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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO DE CIÊNCIA EXATAS


Departamento de Química

RELATÓRIO

MISTURAS E SEPARAÇÃO DE MISTURAS

Nomes dos alunos: Daniel Verneck Telarolli, Marcelly Caroline Vicente da Silva, Sarah
Kateelin Conceição Trindade e Yohana de Freitas Elias

Relatório acadêmico do Curso de


Graduação de Química
apresentado como parte das
exigências da disciplina de
Química Geral Experimental I, sob
orientação da professora Marta
Albuquerque Machado.

Vitória
Julho/2022
2

SUMÁRIO
1. Introdução …………………………………………………………………….. 3
2. Objetivos ……………………………………………………………………… 5
3. Materiais e Métodos ………………………………………………………….. 6
4. Resultados e Discussão ……………………………………………………….. 9
5. Conclusão ……………………………………………………………………. 16
6. Bibliografia …………………………………………………………………... 17
3

1) INTRODUÇÃO
Dentre as várias contribuições que a química pode oferecer para a humanidade, o feito
de misturas e a separação das mesmas estão entre elas. A necessidade da separação de
componentes de misturas surge frequentemente, tanto na ciência quanto no dia a dia.
Dito isso, no experimento 5 foi instruído a separação de misturas homogêneas e
heterogêneas, para maior compreensão das técnicas que são empregadas no laboratório
de química.
Quando se juntam diferentes substâncias e não ocorre qualquer reação química entre elas, forma-se
aquilo que se designa por mistura. Se da adição resultar a formação de apenas uma fase onde não se
consiga distinguir nenhuma das substâncias (a olho nú, a microscópio ou por centrifugação), a mistura
diz-se homogênea e designa-se por solução. Caso formem duas ou mais fases que sejam distinguíveis,
então a mistura designa-se heterogênea. Existe, ainda, um terceiro tipo de misturas denominado coloidal,
onde as substâncias não se dissolvem (como nas soluções), mas formam antes uma suspensão
aparentemente homogênea devido ao tamanho das partículas ser demasiadamente pequenas e, por isso,
também não se enquadrar na categoria de misturas heterogêneas. A classificação das misturas baseia-se
na dimensão das partículas da substância dispersa:
● Mistura Homogênea: < 10 - 9 m (1 nm)
● Mistura coloidal: entre 10 - 9 e 10 - 6 m (entre 1 nm e 1 mm)
● Mistura Heterogênea: >10 - 6 m (1 nm)
As misturas coloidais são, frequentemente, classificadas quer como homogêneas, quer como
heterogêneas, conforme sua aparência. São exemplos de misturas coloidais o sangue, o leite, a espuma, a
maionese, a gelatina, o fumo, as nuvens, o nevoeiro. [1]

Usam-se as técnicas de separação de misturas para os mais diversos fins, desde a


engenharia química, passando pelo petróleo e química analítica. Para as misturas
homogêneas podem ser usadas técnicas como a destilação, absorção gasosa, extração,
cristalização, absorção, etc. Já para as misturas heterogêneas, podemos destacar
principalmente a filtração, decantação e a sedimentação. Alguns destes métodos estão
descritos abaixo:

Destilação simples: A destilação simples é responsável por separar a mistura de sólidos e líquidos de
acordo com o ponto de ebulição. Nesse método, a solução é aquecida em um balão de vidro até que o
líquido entre em ebulição. O vapor formado passa pelo interior de um condensador, que é resfriado por
água, e condensa-se sendo recolhido em um outro recipiente.[2]

Imagem 1 - Sistema de Destilação Simples


4

Fonte: O próprio autor

Decantação: Em uma mistura heterogênea sólido/líquido, a fase mais densa tende a ocupar a posição
inferior, enquanto a menos densa fica por cima. Uma maneira de separar o sólido do líquido é a utilização
de um recipiente e esperar a parte mais densa decantar no fundo. Após essa deposição, transfere-se a parte
superior para outro recipiente inclinando cuidadosamente o frasco que se encontra na mistura.[2]

Imagem 2 - Sistema de Decantação

Fonte: O próprio autor.

Filtração Simples: A filtração é utilizada para a separação de misturas entre sólido e líquido e apresenta
uma maior eficiência do que o processo de decantação. Essa técnica consiste em verter a mistura sobre
uma superfície porosa apropriada, o filtro, geralmente utiliza-se o papel de filtro. Esse filtro permite a
passagem da fase líquida mas não permite que a fase sólida do sistema ultrapasse seus poros, o que
promove a separação de ambas as fases.[2]

Imagem 3 - Sistema de Filtração Simples


5

Fonte: O próprio autor.

