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CONSTRUÇÃO CIVIL
AULA 6

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Prof. André Cansian

CONVERSA INICIAL

Estamos completando os serviços propostos no cronograma físico de uma construção, utilizando o

sistema construtivo convencional. Assim sendo, nesta etapa, veremos os tipos de revestimentos,

detalhando-os, apresentando os materiais de forma técnica e com foco na execução, sempre


relacionando-os com as normas técnicas a serem seguidas, para que os futuros arquitetos possam
acompanhar bem suas atividades em campo. Revestimentos argamassados, revestimentos não
argamassados e pinturas são serviços de acabamentos de uma obra e os arquitetos devem estar atentos

às normas e aos detalhes nisso envolvidos, pois, além de eles representarem um percentual importante
do custo da obra, podendo chegar a até 40% do custo total, eles determinam, aos contratantes, por
serem visualmente detectáveis seus defeitos, a aferição da qualidade das obras. Finalizaremos a etapa
estudando como é feita, tecnicamente, a cobertura da construção, mostrando opções de telhados,

nomenclatura utilizada, tipos de materiais, sempre amparados pelas normas pertinentes e guiados por
uma ótica de arquiteto construtor.

TEMA 1 – REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS

Os revestimentos argamassados são executados quando se pretende regularizar fechamentos


verticais (paredes) e horizontais (tetos), com o intuito de protegê-los ou prepará-los para recepção de

acabamentos posteriores. São utilizadas, para isso, camadas, podendo ser sobrepostas, em bases de
concreto, tijolo e bloco cerâmico, bloco de concreto, bloco de concreto celular e bloco silicocalcário,
conforme a norma ABNT NBR 7200:1998 (ABNT, 1998).

Os objetivos dos revestimentos argamassados são proporcionar maior resistência ao choque ou


abrasão (resistência mecânica), impermeabilizar, tornar as superfícies mais higiênicas (laváveis) ou,
ainda, aumentar as qualidades de isolamento térmico e acústico (Milito, 2009). E, para tanto, as
condições das paredes e tetos devem estar previamente adequadas com relação à planeza, prumo e

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nivelamento fixados nas respectivas normas de alvenaria e de estruturas de concreto, além de estarem
isentas de poeira, substâncias gordurosas, eflorescências ou outros materiais soltos, tendo em vista que,
conforme a norma, a aderência do revestimento está relacionada com o grau de absorção da base, que
propicia a microancoragem, e com a rugosidade superficial, que contribui para a macroancoragem.

A seguir, veremos os tipos de revestimentos argamassados e como devem ser executados.

Figura 1 – Revestimentos argamassados: chapisco, emboço e reboco

Crédito: Elias Aleixo.

1.1 CHAPISCO

O chapisco é a camada de preparo da base, de acordo com a ABNT NBR 13529:2013, constituída de
mistura de cimento, areia e aditivos, aplicada de forma contínua ou descontínua, com a finalidade de
uniformizar a superfície, quanto à absorção, e melhorar a aderência do revestimento (ABNT, 2013). O

objetivo desse revestimento é deixar a superfície mais áspera, servindo como ancoragem para o
revestimento posterior, o emboço, mas outras funções devem ser destacadas tais como:

Uniformizar a superfície irregular.

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Regularizar a absorção d’água.


Aumentar a área de contato.
Aumentar a aderência.

A camada de chapisco deve ser uniforme, com espessura máxima de 5 mm e acabamento áspero e
irregular.

Chamamos de chapisco convencional o revestimento usualmente aplicado com uma colher de


pedreiro, por lançamentos, ou com o auxílio de uma peneira, sobre a alvenaria de blocos cerâmicos ou

de concreto. Os outros tipos estão relacionados às superfícies a que a aderência da argamassa é


limitada, em função da baixa absorção de água, sendo necessária a modificação do método de execução
ou da própria argamassa. São eles:

Chapisco rolado: aplicado com o rolo de textura, tem por finalidades a melhoria da aderência, o
não desperdício de material e uma maior facilidade de execução (no caso de lajes).
Chapisco desempenado: executado sobre estruturas de concreto armado ou placas de drywall, é
aplicado com desempenadeira dentada, eventualmente utilizando-se de argamassa colante (de
cerâmica), em sua composição.

