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Universidade do Rio de Janeiro - UNIRIO

Centro de Ciências Biológicas e da Saúde - CCBS


Escola de Ciências Biológicas - ECB
Departamento de Ciências Naturais - DCN
Disciplina de Química Orgânica

Prof.: Edwin Gonzalo Azero Rojas


Curso: Biomedicina
Aluno: Carole Sant’ana Massolar da Silva
Turma: 1 N° da prática: 4

Prática realizada em: 05/11/2013

Título da Prática: Saponificação

Rio de Janeiro
I. Objetivos

Realizar a reação de saponificação com óleo de cozinha usado.

II. Introdução

A reação de saponificação é feita a partir hidrólise básica de uma gordura ou um


óleo vegetal. Essas substâncias são triésteres, formadas a partir da associação de uma
molécula de glicerol com três unidades de ácidos graxos. Os ésteres podem ser
hidrolisados em álcool e ácidos carboxílicos na presença de um ácido ou uma base. Se
uma base é usada para a hidrólise, os ácidos graxos são desprotonados e produzem sais
carboxilatos (sabões). As bases mais utilizadas nas reações de saponificação são
o hidróxido de sódio (NaOH), que produz um sabão mais consistente, ou o hidróxido de
potássio  (KOH), que origina um sabão mais mole, conhecidos como sabões potássicos.
A reação de hidrólise alcalina pode ser observada, genericamente, na figura abaixo:

Figura 1: Representação da reação de saponificação.


Os sabões por serem carregados ionicamente, são muito mais solúveis em água
do que os correspondentes ácidos graxos sem carga. Estes facilitam o processo de
limpeza, uma vez que são capazes de se solubilizar tanto em meios polares (como a
água) quanto em meios apolares (como as gorduras), ou seja, são moléculas anfóteras.
Isto ocorre devido a sua estrutura conter uma extremidade polar (–COO -Na+) e uma
apolar, aumentando a possibilidade de interações com diversas moléculas. Observa-se a
estrutura de um sabão segundo a imagem seguinte:

Figura 2: Representação da estrutura da


molécula de um sabão.
O óleo de cozinha não apresenta um modelo de descarte ideal. Geralmente, ele é
despejado pela pia ou descartado junto com o lixo doméstico. Desta forma, há a
contaminação do meio ambiente que se torna cada vez mais degradado. O óleo impede a
troca de oxigênio entre o mar e a atmosfera, resultando na morte de seres vivos
residentes do ambiente aquático, e impermeabiliza o solo contribuindo para as enchentes.
Além disso, a decomposição do óleo de cozinha emite metano na atmosfera - um dos
principais gases que causam o efeito estufa. Uma das alternativas é reaproveitar o óleo
de cozinha para a produção de sabão.

III. Materiais e métodos

i. Materiais utilizados

 Balança de precisão
 Bécher de vidro de 1000 mL
 Bécher de 500 mL
 Espátula de plástico
 Bastão de vidro
 Pano
 Tela de amianto
 Proveta de 50 mL
 Proveta de 100 mL
 Proveta de 500 mL
 Placa de Petri
 Recipiente de plástico