Filtração a Vácuo: Caso a filtração simples seja demorada para uma determinada mistura, utiliza-se o
processo de filtração a vácuo que acelera a filtração. Nesse processo, o papel de filtro é ajustado em um
funil apropriado chamado de funil de Bücher que se conecta a um frasco especial chamado de kitassato,
que por sua vez, está ligado a uma trompa de água que promove o vácuo no interior do kitassato.[2]

Imagem 4 - Sistema de Filtração a Vácuo

Fonte: O próprio autor.

2) OBJETIVOS
Dentre os objetivos desta aula, estavam presentes os seguintes: adquirir conhecimento
teórico e prático acerca das substâncias, misturas e seus tipos, além de conhecer os
métodos de separação e aplicá-los adequadamente para cada tipo de mistura. Além
disso, buscou-se entender as diferenças entre misturas heterogêneas, homogêneas e
6

coloidais. Dito isso, ressalta-se a importância de se classificar as misturas a partir das


metodologias empregadas.

3) MATERIAIS E MÉTODOS
3.1) Materiais
● 4 béqueres de 50 mL;
● 4 béqueres de 100 mL;
● 4 provetas de 50 mL;
● 3 espátulas;
● 1 funil de vidro;
● 1 funil de Büchner;
● 1 funil de decantação;
● Papel de filtro
● 3 bastões de vidro;
● 3 Erlenmeyer de 250 mL;
● 1 Kitassato de 250 mL;
● 1 suporte universal;
● Argola com mufa
● Bomba de filtração a vácuo;
● Balança;
● Manta elétrica;
● Sistema de destilação simples;

3.2) Reagentes
● Água destilada;
● Enxofre em pó;
● Álcool etílico;
● Gelo;
● Sulfato de sódio (Na2SO4) [0,5 mol/L];
● Cloreto de cálcio (CaCl2) [0,5 mol/L].

3.3) Metodologia
PARTE A - MISTURAS
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1° PROCEDIMENTO: Em uma proveta de 50 mL mediu-se o volume de 20 mL de


água destilada e, em seguida, transferiu-se o volume para um béquer de 50 mL. Após
isso, foi adicionado 1 cubo de gelo;

2° PROCEDIMENTO: Mediu-se, novamente, em uma proveta de 50 mL o volume de


20 mL de água destilada e transferiu-se o volume para um béquer de 50 mL. Com o
auxílio de uma espátula de metal, verteu-se uma pequena quantidade de NaCl no béquer
contendo a água destilada e, em seguida, solubilizou-se a mistura com o auxílio de um
bastão de vidro;

3° PROCEDIMENTO: Novamente, mediu-se o volume de 20 mL de água destilada em


uma proveta de 50 mL e, em seguida, transferiu-se o volume para um béquer de 50 mL.
Logo após, mediu-se 10 mL de álcool etílico em uma proveta de 50 mL e verteu-se tal
volume no béquer contendo a água destilada;

4° PROCEDIMENTO: Finalmente, mediu-se em uma proveta de 50 mL o volume de 20


mL de água destilada e transferiu-se o volume novamente para um béquer de 50 mL.
Em seguida, em outra proveta de 50 mL, mediu-se o volume de 10 mL de óleo, após
isso, verteu-se o óleo no béquer contendo a água destilada.

PARTE B - SEPARAÇÃO DE MISTURAS HETEROGÊNEAS


B.1: Com o funil de decantação devidamente posicionado no suporte universal e na
argola, verteu-se o conteúdo do béquer do procedimento 4, parte A, no funil e, em
seguida, completou-se o volume com 10 mL de óleo para que ficasse na proporção
correta (2 x 2);
B.2: Tampou-se o funil e o agitou levemente, a fim de homogeneizar a mistura;
B.3: Abriu-se a tampa do funil e aguardou até que a mistura obtivesse novamente duas
fases definidas;
B.4: Abriu -se a torneira do funil vagarosamente até que a linha que tornava nítida as
duas fases desaparecesse e, com o auxílio de um béquer abaixo do funil, captou-se as
duas fases da mistura separadamente.

PARTE C - SEPARAÇÃO DE MISTURAS


8

C.1: Com o auxílio do suporte universal e do anel para funil, montou-se a estrutura para
a recepção do funil de vidro;
C.2: Apoiou-se o funil de vidro na estrutura montada e colocou-se um béquer abaixo do
funil para captar o filtrado;
C.3: A fim de obter um cone, dobrou-se o papel de filtro duas vezes e o abriu em uma
das abas;
C.4: Colocou-se o cone formado pelo papel de filtro no interior do funil de vidro e, em
seguida, molhou-se o papel de filtro a fim de fixá-lo no funil e ambientá-lo para o
procedimento a seguir;
C.5: Em um béquer de 100 mL misturou-se o volume de 20 mL de água destilada e uma
espátula de enxofre;
C.6: Com o auxílio de um bastão de vidro, agitou-se a mistura e observou-se o aspecto
formado;
C.7: Com o auxílio do bastão de vidro, aos poucos despejou-se a mistura no funil,
sempre agitando o conteúdo do recipiente para que o máximo de precipitado fosse
filtrado.

