INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ

QUÍMICA EXPERIMENTAL
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

GEIDER LEAL DE MELO

RELATÓRIO: SEPARAÇÃO DE MISTURAS

SANTARÉM
2022
 SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................... 3

2 DESENVOLVIMENTO.........................................................................................................4

3 MATERIAIS E MÉTODOS...................................................................................................8

4 CONCLUSÃO...................................................................................................................... 9

5 REFERÊNCIAS.................................................................................................................. 10

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1 INTRODUÇÃO

A separação de misturas é o processo que envolve o fracionamento de uma ou

mais substâncias presentes em uma mistura. Ou seja, o processo de separação de
uma substância visa o isolamento da mesma em um sistema. Para que ocorra esse
processo, se faz necessário o uso de um ou de mais métodos de separação.
O processo de separação de misturas é dependente de diferentes aspectos
das substâncias envolvidas e do sistema. Entre eles estão: a natureza e as
propriedades das substâncias e elementos envolvidos na mistura como densidade,
temperatura de ebulição e solubilidade e o tipo de mistura, homogêneo ou
heterogêneo.

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2 DESENVOLVIMENTO

Separação de misturas homogêneas.

Misturas homogêneas apresentam as mesmas propriedades em todos os
pontos da solução e possuem uma única fase. Os principais processos de
separação são:
 Destilação simples
A destilação simples é responsável por separar a mistura de sólidos e líquidos
de acordo com o ponto de ebulição. Nesse método, a solução é aquecida em um
balão de vidro até que o líquido entre em ebulição. O vapor formado passa pelo
interior de um condensador, que é resfriado por água, e condensa-se sendo
recolhido em um outro recipiente.
 Destilação fracionada
Esse método é utilizado para promover a separação de líquidos em uma
mistura homogênea, sendo um aprimoramento da destilação simples.
Nesse processo de separação, há uma coluna de vidro que é preenchida por
obstáculos, sendo colocado entre o balão e o condensador. Essa coluna, permite
que o componente de menor ponto de ebulição chegue de forma mais rápida ao
condensador e seja destilado primeiro. Assim que ele for totalmente destilado, o
próximo componente líquido da mistura passará a ser destilado. Logo, essa técnica
promove a separação por ordem crescente de ponto de ebulição.
 Destilação por arraste de vapor
Nesse processo, utiliza-se do vapor da água para promover a ebulição dos
componentes da mistura.
 Evaporação
Essa técnica consiste em permitir a evaporação do líquido em uma mistura
homogênea de sólido/ líquido sob a ação do calor do sol. É um método barato, em
que o líquido é perdido no processo, sendo usado somente quando só há interesse
na fase sólida da solução.
 Liquefação fracionada
Utilizada em uma mistura de gases, em que um equipamento específico é
responsável por resfriar a solução e promover a transformação dos gases em

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líquidos. Em seguida, esses líquidos são separados por meio de uma destilação
fracionada.
 Fusão fracionada
Nesse método, aquece-se a solução formada por sólidos que apresentam
diferentes pontos de fusão. Em seguida, separa-se o sólido fundido do sólido não
fundido por meio de outras técnicas de separação como por exemplo, a filtração.
 Solidificação fracionada
A solidificação fracionada ocorre em uma mistura de líquidos miscíveis por
meio do resfriamento. A temperatura do sistema é abaixada até que ocorra a
solidificação de um dos componentes da mistura.
 Separação de misturas heterogêneas
As misturas heterogêneas não apresentam as mesmas propriedades em toda a
sua extensão apresentando duas ou mais fases. As separações que envolvem
esses sistemas utilizam-se dessas propriedades para promover o fracionamento de
misturas.
 Decantação
Em uma mistura heterogênea sólido/líquido, a fase mais densa tende a ocupar
a posição inferior, enquanto a menos densa fica por cima.
Uma maneira de separar o sólido do líquido é a utilização de um recipiente e
esperar a parte mais densa decantar no fundo. Após essa deposição, transfere-se a
parte superior para outro recipiente inclinando cuidadosamente o frasco que se
encontra na mistura.
 Centrifugação
Se a separação entre as fases de uma mistura heterogênea for lenta sob a
ação da gravidade, pode-se apressar o processo submetendo o sistema a uma
intensa rotação realizada por equipamentos conhecidos como centrífugas.
 Filtração simples
A filtração é utilizada para a separação de misturas entre sólido e líquido e
apresenta uma maior eficiência do que o processo de decantação. Essa técnica
consiste em verter a mistura sobre uma superfície porosa apropriada, o filtro,
geralmente utiliza-se o papel de filtro. Esse filtro permite a passagem da fase líquida
mas não permite que a fase sólida do sistema ultrapasse seus poros, o que promove
a separação de ambas as fases.