ii. Reagentes utilizados

 Óleo de cozinha usado


 Vinagre
 Solução a 30% de hidróxido de sódio (NaOH) em escamas

iii. Metodologia

Para dar início ao experimento, os aparelhos e os reagentes a serem utilizados


foram dispostos na bancada do laboratório. Primeiramente, filtrou-se 500 mL de óleo de
cozinha usado por meio de um pano para um bécher de vidro de 1000 mL. Para medir o
volume de óleo com uma maior exatidão, este foi transferido para uma proveta de 500
mL, e logo após, foi devolvido ao bécher de 1000 mL. O óleo em excesso foi despejado
em uma garrafa pet.
Com o auxílio de uma proveta de 100 mL, mediu-se 200 mL de água destilada que
posteriormente foi transferida para um bécher de vidro de 500 mL. Concomitantemente,
em uma balança de precisão, pesou-se 60 g de hidróxido de sódio (NaOH) em escamas
com o auxílio de uma placa de petri e uma espátula de plástico. O bécher de 500 mL foi
disposto sobre uma tela de amianto e em seguida iniciou-se a solubilização de NaOH em
água destilada por meio de um bastão de vidro, em pequenas quantidades por vez e
mantendo a solução em constante agitação.
Após a preparação dos reagentes, transferiu-se a solução básica gradativamente
para o bécher de 1000 mL contendo óleo de cozinha usado, mantendo-o sob constante
agitação por um período de 30 minutos. A adição relatada anteriormente foi realizada
através de seis adições de volumes aproximados (40 mL) de solução básica, a cada 5
minutos, por meio de uma proveta de 50 mL.
Ao fim do processo de solubilização da solução básica em óleo, mediu-se 50 mL de
vinagre em uma proveta de 50 mL, que logo após foi adicionado ao bécher de 1L por
meio de um funil analítico. O excesso de vinagre adicionado à proveta de 50 mL foi
removido com o auxílio de uma pipeta graduada de 5 mL. A solução foi agitada até se
tornar homogênea, e assim, foi transferida para um recipiente de plástico de 1 L,
mantendo-se em repouso por pelo menos 48 h.
Por fim, todos os aparelhos utilizados foram limpos com água e detergente, sendo
devolvidos aos seus devidos lugares.

iv. Esquema de aparelhagem

Figura 3: Aparelhos utilizados no processo de saponificação


na aula prática do dia 05/11/2013.

1) Tela de amianto
2) Bécher de 500 mL
3) Bécher de 1000 mL
4) Proveta de 50 mL
5) Proveta de 100 mL
6) Soda cáustica
7) Placa de petri
8) Espátula de plástico
Figura 4: Adição da solução de NaOH e
água no óleo de cozinha.

9) Bastão de vidro

Figura 5: Recipiente de armazenamento do produto


da reação de saponificação.

10) Recipiente de plástico


IV. Resultados e discussões

V. Conclusão

Após 48h de repouso, observou-se que o sabão apresentava coloração amarelada


e consistência pastosa, e a glicerina permaneceu totalmente incorporada.

VI. Respostas do questionário

1. Gorduras e óleos são triésteres contendo três ácidos graxos e um glicerol, sendo
que os óleos são formados, principalmente por ésteres de ácidos insaturados,
enquanto as gorduras são formadas por ésteres de ácidos saturados.

2. Os Triacilgliceróis, também chamados de triglicerídeos, são lipídios extremamente


hidrofóbicos (apolares) formados pela ligação de 3 moléculas de ácidos graxos
com o glicerol (triálcool de 3 carbonos) através de ligações do tipo éster.

3.

4. Na hidrólise de um éster em meio ácido forma-se ácidos carboxílicos e álcoois.

5. A ineficácia é explicada pela significativa concentração de íons Mg 2+ e Ca2+. Os


sabões formam um precipitado com estes íons (compostos insolúveis), diminuindo
a eficiência do sabão.

6. Os sabões formam micelas em torno das sujeiras apolares, de modo que as suas
cadeias longas não polares (caudas) ficam próximas às moléculas apolares e a
parte carregada (cabeça) de frente para a água. Se as moléculas forem
suficientemente pequenas e se existem moléculas de sabão suficientes para
rodeá-las, as gotículas de óleo irão se dispersar na água e poderão ser facilmente
lavadas.

7. Os detergentes, diferentemente dos sabões, são derivados do petróleo e são


constituídos de sais alcanos lineares. Além disso, não formam precipitados com os
íons de cálcio ou de magnésio, sendo eficientes tanto na água mole quanto na
dura.

8. São detergentes de cadeias lineares, passíveis de degradação por


microorganismos presentes nas águas, a partir da produção de enzimas capazes
de quebrar as moléculas das cadeias lineares.
VII. Referências bibliográficas

 Prática 1 – Reação de saponificação. Disponível em


<http://pessoal.utfpr.edu.br/poliveira/arquivos/EXP%2011-Novo.pdf>
 Souza, K. A. F. Saponificação. Disponível em <
http://www.fcfar.unesp.br/alimentos/bioquimica/praticas_lipidios/saponificacao.htm>
 Cardoso, M. L. Reação de Saponificação. Disponível em <
http://www.infoescola.com/quimica/reacao-de-saponificacao/>

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