PARTE D - SEPARAÇÃO DE MISTURAS HETEROGÊNEAS (FILTRAÇÃO A


VÁCUO)
D.1: Mediu-se 50 mL da solução de sulfato de sódio (Na2SO4) [0,5 mol/L] em uma
proveta de 50 mL e, em seguida, transferiu-se o volume para um Erlenmeyer de 250
mL;
D.2: Mediu-se 50 mL da solução de cloreto de cálcio (CaCl2) [0,5 mol/L] em uma
proveta de 50 mL e transferiu-se o volume para o Erlenmeyer utilizado no procedimento
anterior e aguardou-se por 10 minutos até que a reação ocorresse;
D.3: Conectou-se o funil de Büchner a um Kitassato de 250 mL com o auxílio de uma
borracha de vedação (este não é o nome oficial e foi utilizado apenas para referenciar) e,
em seguida, foi conectado a uma bomba de vácuo;
D.4: Recortou um papel de filtro até que ele encaixasse perfeitamente ao funil de
Büchner e, após isso, pesou-se o papel de filtro;
D.5: Com o auxílio de um bastão de vidro, transferiu-se os produtos os produtos da
reação do procedimento D.2 para o funil de Büchner e, em seguida, iniciou -se o
processo de filtração a vácuo;
9

D.6: Após a filtração, recolheu-se o papel de filtro contendo o precipitado e o mesmo


foi levado à estufa por 1 hora a 120° C. Após isso, pesou-se novamente o papel de filtro,
agora contendo o precipitado.

PARTE E - SEPARAÇÃO DE MISTURAS HOMOGÊNEAS (DESTILAÇÃO


SIMPLES)
E.1: Pegou-se uma amostra de 100 mL do filtrado da parte anterior (Parte D) e o
transferiu para um balão de fundo redondo;
E.2: Com o equipamento de destilação simples devidamente montado, o balão de fundo
redondo foi inserido na manta elétrica a fim de aquecer o conteúdo do balão de fundo
redondo;
E.3: Esperou-se até que o processo de destilação ocorresse, a fim de que a solução a ser
destilada mudasse de estado físico e sofresse condensação.

4) RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1) Resultados Experimentais A
O experimento A teve como objetivo analisar quantas fases e quais fases tiveram as
misturas feitas. Tais resultados estão representados na Tabela 1:

Tabela 1 - Número de Fases e Classificação das Misturas

Fonte: Roteiro do Experimento 05 (adaptação)

1° PROCEDIMENTO: A mistura do gelo na água é uma mistura heterogênea pois


possui duas fases (bifásica), entretanto, possui apenas um componente: a água (no
estado líquido e sólido). Dito isso, podemos concluir que uma única substância em
diferentes estados físicos podem formar uma mistura heterogênea;
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Imagem 5 - Mistura água destilada + cubo de gelo

Fonte: O próprio autor.

2° PROCEDIMENTO: Quando foi misturado o sal à água, foi observado apenas uma
fase, ou seja, uma mistura homogênea, isso porque:
O sal é formado por átomos de sódio (Na) e cloro (Cl) que se ligam por meio de ligações iônicas, em que
o sódio doa definitivamente um elétron para o cloro, formando íons Na+ e Cl-. Como esses íons possuem
cargas opostas, eles se atraem e se mantêm unidos (Na+Cl-).Assim, na presença de água, a parte positiva
do sal, que é o cátion Na+, é atraída pela parte negativa da água, que é o Oxigênio, e a parte negativa do
sal (ânion Cl-) é atraída pela parte positiva da água (H+). Consequentemente, a união Na+Cl- é desfeita,
solubilizando o sal na água.[3]

Imagem 6 - Mistura água destilada + NaCl

Fonte: O próprio autor.

3° PROCEDIMENTO: Após a mistura entre a água e o álcool etílico, foi observada


apenas uma fase, ou seja, uma mistura homogênea.
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Isso porque, dentro das moléculas de cada uma dessas duas substâncias existe um átomo de hidrogênio,
formando o grupo OH. Nesse par, o H possui uma carga positiva e o O uma carga negativa. Quando a
água é misturada com o álcool, o hidrogênio de uma molécula de um deles se junta ao oxigênio da
molécula do outro e vice-versa, já que as cargas opostas se atraem.[4]

Imagem 7 - Mistura água destilada + álcool etílico

Fonte: O próprio autor.