1.1.1 Execução do chapisco

Vimos, anteriormente, que, para a execução dos revestimentos, a base deve estar regularizada e
preparada para receber as camadas; logo, o arquiteto deve estar atento quanto à eliminação de
irregularidades preenchendo furos, tratando de pré-umedecer as áreas onde será aplicado o chapisco.

O processo executivo do chapisco convencional deve seguir esta sequência, após a superfície estar
adequada e a argamassa já preparada (trataremos da argamassa no próximo tópico):

Lançá-lo sobre o paramento previamente umedecido, em uma única camada de argamassa, pelo

sistema convencional, desempenado ou rolado.


Na alvenaria, aplica-se o chapisco bem distribuído e fechado (convencional), aplicado com colher
de pedreiro ou mecanicamente.
A cura do chapisco se dá após três dias após a sua aplicação, podendo assim se executar o
emboço.

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Figura 2 – Chapisco convencional

Crédito: Anze Furlan/Alamy/Fotoarena.

1.2 EMBOÇO

O emboço, também chamado de reboco grosso, é a camada de revestimento executada para cobrir
e regularizar a superfície da base com ou sem chapisco, propiciando uma superfície que permita receber
outra camada de reboco ou de revestimento decorativo ou que se constitua no acabamento.

Os objetivos desse revestimento aplicado nas superfícies são:

deixar a superfície plana e regular;


isolá-la, termoacusticamente;
aumentar sua resistência;
promover sua durabilidade;
aumentar sua estanqueidade;
proteger a base.

Os cuidados com a base e o conhecimento dos objetivos do emboço evitam situações comumente
verificadas em obra, como a correção de prumos e esquadros mal-executados nas alvenarias e

estruturas, por meio do aumento da espessura desse revestimento, que não deve ultrapassar 2,5 cm,
em áreas internas, e 3 cm, em áreas externas.

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1.2.1 Execução do emboço

A argamassa mista, composta de cimento, areia e cal, estudada em capítulo à parte na sequência,
deve estar preparada, assim como providenciado o umedecimento da superfície que receberá o emboço
e verificados o prumo e as espessuras da camada, mediante criação de referências que são pré-

requisitos para o início da aplicação.

Deve-se, assim:

Criar referências com taliscas (pequenas peças de madeira ou de ladrilhos cerâmicos), fixando-as

na superfície a fim de determinar a espessura do revestimento.


Após as taliscas estarem bem fixadas, preenche-se o espaço entre elas, verticalmente,
demarcando-se as mestras, devidamente aprumadas, com a mesma argamassa firme, que
servirão de guia para a execução do revestimento.
Preenchem-se então os vãos com argamassa, entre as mestras, cuidando para que fique um
excesso de argamassa em relação ao plano das mestras.
Utilizando-se uma régua de alumínio (ou lisa), de baixo para cima, retira-se o excesso de material
chapeado. Esse procedimento chamamos de sarrafeamento.
Após o sarrafeamento, executa-se o alisamento da área que está sendo revestida, com
desempenadeira de mão (de madeira, aço ou feltro). Esse processo é chamado do desempeno.

Após o processo executivo finalizado, o mínimo de cura é de 7 dias, tempo necessário para de 60%
a 80% da retração acontecer, sendo que, para se executar revestimentos sobrepostos ao embolo, o
período ideal será de 21 dias.

1.3 REBOCO

Reboco é uma camada fina de argamassa, de em torno de 2 mm, utilizada para o cobrimento do
emboço, propiciando que a área aplicada fique menos porosa e receba revestimentos de acabamento,
como pintura.

