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FACULDADE DE TECNOLOGIA DE TERESINA

CURSO DE FARMÁCIA

VANESSA LEOPOLDINO C. RODRIGUES


KÁSSIA MICHELLE SILVA ALMEIDA
KAIO JOSÉ DA SILVA EVANGELISTA

RELATÓRIO DA PRÁTICA DE PREPARAÇÃO E


PROPRIEDADES DOS SABÕES

TERESINA, 2022
VANESSA LEOPOLDINO C. RODRIGUES

KÁSSIA MICHELLE S. ALMEIDA

KAIO JOSÉ DA SILVA EVANGELISTA

RELATÓRIO DA PRÁTICA DE PREPARAÇÃO E


PROPRIEDADES DOS SABÕES

Relatório apresentado a faculdade


CET, como requisito parcial para
aprovação na disciplina de Química
Orgânica I, sob orientação do Prof.
Dr. Thalyta Pereira.

TERESINA, 2022
SÚMARIO

INTRODUÇÃO...................................................................................................04

OBJETIVOS.......................................................................................................06

MATERIAIS E METODOS.................................................................................06

RESULTADOS E DICUSSÃO...........................................................................07

CONCLUSÃO....................................................................................................09

REFERENCIAS.................................................................................................10

ANEXOS............................................................................................................11
INTRODUÇÃO

Ao contrário do que se pensa, o sabão por si só não limpa coisa alguma.


Essa aparente contradição pode ser entendida quando se sabe que os detergentes -
entre os quais a forma mais simples e conhecida é o sabão - são agentes umectantes
que diminuem a tensão superficial observada nos solventes, permitindo maior contato
dos corpos com os líquidos, que realmente limpa. O sabão é obtido fazendo-se reagir
ácidos graxos com óleos, numa reação chamada saponificação. Os ácidos graxos
normalmente usados são o oléico, o esteárico e o palmítico, encontrados sob a forma
de ésteres de glicerina (oleatos, estearatos e palmitatos) nas substâncias gordurosas
(BRUICE, 2006).

A saponificação é feita à quente. Nela a soda ou potassa atacam os referidos


ésteres, deslocando a glicerina e formando, com os radicais ácidos assim liberados,
sais sódicos ou potássicos. Esses sais são os sabões, que, passando por um
processo de purificação e adição de outros ingredientes, transformam-se nos
produtos comerciais. Os sabões produzidos com soda são chamados de duros, e os
produzidos com potassa, moles (BORSATO, 2004).

Embora a maior parte dos detergentes seja destinada à limpeza com água,
existem alguns produzidos para limpeza com outros solventes, como no caso dos
óleos para motores, onde a água não pode ser usada. Nesse caso, o sódio e o
potássio são substituídos por metais, como o chumbo ou o cálcio. Os sabões e os
detergentes possuem as mais diversas aplicações, que vão desde a limpeza
doméstica até industrial. Sua tecnologia, pouco desenvolvida até 1934, evolui
bastante a partir dessa época, tornando sua produção altamente industrializada
(GOMES, et al., 2013).

Sabões são basicamente compostos formados por uma base, parte polar e
uma parte apolar ao qual modificamos as características apolares do mesmo de
acordo com o que desejamos produzir. São extremamente fáceis de obter, porque
sua base trata-se basicamente de glicerina, pois são extraídas de produtos
gordurosos (vegetal e animal) onde é de fácil obtenção (BARBOSA, 2004).
A reação química que descreve a produção de sabão é uma hidrólise
"especial" de ésteres (chamados triglicerídeos), que recebe o nome de
saponificação. Uma hidrólise é uma quebra de uma porção de uma determinada
molécula promovida por moléculas de água. A saponificação é a hidrólise alcalina de
ésteres para formar sais carboxilatos (CLAYDEN, 2001).

Os grupos carboxilato são hidrofílicos (polares), o que confere solubilidade na


água em espécies que os contenham. As longas cadeias de hidrocarbonetos são
lipofílicas (apolares) e tendem a associar-se a outras cadeias de hidrocarbonetos. O
estearato de sódio é um exemplo de substancia anfifílico, o que faz na mesma
molécula coexistir os grupos hidrofílico e lipofílico. Quando se mistura estearato de
sódio com água, o íon carbono promove a formação de uma solução. A cadeia
lipofílica a evita. Como consequência se forma uma dispersão coloidal de
agregados, chamados de micela. As micelas são as bases da ação limpadora dos
sabões (BORSATO, 2004).

OBJETIVO

 Realizar purificação de produtos e reagentes;


 Ensinar as técnicas necessárias par a um estudante poder trabalhar com
compostos orgânicos, e, conhecer as técnicas para sintetizar, separar e
purificar compostos orgânicos.

MATERIAIS E MÉTODOS

 Bastão de vidro;
 Aquecedor
 Tubos de ensaio
 Óleo
 NaOH
 Solução de CaCl2 0,1 mol/L
 Solução de HCl 3 mol/L
 Solução de MgSO4 0,1 mol/L

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

PREPARO DO SABÃO

 Foi pesado 1,5 g de NaOH, dissolvemos em um tubo de ensaio, em 2 ml


de água;
 Pesamos 5g de óleo em um béquer de 100 ml;
 Aquecemos brandamente o óleo;
 Juntamos o óleo, em pequenas porções, a solução de NaOH, sempre
agitando com bastão de vidro e esperando que termine a reação de
cada porção para juntar uma nova, sempre com cuidado pois pode
espirrar;
 Após ter juntado toda a solução de NaOH, continuamos o aquecimento
por mais 5 minutos;
 Desligamos o aquecedor. Deixamos o sabão formado e retiramos do
béquer;
 Lavamos as mãos com um pedaço de sabão obtido.

