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CONSTRUÇÃO CIVIL
Revestimentos: tipos
Apresentação
Os revestimentos se dividem em argamassados e não argamassados. Nesse segundo grupo, pode
ser incluída uma vasta gama de materiais, sendo os revestimentos cerâmicos os de uso mais
comum. Pisos, azulejos e porcelanatos são as classificações dos revestimentos cerâmicos, e é
preciso identificar as propriedades deles no momento da compra, para evitar problemas e
incômodos futuros.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você irá aprender sobre os tipos de revestimentos utilizados na
Construção Civil.
Bons estudos.
O capítulo Revestimentos: tipos aborda especificamente os revestimentos cerâmicos, pois seu uso
é bastante difundido, sendo encontrados diferentes materiais. A escolha do revestimento cerâmico
não deve levar em conta apenas o aspecto estético, mas também as propriedades que o regem.
Boa leitura.
CONSTRUÇÃO
CIVIL
ISBN 978-85-9502-048-1
CDU 69
Introdução
Os revestimentos se dividem em argamassados e não argamassados.
Neste último grupo, uma vasta gama de materiais pode ser incluída,
sendo os revestimentos cerâmicos os de uso mais comum. Pisos, azulejos
e porcelanatos são as classificações dos revestimentos cerâmicos. Você
precisa identificar as propriedades deles no momento da compra, para
evitar problemas e incômodos futuros.
Revestimentos
Revestimentos são usados na aplicação de materiais para proteção e acabamento
sobre a vedação ou a estrutura de uma edificação. Ou seja, eles são a camada
externa que cobre a alvenaria. Nas edificações, há três tipos de revestimentos:
revestimento de paredes, revestimento de pisos e revestimento de tetos ou
forros. Os revestimentos têm por finalidade:
Regularizar a superfície;
Proteger contra intempéries;
Aumentar a resistência;
Atender a propósitos estéticos e de acabamento.
Revestimento cerâmico;
Revestimento de pastilhas de porcelana;
Revestimento de pedras naturais;
Revestimento de mármores e granitos polidos;
Revestimento de madeira.
Revestimentos cerâmicos
Agora você irá conhecer com maior ênfase os revestimentos cerâmicos. Eles
são o tipo de revestimento mais utilizado, sendo seu uso bastante difundido.
Isso ocorre principalmente pelas seguintes características:
cação foi feita pelo PEI (Porcelain Enamel Institute), instituto que regulamenta
as normas para a classificação da resistência à abrasão da superfície.
Classe A – alta
Classe B – média
Classe C – baixa
Você deve analisar cada uma das propriedades dos revestimentos cerâmicos de acordo
com a realidade do local onde serão instaladas. Para não haver problemas futuros,
também é imprescindível consultar as marcas disponíveis no mercado (verificar se
possuem credibilidade) e analisar as classes, no rótulo do produto.
Leituras recomendadas
BAUER, L. A. Materiais de construção. 5. Ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008.
FERRARI, K. R. et al. Transformação das matérias-primas do suporte durante a queima
de revestimentos cerâmicos. Revista Cerâmica Industrial, São Paulo, v. 5, n. 2, p. 53-58,
mar./abr. 2000.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
Dica do professor
Em se tratando dos tipos de revestimentos para pisos, existe uma vasta gama de materiais além dos
revestimentos cerâmicos (azulejo, porcelanato). A seguir, vamos estudar alguns tipos de pisos
utilizados e as vantagens e desvantagens de cada um.
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Exercícios
B) b) Azulejo.
C) c) Porcelanato esmaltado.
D) d) Chapisco.
E) e) Papel de parede.
A) a) Uso em paredes.
B) b) Uso em banheiros residenciais sem porta externa, com movimento baixo de pessoas e sem
sujeira abrasiva.
C) c) Durabilidade baixa.
D) d) Insegurança ao fogo.
Em se tratando das propriedades de cerâmicas, qual das alternativas a seguir apresenta uma
5) informação verdadeira?
A) a) A resistência química e física está relacionada diretamente com o desgaste das cerâmicas e
o aparecimento de manchas.
B) b) A absorção de água está relacionada com a propriedade do material de ficar preso na base.
E) e) Resistência química e física não é uma propriedade relevante nos revestimentos cerâmicos.
Na prática
Em se tratando dos revestimentos cerâmicos, é fundamental saber identificar suas propriedades. A
seguir, são apresentadas algumas propriedades que devem ser levadas em conta na escolha do
material. Acompanhe!
ABSORÇÃO DE ÁGUA
Porcelanato 0 a 0,5
Com o passar do tempo, os materiais que absorvem mais água acabam ficando com um aspecto de
sujo.
RESISTÊNCIA À ABRASÃO SUPERFICIAL
RESISTÊNCIA À ABRASÃO
Abrasão Resistência
Grupo 0 Baixíssima
RESISTÊNCIA
1 - Impossibilidade de remoção
É comum ocorrer, por exemplo, alguma mancha em piso de garagem oriunda do vazamento de óleo
do veículo. Se, após a limpeza, o piso não apresenta manchas, nota-se que o piso possui resistência
química elevada.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
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Apresentação
Todos os elementos de uma construção são indispensáveis. Se um deles falta/falha, a edificação
fica comprometida. O que dizer então de sua cobertura? A edificação estaria sujeita a chuvas e a
invasões, sem falar de luz, calor, insetos. Chamamos a parte superior de uma edificação de
cobertura. Esta parte pode ser plana, curva/esférica ou inclinada. Como exemplos, temos a laje
(para coberturas planas), as abóbadas (para coberturas esféricas) e o telhado (para cobertura
inclinada).
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai entender que, em engenharia civil, telhado e cobertura
são coisas diferentes, embora, muitas vezes, sejam tratadas como sinônimos, ou seja: telhado é uma
categoria de cobertura.
Bons estudos.
Acompanhe a leitura do capítulo que faz parte do livro "Construção civil" e conheça seus elemento
e tipos e suas características.
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Exercícios
A) Rincão.
B) Água.
C) Cumeeira.
D) Beiral.
E) Rufo.
A) Conduzir uma possível descarga atmosférica, isto é, eles agem como para-raios.
B) Elemento que faz a intersecção das águas de um telhado fora do vértice, isto é, na parte
inferior.
A) Pedras.
B) Palha.
C) Telhas de fibrocimento.
D) Madeira.
Por isso, vale a pena pesquisar e se apropriar das técnicas de execução na construção de telhados,
que são as coberturas mais largamente utilizadas. O engenheiro, como responsável técnico de
construções, deve conhecer os elementos de estrutura o telhado, bem como a preparação das
demais partes da construções responsável por sustentá-lo.
Os telhados, como dissemos, são estruturas relativamente leves, então, como eles não “saem
voando” com as ventanias comuns no Brasil?
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NBR 15575
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Pinturas
Apresentação
A princípio, esse tema - a pintura - pode parecer puramente estético. Mas a pintura possui,
principalmente, o caráter de proteção do substrato, ou seja, a camada exposta da construção.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai entender que sem a tinta, a alvenaria, o metal e/ou a
madeira estariam muito mais expostos às intempéries, à umidade e a tantos outros agressores. A
qualidade da pintura aplicada reflete o cuidado e o capricho que o profissional teve na obra como
um todo.
Bons estudos.
Boa leitura!
CONSTRUÇÃO
CIVIL
Introdução
Neste capítulo será abordado um tema que, a princípio, parece puramente
estético: a pintura. Além da estética, a pintura possui, principalmente, o
caráter de proteção do substrato, ou seja, a camada exposta da construção.
Sem a tinta, a alvenaria, o metal e/ou a madeira estariam muito mais
expostos às intempéries, umidade e tantos outros agressores. A qualidade
da pintura aplicada reflete o cuidado e capricho que o profissional teve
na obra como um todo.
Pintura
Para conhecer o sistema de pintura, primeiramente deve-se saber que pintura é
uma camada de recobrimento de uma superfície (veja a Figura 1), com funções
protetora e decorativa, obtida pela aplicação de tintas e vernizes, através de
técnicas específicas. Deste modo, a pintura faz a edificação adquirir maior
durabilidade (BRITZ, 2007).
338 Construção civil
Para saber mais sobre os materiais constituintes, leia o texto Materiais constituintes em
vernizes e esmaltes (AZEREDO JR., 2004).
Sistemas de pintura
A degradação dos revestimentos de parede, mesmo quando superficial, afeta a
aparência dos edifícios (VEIGA, 2002), contudo, é importante considerar sua
função tanto no aspecto decorativo como no aspecto de proteção e observando
Pinturas 339
A madeira deve ser limpa, aparelhada, seca e isenta de óleos, graxas, sujeiras ou
outros contaminantes e também receber tratamento bactericida e fungicida (fundo
preservativo).
Madeiras resinosas ou áreas que contenham “nós” devem ser seladas com verniz. É
importante selar a parte traseira e os cantos da madeira antes de instalá-la, para evitar
a penetração de umidade por esse lado. O cuidado com a vedação de furos, frestas,
junções é necessária para prevenir infiltrações de água da chuva.
Para você ver mais um sobre Pinturas em alvenaria leia Patologia em paredes de alvenaria
e entenda como trabalhar em paredes com defeitos. (SILVA; ABRANTES, 2007).
AZEREDO JR., H. A. O edifício e seu acabamento. São Paulo: Edgard Blucher, 2004.
BRITZ, A. A. Diretrizes para especificação de pinturas externas texturizadas acrílicas em
substrato de argamassa. 2007. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Escola
Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.
CORAL. Manual de Orientação para pintura imobiliária e especificação técnica de produtos.
São Paulo: Tintas Coral S/A, [2010?].
FREIRE, A. A. O uso das tintas na construção civil. 2006. Monografia (Especialização em
Construção Civil) – Escola de engenharia da UFMG, Belo Horizonte, 2006.
VEIGA, Maria do Rosário. Intervenções em revestimentos antigos: conservar, substituir
ou...destruir. [S.l.: s.n.], 2002. Disponível em: <http://conservarcal.lnec.pt/pdfs/RV-
-Patorreb_2006.pdf>. Acesso em: 16 fev. 2017.
SILVA, J. M.; ABRANTES, V. Patologia em paredes de alvenaria: causas e soluções. In:
LOURENÇO, P. B. et al. (Org.). Seminário sobre paredes de alvenaria. [S.l.: s.n.], 2007. p. 65-84.
Leituras recomendadas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 11702:2010. Tintas para
edificações não industriais. Rio de Janeiro: ABNT, 2010.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 13245:2011. Execução de
pinturas em edificações não industriais. Rio de Janeiro: ABNT, 2011.
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esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Dica do professor
A seguir, uma breve apresentação sobre alguns tipos de tinta e sistemas de pintura. Vale lembrar
que o conhecimento se aprimora e modifica constantemente, e um bom profissional está sempre de
olho nas novidades de sua área.
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Exercícios
A) Estética.
E) Estética e higiene.
A) Solúvel em tíner.
B) Secagem lenta.
D) Baixa durabilidade.
A) Cobertura deficiente.
B) Solúvel em tíner.
4)
Qual das alternativas apresenta a verdadeira diferença entre as propriedades do verniz e da
tinta:
E) A tinta possui pigmento, cobrindo o substrato, já o verniz não possui pigmento (podendo ser
transparente), deixando o substrato aparente.
C) Facilitar a higienização.
E) Embelezar a esquadria.
Na prática
Há um ditado que diz: "não se começa uma casa pelo telhado". Por isso, também a pintura necessita
de cuidados anteriores. A superfície a ser pintada deve ter o acabamento condizente com a técnica
de pintura a ser aplicada, bem como não deve apresentar umidade, infiltrações, corrosão (em caso
de metais) ou apodrecimento (em caso de madeiras).
O engenheiro, muitas vezes, atua supervisionando os estágios da construção. Cabe a ele saber
identificar e, se necessário, indicar a correção das superfícies.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
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Esquadrias
Apresentação
Esquadrias são elementos utilizados para preencher uma abertura de uma parede. Por meio delas, é
possível controlar a passagem de agentes, ou seja: luz, calor, insetos, etc. Esquadrias possuem uma
importância tão grande para a construção que são consideradas um subsistema seu. E o custo delas
frente ao total da construção pode chegar a valores bem altos. Por isso, cabe ao profissional valer-
se dos conhecimentos sobre as técnicas de implementação de esquadrias, os materiais de
confecção e suas várias formas.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai entender a importância de conhecer o local onde está
sendo construído o prédio, o estilo, o espaço disponível e, claro, o gosto do cliente, fatores
essenciais para um projeto adequado.
Bons estudos.
Dessa forma, sempre é bom consultar o gosto/a preferência do cliente. Você deverá elaborar um
material resumo para apresentar ao cliente, mostrando a ele as vantagens e as desvantagens de
alguns tipos de esquadrias. Assim, você poderá prestar um atendimento mais eficaz, produzindo um
orçamento inteligente.
Tabela
Infográfico
Materiais, formas e modelos são basicamente o que diferencia as esquadrias, mas alguns critérios
são primordiais na utilização em uma construção.
Conteúdo do livro
O engenheiro é um profissional que deve estar em constante aprimoramento, visto que as normas
e tecnologias estão em constante adaptação às novas realidades. Na proposta de leitura do capítulo
a seguir, você vai saber um pouco sobre esquadrias, sua definição aplicação e tipos.
Um engenheiro deve conhecer que tipos de esquadrias tem à sua disposição para o projeto. Elas
variam de acordo com vários fatores, padrão estético, robustez, resistência a agressores climáticos,
modos de abertura, entre outros. Tomando posse do conhecimento das esquadrias existentes, fica
mais fácil adaptar os projetos às situações específicas de condições locais, sejam climáticas,
culturais ou econômicas.
Boa leitura!
CONSTRUÇÃO
CIVIL
ISBN 978-85-9502-048-1
CDU 69
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar as esquadrias, que são elementos utiliza-
dos para preencher uma abertura de uma parede. Através delas é possível
controlar a passagem de agentes, ou seja, a luz, o calor, insetos, etc.
As esquadrias possuem uma importância tão grande para a cons-
trução que são consideradas um subsistema dela, com seu custo em
comparação ao total da obra, podendo chegar a valores bem altos.
Por isso, cabe ao profissional valer-se dos conhecimentos sobre as
técnicas de implementação de esquadrias e sobre os materiais de con-
fecção e suas várias formas. Conhecer o local onde está sendo construído
o prédio, o estilo, o espaço disponível e, claro, o gosto do cliente, são
essenciais para um projeto adequado.
as janelas,
as portas,
outros (telas, brises, portões, gradis, etc.).
Desempenho acústico
Penetração de ar
Estanqueidade à água
Resistência a cargas uniformemente distribuídas
Resistência às operações de manuseio
Tipos de esquadrias
A seguir você vai ver os principais tipos de esquadrias:
Portas
As portas guarnecem os vãos destinados à passagem de indivíduos e objetos.
São muitos os tipos de portas existentes no mercado. Veja na Figura 2 alguns
exemplos de portas vistas em planta baixa.
316 Construção civil
Figura 2. Representação das portas em planta baixa: (1) de abrir/pivotante; (2) de correr
(externa/interna); (3) pivotante (eixo central); (4) sanfonada; e (5) pantográfica/camarão.
As portas possuem medidas padrão. Sua altura deve ser a partir de 210
cm, e as larguras variam em função do local de posicionamento da porta nas
edificações.
Nas edificações comerciais, por exemplo, deve ser levado em consideração
o número de saídas (portas) e o dimensionamento delas para fins de evacuação
da edificação. É importante consultar a Resolução Técnica CBMRS n° 11 do
Corpo de Bombeiros – Saídas de emergência (RIO GRANDE DO SUL, 2015),
bem como as demais NBRs citadas nessa resolução.
As portas também devem atender a ABNT NBR 9077:2011 para a sua
distribuição, buscando atender a distância a percorrer até a saída de emergência.
As portas são compostas dos seguintes elementos (ver Figura 3):
Janelas
As janelas possuem funções estéticas, de luminosidade, ventilação, segurança,
isolamento térmico e isolamento acústico. Seus principais elementos são o
batente, a guarnição, o caixilho (vidro) e o contramarco. Veja na Figura 4
representações de diferentes tipos de janelas em planta baixa.
318 Construção civil
Figura 4. Representação das janelas: (1) janela de correr; (2) janela guilhotina; (3) janela
de folha fixa; (4) janela de abrir de eixo vertical, com folha dupla ou simples; (5) janela
projetante e de tombar; (6) janela projetante deslizante; (7) janela projetante pivotante; e
(8) janela basculante.
Janelas de correr
Formadas por uma ou várias folhas que podem ser movimentadas por desli-
zamento horizontal no plano da janela. As principais vantagens das janelas de
correr são: permitem a ventilação de fácil regulagem; as folhas não se mexem
sob a ação do vento; elas não ocupam áreas externas ou internas, favorecendo
o uso de telas, grades ou persianas; são simples de manobrar; possuem baixa
manutenção; e é possível realizar folhas de grandes dimensões.
Janelas guilhotina
São formadas por uma ou várias folhas, que podem ser movimentadas por
deslizamento vertical, no plano da janela. Suas principais vantagens são a
ventilação razoavelmente regulável e a posição não incômoda na área interna
ou externa, mesmo sob a ação do vento.
Esquadrias 319
Janelas basculantes
Possuem eixo de rotação horizontal, centrado ou excêntrico que não coincide
com as extremidades superior ou inferior da janela. É muito empregada em
cozinhas, banheiros, áreas de serviço, armazéns e escolas. Possuem regulagem
da ventilação e podem ser abertas sem entrada de água em chuvas fracas. São
de fácil limpeza e recomendadas para paredes internas. Podem ser instaladas
em divisórias ou corredores porque têm pequena projeção para ambos os lados,
sem prejuízo das áreas próximas.
Madeira
As esquadrias de madeira destacam-se pelo requinte e pela nobreza, pois nelas
são utilizadas madeiras nobres com alto valor agregado. A madeira escolhida
deve possuir uma maior resistência a intempéries, ou seja, suportar sol, chuva
e umidade (SANTOS; DUARTE, 2013). As esquadrias de madeira também
proporcionam um excelente isolamento acústico.
Para manter a qualidade, deve-se utilizar madeira devidamente seca. Se a
madeira não se encontrar nessa condição, podem ocorrer deformidades e alte-
rações de dimensionamento. A utilização da madeira seca elimina problemas
durante a instalação e principalmente durante a utilização.
A madeira entregue na obra não possui qualquer proteção superficial, por
isso, após sua instalação, deve ser feita uma pintura ou envernizamento. Além
disso, as esquadrias de madeira exigem manutenção periódica para manter a
qualidade das esquadrias.
Alumínio
As esquadrias de alumínio possuem maior valor agregado, e são empregadas
quando há a necessidade de grande resistência. Possuem grandes vantagens
em relação aos demais tipos de esquadrias, pois não oxidam, não necessitam
de pintura, não perdem o brilho e não alteram sua estrutura com variações
dimensionais (SANTOS, 2004).
De acordo com a ABNT NBR 12609:2012, ABNT NBR 12613:2006 e
ABNT NBR 14125:2016, os perfis de alumínio devem ser protegidos por
anodização ou pintura. A anodização é a formação de camada uniforme
de óxido de alumínio na superfície do alumínio, visando a proteger contra
corrosão, ar salino, fumaça industrial, etc. A pintura eletrostática refere-se à
aplicação de uma tinta em pó, utilizada para uma pintura resistente utilizando
princípios eletrostáticos. Sua utilização, além da proteção, visa a uma cobertura
uniforme e de qualidade.
Aço
As esquadrias de aço, popularmente conhecidas como “esquadrias de ferro”,
são muito comuns nas construções em bairros de baixa renda, pois possuem
menor valor agregado. De acordo com a ABNT NBR 10821:2011, com relação
às esquadrias de aço carbono ou liga aço-cobre, se não forem galvanizados, os
perfis devem receber pintura ou tratamento que assegure a proteção contra a
322 Construção civil
corrosão durante sua vida útil, prevendo-se manutenção. A mesma norma cita
que, para esquadrias de aço inoxidável, não é necessária proteção adicional
na superfície.
PVC
As esquadrias de PVC são feitas de material plástico e aditivos que garantem
uma maior estabilidade térmica e resistência ao intemperismo. O tipo de
PVC é diferente do usado em tubos e forros, pois os perfis são obtidos pelo
processo de extrusão, e a mistura de materiais é o que vai garantir a qualidade
da esquadria.
Atualmente, estão disponíveis no mercado em poucas cores. Porém, as
esquadrias em PVC vêm ganhando bastante espaço nas edificações devido
às suas características de boa resistência à oscilação de temperatura, a in-
tempéries, à UR. Apresentam bom desempenho em regiões litorâneas, não
necessitam pinturas, não mancham ou perdem o brilho e são de fácil limpeza.
Elas são fornecidas prontas para colocação em obra e são autoextinguíveis
(não propagam chamas). Possuem ainda baixo coeficiente de transmissão de
calor e permitem a utilização de vidros duplos (HUTH, 2007).
Para exemplos de como é feita a instalação das esquadrias com detalhes, leia o trabalho
Instalação de esquadrias de alumínio: prática e inovação (LIZUCA, 2001).
324 Construção civil
Leitura recomendada
DECORFACIL. Modelos e tipos de janela. [S.l.]: Decorfácil, 2015. Disponível em <http://
www.decorfacil.com/ modelos-e-tipos-de-janelas/>. Acesso em: 05 jan. 2017.
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Conteúdo:
Dica do professor
Na Dica do professor a seguir, é dado um resumo sobre as esquadrias mais comuns, seus materiais
de fabricação e alguns de seus diversos formatos, bem como sobre os elementos que as compõem.
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Exercícios
1) Selecione a alternativa que mais se encaixa com relação aos padrões necessários para uma
esquadria ideal em uma construção.
A) Estética.
B) Material utilizado.
E) Isolação acústica.
A) Contramarco.
B) Batente.
C) Caixilho.
D) Guarnição.
E) Componente de fixação.
B) Madeira.
C) Ferro.
D) Vidro.
E) Vidro blindado.
A) OSB.
B) Somente PVC.
D) MDF.
E) Somente vidro.
Na prática
Escolher as esquadrias erradas para um projeto, além de diminuir a atratividade estética do edifício,
pode acarretar custos extras com manutenção e substituição. Você, engenheiro, deve analisar bem
o local onde será feita a construção e/ou a reforma.
Devem ser observados itens como: a precipitação (chuva) local, se fica próximo de mar, de rio ou de
lagoa, a umidade média e, claro, o que será feito dentro da construção, visto que os agressores das
esquadrias podem vir de dentro. Vale a pena conferir as indicações de esquadrias para aplicações
específicas, isso irá garantir um projeto satisfatório.
Saiba +
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NBR 10821
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Impermeabilização: Técnicas
construtivas
Apresentação
Os sistemas de impermeabilização possuem função principal de proteger a edificação, aumentando
o tempo de vida útil da construção, visando a salubridade dos ambientes e melhorando a qualidade
de vidas dos usuários. É uma etapa da construção civil de grande relevância, mas em muitos casos,
é deixada de lado por motivos de contenção de gastos e até mesmo de desinformação, resultando
na umidade e no aparecimento de patologias de impermeabilização.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar os tipos de umidade e de infiltração presentes
em uma construção e como a elaboração de um projeto adequado de impermeabilização, pode
apresentar vantagens na prevenção de patologias causadas pela infiltração de água.
Bons estudos.
Para isto, o projeto de impermeabilização contribui para o entendimento de pontos que podem vir
a sofrer infiltrações, e como estes podem ser remediados, através de produtos específicos para
cada local.
Boa leitura.
CONSTRUÇÃO
CIVIL
ISBN 978-85-9502-048-1
CDU 69
Introdução
Quando o assunto é impermeabilização de ambientes, não se deve medir
esforços. Na maior parte das situações, os investimentos em imperme-
abilizantes são bem menores comparados a outras etapas da constru-
ção. Mas, se a impermeabilização não for bem executada, incômodos
(principalmente financeiros) serão gerados ao proprietário. Para isso, o
projeto de impermeabilização contribui para o entendimento de pontos
que podem vir a sofrer infiltrações, e como eles podem ser remediados
utilizando produtos específicos para cada local.
Figura 1. Efeito da água sob pressão hidrostática em uma piscina, por exemplo.
Fonte: Casa d’água (2017).
Percolação: água que atua sobre superfícies, não exercendo pressão hi-
drostática superior a 1 kPa. Ou seja, obedece a lei da gravidade, escorrendo
sobre as superfícies em direção determinada (Figura 2). É muito comum o
aparecimento em paredes e beldrames (caso não ocorra impermeabilização).
Capilaridade: ocorre através dos poros dos materiais, pela ação da cha-
mada tensão superficial, em que a situação mais característica é a presença de
umidade do solo que se eleva no material, em geral de 70 a 80 cm, conforme
mostrado na Figura 2.
Projeto de impermeabilização
Atualmente, com a expansão da concorrência, exigência e fiscalização das
obras, visando a melhorar a sua qualidade, há uma maior preocupação das
construtoras quanto à qualidade dos serviços executados. Investir em um
sistema de impermeabilização já no início da obra é primordial, pois seu custo
é estimado entre 1 e 3% do valor total da obra.
No entanto, a não execução ou a execução falha do sistema de impermeabi-
lização após a obra estar concluída pode gerar grandes prejuízos financeiros,
dependendo do tipo de dano causado na obra e das patologias resultantes. Estes
valores estão relacionados à manutenção necessária na edificação (compra de
materiais, mão de obra, insumos, maquinários) a fim de sanar os problemas
de infiltração, e isso sem garantia alguma, pois, em muitas situações, essa
manutenção não conseguirá resolvê-los. Os problemas secundários causados
pela impermeabilização também precisam ser levados em conta, como a de-
preciação do imóvel e os transtornos ocasionados por patologias na edificação
(mudança do imóvel, enfermidades, tempo gasto para resolver o problema,
brigas na justiça, entre outros).
A ABNT NBR 16636-2:2017 fixa as condições exigíveis para a elaboração de
projetos de arquitetura para a construção de edificações. Esta mesma norma
ressalta que todo profissional responsável técnico de uma obra deverá fazer
um projeto específico de impermeabilização, detalhando e especificando
produtos e serviços.
O projeto de impermeabilização apresenta, além dos ganhos econômicos,
outras vantagens, entre elas a unificação dos demais orçamentos (hidráulico,
elétrico, etc.); a compatibilidade entre todos os projetos de uma obra (arquite-
tônico, estrutural, elétrico, hidráulico, etc.); a facilidade na fiscalização antes,
durante e depois da obra; a oportunidade de prever ou antecipar problemas que
possam vir a ocorrer ao longo da obra; a possibilidade de prevenir patologias
ou a escolha de um sistema de impermeabilização falho.
A unificação e a compatibilidade dos orçamentos e projetos deve ocorrer
para permitir que erros sejam verificados nesses projetos. Como cada uma des-
tas etapas é realizada por diferentes profissionais é necessária uma integração,
para que todos os profissionais envolvidos consigam entender o que se passa
em cada uma delas. Por exemplo, ao elaborar o projeto de impermeabilização,
é possível, sem ser esta a intenção, perceber que a tubulação de esgoto não
terá caimento suficiente, o que poderia gerar incômodos ao futuro morador/
proprietário. É fundamental analisar cada projeto da obra, verificando os
pontos necessários para a implantação de impermeabilizantes.
Impermeabilização: técnicas construtivas 303
Camada impermeável
Segundo a ABNT NBR 9575:2010, a camada impermeável é descrita como
o estrato que promove uma barreira à passagem de fluidos. Essa barreira irá
apresentar diferentes classificações, de acordo com o material e o sistema
impermeabilizante escolhido.
Proteção mecânica
A função da camada de proteção mecânica é absorver e dissipar os esforços
tanto estáticos como dinâmicos atuantes sobre a camada impermeável, a fim
de protegê-la, conforme a ABNT NBR 9575:2010. Segundo Cruz (2003), a
proteção mecânica pode ser encontrada em três segmentos: a proteção mecâ-
nica intermediária, que deve ser de, no mínimo, 1,0 cm, visando a auxiliar na
camada de distribuição de esforços e no amortecimento das cargas na imper-
meabilização; a proteção mecânica final para solicitações leves e normais,
com espessura de, no mínimo, 3,0 cm, que é utilizada para distribuir sobre a
impermeabilização dos carregamentos normais; e a proteção em superfície
vertical, que protege a impermeabilização do impacto, do intemperismo e da
abrasão, atuando como camada intermediária quando forem previstos, sobre
ela, revestimentos de acabamento.
Quadro 3. Principais impermeabilizantes que devem ser utilizados de acordo com os lo-
cais de infiltração (patologias).
Local do
problema Tipo de solução Materiais
Caso a construtora em que você trabalhe opte por terceirizar a etapa de impermeabili-
zação da obra, é necessário fixar alguns critérios para a contratação do serviço. Procure
o maior número de referências de obras anteriores. Certifique-se de que a empresa
possua um responsável técnico, e, de preferência, esteja associada ao IBI (Instituto
Brasileiro de Impermeabilização). Além disso, exija produtos de qualidade e que sejam
indicados ou avalizados pelo fabricante. Quanto aos fornecedores, veja algumas dicas:
Peça aos fabricantes catálogos técnicos e indicação de instaladores.
Consulte fabricantes que oferecem suporte técnico sem custo extra.
Cheque se a empresa possui mão de obra qualificada e se tem experiência.
Tenha em mãos uma proposta técnico-comercial clara, que discrimine a metodo-
logia executiva e a tecnologia a ser empregada.
Sobre o contrato de prestação de serviço, o cliente deve exigir a fiscalização da exe-
cução de todas as etapas dos serviços (preparação, regularização, ensaios de produtos,
a impermeabilização em si, ensaios hidráulicos, proteções mecânicas e revestimentos).
312 Construção civil
CASA D’ÁGUA. Impermeabilização. São Paulo: Casa d’água, SP. 2017. Disponível em:
<http://www.casadagua.com/wp-content/uploads/2014/02/PALESTRA-SISTEMAS--
DE-IMPERMEABILIZAcaO.pdf>. Acesso em: 11 fev. 2017.
CRUZ, J. H. P. Manifestações patológicas de impermeabilização com uso de sistema não
aderido com mantas asfálticas: avaliação com auxílio de sistema multimídia. 2003.
168f. Monografia (Pós-Graduação Especialização em Engenharia Civil) – Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2003.
PORTAL METÁLICA CONSTRUÇÃO CIVIL. Sistema de impermeabilização na construção
civil. [S.l.]: Portal Metálica Construção Civil, 2017. Disponível em: <http://wwwo.metalica.
com.br/ sistemas-de-impermeabilizacao-na-construcao-civil>. Acesso em: 16 fev. 2017.
