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Rio de Janeiro
I. Objetivos
II. Introdução
i. Materiais utilizados
10 g de Noz moscada
50 mL de Hexano
iii. Metodologia
A prática realizada foi dividida em duas etapas, a primeira para a extração do óleo
vegetal da noz moscada a partir do solvente apolar, e a segunda para isolar o óleo por
destilação simples. Deu-se inicio ao experimento a partir da montagem da aparelhagem
disposta na Figura 1.
Dando início à primeira etapa, pesou-se 10 g de noz moscada triturada, com o
auxílio de um vidro de relógio, que posteriormente foi transferida para um balão de fundo
redondo de 250 mL por meio de um funil de transferência de sólidos. Concomitantemente,
na capela, depositou-se 50 mL de hexano em um bécher de 250 mL, que foi
posteriormente medido mais precisamente em uma proveta de 50 mL, e assim, transferido
para o balão contendo a noz moscada com o auxílio de um funil analítico. Logo após, 5
pérolas de vidro foram inseridas ao balão. Como mostrado na Figura 1, montou-se um
sistema para a extração sólido-líquido, primeiramente posicionando a manta de
aquecimento sobre o suporte universal. Adaptou-se uma garra e uma mufa ao suporte,
que acomodaram o balão de 250 mL com 10 g de noz moscada e 50 mL de hexano
dentro da manta, e em seguida acoplou-se um condensador de refluxo à saída do balão.
A este, fixou-se dois tubos de látex, sendo um para a entrada de água e um para a saída,
e mantendo o sistema aberto em sua região apical, iniciou-se o aquecimento. Ligou-se a
manta de aquecimento no número 2, e a partir do início da ebulição do hexano foi iniciada
a contagem de 30 minutos para o aquecimento do balão. Após o período estipulado, a
manta de aquecimento foi desligada e o balão foi resfriado com o auxílio de um pano
úmido.
Ainda na primeira etapa houve a filtração do material para separar a parte líquida
(hexano + óleo vegetal) da parte sólida (noz moscada). Para este procedimento, montou-
se a aparelhagem de filtração simples, observada na Figura 2. Um balão de 100 mL foi
prendido a um conjunto garra-mufa e adaptado ao suporte universal. Acima do balão,
acoplou-se uma argola a uma mufa, que também foram adaptadas ao suporte, na qual um
filtro analítico foi posicionado juntamente com um papel de filtro com dobradura simples. A
solução obtida permaneceu no balão, e inseriu-se 5 pérolas de vidro em seu interior,
dando sequência à próxima etapa.
1) Suporte universal
2) Manta de aquecimento
3) Balão de fundo redondo de 250 mL
4) Garra
5) Mufa
6) Tubo de látex
7) Condensador de refluxo
8) Balão de fundo redondo de 100 mL
9) Funil analítico
10)Argola
11)Papel de filtro
A extração do óleo vegetal foi realizada em duas etapas distintas envolvendo três
processos para a obtenção do produto final. Alguns detalhes deste experimento são
decisivos para a sua realização em segurança.
Na primeira etapa, na qual ocorreu a extração sólido-líquido, utilizou-se duas
aparelhagens diferentes. No primeiro processo extraiu-se o óleo da noz moscada por
meio do solvente apolar hexano por meio do aquecimento do sistema, a fim de acelerar a
reação. Desta forma, cinco pérolas de vidro foram introduzidas ao balão de 250 mL
contendo noz moscada e hexano para que a ebulição não se tornasse tumultuosa,
evitando acidentes. O condensador de refluxo é usado para evitar que os gases
provenientes da mistura abandonem o sistema. Devido à sua grande superfície interna
que entra em contato com os gases, mantida sob baixa temperatura devido à corrente de
água, os mesmos se condensam e retornam ao balão, evitado a diminuição do
rendimento no experimento. É importante ressaltar que o sistema deve manter-se aberto,
a fim de que a pressão interna das vidrarias se mantenha equilibrada com a pressão
externa, evitando qualquer acidente. O segundo processo se deu através da filtração
simples para, assim, separar a parte sólida (noz moscada) da parte líquida (extrato oleoso
+ hexano). Neste processo utilizou-se um papel de filtro com dobradura simples, a fim de
preservar o líquido. Na primeira etapa concluiu-se a extração do óleo de noz moscada
pelo hexano, formando a fase líquida do sistema.
A segunda etapa foi caracterizada pela separação do extrato oleoso e do solvente
apolar através da destilação simples. A eficiência deste processo pode ser explicada
pelas diferenças físico-químicas entre o soluto e solvente, visto que o óleo vegetal é um
composto de maior complexidade, e consequentemente apresenta maior peso molecular
que o hexano. Sendo assim, seus pontos de ebulição são bastante distintos. O
termômetro, usado para monitorar a temperatura e evitar um superaquecimento da
solução, é de elevada importância, pois desta forma evita-se que o óleo seja decomposto.
Ao fim do experimento, dos 10 g de noz moscada extraiu-se 0,86 g de óleo vegetal,
com 1,2 mL de volume. Com os dados obtidos foi possível calcular a densidade do extrato
oleoso e determinar o rendimento da extração.
A densidade, grandeza que expressa a razão entre a massa do material pelo seu
volume ocupado, foi obtida da seguinte forma:
m 0,86 g
D= ∴ D= ∴ D=0,717 g / mL
V 1,2 mL
x = 8,6% (rendimento)
2)