Conhecida como calfino é a argamassa utilizada no reboco, usualmente industrializada e composta


de cal hidratada e areia fina, sendo efetuada a adição de água à obra. Sua aplicação se dá via
espalhamento uniforme, na superfície, com desempenadeira de aço, na espessura de 2 mm, fechando-se
os poros do emboço e, posteriormente, efetuando-se o seu alisamento com desempenadeira de

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madeira com feltro, em movimentos circulares, uniformizando-se toda a área de aplicação. Obviamente,
cuidados com a base, como limpeza e remoção de resíduos, devem ser feitos antecipadamente.

Sendo considerada uma preparação para o acabamento das superfícies, sua aplicação pode ser
dispensada, conforme o acabamento posterior, por exemplo: se houver revestimento cerâmico, o reboco
será executado diretamente sobre o emboço.

1.4 EMBOÇO PAULISTA

Também conhecido como massa única ou emboço único, o emboço paulista é o revestimento
executado numa camada única, cumprindo as funções do emboço e reboco, por sobre o chapisco,
eliminando-se o reboco e deixando-se a superfície do emboço mais lisa para receber o acabamento. O
emboço paulista é aplicado da mesma forma que o emboço, com argamassas industrializadas
(compostas de areias de granulometria mais fina), que podem oferecer um melhor custo-benefício à
obra, em função de eliminarem uma das atividades, sem se perder a qualidade e lisura da superfície.

TEMA 2 – ARGAMASSA

Como vimos no tópico anterior, cada revestimento argamassado possui funções específicas e, para
cumpri-las, as argamassas a serem utilizadas “[...] devem possuir características e propriedades que
sejam compatíveis com as condições a que estarão expostos, com as condições de execução, com a
natureza da base, com as especificações de desempenho, e com o acabamento final previsto” (ABCP,
[S.d.], p. 70). A norma ABNT NBR 7200:1998 define como argamassa inorgânica a mistura homogênea
de agregado(s) miúdo(s), aglomerante(s) inorgânico(s) e água, contendo ou não aditivos ou adições,
com propriedades de aderência e endurecimento (ABNT, 1998). E determina ainda as condições em que
as argamassas devem ser preparadas, estabelecendo condições de armazenamento dos materiais de

sua composição e procedimentos de produção. As argamassas devem ser preferencialmente misturadas


por processos mecanizados, e o mesmo vale para as argamassas industrializadas, sendo que o traço
(expressão da proporção entre constituintes da argamassa, geralmente referida em relação ao
aglomerante principal) sempre será estabelecido pelos responsáveis técnicos, sejam eles projetistas,
sejam executores, obedecendo-se as condições específicas de aplicação dos revestimentos.

O arquiteto deve estar atento às determinações da norma ABNT NBR 7200:1998 (ABNT, 1998), com
destaque aos itens de produção:

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O volume de produção de argamassa de cimento ou mista deve ser controlado de modo que sua
utilização se dê em prazo máximo de 2 horas e 30 minutos.
Para temperaturas acima de 30 °C, forte insolação direta sobre o estoque de argamassa ou
umidade relativa do ar inferior a 50%, o prazo deve ser reduzido para 1 hora e 30 minutos.
No processo de mistura mecanizado, o tempo não deve ser inferior a 3 minutos nem superior a 5
minutos.

Esses prazos estabelecidos podem ser alterados pelo emprego de aditivos retardadores, seguindo-
se as recomendações de uso previamente estudadas. Cada tipo de argamassa deve ter uma composição
em que seus componentes se misturem de forma a se cumprir a função dos revestimentos, que não

deve fugir do radar do arquiteto, a fim de que se promovam características de:

durabilidade;
proteção;
capacidade de isolamento e resistência;
estanqueidade;
facilidade de manutenção;
regularidade da superfície.