Leitura recomendada
SALGADO, J. Técnicas e práticas construtivas para edificações. 3. ed. São Paulo: Érica, 2014.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Exercícios
C) c) Não poderá haver tubulações embutidas na alvenaria, pois estas interferem na eficiência
dos impermeabilizantes.
B) b) Capilaridade e percolação.
C) c) Condensação e atmosférica.
D) d) Percolação e capilaridade.
A) a) Camada impermeável.
B) b) Detalhes construtivos.
E) e) Manta asfáltica.
B) b) Se preocupar para que a infiltração não provoque patogenias nas armaduras ou que ele
seja falho.
QUALIDADE NA EXECUÇÃO
FALHAS BÁSICAS
▪ Ausência de projeto;
▪ Detalhes;
▪ Dimensionamento;
▪ Escolha de materiais ou sistema
FALHAS DE DETALHES
▪ Juntas;
▪ Não execução de rodapé de impermeabilização 20cm acima do piso acabado;
▪ Não consideração da argamassa de regularização para a previsão da cota de passagem de água
por vigas invertidas;
▪ Falta de proteção da base de platibandas;
▪ Falta de proteção mecânica;
▪ Erros de projeção em outras partes do edifício:
- Rede pluvial mal projetada ou executada;
- Falta de desnível na soleira.
QUALIDADE DOS MATERIAIS
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Impermeabilização: Materiais
Apresentação
A vida útil de uma construção está relacionada diretamente com a presença dos sistemas de
impermeabilização, que protegem as estruturas contra a ação nociva de fluidos, principalmente a
água, bem como garantem a salubridade dos ambientes, melhorando a qualidade de vida dos
usuários. A escolha correta dos impermeabilizantes é de fundamental importância, variando de
acordo com o local em que o produto será utilizado e com as necessidades da construção.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar alguns conceitos que regem a
impermeabilização. Além disso, você vai conhecer quais são os principais tipos de
impermeabilizantes encontrados no mercado, bem como entender os locais de aplicação mais
indicados, suas necessidades e a aplicabilidade desses produtos.
Bons estudos.
Você, no lugar de Pedro, iria tomar qual providência? Que tipo de impermeabilizante você julga
ser mais indicado nesse caso? Essa impermeabilização necessita ser feita na parede inteira?
Infográfico
Existem diversos produtos e materiais para impermeabilização disponíveis no mercado. A
aplicabilidade deles vai depender da classificação, que está relacionada com a flexibilidade dos
produtos. Os fabricantes dividem os produtos em rígidos, flexíveis e semiflexíveis. Mas, em se
tratando de normas, essa última classificação não é aceita.
Conteúdo do livro
A impermeabilização visa a criar uma barreira física que impede a ação das intempéries (chuva, sol,
vento...) e evita infiltrações, que podem causar à construção danos leves, como manchas de bolor e
soltura de azulejos, ou danos graves, como corrosão de armaduras. A escolha correta do
impermeabilizante se deve ao local em que será utilizado e às necessidades da construção. A
escolha do impermeabilizante mais adequado se deve à classificação da flexibilidade, que pode ser
rígida, flexível ou semiflexível. Mas todos possuem o mesmo objetivo: aumentar a vida útil da
construção e garantir maior salubridade dos ambientes, melhorando a qualidade de vida dos
usuários.
Boa Leitura.
CONSTRUÇÃO
CIVIL
ISBN 978-85-9502-048-1
CDU 69
Introdução
A vida útil de uma construção está relacionada diretamente com a imper-
meabilização, que visa a criar uma barreira física para impedir a ação das
intempéries (chuva, sol, vento, etc) e evitar infiltrações, que podem causar
desde danos mais leves, como manchas de bolor e soltura de azulejos,
até danos mais graves, como a corrosão das armaduras. A escolha correta
do impermeabilizante depende do local em que ele será utilizado e das
necessidades da construção (local), a fim de garantir a maior salubridade
dos ambientes e melhorar a qualidade de vida dos usuários.
são aglomerantes;
são hidrófugos (evitam a passagem da água);
são quimicamente inertes;
possuem sensibilidade à temperatura (facilitando a aplicação);
melhoram a estanqueidade da construção (trincas, fissuras).
durabilidade da edificação;
conforto e saúde do usuário;
proteção contra o meio ambiente.
De início o problema da infiltração pode parecer algo irrelevante, que não afetará a
edificação. No entanto, isso não é tão simples, e fica ainda mais grave se não for tratado.
Diagnosticamos o problema no momento de aplicação das instalações, quando encon-
tramos alguma falha na instalação, ou então no processo de impermeabilização, que
é de extrema importância para evitar infiltrações no local. Inicialmente, as infiltrações
provocam danos na pintura, no reboco ou no gesso. Mas, se não forem tratadas, com
o passar do tempo ocasionam danos ainda maiores, como a corrosão na estrutura
metálica, conforme a figura a seguir:
subsolos;
playground;
lajes internas de cozinha, área de serviço, banheiros...;
lajes superiores e permanentes;
caixa de água/cisterna, piscina, calhas, banheiras;
terraços e marquises;
290 Construcão civil
Impermeabilizantes rígidos
(Continua)
292 Construcão civil
(Continuação)
Impermeabilizantes flexíveis
Devido a sua flexibilidade e plasticidade, os impermeabilizantes flexíveis
servem para suportar a variação térmica sem sofrer infiltrações. Como estes
materiais recebem adição de polímeros, elastômeros, entre outros, é possível
alterar as características elásticas do produto (SALGADO, 2014).
Basicamente, existem dois tipos de impermeabilizantes flexíveis: o sistema
flexível moldado no local e o sistema flexível pré-fabricado. Na primeira clas-
sificação, os exemplos são as membranas asfálticas e acrílicas e as argamassas
poliméricas. Já o sistema flexível pré-fabricado apresenta como exemplos as
mantas asfálticas.
Quanto à aplicabilidade desses materiais, seu uso é indicado para estruturas
com:
muita movimentação;
forte exposição solar;
vibrações e variações térmicas, como:
■■ lajes de cobertura;
■■ terraços;
■■ calhas de concreto;
■■ reservatórios elevados;
■■ áreas frias, como banheiros, lavabos, cozinhas (vai depender da
situação).
Impermeabilizantes semiflexíveis
Algumas referências bibliográficas, e mesmo a indústria, costumam apresentar
uma terceira classificação dos impermeabilizantes: os semiflexíveis. Embora
esta classificação não esteja contemplada em normas brasileiras, são produ-
tos com características intermediárias. Em outras palavras, eles irão variar
conforme sua composição, estando mais próximos dos impermeabilizantes
mais rígidos ou flexíveis.
Salgado (2014) ressalta que estes revestimentos impermeabilizantes são
constituídos por materiais que possuem dilatação e flexibilidade e trabalham
com a estrutura, podendo absorver pequenas movimentações ou acomodações
dela e suportar pressões negativas e positivas. Na categoria, entram as arga-
massas poliméricas formuladas com resinas termoplásticas, que conferem mais
Impermeabilização: materiais 295
elasticidade ao cimento. Elas se apresentam prontas para uso e devem ser bem
misturadas antes da aplicação. Em se tratando da aplicabilidade, destacam-se
a impermeabilização de superfícies de concreto, argamassa, alvenaria e aço
e de pequenas lajes e terraços.
Quando o aço de elementos estruturais sofre corrosão, devido a vários fatores, entre
estes a impermeabilização falha, ocorre um aumento no volume de até 8 vezes na
parte afetada da armadura. As consequências deste aumento de volume são tensões,
fazendo com que o concreto não resista, provocando fissuras, trincas e até o despla-
queamento do concreto. (MARCELLI, 2007). Veja na figura a seguir um exemplo de
como o aço é afetado quando exposto diretamente às intempéries ambientais (chuva/
umidade, sol, vento).
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Exercícios
1) Dos impermeabilizantes citados a seguir, qual é considerado como sendo do tipo flexível?
A) Cristalizante.
B) Manta asfáltica.
C) Epóxi.
D) Argamassa impermeável.
E) Cimento polimérico.
A) Sempre escolha os produtos mais baratos, afinal todos possuem a mesma finalidade.
A) Epóxi.
B) Cimento polimérico.
C) Argamassa impermeável.
D) Argamassa polimérica.
E) Cristalizantes.
Impermeabilizantes
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Pavimentação: Controle de defeitos
Apresentação
Esta é a última etapa da pavimentação. As estradas são um símbolo da evolução da infraestrutura
da sociedade, pois por meio delas conseguimos chegar por terra a lugares mais distantes. Isso foi
muito importante no desenvolvimento de povoados, especialmente em relação ao comércio e ao
abastecimento de diversos insumos para construções. Contudo, as estradas não são obras que
duram para sempre: também elas ficam obsoletas. Por isso, é dever do Engenheiro Civil mantê-las
em bom estado de funcionamento, fazendo sua manutenção. Como se faz isso? Identificando os
processos de degradação, avaliando sua gravidade e estando apto a restaurá-los, quando
necessário.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender que existem as mais diversas razões para um
pavimento apresentar falhas, a exemplo de condições climáticas extraordinárias, previsão de
tráfego subdimensionada, lançamento das camadas de base de forma inadequada, etc. Entendendo
como essas variáveis afetam o pavimento, você vai se tornar capaz de avaliá-las (aqui, serão
apresentadas técnicas de como fazer essa avaliação), além de conhecer os métodos de restauração
dos pavimentos danificados.
Bons estudos.
Você é engenheiro de estradas e foi incumbido de analisar dois trechos de ruas da sua cidade.
A) Tipo de pavimento.
B) Temperatura local.
C) Tráfego nas vias (tipo de veículo, utilização e horários com maior movimento).
D) Análise do material utilizado na pavimentação.
E) Projeção de possíveis defeitos que a via pode apresentar.
Infográfico
O Infográfico aponta os principais tipos de degradação do pavimento, clique e conheça cada um
deles bem como suas prováveis causas.
Seja a manutenção de uma estrada, seja a construção de uma nova via, esse tipo de obra
geralmente possui a característica de grande porte. A aparição de degradações, por descuido no
projeto ou na execução, encarece e atrasa obras que impactam diretamente na sociedade, o que
torna o conhecimento acerca dos defeitos de um pavimento ainda mais importante.
Boa leitura!
CONSTRUÇÃO
CIVIL
ISBN 978-85-9502-048-1
CDU 69
Introdução
As estradas são um símbolo da evolução da infraestrutura da sociedade.
Por meio delas é que as pessoas conseguem chegar a lugares mais dis-
tantes por terra. Isso foi muito importante para o desenvolvimento do
comércio, de povoados, para o abastecimento de diversos insumos para
construções, entre outros fatores. Porém, as estradas não são obras que
duram infinitamente. Elas também ficam obsoletas, por isso é que o
engenheiro civil deve fazer a sua manutenção. Você sabe como se faz
isso? Identificando os processos de degradação, avaliando sua gravidade
e estando apto a restaurá-los, quando necessário.
Neste texto, você vai aprender que existem as mais diversas razões
para um pavimento apresentar falhas, como condições climáticas extraor-
dinárias, previsão de tráfego subdimensionada, lançamento das camadas
de base de forma inadequada, etc. Entendendo como essas variáveis
afetam o pavimento, você vai se tornar capaz de avaliá-las (e aqui serão
apresentadas técnicas de como fazer essa avaliação), além de conhecer
os métodos de restauração dos pavimentos danificados.
Pavimentação: controle de defeitos 273
Processos de degradação
Ao longo do tempo, as propriedades mecânicas de um pavimento vão sendo
comprometidas. Isso acontece pois uma estrada está constantemente sendo
solicitada, o que torna inevitável que aconteçam processos de degradação.
Os principais motivos são: rupturas devido a cargas excessivas e danifica-
ções por cargas cíclicas em um mesmo ponto, além da deformação plástica.
Todo problema que compromete o revestimento asfáltico – parte visível do
pavimento – é chamado de problema funcional, pois pode ser identificado
pelo usuário da via, causando desconforto. Exemplos são buracos na pista,
trincas e ondulações.
Um pavimento degradado implica uma pista de rolamento que acaba por danificar, a
longo prazo, os veículos que nela circulam e que não garante segurança ao usuário. Já
um pavimento liso e suave implica maior comodidade e segurança para a população.
Figura 1. Trincas que podem surgir no asfalto devido à ruptura por resistência ou fadiga.
Fonte: Dimedrol68/Shutterstock.com
Deformação plástica
O asfalto aceita certos tipos de deformações. Porém, a cada incidência de
carga, também ocorre uma deformação residual que não retorna à sua condição
geométrica inicial. A soma dessas deformações residuais ao longo da vida do
pavimento resulta em uma deformação permanente, visível a olho nu. Exemplos
de deformação plástica são as zonas com uma depressão onde estão marcadas
as trilhas das rodas, afundadas no pavimento por onde os veículos trafegam.
Outro exemplo são as zonas de acúmulo de revestimento, como o local onde
os ônibus estacionam nas paradas de ônibus.
Pavimentação: controle de defeitos 275
Efeitos do clima
O clima no Brasil varia consideravelmente, ao longo do ano, em determinadas
regiões. No Sul, há temperaturas mínimas na média de 3 ºC durante o inverno
e máximas de 37 ºC durante o verão. Na região amazônica, há o período de
fortes chuvas entre janeiro e fevereiro, enquanto julho é predominantemente
seco. Independentemente disso, o pavimento deve ser o mesmo e durar pelo
menos 10 anos. Tendo em vista essa situação, é cabível que apareçam defeitos
oriundos da variação climática.
Alterações diárias de temperatura resultam na mudança de viscosidade do
pavimento. Essas flutuações diárias contribuem para os efeitos de deformação
residual. A radiação solar também influencia, podendo oxidar o asfalto. Um
problema menos comum no Brasil é o congelamento da água que se encontra
nas camadas inferiores, dando ao pavimento características rígidas que pre-
judicam o funcionamento.
Tipos de defeitos
O quadro a seguir apresenta os principais defeitos identificados nos pavimentos
rígidos e flexíveis e suas causas.
276 Construção civil
Codificação
Classe das
Fendas
fendas
Fissuras FI - - -
Com JE - - FC-3
erosão
acentu-
ada nas
bordas
das
trincas
(Continua)
Pavimentação: controle de defeitos 277
(Continuação)
Codificação
Classe das
Fendas
fendas
Trincas “Bloco“ Sem TB - FC-2
interli- erosão
gadas acentu-
ada nas
bordas
das
trincas
(Continua)
278 Construção civil
(Continuação)
Codificação
defeitos
Outros
Ondulação/Corrugação – Ondulações transversais causadas por O
instabilidade da mistura betuminosa constituinte do revestimento ou
da base.
Remendo profundo RP
Avaliação estrutural
Após identificar os problemas que aparecem nos pavimentos, é necessário
avaliá-los. Para isso, você deve conhecer o grau de comprometimento em que
se encontra o pavimento, para assim poder tomar uma decisão a respeito do que
fazer. Além dos problemas já citados, as avaliações estruturais diagnosticam
outros fatores, como recalque, penetração de água e perda da capacidade de
suporte.
Pavimentação: controle de defeitos 279
Nem todas as avaliações são estruturais. O Valor de Serventia Atual (VSA) de uma via
é uma avaliação subjetiva criada para classificar o padrão de conforto do rolamento.
Periodicamente, avaliadores trafegam na via e classificam o pavimento com notas
de 0 a 5. Uma rodovia recém-construída geralmente alcança um patamar entre 4,2
e 4,5 de VSA.
Retroanálise
A retroanálise faz o caminho inverso do projeto. Em vez de conhecer as causas
e prever as consequências, se conhece as consequências e a partir delas se
estima as causas que determinaram a ocorrência dessa situação. O parâmetro
retrocalculado é o módulo de elasticidade. É necessário ter conhecimento da
carga externa aplicada para a qual foi obtida uma determinada bacia deflec-
tométrica. Conhecendo-se também os materiais que compõem o pavimento e
as espessuras das camadas, é possível inferir o módulo de elasticidade.
Pavimentação: controle de defeitos 281
Simulador
O simulador de tráfego permite criar condições ainda em fase de projeto que
imitam situações reais. Apesar de ter um maquinário robusto, ele é de grande
importância na área de projeto. Para avaliação de pavimentos existentes, se
podem recriar as mesmas condições reais, de forma a obter a resposta do
pavimento em laboratório.
A avaliação de aderência não é uma avaliação estrutural, e sim funcional. Ela é muito
importante no que tange à diminuição de acidentes. Isso ocorre pois essa avaliação
averigua o atrito entre pneu e pavimento, principalmente em dias de chuva, que
representam a pior situação.
Técnicas de restauração
Após identificar e avaliar os problemas, é chegada a hora de solucioná-los.
Existem diversos tipos de solução. Há as soluções rápidas e menos duradouras,
bem como as mais demoradas, mas também mais eficazes. Essas variáveis
dependem da importância da via, das consequências do seu bloqueio para
reforma e das consequências das suas más condições para a população que
tem convivido com elas.
Lama asfáltica.
Tratamento superficial.
Microrrevestimento a frio.
Concreto asfáltico.
282 Construção civil
Trincas isoladas podem ser confinadas por selagem asfáltica, de modo a não expandi-
rem mais. Apesar de isso não resolver o problema, garante que ele não irá aumentar.
Dessa forma, não é necessário fazer uma inserção de maior magnitude, evitando
bloqueamento da via e obras de maior porte.
Problemas estruturais
O comprometimento estrutural de um pavimento implica uma intervenção de
maior magnitude na via. Isso ocorre pois é necessário incrementar a capacidade
de suporte da estrutura do pavimento. O aumento dessa capacidade se dá por
meio da execução de novas camadas no pavimento, chamada de recapeamento,
ou do tratamento das camadas existentes, chamado de reciclagem. Para reduzir
a possibilidade de propagação de trincas existentes em camadas de revestimento
antigo, você pode considerar as seguintes soluções (BERNUCCI et al., 2008):
Emprego de geossintético: o geossintético é aplicado na interface entre a
camada de pavimento antigo danificado e a camada de recapeamento. Ele é
impregnado com ligante asfáltico e funciona melhor que uma pintura asfáltica,
pois tem mais taxa de ligante. Além de retardar a reflexão das trincas, ele
protege as camadas inferiores antigas de ações da chuva.
Camadas intermediárias de alívio de tensões: são camadas asfálticas de
pequena espessura executadas sobre o pavimento antigo e antes do recapea-
mento. Elas dissipam movimentos e tensões em trincas devido à recuperação
elástica do ligante asfáltico.
Camadas de dissipação de trincas: camada granular de poucos finos e
granulometria aberta, também executada entre a camada antiga e o recapea-
mento. O alto teor de vazios interrompe efetivamente a propagação de trincas.
Reciclagem do revestimento existente: essa técnica reduz ou até elimina
camadas com trincas. Se houver necessidade de aumento da capacidade de
suporte, se deve executar recapeamento sobre a camada reciclada. A reci-
clagem aproveita os materiais do pavimento antigo com a adição de agentes
rejuvenescedores ou ligantes novos.
Pavimentação: controle de defeitos 283
Leituras recomendadas
DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. DNER-ME 024/94: pavimento
- determinação das deflexões pela viga de Benkelman. DNER, 1994. Disponível em:
<goo.gl/qdN4xO>. Acesso em: 08 mar. 2017.
DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. DNER-PRO 273/96: deter-
minação de deflexões utilizando deflectômetro de impacto. DNER, 1996. Disponível
em: <goo.gl/gifEhA>. Acesso em: 08 mar. 2017.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
Dica do professor
Para avaliar uma pavimentação existente, precisamos saber até que ponto uma amostra consegue
representar o pavimento. Para isso, podemos usar a definição de segmentos homogêneos a partir
de valores de deflexão.
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Exercícios
1) Qual é a diferença entre os processos de ruptura por resistência e ruptura por fadiga?
A) Ambos ocorrem quando o esforço solicitado ao pavimento é maior que sua capacidade de
suporte. A diferença se dá que, na ruptura por resistência, o rompimento ocorre na primeira
vez em que o pavimento é solicitado, e, na ruptura por fadiga, o pavimento é solicitado várias
vezes até romper.
C) A ruptura por resistência ocorre quando o pavimento sofre uma solicitação maior que sua
capacidade de suporte, seja por flexão, tração ou compressão. Já a ruptura por fadiga ocorre
por causa de uma microfissuração progressiva ocasionada por cargas cíclicas que não são
maiores que a capacidade de suporte do pavimento.
D) Ambos ocorrem quando o esforço solicitado ao pavimento é menor que sua capacidade de
suporte. A diferença se dá que, na ruptura por resistência, o rompimento ocorre na primeira
vez em que o pavimento é solicitado, e, na ruptura por fadiga, o pavimento é solicitado várias
vezes, de forma cíclica, até romper.
E) A ruptura por fadiga ocorre quando o pavimento sofre uma solicitação maior que sua
capacidade de suporte, seja por flexão, tração ou compressão. Já a ruptura por resistência
ocorre por causa de uma microfissuração progressiva ocasionada por cargas cíclicas que não
são maiores que a capacidade de suporte do pavimento.
A) Buracos na pista.
B) Trincas no revestimento.
B) É uma deformação plástica que ocorre quando uma carga superior à capacidade de suporte
do pavimento incide na via. Ela é a principal ocasionadora de trincas e buracos.
C) É uma parte da deformação viscoelástica que retorna à sua condição geométrica inicial. A
deformação que não é residual acaba por acumular e gerar uma deformação permanente no
pavimento.
E) É uma parte da deformação viscoelástica que não retorna à sua condição geométrica inicial,
apesar da característica dos pavimentos flexíveis de aceitarem deformações. O acúmulo
dessas deformações gera uma deformação permanente no pavimento.
A) Avaliação de aderência.
A) Ambas têm como principal intuito interromper a propagação de trincas, porém a camada de
alívio de tensões aposta na recuperação elástica do ligante asfáltico que a compõe para
dissipar os movimentos e as tensões das trincas, ao passo que a camada de dissipação utiliza
uma granulometria com muitos finos que, devido ao baixo teor de vazios, interrompe
efetivamente a propagação de trincas.
B) Ambas têm como principal intuito interromper a propagação de trincas, porém a camada de
alívio de tensões aposta na recuperação plástica do ligante asfáltico que a compõe para
dissipar os movimentos e as tensões das trincas, ao passo que a camada de dissipação utiliza
uma granulometria com muitos finos que, devido ao baixo teor de vazios, interrompe
efetivamente a propagação de trincas.
C) Ambas têm como principal intuito interromper a propagação de trincas, porém a camada de
dissipação aposta na recuperação elástica do ligante asfáltico que a compõe para dissipar os
movimentos e as tensões das trincas, ao passo que a camada de alívio de tensões utiliza uma
granulometria com poucos finos que, devido ao alto teor de vazios, interrompe efetivamente
a propagação de trincas.
D) Ambas têm como principal intuito interromper a propagação de trincas, porém a camada de
alívio de tensões aposta na recuperação plástica do ligante asfáltico que a compõe para
dissipar os movimentos e as tensões das trincas, ao passo que a camada de dissipação utiliza
uma granulometria com poucos finos que, devido ao alto teor de vazios, interrompe
efetivamente a propagação de trincas.
E) Ambas têm como principal intuito interromper a propagação de trincas, porém a camada de
alívio de tensões aposta na recuperação elástica do ligante asfáltico que a compõe para
dissipar os movimentos e as tensões das trincas, ao passo que a camada de dissipação utiliza
uma granulometria com poucos finos que, devido ao alto teor de vazios, interrompe
efetivamente a propagação de trincas.
Na prática
Os pavimentos, sejam eles rígidos (concreto) ou flexíveis (concreto asfáltico), devem suportar e
distribuir as tensões exercidas pelo tráfego sem causar prejuízo aos veículos circulantes.
Entretanto, em alguns locais, o esforço do tráfego é tão intenso ou possui características tão
específicas que os pavimentos não suportam ou não conseguem distribuir para as demais camadas
as tensões resultantes da passagem dos veículos. Você, como engenheiro civil, deve sempre estar
atento às condicionantes locais e operacionais que podem culminar em defeitos de pavimento.
As baixas velocidades dos veículos nessas faixas, com a operação em modo "arranca e para",
atreladas a problemas de execução do revestimento, como camadas mal compactadas, podem
afetar a condição de dirigibilidade, prejudicar o conforto do usuário, aumentar os custos
operacionais e dificultar a manutenção do pavimento.
Após determinar os materiais que serão utilizados na mistura asfáltica, você pode testar em
laboratório a predisposição da mistura à deformação permanente. Para isso, usam-se o Ensaio
Creep e ensaios com simuladores de tráfego.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Pavimento flexível
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Raio-X da BR-448
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Pavimentação: Técnica construtiva
Apresentação
Você sabia que é através das técnicas construtivas que o pavimento projetado vira realidade? Para
uma implantação adequada, deve-se atentar para a execução correta das camadas de subleito,
reforço do subleito, sub-base e base. A última camada é o revestimento, que será de qualidade se
sua usinagem e lançamento na via forem bem feitos.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai ver que, como a pavimentação está no rol de grandes
obras de infraestrutura, existe um maquinário próprio para execução dessa obra.
Bons estudos.
Dentro de um estudo de concepção para o projeto de uma rodovia, é sua função como Engenheiro
Civil fazer um estudo sucinto a respeito do SAFL, destacando sua importância na utilização como
base a sub-base de pavimentos, e os principais cuidados na hora da execução.
Infográfico
Conheça e entenda o funcionamento dos dois principais tipos de usina de asfalto: gravimétricas e
contínuas.
A construção de um pavimento é o que você vai ler neste capítulo, sua importância se dá porque é
nessa fase que o pavimento vira algo real, físico e palpável. Erros no projeto podem ser facilmente
corrigidos se identificados a tempo, enquanto que, na execução, não existe essa opção. Por isso
que é necessário executar um pavimento de forma minuciosa e atenta.
Boa leitura!
CONSTRUÇÃO
CIVIL
Introdução
Como você deve imaginar, disponibilizar estradas confiáveis para usufruto
da população requer uma série de processos. Envolve, por exemplo,
dimensionar corretamente o pavimento, conhecer os tipos de materiais
que podem compor esse pavimento, escolher esses materiais devido às
suas características e propriedades e executar esse pavimento de forma
adequada. A construção de um pavimento é o que você irá estudar neste
capítulo. Sua importância se dá porque é nessa fase que o pavimento
vira algo real, físico e palpável. Erros no projeto podem ser facilmente
corrigidos se identificados a tempo, enquanto que na execução não
existe essa opção. Por isso é necessário executar um pavimento de forma
minuciosa e atenta.
Portanto, este texto aborda as técnicas construtivas de um pavimento.
É nessa fase que o pavimento projetado vira realidade. Para uma implan-
tação adequada, se deve atentar para a execução correta das camadas
de subleito, reforço do subleito, sub-base e base. A última camada é o
revestimento, que será de qualidade se sua usinagem e seu lançamento
na via forem bem feitos. Como a pavimentação está no rol de grandes
obras de infraestrutura, existe um maquinário próprio para execução
dela, que você também vai conhecer aqui.
Pavimentação: técnicas construtivas 257
Regularização e subleito
A regularização pode ser feita após a terraplanagem do terreno que irá receber
a via. Seu objetivo é corrigir as falhas da superfície terraplanada. Também
existe o caso de a pavimentação ser executada sobre um leito antigo de estrada
de terra, onde a regularização se faz ainda mais necessária. Isso ocorre pois
uma superfície terraplanada tem menos irregularidades que uma superfície
que antes servia de estrada. A preferência é que essa regularização seja feita na
forma de pequenos aterros, dando condições geométricas definidas ao subleito.
O material para os pequenos aterros pode ser obtido nos próprios taludes de
corte, numa operação de importação local ou bota-dentro.
O preparo do subleito depende do cuidado com eventuais recalques, po-
dendo ter uma compactação de 100% em relação ao ensaio de Proctor Normal
(três camadas, com 25 golpes por camada), ou 100% em relação ao Proctor
Intermediário (35 golpes por camada) ou Proctor Modificado (55 golpes por
camada). O acabamento deverá ser feito, preferencialmente, com máquina e
controlado por meio de régua própria. Esta, ao ser colocada longitudinalmente
sobre o subleito, não pode exceder além de 4 cm do perfil estabelecido. O
equipamento utilizado consiste em compressores automotores, de três rodas de
8 a 12 toneladas. A aplicação dos rolos compactadores segue a norma geral: da
borda para o centro, nos trechos retilíneos, e da borda interna para a externa
nas curvas. O início do acabamento deve ser feito com motoniveladora e o
final com rolos pneumáticos de rodas múltiplas, bamboleantes.
258 Construção civil
Reforço do subleito
O reforço do subleito é executado sobre subleitos de má qualidade ou tráfego
de cargas muito pesadas. Ele deve possuir material de mais qualidade, com
Índice de Suporte Califórnia acima de 10%. Isso geralmente implica importa-
ção do solo e, antes de importar, é necessário balizar os alinhamentos laterais
colocando os piquetes devidamente espaçados e afastados. Esse procedimento
serve para evitar o deslocamento prematuro pela passagem das máquinas.
Antes da compactação, se deve verificar o teor de umidade, procu-
rando, se houver excesso, reduzir o teor por tombamentos sucessivos com
motoniveladoras.
Base e sub-base
A base e a sub-base têm funções parecidas dentro da estrutura de um pavi-
mento. A função da base é receber os esforços da camada de revestimento
e passar para o subleito. Porém, pode se tornar custoso executar uma base
de camada muito espessa. Com o fim de diminuir a espessura da camada de
base, é executada a sub-base, que fica entre o subleito e a base. A sub-base é
de um material de menor qualidade.
Estabilização do solo
A estabilização do solo consiste em dotá-lo de condições de resistir a deforma-
ções e ruptura. A estabilização do solo consiste em misturar solos arenosos,
que apresentam índice de rolamento razoável durante a chuva, mas muita
poeira na estiagem, com solos argilosos, melhores nos períodos de estiagem,
mas lamacentos em períodos chuvosos. Combinando as características desses
dois solos, é possível chegar num produto que não oferece poeira nem lama. A
mistura desses dois solos confere uma estabilização granulométrica. Assim,
os grãos menores preenchem os vazios gerado pelo intertravamento dos grãos
maiores.
