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INSTITUTO FEDERAL DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DO CEARÁ -

CAMPUS ARACATI
DEPARTAMENTO DE ENSINO
LICENCIATURA EM QUÍMICA
LABORATÓRIO DE QUÍMICA ORGÂNICA
Dr. FRANCISCO ADILSON MATOS SALES

SAPONIFICAÇÃO

ANTÒNIO MARCOS BANDEIRA MAIA


BRUNA CARLA COSTA SILVA
DANIELE VENCESLAU DA SILVA
FRANCISCO KLEISSON BERNARDO DA SILVA
JHONATAN LIMA CRUZ

ARACATI- CE
2022
RESUMO
O trabalho a seguir, é uma prática de laboratório, realizando a reação de
saponificação proveniente do ácido graxo. O procedimento aconteceu em três
etapas: Técnica para a produção do sabão, técnica para tratamento do sabão e
teste de alcalinidade. No procedimento utilizou-se regentes como: NaOH e
NaCl. Foram medidos os valores de pH e seus resultados foram altos,
indicando se tratar de bases fortes. Na prática foi obtido sabão sólido de
coloração amarelada, a partir de uma reação de saponificação utilizando óleo
de soja vegetal e uma base forte: hidróxido de sódio (NaOH).

Palavras-chaves: Saponificação, Ácidos Graxos, Sabão.


Sumário
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................................
1.1 REATIVO DE FEHLING..............................................................................................................
1.2 REATIVO DE TOLLENS.............................................................................................................
2. OBJETIVOS......................................................................................................................................
3. MATERIAIS EM EXPERIMENTO.......................................................................................................
4. METODOLOGIA...............................................................................................................................
4.1 OXIDAÇÃO COM REAGENTE DE TOLLENS.....................................................................................
4.2 OXIDAÇÃO COM REAGENTE DE FEHLING.....................................................................................
4.3 OXIDAÇÃO COM PERMANGANATO DE POTÁSSIO DILUÍDO.........................................................
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES...........................................................................................................
6. CONCLUSÃO...................................................................................................................................
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................
1. INTRODUÇÃO
Acredita-se que o primeiro sabão inventado era feito de uma mistura de banha
de cabra, água e cinzas de madeira, essa descoberta foi há 600 anos antes de
Cristo. Historiadores acreditam que foram os fenícios o primeiro povo a
descobrir o sabão. Já o processo de saponificação, que é a fabricação do
sabão, foi descoberta pelos Árabes no século VII. Segundo historiadores os
Árabes foram os primeiros a produzir o sabão sólido, que era feito de gordura
animal, soda cáustica e óleos naturais.
Quimicamente falando, a saponificação é a hidrólise alcalina de ésteres por
ácidos graxos (óleos ou gorduras). A reação acontece em aquecimento,
quando um triglicerídeo reage com o hidróxido de sódio, produzindo glicerol e
sais de ácidos carboxílicos. O sabão é o sal produzido pela reação.
Figura 1. Reação De Saponificação

O sabão é um tensoativo natural, ou seja, ele quebra a tensão superficial da


água que tem moléculas fortes. Se fosse um detergente estaríamos falando de
um tensoativo sintético. Esse sal de ácido carboxílico chamado sabão tem na
sua estrutura uma cadeia apolar composta de hidrocarbonetos com mais de
dez carbonos, tornando essa região anfipática, e na ponta da cadeia temos um
ácido carboxílico desprotonado apresentando uma carga que é polar tornando
essa região anfifílica.
Na produção do sabão se utilizarmos uma base com sódio obtemos um sabão
mais duro na forma de barra, já se utilizarmos uma base com potássio teremos
um sabão mais mole com características de uma pasta.

2.OBJETIVO GERAL
Realizar uma reação de esterificação para preparar uma amostra de sabão a
partir de óleos vegetais e realizar procedimento de tratamento do sabão
produzido, comparando-se a alcalinidade do sabão antes e depois de tratado.

2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS


 Produzir o sabão
 Analisar as amostras de óleo
 Medir o PH
 Filtrar o sabão

3. PARTE EXPERIMENTAL
3.1 MATERIAIS E REAGENTES
VIDRARIAS
 1 Bastão De Vidro
 2 Becker
 1 Tubo de ensaio
 1 Funil de Bunche
REAGENTES
 NaOH
 NaCl
 Óleo Vegetal
 Água Destilada
MATERIAIS
 Balança
 Fitas De pH
 Chapa De Aquecimento

3.2 TÉCNICA PARA A PRODUÇÃO DE SABÃO


Pesou-se um Becker de 250 mL, anotou-se a sua massa foi de 97,38g. Em
seguida colocou-se 10 g de óleo vegetal que foi pesado dando 10,48g e foi
adicionado, com agitação constante, 5 mL de uma solução de NaOH 72%
(Figura 1). Foi aquecido brandamente, agitou-se com um bastão de vidro ou de
polipropileno, até obter uma massa homogênea e seca, aproximadamente 5
minutos depois (Figura 2). Pesou-se o Becker com o produto obtido, sabão
bruto, (Figura 3) subtraindo a massa original do Becker que deu 16,27g.
Figura 1: NaOH utilizado na produção do Figura 2: Massa homogênea obtida com 3
sabão. min de aquecimento.