4° PROCEDIMENTO: Após a mistura da água do óleo, foi notório 2 fases, ou seja,


uma mistura homogênea. Tal fato ocorre porque:
A água é uma molécula polar e o óleo é uma molécula apolar - essas propriedades fazem com que haja
uma repulsão entre as duas substâncias, haja vista que substâncias polares dissolvem substâncias polares e
o mesmo se aplica às substâncias apolares. A água é uma molécula polar feita de dois átomos de
hidrogênio e um átomo de oxigênio. Os óleos são moléculas apolares e orgânicas, que, quando entram em
contato com a água, preferem ficar juntas e não se dissolver.
Isso ocorre porque as moléculas de água têm cargas opostas - de um lado existe uma carga negativa e
do outro, uma positiva. As cargas permitem que essas moléculas façam ligações de hidrogênio, que faz
com que elas se misturem com outras moléculas polares. O óleo, por sua vez, é uma molécula orgânica,
logo, não consegue formar essas pontes e, por isso, não se misturam à água.[5]

Imagem 8 - Mistura água destilada + óleo de soja


12

Fonte: O próprio autor.

4.2) Resultados Experimentais B


Neste procedimento, utilizou-se a técnica de decantação, que leva em consideração a
diferença de densidades. No funil de decantação, o sistema água destilada e óleo de soja
formou uma mistura heterogênea.
Devido a diferença de densidades entre os dois componentes, a água que possui, aproximadamente, 1,0
g/cm3 ficou depositada na fase inferior e o óleo de soja que possui densidade igual a, aproximadamente,
0,91 g/cm3 ficou depositado na fase superior da mistura, haja vista que o mesmo possui densidade menor
do que a água.[6][7]
Em tal etapa percebeu-se uma emulsão, isto é, são sistemas heterogêneos, termodinamicamente
instáveis, definidos como a mistura de duas fases líquidas imiscíveis (dispersão). Disto isto, partículas de
água ficaram dispersas no óleo após a agitação do funil. Finalmente, tal resultado era esperado, uma vez
que, quanto maior a agitação da mistura, mais partículas de água ficarão dispersas na fase do óleo.[8]

Imagens 9 e 10 - Processo de Decantação da mistura água destilada + óleo


13

Fonte: O próprio autor.

4.3) Resultados Experimentais C


Ao tentar misturar o enxofre à água, observou-se que o mesmo não dissolvia em água,
formando assim uma mistura heterogênea de duas fases.
Uma explicação plausível para este fenômeno é a classificação da substância em polar ou apolar. Pela
regra da solubilidade, semelhante dissolve semelhante, ou seja, substâncias polares dissolvem substâncias
polares e substâncias apolares dissolvem substâncias apolares.[9]

Neste caso, a água é uma substância polar e o enxofre uma substância apolar e, com
isso, podemos justificar a não solubilidade do enxofre na água.

Imagem 11 - Mistura água destilada + enxofre

Fonte: O próprio autor.

Durante o processo de filtração, pode-se observar nitidamente a eficácia do método de


separação aplicado, uma vez que o precipitado ficou inteiramente retido no papel de
filtro e o filtrado ficou depositado no interior do recipiente coletor, neste caso, um
béquer de 100 mL.

4.4) Resultados Experimentais D


Após aguardar por 10 minutos até que a reação ocorresse, observou-se duas fases ,
uma líquida e uma sólida . A líquida sendo uma solução de NaCl e a sólida CaSO4. Ou
seja, a mistura que inicialmente havia apenas uma fase, já que foram misturados
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volumes iguais de solução de cloreto de cálcio e sulfato de sódio, agora passou a possuir
duas fases.

Imagem 12 - Fases da mistura NaSO4(aq) + CaCl2(aq)

Fonte: O próprio autor.

Tal reação pode ser equacionada da seguinte forma:


2NaSO4(aq) + CaCl2(aq) → Na2Cl2(aq) + CaSO4(s)
Observando a equação é possível deduzir que se trata de uma reação de dupla troca,
onde o cátion do NaSO4 se liga ao ânion do CaCl2 e vice-versa.
Além disso, após a passagem pela estufa, ficou nítida a formação do sulfato de cálcio
(CaSO4).

Imagem 13 - Sulfato de Cálcio após 1 hora na estufa.


15

Fonte: O próprio autor.