O processo construtivo se dá na distribuição desse material em leiras uni-
formes, sendo em seguida distribuído em camadas uniformes. A compactação
segue os processos habituais. Com rolo pé-de-cabra, se inicia a compactação,
em faixas longitudinais da borda para o centro. Ela também pode ser feita com
rolos pneumáticos. No fim da operação, é necessário verificar se as massas
específicas atingiram as especificações previstas em projeto.
Existem diversos outros tipos de bases e sub-bases. Neste texto, você conheceu os
mais usuais ou mais significativos na pavimentação brasileira. Outros exemplos de
base e sub-base são: brita graduada tratada com cimento; macadame betuminoso;
solo arenoso fino laterítico (SAFL); solo-cimento; solo-asfalto; entre outros.
Usinas
A obtenção de uma mistura asfáltica envolve a associação do agregado com o
ligante asfáltico em proporções predeterminadas no projeto. Essa associação
é feita em uma instalação apropriada, conhecida como usina de asfalto. Se a
mistura do agregado é com cimento asfáltico de petróleo (CAP), o agregado
deve ser aquecido previamente para remoção de umidade. Além disso, se deve
elevar sua temperatura para o envolvimento com o ligante asfáltico. Esse tipo
de mistura é conhecido como usinado a quente. A seguir, você pode observar
as operações básicas para a produção de misturas asfálticas a quente:
Caso o ligante seja emulsão asfáltica, a usina é usada para mistura a frio. Como não
é necessário o aquecimento do agregado e do ligante, as usinas para mistura a frio
também são utilizadas para misturas de solos, britas, solo-cimento, etc. Ainda se pode
utilizar usinas do tipo móvel.
Transporte e lançamento
O transporte é feito, geralmente, por caminhões com báscula traseira. A
logística desse transporte é importante, pois a carga é rejeitada se a mistura
chegar na obra com temperatura excessiva ou baixa. As variáveis que envolvem
o transporte são a velocidade de produção da mistura, a distância da obra, o
tipo de tráfego no percurso e o tempo de descarregamento.
262 Construção civil
Compactação
A compactação de uma camada asfáltica de revestimento aumenta a estabi-
lidade, reduz o índice de vazios, proporciona uma superfície suave e desem-
penada, além de aumentar sua vida útil. A espessura máxima de uma mistura
asfáltica compactada é de 10 cm. Para uma boa compactação, dois fatores são
essenciais: confinamento e temperatura. No campo, o confinamento adequado
não é simples de conseguir. A parte de baixo é confinada por uma camada de
base já estável. Já as laterais são confinadas pela própria mistura, que deve
ser resistente à fluência e ao escorregamento.
Misturas asfálticas com temperaturas elevadas tendem a fluir e se deformar.
Já em temperaturas baixas, tendem a enrijecer, se tornando plásticas e pegajo-
Pavimentação: técnicas construtivas 263
sas. Cada mistura asfáltica tem uma faixa de temperatura para compactação
própria, relacionada ao tipo de ligante utilizado.
Tratamento superficial
As principais funções dos tratamentos superficiais são: proporcionar uma
camada de rolamento de pequena espessura, porém de alta resistência contra
o desgaste; impermeabilizar o pavimento; proteger a infraestrutura; e pro-
porcionar um pavimento com revestimento antiderrapante. Neste item, se
aborda o tratamento superficial por penetração. Ele é realizado por meio de
um caminhão espargidor, responsável pela distribuição do ligante asfáltico
combinado com um distribuidor de agregados. É necessário um ajuste prévio
nos equipamentos, a fim de que apliquem o ligante e o agregado nas proporções
definidas em projeto. A compressão do agregado é realizada imediatamente
após o seu lançamento na pista.
264 Construção civil
Maquinário
Você pode utilizar este item como um glossário das máquinas citadas ao
longo deste texto. Aqui, você também vai conhecer outros equipamentos não
expostos neste texto, mas de uso corrente na execução de pavimentos.
266 Construção civil
Rolos compactadores
Estáticos: compactam a camada devido ao seu peso próprio, que pode ser
aumentado pela utilização de lastros. Você deve saber que existem três tipos de
compactadores estáticos: os pneumáticos, em tandem liso ou três rodas lisas.
Motoniveladoras
Consistem em veículos em geral com seis rodas, das quais quatro se localizam
na traseira para que possam garantir uma força maior sustentando o peso do
motor e aumentar o torque para a laminação do solo. As outras duas ficam
na dianteira do veículo para controle de direção. Sua lâmina se encontra na
horizontal e é ajustável (horizontal, vertical e ângulo) por meio de braços
mecânicos e/ou pistões hidráulicos e engrenagens.
268 Construção civil
Vibroacabadoras
A vibroacabadora (também chamada de pavimentadora de asfalto) é o equi-
pamento que executa a aplicação, o nivelamento e a pré-compactação do
concreto asfáltico em obras de pavimentação.
Pavimentação: técnicas construtivas 271
Leitura recomendada
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Exercícios
A) A granulometria deve ser uniforme para, dessa forma, estabilizar as camadas de subleito, base
e sub-base. A uniformidade das partículas garante resistência, enquanto a compactação
adensa o material para que não haja vazios nem recalques.
C) As camadas inferiores precisam dar resistência e estabilidade para o pavimento, que são
alcançadas através do intertravamento dos grãos maiores, porém, também são necessários
grãos menores que preencham o vazio resultante desse intertravamento, assim a estrutura
não ficará frágil. A compactação também tem o objetivo de diminuir os vazios e adensar o
material, para que não haja recalque depois.
D) Em uma camada inferior, o mais importante é a granulometria, pois ela evita os vazios, com o
preenchimento do material fino, e garante estabilidade, com o intertravamento do material
mais graúdo. A compactação é necessária apenas por questões estéticas, para que não
tenhamos estradas muito altas em relação ao terreno.
E) A granulometria é responsável pelas saliências nas camadas, importantes para que haja
intertravamento entre o subleito, sub-base e base. A compactação visa impedir o recalque das
camadas depois que a pista estiver liberada para tráfego.
3) Qual a diferença entre uma mistura asfáltica usinada a quente e uma mistura asfáltica
usinada a frio?
B) Não há diferença, a nomenclatura foi dada em função da temperatura ambiente do local onde
é executado o pavimento. Misturas a quente são feitas em países tropicais, com média de
temperatura entre 20 e 30oC, enquanto misturas a frio são realizadas em países do extremo
norte, com temperatura média de 0oC.
C) A mistura de cimento asfáltico de petróleo (CAP) necessita ser feita em altas temperaturas,
para garantir que o agregado não tenha umidade e que o ligante o envolva por completo.
Misturas a frio ocorrem quando o agregado possui como ligante uma emulsão, que é um
ligante modificado que reduz a tensão superficial e permite a obtenção de viscosidade na
faixa de 0,2 Pa.s, faixa de trabalho para mistura com agregado.
D) A mistura de cimento asfáltico de petróleo (CAP) necessita ser feita em baixas temperaturas
para garantir rigidez e resistência à mistura. Misturas a quente são feitas quando é mais
necessário trabalhabilidade, de forma que o aumento da temperatura flexibilize a utilização do
CAP.
E) Não há diferença prática, misturas a quente são feitas mais rapidamente, porque o CAP
possui mais trabalhabilidade, porém, consomem mais energia. Misturas a frio necessitam de
mais tempo pois, já que o CAP está mais rígido, ele demora mais a escoar e a envolver o
agregado.
4) O transporte e o lançamento de misturas asfálticas para revestimento envolvem uma série
de processos que devem ser devidamente considerados na hora do planejamento da
execução. Qual dos processos a seguir é o de menor importância no momento do transporte
e do lançamento do concreto asfáltico?
5) Qual das opções a seguir condiz com a descrição de um rolo de compactação estático?
A) É composto por um ou mais tambores de aço com pesos giratórios, criando forças dinâmicas
que, somadas com seu próprio peso, aumentam o esforço de compactação.
B) É dotado de rolos com pequenos degraus em sua estrutura, que garantem uma precisa
compactação. Compacta de baixo para cima. Os pequenos degraus penetram a camada solta
superior e compactam a camada inferior.
C) Compacta a camada devido ao seu peso próprio, que pode ser aumentado pela utilização de
lastros.
E) Consiste em um veículo, em geral com seis rodas, das quais quatro localizam-se na traseira
para que possa ter uma maior força sustentando o peso do motor e aumentar o torque para a
laminação do solo. As outras duas na dianteira do veículo, para controle de direção. Sua
lâmina encontra-se na horizontal e é ajustável (horizontal, vertical e ângulo), através de braços
mecânicos e/ou pistões hidráulicos, e engrenagens.
Na prática
A pavimentação, ao interceptar a flora, às vezes confina rios e córregos, diminui a área de vivência
de animais silvestres, além de trazer todos os malefícios que o aumento de um tráfego carrega.
Uma das formas de fornecer uma contrapartida para a natureza é utilizando o pó da borracha
oriunda de pneus, que seriam descartados, em misturas com ligantes asfálticos.
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Pavimentação: Materiais
Apresentação
Você conhece o mundo dos materiais que compõem um pavimento? Um pavimento típico possui
diversas camadas (revestimento, base, sub-base, reforço do subleito) assentadas sobre uma
fundação que é chamada de subleito. Cada camada do pavimento pode ser constituída por uma
infinidade de materiais, a escolha desses materiais vai refletir no desempenho do pavimento, como
ser mais rígido ou mais flexível, com maior resistência à tração, mais ou menos permeável.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender que, no momento de fazer um projeto de um
pavimento, é essencial conhecer a resposta que cada material pode oferecer à nossa estrutura de
pavimentação.
Bons estudos.
Boa leitura!
CONSTRUÇÃO
CIVIL
Introdução
Neste texto, você conhecerá o mundo dos materiais que compõem um
pavimento. Um pavimento típico possui diversas camadas (revestimento,
base, sub-base, reforço do subleito) assentadas sobre uma fundação que
é chamada de subleito. Cada camada do pavimento pode ser constituída
por uma infinidade de materiais. Como você deve imaginar, a escolha
desses materiais vai refletir no desempenho do pavimento. Ele pode
ser mais rígido ou mais flexível, ter maior ou menor resistência à tração,
ser mais ou menos permeável. No momento de fazer o projeto de um
pavimento, é essencial conhecer a resposta que cada material pode
oferecer à estrutura de pavimentação.
Agregado
Todos os revestimentos de pavimentos são constituídos por uma associação de
agregados com um ligante, que pode ser asfáltico ou o cimento. É importante
conhecer e selecionar as propriedades de um agregado para que a mistura com
o ligante resulte em um revestimento satisfatório. O agregado escolhido para
uma determinada utilização deve apresentar propriedades que suportem tensões
244 Construção civil
Granulometria
A distribuição granulométrica dos agregados é uma das suas principais carac-
terísticas. Ela efetivamente influi no comportamento dos revestimentos. Em
misturas asfálticas, a granulometria influencia quase todas as propriedades
importantes, incluindo rigidez, estabilidade, durabilidade, permeabilidade,
trabalhabilidade, resistência à fadiga e à deformação permanente.
A distribuição granulométrica é determinada por meio do peneiramento
dos agregados. A massa retida em cada peneira é comparada à massa total
da amostra e apresentada como porcentagem. Como resultado do ensaio, se
obtêm as curvas granulométricas, que você pode ver na Figura 1.
Cu = D60 / D10
Para um solo bem graduado, o valor do coeficiente de curvatura deverá estar entre 1 e 3.
Ligantes asfálticos
Na maioria dos pavimentos brasileiros, se usa como revestimento uma mistura
de agregados minerais de vários tamanhos com ligantes asfálticos. Ela garante
impermeabilidade, flexibilidade, estabilidade, durabilidade, resistência à
derrapagem, resistência à fadiga e resistência à fratura na tração térmica, de
acordo com o clima e o tráfego previsto para o local. Para responder adequa-
damente a todos esses requisitos, é necessário conhecer o material que faz a
ligação entre os agregados que compõem o revestimento. A seguir, você vai
compreender melhor a diferença entre betume e asfalto:
Betume: mistura de hidrocarbonetos de elevado peso molecular, solúvel
no bissulfeto de carbono, que compõe o asfalto.
Asfalto: material cimentante, preto, sólido ou semissólido, que se liquefaz
quando aquecido, composto de betume e alguns outros metais. Pode ser encon-
trado na natureza (CAN), mas em geral provém do refino do petróleo (CAP).
seu peso molecular, 95% são hidrocarbonetos. Para ser usado, deve
ser aquecido.
Asfaltos diluídos de petróleo (ADP): diluição de CAP em derivados
de petróleo para permitir a utilização à temperatura ambiente. Deno-
minação dada segundo a velocidade de evaporação do solvente:
■■ Cura rápida (CR) –solvente é a gasolina ou a nafta.
■■ Cura média (CM) –solvente é o querosene.
Asfalto espuma: técnica de espumação especial do asfalto que consiste
em promover o aumento de volume do CAP por choque térmico, pela
injeção de um pequeno volume de água à temperatura ambiente, em um
asfalto aquecido. Tem como objetivo diminuir a viscosidade do asfalto
e melhorar a sua dispersão quando ocorre a mistura com agregados.
Emulsões asfálticas (EAP): dispersão do CAP em água com o uso
de emulsificante. Existem vários tipos, identificados pelo tempo de
ruptura, pela carga da partícula e pela finalidade.
Adesivo termoplástico.
■■ Passa do estado líquido ao sólido de maneira reversível.
■■ A colocação no pavimento se dá a altas temperaturas; por meio do
resfriamento, o CAP adquire as propriedades de serviço, o que reflete
em seu comportamento viscoelástico.
Impermeável à água.
Quimicamente pouco reativo (garante boa durabilidade).
248 Construção civil
Macadame hidráulico
Material largamente utilizado na execução das primeiras rodovias do Brasil.
Trata-se de uma camada granular, composta por agregados graúdos, naturais
ou britados, cujos vazios são preenchidos em pista por agregados miúdos e
aglutinados pela água. A estabilidade é obtida por meio da compactação.
Dependendo do tipo de subleito, se deve utilizar uma camada de bloqueio, de
modo a evitar o cravamento do agregado graúdo no solo.
Solo-cimento
Utilizado na década de 1960, quando as obras de pavimentação se estende-
ram para regiões com escassez de pedreiras. Estabiliza quimicamente o solo
com cimento Portland, empregando um percentual em massa de cimento da
ordem de 3% a 9%. Quanto maior essa porcentagem, maior o enrijecimento
do solo. Para utilização em camadas de base ou sub-base, o subleito deve ter
boa capacidade de suporte para que o solo-cimento seja compactado de forma
Pavimentação: materiais 251
Solo-cal
Possui os mesmos objetivos do solo-cimento: enrijecimento ou aumento da
trabalhabilidade e redução da expansão. Aplicado preferencialmente em solos
argilosos e siltosos caulínicos. Funciona bem como sub-base ou reforço do
subleito.
Leitura recomendada
PEURIFOY, R. L. et al. Planejamento, equipamentos e métodos para a construção civil. 8.
ed. Porto Alegre: AMGH, 2015.
Conteúdo:
Dica do professor
A Dica do professor explica como fazer e interpretar uma curva granulométrica, indicativo de maior
importância na avaliação de um agregado.
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Exercícios
A) O diâmetro efetivo mede a finura do solo, corresponde a um diâmetro em que 50% das
partículas que compõem a amostra são inferiores a ele.
B) O diâmetro efetivo mede a finura do solo, corresponde a um diâmetro em que 10% das
partículas que compõem a amostra são inferiores a ele. O coeficiente de uniformidade dá uma
ideia da distribuição do tamanho das partículas do solo, um coeficiente baixo (<15) indica que
a amostra é composta, majoritariamente, por partículas com diâmetros parecidos entre si,
enquanto que um coeficiente alto (<15) indica que existem particulas de diversos diâmetros
compondo essa amostra. O coeficiente de curvatura dá uma medida da forma e da simetria da
curva granulométrica, quando bem graduada (valores entre 1 e 3), apresenta distribuição
granulométrica contínua.
C) O diâmetro efetivo mede a finura do solo e corresponde a um diâmetro em que 30% das
partículas que compõem a amostra são inferiores a ele. O coeficiente de uniformidade dá uma
ideia da distribuição do formato das partículas do solo, um coeficiente baixo (<15) indica que
a amostra é composta, majoritariamente, por partículas lamelares, enquanto que um
coeficiente alto (<15) indica que existem partículas mais arredondadas. O coeficiente de
curvatura dá uma medida da forma e da simetria da curva granulométrica, quando bem
graduada (valores entre 2 e 6), apresenta distribuição granulométrica contínua.
D) O diâmetro efetivo mede a finura do solo e corresponde a um diâmetro em que 20% das
partículas que compõem a amostra são inferiores a ele. O coeficiente de uniformidade dá uma
ideia da distribuição do tamanho das partículas do solo, um coeficiente baixo (<15) indica que
a amostra é composta, majoritariamente, por partículas com diâmetros parecidos entre si,
enquanto que um coeficiente alto (<15) indica que existem particulas de diversos diâmetros
compondo essa amostra. O coeficiente de curvatura dá uma medida da forma e da simetria da
curva granulométrica, quando bem graduada (valores entre 1 e 7) apresenta distribuição
granulométrica contínua.
E) O diâmetro efetivo mede a finura do solo e corresponde a um diâmetro em que 40% das
partículas que compõem a amostra são inferiores a ele. O coeficiente de uniformidade dá uma
ideia da distribuição do tamanho das partículas do solo, um coeficiente baixo (<15) indica que
a amostra é composta, majoritariamente, por partículas com diâmetros parecidos entre si,
enquanto que um coeficiente alto (<15) indica que existem particulas de diversos diâmetros
compondo essa amostra. O coeficiente de curvatura dá uma medida da forma e da simetria da
curva granulométrica, quando bem graduada (valores entre 5 e 7) apresenta distribuição
granulométrica contínua.
2) Dadas as seguintes informações sobre uma granulometria: D10 = 0,0018 mm D30 = 0,013
mm D60 = 0,055 mm, determine o coeficiente de uniformidade (CU) e o coeficiente de
curvatura (CC). Qual o significado desses resultados?
A) CU = 0,033; indica que o solo não é uniforme, não apresenta a maioria de suas partículas com
tamanhos em uma faixa estreita. CC = 1,71; indica que o solo é bem graduado, ou seja, a
distribuição do tamanho de partículas é proporcional, de forma que os espaços deixados pelas
partículas maiores sejam ocupados pelas menores.
B) CU = 7,22; indica que o solo é medianamente uniforme, ou seja, boa parte de suas partículas
apresentam tamanhos próximos entre si. CC = 1,71; indica que o solo é bem graduado, ou
seja, a distribuição do tamanho de partículas é proporcional, de forma que os espaços
deixados pelas partículas maiores sejam ocupados pelas menores.
C) CU = 30,55; indica que o solo não é uniforme, não apresenta a maioria de suas partículas com
tamanhos em uma faixa estreita. CC = 1,71; indica que o solo é bem graduado, ou seja, a
distribuição do tamanho de partículas é proporcional, de forma que os espaços deixados pelas
partículas maiores sejam ocupados pelas menores.
D) CU = 7,22; indica que o solo é medianamente uniforme, ou seja, boa parte de suas partículas
apresentam tamanhos próximos entre si. CC = 1,71; indica que o solo não é bem graduado, ou
seja, a distribuição do tamanho de partículas não é proporcional, de forma a não existir finos
suficientes para preencher os vazios deixados pelas partículas maiores.
E) CU = 1,71; indica que o solo é bem graduado, ou seja, a distribuição do tamanho de partículas
é proporcional, de forma que os espaços deixados pelas partículas maiores sejam ocupados
pelas menores. CC = 30,55; indica que o solo não é uniforme, não apresenta a maioria de suas
partículas com tamanhos em uma faixa estreita.
3) Quanto às características do Concreto Asfáltico de Petróleo, responda:
A) Ele é permeável.
A) O CAP é posto em um receptáculo com um tubo no fundo e aquecido, assim ele vai escoar
para dentro do tubo. A quantidade de milímetros que ele penetrar no tubo após 15 minutos é
o valor da penetração.
B) O ensaio mede a profundidade que uma esfera de densidade padrão penetra numa amostra
de volume padrão durante o período de 5 segundos.
C) O ensaio mede a profundidade que um cilindro de densidade padrão penetra numa amostra
de volume padrão durante o período de 5 segundos.
E) O ensaio mede a profundidade que uma agulha de massa padrão penetra numa amostra de
volume padrão durante o período de 5 segundos.
B) Existe contato grão-grão, baixa densidade, permeável, não suscetível a mudanças com a
umidade, difícil compactação.
C) Não existe contato grão-grão, baixa densidade, impermeável, não suscetível a mudanças com
a umidade, difícil compactação.
D) Finos preenchem os vazios, alta densidade, permeabilidade menor que o tipo A, resistente,
baixa deformabilidade, dificuldade moderada de compactação.
E) Matriz de finos: baixa densidade, baixa permeabilidade, a mistura é afetada por variação de
umidade, fácil compactação.
Na prática
Na prática, precisamos saber como avaliar o solo que compõe as camadas do pavimento com
índices técnicos, que nos permitam compará-las não só qualitativamente, mas com dados
numéricos que possam ser qualificados e comparados. A resposta é o ensaio de laboratório mais
difundido, o Índice de Suporte Califórnia (ou CBR, do inglês, Califórnia Bearing Ratio), que avalia a
resistência e a expansibilidade do solo.
Ou seja, ao se deparar com um resultado de CBR=10%, entende-se que aquele solo representa
10% da resistência à penetração da brita padronizada. O ensaio também permite a obtenção de
outro parâmetro importante relacionado com a durabilidade, que é o índice de expansibilidade do
solo, pois em uma etapa do ensaio, o solo é imerso em água por, no mínimo, quatro dias,
possibilitando a análise da expansão da amostra ensaiada.
Para o cálculo, são adotadas as pressões lidas entre as penetrações de 2,54 e 5,08 mm. O resultado
é determinado pela seguinte expressão:
A pressão padrão dada na expressão anterior é 6,90 e 10,35 MPa para as penetrações de 2,54 e
5,08 mm, respectivamente. Considera-se o resultado final aquele que obtiver o maior valor de CBR.
Podemos, entretanto, afirmar que os siltes, e outros solos expansíveis, apresentam baixos valores
de CBR, inferiores a 6%, enquanto solos finos em geral, incluindo solos arenosos, apresentam
valores de CBR entre 8% e 20%. Já os solos grossos, como os pedregulhos e as britas graduadas,
situam-se em patamares de 50% a 100%, podendo atingir valores mais elevados.
Como parâmetros de projeto, pisos e pavimentos rígidos requerem CBR > 8%, enquanto os
pavimentos flexíveis exigem valores de CBR > 12%.
Para uma energia de compactação grande, a curva de resistência será mais íngreme e os valores da
resistência maiores e, para uma menor energia de compactação, pelo contrário, as curvas serão
abatidas e as resistências menores.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
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Apresentação
Você sabe a diferença entre o pavimento flexível e o pavimento rígido? De forma simples, ela
resume-se ao modo como as cargas que incidem no pavimento se distribuem ao longo de suas
camadas. Porém, para um aprendizado eficaz e interessante, é necessário entender o contexto no
qual essa diferenciação é importante.
Bons estudos.
Suponha que você se encontra na situação de um Engenheiro Civil que presta consultoria, e seu
trabalho é indicar qual tipo de pavimento e arranjo de camadas deve ser utilizado para as três
seguintes situações:
■ Rodovia federal de quatro pistas, que interliga um grande centro a uma cidade-polo litorânea,
com forte atuação turística, com jazida de material granular de alta resistência abundante perto da
região em que será implantado o pavimento.
■ Reforma em via expressa de grande centro urbano, pavimentada com asfalto há oito anos.
Boa leitura!
CONSTRUÇÃO
CIVIL
ISBN 978-85-9502-048-1
CDU 69
Introdução
Este texto busca apresentar a diferença entre o pavimento flexível e o
pavimento rígido. Essa diferença se resume, de forma simples, ao modo
como as cargas que incidem no pavimento se distribuem ao longo de
suas camadas. Porém, para um aprendizado eficaz e interessante, você
deve entender o contexto no qual essa diferenciação é importante. Para
isso, você irá compreender a importância do pavimento para a sociedade
e quais camadas o compõem.
Função de um pavimento
A engenharia caminha lado a lado com a vontade do homem de suprir suas
necessidades de forma mais prática e funcional. Ainda na época das caver-
nas, se demarcava o melhor caminho para conseguir acesso à água ou aos
campos de caça, de forma a poder ir e voltar mais rápido e sem se perder. A
necessidade de transitar com animais e carroças trouxe melhorias para esse
trajeto e, aos poucos, o homem começou a pensar em como melhorar suas
vias de acesso. Os usos dessas vias foram aumentando com o passar dos anos
234 Construção civil
Nos dias atuais, a pavimentação tem uma função ainda mais ampla. Por meio de
rodovias, acontece em torno de 60% do transporte de cargas no Brasil. Também
é nas rodovias que morrem em média aproximadamente 40 mil pessoas por ano.
Apenas esses dois itens já indicam a grande importância que a pavimentação tem
para a sociedade atual.
Após esse contexto histórico, para que você comece a entender melhor o
que exatamente é um pavimento, é importante que conheça a sua definição,
dada por Bernucci et al. (2008, p. 9). Essa definição sumariza o que você já
aprendeu:
Existem muitas informações sobre a situação das rodovias brasileiras no site do Ministé-
rio dos Transportes. Basta acessar: <https://goo.gl/iyFtiR> para aprender, por exemplo,
que, das estradas existentes no Brasil, apenas 12% são pavimentadas.
a) Revestimento (superfície)
b) Base e sub-base
c) Subleito
Revestimento
Essa camada entra diretamente em contato com os veículos. Sua função é
receber as cargas estáticas ou dinâmicas sem sofrer grandes deformações
elásticas ou plásticas. Ela também deve transmitir essas cargas para as ca-
madas inferiores. Além disso, tem a função de impermeabilizar o pavimento,
melhorando assim as condições de rolamento.
Por razões técnicas e construtivas, o revestimento é dividido em duas ou
mais camadas, que você pode observar na Tabela 1.
Designação Definição
Base e sub-base
Essa é a primeira camada de absorção das cargas impostas pelo tráfego. Ela tem
a função de aliviar as pressões sobre as camadas de solo inferiores. Também
desempenha importante papel na drenagem superficial dos pavimentos. A
seguir, observe os principais tipos de bases:
a) Granulares
■ Naturais: cascalhos, saibros, solos lateríticos, lateritas, areias;
■ Solo-brita: mistura de solo e pedra britada;
■ Macadames: agregados graúdos de granulometria uniforme que,
após compressão, têm vazios preenchidos por material de enchi-
mento;
b) Estabilizadas
■ Solos estabilizados ou melhorados com cimento, cal, cinza volante
e cal, ou asfalto;
■ Brita tratada com cimento.
A sub-base é feita com material menos nobre, pois, como está abaixo da base, sofre a
ação de menores tensões, não necessitando ser tão resistente quanto ela.
Subleito
Cada camada de pavimento auxilia na amenização dos esforços que chegam ao
subleito, camada inferior à sub-base. Deve-se, portanto, ter maior preocupação
com seus estratos superiores, onde os esforços atuam com maior magnitude
(BALBO, 2007). O subleito geralmente é constituído pelo próprio material do
238 Construção civil
Entre cada uma das camadas do pavimento que você acabou de conhecer, existe a
necessidade da aplicação de uma fina película de material betuminoso. Essa película
tem o objetivo de aumentar a coesão da superfície imprimada graças à penetração do
material betuminoso utilizado. A aplicação dessa fina película também é conhecida
como pintura asfáltica.
Se a camada também precisa ser impermeabilizada, se deve utilizar a imprimação
impermeabilizante. Ela deve ser executada com materiais que possuem baixa visco-
sidade na temperatura de aplicação e cura suficientemente demorada.
Flexível
Revestimento
Base
Sub-base
Reforço
Subleito
Rígido
Placa de concreto
Sub-base
Subleito
Semirrígido tradicional
Revestimento
Base cimentada
Sub-base
Subleito
Semirrígido invertido
Revestimento
Base
Sub-base cimentada
Subleito
Figura 2.
Pavimentação: pavimentos flexível e rígido 241
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Exercícios
A) É a aplicação de uma fina película de material betuminoso entre o revestimento e a base, com
o objetivo de aumentar a coesão da superfície imprimada, graças à penetração do material
betuminoso utilizado.
B) É a aplicação de uma fina película de material betuminoso entre todas as camadas, com o
objetivo de aumentar a coesão da superfície imprimada, graças à penetração do material
betuminoso utilizado.
C) É a aplicação de uma fina película de material betuminoso entre a base e a sub-base, com o
objetivo de aumentar a coesão da superfície imprimada, graças à penetração do material
betuminoso utilizado.
E) É a aplicação de uma fina película de material betuminoso entre o subleito e o leito, com o
objetivo de aumentar a coesão da superfície imprimada, graças à penetração do material
betuminoso utilizado.
A) O revestimento de concreto distribui de forma mais dispersa a carga por ele recebida,
enquanto que o revestimento asfáltico a repassa para as camadas inferiores de forma mais
pontual.
B) O revestimento asfáltico distribui de forma mais dispersa a carga por ele recebida, enquanto
que o revestimento de concreto a repassa para as camadas inferiores de forma mais pontual.
C) Ambas as camadas são pontuais, porém o revestimento de concreto passa direto para o
subleito, sem necessidade de repassar para a sub-base, e o revestimento asfáltico não, ele
repassa para base, sub-base e subleito.
D) Ambas as camadas são distribuídas, porém o revestimento de concreto passa direto para o
subleito, sem necessidade de repassar para a sub-base, e o revestimento asfáltico não, ele
repassa para base, sub-base e subleito.
E) Não há diferença no que tange aos esforços, apenas aos custos de implantação. A resposta
mecânica de ambos é idêntica.
Na prática
O que levou a cidade de São Paulo a trocar 10,1 km de pavimentação flexível por pavimentação
rígida? Uma rápida abordagem sobre o histórico das estradas brasileiras aponta que o início da
pavimentação no Brasil se deu nos anos 1950, quando a nossa malha rodoviária pavimentada
saltou de 423 km para 968 km. Nos anos 1980, já eram mais de 47 mil quilômetros de rodovias
federais pavimentadas.
Por outra via, além de mais custoso e demorado, o pavimento rígido gerava um desconforto ao
rolamento por causa da presença de grandes aberturas de juntas. Pavimentos rígidos são feitos
com placas de concreto colocadas sobre uma mistura de britas e cimento.
Nos dias atuais, o pavimento rígido volta à pauta porque já existem técnicas construtivas que
aceleram sua execução, e o seu custo de implantação é equilibrado pelo baixo custo de
manutenção.