Fonte: Própria do autor. Fonte: Própria do auto

Figura 3: Sabão bruto obtido.

Fonte: Própria do autor.

3.3 TÉCNICA PARA O TRATAMENTO DO SABÃO (SALTING-OUT)


Pesou-se 2,03 g de sabão bruto em um Becker de 250 mL com 115,25g e
dissolva-as em 20 mL de água destilada, com aquecimento (Figura 4) para
facilitar a dissolução (Figura 5). Acrescentou-se 15 mL de uma solução
saturada (23%) de NaCl, que mudou a coloração para branco, utilizou-se um
banho de gelo para facilitar a precipitação do sabão. O sabão precipitado foi
filtrado (Figura 6), usa-se para isso, um funil de Bϋchner (Filtração a vácuo).
Durante este procedimento o sabão foi lavado com duas porções de 15 mL da
solução saturada de NaClℓ resfriada e seca o máximo possível do sabão
tratado, deixando o vácuo funcionando por aproximadamente 5 minutos.
Figura 4: Sabão bruto em aquecimento Figura 5: Após a dissolução.
para a dissolução.
Fonte: Própria do autor.
Fonte: Própria do autor.

Figura 6: Filtração do sabão precipitado.

Fonte: Própria do autor.

3.4 TESTES DE ALCALINIDADE


Compara-se a alcalinidade do sabão produzido antes e depois do SALTING-
OUT.
Em dois tubos de ensaio identificados, colocou-se em um deles, uma pequena
quantidade de sabão bruto e no outro uma pequena quantidade de sabão
precipitado pelo NaClℓ. Dissolveu ambas as amostras com aproximadamente 2
mL de água destilada, com aquecimento para facilitar a dissolução. Foi
resfriado e em seguida o pH das soluções foi analisado (Figura 7) e (Figura 8)
com fitas de papel de pH, avaliou-se os valores em uma tabela de escala de
pH.

Figura 7: pH 12 obtido da solução com sabão bruto. Figura 8: pH 9 obtido do sabão dissolvido.

Fonte: Própria do autor. Fonte: Própria do autor.

Tira-se as conclusões em relação


a) à alcalinidade do sabão antes e depois de tratado.
b) da eficiência do procedimento experimental quanto à variação de pH.

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
O processo de obtenção do sabão se deu pela mistura de uma gordura ou
melhor um triglicerídeo neste caso o óleo e por uma base que foi utilizado o
NaOH em temperatura dá origem a um sabão mais consistente o qual foi obtido
na produção. Amostras apresentaram teor significativo de espuma, onde as
moléculas, pelo fato de terem a cauda hidrofóbica, separam-se da água
destilada e se direcionam para o ar (ESPAÇO, 2014) sendo, portanto
associadas ao poder eficiente de limpeza (DIEZ e CARVALHO, 2000;)
A solução saturada de cloreto de sódio foi adicionada ao meio provocando o
efeito salting-out, diminuindo a solubilidade do composto orgânico na água e
consequentemente aumentando a distribuição dele na fase orgânica, ocorrendo
à precipitação do sabão formado. O Ph das duas amostras nos indica um Ph
mais alcalino do sabão bruto produzido, já o sabão que fora diluído apresentou
uma alcalinidade menor já que foi solubilizado com água mas as duas
amostras ainda dentro do padrão de Ph utilizável. É importante ressaltar o
correto controle de pH do sabão em sua produção, que segundo as normas da
ANVISA deve estar em uma faixa de 6,5 à 8 para contato com a pele e 8,5 à 12
para limpeza em geral. É indispensável haver um controle de temperatura para
não haver rachaduras e escurecimento da amostra (DOMÉZIO, 2007
6.CONCLUSÃO
Concluímos que, o óleo que foi utilizado para fritar batatas, serve para fazer o
sabão e ser reutilizado. Mas, é indicado que fique uma semana de repouso
para concluir a produção. A cor ficou amarelada, mas ao filtrar adquiriu uma
coloração branca. O pH, mesmo com a utilização do ácido para a precipitação,
resultou em 9. Não é muito básico, porém não chegou na escala de acidez,
permaneceu na escala básica.
6. REFERÊNCIAS
Oliveira, Jardel Alves de. Grau de saponificação de óleos vegetais na flotação
seletiva de apatita de minério carbonalítico [manuscrito]. / Jardel Alves de
Oliveira. – 2005. xiii, 187f. : il. color., graf., flux., tabs. Acesso em 11 de junho
de 2022. Disponível em: : http://livros01.livrosgratis.com.br
SOUZA, Líria Alves de. "Reação de saponificação"; Brasil Escola. Disponível
em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/reacao-saponificacao.htm. Acesso
em 11 de junho de 2022. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/

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