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Técnicas de separação dos

componentes de uma mistura


João Adrião, n.º 11, 7.º C

Físico-Química | maio de 2023


1. INTRODUÇÃO
Para se proceder à separação dos componentes de uma mistura tem de se optar pela
estratégia mais adequada para cada caso. Existem então diferentes técnicas de
separação (também chamadas de processos físicos de separação).

A opção por um método deve ter em conta o tipo de mistura, a sua composição, as
propriedades dos componentes e o fim a que se destinam.

Neste trabalho são apresentadas as técnicas de separação dos componentes de


misturas heterogéneas e de misturas homogéneas, como apresentado no esquema
seguinte.

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São ainda mencionadas algumas aplicações destas técnicas de separação no dia a dia.

2. SEPARAÇÃO DOS COMPONENTES DE MISTURAS HETEROGÉNEAS


Para separar componentes de misturas homogéneas é importante determinar de que
tipo são: de sólidos, de sólidos e líquidos ou de líquidos.

Apresentam-se de seguidas as técnicas de separação dos componentes por cada um


desses tipos de misturas heterogéneas.

Misturas heterogéneas de sólidos

1. Separação magnética – Técnica usada quando um dos componentes da mistura


tem propriedades magnéticas.
2. Sublimação – Técnica usada quando um dos componentes da mistura sublima
facilmente (ou seja, passa diretamente do estado sólido para o estado gasoso por
aquecimento, ou do estado gasoso para o sólido por arrefecimento).
3. Peneiração – Aplica-se para separar os componentes de misturas sólidas que
contêm partículas de tamanhos diferentes. Para tal, utilizam-se peneiras com
malha diferente.
4. Dissolução fracionada – Permite a separação dos componentes de uma mistura
sólida, adicionando um líquido (solvente) no qual um dos componentes é solúvel
e os restantes são insolúveis. Esta técnica também é conhecida por dissolução
seletiva.

Misturas heterogéneas de sólidos e líquidos

1. Decantação – Técnica usada para separar um líquido de um sólido depositado no


fundo de um recipiente. Para tal, transfere-se o líquido para outro recipiente
utilizando uma vareta de vidro.
2. Filtração – Aplica-se para separar partículas que se encontram em suspensão num
líquido. Recorre a um papel de filtro que retém essas partículas deixando passar o
líquido.
3. Centrifugação – Utiliza-se uma centrifugadora para separar partículas que se
encontram em suspensão num líquido. A mistura é colocada em tubos de ensaio

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na centrifugadora que, ao rodar a velocidade elevada, leva à deposição das
partículas suspensas no fundo dos tubos.

Misturas heterogéneas de líquidos

1. Decantação com ampola de decantação – Técnica usada para separar líquidos


que não se misturam. Coloca-se a mistura numa ampola de decantação e, ao abrir
a torneira, o líquido mais denso é recolhido num gobelé. Fecha-se a torneira no
momento exato em que todo o líquido mais denso tenha sido decantado.

3. SEPARAÇÃO DOS COMPONENTES DE MISTURAS HOMOGÉNEAS


Para se proceder à separação dos componentes de uma mistura homogénea também se
podem usar processos físicos de separação.

1. Vaporização do solvente – Técnica usada para separar e recuperar um


componente sólido (soluto) dissolvido num líquido (solvente), por aquecimento e
vaporização do solvente.
2. Cristalização – Utiliza-se para separar e recuperar um componente sólido
(soluto) dissolvido num líquido (solvente), por evaporação lenta do solvente, à
temperatura ambiente. Obtêm-se cristais do soluto.
3. Cromatografia – Permite a separação dos componentes de pequenas amostras de
misturas homogéneas, devido a diferentes solutos de uma mesma solução serem
arrastados por um solvente, com velocidades diferentes, ao longo de um material.
4. Destilação simples – Permite a separação e recuperação do soluto e do solvente
de uma solução através de uma ebulição, seguida da condensação dos vapores
formados. Inicialmente, coloca-se a solução num balão de destilação e, depois do
aquecimento, o componente mais volátil passa ao estado gasoso. Este vapor
atravessa o condensador, passando novamente ao estado líquido e sendo recolhido
num gobelé (este líquido chama-se destilado). É utilizado em líquidos com pontos
de ebulição diferentes e afastados.
5. Destilação fracionada – Permite separar e recuperar líquidos miscíveis com
pontos de ebulição próximos. É utilizada uma coluna de fracionamento, colocada
entre o balão de destilação e o condensador de Liebig. Durante o aquecimento, os
vapores do líquido com menor ponto de ebulição atingem primeiro o topo da
coluna de fracionamento, destilando primeiro, enquanto os outros vapores ficam

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retidos na coluna. O líquido que tem o ponto de ebulição imediatamente acima
destila a seguir, e assim sucessivamente.

4. APLICAÇÕES DAS TÉCNICAS DE SEPARAÇÃO DOS COMPONENTES


DE MISTURAS
Alguns exemplos de aplicações destas técnicas de separação no dia a dia.

1. Separação magnética – Técnica usada por exemplo em estações de tratamento


de lixo para separar componentes com propriedades magnéticas de outros
componentes.
2. Peneiração – Usada, por exemplo, na agricultura, para separar feijões ou milho de
areias, terra e outros detritos.
3. Decantação de filtração – Estas técnicas de separação estão normalmente
associadas e são usadas, por exemplo, em estações de tratamento de água. Neste
caso, a água, após captação, passa por tanques sucessivos, à medida que diferentes
processos físicos e/ou químicos são aplicados, de modo a tratá-la para consumo
pelo Homem.
4. Centrifugação – Muito utilizada na indústria alimentar, por exemplo na
produção de laticínios e de cerveja.
5. Cristalização – Utilizada, por exemplo, para extrair o sal de cozinha nas salinas
depois de ser decantado e filtrado da água do mar.
6. Destilação simples – Um exemplo da utilização desta técnica é a preparação de
aguardente através da destilação do vinho.
7. Destilação fracionada – Utilizada, por exemplo, na separação dos componentes
do petróleo bruto.

5. CONCLUSÃO
Realizar este trabalho ajudou-me a perceber que estas técnicas têm nomes muito
sofisticados, mas fazem parte da nossa vida, mesmo sem darmos conta. Por exemplo, a
água que tiramos da torneira passou certamente por um processo de decantação de
filtração. Também me ajudou a perceber porque é que umas vezes se escolhem umas
técnicas e outras vezes, outras.

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6. FONTE
Noémia Maciel, Andreia Magalhães, Ana Rita Mota. Manual escolar Protão Físico-
Química, 7.º ano. Porto Editora.

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