Por fim, conclui-se que o pavimento rígido em concreto é recomendado para vias de tráfego
pesado, como corredores de ônibus, nas quais a aplicação dos picos de carga não têm altas
variações e, dificilmente, passará algo mais pesado que um grande ônibus lotado. A execução
necessita de um maior aporte financeiro, pois tem um custo maior em comparação ao asfalto.
Esse custo inicial mais alto é balanceado por uma vida útil mais longa e com menos intervenções
para manutenção, o que influencia em outros ganhos indiretos, como uma via sem bloqueios e
intervenções por bastante tempo. Também se evitam patologias comuns em pavimentos asfálticos
com alto tráfego, como as trilhas de rodas e escorregamentos laterais.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
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Revestimentos: técnicas
construtivas
Apresentação
Os revestimentos são utilizados visando basicamente a proteção e o acabamento de superfícies.
Mas existem alguns cuidados em se tratando do assentamento dos revestimentos cerâmicos. É
comum ocorrer perdas em função da estocagem e do armazenamento incorretos dos materiais, da
falta de paginação que prejudica o corte das peças ou até mesmo do assentamento incorreto,
sendo necessário refazer o serviço.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar algumas técnicas de aplicação dos
revestimentos cerâmicos que auxiliam o correto assentamento das peças, a fim de evitar gastos
desnecessários e incômodos futuros.
Bons estudos.
Você, como engenheiro/arquiteto responsável por uma obra, terá que mediar as exigências do
cliente com as propriedades corretas das cerâmicas para cada ambiente da obra, a fim de evitar
equívocos que possam trazer transtornos futuros.
1. Apresentar fotografias (ao menos duas) do local antes e depois da colocação do revestimento
cerâmico no piso. Não necessariamente a colocação das peças cerâmicas precisa estar concluída.
O objetivo final é a elaboração de um relatório básico, relatando como ocorreu o assentamento das
peças cerâmicas.
Infográfico
O Infográfico a seguir apresenta um esquema referente ao revestimento de cerâmicas. Desde a
compra dos materiais até a etapa final - ou seja, o rejunte das peças -, devem ser tomados alguns
cuidados a fim de evitar problemas futuros.
Conteúdo do livro
Neste capítulo, você vai estudar as diferentes técnicas construtivas referentes aos revestimentos
cerâmicos. Existe uma variedade imensa de fabricantes e produtos cerâmicos, e nem sempre o
preço baixo é sinônimo de economia. A uniformidade das placas cerâmicas deve ser um fator
relevante na escolha.
Para evitar perdas, adotar a forma adequada de armazenar esses materiais antes do início do
assentamento também é fundamental. Tanto em revestimentos verticais quanto horizontais, a
colocação das peças exige alguns cuidados, que vão desde a preparação da base até o
assentamento propriamente dito. Leia do tópico Argamassas para revestimento até o tópico
Revestimento na horizontal.
Boa leitura.
CONSTRUÇÃO
CIVIL
ISBN 978-85-9502-048-1
CDU 69
Introdução
Você já deve saber que os revestimentos são utilizados visando basica-
mente à proteção e ao acabamento de superfícies. Mas existem alguns
cuidados necessários para o assentamento dos revestimentos cerâmicos.
É comum ocorrerem perdas, seja pela estocagem e pelo armazenamento
incorreto dos materiais, seja pela falta de paginação. Assim, podem haver
perdas excessivas devido ao corte de peças, ou até mesmo pelo assen-
tamento incorreto, sendo necessário refazer o serviço.
Caso seja necessário fazer o empilhamento de caixas, se deve ler no rótulo de cada
cerâmica a capacidade máxima, para evitar quebras. As argamassas, por sua vez, devem
ficar armazenadas em local seco.
Dimensão indicada
Material cerâmico Dimensão para juntas (mm)
15x20 2,0
15x15 2,0
15x20 2,0
20x20 2,0
Porcelanato
Junta mínima (mm)
À base de resina 4 2
Revestimentos na vertical
Os revestimentos na vertical, como paredes, envolvem algumas etapas bási-
cas. Após o término da base, a primeira etapa de revestimento é o chapisco,
entendido como uma fase de preparação da base a fim de torná-la mais rugosa
e homogênea à absorção de água. Observe os tipos de chapiscos mais comuns
a seguir. Na Figura 3, você pode ver estas técnicas ilustradas.
Figura 3. Tipos de chapiscos mais utilizados: tradicional (A), industrializado (B) e rolado (C).
Fonte: Adaptada de Comunidade da Construção (2017).
O reboco pode ser a camada final ou, se necessário, algum outro revestimento cerâmico
poderá ser aplicado. Porém, se deve esperar sete dias após a execução do reboco/
emboço para o assentamento dos azulejos na parede, pois esse é o tempo de cura
da massa.
Revestimento na horizontal
A seguir você irá conhecer algumas técnicas construtivas para revestimentos na
horizontal, como nos pisos. Esses são compostos basicamente por contrapiso,
camada de regularização e piso cerâmico, conforme você pode ver na Figura 4.
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Exercícios
1) Dentre as alternativas a seguir, qual está correta em se tratando de juntas e suas diferentes
tipologias?
A) A junta estrutural possui a função de aliviar as cargas provocadas pela movimentação das
peças cerâmicas.
C) A junta de dessolidarização não deve ser utilizada em mudanças de planos (quinas de paredes
tanto internas quanto externas) e perímetro das áreas revestidas.
D) Em se tratando de piso e parede internos, a junta de movimentação deve ser usada a cada 32
m2 ou quando uma das dimensões for maior que 8 m. Já para pisos externos, a junta deve ser
utilizada a cada 20 m2 ou quando uma das dimensões for maior que 4 m.
2) Qual alternativa está correta em relação aos cuidados necessários com os materiais antes do
início do assentamento das cerâmicas?
A) Deve-se prever a compra de duas peças a mais dos revestimentos cerâmicos, pensando-se
nos acidentes que possam ocorrer, como trocas e reparos das peças.
C) É fundamental ler as recomendações dos fabricantes dos materiais a serem usados, pois
existe uma vasta gama de produtos no mercado e é necessário saber para quais ambientes o
produto é indicado.
D) É imprescindível que o local onde os materiais ficam estocados até o início das obras seja
limpo e seco. A fim de facilitar a retirada desses materias e organizar melhor os espaços,
deve-se sempre empilhar as caixas com cerâmicas.
E) Em obras de grande porte, após a compra dos revestimentos cerâmicos, a construtora deve
exigir a entrega em um único frete à empresa fornecedora.
A) A NBR 8214 (ABNT, 1983) comenta sobre os tipos de pisos e a disposição do assentamento.
E) Caso não haja um projeto de paginação, deve-se sempre verificar o rótulo do revestimento
cerâmico escolhido, pois ele apresenta detalhadamente como ficará o piso após concluído.
4) Deve ser aplicada sobre a base e feita com uma argamassa industrializada específica para
esse fim, sendo necessário acrescentar somente água.
Essa afirmação se refere:
A) Ao chapisco tradicional.
B) Ao chapisco industrializado.
C) Ao chapisco rolado.
D) Ao emboço.
E) Ao reboco.
A) A argamassa deve ser preparada com o auxílio de misturador mecânico limpo, adicionando
água na quantidade recomendada na embalagem do produto.
B) Existem duas técnicas de aplicação da cerâmica, a simples colagem e a dupla colagem. Mas,
de acordo com a NBR 13753 (ABNT, 1996), deve-se sempre optar pela dupla colagem, pois
garante mais segurança à obra.
C) As placas cerâmicas com argamassa colante devem ser assentadas no máximo a cada 3 m2.
D) É indicado aplicar o rejunte, mesmo que as juntas estejam sujas com argamassa de
assentamento, pois dessa forma irá ocorrer economia da argamassa de rejunte.
E) Caso se verifique a ocorrência de placas cerâmicas mal assentadas, não há problemas, pois a
argamassa de rejunte irá resolver o problema.
Na prática
Em se tratando do assentamento de revestimentos cerâmicos, deve-se tomar algumas precauções.
A seguir, são apresentados alguns cuidados necessários nas diferentes etapas de assentamento.
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Obras de Infraestrutura e Obras
civis
Apresentação
Quando se pensa em uma obra de engenharia civil, a primeira coisa que vem à cabeça da maioria
das pessoas é uma casa ou um edifício. Apesar de correta, esta imagem é um tanto quanto simplista
e desconsidera todos os outros demais projetos pelos quais um engenheiro civil é responsável.
Casas, prédios e habitações em geral constituem a área conhecida como obras civis. Existem, ainda,
as construções chamadas de obras ou projetos de infraestrutura, que constituem elementos como
rodovias, barragens, sistemas de transmissão de energia, tratamento de esgoto, enfim, todos os
serviços necessários para que uma cidade ofereça todas as suas funcionalidades e seus cidadãos
tenham uma boa qualidade de vida.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar os diferentes tipos de obras de infraestrutura, e
vai entender algumas de suas particularidades nas etapas de concepção, projeto, execução e
utilização de infraestruturas, e os equipamentos, máquinas e materiais comumente utilizados
nesses tipos de obras.
Bons estudos.
Na imagem a seguir, quais elementos ou obras de infraestrutura você identifica e compreende sua
utilização?
Infográfico
Os estudos para implementação de uma obra de infraestrutura começam muito antes do início da
construção em si. Como são obras de grande porte, o impacto (tanto na fase de construção, quanto
na fase de utilização) influenciará a vida de muitas pessoas, além de todo meio ambiente ao seu
redor. Por isso, diversos outros estudos devem ser realizados para que sejam avaliados os
benefícios e prejuízos causados pela obra. Esse conjunto de estudos compreende o Estudo de
Impactos Ambientais e Relatórios de Impactos Ambientais, comumente conhecidos como
EIA/RIMA.
Boa leitura!
CONSTRUÇÃO
CIVIL
ISBN 978-85-9502-048-1
CDU 69
Introdução
Quando você pensa em uma obra de engenharia civil, provavelmente a
primeira coisa que lhe vem à cabeça é uma casa ou um edifício. Apesar de
correta, essa imagem é um tanto quanto simplista e desconsidera todos
os outros demais projetos pelos quais um engenheiro civil é responsável.
Casas, prédios e habitações em geral constituem a área conhecida como
obras civis. Existem, ainda, as construções chamadas de obras ou projetos
de infraestrutura. Elas envolvem elementos como rodovias, barragens,
sistemas de transmissão de energia, tratamento de esgoto, enfim, os
serviços necessários para que uma cidade ofereça todas as suas funcio-
nalidades e para que seus cidadãos tenham uma boa qualidade de vida.
Neste texto, você será apresentado aos diferentes tipos de obras de
infraestrutura. Também entenderá algumas das particularidades das
etapas de concepção, projeto, execução e utilização de infraestruturas.
Além disso, conhecerá os equipamentos, máquinas e materiais comu-
mente utilizados nesses tipos de obras.
14 Construção civil
Obras de construção
A ordem das licenças ambientais e suas funções são conteúdos que caem com fre-
quência em concursos públicos, por isso merecem atenção!
Para saber mais sobre o processo, leia o texto “Diretrizes Básicas Para Elaboração de
Projetos Rodoviários” (DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM, 1999).
Caçambas
Figura 2.
Fonte: SofiaV/Shutterstock.com
Retroescavadeiras
Figura 3.
Fonte: SofiaV/Shutterstock.com
Obras de infraestrutura e obras civis 21
Compactadores de solo
Figura 4.
Fonte: BlueRingMedia/Shutterstock.com
Figura 5.
Fonte: Susse n/Shutterstock.com
22 Construção civil
Figura 6.
Fonte: VECTORWORKS_ENTERPRISE/Shutterstock.com
Fonte: SergeyVidyulin/Shutterstock.com
Fonte: SergeyVidyulin/Shutterstock.com
Figura 7.
Figura 8.
Fonte: Dr Ajay Kumar Singh/Shutterstock.com
Obras de infraestrutura e obras civis 25
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Exercícios
B) Estão relacionados à falta de recursos do governo devido ao pequeno valor cobrado nos
impostos.
D) Estão diminuindo, uma vez que o investimento em infraestrutura no Brasil está acima do
necessário e continua aumentando.
C) Ser uma fase preliminar, de levantamento de documentação e cadastro junto aos órgãos
municipais, estaduais e federais, preocupando-se, principalmente, em autorizar o início de
operação da atividade licenciada e, quando necessário, da quebra do sigilo industrial.
E) Ser uma fase preliminar do planejamento da atividade, contendo requisitos básicos a serem
atendidos nas fases de localização, instalação e operação, observando os planos municipais,
estaduais e federais de uso do solo.
C) Dependerem apenas de licença para instalação da obra. Uma vez iniciada, o empreendimento
pode ser operado por tempo indeterminado.
E) O detalhamento preciso de todos os custos das medidas mitigadoras dos impactos negativos.
Nestes grandes empreendimentos, a função do engenheiro civil começa nas fases iniciais de estudo
do projeto, quando são levantadas as carências da região e as oportunidades de melhorias
provocadas por eles.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Mega Construções
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Alvenaria: Técnicas construtivas
Apresentação
Tendo em vista a necessidade de minimizar o efeito de trocas térmicas, de garantir a massa
suficiente para o isolamento acústico e, simultaneamente, permitir a execução dos pormenores
construtivos para a correta adequação ao sistema estrutural optado para um edifício, deve-se,
inicialmente, definir a técnica construtiva e não apenas a escolha do tipo de bloco que será usado
na fase de construção das alvenarias.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai entender que uma técnica construtiva racionalizada
baseia-se em uma família de diferentes tipologias, procedimentos e dimensões de blocos, que no
seu todo se tornam essenciais para o adequado desempenho em utilização de paredes e de prazos
de execução, representando o caminho para a obtenção da qualidade.
Bons estudos.
A espessura ideal da junta é de 1 cm, mas é aceitável que ela fique com até 1,5 cm. Variações
devem ocorrer única e exclusivamente para ajustar a quantidade de fiadas à cota de respaldo da
parede, ou para compensar eventuais diferenças nas medidas dos tijolos, mas sempre mantendo o
nível e o prumo. Confira no Infográfico!
Conteúdo do livro
Você já sabe que as paredes são constituídas por tijolos, blocos de concreto ou até mesmo pedras
naturais unidas com argamassa. As alvenarias com pedra natural são um caso à parte, pois têm
técnicas executivas próprias e que variam dependendo da finalidade da parede ou do muro e do
tipo de pedra. No trecho do capítulo a seguir, o autor aborda dicas que servem para as alvenarias
feitas com tijolo comum, laminado, blocos de concreto e de solo-cimento, ou seja, elementos
construtivos com dimensões predeterminadas e constantes.
Aprofunde seu conhecimento com o capítulo Alvenaria: técnicas construtivas, da obra Construção
Civil.
CONSTRUÇÃO
CIVIL
ISBN 978-85-9502-048-1
CDU 69
Introdução
Tendo em conta a necessidade de minimizar o efeito de trocas térmicas,
de garantir a massa suficiente para isolamento acústico e simultaneamente
permitir a execução de pormenores construtivos que permitam a correta
adequação ao sistema estrutural escolhido para um edifício, inicialmente
devemos definir a técnica construtiva e não apenas a escolha do tipo de
bloco que será usado na fase de construção das alvenarias.
Uma técnica construtiva racionalizada baseia-se em uma família de
diferentes tipologias, procedimentos e dimensões de blocos, que, no
seu todo, se tornam essenciais para o adequado desempenho em utili-
zação de paredes e de prazos de execução, literalmente representando
o caminho para obtenção da qualidade.
Largura nominal 10 cm
da parede
Parede de 20 cm
Para obter paredes com maior largura, fazemos uma composição de duas ou
mais paredes (veja a Figura 5).
Paredes especiais
Como o próprio nome indica, nas paredes de tijolos à vista o tipo de tijolo
utilizado é o maciço, desde que seja selecionado, ou prensado, ou de 21 furos
(tijolos mais caros). A disposição dos tijolos deve ser feita em placas, com
dois tijolos colocados paralelos. Para a amarração destes tijolos, a cada duas
fiadas coloca-se um ferro na argamassa de assentamento. Quando utilizar ferro
argamassado, tome cuidado de não colocar cal na argamassa.
Para paredes de tijolos à vista, não devem ser usados andaimes que “furem” a parede,
pois não é possível retocar após a retirada do andaime. Utilize andaimes metálicos ou
andaimes com duas fileiras de pontaletes.
Alvenaria: técnicas construtivas 195
Paredes divisórias
são leves;
podem ser facilmente montadas e desmontadas;
possuem pequena espessura;
não são inflamáveis;
são decorativas.
Estuque: malhas de aço de 4,2 mm, com 40,0 cm de lado, recobertas com tela deployé.
Depois de feito isso, lança-se argamassa e desempena-se. Esta parede fica com 3,5 a
4 cm de espessura.
Salpique ou chapisco
A argamassa fluida de cimento e areia (1:5 ou 1:6) será lançada no pilar onde
a alvenaria deve encostar.
Esperas
Em prédios estruturados, para a amarração das paredes, devem ser deixadas
esperas de ferro nos pilares a cada 3 ou 4 fiadas de tijolos da alvenaria. A bitola
das esperas pode ser de 4,2 ou 5,0 mm, e a distância entre elas de 35 a 40 cm.
A parede deve ser levantada até uns 20,0 cm antes da viga (em prédios
estruturados). Deixamos, então, curar por 7 dias, para depois fazer o encunha-
mento. O encunhamento serve para evitar o surgimento de fissuras na ligação
da alvenaria com a estrutura, e é executado com tijolos maciços inclinados,
assentados com argamassa de cimento e areia (1:5). A argamassa é colocada
apenas entre os tijolos encunhados, e não entre os tijolos e a alvenaria, nem
entre os tijolos encunhados e a viga.
No caso de paredes de maior largura, colocamos duas camadas de tijolos
encunhados, paralelas entre si. Caso não queiramos fazer o encunhamento,
deixamos 2,0 ou 3,0 cm entre a alvenaria e a viga e preenchemos este espaço
com argamassa com expansor.
Coxim
Também chamado travesseiro, o coxim é uma pequena viga colocada na
alvenaria de prédios não estruturados para diminuir as tensões que atuam
nesta alvenaria, causadas, por exemplo, por uma tesoura de telhado. Os coxins
podem ser de madeira ou de concreto.
Por exemplo: carga de uma viga descarregando sobre uma parede de um
prédio não estruturado (veja Figuras 8 e 9):
σ=R/A
Onde:
R = reação de apoio da viga sobre a parede;
A = área de contato da viga apoiada sobre a parede;
σ = tensão provocada pela viga sobre a parede.
Se a tensão “T” calculada for maior que a tensão admissível da alvenaria,
poderá ocorrer o esmagamento da parede. A solução para que não ocorra o
esmagamento é colocar um pilar para apoiar a viga ou aumentar a área de
contato da viga com a alvenaria por meio de um coxim (viga curta).
Alvenaria: técnicas construtivas 199
Vergas
São elementos estruturais utilizados para resistir às cargas provenientes das
laterais de portas e janelas. Existem vergas superiores e inferiores. Conforme
o tipo de material, temos (veja a Figura 10):
Particularidades em muros
Em muros de arrimo, caso o empuxo que atua na alvenaria (de pedra, geral-
mente) seja maior que a resistência desta alvenaria, devemos ter reforços ao
(veja a Figura 11):
Leituras recomendadas
ALBUQUERQUE, A. Construções civis. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1957.
BAUD, G. Manual de pequenas construções. São Paulo: Hemus, 2002.
BORGES, A. C. Prática das pequenas construções. 8. ed. São Paulo: Edgard Blücher,
2000. v. I e II.
CARDÃO, C. Técnica da construção civil. 8. ed. Belo Horizonte: Edições Engenharia e
Arquitetura, 1988. v. I e II.
CARICCHIO, L. M. Construção civil. Rio de Janeiro: Gráfica Olímpia, 1955.
PIANCA, J. B. Manual do construtor. 15. ed. Porto Alegre: Globo, 1978.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Dica do professor
Qualquer pessoa, por mais leiga que seja, quando pensa em construir logo imagina as paredes.
Nada mais natural, pois as paredes estão entre os itens mais visíveis e tratam-se verdadeiramente
de um dos símbolos de uma casa, pela sua solidez e sensação de proteção. Contudo, está cada vez
mais difícil, tanto nos grandes centros quanto no interior, encontrar mão de obra com
conhecimento e paciência para executar uma alvenaria como ela deve ser.
Cabe aos arquitetos e engenheiros zelar para que não se perca essa arte tão importante à qualidade
e à estética das obras, treinando seus trabalhadores e exigindo que se utilize as boas práticas.
Assista ao vídeo e confira como deve ser levantada uma parede em alvenaria!
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Exercícios
A) Meio tijolo.
B) Um tijolo.
C) Cutelo.
D) Um tijolo e meio.
E) Oca.
A) Emboço.
B) Encunhamento.
C) Cisalhamento.
D) Escantilhão.
E) Chapisco.
4) Durante o levantamento de alvenaria, para atenuar as tensões que ficarão concentradas nos
contornos dos vãos de portas e janelas devido à descontinuidade da parede, é necessária a
execução de elementos estruturais específicos. O elemento localizado acima dos vãos é
denominado de:
A) Marco.
B) Caixilho.
C) Esquadria.
D) Verga.
E) Contramarco.
E) Iniciar pelos cantos, em toda a altura do pé-direito, e depois seguir em direção ao centro.
Na prática
Além de tudo que foi visto, as boas práticas da engenharia recomendam mais algumas regras
importantes, mas que, infelizmente, nem sempre são seguidas:
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Alvenaria: Materiais
Apresentação
A qualidade de uma obra é totalmente dependente da qualidade dos materiais empregados, sendo
que os principais insumos constituintes das alvenarias são os tijolos ou blocos, a argamassa e o
graute (no caso de alvenaria estrutural). São muitos os materiais existentes para produção de tijolos
e blocos, denominados comumente de componentes da alvenaria. Os mais comuns e mais
utilizados são as cerâmicas e os concretos, cada um deles com suas características e finalidades
próprias.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai entender que um elemento tão versátil como a alvenaria
precisa atender a várias situações, sem descuidar dos itens básicos: resistência mecânica, peso,
absorção de umidade, características de isolamento e condução térmica, tipo de superfície e sua
compatibilidade com o acabamento previsto, seja este pintura, revestimento com argamassa ou
placas de algum material.
Bons estudos.
A casa terá:
Quantos tijolos você deverá comprar, sabendo que as paredes acabadas terão 15cm de espessura
(tijolo em pé), e deve-se considerar no cálculo 10% de perdas na execução dos serviços?
Infográfico
Você sabia que dois componentes básicos formam a alvenaria? Com tijolos/blocos e argamassa já
pode-se levantar uma parede, porém, muitos são os materiais com os quais estes dois componentes
podem ser feitos. A unidade de base mais utilizada são os tijolos cerâmicos (maciços e furados) e os
blocos de cerâmica ou de concreto, estes últimos podem servir tanto para vedação quanto para
estrutural. Os cerâmicos são feitos com argila e queimados em forno, apresentando coloração
avermelhada.
As fábricas onde são produzidos chamam-se olarias. Os blocos de concreto são normalmente
moldados em formas metálicas, adequadamente adensados e curados, para garantir sua forma e
suas propriedades, principalmente a resistência. As argamassas são materiais compostos, ou seja,
feitas comumente da mistura de cimento ou cal, ou ambos mais areia. Ela liga os blocos
funcionando como cola e garantindo a resistência e as demais propriedades do conjunto. Confira
no Infográfico!
Conteúdo do livro
O sistema construtivo de "pau a pique", que utilizava gradeados de varas de madeiras preenchidos
com barro, foi uma das primeira paredes desenvolvidas pelo homem, utilizadas em construções no
interior do País até os dias de hoje. As travessas são armadas com bambus, que se sobrepõem
horizontalmente a cada, aproximadamente, quinze centímetros. Eles são amarrados com cipós aos
esteios verticais, feitos com bambu inteiro. A seguir, barreiam-se as paredes, que não são alisadas.
Em seguida veio a técnica da cantaria (alvenaria de pedras), uma evolução decorativa e estrutural,
pois propiciou as primeiras grandes obras, como catedrais, pontes e castelos. Uma obra em cantaria
tanto pode usar argamassa como pode ser no estilo pedra seca. Para melhor compreensão dessa
evolução, acompanhe um trecho da obra "Construção civil: Alvenaria, materiais". Esse material
serve como base teórica para esta Unidade de Aprendizagem. Inicie a leitura pelo título Alvenaria:
materiais e leia até o final do item Comparação entre tijolo maciço e bloco vazado.
Boa leitura!
CONSTRUÇÃO
CIVIL
ISBN 978-85-9502-048-1
CDU 69
Introdução
A qualidade de uma obra é totalmente dependente da qualidade dos
materiais empregados. Os principais insumos constituintes das alvenarias
são: os tijolos ou blocos, a argamassa e o graute (no caso de alvenaria
estrutural). São muitos os materiais existentes para a produção de tijolos
e blocos, comumente denominados componentes da alvenaria. Os mais
comuns e utilizados são as cerâmicas e os concretos, cada um deles com
suas características e finalidades próprias.
Neste capítulo você vai entender que um elemento tão versátil como
a alvenaria precisa atender a várias situações, sem descuidar dos itens
básicos: resistência mecânica, peso, absorção de umidade, características
de isolamento e condução térmica, tipo de superfície e sua compatibi-
lidade com o acabamento previsto, seja este pintura, revestimento com
argamassa ou placas de algum material.
Alvenaria
A alvenaria é um conjunto de pedras ou blocos artificiais que são travados
entre si, formando uma estrutura rígida.
No início, para a construção de paredes e edificações, os blocos eram
realmente apenas travados entre si; mais tarde, surgiu o barro como o primeiro
elemento de ligação a ser usado. Na metade do século XX, era utilizada a
argamassa de cal e areia. Atualmente é empregada a argamassa de cimento, cal
e areia. Em substituição à cal, podem ser utilizados produtos químicos (fartos
174 Construção civil
Você vai ver agora mais detalhes sobre cada uma dessas classificações.
Além dos itens que você leu acima, existe a chamada experiência. Você deve-se
ter conhecimento de qual é a dimensão, posição que melhor se encaixa o bloco na
camada, em função de seu peso.
Quanto aos blocos cerâmicos, a altura é sempre padrão, 11 cm. Mais recentemente vêm
se popularizando os blocos cerâmicos com furos verticais para alvenaria de vedação
e estrutural nas espessuras de 11,5 cm, 14 cm e 19 cm, com comprimentos variados e
altura padrão de 19 cm. Neste caso, mesmo normatizados, é recomendável conferir
os pesos e as resistências dos blocos com o fabricante.
Na última fiada, podem ser colocados blocos especiais que já servem de forma para a
viga de cintamento (seção U, veja a Figura 1). Pesos de blocos e resistência, principal-
mente para alvenaria estrutural, devem ser confirmados junto aos fabricantes. Existem
também blocos especiais que já servem de apoio para lajes e como painel lateral, de
modo que a laje não fique em contato com o ambiente (seção “J”, veja a Figura 1).
Na obra, os tijolos preferencialmente devem ser cortados com disco de corte. Reco-
menda-se que para uma mesma obra, os tijolos e blocos sejam adquiridos de uma
mesma fábrica (para a alvenaria de tijolos à vista, eles devem ser de uma mesma
“queimada”).
Leituras recomendadas
ALBUQUERQUE, A. Construções civis. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1957.
BAUD, G. Manual de pequenas construções. São Paulo: Hemus, 2002.
BORGES, A. C. Prática das pequenas construções. 8. ed. São Paulo: Edgard Blücher,
2000. v. I e II.
CARDÃO, C. Técnica da construção civil. 8. ed. Belo Horizonte: Edições Engenharia e
Arquitetura, 1988. v. I e II.
CARICCHIO, L. M. Construção civil. Rio de Janeiro: Gráfica Olímpia, 1955.
PIANCA, J. B. Manual do construtor. 15. ed. Porto Alegre: Globo, 1978.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
Dica do professor
Você sabia que uma argamassa só com cimento e areia seria muito resistente, mas não teria
trabalhabilidade para ser usada em alvenaria? O traço da argamassa é determinante nas
propriedades da alvenaria. A cal, por exemplo, contribui com o aumento da resistência ao longo do
tempo, além de reduzir a quantidade de cimento necessária, barateando o custo da argamassa.
Para alvenaria, normalmente, utiliza-se uma proporção entre aglomerantes (cimento + cal) e areia
de 1:3, ou seja, uma parte de (cimento + cal) e mais 3 partes de areia, em volume. A proporção
entre cimento e cal pode ser de 1:2, ou seja, uma parte de cimento para duas de cal (hidratada,
aquela vendida ensacada, em pó, pronta para ser utilizada). Assista ao vídeo e confira estes e outros
detalhes!
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Exercícios
A) a) 390
B) b) 2340
C) c) 936
D) d) 400
E) e) 350
Em um bloco cerâmico para alvenaria de vedação é permitido por norma uma variação nas
4) suas dimensões de:
Qual é o tipo de bloco produzido pelo seguinte processo: mistura de aglomerante hidráulico
5) com solo comum, controle de umidade, prensagem em máquina manual?
A) a) Solo-calcário.
B) b) Solo-cimento.
C) c) Concreto celular.
D) d) Sílico-calcáreo.
E) e) Solo-gipsito.
Na prática
Em obra, referente aos blocos cerâmicos para vedação, segundo a NBR 15270-1/05,
resumidamente, devemos seguir os seguintes critérios:
13 13 2 5 6 7
5) Planeza das faces: verifica-se com régua metálica plana os 13 blocos de cada lote.
7) Queima:
- Percussão com objeto metálico: som vibrante indica boa queima; som abafado indica bloco
mal cozido.
- Resistência à compressão ---> 1,5 a 10 MPa - ensaio feito em laboratório com amostra de
13 unidades (NBR 15270-3).
- Se o somatório dos blocos defeituosos em A1 e A2 for seis ou menor, então aceita-se o lote.
- Absorção de água: caso mais de um bloco apresentar-se fora da faixa (8% a 22%), rejeita-se o lote.
- Resistência à compressão: caso mais de 2 blocos apresentarem-se fora da faixa (1,5 a 10MPa),
rejeita-se o lote.
