILTRAÇÃO A VÁCUO

Nesta pratica foi realizada a filtração da mistura de cloreto de ferro (III) e


hidróxido de sódio, utilizando dois métodos diferentes de filtração. Na filtração
simples foi posto papel filtro dobrado, logo em seguida, umedecendo-o para
realizar a separação da mistura. O papel filtro serviu de barreira para reter as
substâncias sólidas da mistura, sendo assim sua velocidade de processo lenta
em comparação a filtração a vácuo, que por sua vez, demostrou o mesmo
resultado com diferença na velocidade, que ocorre por meio da diminuição da
pressão interna, fazendo com que crie um ambiente com pressão negativa
(como mostrado na figura 3), assim aumentando a velocidade do escoamento
do fluído.
Figura 3: sistema de filtração à vácuo. Foto retirada da apostila disponibilizada
pelo docente.

5.3 DECANTAÇÃO

Introduziu-se no funil água e óleo, após esse processo, a ampola de


decantação foi tampada e agitada. Em seguida foi preciso aguardar o processo
de decantação para abrir a torneira, assim foi possível observar a separação de
fases da mistura de água é óleo. A seguir retirou-se a água que se encontrava
no fundo; por ser mais densa, tomando cuidado para não escoar a interfase
(região limite entre as duas fases), depois de retirar a interfase para um béquer
separado, foi retirado o óleo. Na prática porém foi utilizado um óleo que estava
contaminado, assim fazendo com que a mistura entre a água e o óleo ficasse
com uma coloração esbranquiçada, dificultado a visualização da separação.
5.4 CROMATOGRAFIA

Cortou-se 3 tiras de papel filtro na forma de um retângulo de


aproximadamente 1 cm por 8, após cortar as tiras, foi desenhado com
canetinha hidrocor de cores diferentes para cada papel, uma pequena bola, a
uma altura de 1 cm da borda do papel. Em seguida colocou-se as tiras de
papel no béquer de 25 mL preenchido com álcool dentro, observando o álcool
subir pelas tiras, assim chegando até a tinta e mudando a cor da canetinha
roxa, para rosa e azul, a canetinha laranja só criando um rastro, canetinha azul
perdendo a cor. Isso ocorre porque alguns corantes interagem de uma forma
mais forte com o solvente (que está em movimento, se espalhando pelo papel),
já outros interagem melhor com o papel (que está parado).

5.5 DESTILAÇÃO SIMPLES (DEMOSTRATIVO)

Deu-se a necessidade da utilização da destilação simples por se tratar


de uma mistura homogênea (água com o sulfato de cobre), a qual a fonte de
calor (manta) transmitia energia para a solução, onde a água entra em estado
de ebulição passando para fase gasosa. Em seguida o vapor de água se
espalha, passando pelo condensador, onde ali ocorre a troca de calor,
condensando a água no estado gasoso para o líquido. A água no estado
líquido escoa pelo condensador para sair no béquer. Foi possível observar que
a água presente no béquer estava pura, ou seja, sem nenhum sal ou qualquer
mineral presente na água, apresentando um estado transparente.
6. CONCLUSÃO

A realização das diversas práticas fez com que fosse possível observar
a importância das diferentes técnicas de separação de misturas. Por exemplo,
nas práticas: centrifugação x decantação; e filtração simples x filtração a vácuo,
foi possível fazer a separação de uma mesma mistura em duas maneiras
diferentes em cada um dos experimentos, averiguando assim, qual seria a
forma mais eficaz. A exemplificação de cada uma das técnicas em práticas
diferentes, fez com os discentes pudessem adquirir um conhecimento
específico. Assim, tornando-os capazes de identificar a técnica mais apropriada
para efetuar uma separação em ambiente laboratorial.
7. QUESTIONÁRIO

1 - Qual técnica de separação é utilizada para separar as substâncias


presentes no petróleo? Cite pelo menos duas substâncias e forneça seus
respectivos pontos de ebulição.

É utilizado a destilação fracionada, porém a indústria do petróleo utiliza


métodos com vasos separados que separam o óleo de água e outras
impurezas, como mostrado na figura 4. A água vai para um tratamento
enquanto o petróleo é distribuído em diversas seções com pressões e
temperaturas variadas, para assim, retirar o produto do óleo de forma mais
eficiente. O GLP é um dos primeiros a entrar em ebulição com 50°C, em
seguida vem a gasolina com 120°C.

Figura 4: fluxograma do processo primário de fluidos. Imagem retirada da


bibliografia 8.4

2 - O tipo de dobradura do papel-filtro influência no processo de


filtragem? Explique.

Sim, pois dependendo do tipo de dobradura a área de filtração pode ser maior
ou menor, assim aumentando ou diminuindo a eficiência do processo, sendo
assim, quanto maior a dobradura, menor será a permeabilidade, ou seja, mais
resistência pro líquido passar.
3 - Por que a água passa no sentido inverso no condensador no processo
de destilação? Explique.

É necessário inverter para garantir que antes que a água saia ela preencha o
condensador por completo.

4 - Uma mistura homogênea pode ser separada por decantação?


Explique.

Não, pois a decantação é utilizada para separação entre substâncias com


características heterogêneas do tipo sólido-líquido e líquido-líquido, com base
na diferença de densidade e na imiscibilidade dos componentes da mistura.
8. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

8.1- Etchepare, Ramiro Gonçalves Etchepare. Filtração, [S.L]. Páginas 2 – 49,


Acesso em: 08/11/2022. Disponível em:
https://ufprvirtual.ufpr.br/pluginfile.php/552271/mod_resource/content/1/Aula%2
0de%20Filtra%C3%A7%C3%A3o.pdf.

8.2-
Filtração simples – 2012 – Acesso em: 08/11/2022
link:http://labiq.iq.usp.br/paginas_view.php?idPagina=4&idTopico=68#.Y2mzcH
bMIkk

8.3- Guilherme Breancini. Filtração da Cerveja: Descrição, Equipamentos e Estudos


de Casos. Uberlândia - MG, Número do Volume, Páginas 10 – 49, 2018. Acesso
em: 08/11/2022. Disponível em:
https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/28419/1/Filtra%C3%A7%C3%A3
oCervejaDescri%C3%A7%C3%A3o.pdf

8.4-THOMAS, José Eduardo Thomas. Fundamentos de Engenharia do


Petróleo. Rio de Janeiro. Editora Interciência, 2001. fundamentos de
engenharia do petróleo.

8.5- Giselle Blois. Substâncias e suas propriedades. [S.L.], Páginas 2-15.


Acesso em: 08/11/2022. Disponível em:https://qcon-assets-
production.s3.amazonaws.com/slides/materiais_de_apoio/5285/40b0b1153c78
3bdaca2444230a915998a01dfcaa.pdf

8.6- LANÇAS, Fernando M. Lanças. A Cromatografia Líquida Moderna e a


Espectrometria de Massas: finalmente “compatíveis”?. Universidade de São
Paulo, v.1, n.2, Páginas 1-60, 2009. Acesso em:08/11/2022. Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1696543/mod_resource/content/1/Lan
%C3%A7as%2C%20SC%2C%202009%20-%20v1n2a4%20-%20MS.pdf

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