4.5) Resultados Experimentais E


Como dito anteriormente, a destilação simples consiste em aquecer uma solução
contendo substâncias com diferentes pontos de ebulição a fim de que, aquela que
possuir a menor temperatura de ebulição, evapore passando pelo condensador e
tornando-se líquido novamente.
É exatamente isso que ocorre neste procedimento. A solução de NaCl obtida a partir
da filtração a vácuo do experimento anterior é aquecida através do sistema de destilação
simples. A água que possui como ponto de ebulição 100° C evapora primeiro que o
NaCl (que possui ponto de ebulição em 1.465° C), formando assim o vapor d’água que
passa pelo condensador sendo resfriado e tornando-se líquido novamente é depositado
no frasco receptor que, neste caso, é o Erlenmeyer de 250 mL.
Sobretudo, o resultado deste método de separação transforma uma mistura que antes
havia apenas uma fase, em duas fases diferentes, uma líquida (água destilada) e outra
sólida (NaCl) que ficam depositadas no Erlenmeyer e no balão de fundo redondo,
respectivamente.

Imagem 14 - Formação do precipitado da solução de NaCl


16

Fonte: O próprio autor.

5) CONCLUSÃO
Este trabalho alcançou o seu objetivo geral que foi compreender, não só a diferença
entre misturas, mas entender o que gera as mesmas.
O experimento A analisou uma série de misturas e notou-se que uma única substância
pode formar uma mistura heterogênea, basta que estejam em estados físicos diferentes.
Além disso, tornou-se possível comprovar na prática que elementos com cargas opostas
tendem a se atrair, assim,formando misturas homogêneas ou novas substâncias de duas
fases, como notado no experimento D. Como demonstrado no experimento C,
substâncias polares e apolares não concebem misturas heterogêneas, uma vez que não
são semelhantes e por isso não é possível solubilizar uma à outra.
No processo de decantação da água e do óleo, percebeu-se que, após a agitação, as
partículas de água ficaram dispersas na fase do óleo, tal fator demonstra que, apesar da
formação de duas fases nítidas, pode ocorrer que pequenas partículas de ambas as
substâncias fiquem dispersos sobre si e isso pode ser chamado de emulsão.
Sobretudo, foi perceptível que, o método de destilação simples empregado no
experimento E teve grande eficácia no que tange à separação de misturas, devido a
utilização de propriedades termoquímicas dos elementos que, dessa maneira, foram
separados com grande êxito.
Dessa forma, os educandos conseguiram perceber claramente as características que
diferentes misturas possuem, além de terem adquirido conhecimentos teóricos e práticos
sobre os processos de separação de misturas homogêneas e heterogêneas.
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7) BIBLIOGRAFIA

1. SPENCER, L.; Revista de Ciência Elementar. Matéria. Disponível em:


https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4557673/mod_resource/content/1/Mistura.pdf Acessado em:
11/07/2022

2. VIANA, A.; Separação de Misturas. Disponível em: https://vaiquimica.com.br/separacao-de-misturas/


Acessado em: 11/07/2022

3. Relação entre polaridade e solubilidade das substâncias. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/quimica/relacao-entre-polaridade-solubilidade-das-substancias.htm
Acessado em: 11/07/2022

4. ILHÉUS, P. L.; Da Redação. Álcool. Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/alcool-2/


Acessado em: 11/07/2022

5. Equipe eCycle. Por que óleo e água não se misturam? Disponível em:
https://www.ecycle.com.br/por-que-oleo-e-agua-nao-se-misturam/ Acessado em: 11/07/2022

6. PADILHA, A.; Separação de Misturas. Disponível em:


https://www.academia.edu/38952317/SEPARA%C3%87%C3%83O_DE_MISTURAS Acessado em:
11/07/2022

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temperatura. Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1658345/mod_resource/content/1/TABELA%20DE%20DENSI
DADE%20DA%20%C3%81GUA%20COM%20A%20TEMPERATURA.pdf Acessado em: 11/07/2022

8. RODRIGUES, L. M.; Desenvolvimento e estudo de estabilidade preliminar de emulsões óleo/água


(O/A) a base de óleos vegetais para prevenção e/ou adjuvante no tratamento de úlceras por pressão. 2013.
44 f., il. Monografia (Bacharelado em Farmácia)—Universidade de Brasília, Brasília, 2013. Disponível
em: https://bdm.unb.br/handle/10483/7035 Acessado em: 11/07/2022

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http://www.propg.unirio.br/ccbs/ibio/dcn/disciplinas/quimica-geral/textos-complementares_teoria/Texto%
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https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/quimica/ponto-de-ebulicao Acessado em 12/07/2022
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