As NBRs 15270-2/05 e 15270-3/05 tratam dos demais tipos de blocos para alvenaria.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Tijolo ecológico
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Apresentação
A alvenaria é um elemento construtivo fundamental no projeto estrutural de uma edificação. Uma
alvenaria de qualidade complementa o bom desenvolvimento das demais etapas construtivas, além
de contribuir com a segurança da obra. Temos duas opções de alvenaria: estrutural e de vedação.
A principal diferença entre elas é que a alvenaria estrutural (que utiliza bloco estrutural adequado,
tijolo estrutural, tijolo de concreto, bloco de concreto, etc.) serve como a própria estrutura da obra,
podendo dispensar totalmente o uso de concreto armado (pilares e vigas). A alvenaria de vedação é
uma técnica tradicional que suporta apenas o seu próprio peso, necessitando por isso de vigas e
pilares (em concreto armado ou estrutura metálica) para dar sustentação.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai entender que um tipo de alvenaria não substitui o outro,
pois exercem funções distintas.
Bons estudos.
A alvenaria de vedação não precisa funcionar nem mesmo como travamento da estrutura que a
envolve. Já a alvenaria estrutural vai além, devendo resistir a outras cargas e ações. Uma parede
estrutural não pode ser removida, assim como não podem ser feitos furos horizontais no plano da
parede, que comprometem a sua seção transversal – seria o mesmo que retirar um pilar de uma
construção no sistema tradicional. Para entender melhor, confira o infográfico!
Conteúdo do livro
No trecho do material disponível, o autor aborda a alvenaria estrutural com maior ênfase, pois
trata-se de uma técnica ainda desconhecida de parte dos engenheiros. No Brasil, as opções mais
comuns são os sistemas construtivos estruturais de concreto armado (ou aço), com os vãos
preenchidos por paredes de alvenaria de vedação. As obras em alvenaria estrutural estão
intimamente ligadas a edificações populares.
Leia os tópicos do capítulo Alvenaria: vedação e estrutural. Inicie seus estudos no tópico Alvenaria:
vedação e estrutural, seguindo até Roteiro de cálculo para alvenaria autoportante.
Boa leitura!
CONSTRUÇÃO
CIVIL
ISBN 978-85-9502-048-1
CDU 69
Introdução
A alvenaria é um elemento construtivo fundamental no projeto estrutural
de uma edificação. Uma boa alvenaria complementa o bom desen-
volvimento das demais etapas construtivas, além de contribuir com a
segurança da obra.
Neste texto, você vai aprender sobre os tipos de alvenaria: estrutural e
vedação. Você vai ver que a principal diferença entre elas é que a alvena-
ria estrutural (que utiliza bloco estrutural adequado, tijolo estrutural, tijolo
de concreto, bloco de concreto e etc.) serve como a própria estrutura da
obra, podendo dispensar totalmente o uso de concreto armado (pilares
e vigas); e, já a alvenaria de vedação (técnica tradicional) suporta apenas
o seu próprio peso, por isso necessita de vigas e pilares (em concreto
armado ou estrutura metálica) para dar sustentação.
Além disso, você vai compreender que um tipo de alvenaria não
substitui o outro, pois cada um exerce uma função diferente.
162 Construção civil
Alvenaria
Atualmente, a alvenaria é entendida como um conjunto maciço, coeso e rígido,
de pedras (naturais), tijolos ou blocos (elementos de alvenaria) unidos entre
si de modo estável, pela combinação de juntas e interposição de argamassa
(junta tomada), ou somente pela combinação de juntas (junta seca), em fiadas
horizontais que se sobrepõem uma sobre as outras.
A alvenaria pode ser empregada na confecção de diversos elementos cons-
trutivos (paredes, abóbadas, sapatas, etc.) e pode ter função estrutural, de
vedação (paredes externas) ou divisão de ambientes (paredes internas).
Quando a alvenaria é dimensionada e empregada na construção para resistir
cargas, ela é chamada alvenaria resistente ou estrutural (autoportante), pois
além do seu peso próprio, ela pode suportar esforços verticais (como peso das
lajes, telhados, pavimento superior, etc.) e horizontais (por exemplo, empuxo
de terra e vento). Quando a alvenaria não é dimensionada para resistir cargas
verticais além de seu peso próprio é denominada alvenaria de vedação.
Alvenaria estrutural
Alguns elementos estruturais de concreto armado são indispensáveis, como
lajes, escadas e fundações.
164 Construção civil
O projeto pode prever que algumas paredes não tenham função estrutural.
Essas paredes podem ser cortadas para colocação de eletrodutos e tubulações
hidráulicas (denominadas de “paredes hidráulicas”). As paredes hidráulicas
podem ser executadas com tijolos cerâmicos comuns ou com blocos de concreto
não estrutural (de menor resistência). Deve-se ter cuidado de evitar que as lajes
se apoiem nelas, deixando um espaço vazio entre a laje e o topo da parede.
Vantagens do edifício de alvenaria estrutural:
Também indicado para edifícios mais altos: 10, 15 até 20 andares, desde
que haja materiais adequados e mão de obra qualificada.
Pavimentos diferentes podem ser feitos com tijolos diferentes, mas nunca se deve
misturar tijolos em um único pavimento (ex. paredes internas com um tipo de tijolo
e paredes externas com outro).
O peso próprio da fundação pode ser considerado, para efeitos do seu dimensiona-
mento, como 15% de todo o peso que age sobre ela. Deve-se adotar uma altura para
a fundação de acordo com sondagem e calcular a largura (l), que é dada pela fórmula:
l = Reação total / Tensão admissível do solo
Em algumas situações, quando o reservatório superior for projetado sobre estas paredes,
é recomendável que a torre da escadaria, seja estruturada com maior espessura das
paredes.
Leituras recomendadas
ALBUQUERQUE, A. Construções civis. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1957.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 14321:1999. Paredes de
alvenaria estrutural – Determinação da resistência ao cisalhamento. Rio de Janeiro:
ABNT, 1999.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 15270-2:2005. Compo-
nentes cerâmicos. Parte 2: Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural – Terminologia
e requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2005.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 15270-3:2005. Compo-
nentes cerâmicos. Parte 3: Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural e de vedação
– Métodos de ensaio. Rio de Janeiro: ABNT, 2005.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 15812-1:2010. Alvenaria
estrutural — Blocos cerâmicos. Parte 1: Projetos. Rio de Janeiro: ABNT, 2010.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 15812-2:2010. Alvenaria
estrutural — Blocos cerâmicos. Parte 2: Execução e controle de obras. Rio de Janeiro:
ABNT, 2010.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 15961-1:2011. Alvenaria
estrutural — Blocos de concreto. Parte 1: Projeto. Rio de Janeiro: ABNT, 2011.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 15961-2:2011. Alvenaria
estrutural — Blocos de concreto. Parte 2: Execução e controle de obras. Rio de
Janeiro: ABNT, 2011.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 6460:1983. Tijolo maciço
cerâmico para alvenaria – Verificação da resistência à compressão. Rio de Janeiro:
ABNT, 1983.
172 Construção civil
Ao longo da sua vida útil, as paredes estão sujeitas a impactos de diferentes magnitudes,
ocasionados pelas situações cotidianas de uso e ocupação. Por esse motivo, os diferentes blocos de
alvenaria de vedação também têm resistências mínimas estabelecidas por normas da ABNT. Assista
ao vídeo para chegar à melhor solução em alvenaria para cada tipo de construção.
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Exercícios
A) Um projeto de modulação, basicamente, deve incluir uma planta das fiadas e as elevações das
paredes.
B) A escolha do tipo de bloco a utilizar é tomada apenas pela disponibilidade no mercado local.
D) Modular uma alvenaria é projetar vãos em "unidades modulares", que são definidas apenas
pelas medidas dos blocos: comprimento, altura e espessura.
E) Não são necessárias planta das fiadas, elevações das paredes ou locação das esquadrias.
3) Em relação à resistência dos blocos cerâmicos para alvenaria em geral, qual opção apresenta
os blocos em ordem crescente de resistência?
C) Em projetos de alvenaria estrutural, não existem vigas e pilares de concreto armado ou perfis
metálicos.
D) Uma das principais vantagens é a redução no uso de concreto e armadura, porém aumenta-se
o gasto com o uso de madeira para as formas.
Por demandar menor tempo de execução, as edificações em alvenaria estrutural são indicadas para
empreendimentos com prazos de conclusão rígidos, a custos menores comparativamente à
estrutura convencional. Vêm conquistando espaço nas empreitadas de muros, obras residenciais
(casas e edifícios de diversas alturas) e obras de grande porte, como pavilhões (hipermercados e
indústrias).
Todas essas possibilidades de utilização dos blocos de alvenaria impõem um detalhe essencial: a
qualidade. É fundamental que os blocos atendam às especificações dos projetistas no que se refere
à resistência à compressão, absorção de água, dimensão e retração por secagem (definidas pela
NBR 6136 e correlatas). É importante que os responsáveis pela aquisição e aplicação dos blocos
estejam conscientes desse procedimento, que sejam devidamente treinados e conhecedores dos
detalhes mais simples.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
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Formas: Confecção e colocação
Apresentação
O concreto armado é a solução mais utilizada na indústria da construção civil brasileira. As
características estruturais do empreendimento definem o melhor sistema a ser utilizado, porém, ao
se optar pela utilização de concreto armado, a maioria das obras ainda utiliza forma de madeira com
escoramento metálico para a sua execução. Apesar de existirem no mercado, as formas
industrializadas ainda não são usadas em larga escala no Brasil. Sua maior vantagem está na
diminuição da mão de obra do canteiro, o que é possível obter de forma abundante e barata.
Os sistemas de formas metálicas, mais caros, garantem uma produtividade potencial alta em
condições ideais, ou seja, quando há grandes panos de lajes sem vigas ou quando o número de
repetições é muito elevado, já que o material permite reutilização. Nesta Unidade de
Aprendizagem, devido a essa importância e demanda, você, assim como todo engenheiro civil ou
arquiteto, vai conhecer a técnica de confecção, montagem e escoramento de formas em madeira,
processos que consomem, em média, 26% do prazo total de execução de uma obra.
Bons estudos.
Sabendo que o pé-direito é de 3,0 m, descreva o nome de cada item da forma (de pilar), apontados
na foto, diga em que estágio está a montagem e se, aparentemente, falta algo ou já é possível
iniciar a concretagem.
Infográfico
Você sabia que a resistência da forma é fundamental? Dependendo do tipo de concreto a ser
utilizado, as formas deverão atender com mais ênfase a quesitos como estanqueidade, inexistência
de reação química, etc. Devemos lembrar que uma concretagem bombeada exerce esforço maior
sobre as formas do que uma com grua. As formas devem ser escolhidas para que seus materiais
atendam às solicitações de cada processo. Vale o mesmo raciocínio com relação ao tipo de
adensamento.
Leia os tópicos do capítulo Formas: confecção e colocação. Inicie seus estudos no tópico Formas:
confecção e colocação seguindo até Controle de execução da forma.
Boa leitura!
CONSTRUÇÃO
CIVIL
ISBN 978-85-9502-048-1
CDU 69
Introdução
O concreto armado é a solução mais utilizada na indústria da construção
civil brasileira. As características estruturais do empreendimento defi-
nem o melhor sistema a ser utilizado, porém, ao optar pela utilização de
concreto armado, a maioria das obras ainda utiliza forma de madeira,
com escoramento metálico para sua execução. Apesar de existirem no
mercado, as formas industrializadas, estas ainda não são usadas em larga
escala no Brasil. Sua maior vantagem está na diminuição da mão de obra
do canteiro, o que é possível obter de forma abundante e barata.
Os sistemas de formas metálicas mais caros garantem uma produtivi-
dade potencial alta em condições ideais, ou seja: quando se têm grandes
panos de lajes sem vigas ou quando o número de repetições é muito
elevado, visto que o material permite reutilização.
Assim, todo Engenheiro Civil ou Arquiteto deve dominar a técnica de
confecção, montagem e escoramento de formas em madeira, processos
que consomem, em média, 26% do prazo total de execução de uma obra.
Formas: confecção e colocação 131
Tipos de formas
Neste item serão descritos os tipos de formas para cada aplicação.
a) Sapata solada
b) Escalonada (ver Figura 2):
■ Etapa 1: consiste em colocar sobre o concreto magro uma caixa sem
fundo e sem tampa. Colocar estroncas e pranchas (para o travamento
da caixa, pregadas na caixa e escoradas no terreno). Colocar a arma-
dura da sapata, a armadura de espera do pilar e, por fim, concretar.
■ Etapa 2: colocar a segunda caixa sem fundo e sem tampa e escorar
lateralmente. Concretar.
■ Etapa 3: repetir a segunda etapa.
■ Etapa 4: forma do pilar.
Formas de pilares
São compostas, normalmente, por quatro painéis de chapas (12 mm) ou tábuas
(25 mm), conforme ilustrado na Figura 5.
Considerações gerais
Reforços:
Contraventamento e travamento
Os pilares devem ser contraventados em duas direções perpendiculares, sendo
o contravento (2,5 x 10,0 cm ou 2,5 x 15,0 cm) fixado nos painéis e em tacos
de madeira previamente chumbados na laje.
O travamento horizontal, que também deve ser pregado nos painéis, deve
ser feito nos pilares externos em apenas uma direção. Os pilares internos são
travados com os externos.
O primeiro colarinho (gravata de fixação do pilar – também chamado
gastalho) pode ser fixado na laje, através de pregos anteriormente chumbados.
Formas: confecção e colocação 139
As formas para pilares com mais de 3,0 m de altura devem ser dotadas
de janela de concretagem, o mesmo devendo acontecer quando há grande
densidade de armadura.
Na base do pilar, as formas devem apresentar uma janela de inspeção
(altura aproximadamente de 30 cm), para que possa ser feita a amarração da
armadura do pilar e a armadura de espera, para verificação da posição correta
da armadura e também para limpeza do fundo do pilar.
Formas: confecção e colocação 141
Pilares circulares
As formas para pilares circulares podem ser feitas de várias maneiras (veja
a Figura 7):
Quantidade de material.
Mão de obra especializada.
O pilar fica com estrias salientes depois de pronto, devendo ser revestido
para melhor acabamento.
142 Construção civil
Formas de vigas
As formas de vigas não devem ser apoiadas sobre o painel da forma do pilar,
para que seja possível fazer a desmoldagem dos painéis laterais da viga.
Viga interna
São vigas que possuem lajes de ambos os lados (a viga fica entre as lajes – veja
a Figura 9).
144 Construção civil
São vigas que possuem lajes apenas de um lado. A laje não possui armadura
negativa, pois não é contínua, a não ser no caso de marquises (veja a Figura 10).
Formas: confecção e colocação 145
Viga isolada
Viga invertida
Viga que, ao invés da laje estar na parte superior, ela está na parte inferior, ou
seja, o painel de fundo da viga é o próprio painel da laje. Para escoramento
dos painéis da viga, podemos colocar gravatas com pontas, preenchendo pos-
146 Construção civil
Figura 11. Formas para vigas invertidas e com rebaixos nas lajes.
Fonte: Cardão (1988).
Formas: confecção e colocação 147
As formas das vigas podem ser feitas com painéis de tábuas ou de chapas de
compensado à prova d’água. Quando forem utilizados painéis de compensado,
devem ser colocados reforços (ripões) para o painel não flambar.
Quando houver madeira sobrando, podem ser utilizados pontaletes maiores, que
já servem também como gravatas (mas somente quando os pontaletes forem
de pinho).
As escoras da viga não devem coincidir com as gravatas.
O painel de fundo da viga deve ser sempre colocado entre os painéis laterais para
facilitar a desmoldagem.
Para garantir o recobrimento das armaduras, devem ser utilizados espaçadores
(normalmente rapaduras de argamassa), amarrados na armadura.
Formas de lajes
Recomenda-se painéis de chapas compensadas à prova d’água, com espessura
mínima de 12 mm, colocando-se caibros, normalmente, a cada 50 cm, sendo que
esta distância pode variar de acordo com a espessura da laje – entre 8 e 9 cm,
80 cm de espaçamento; acima disto, 1,0 m de espaçamento. Em vez de chapas,
podem ser usadas tábuas (2,5 cm) na confecção dos painéis, dispensando,
assim, o caibramento, porém, os painéis de chapas podem ser reaproveitados
mais vezes. Para manter uniforme a altura da laje, são pregadas duas tábuas
nas extremidades do painel da laje, nivelando-se o concreto com uma régua de
madeira. Quando o painel ultrapassar 3 m de largura, deve ser colocada mais
uma guia no centro, para facilitar o nivelamento – veja a Figura 13.
Formas de escadas
As escadas devem, antes de tudo, oferecer conforto aos seus usuários. Para que
isto seja possível, devem ser dimensionadas e executadas seguindo algumas
regras básicas (veja a Figura 14):
Formas leves
Sistema modular formado por painéis de dimensões variadas que são articula-
dos conforme o projeto para compor diversas medidas de formas. Os painéis
são estruturados em perfis de aço galvanizado revestidos com chapas de
laminado melamínico ou fenólico. Acessórios especiais garantem o esquadro,
o prumo e a conexão entre os painéis, que podem ser montados manualmente.
Os componentes mais pesados não atingem 40 kg.
Aplicação sem limites em estruturas retilíneas. Alguns fornecedores tra-
balham com projetos de seção circular, desde que os diâmetros sejam maiores
que 6,0 metros. Podem ser utilizados em sistemas trepantes ou “voadores”.
Sua vocação principal é para obras rápidas.
Equipamentos necessários: todos os equipamentos e acessórios neces-
sários são fornecidos pela locadora.
Sistema deslizante
Formas feitas em metal ou madeira revestida em chapa metálica que deslizam
verticalmente impulsionadas por um sistema de macacos hidráulicos. As
plataformas de trabalho dos operários sobem também solidariamente à forma.
O processo exige concretagem contínua, 24 horas por dia.
Aplica-se especialmente a obras verticais com mais de 10,0 m de altura.
Silos, torres, pilares, caixa de escadas e de elevadores são bons exemplos de
aplicação do sistema. Permite a concretagem rápida de estruturas circulares,
retangulares ou piramidais.
Equipamentos necessários: Os equipamentos necessários – macacos,
andaimes especiais, barras de sustentação – integram o “pacote” de serviços.
Formas: confecção e colocação 155
Sistema trepante
Sistemas de concretagem por etapas. Dois jogos de formas iguais são alternada-
mente elevados para um patamar superior de concretagem. Essa ascensão pode
ser feita mecanicamente, no caso de painéis pesados, ou manualmente, quando
utilizados painéis leves. O sistema permite a interrupção da concretagem.
Permite a construção de estruturas verticais, sendo uma opção as formas
deslizantes. Paredes também podem ser executadas com o sistema.
Equipamentos necessários: os equipamentos necessários integram o
“pacote” de serviços.
Sistemas voadores
São grandes painéis, montados ao nível do chão e depois transportados até os
pontos de concretagem por meio de guindastes ou gruas. As peças podem ser
feitas de vários materiais (metálicos, plásticos, laminados), mas geralmente
são montadas com chapas de compensado resinado ou plastificado.
Servem tanto para a execução de estruturas verticais como horizontais:
paredes, lajes, vigas e pilares. São dirigidas também a obras rápidas.
Equipamentos necessários: exige a locação de uma grua ou guindaste
durante todo o tempo de execução.
Tábuas
Aplicações: painéis de vigas, de lajes, de pilares, escadas, reservatórios,
muros, etc.
Nível de reutilização: variável, dependendo do projeto de forma e dos
cuidados na montagem e desmoldagem (2 a 3 vezes).
Acabamento obtido: textura grossa, que pode ser usada arquitetoni-
camente para a composição de fachadas em estruturas de concreto
aparente.
Dimensões: 2,5 x 30 x 540 cm; 2,5 x 20 x 540 cm; 2,5 x 15 x 540 cm;
2,5 x 10 x 540 cm.
156 Construção civil
Poliestireno expandido
Aplicações: lajes nervuradas e estruturas com caixão perdido.
Nível de reutilização: muito variável, dependendo dos cuidados na
etapa de desmoldagem.
Acabamento obtido: acabamento liso quando as caixas do material são
protegidas com plástico.
Fibra de vidro
Aplicações: lajes nervuradas.
Nível de reutilização: até 30 vezes, exigindo manutenção durante a obra.
Acabamento obtido: muito liso nas primeiras aplicações. Depois, exige
manutenção na fábrica.
Tubos de papelão
Aplicações: pilares de seção circular e estruturas com caixão per-
dido.
Nível de reutilização: material descartável, possibilita uma única
utilização.
Acabamento obtido: os tubos imprimem marcas sobre o concreto que
podem ser aproveitadas pela arquitetura.
Formas: confecção e colocação 157
Têxteis
Aplicações: contenção de encostas, controle de erosão, execução de
diques, cabeceira de pontes, proteção de margens de rios, estruturas
submersas.
Nível de reutilização: material descartável, fica incorporado à estrutura.
Acabamento obtido: aplicável a obras não prediais, resulta em muros
semelhantes a pilhas de sacos.
Formas metálicas
Aplicações: na execução de formas de vigas, lajes, pilares, os painéis
podem ser de chapas metálicas em substituição aos de madeira, sendo
hoje sua maior utilização na confecção de pré-moldados. Com este
sistema os painéis são encaixados entre si, eliminando a necessidade
de reforços tais como: gravatas, arames, parafusos, etc., reduzindo-se
também a intervenção da mão de obra de carpinteiro.
Nível de reutilização: desde que haja limpeza e manutenção do equipa-
mento, chega-se ao nível de utilização de até 1.000 vezes.
Acabamento: o acabamento obtido é muito superior ao obtido com
formas de madeiras, dispensando normalmente a necessidade de
revestimento.
Desvantagem: o seu elevado custo inicial pode ser considerado o ponto
negativo deste tipo de formas.
Outros materiais
Leituras recomendadas
ALBUQUERQUE, A. Construções civis. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1957.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 15696:2009. Formas e
escoramentos para estruturas de concreto – Projeto, dimensionamento e procedimentos
executivos: Rio de Janeiro: ABNT, 2009.
BAUD, G. Manual de pequenas construções. São Paulo: Hemus, 2002.
BORGES, A. C. Prática das pequenas construções. 8. ed. São Paulo: Edgard Blücher,
2000. v. I e II.
CARICCHIO, L. M. Construção civil. Rio de Janeiro: Gráfica Olímpia, 1955.
MILITO, J. A. Apostila da disciplina de técnicas de construção civis e construção de edifícios.
Campinas: PUC, [2008].
PIANCA, J. B. Manual do construtor. 15. ed. Porto Alegre: Globo, 1978.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
Dica do professor
Você sabia que a madeira apresenta muitas vantagens para a execução de formas? Vantagens que
garantem até hoje o seu emprego, principalmente em obras de pequeno e médio porte. Assista ao
vídeo a seguir e confira como confeccionar (e usar) boas formas para a construção civil!
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Exercícios
D) d) Tubos de papelão são muito usados em pilares de seção circular e em estruturas com
caixão perdido.
A) a) A tração.
B) b) A compressão.
C) c) A flexão.
D) d) A torção.
E) e) O cisalhamento.
B) b) As cunhas são colocadas abaixo do par de pranchas, servindo para distribuir as tensões nas
bases, principalmente na anulação do efeito do puncionamento.
C) c) O chapuz apoia o painel da laje. São colocados de 50,0 em 50,0 cm. Servem para evitar que
o painel deforme por flexão (flecha).
D) d) Os pontaletes, também chamados de prumos ou pés-direitos, são os elementos de apoio da
forma e devem ter diâmetro mínimo de 8,0 cm ou 5,0x7,0 cm.
E) e) Os painéis são feitos de madeira de pinho, pregadas de cutelo, podendo também ser
usados em formato de caibros de 5,0x7,0 cm ou 7,0x7,0 cm.
O concreto deve estar curado e liberado para a remoção das formas segundo
5) recomendações técnicas. Quando não se utiliza concreto especial ou aditivo acelerador de
pega, para vigas de pequeno vão, qual é o prazo mínimo para a retirada das formas
inferiores, com a manutenção das principais escoras?
A) a) Cinco dias.
B) b) Sete dias.
C) c) Dez dias.
D) d) Quatrorze dias.
E) e) Vinte e um dias.
Na prática
O objetivo principal do estudo de formas consiste na otimização dos custos por meio da melhoria
da produtividade e do menor consumo de materiais, com aumento no número de seu
reaproveitamento. Atualmente, as empreiteiras procuram estabelecer "seções características" para
as estruturas em concreto de todas as suas obras, para que as peças de madeira que compõem a
forma passem a ser pré-confeccionadas na sua dimensão definitiva mediante um desenho
específico, com a sequência de montagem definida passo a passo.
A retirada de grande quantidade de escoramento e formas com idade entre três e cinco dias
permite a utilização do material na concretagem dos andares superiores, resultando em ganhos
econômicos na manutenção dos prazos de execução. Os resultados obtidos com essas atitudes
melhoram a produtividade, reduzindo o retrabalho na montagem, otimizando o uso dos materiais.
Com apenas um jogo de formas e três (máximo quatro) jogos de escoras, é possível implantar um
ciclo de produção de uma laje por semana.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Concretagem: Cura e controle
tecnológico
Apresentação
O concreto é o material de construção mais consumido do mundo. Sua utilização na construção
civil é decorrente de uma combinação de fatores tecnológicos e econômicos, destacando-se sua
natureza inicialmente fluida e seu subsequente processo de endurecimento (conhecido como cura)
decorrente das reações de hidratação do cimento. Essas características permitem que a moldagem
de corpos com elevada resistência e geometrias variáveis seja realizada de maneira simples e com
custos relativamente reduzidos.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer os cuidados no processo de cura do concreto,
os métodos utilizados para avaliar a trabalhabilidade do concreto antes da concretagem e a
metodologia utilizada para o controle tecnológico da resistência do concreto.
Bons estudos.
Inicie sua leitura no item Cuidados no processo de cura do concreto e finalize-a em Controle por
amostragem total.
Boa leitura!
CONSTRUÇÃO
CIVIL
ISBN 978-85-9502-048-1
CDU 69
Introdução
O concreto é o material de construção mais consumido no mundo.
Sua utilização na construção civil é decorrente de uma combinação
de fatores tecnológicos e econômicos. Nesse sentido, se destaca sua
natureza inicialmente fluida e o subsequente processo de endurecimento
(conhecido como cura) decorre das reações de hidratação do cimento.
Essas características permitem que a moldagem de corpos com elevada
resistência e geometrias variáveis seja realizada de maneira simples e com
custos relativamente reduzidos (ISAIA, 2011).
Neste texto, você vai conhecer os cuidados necessários no processo de
cura do concreto. Também vai aprender sobre os métodos utilizados para
avaliar a trabalhabilidade do concreto antes da concretagem. Além disso,
se familiarizará com a metodologia utilizada para o controle tecnológico
da resistência do concreto.
ocorre por vários motivos, tais como exposição ao sol, vento, exsudação, etc.
Esses fatores provocam um processo cumulativo de fissuração.
De um modo geral, você pode considerar que a contenção das retrações hidráu-
lica e térmica pode minimizar o efeito da primeira. A térmica é controlada pela
diminuição da temperatura, e a hidráulica pela reposição da água evaporada
do concreto. O cuidado com proteções nos primeiros dias permite um aumento
na capacidade resistente do concreto nesse período e, consequentemente, uma
diminuição na retração do material.
Algumas técnicas são empregadas no processo de cura do concreto. As
mais comuns são:
Molhar as formas antes do lançamento do concreto não serve para facilitar a desmon-
tagem das mesmas, como muitos pedreiros costumam falar, mas sim para ajudar no
processo de cura do concreto.
A norma ABNT NBR 14931:2004 estabelece que, enquanto não atingir endu-
recimento satisfatório, o concreto deve ser curado e protegido contra agentes
120 Construção civil
prejudiciais. Isso serve para evitar a perda de água pela superfície exposta.
Também é útil para assegurar uma superfície com resistência adequada e a
formação de uma capa superficial durável. Não são citados prazos mínimos de
cura. É feita uma recomendação em função da resistência, sendo estabelecido
que elementos estruturais de superfície devem ser curados até que atinjam
resistência característica à compressão (fck), de acordo com a ABNT NBR
12655:2015, igual ou maior que 15 MPa. Salvo em casos específicos, esse
processo deve levar de sete a 14 dias, dependendo de condições climáticas
(temperatura, umidade do ar, vento), dimensões dos elementos concretados,
resistência do concreto, composição do concreto e agressividade do meio
ambiente durante o uso (esgoto, contato com água do mar, etc.). Na Tabela 1,
você pode ver o período mínimo de proteção requerido por diferentes cimentos
e condições de cura:
Concretagem: cura e controle tecnológico 121
Qualquer
temperatura,
Condições Entre 5 t* entre 10
de cura Tipo de cimento a 10°C a 25°C
Para saber mais sobre a metodologia utilizada na execução do teste, leia o texto da
norma ABNT NBR NM 67:1998: Concreto – Determinação da consistência pelo abatimento
do tronco de cone.
Para produção em obra, se deve realizar o teste de slump sempre que houver
alteração na umidade dos agregados, no início de cada jornada de trabalho e
em trocas de turno da equipe de produção. Ele também deve ser feito quando
houver interrupção da concretagem por um período igual ou superior a duas
horas e sempre que forem moldados corpos de prova para controle da resistência
à compressão (ISAIA, 2011).
Concretagem: cura e controle tecnológico 123
Para cada idade de ensaio, se devem executar dois corpos de prova idênticos. O valor
da resistência a ser considerado na caracterização de uma unidade de produção, em
uma determinada idade, será sempre o mais alto obtido do ensaio de um par de
corpos de prova.
Concretagem: cura e controle tecnológico 125
Sempre haverá diferença na resistência individual medida nos corpos de prova que
compõem o exemplar. Essa diferença é devida a pequenas alterações no procedimento
de moldagem, no adensamento das camadas, no transporte, etc. Assim, é considerada
a maior resistência encontrada entre os dois corpos de prova, pois se entende que a
menor resistência do outro é devida a essas pequenas falhas na produção do corpo
de prova.
A ABNT NBR 12655:2015 admite como limite para constituição dos lotes
50 m³ para peças comprimidas e 100 m³ para peças flexionadas. Um lote
deve ser utilizado em um único pavimento do edifício, podendo, dependendo
do volume, se estabelecer mais de um lote por andar. Definidos os lotes, se
deve estabelecer o plano de amostragem, que é a definição da quantidade de
exemplares a serem ensaiados em uma determinada idade e do modo como
os resultados serão analisados.
Os dois planos principais utilizados são o de amostragem parcial, em que o
concreto que compõe o lote terá apenas uma parcela das unidades de produto
amostradas, e o de amostragem total, no qual se deve avaliar a totalidade das
unidades do produto. A escolha recai então sobre o aspecto econômico, uma vez
que, quanto maior o volume de concreto, mais onerosa será a amostragem total.