PROPRIEDADES DOS SABÕES

 Colocamos aproximadamente 2 g do sabão obtido em um béquer de 250


ml. Juntamos 100 ml de água. Aquecemos até a ebulição. Deixamos
esfriar a mistura. O sabão de sódio foi solúvel em água?
 Colocamos 5 ml de solução aquosa de sabão em um tubo de ensaio,
juntamos 1 ml de HCl 3. Agitar e registrar as observações.
 Colocamos 5ml de sabão em um tubo de ensaio. Juntar 1 ml de solução
de MgSO4 0,1 mol/L. registrar suas observações. Houve formação de
algum precipitado?
 Colocamos 5 ml da solução aquosa de sabão em um tubo de ensaio,
juntamos 1 ml de solução de CaCl2 0,1 mol/L. agitamos e registramos
as observações.
 Baseado nos resultados obtidos, escrevemos as reações químicas que
ocorreram.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A Reação de saponificação também é conhecida como hidrólise alcalina,


através dela é que se torna possível a característica do sabão. Basicamente,
ao misturar um éster (proveniente de um ácido graxo) e uma base (hidróxido de
sódio) obtém-se sabão. Primeiro Quando misturou hidróxido de sódio com
água percebeu-se que até dissolver o tubo de ensaio ficou quente, pois a
reação é exotérmica e libera calor.

De acordo com a teoria de Arrhenius, toda substância básica na


presença de água dissocia-se em cátions e aníons. Ao adicionar a solução
aquosa na gordura em aquecimento percebe-se a alteração na consistência,
isso acontece porque a solução aquosa de hidróxido de sódio ataca os ésteres,
deslocando a glicerina e formando, com os radicais ácido s assim liberados,
sais sódicos (RICHEY JUNIOR).

A hidrolise é dita especial devido a fonte de extração, que nesse caso


trata-se de gordura vegetal; essa matéria não fornece necessariamente apenas
um único Ester, mas sim uma mistura que hidrolisado pelo hidróxido de sódio
passa a fornecer o estearato de sódio. Cabe ressaltar que outras bases
também podem ser utilizadas no processo de saponificação, podendo conferir
propriedades distintas nos produtos obtidos. Após a saponificação, foi retirado
o sabão e post o num vidro relógio, e feito um teste de lavar as mãos com o
mesmo, onde verificou-se a formação de espuma.

Foram colocados 2 g do sabão em um béquer de 250 mL com 100 mL


de água e mexeu para diluir o sabão na água, verifica-se a mudança de
coloração para um tom leitoso, mostrando que está se diluindo. Para acelerar o
processo de diluição foi colocada a mistura na chapa de aquecimento até o
liquido entrar em ebulição e mostrar a completa diluição do sabão na água.

No primeiro tubo foi colocado 1 m L de solução aquosa de ácido


clorídrico e agitado, após um determinado t empo percebeu que sobre a
solução leitosa, começou a aparecer uma camada de óleo, mostrando o
desprendimento de óleo da solução (podendo ser vista na, e por esse ser mais
denso que a solução, ficou suspenso sobre a mesma. Trata-se de uma reação
de neutralização, formando um ácido carboxílico e um sal. A precipitação do
óleo se deu por o ácido clorídrico ser um ácido forte.

No segundo tubo, acrescentou-se a solução de sabão 1 mL de sulfato de


magnésio, verificando a formação de precipitado, trata-se do Sal de sulfato de
sódio, um sal que diminui a sua solubilidade com o aumento da temperatura.

No terceiro tubo, acrescentou a solução 1 mL de cloreto de cálcio,


identificando uma reação com precipitados, trata-se da formação do sabão de
cálcio que não é solúvel em água, tornando-se bem mais visíveis.

CONCLUSÃO

Através da prática compreende-se a importância dos métodos físicos


químicos para a produção e análise do sabão de sódio, assim como suas
características diante de meios ácidos e entendimento das características de
saponificação. A prática também nos instrui a aproveitar os recursos que
possuímos em nossas residências, já que os meios de produzir sabões são
muitos, levando assim a beneficiar-se reciclando matéria orgânica poluidora.
REFERÊNCIAS

BRUICE, P. Y. Química Orgânica. 4a ed., v. 2., São Paulo: Pearson Prentice


Hall, 2006.

BARBOSA, L.C.A. Introdução à Química Orgânica. São Paulo: Prentice Hall.


2004. (Capítulos 12 e 13)

BORSATO, D; GALÃO, O. F; MOREIRA, I. Detergentes Naturais e


Sintéticos: Um guia Técnico. 2ª. ed. Londrina: Universidade Estadual de
Londrina. 2004. Edição Revisada.

CLAYDEN, J., GREEVES, N., WARREN, S., & WORTHERS. Organic


chemistry, Oxford University Press, 2001.

CAREY, F. A. Química orgánica, sexta edición; McGraw-Hill/Interamericana


editores, S.A. de C.V. 2006.

GOMES, A. P.; CHAVES, T. F.; BARBOSA, J. N. BARBOSA, E. A. A questão


do Descarte de Óleos e Gorduras vegetais Hidrogenadas Residuais em
Indústrias Alimentícias. XXXIII Encontro Nacional de Engenharia de
Produção. Salvador, BA, 2013.
ANEXOS

Depois de dissolver em água morna. Fonte, própria.


Fonte: própria.

Sabão misturado com HCl. Sabão misturado com solução CaCL2,


Fonte: própria. precipitou.
Fonte: própria.
Fonte, própria.

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