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  Filtração a vácuo
Caso a filtração simples seja demorada para uma determinada mistura, utiliza-
se o processo de filtração a vácuo que acelera a filtração. Nesse processo, o papel
de filtro é ajustado em um funil apropriado chamado de funil de Bücher que se
conecta a um frasco especial chamado de kitassato, que por sua vez, está ligado a
uma trompa de água que promove o vácuo no interior do kitassato.
 Funil de separação
O funil de separação é utilizado para promover a separação por meio da
decantação de líquidos imiscíveis. Sendo assim, a mistura é adicionada no interior
do funil e a torneira é ligeiramente aberta que permite o escoamento gradual da fase
inferior da mistura que passa a ser recolhida em outro frasco. A torneira é fechada
no momento exato que a fase inferior deixou de escoar.
 Dissolução fracionada
É uma técnica utilizada para separar dois ou mais sólidos em uma mistura. Ela
baseia-se na tendência com que os sólidos presentes na mistura dissolvem-se em
um determinado solvente, por exemplo, a água.
Um exemplo é a mistura de areia e sal. A água é capaz de dissolver o sal, mas
não a areia. Logo, a mistura passa a ser formada por uma fase de areia e outra da
solução de água e sal. Para separar o sal e a areia então, realiza-se uma filtração e
a evaporação da água.
 Separação magnética
É a separação de metais presentes em uma mistura utilizando-se de ímãs.
 Ventilação
Essa técnica utiliza-se da força dos ventos para a separação de substâncias
com densidades diferentes.
 Levigação
Já na levigação se utiliza a força das águas para a separação de dois sólidos
com densidades diferentes.
 Peneiração (ou tamisação)
Essa técnica utiliza uma peneira para a separação de sólidos com tamanhos
diferentes presentes em uma mistura.
 Floculação

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 Nesse procedimento, adiciona-se um coagulante em uma mistura formada por
líquidos e sólidos com partículas pequenas para que ocorra a formação e o
agregamento das partículas. Com a formação de flocos maiores, as partículas
podem ser retiradas por uma posterior decantação.
 Flotação
É uma técnica que separa dois sólidos por meio da introdução de bolhas de ar
na água para a formação de uma suspensão de partículas, já que elas se aderem às
bolhas formando uma espuma.
 Catação
É um método simples e que ocorre de maneira manual. Os sólidos são
retirados das misturas com a mão.
 Sifonação
A sifonação é utilizada para separar líquidos. Nesse processo, utiliza-se um
sifão ou uma mangueira para retirar uma das fases de modo completo da mistura.

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3 MATERIAIS E MÉTODOS

6 tubos de ensaio, 1 béquer, 1 espátula, manta aquecedora, água destilada,

açúcar, amido (tapioca), sal, iodeto de potássio.
Para realizar este experimento, misturamos algumas substâncias com água e
adicionamos iodeto de potássio como indicador.
No primeiro tubo de ensaio, adicionamos apenas água destilada e iodeto,
utilizando a coloração amarela resultante como base para comparar com as demais.
No segundo tubo, misturamos água destilada e água sanitária antes de
adicionar o iodeto de potássio. Imediatamente notamos que a coloração escura do
iodeto desaparece, tornando-se uma mistura incolor.
No terceiro tubo, misturamos água, açúcar e iodeto de potássio, gerando uma
mistura de coloração alaranjada, semelhante a mistura base que utilizamos para
comparação.
No quarto tubo, utilizamos água morna para diluir um pouco de tapioca,
separando as moléculas de amido, antes de adicionar iodeto de potássio. O
composto gerado tem uma coloração azul profunda.
No quinto tubo, misturamos água destilada, sal de cozinha e iodeto de
potássio. A solução possui a mesma cor amarelada da solução base. Porém, ao
adicionarmos água sanitária nesta mistura, podemos ver a substância tornando-se
incolor novamente.
No sexto tubo, misturamos água morna, sal de cozinha, amido e água sanitária,
gerando uma substância branca turva.
Ressalto que poucos processos de separação de misturas foram utilizados
nestes experimentos.

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4 CONCLUSÃO

Primeiramente, é importante ressaltar que o iodeto de potássio é um indicador

de amido em substâncias, resultando em uma coloração complexa azul-violácea no
quarto tubo de ensaio do experimento. O complexo apresenta coloração azul
intensa, desenvolvida pela oclusão (aprisionamento) do iodo nas cadeias lineares da
amilose.
Vale observar que como o amido é de difícil dissolução, o ideal é que a solução
seja preparada da seguinte maneira: misturar 1 g de amido com 10 ml de água.
Derramar a pasta em um recipiente que contenha 100 ml de água fervente. Cessar a
ebulição e deixar esfriar e sedimentar. Separar a parte sobrenadante (sem grumos)
por decantação.
Em relação ao segundo tubo de ensaio, que ao adicionar iodeto de potássio em
uma mistura de água e água sanitária torna-se incolor, isso ocorre por que a água
sanitária possui como produto ativo o hipoclorito de sódio (NaClO), que em contato
com solução de iodo ocorre uma oxirredução. Temos a formação de OH- nessa
reação que, em contato com o Na+ liberado pelo hipoclorito, forma NaOH(aq), uma
base incolor.
Nos tubos um, três e cinco, notamos apenas a coloração do iodeto diluindo em
água, afinal o iodeto é um indicador de amido e essas misturas não possuem
quantidades significativas deste componente.
No sexto tubo, notamos apenas a coloração branca do amido, quando tapioca,
se diluindo na água, gerando uma coloração turva.

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5 REFERÊNCIAS

VIANA, Aryanne. Separação de misturas. Vai Química!, 2021. Disponível em:

<https://vaiquimica.com.br/separacao-de-misturas/>. Acesso em: 24 de abril de
2022.

SHIESS, Mariana. Porque quando adicionamos água sanitária ao iodo, ele fica
incolor? Profes, 2017. Disponível em:
<https://profes.com.br/tira-duvidas/quimica/porque-quando-adicionamos-agua-
sanitaria-ao-iodoele-fica-incolor/>. Acesso em: 24 de abril de 2022.

Pesquisa de polissacarídeos: reação com o iodo. Experimentos de Bioquímica.

Disponível em:
<http://www.fcfar.unesp.br/alimentos/bioquimica/praticas_ch/teste_amido.htm>. Acesso
em: 24 de abril de 2022.

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