Outro critério que você deve levar em conta é a utilização da peça estrutural a
ser concretada: para elementos importantes como pilares, mesmo demandando
pequenos volumes de concreto, sugere-se o uso de amostragem total.
f1 + f2 + ··· + fm – 1
fckest = 2 × – fm
m–1
126 Construção civil
Onde:
f i = resistência do exemplar na idade considerada
m = n/2, adotando-se a parte inteira
f 1, f 2,... f n = valores das resistências dos exemplares em ordem crescente
Para saber mais sobre as metodologias de amostragem, leia a norma ABNT NBR
12655:2015: Concreto de cimento Portland – Preparo, controle, recebimento e aceitação
– Procedimento.
Você não deve tomar para fckest valores inferiores a ψ6·f 1, em que f 1 é a menor
resistência de todos os exemplares e ψ6 é um valor obtido da Tabela 2, em
que A, B e C são classificações da norma para as condições de produção do
concreto.
A 0,82 0,86 0,89 0,91 0,92 0,94 0,95 0,97 0,99 1,00 1,02
B ou C 0,75 0,80 0,84 0,87 0,89 0,91 0,93 0,96 0,98 1,00 1,02
n = número de exemplares
f 1 = menor valor da resistência à compressão da série de exemplares do
mesmo lote
fckest = valor estimado da resistência característica à compressão
Leituras recomendadas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 12654:2000. Controle
tecnológico de materiais componentes do concreto. Rio de Janeiro: ABNT, 2000.
NEVILLE, A. M. Propriedades do concreto. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2015.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
Dica do professor
O vídeo a seguir aborda os passos para a execução do teste de slump. Trata-se de um ensaio
bastante simples, porém muito difundido pela sua funcionalidade para avaliar a trabalhabilidade do
concreto e evitar falhas na concretagem.
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Exercícios
C) c) O objetivo da cura é promover uma ação que garanta água suficiente para que todo o
processo de reação química do cimento se complete.
D) d) A cura térmica consiste em aspergir um produto que forme uma película na superfície do
concreto e que impeça a evaporação da água do concreto.
A) a) O teste de compressão.
B) b) O teste de granulometria.
C) c) A avaliação de traço.
E) e) O teste de dosagem.
Após a concretagem, deve ser efetuado o processo de cura do concreto. Esse processo tem
3) por finalidade:
B) b) A idade do concreto não influencia sua resistência, ainda que ocorra a hidratação do
cimento.
C) c) O teste de slump é o principal teste para avaliar a resistência do concreto, de acordo com a
norma vigente.
D) d) Deve-se sempre executar dois corpos de prova idênticos, para serem rompidos na mesma
idade.
Desse modo, caso os ensaios de resistência (que serão executados dias após a concretagem)
apontem anomalias no concreto, a equipe de obra poderá facilmente localizar a região em que esse
concreto foi utilizado. É função do engenheiro de obras coordenar a equipe que irá executar a
concretagem e organizar a documentação dessa, garantindo, assim, a correta execução dessa etapa.
Uma documentação que comprove as boas práticas utilizadas no processo de concretagem serve
como garantia ao engenheiro de obras e também pode ser utilizada para mitigar possíveis
problemas encontrados nos resultados obtidos nos ensaios à compressão do concreto, uma vez que
os resultados desses procedimentos só serão conhecidos dias depois da execução da estrutura.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
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Cura do concreto
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Apresentação
Você sabia que para todos os tipos de estruturas se fazem necessários o dimensionamento/a
dosagem do concreto? Do concreto para uma simples calçada até o concreto de um prédio, uma
ponte ou outras estruturas mais robustas/complexas, a dosagem é fundamental, pois interfere
diretamente na vida útil da estrutura.
Uma dosagem deficitária causa inúmeros problemas, como fissuras, infiltrações, deslocamentos,
corrosão das armaduras/ferragens e, em casos mais graves, potenciais desmontes ou demolições
prematuras.
Bons estudos.
Cimento:
• Tipo: CPII – 32
• Peso específico do cimento utilizado: γ = 3150 kg/m3
Utilizando o método ABCP para dosagem, determine, com base nos dados acima:
a) Fator água/cimento.
b) Consumo de água.
c) Consumo de cimento.
d) Consumo de agregados: areia e brita.
e) Traço definitivo.
f) Quantitativo do consumo para 4 m3 de concreto em kg e em volume.
Infográfico
Veja no fluxograma os passos da dosagem de concreto até a determinação da resistência
característica.
No capítulo a seguir, você conhecerá os métodos de dosagem empírica e experimental, bem como
as normas regulamentadoras. Inicie a leitura no tópico Dosagem de concreto e vá até Efeitos.
Boa leitura!
CONSTRUÇÃO CIVIL
Alessandra Martins Cunha
Concretagem:
dimensionamento e efeitos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Você sabia que para todos os tipos de estruturas se faz necessário o
dimensionamento/dosagem do concreto? Esse processo é utilizado tanto
para o concreto usado em uma simples calçada quanto para o concreto
utilizado em um prédio, uma ponte ou outras estruturas mais robustas/
complexas. A dosagem interfere diretamente na vida útil da estrutura.
Uma dosagem deficitária causa inúmeros problemas, como fissuras,
infiltração, deslocamentos, corrosão das armaduras/ferragens. Em casos
mais graves, pode gerar potenciais desmontes ou demolição prematura.
Neste texto, você aprenderá sobre a dosagem de concreto e os efeitos
de uma dosagem incorreta.
Dosagem de concreto
O concreto é um composto monolítico resultante de uma mistura (cimento, água,
pedra, areia e aditivos). Essa mistura forma uma massa com plasticidade sufi-
ciente para que possa ser manuseada, transportada e lançada, a fim de garantir
a resistência necessária ao elemento a ser concretado.
A dosagem do concreto estabelece a quantidade, de modo racional, de cada
componente. Esse processo obedece aos requisitos de resistência necessária
e de moldabilidade do concreto fresco.
2 Construção civil
Condição A:
■ Aplicável às classes C10 a C80. O cimento e os agregados são medidos
em massa; a água é medida em massa ou volume com dispositivo
dosador e corrigida em função da umidade dos agregados.
Condição B:
■ Aplicável às classes C10 até C25. O cimento e os agregados são medi-
dos em massa; a água é medida em massa ou volume com dispositivo
dosado e os agregados medidos em massa combinada com volume.
■ Aplicável às classes C10 até C20; O cimento e os agregados são
medidos em massa; a água é medida em massa ou volume com
dispositivo dosador e os agregados medidos em volume. A umidade
do agregado miúdo é corrigida por meio da curva de inchamento
estabelecida para o material utilizado.
Condição C:
■ Aplicável às classes C10 e C15. O cimento é medido em massa; os
agregados e a água são medidos em volume. A quantidade de água
é corrigida em função da estimativa de umidade dos agregados e da
determinação da consistência do concreto.
4 Construção civil
Conceitos
Você já deve ter ouvido alguém falar uma frase como esta: “O concreto 25
MPa será utilizado na laje”.
Mas você sabe o que ela quer dizer? E sabe o que são MPa, Fck, Mpa, resistência,
corpo de prova, slump test e desvio padrão?
Antes de prosseguir com os estudos, você irá conhecer e entender o que
esses conceitos significam.
Dosagem
Para obter concreto resistente, você deve levar em consideração não só a
qualidade dos materiais que irão compor a massa, mas também a dosagem. Ela
é de suma importância, pois interfere diretamente no resultado do processo.
Existem basicamente dois tipos de dosagem: empírica e experimental.
De acordo com a ABNT NBR 6118:2014, ao se fazer uma dosagem, se deve
atender aos seguintes requisitos:
Classe de agressividade
Fator água/cimento
Desvio padrão
Classificação
geral do tipo
Classe de de ambiente Risco de
agressividade para efeito deterioração
ambiental Agressividade de projeto da estrutura
Submersa
Industrial a,b
Respingos
de maré
Fator água/cimento
É a quantidade de água da pasta em relação à massa de cimento. Essa quan-
tidade influencia diretamente as propriedades do concreto (trabalhabilidade,
permeabilidade, porosidade, durabilidade e resistência à compressão). Quanto
menor a relação água/cimento, maior a durabilidade da estrutura. Esse fato
é dado pela expressão:
FAC: a/c
Concretagem: dimensionamento e efeitos 7
Em que:
Desvio padrão
De acordo com a ABNT NBR 12655:2015, o desvio padrão é utilizado para
indicar o grau de variação do Fck nas amostras de concreto (corpo de prova).
Desvio padrão desconhecido: utilizado quando não se tem referências
estatísticas. Adota-se a condição C como condição de preparo do concreto, com
consumo mínimo de 350 kg de cimento por m³, para concreto Classe = C15.
A 4
B 5,5
C 7,0
Dosagem empírica
Esse método utiliza o volume dos componentes como unidade de medida.
Assim, a unidade pode ser baseada no volume de latas, carrinhos de mão ou
padiolas e tem um traço fixo que é passado de construtor para construtor.
Esse tipo de dosagem ainda é utilizado em pequenas obras.
8 Construção civil
Dosagem experimental
Existem diversos tipos de dosagens experimentais. Elas levam esse nome
pois foram desenvolvidas em laboratório e se baseiam em estudos realizados
por profissionais da área. O traço é desenvolvido por meio da avaliação da
resistência e da trabalhabilidade. Assim, se gera um menor desvio padrão nas
amostras e um menor custo final do concreto.
As dosagens experimentais de concreto mais conhecidas no Brasil são a
ABCP e a IPT.
Dosagem ABCP: A dosagem ABCP foi desenvolvida na década de 1980
pela Associação Brasileira de Cimento Portland. Devido a evoluções dos ma-
teriais desde aquela época, já não é um método utilizado para a determinação
de um traço de concreto.
Massa
Peso específico específica =
Material Tipo = γ (kg/m³) γ (kg/m³)
28 dias 25 Mole
Solução:
Ca
Cc =
a/c
Assim:
200
Cc =
0,58 Cc = 344,83 kg/m3
→
Em que:
Cc= consumo de cimento (kg/m³)
Ca= consumo de água (tabelado) (l/m³)
a/c = fator água/cimento
Cc Cb Ca
Vareia = 1 – + +
γc γb γa
Dosagem IPT
É um método simples, eficiente e muito divulgado no Brasil. Ele aceita a
utilização do agregado disponível em obra, dispensando o estabelecimento de
composição granulométrica geralmente estipulada por modelos teóricos. Além
disso, leva em consideração a resistência característica do concreto aos 28 dias
(fck), do diâmetro máximo dos agregados e da consistência do concreto. A
14 Construção civil
partir desses valores, obtém as proporções de areia e pedra britada para cada
unidade de cimento, além da obtenção do fator água/cimento.
Exemplo de aplicação da dosagem IPT:
Peso Massa
específico específica
Material Tipo = γ (kg/m³) = γ (kg/m³) Observação
28 dias 25
Solução:
Por meio das tabelas a seguir, você pode obter o teor de argamassa e o
fator água/cimento.
Concretagem: dimensionamento e efeitos 15
9,5 55 57 59
19 50 52 54
25 46 48 50
38 43 44,5 46
50 37 39 41
76 333 34,5 36
102 30 31 32
152 27 28 29
Cimentos do tipo
CP I, II, III e IV
Em que:
S = abatimento do tronco do cone. Para o exemplo, se adotou S= 80 mm.
783 × (148 – 19) + (163 – 19) × 80
H= × 100
4410 × 2.280
H = 9%
Determinação do traço inicial
α×x x
1= –1 : × (100 – α) :x
H H
53 × 0,55 0,55
1= –1 : × (100 – 53) : x
9,0 9,0
Para saber mais sobre o processo, leia o capítulo 19 “Dosagem” do livro Tecnologia do
Concreto (NEVILLE, 2013, p. 375-391).
Concretagem: dimensionamento e efeitos 17
Efeitos
As falhas na fase de concretagem comprometem o desempenho da estrutura.
Armadura exposta e vazios são os problemas mais comuns. Eles interferem
diretamente na resistência e na durabilidade das estruturas. Porém, essas falhas
só são detectadas quando ocorre a desforma da estrutura.
Leituras recomendadas
ALLEN, E. Construções em concreto. In: ALLEN, E. Fundamentos da engenharia de
edificações: materiais e métodos. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. cap. 13, p. 524-527.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Concreto: relação água/cimento.
[S.l.]: ABCP, [2010?]. Disponível em: <http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/
upload/ativos/75/anexo/2relac.pdf>. Acesso em: 13 fev. 2017.
CASTRO, M. Dosagem de concreto. [S.l.]: Castro, [2010?]. Disponível em: <http://mo-
emacastro.weebly.com/ uploads/5/7/9/8/57985191/cap_5_dosagem.pdf>. Acesso
em: 13 fev. 2017.
CIMENTO.ORG. Efeito da qualidade da água no concreto. Brasília: Cimento.org, 2010.
Disponível em: <http://cimento.org/efeito-da-qualidade-da-agua-no-concreto/>.
Acesso em: 10 fev. 2017.
CONSTRUFACIL RJ. Concreto: dosagem, critérios e teste de resistência. Rio de Janeiro:
ConstruFacil RJ, 2013. Disponível em: <https://construfacilrj.com.br/ dosagem-do-
-concreto-criterio-e-teste-de-resistencia/>. Acesso em: 10 fev. 2017.
CUNHA, A. M. Automatização do processo de dosagem do concreto: uma ferramenta
de ensino. 2008. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Civil)
–Universidade Camilo Castelo Branco, Fernandópolis, 2008.
CUSTÓDIO, M. Dosagem de concreto: definições fundamentais. [S.l.]: Mayara Custódio,
[2010?]. Disponível em: <https://goo.gl/ pujCg9>. Acesso em: 14 fev. 2017.
FERREIRA, R. O traço. Goiás: PUC Goiás, [2010?]. Disponível em: <http://professor.pu-
cgoias.edu.br/SiteDocente/admin/ arquivosUpload/15030/material/puc_maco2_07_
traco.pdf>. Acesso em: 15 fev. 2017.
20 Construção civil
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
Dica do professor
O concreto de alto desempenho normalmente leva em sua composição adições mineirais (sendo os
mais comuns a sílica ativa e o metacaulim) e aditivos superplastificantes. Esse concreto confere
maior durabilidade, maior vida útil e melhor desempenho quando exposto aos meios altamente
agressivos, além de atingir resistência entre 60 e 120 Mpa - inclusive há obras executadas em que a
resistência superou 120 Mpa aos 28 dias.
É empregado em obras civis especiais (que exijam elevada resistência mecânica e/ou contenham
elementos estruturais com seções esbeltas), obras hidráulicas e recuperação. São exemplos de
aplicações: edifícios muito altos, pontes ou viadutos com extensão acentuada, monotrilhos, obras
hidráulicas e estruturas off-shores (plataformas petrolíferas).
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Exercícios
A) A dosagem ABCP leva em consideração: o tipo, a massa específica e o nível de resistência aos
28 dias do cimento (ex.: CP II 32 - 32 MPa aos 28 dias); a análise granulométrica e a massa
específica dos agregados; a dimensão máxima característica do agregado graúdo; a
consistência desejada do concreto fresco; e a resistência de dosagem do concreto (Fcj).
2) Está finalizando a etapa de alvenaria, você precisa se programar quanto à próxima, que é a
execução da concretagem dos pilares, vigas e laje. Porém irá dividir em duas sub-etapas:
uma só para os pilares e outra só para as vigas e laje.
Cimento:
• Tipo : CPII – 32
• Peso específico do cimento utilizado: γ = 3.111kg/m3
Agregado Graúdo:Brita
• Tipo : Brita 1 (Dmáx = 19mm)
• Peso específico: γ = 1500 kg/m3
• Massa específica: γ= 2880 kg/m3
Concreto:
• Idade : 28 dias
• Resistência a Compressão: 30 MPa
• Consistência do concreto fresco: Mole
• Abatimento = +/- 100mm
Com base nestas características defina o traço final, utilizando duas casas decimais para
arredondamento
3) Temos uma Tabela de Concreto, contendo traços de concreto mais utilizado e suas aplicações:
Massa específica dos materiais
Dadas as tabelas acima, planeja-se executar um piso, com espessura de 15cm, para um
estacionamento de 120m2. Com base na TABELA CONCRETO, usando o traço 1 : 2,5 : 3,5, calcule
o consumo de materiais.
B) São a pasta de cimento, areia e água suficientes para produzir uma consistência fluida, sem
agregação de seus constituintes.
Concreto leve
Atualmente, existem muitos tipos de concreto, feitos com diversos tipos de materiais e para as mais
diversas aplicações. E, para atender a essas necessidades, foram desenvolvidos vários tipos de
dosagens. Com o intuito de diminuir o peso das estruturas e diminuir o custo, estudiosos
desenvolveram um concreto mais leve que leva em sua composição a argila expandida, a qual
contribui com características como o isolamento termo-acústico, que proporciona leveza com
resistência, inércia química, estabilidade bidimensional e incombustibilidade.
Os concretos leves caracterizam-se pela redução da massa específica em relação aos concretos
convencionais, consequência da substituição de parte dos materiais sólidos por ar. Podem ser
classificados em concreto com agregados leves, concreto celular e concreto sem finos.
Os concretos leves estruturais são obtidos pela substituição total ou parcial dos agregados
convencionais por agregados leves. De modo geral, são caracterizados por apresentar massa
específica aparente abaixo de 2000 kg/m3.
Alguns detalhes são levados em consideração quando é determinada a utilização de concreto leve,
adotando argila expandida como agregado miúdo:
■ Granulometria – 6/15 mm (equivalente à brita 0).
■ Para obras de fundação, além da redução do peso, pois possui massa específica próxima de
1800 kg/m3, seu custo se mostra vantajoso em comparação ao custo do concreto convencional
com massa específica normal (em torno de 30% menor).
■ Excelência na durabilidade.
Foram desenvolvidos alguns traços, a depender de cada tipo de finalidade, conforme mostrado a
seguir:
No uso estrutural, é empregado para reduzir o peso próprio da estrutura. É uma solução muito
vantajosa para a execução de obras com grandes vãos, como pontes, lajes e coberturas, bem como
em elementos flutuantes, como docas e plataformas petrolíferas (embora no Brasil não se costume
usar o concreto leve em plataformas flutuantes).
Por exemplo, em Dubai, que é um lugar muito quente, utiliza-se um concreto com agregado leve
como agente interno de cura, facilitando esse processo e aumentando a vida útil da estrutura.
Na Europa, o concreto leve é muito utilizado para reduzir, durante o inverno, o gasto energético
com sistemas de aquecimento, pois é um isolante térmico e mantém a temperatura ambiente.
Já no uso do concreto leve como enchimento, procura-se atender às exigências específicas da obra.
Pode ser usado como enchimento de lajes, na fabricação de blocos de concreto, na regularização de
superfícies e no envelopamento de tubulações.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
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Apresentação
Você sabia que para todos os tipos de estruturas se fazem necessários o dimensionamento/a
dosagem do concreto? Do concreto para uma simples calçada até o concreto de um prédio, uma
ponte ou outras estruturas mais robustas/complexas, a dosagem é fundamental, pois interfere
diretamente na vida útil da estrutura.
Uma dosagem deficitária causa inúmeros problemas, como fissuras, infiltrações, deslocamentos,
corrosão das armaduras/ferragens e, em casos mais graves, potenciais desmontes ou demolições
prematuras.
Bons estudos.
Cimento:
• Tipo: CPII – 32
• Peso específico do cimento utilizado: γ = 3150 kg/m3
Utilizando o método ABCP para dosagem, determine, com base nos dados acima:
a) Fator água/cimento.
b) Consumo de água.
c) Consumo de cimento.
d) Consumo de agregados: areia e brita.
e) Traço definitivo.
f) Quantitativo do consumo para 4 m3 de concreto em kg e em volume.
Infográfico
Veja no fluxograma os passos da dosagem de concreto até a determinação da resistência
característica.
No capítulo a seguir, você conhecerá os métodos de dosagem empírica e experimental, bem como
as normas regulamentadoras. Inicie a leitura no tópico Dosagem de concreto e vá até Efeitos.
Boa leitura!
CONSTRUÇÃO CIVIL
Alessandra Martins Cunha
Concretagem:
dimensionamento e efeitos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Você sabia que para todos os tipos de estruturas se faz necessário o
dimensionamento/dosagem do concreto? Esse processo é utilizado tanto
para o concreto usado em uma simples calçada quanto para o concreto
utilizado em um prédio, uma ponte ou outras estruturas mais robustas/
complexas. A dosagem interfere diretamente na vida útil da estrutura.
Uma dosagem deficitária causa inúmeros problemas, como fissuras,
infiltração, deslocamentos, corrosão das armaduras/ferragens. Em casos
mais graves, pode gerar potenciais desmontes ou demolição prematura.
Neste texto, você aprenderá sobre a dosagem de concreto e os efeitos
de uma dosagem incorreta.
Dosagem de concreto
O concreto é um composto monolítico resultante de uma mistura (cimento, água,
pedra, areia e aditivos). Essa mistura forma uma massa com plasticidade sufi-
ciente para que possa ser manuseada, transportada e lançada, a fim de garantir
a resistência necessária ao elemento a ser concretado.
A dosagem do concreto estabelece a quantidade, de modo racional, de cada
componente. Esse processo obedece aos requisitos de resistência necessária
e de moldabilidade do concreto fresco.
2 Construção civil
Condição A:
■ Aplicável às classes C10 a C80. O cimento e os agregados são medidos
em massa; a água é medida em massa ou volume com dispositivo
dosador e corrigida em função da umidade dos agregados.
Condição B:
■ Aplicável às classes C10 até C25. O cimento e os agregados são medi-
dos em massa; a água é medida em massa ou volume com dispositivo
dosado e os agregados medidos em massa combinada com volume.
■ Aplicável às classes C10 até C20; O cimento e os agregados são
medidos em massa; a água é medida em massa ou volume com
dispositivo dosador e os agregados medidos em volume. A umidade
do agregado miúdo é corrigida por meio da curva de inchamento
estabelecida para o material utilizado.
Condição C:
■ Aplicável às classes C10 e C15. O cimento é medido em massa; os
agregados e a água são medidos em volume. A quantidade de água
é corrigida em função da estimativa de umidade dos agregados e da
determinação da consistência do concreto.
4 Construção civil
Conceitos
Você já deve ter ouvido alguém falar uma frase como esta: “O concreto 25
MPa será utilizado na laje”.
Mas você sabe o que ela quer dizer? E sabe o que são MPa, Fck, Mpa, resistência,
corpo de prova, slump test e desvio padrão?
Antes de prosseguir com os estudos, você irá conhecer e entender o que
esses conceitos significam.
Dosagem
Para obter concreto resistente, você deve levar em consideração não só a
qualidade dos materiais que irão compor a massa, mas também a dosagem. Ela
é de suma importância, pois interfere diretamente no resultado do processo.
Existem basicamente dois tipos de dosagem: empírica e experimental.
De acordo com a ABNT NBR 6118:2014, ao se fazer uma dosagem, se deve
atender aos seguintes requisitos:
Classe de agressividade
Fator água/cimento
Desvio padrão
Classificação
geral do tipo
Classe de de ambiente Risco de
agressividade para efeito deterioração
ambiental Agressividade de projeto da estrutura
Submersa
Industrial a,b
Respingos
de maré
Fator água/cimento
É a quantidade de água da pasta em relação à massa de cimento. Essa quan-
tidade influencia diretamente as propriedades do concreto (trabalhabilidade,
permeabilidade, porosidade, durabilidade e resistência à compressão). Quanto
menor a relação água/cimento, maior a durabilidade da estrutura. Esse fato
é dado pela expressão:
FAC: a/c
Concretagem: dimensionamento e efeitos 7
Em que:
Desvio padrão
De acordo com a ABNT NBR 12655:2015, o desvio padrão é utilizado para
indicar o grau de variação do Fck nas amostras de concreto (corpo de prova).
Desvio padrão desconhecido: utilizado quando não se tem referências
estatísticas. Adota-se a condição C como condição de preparo do concreto, com
consumo mínimo de 350 kg de cimento por m³, para concreto Classe = C15.
A 4
B 5,5
C 7,0
Dosagem empírica
Esse método utiliza o volume dos componentes como unidade de medida.
Assim, a unidade pode ser baseada no volume de latas, carrinhos de mão ou
padiolas e tem um traço fixo que é passado de construtor para construtor.
Esse tipo de dosagem ainda é utilizado em pequenas obras.
8 Construção civil
Dosagem experimental
Existem diversos tipos de dosagens experimentais. Elas levam esse nome
pois foram desenvolvidas em laboratório e se baseiam em estudos realizados
por profissionais da área. O traço é desenvolvido por meio da avaliação da
resistência e da trabalhabilidade. Assim, se gera um menor desvio padrão nas
amostras e um menor custo final do concreto.
As dosagens experimentais de concreto mais conhecidas no Brasil são a
ABCP e a IPT.
Dosagem ABCP: A dosagem ABCP foi desenvolvida na década de 1980
pela Associação Brasileira de Cimento Portland. Devido a evoluções dos ma-
teriais desde aquela época, já não é um método utilizado para a determinação
de um traço de concreto.
Massa
Peso específico específica =
Material Tipo = γ (kg/m³) γ (kg/m³)
28 dias 25 Mole
Solução:
Ca
Cc =
a/c
Assim:
200
Cc =
0,58 Cc = 344,83 kg/m3
→
Em que:
Cc= consumo de cimento (kg/m³)
Ca= consumo de água (tabelado) (l/m³)
a/c = fator água/cimento
Cc Cb Ca
Vareia = 1 – + +
γc γb γa
Dosagem IPT
É um método simples, eficiente e muito divulgado no Brasil. Ele aceita a
utilização do agregado disponível em obra, dispensando o estabelecimento de
composição granulométrica geralmente estipulada por modelos teóricos. Além
disso, leva em consideração a resistência característica do concreto aos 28 dias
(fck), do diâmetro máximo dos agregados e da consistência do concreto. A
14 Construção civil
partir desses valores, obtém as proporções de areia e pedra britada para cada
unidade de cimento, além da obtenção do fator água/cimento.
Exemplo de aplicação da dosagem IPT:
Peso Massa
específico específica
Material Tipo = γ (kg/m³) = γ (kg/m³) Observação
28 dias 25
Solução:
Por meio das tabelas a seguir, você pode obter o teor de argamassa e o
fator água/cimento.
Concretagem: dimensionamento e efeitos 15
9,5 55 57 59
19 50 52 54
25 46 48 50
38 43 44,5 46
50 37 39 41
76 333 34,5 36
102 30 31 32
152 27 28 29
Cimentos do tipo
CP I, II, III e IV
Em que:
S = abatimento do tronco do cone. Para o exemplo, se adotou S= 80 mm.
783 × (148 – 19) + (163 – 19) × 80
H= × 100
4410 × 2.280
H = 9%
Determinação do traço inicial
α×x x
1= –1 : × (100 – α) :x
H H
53 × 0,55 0,55
1= –1 : × (100 – 53) : x
9,0 9,0
Para saber mais sobre o processo, leia o capítulo 19 “Dosagem” do livro Tecnologia do
Concreto (NEVILLE, 2013, p. 375-391).
Concretagem: dimensionamento e efeitos 17
Efeitos
As falhas na fase de concretagem comprometem o desempenho da estrutura.
Armadura exposta e vazios são os problemas mais comuns. Eles interferem
diretamente na resistência e na durabilidade das estruturas. Porém, essas falhas
só são detectadas quando ocorre a desforma da estrutura.
Leituras recomendadas
ALLEN, E. Construções em concreto. In: ALLEN, E. Fundamentos da engenharia de
edificações: materiais e métodos. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013. cap. 13, p. 524-527.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Concreto: relação água/cimento.
[S.l.]: ABCP, [2010?]. Disponível em: <http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/
upload/ativos/75/anexo/2relac.pdf>. Acesso em: 13 fev. 2017.
CASTRO, M. Dosagem de concreto. [S.l.]: Castro, [2010?]. Disponível em: <http://mo-
emacastro.weebly.com/ uploads/5/7/9/8/57985191/cap_5_dosagem.pdf>. Acesso
em: 13 fev. 2017.
CIMENTO.ORG. Efeito da qualidade da água no concreto. Brasília: Cimento.org, 2010.
Disponível em: <http://cimento.org/efeito-da-qualidade-da-agua-no-concreto/>.
Acesso em: 10 fev. 2017.
CONSTRUFACIL RJ. Concreto: dosagem, critérios e teste de resistência. Rio de Janeiro:
ConstruFacil RJ, 2013. Disponível em: <https://construfacilrj.com.br/ dosagem-do-
-concreto-criterio-e-teste-de-resistencia/>. Acesso em: 10 fev. 2017.
CUNHA, A. M. Automatização do processo de dosagem do concreto: uma ferramenta
de ensino. 2008. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Civil)
–Universidade Camilo Castelo Branco, Fernandópolis, 2008.
CUSTÓDIO, M. Dosagem de concreto: definições fundamentais. [S.l.]: Mayara Custódio,
[2010?]. Disponível em: <https://goo.gl/ pujCg9>. Acesso em: 14 fev. 2017.
FERREIRA, R. O traço. Goiás: PUC Goiás, [2010?]. Disponível em: <http://professor.pu-
cgoias.edu.br/SiteDocente/admin/ arquivosUpload/15030/material/puc_maco2_07_
traco.pdf>. Acesso em: 15 fev. 2017.
20 Construção civil
Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun-
cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a
rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de
local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
Dica do professor
O concreto de alto desempenho normalmente leva em sua composição adições mineirais (sendo os
mais comuns a sílica ativa e o metacaulim) e aditivos superplastificantes. Esse concreto confere
maior durabilidade, maior vida útil e melhor desempenho quando exposto aos meios altamente
agressivos, além de atingir resistência entre 60 e 120 Mpa - inclusive há obras executadas em que a
resistência superou 120 Mpa aos 28 dias.
É empregado em obras civis especiais (que exijam elevada resistência mecânica e/ou contenham
elementos estruturais com seções esbeltas), obras hidráulicas e recuperação. São exemplos de
aplicações: edifícios muito altos, pontes ou viadutos com extensão acentuada, monotrilhos, obras
hidráulicas e estruturas off-shores (plataformas petrolíferas).
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Exercícios
A) A dosagem ABCP leva em consideração: o tipo, a massa específica e o nível de resistência aos
28 dias do cimento (ex.: CP II 32 - 32 MPa aos 28 dias); a análise granulométrica e a massa
específica dos agregados; a dimensão máxima característica do agregado graúdo; a
consistência desejada do concreto fresco; e a resistência de dosagem do concreto (Fcj).
2) Está finalizando a etapa de alvenaria, você precisa se programar quanto à próxima, que é a
execução da concretagem dos pilares, vigas e laje. Porém irá dividir em duas sub-etapas:
uma só para os pilares e outra só para as vigas e laje.
Cimento:
• Tipo : CPII – 32
• Peso específico do cimento utilizado: γ = 3.111kg/m3
Agregado Graúdo:Brita
• Tipo : Brita 1 (Dmáx = 19mm)
• Peso específico: γ = 1500 kg/m3
• Massa específica: γ= 2880 kg/m3
Concreto:
• Idade : 28 dias
• Resistência a Compressão: 30 MPa
• Consistência do concreto fresco: Mole
• Abatimento = +/- 100mm
Com base nestas características defina o traço final, utilizando duas casas decimais para
arredondamento
3) Temos uma Tabela de Concreto, contendo traços de concreto mais utilizado e suas aplicações:
Massa específica dos materiais
Dadas as tabelas acima, planeja-se executar um piso, com espessura de 15cm, para um
estacionamento de 120m2. Com base na TABELA CONCRETO, usando o traço 1 : 2,5 : 3,5, calcule
o consumo de materiais.
B) São a pasta de cimento, areia e água suficientes para produzir uma consistência fluida, sem
agregação de seus constituintes.
Concreto leve
Atualmente, existem muitos tipos de concreto, feitos com diversos tipos de materiais e para as mais
diversas aplicações. E, para atender a essas necessidades, foram desenvolvidos vários tipos de
dosagens. Com o intuito de diminuir o peso das estruturas e diminuir o custo, estudiosos
desenvolveram um concreto mais leve que leva em sua composição a argila expandida, a qual
contribui com características como o isolamento termo-acústico, que proporciona leveza com
resistência, inércia química, estabilidade bidimensional e incombustibilidade.
Os concretos leves caracterizam-se pela redução da massa específica em relação aos concretos
convencionais, consequência da substituição de parte dos materiais sólidos por ar. Podem ser
classificados em concreto com agregados leves, concreto celular e concreto sem finos.
Os concretos leves estruturais são obtidos pela substituição total ou parcial dos agregados
convencionais por agregados leves. De modo geral, são caracterizados por apresentar massa
específica aparente abaixo de 2000 kg/m3.
Alguns detalhes são levados em consideração quando é determinada a utilização de concreto leve,
adotando argila expandida como agregado miúdo:
■ Granulometria – 6/15 mm (equivalente à brita 0).
■ Para obras de fundação, além da redução do peso, pois possui massa específica próxima de
1800 kg/m3, seu custo se mostra vantajoso em comparação ao custo do concreto convencional
com massa específica normal (em torno de 30% menor).
■ Excelência na durabilidade.
Foram desenvolvidos alguns traços, a depender de cada tipo de finalidade, conforme mostrado a
seguir:
No uso estrutural, é empregado para reduzir o peso próprio da estrutura. É uma solução muito
vantajosa para a execução de obras com grandes vãos, como pontes, lajes e coberturas, bem como
em elementos flutuantes, como docas e plataformas petrolíferas (embora no Brasil não se costume
usar o concreto leve em plataformas flutuantes).
Por exemplo, em Dubai, que é um lugar muito quente, utiliza-se um concreto com agregado leve
como agente interno de cura, facilitando esse processo e aumentando a vida útil da estrutura.
Na Europa, o concreto leve é muito utilizado para reduzir, durante o inverno, o gasto energético
com sistemas de aquecimento, pois é um isolante térmico e mantém a temperatura ambiente.
Já no uso do concreto leve como enchimento, procura-se atender às exigências específicas da obra.
Pode ser usado como enchimento de lajes, na fabricação de blocos de concreto, na regularização de
superfícies e no envelopamento de tubulações.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
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Apresentação
Você sabia que a composição do concreto é dada pela mistura de cimento, areia, pedra e água, e
que algumas vezes aditivos também entram na composição, de forma a melhorar as características
físicas e químicas? Água e cimento produzem a massa que une os agregados (areia e pedra) quando
endurecidos.
Essa massa deverá apresentar plasticidade suficiente para permitir ser manuseada, transportada e
lançada, de forma garantir a resistência necessária ao elemento concretado. Nesta Unidade de
Aprendizagem, você aprenderá sobre cada material que compõe o concreto, bem como sobre as
normatizações de cada um dos materiais.
Bons estudos.
Obs.: O concreto deverá ser armado com 2 camadas de tela nervurada Q283 (tela de aço CA60,
malha 10x10, fio 5,00mm2) e barras de transferência.
Com base nestas informações, quais materiais devem ser utilizados neste concreto? Justifique.
Infográfico
No Infográfico a seguir, por meio de um fluxograma, você observará os passos a serem seguidos
para confeccionar concreto de forma convencional em betoneira.
Conteúdo do livro
O concreto é composto pela mistura básica de cimento, areia, pedra e água. Algumas vezes também
entram na composição aditivos, de forma a melhorar as características físicas e químicas. A água e o
cimento produzem a massa que une os agregados (areia e pedra) quando endurecidos.
Essa massa deverá apresentar plasticidade suficiente para permitir ser manuseada, transportada e
lançada, de forma garantir a resistência necessária ao elemento concretado. A seguir, no capítulo
Concretagem: materiais, você conhecerá cada material que compõe o concreto.
Boa leitura!
CONSTRUÇÃO
CIVIL
ISBN 978-85-9502-048-1
CDU 69
Introdução
Você sabia que a composição do concreto é dada pela mistura de cimento,
areia, pedra e água, e que algumas vezes também entram na composi-
ção aditivos para melhorar as características físicas e químicas? Água e
cimento produzem a massa que une os agregados (areia e pedra) quando
endurecido, resultando em uma massa que deve garantir resistência ao
elemento concretado.
Neste texto, você vai aprender sobre cada material que compõe o
concreto, além das normatizações de cada um dos materiais.
Concreto
O concreto é uma mistura (cimento, água, pedra e areia) que forma uma
massa, a qual deverá apresentar plasticidade suficiente para que possa ser
manuseada, transportada e lançada, a fim de garantir a resistência necessária
ao elemento a ser concretado.
A seguir, você conhecerá cada material que compõe o concreto.
Concretagem: materiais 81
Cimento
Considerado o mais importante dos materiais em uma obra, o cimento Portland
é um pó fino com propriedades ligantes, que endurece sob a ação da água.
Depois de endurecido, mesmo que seja colocado em contato novamente com
a água, o cimento Portland não se decompõe.
A Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) classifica, de acordo
com as Normas de Padronização Brasileiras, o cimento produzido em 11 tipos,
conforme você pode ver na Tabela 1:
82 Construção civil
Tabela 1.
correspondente
(Fck – em Mpa)
Nomenclatura
Característica
Resistência
Utilização
Sigla
NBR
Cimento CP I ABNT NBR Obras em que não há 25 MPa
Portland 5732:1991 exposição a ambientes
Comum desfavoráveis com a
presença de sulfatos
do solo ou de águas
subterrâneas.
(Continua)
Concretagem: materiais 83
(Continuação)
Tabela 1.
correspondente
(Fck – em Mpa)
Nomenclatura
Característica
Resistência
Utilização
Sigla
(Continua)
84 Construção civil
(Continuação)
Tabela 1.
correspondente
(Fck – em Mpa)
Nomenclatura
Característica
Resistência
Utilização
Sigla
NBR
Cimento CP RS ABNT NBR Obras de recuperação 25, 32 e
Portland 5737:1992 estrutural, concreto 40 MPa
Resistente projetado, concreto
à Sulfato armado, concreto
protendido, elementos
pré moldados de
concreto, pavimentos.
Agregados
Os agregados são materiais granulares de diversas formas, volumes indefinidos
e propriedades específicas que são utilizados no concreto. São divididos em
agregados miúdos (areias) e graúdos (pedras), podendo ainda serem obtidas
naturalmente (areia, cascalho ou pedregulho) ou industrializadas por meio de
moagem de rochas (pedras britadas, areias artificiais e argilas expandidas).
Areia
A areia pode ser utilizada para variados fins, desde o uso na construção de
uma casa até o uso para lazer das crianças, passando pelos vasinhos de plantas
entre outros. Veja, a seguir, um pouco mais das características físico-química
desse material:
Definição: segundo a NBR 7.211 (ABNT, 2009) é um agregado miúdo
que resulta da fragmentação de rochas como granito, gnaisse, basalto, sílica,
quartzo e calcário e deve passar por peneira com abertura de malha de no
máximo 4,8 mm. Pode ser obtida de fontes naturais, como leitos de rios, ou
industrializada, decorrente de britagem.
Granulometria: as areias são constituídas principalmente por quartzo
e dependendo de sua granulometria e grau de pureza, possuem usos bem
específicos. Para a construção civil, por exemplo, é utilizada uma areia de
granulometria mais grossa.
Propriedades: areia com uma boa granulometria no concreto determina
a baixa porosidade, menor consumo de cimento, melhora no perfil mecânico
e a durabilidade do concreto.
Brita
Tabela 2.
Nº 2 12,5 a 25 mm Pedra 2
Nº 3 25 a 50 mm Pedra 3
Nº 4 50 a 76 mm Pedra 4
Para saber mais sobre os agregados, leia o texto “Agregados”, do livro Tecnologia do
Concreto (NEVILLE; BROOKS, 2013).
Água
Você já sabe que a água é um item de vital importância à vida humana, e
na construção civil não é diferente. Do início ao fim de uma obra, a água é
utilizada para tudo. No concreto é diretamente responsável pelos processos
de endurecimento e cura.
Concretagem: materiais 87
Tabela 3.
pH 5,0 – 8,0
Açúcar ≤ 5 mg/l
Aditivos
É um elemento que ao ser adicionado à massa do concreto tem como finalidade
melhorar características físico-químicas quando massa fresca e/ou endurecida.
Propriedades: propiciam melhor trabalhabilidade, viscosidade, retenção
de água, acelera ou retarda o tempo de pega, controlam o desenvolvimento
de resistências mecânicas, intensificam a resistência à ação do congelamento,
diminuem a fissuração térmica, atenuam ataque por sulfatos, reação álcali-
-agregado e corrosão de armadura, entre outras propriedades.
Tipos de aditivo
Modificadores de pega
■ retardadores
■ aceleradores
88 Construção civil
Incorporadores de ar
Redutores de água
■ plastificantes
■ superplastificantes
Expansores
Impermeabilizantes
De ação combinada
■ plastificante retardador
■ plastificante acelerador
Leituras recomendadas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE SERVIÇOS DE CONCRETAGEM (ABESC).
Manual do concreto dosado em central. São Paulo: ABESC, [2012], Disponível em: <http://
www.abesc.org.br/ assets/files/manual-cdc.pdf>. Acesso em: 01 fev. 2017.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND. Boletim Técnico: guia básico de
utilização do cimento Portland. São Paulo: ABCP, 2002. Disponível em: <http://www.
Concretagem: materiais 91
Confira!
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Exercícios
O que é concreto?
1)
A) a) É uma massa resultante da mistura dos materiais areia, cimento, brita e água. No concreto,
todos esses elementos são dosados de forma a conferir a resistência mecânica desejada para
a estrutura a ser concretada.
O que é brita?
4)
A) a) A brita é um agregado graúdo utilizado em grande escala na construção civil.
D) d) A brita é um material classificado como agregado miúdo por causa da sua baixa
granulometria.
E) e) A brita é um agregado leve produzido a partir de materiais naturais como argila, vermiculita,
perlita e ardósia expandidas.
Será construída uma ponte sobre um rio. Você, como gestor da obra, deverá verificar quais
5) materiais serão utilizados nessa construção. Dentre os materiais, qual cimento é o mais
recomendado?
A) a) Cimento Portland - CP I.
Para que haja essa concretagem, João deve fazer um levantamento de todos os materiais a serem
utilizados, verificar se todas as etapas anteriores à concretagem estão prontas (escoramento,
formas, lajotas, armaduras), conferir a quantidade de equipamentos (pás, enxadas, carros de mão,
etc.) e de funcionários disponíveis, fazer uma programação com a concreteira (incluindo horários de
saídas dos caminhões da central, o intervalo entre eles, bombas, mangotes, vibradores) e ainda
fazer uma previsão da data pretendida. Com todas essas informações em mãos, basta executar a
concretagem.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
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Apresentação
A terraplenagem é uma técnica construtiva que visa a tornar um terreno plano, acrescentando terra
(aterrando) e/ou removendo terra (cortando) conforme o projeto. Literalmente, "terrapleno"
significa "cheio de terra". Geralmente essa movimentação de solo - e rocha - tem o objetivo de
atender a projetos de terraplenagem. O serviço é amplamente utilizado pela engenharia e aplica-se
a qualquer tipo de construção, como estradas, barragens, execução de subsolos, regularização de
terrenos para edificação, construção de estacionamentos, campos de futebol, aeroportos, etc.
Bons estudos.
Confira no Infográfico.
Conteúdo do livro
No trecho do material disponível, o autor aborda a necessidade de fazer um bom planejamento
antes de começar os trabalhos de terraplenagem, tanto para pequenas quanto para grandes obras.
Nesse trecho, se define como fazer escavações de taludes (encostas), valas de fundações e cavas
para subsolo, bem como a execução de aterros, sem margem para improvisos.
Boa leitura.
CONSTRUÇÃO
CIVIL
ISBN 978-85-9502-048-1
CDU 69
Introdução
Terraplenagem é uma técnica construtiva que visa tornar um terreno
plano, acrescentando terra (aterrando), e/ou removendo (cortando) con-
forme projeto. Terrapleno, literalmente, significa cheio de terra. Geral-
mente esta movimentação de solo (e rocha) tem o objetivo de atender
a um projeto de terraplenagem.
O serviço é amplamente utilizado pela engenharia e aplica-se a qual-
quer tipo de construção, como estradas, barragens, execução de subsolos,
regularização de terrenos para edificação, construção de estacionamen-
tos, campos de futebol, aeroportos etc.
Obras de terraplenagem
Após o levantamento planialtimétrico, temos condições de elaborar os projetos
e iniciar sua execução. Começamos pela verificação da topografia do terreno
e das cotas de projeto, de acordo com o projeto executivo. Podemos executar,
conforme o levantamento altimétrico, cortes, aterros ou ambos. Estes serviços,
também chamados de terraplenagem, têm dois objetivos principais:
Desmonte
No caso de cortes, o volume de material removido corresponde à área da base
da região escavada, multiplicada pela altura média, acrescentando-se um
percentual de empolamento. Quando não se conhece o tipo de solo, é comum
considerar o empolamento entre 30 e 40% (veja na Figura 1).
Desmonte manual
Desmonte hidráulico
Desmonte mecânico
Desmonte a fogo
Este processo é utilizado no caso de terrenos rochosos que precisam ser reti-
rados e/ou escavados. Lança-se mão, neste caso, de dinamites, explosivos etc.
Transporte
O material após seu desmonte pode ou não ser utilizado no próprio canteiro
de obras. Não sendo aproveitado, deve ser retirado do local. Após o carrega-
mento, o tipo de equipamento a utilizar dependerá do volume de material e
da distância a ser percorrida. Assim:
Aterro
Pode ser executado com o material escavado dentro do próprio canteiro de obras
ou com material de outra fonte, envolvendo sempre uma fase de espalhamento
e uma de compactação.
Retirada manual
Utiliza equipamentos como pá, picareta, explosivo, ponteira, martelete ou trado
rotativo. Feita em escavação de até 1,50 m, em valas com faces inclinadas,
onde o material é lançado diretamente para fora da vala. Em escavação com
profundidade superior a 1,50 m, primeiro faz-se uma vala mais larga, até
1,50 m de profundidade. Depois, deve-se reduzir a largura da vala formando
uma banqueta para que o material tenha um ponto intermediário de lançamento,
conforme ilustra a Figura 3. Estes dois tipos de valas são muito utilizados para
fundações diretas contínuas.
Retirada mecânica
Valas para fundação direta contínua, sapatas isoladas e drenos, são feitas
com a utilização de retroescavadeira, tendo-se o inconveniente de que a re-
troescavadeira não abre valas com talude vertical. A inclinação das paredes
das valas irá depender da maior ou menor probabilidade que o material tem
de desmoronar:
Soluções:
O ideal é fazer um laudo da obra /construção vizinha, inclusive com fotos, para compro-
var as suas condições antes do trabalho de escavação, para evitar possíveis incômodos.
Às vezes, as fundações vizinhas invadem o terreno a ser escavado. Neste caso, se na
obra em execução as fundações serão isoladas, fazer com que estas não coincidam
com as fundações vizinhas.
Leituras recomendadas
ALBUQUERQUE, A. Construções civis. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1957.
BAUD, G. Manual de pequenas construções. São Paulo: Hemus, 2002.
BORGES, A. C. Prática das pequenas construções. 8. ed. São Paulo: Edgard Blücher,
2000. v. I e II.
CARICCHIO, L. M. Construção civil. Rio de Janeiro: Gráfica Olímpia, 1955.
PIANCA, J. B. Manual do construtor. 15. ed. Porto Alegre: Globo, 1978.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
Dica do professor
Você sabia que uma porção de terra, ao ser cortada, aumenta de volume? E que para o
preenchimento de uma vala é necessário um volume maior de solo do que o próprio volume da
cava? É o chamado fator de empolamento: sempre que um solo (ou rocha) é removido de sua
posição original (terreno natural inalterado), ocorre um rearranjo na posição relativa das partículas
(grãos), acarretando um acréscimo no volume de vazios da massa.
O empolamento varia de acordo com o tipo de solo ou rocha, o grau de coesão do material original
e a umidade do solo. Analogamente, quando uma quantidade de terra é lançada em um aterro e
compactada (mecanicamente), o volume final é diferente daquele que a mesma massa ocupava no
corte - e essa diminuição volumétrica chama-se contração. Assista ao vídeo e confira como
executar uma boa terraplenagem!
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Exercícios
A) Para que os volumes geométricos dos aterros possam ser compensados pelos volumes
geométricos do corte, é necessário corrigir os volumes do aterro com o fator de redução da
forma (contração).
B) Para que os volumes geométricos dos aterros possam ser compensados pelos volumes
geométricos do corte, é necessário corrigir os volumes do corte com o fator de redução da
forma (contração).
C) Para que os volumes geométricos dos cortes possam ser compensados pelos volumes
geométricos do aterro, é necessário corrigir os volumes do aterro com o fator de
empolamento.
A) Pavimentação.
B) Terraplenagem.
C) Drenagem.
D) Arruamento.
E) Abaulamento.
C) Com uso de ponteiras drenantes para obras de pequeno porte e pouca água.
A) Utilizar todo o material em aterros próximos é a solução ideal, porém, caso haja sobra de
material, deve-se transportá-lo para bota-foras e nunca alterar a cota de projeto.
D) Aterrar sempre.
Motores abastecidos com biodiesel também são menos agressivos à atmosfera. Mas outras
pequenas atitudes, que carecem apenas de planejamento, podem e devem ser tomadas:
Etapas de compactação de aterros não podem tardar, para que o solo não seja transportado por
águas da chuva, por exemplo, e seja necessário o emprego de mais material para atingir as cotas do
projeto.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
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Locação da obra
Apresentação
Você sabia que o projeto de locação de precisão é essencial para a qualidade do produto final?
Erros naturais, instrumentais e pessoais no processo geram falhas na sua execução, alterando suas
dimensões e fomentando o aumento e o desperdício dos materiais empregados e do tempo
necessário para a resolução, a correção de erros e a reconstrução de alguma etapa.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai entender que a execução da locação sempre deve ser
realizada na presença do engenheiro, com o maior rigor possível e utilizando equipamentos e
técnicas que garantam o perfeito controle do serviço. Deve-se dar preferência a equipamentos
eletrônicos (teodolitos, níveis a laser) e materiais de boa qualidade (tábuas, pontaletes, marcos,
tintas), já que esse é o ponto de partida da obra e que definirá todo o controle do processo de
edificação.
Bons estudos.
Após a execução do respaldo dos alicerces, o gabarito pode até ser desmontado. O gabarito é a
materialização de um sistema de coordenadas - duas planas e uma altimétrica - em relação a um
ponto de referência, tomado sobre o alinhamento mestre. Confira no Infográfico!
Conteúdo do livro
No trecho do capítulo a seguir, o autor aborda a locação da obra como um todo, incluindo a planta
de locação, os materiais e equipamentos, o alinhamento mestre, os métodos de alinhamento e os
processos de locação. Leia os tópicos do capítulo Construção Civil: Locação de Obras. Inicie seus
estudos no tópico Locação de obras seguindo até Locação de fundações e pilares.
Boa leitura!
CONSTRUÇÃO
CIVIL
ISBN 978-85-9502-048-1
CDU 69
Introdução
Um projeto de locação de precisão é essencial para a qualidade do pro-
duto final. Erros naturais, instrumentais e pessoais no processo geram
falhas na execução do projeto, alterando suas dimensões, fomentando
o aumento e desperdício não somente dos materiais empregados, mas
também de tempo para a resolução, correção de erros e reconstrução
de alguma etapa. A execução da locação, sempre realizada na presença
do engenheiro, deve ser feita com o maior rigor possível, utilizando
equipamentos e técnicas que garantam o perfeito controle do serviço.
Dê preferência a equipamentos eletrônicos (teodolitos, níveis a laser) e
materiais de boa qualidade (tábuas, pontaletes, marcos, tintas...), já que
este é o ponto de partida da obra e que definirá todo o controle do
processo de edificação.
Locação da obra
Definimos locação da obra o serviço que consiste na primeira etapa de
transposição do projeto para o terreno, marcando a exata posição do prédio
(paredes, fundações e pilares), transportando as dimensões desenhadas no
projeto arquitetônico em escala reduzida para a escala natural (1:1).
58 Construção civil
Planta de localização/locação
Projeto de fundações
Projeto de fôrmas
Plantas baixas
Equipamentos e ferramentas
Os equipamentos que você vai precisar para a execução do trabalho, além da
disponibilidade de um carpinteiro, são:
Trena
Teodolito
Nível de mão
Prumo
Esquadro
Fio de náilon
Guias (15 x 2,5 x 5,10 – tábua)
Mangueira d’água (nível de mangueira)
Pontaletes (eucalipto)
Pregos
Martelo e serrote
Pincel (e tinta) ou caneta
Alinhamento-mestre
Definimos como alinhamento-mestre um alinhamento de preferência pree-
xistente e de conhecimento público, muitas vezes cotado pelas companhias
de saneamento e energia e/ou prefeituras locais, para que um de seus pontos
sirva também como nível de referência (RN).
Locação da obra 59
Métodos de alinhamento
A partir do alinhamento-mestre, é indispensável saber traçar perpendiculares
sobre o terreno, pois é por meio delas que marcamos os alinhamentos das
paredes externas da construção, determinando, assim, o esquadro. Isso serve
de referência para locar todas as demais estruturas, bem como confirmar a
perfeita locação da obra no que se refere aos eixos das paredes (internas),
pilares, sapatas, blocos e estacas.
Há três métodos de alinhamento: o método do esquadro, o método do
triângulo retângulo e o método do teodolito. Vamos ver mais detalhes sobre
cada um deles agora:
Processos de locação
Nos casos de obras de pequeno porte, podemos efetuar a locação da obra com
métodos simples, sem o auxílio de aparelhos que nos garantam certa precisão.
No entanto, em caso de obras de grande área (m 2), os métodos descritos a
seguir poderão acumular erros de alinhamento. Assim, torna-se conveniente
o auxílio da topografia, conforme visto anteriormente.
Devemos locar a obra utilizando os eixos, para evitar o acúmulo de erros
provenientes das variações de espessuras das paredes. Em obras de pequeno
porte, ainda é usual o pedreiro marcar a construção utilizando as espessuras
das paredes. No projeto de arquitetura, consideramos as paredes externas com
25 cm e as internas com 15 cm. Na verdade, as paredes externas possuem
medidas em torno de 26 a 27 cm, e as internas de 14 a 14,5 cm. De fato, é
difícil desenhá-las a pena nas escalas usuais de desenho 1:100 ou 1:50, daí
a adoção de medidas arredondadas que acumulam erros. Hoje, os softwares
específicos facilitaram muito essa tarefa.
Os pontaletes do gabarito podem ser mais altos, sendo aproveitados para futuros
andaimes.
Referência
Leituras recomendadas
ALBUQUERQUE, A. Construções civis. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1957.
BAUD, G. Manual de pequenas construções. São Paulo: Hemus, 2002.
BORGES, A. C. Prática das pequenas construções. 8. ed. São Paulo: Edgard Blücher,
2000. vol. I e II.
CARICCHIO, L. M. Construção civil. Rio de Janeiro: Gráfica Olímpia, 1955.
MILITO, J. A. Técnicas de construção civil. Campinas: PUC Campinas, 2009. Apostila.
PIANCA, J. B. Manual do construtor. 15. ed. Porto Alegre: Globo, 1978.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
Dica do professor
Você sabia que a fase de locação da obra é tão importante que requer também um projeto? Esse
projeto tem por objetivo definir as escavações e a posição das fundações. A planta de locação faz
parte do conjunto de informações que compõe o projeto arquitetônico, além das plantas estrutural,
hidráulica, elétrica, etc.
Para evitar erros é necessário identificar adequadamente cada gabarito e fazer sempre a
conferência de distâncias entre eixos de paredes e/ou de pilares. Assista ao vídeo e confira como
executar esse serviço com precisão!
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Exercícios
No caso de obras de grande área (m2), erros acumulados de alinhamento podem acarretar
1) perda de tempo e dinheiro, sendo conveniente, portanto, o auxílio da topografia. Para esse
tipo de obra, que tem muitos elementos (fundações, paredes, etc.), qual é o processo ideal de
locação?
Durante a fase de "levantamento", colhemos informações in loco para uso na fase de projeto.
2) No momento de passar o que está no projeto para o terreno, frequentemente são
encontradas dificuldades na implementação, principalmente devido a erros de
levantamento, que muitas vezes fornecem, por exemplo, um formato de terreno que não
coincide com a forma real.
A) a) Medição de obra.
B) b) Locação de obras.
C) c) Locação de estacas.
D) d) Levantamento altimétrico.
E) e) Levantamento planimétrico.
A) a) Concreto.
B) b) Instalação elétrica provisória.
C) c) Topografia.
D) d) Canteiro mobilizado.
Locar ou marcar a obra é uma das etapas de maior importância da construção. Sobre essa
4) etapa, assinale a alternativa que apresenta a afirmação verdadeira.
C) c) A locação da obra deve ser realizada somente após a movimentação de terra e a execução
das fundações.
D) d) As tábuas que compõem os quadros de madeira (gabaritos) só precisam ser niveladas nos
casos em que o terreno possui desnível superior a um metro.
Quais equipamentos são considerados de grande importância para a locação de uma obra?
5)
A) a) Colher de pedreiro, óculos de proteção, protetor auricular e luvas.
Tratam-se de linhas imaginárias, existentes em todas as paredes, quaisquer que sejam suas
dimensões. Essas linhas de traçado serão substituídas pelas do pedreiro, fixadas no gabarito - uma
estrutura de madeira montada em volta da futura obra.
Na primeira etapa, o cruzamento dessas linhas definirá o posicionamento das fundações e, a partir
delas, a largura das valas. Considerando que qualquer projeto tem várias paredes paralelas,
qualquer dimensão que não seja acumulativa, demarcada erradamente, propagará esse erro para as
paredes subsequentes.
Essas falhas aparecem somente após a execução dos alicerces, quando é possível detectar
visualmente essas irregularidades. Na prática, uma atitude importante consiste em não cotar entre
os eixos, mas sempre de forma acumulada.
Para marcar as cotas (acumuladas) no gabarito é aconselhável fazer uso de tinta ou caneta hidrocor
(essas de ponta porosa), para que fiquem bem visíveis e fáceis de se conferir ao término do trabalho
ou quando necessário.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
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Serviços preliminares e instalações
provisórias
Apresentação
A logística nos canteiros de obras é um tema relevante para a gestão de qualquer tipo de
construção. Porém, antes mesmo do início da implantação do canteiro, algumas atividades prévias,
comumente necessárias, estarão a cargo do engenheiro de obras.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer tais atividades, que são usualmente
denominadas "Serviços Preliminares" e envolvem, dentre outros serviços, a verificação da
disponibilidade de instalações provisórias, as demolições (quando existem construções
remanescentes no local em que será construído o edifício), a retirada de entulho e, também, o
movimento de terra necessário para a obtenção do nível de terreno desejado para o edifício.
Bons estudos.
Ficará encarregado desse serviço um servente, um único homem, que pesa aproximadamente 90
kg. Sabendo que o peso seguro e recomendável para uma pessoa levantar equivale a 1/3 de sua
massa corporal, e que um tijolo de 6 furos padrão (9 x 14 x 19 cm) pesa em média 2 kg.
Infográfico
Logo após estarem os projetos prontos e a construção licenciada, os serviços preliminares são um
conjunto de atividades e providências tomadas como preparação para o início da obra, tais como:
demolições, sondagens, movimentação de terra, drenagens, contenções, etc.
Confira no Infográfico!
Conteúdo do livro
Antes mesmo da implantação do canteiro de obras, vários serviços são necessários para o início de
uma construção. O "start" da obra compreende a mobilização de pessoas, máquinas, equipamentos
e ferramentas, seguido da construção das instalações provisórias do canteiro de obras, tais como
escritórios, oficinas, dormitórios, refeitórios, banheiros, almoxarifados e locais de estocagem de
materiais em geral.
Leia os tópicos do capítulo Serviços preliminares e instalações provisórias. Inicie seus estudos no
tópico Serviços preliminares e instalações provisórias seguindo até Transporte vertical de materiais.
Boa leitura!
CONSTRUÇÃO
CIVIL
ISBN 978-85-9502-048-1
CDU 69
Introdução
Você já sabe que toda construção tem seu início propriamente dito
com a implantação do canteiro de obras. Essa implantação requer um
projeto específico, que deve ser cuidadosamente elaborado a partir das
necessidades da obra e das condições do local. A logística nos canteiros de
obras é um tema relevante para a gestão de qualquer tipo de construção.
Porém, antes mesmo do início da implantação do canteiro, algumas
atividades prévias, comumente necessárias, estarão a cargo do enge-
nheiro de obras. Neste capítulo, você vai conhecer tais atividades, que
são usualmente denominadas “serviços preliminares” e envolvem, dentre
outros serviços, a verificação da disponibilidade de instalações provisórias,
as demolições (quando existem construções remanescentes no local
em que será construído o edifício), a retirada de entulho e, também,
o movimento de terra necessário para a obtenção do nível de terreno
desejado para o edifício.
Serviços preliminares e instalações provisórias 47
Serviços preliminares
Uma vez escolhido e adquirido o terreno, realizadas as sondagens e o levanta-
mento topográfico (planialtimétrico), aprovados e licenciados junto aos órgãos
públicos os projetos arquitetônicos e concluído o projeto executivo, chega a
hora de iniciar a obra propriamente dita, por meio dos serviços preliminares
(por exemplo: limpeza, topografia, terraplenagem e locação) e da montagem
do canteiro de obras (por exemplo: instalação de gruas, banheiros, depósitos,
refeitórios, escritório, etc.).
Você vai ver agora mais detalhes sobre cada uma dessas etapas.
Limpeza do terreno
Nem sempre é possível adequar o projeto ao que existe de natural e belo no local
da construção (por exemplo, a vegetação). Começamos uma obra comumente
ao definirmos uma das seguintes etapas:
Capina : Quando a vegetação é rasteira e com pequenos arbustos, trata-se
de serviço braçal que usa, no máximo, uma enxada. Pode envolver a remoção
de pequenas rochas e casas de cupim, etc.
Roçamento: Quando, além da vegetação rasteira, houver árvores de pe-
queno porte, que poderão ser cortadas com foice ou facão.
Destocamento: Quando houver árvores de grande porte, necessitando
desgalhar, cortar ou serrar o tronco. Este serviço pode ser feito com máquina
ou manualmente. Os serviços serão executados de modo a não deixar raízes
ou tocos de árvore que possam dificultar os trabalhos. Todo o material vege-
tal, assim como o entulho, terá de ser removido do canteiro de obras. Certos
cortes de árvores obrigam a obtenção de licença ambiental junto aos órgãos
municipais, estaduais, ou ao IBAMA.
à segurança;
à altura mínima: 2,20m (NR 18);
ao alinhamento do terreno.
O tapume deve ainda ser durável e de bom aspecto visual. São muito
utilizadas chapas de madeira compensada (espessura 10 mm) ou telhas tra-
pezoidais. Na maioria das cidades, é possível utilizar até 2/3 da largura do
passeio público para o canteiro de obras.
Demolição
O serviço de demolição pode surgir no caso de antigas construções existentes
no terreno. Inclui a demolição de fundações, muros divisórios, redes de abas-
tecimento de água e energia elétrica, redes de esgoto, telefone, etc., incluindo
a remoção e o transporte e a deposição dos resíduos. Algumas recomendações
gerais (ver ABNT NBR 5682:1977) são listadas a seguir:
Você deve ter percebido que dois serviços preliminares indispensáveis, a terraplenagem
e a locação da obra, não foram demonstrados aqui, no entanto, dada a sua importância,
estes serviços serão abordados em capítulos separadamente.
50 Construção civil
Instalações provisórias
Canteiro de obras
O canteiro de obras é representado pela disposição dos materiais e equipamen-
tos que serão utilizados, de tal maneira que facilitem o transporte (de material)
e o trânsito de veículos, máquinas e funcionários, evitando desperdício de
matéria-prima e de tempo.
Os limites do canteiro são definidos por uma cerca que deve envolver o
local – o tapume, ou mesmo uma cerca de tela, ou ainda muros provisórios – e
isolar toda a área da obra, evitando a presença de pessoas estranhas no seu
interior. A firma construtora é responsável por qualquer pessoa que esteja
dentro do canteiro de obras, portanto, todos, até os visitantes ocasionais,
devem usar EPIs, como capacete.
O dimensionamento do canteiro compreende o estudo geral do volume
da obra, o tempo de obra e a distância de centros urbanos. Este estudo é
dividido como segue: 1) área disponível para as instalações; 2) número de
empresas empreiteiras previstas; 3) máquinas e equipamentos necessários;
4) serviços a serem executados; 5) materiais a serem utilizados; e 6) prazos
a serem atendidos.
Deve-se ainda solicitar a ligação de energia elétrica e água por meio de
projetos elaborados por profissionais especializados, conforme as normas
técnicas e prescrições das concessionárias locais.
Na ligação de água, é construído o abrigo para o cavalete e o respectivo
hidrômetro. A água deve estar disponível em abundância, pois seu uso é in-
tensivo, não somente para a preparação de materiais no canteiro, mas também
para a higiene dos trabalhadores. Não existindo água, devemos providenciar
a abertura de um poço, tomando os seguintes cuidados:
Leituras recomendadas
ALBUQUERQUE, A. Construções civis. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1957.
BAUD, G. Manual de pequenas construções. São Paulo: Hemus, 2002.
BORGES, A. C. Prática das pequenas construções. 8. ed. São Paulo: Edgard Blücher,
2000. vol. I e II.
CARICCHIO, L. M. Construção civil, Rio de Janeiro: Gráfica Olímpia, 1955.
PIANCA, J. B. Manual do construtor, 15. ed. Porto Alegre: Globo, 1978.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
Conteúdo:
Dica do professor
Você sabia que a indústria da construção civil é considerada nômade? O conhecimento do novo
local da obra, as dificuldades de acesso e a distância em relação ao escritório da construtora são
fatores que devem ser estudados para o sucesso de um novo empreendimento. A cada obra a
executar, pessoas, equipamentos, máquinas e materiais precisam ser deslocados.
Dependendo da dimensão do projeto, o tempo de construção pode ser longo, medido em anos.
Assista ao vídeo e confira por onde iniciar e como definir o leiaute de um canteiro de obras!
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Exercícios
1) Em um canteiro de obras:
A) São permitidas a entrada e a permanência de trabalhadores que não sejam compatíveis com a
fase da obra.
E) São proibidas a entrada e a permanência de trabalhadores que não estejam assegurados e que
não sejam compatíveis com a fase da obra.
A) Instalações sanitárias.
B) Sala de jogos.
C) Lavanderia.
D) Ambulatório.
E) Alojamento.
E) As galerias para o tráfego de pedestres devem ter altura livre mínima de 2,5 m.
A) 45 m3/h.
B) 30 m3/h.
C) 130 m3/h.
D) 100 m3/h.
E) 80 m3/h.
Na prática
O canteiro de obras tem dimensões variáveis em função do porte da obra e do espaço disponível
para instalação. Nos centros urbanos, os estabelecimentos comerciais próximos geralmente são
utilizados como ponto de apoio, fornecendo alimentação e até sanitários. Mas isso somente
funciona para uma pequena quantidade de funcionários e por um curto período de tempo.
Geralmente, é recomendável que sejam feitas as instalações provisórias.
O canteiro de obras deve ser projetado com a finalidade de atender às necessidades inerentes à
edificação e aos trabalhadores. Ele deve ser dividido em setores. Mas quais são as condições
mínimas necessárias para que uma equipe possa realizar as suas atividades diariamente?
Hoje existem normas e leis que regulamentam as instalações provisórias - da ABNT (NB 1367 e
NBR 12284) e do Ministério do Trabalho (NR 18) -, bem como balizam o projeto e o
dimensionamento dos canteiros de obras.
NR 18
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Fases de uma obra
Apresentação
Como a indústria da construção civil se adapta às necessidades de moradia, trabalho e
desenvolvimento do sujeito moderno? Ela utiliza um conjunto de atividades que visa à realização de
obras de acordo com essas necessidades, adaptando-se aos recursos naturais e às tecnologias
disponíveis.
Atualmente, para construir (ou reformar) é fundamental o conhecimento de todas as etapas de uma
obra, desde a contratação dos projetos arquitetônicos até a limpeza final. Assim, uma construção é
comumente dividida em três grandes fases: trabalhos preliminares, execução e acabamento,
podendo essas ser subdivididas em mais de vinte e sete etapas distintas, dependendo da natureza
dos materiais empregados e da finalidade da obra.
Bons estudos.
Leia os tópicos do capítulo Fases de uma obra. Inicie seus estudos no tópico Fases de uma obra
seguindo até Trabalhos de acabamento.
Boa leitura.
CONSTRUÇÃO
CIVIL
Introdução
A indústria da construção civil usa um conjunto de atividades que visa a
realização de obras de acordo com as necessidades de moradia, trabalho
e desenvolvimento do homem moderno, utilizando ou adaptando-se
aos recursos naturais e tecnologias disponíveis.
Nos dias de hoje, para construir (ou reformar) é fundamental que
o profissional responsável pela obra conheça todas as etapas para sua
execução, desde a contratação dos projetos arquitetônicos até a limpeza
final. Assim, uma construção é comumente dividida em três grandes
fases: trabalhos preliminares, execução e acabamento; podendo estas ser
subdivididas em mais de 27 etapas distintas, dependendo da natureza
dos materiais empregados e a finalidade da obra.
Pensando na sustentabilidade, o pós-obra impõe-se, e há profissionais
que dividem as construções em: planejamento (o quê, por quê e como
fazer), produção (quando e com o quê fazer), funcionamento e manu-
tenção (operação e uso do produto final).
idealização até a “chave em mãos”, sendo elas: (a) trabalhos preliminares (pla-
nejamento e projeto); (b) trabalhos de execução e (c) trabalhos de acabamento.
Estes trabalhos, por sua vez, podem ser subdivididos em até (ou mais de)
27 etapas: serviços técnicos e administrativos preliminares; limpeza do ter-
reno/ instalação e locação da obra; serviços em terra e rocha; infraestrutura;
supraestrutura; alvenaria; isolamento térmico e acústico; impermeabilização;
cobertura; esgotamento pluvial; instalações hidráulicas; esgoto sanitário;
aparelhos e metais sanitários; instalações elétricas; telefone externo/ interno;
antenas; instalações especiais; serralheria; marcenaria; revestimento de pare-
des; revestimento de pisos; ferragens; vidros; pintura; acabamento; paisagismo;
limpeza.
Estas 27 etapas (ou mais) fazem parte do conteúdo programático das disciplinas de
Construção Civil na maioria dos cursos de graduação em Engenharia Civil e Arquitetura.
Trabalhos preliminares
Esta é fase de definição de objetivos, elaboração dos estudos de viabilidade,
desenvolvimento dos projetos, estabelecimento das atividades necessárias ao
empreendimento, sua sequência, simultaneidade e/ou interdependência, com
o auxílio de técnicas de planejamento.
Parte gráfica
Parte escrita
C = (A x P)
Onde:
A = área da obra (m2)
P = preço por m2, baseado no CUB.
CUB = Custo Unitário Básico da construção.
Pode ser usado ainda para avaliação de imóveis e taxações de impostos
prediais.
Fases de uma obra 35
1 – SERVIÇOS INICIAIS:
1.1 – Projeto
2 – FUNDAÇÕES:
2.1 – Alicerce
2.2 – Cinta
2.3 – Impermeabilizações
3 – PAREDES:
3.1 – Externas
3.2 – Internas
4 – ESTRUTURAS:
5 – COBERTURA:
5.1 – Estrutura
5.2 – Cobertura
6 – INSTALAÇÃO ELÉTRICA:
7.1 – Hidráulica
7.2 – Esgoto
7.4 – Gás
(Continua)
Fases de uma obra 37
(Continuação)
8 – PAVIMENTOS:
8.1 – Contrapiso
9 – ESQUADRIAS:
9.1 – Externas
9.2 – Internas
9.3 – Ferragens
10 – REVESTIMENTOS:
10.1 – Externos
10.2 – Internos
11 – FORROS:
12 – VIDROS:
13 – PINTURA:
13.1 – Paredes
13.2 – Esquadrias
14 – COMPLEMENTAÇÕES E OUTROS:
15 – ADMINISTRAÇÃO:
Orçamento padrão
Quantidade
Custo total
Unidade
unitário
Serviço
Custo
%
0. Terreno
1. Serviços iniciais
1.1. Projeto
1.4. SUBTOTAL
2. Fundações
2.1. Alicerces
2.2. Cinta
2.3. Impermeabilização
2.4. SUBTOTAL
3. Paredes
3.1. Externas
3.2. Internas
3.3. SUBTOTAL
4. Estrutura
5. Cobertura
5.1. Estrutura
5.2. Cobertura
5.3. SUBTOTAL
6. Instalação elétrica
7. Inst. H. S. e gás
(Continua)
Fases de uma obra 39
(Continuação)
Orçamento padrão
Quantidade
Custo total
Unidade
unitário
Serviço
Custo
%
7.1. Hidráulica
7.2. Esgoto
7.4. Gás
7.5. SUBTOTAL
8. Pavimentações
8.1. Contrapiso
8.4. Outros
8.5. SUBTOTAL
9. Esquadrias
9.1. Externas
9.2. Internas
9.3. Ferragens
9.4. SUBTOTAL
10. Revestimentos
10.2. Azulejos
10.3. Outros
10.4. SUBTOTAL
(Continua)
40 Construção civil
(Continuação)
Orçamento padrão
Quantidade
Custo total
Unidade
unitário
Serviço
Custo
%
11. Forros
12. Vidros
13. Pinturas
13.1. Paredes
13.2. Esquadrias
13.3. SUBTOTAL
14. Complementações
15. Administração
TOTAL GERAL
Cronograma padrão
Etapa 10
Etapa 1
Etapa 2
Etapa 4
Etapa 5
Etapa 6
Etapa 7
Etapa 8
Etapa 9
Serviço
TOTAL
Nº
Nº
0 Terreno R$ 0
1 Serviços R$ 1
iniciais
%
2 Fundações R$ 2
3 Paredes R$ 3
4 Estrutura R$ 4
5 Cobertura R$ 5
6 Instalação R$ 6
elétrica
%
7 Instalações R$ 7
hidrossanitária
%
e gás
8 Pavimentação R$ 8
9 Esquadrias R$ 9
10 Revestimentos R$ 10
(Continua)
42 Construção civil
(Continuação)
Cronograma padrão
Etapa 10
Etapa 1
Etapa 2
Etapa 4
Etapa 5
Etapa 6
Etapa 7
Etapa 8
Etapa 9
Serviço
TOTAL
Nº
Nº
11 Forros R$ 11
12 Vidros R$ 12
13 Pinturas R$ 13
14 Comple- R$ 14
mentações
%
15 Administração R$ 15
16 TOTAIS R$ 16
Trabalhos de execução
Trabalho de execução é a construção propriamente dita, o andamento dos
processos com auxílio da técnica construtiva e apoio de um sistema de su-
primento. Inclui:
Trabalhos de acabamento
Finalização da obra propriamente dita:
Salpique.
Revestimento (reboco e emboço).
Revestimentos especiais: pastilhas, mármore e azulejos.
Colocação dos marcos.
Colocação das esquadrias.
Colocação dos vidros (quando o piso for de madeira).
Colocação dos pisos.
Execução da fiação e colocação de aparelhos.
Pintura.
Metais e aparelhos sanitários.
Arremates.
Limpeza.
Habite-se.
44 Construção civil
Referência
Leituras recomendadas
ALBUQUERQUE, A. Construções civis. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1957.
BAUD, G. Manual de pequenas construções. [S.l.]: Hemus, 2002.
BORGES, A. C. Prática das pequenas construções. 8. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2000. v. I
e II.
CARDÃO, C. Técnica da construção civil. 8. ed. Belo Horizonte: Engenharia e Arquitetura, 1988. v. I
e II.
CARICCHIO, L. M. Construção civil. Rio de Janeiro: Gráfica Olímpia, 1955.
PIANCA, J. B. Manual do construtor. 15. ed. Porto Alegre: Globo, 1978.
Dica do professor
Você sabia que a fase de projeto determina todas as fases seguintes de uma obra? Por exemplo, a
escolha por uma obra em alvenaria estrutural pode baratear e até acelerar a execução de uma
construção civil.
Essa técnica construtiva faz com que, na fase da execução propriamente dita, como seu próprio
nome já diz, os serviços de supraestrutura (pilares e vigas) e vedação (paredes) sejam unificados, ou
seja, que o levantamento das alvenarias englobe essas duas fases. Assista ao vídeo e confira o
mínimo e o máximo de fases que uma obra civil pode conter!
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Exercícios
A) Relação do número de funcionários que irá trabalhar em cada etapa da obra, inclusive do
setor administrativo.
D) Relação contendo, pelo menos, três empresas que fornecerão as mudas e sementes.
C) Como projeção vertical, obtida por planos verticais que interceptam as paredes, portas e
janelas, fornecendo maiores informações para a execução da obra.
E) Como projeção horizontal da seção reta, passando acima do peitoril das janelas, para que
fiquem representados todos os vãos.
A) Diário de obra.
B) Cronograma físico-financeiro.
C) Gráfico de Gantt.
D) Planejamento.
E) Cronograma físico.
4) A camada de argamassa executada sobre uma base, que pode ser a parte de baixo de uma
laje de piso pré-fabricada ou uma parede, é denominada:
A) Acabamento.
B) Contrapiso.
C) Fundação.
D) Pavimento.
E) Concreto.
A) Custos diretos são aqueles em que é necessário estipular um fator de rateio para que sejam
apropriados aos serviços.
D) Como regra, orçam-se os preços na construção civil por serviço, determinando-os segundo a
produção de composições unitárias.
E) Em um solo, caso seja necessário escavar 1 m3 do terreno, deve-se orçar, no item referente à
escavação do material, o valor 1,4 m3.
Na prática
Uma obra convencional, de acordo com as tradições da construção civil brasileira, envolve
geralmente 27 etapas:
▪ de recursos humanos;
▪ de materiais;
▪ de etapas e tempo para a realização de suas atividades;
▪ da padronização de projetos;
▪ do uso de novas tecnologias;
▪ de implantações de programas de qualidade.
As etapas de uma obra, nos dias de hoje, estão intimamente ligadas à fase de projeto, ou melhor, à
mecanização e à automação dos processos construtivos e ao nível de pré-fabricação a ser utilizado.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
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Concreto: características fundamentais
Apresentação
O concreto é um material amplamente disseminado por todo o mundo, podendo ser utilizado em
construções residenciais, comerciais, rodovias, pontes, usinas hidrelétricas, obras de saneamento,
etc. De modo geral, pode-se dizer que o concreto surge logo após o descobrimento do cimento
Portland, fazendo parte das grandes construções egípcias. Como exemplos de utilização desta
mistura, é possível citar obras históricas como o Panteão, em Atenas e o Coliseu, em Roma.
Atualmente, o seu consumo pode atingir, em determinados anos, o total de 11 bilhões de toneladas
ou um montante de aproximadamente 1,9 toneladas por habitante por ano, resultando em um valor
inferior apenas ao do consumo de água. No Brasil, são produzidos em torno de 30 milhões de
metros cúbicos de concreto nas centrais dosadoras localizadas por todo o país, confirmando, assim,
a importância desse material para o setor da construção civil.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você estudará esse interessante e versátil material, assim como
as suas características e os principais tipos, iniciando com conceitos gerais de dosagem da mistura,
os quais resultam na especificação dos traços de concreto, até os conceitos mais detalhados de
fator água/cimento, agregados, adições e aditivos, além da própria água de amassamento da
mistura.
Bons estudos.
Responda:
b) Qual é o volume de concreto que poderá ser executado caso a betoneira tenha capacidade para
3 sacos de cimento?
Neste Infográfico, você vai ler sobre concreto bombeável a alturas elevadas, assim como as suas
definições e propriedades.
Aponte a câmera para o
código e acesse o link do
conteúdo ou clique no
código para acessar.
Conteúdo do livro
O concreto é um dos materiais mais utilizados em todo o mundo, portanto, conhecer os materiais
que fazem parte de sua composição, assim como algumas características físicas, químicas e
mecânicas desse composto torna-se importante. O interesse no concreto é cada vez maior devido à
sua grande versatilidade para aplicação na construção civil.
Boa leitura.
MATERIAIS DA
CONSTRUÇÃO
Hudson Goto
Concreto: características
fundamentais
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Neste capítulo, você estudará as características dos concretos e seus prin-
cipais tipos, quando serão apresentadas noções de dosagem de misturas
que resultam nas determinações dos traços de concreto. Buscando apro-
fundar mais o conhecimento, serão detalhadas algumas características
e componentes, como o fator água/cimento, os agregados, as adições e
aditivos, e a água de amassamento utilizados nessa mistura.
O concreto é um dos materiais mais empregados na construção civil
ao redor do mundo, principalmente por sua resistência no estado endu-
recido e sua acomodação às mais diversas formas no estado fresco. Nesse
sentido, há um interesse cada vez maior no estudo e desenvolvimento
dos seus materiais constituintes e na melhoria dos processos produtivos,
buscando um produto final uniforme, com desempenhos e durabilidade
de acordo com as necessidades dos usuários.
Assim, estudar cada componente do concreto, procurando enten-
der a sua função e a forma de interação com os demais componentes,
compreende a base para a especificação adequada dos materiais e do
produto final a ser empregado nas obras do setor da construção civil,
evitando desperdícios, retrabalhos ou até mesmo acidentes.
2 Concreto: características fundamentais
Diâmetro máximo
Nomenclatura Dimensões (mm) característico (mm)
Brita 1 9,5 a 19 19
Brita 2 19 a 25 25
Brita 3 25 a 50 50
Brita 4 50 a 76 76
150 200 25
50: : : → 50 : 99,34 : 136,05 : 25
1,51 1,47 1
h
35 cm
45 cm
Figura 1. Exemplo de padiola.
Fonte: Adaptada de Torres (2015).
Para a areia
Vpadiola
Vpadiola = 3,50 dm ∙ 4,50 dm ∙ H → H =
15,75 dm3
Massa de areia/padiola:
kg
m = V ∙ ρa = (3,5 dm · 4,5 dm · 6,31 dm) · 1,51 = 150,07 kg
dm3
150,05 kg
= 2,14 → 2,50 padiolas
70 kg
63,1 cm
= 25,24 cm → 2,50 padiolas com 25,25 cm
2,50
Para a brita
Massa de areia/padiola:
kg
m = V · ρa = (3,5 dm · 4,5 dm · 8,64 dm) · 1,47 = 200,03 kg
dm3
200,03 kg
= 2,85 → 3,00 padiolas
70 kg
86,4 cm
= 28,80 cm → 3,00 padiolas com 28,80 cm
3,00
1 saco de cimento;
2,5 padiolas de (35 × 45 × 25,25) cm de areia;
3 padiolas de (35 × 45 × 28,80) cm de brita;
25 litros de água.
1 3,0 4,0
Consumo cimento = + +
3,14 kg/dm3 2,63 kg/dm3 2,75 kg/dm3= 292,94 kg/m .
3
Para ter acesso a exemplos de traços de concreto para obras de pequeno porte,
relacionados a suas respectivas resistências, acesse o link a seguir.
https://goo.gl/NHIzAs
30 28 dias
7 dias
20
3 dias
10
1 dia
0
0,35 0,4 0,45 0,5 0,55 0,6 0,65 0,7
Relação água/cimento
A ausência de controle de água pode causar fissuras no concreto, pela retração hidráu-
lica que ocorre durante o endurecimento da estrutura. O excesso de água é um dos
catalisadores da retração. A falta de cura (procedimentos de proteção para minimizar a
perda de água) e a exposição excessiva ao sol ou calor também influenciam o fenômeno.
Composição química
Classificação Características dos grãos
e mineralógica
Cimentantes e pozolânicas
Pozolanas comuns
(Continua)
Concreto: características fundamentais 17
(Continuação)
Composição química
Classificação Características dos grãos
e mineralógica
Pozolanas comuns
Andrade (2017) ainda comenta que o uso de adições melhora certas carac-
terísticas do material, como a impermeabilidade, a diminuição da porosidade
capilar, a maior resistência a sulfatos e a redução do calor de hidratação.
A NBR 12.653 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
2015) cita que as pozolanas são um tipo de adição mineral que, por si só, tem
pouca ou nenhuma característica aglomerante, mas que, quando finamente
moída e na presença de água, reage quimicamente com o hidróxido de cálcio
do cimento para formar compostos com propriedades aglomerantes.
A sílica ativa é um tipo de pozolana resultante do processo de fabricação
de ferrosilício e silício-metálico em grandes fornos elétricos com temperaturas
acima de 2.000°C. O elevado teor de sílica em sua composição confere à sílica
ativa alta reatividade pozolânica, podendo contribuir na resistência e durabi-
lidade do concreto em substituição parcial ao cimento (ANDRADE, 2017).
Ainda segundo Andrade (2017), o metacaulim proporciona um efeito filler
(preenchimento) e de densificação da zona de transição pela elevada finura
desse material, podendo substituir parte do cimento Portland. Proporciona
18 Concreto: características fundamentais
Leituras recomendadas
BOGGIO, A. J. Estudo comparativo de métodos de dosagem de concreto de cimento Por-
tland. 2000. 152 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil)– Universidade Federal
do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2000. Disponível em: <https://lume.ufrgs.br/
handle/10183/12575>. Acesso em: 30 set. 2018.
TAFAREL, N. F. F. et al. Avaliação das propriedades do concreto devido à incorporação
de lodo de estação de tratamento de água. Matéria, Rio de Janeiro, v. 21, n. 4, p. 974-
986, out.-dez. 2016. Disponível em: <https://revistas.ufrj.br/index.php/rm/article/
view/10572>. Acesso em: 30 set. 2018.
TORALLES, B. M. et al. Estudo comparativo de diferentes métodos de dosagem de
concretos convencionais. Revista de Engenharia e Tecnologia, Ponta Grossa, v. 10, n. 1,
p.184-198, 2018. Disponível em: <http://www.revistas2.uepg.br/index.php/ret/article/
view/11985>. Acesso em: 30 set. 2018.
Conteúdo:
Dica do professor
O emprego de agregados para a confecção de concretos é uma prática comum no setor
de construção civil, sendo considerado um dos insumos minerais mais consumidos no mundo. A sua
utilização tem influência nas propriedades do concreto e, sob o ponto de vista econômico, reduz
consideravelmente os custos de produção.
Para a construção de obras de grande porte, como barragens de concreto de usinas hidrelétricas, o
consumo de agregados é muito elevado, devido aos altos volumes de concreto empregados. Sendo
assim, por motivos logísticos e econômicos, a utilização de agregados selecionados provenientes de
locais afastados desses empreendimentos torna-se inviável, sendo a sua extração efetuada em
pedreiras localizadas próximas às obras. Na maioria dos casos, os agregados extraídos dessas
pedreiras são considerados adequados para a confecção de concretos; porém, a presença de certos
minerais em sua composição pode causar danos quando em contato com os produtos de hidratação
do cimento Portland. Os produtos das reações de oxidação da pirita reagem com os compósitos do
cimento Portland, dando origem ao ataque interno por sulfatos, causando a expansão e a fissuração
da pasta.
Nesta Dica do Professor, você vai saber mais sobre o uso de agregados contaminados.
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Exercícios
1) As estruturas em concreto de pontes devem apresentar elevada vida útil, muito maior que a
maioria das edificações convencionais. Nessas estruturas, além dos elevados carregamentos
do tráfego de veículos, a agressividade ambiental pode ser alta, exigindo, assim, a utilização
de concretos especiais com maior capacidade de redução na entrada de agentes agressivos
no interior da massa, devendo ainda apresentar manutenções menos frequentes, evitando
interdições constantes.
Assim, assinale a alternativa correta, a qual apresenta o tipo de concreto especial adequado
para a execução dessa estrutura.
E) Concreto convencional.
2) Imagine que você foi contratado para efetuar o controle tecnológico e a execução da
concretagem de um bloco de fundação de grandes dimensões de um edifício comercial, no
qual serão necessários diversos lançamentos de concreto. O concreto a utilizar é do tipo
convencional, não devendo ser executadas juntas de concretagem, ou seja, o bloco precisa
apresentar uniformidade total. Considere ainda que não são admitidas fissuras de retração
hidráulica superficiais, as quais poderiam facilitar o acesso de agentes agressivos presentes
no solo da fundação.
Diante disso, assinale a alternativa correta, a qual apresenta o tipo de aditivo para essa
situação.
A) Acelerador de pega.
B) Superplastificante.
C) Retardador de pega.
D) Redutor de água.
E) Redutor de água e acelerador.
De acordo com a figura apresentada, assinale a alternativa que associa corretamente os tipos de
agregados indicados.
A) a: arredondado; b: anguloso; c: lamelar e alongado.
A) Quanto menor o fator a/c e menor a dimensão máxima característica do agregado graúdo,
maior será a resistência à compressão do concreto, sendo que a maior parte dos resultados é
explicado devido à resistência do agregado
B) Quanto maior o fator a/c e maior a dimensão máxima característica do agregado graúdo,
maior será a resistência à compressão do concreto, sendo que a maior parte dos resultados é
explicado devido à resistência do agregado.
C) Quanto maior o fator a/c e maior a dimensão máxima característica do agregado graúdo,
maior será a resistência à compressão do concreto, sendo que a maior parte dos resultados é
explicado devido à resistência da pasta de cimento.
D) Quanto menor o fator a/c e menor a dimensão máxima característica do agregado graúdo,
menor será a resistência à compressão do concreto, sendo que a maior parte dos resultados é
explicado devido à resistência do agregado.
E) Quanto menor o fator a/c e menor a dimensão máxima característica do agregado graúdo,
maior será a resistência à compressão do concreto, sendo que a maior parte dos resultados é
explicado devido à resistência da pasta de cimento.
Na prática
Os concretos especiais podem ser utilizados em situações nas quais há uma demanda exclusiva a
ser atendida, que dificilmente seria resolvida com os concretos convencionais. Assim, o concreto de
alto desempenho (CAD) surge como uma alternativa viável para situações como a construção do e-
Tower, na qual esse material permitiu a redução das seções dos pilares, aumentando o número de
vagas de estacionamento nos subsolos da edificação.
O edifício comercial com 162 metros de altura, proporcionou este desafio aos construtores,
consultores, calculistas e empreendedores, desenvolvendo um concreto colorido de alto
desempenho com resistência média de 125 MPa, levando o Brasil ao recorde mundial.
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Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
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Influência de agregados reciclados de construção nas
propriedades mecânicas do concreto
Buscando viabilizar a utilização de materiais reciclados, este artigo teve como objetivo analisar a
substituição de agregados graúdos naturais por agregados graúdos oriundos da reciclagem de
resíduos "cinzas" da construção, utilizando vários níveis de substituição dos agregados em traços de
concreto. Os agregados reciclados influenciaram em algumas propriedades do concreto no estado
fresco e endurecido, com destaque para a resistência à compressão e o módulo de elasticidade. O
trabalho demonstrou ainda ser possível substituir até 100% do agregado natural pelo agregado
reciclado sem prejuízo para a resistência mecânica.
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