2.1 TIPOS DE ARGAMASSAS

Conhecendo as características das argamassas, a isso sendo somado o aprendizado sobre materiais
de construção, o arquiteto poderá compor os traços para atendimento de cada projeto específico. A
norma ABNT NBR 13280:2005 especifica os requisitos exigíveis para a argamassa utilizada em
assentamento e revestimento de paredes e tetos e se aplica igualmente à argamassa industrializada,
dosada em central e preparada em obra, preparada em central ou preparada em obra.

Vejamos as características das argamassas:

a. Simples de cimento:

revestimentos de baixa porosidade;


impermeabilidade, resistência;
alta retração por secagem;
tendência à fissuração;

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aplicação não recomendada sobre bases de baixa resistência e alta porosidade (concreto leve,
celular, blocos e tijolos leves);
secagem rápida;
baixa plasticidade;
baixa retenção de água;
pouca trabalhabilidade.

b. Argamassa de cimento e cal:

maior resistência à alta temperatura;


menor retração por secagem inicial;
maior retenção de água;
maior trabalhabilidade;
maior plasticidade;
maior elasticidade.

2.1.1 Argamassas para assentamento

Argamassa para assentamento em alvenaria de vedação: indicada para ligação de


componentes de vedação (como blocos e tijolos) no assentamento em alvenaria, com função de
vedação.
Argamassa para assentamento em alvenaria de estrutural: indicada para ligação de
componentes de vedação (como blocos e tijolos) no assentamento em alvenaria, com função
estrutural.
Argamassa para complementação da alvenaria (encunhamento): indicada para fechamento
da alvenaria de vedação, após a última fiada de componentes.

2.1.2 Argamassas para revestimento de paredes e tetos

Argamassa para revestimento interno: indicada para revestimento de ambientes internos da


edificação, caracteriza-se como uma camada de regularização (emboço ou camada única).
Argamassa para revestimento externo: indicada para revestimento de fachadas, muros e
outros elementos da edificação em contato com o meio externo, caracteriza-se também como uma
camada de regularização (emboço ou camada única).
Argamassa de uso geral: indicada para assentamento de alvenaria sem função estrutural e
revestimento de paredes e tetos internos e externos.
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Argamassa para reboco: indicada para cobrimento de emboço, propiciando uma superfície fina
que permita receber o acabamento. Também é denominada massa fina.
Argamassa decorativa em camada fina: argamassa de acabamento indicada para

revestimentos com fins decorativos, em camada fina.

TEMA 3 – REVESTIMENTOS CERÂMICOS

Os revestimentos podem ser divididos em: argamassados – chapisco, emboço e reboco – e não
argamassados, que oferecem uma infinidade de possibilidades, como gesso, madeira, pedra, texturas,
entre outros. Nesta etapa, veremos os revestimentos cerâmicos, muito utilizados em todos os tipos de
construções e elencados, em nosso cronograma físico, no sistema construtivo convencional, cujas
características o arquiteto deve conhecer, assim como o procedimento de aplicação desse tipo de
material.

A fabricação dos revestimentos cerâmicos se dá com base em uma mistura de argila e outros
componentes inorgânicos (como feldspato e quartzo), passando por um processo de queima em altas
temperaturas, sendo a variação dessas misturas, conjuntamente com a evolução da tecnologia,
causadoras de suas peças apresentarem várias possibilidades de cores, tamanhos e modelos, podendo
revestir diversos tipos de ambientes. Com a função de proteger as superfícies, podem atuar de modo
refratário, além de terem também uma função decorativa.

As placas cerâmicas são divididas em grupos, de acordo com seu método de fabricação e sua
capacidade de absorção de água.

3.1 CLASSIFICAÇÕES DAS PLACAS CERÂMICAS

As placas cerâmicas são divididas em grupos segundo dois critérios: a capacidade de absorção de
água, diretamente relacionada com a porosidade do material; e o método de fabricação, que influencia
diretamente as suas variações geométricas, cores e diversidade de aspectos e aplicações:

1. Grupos por capacidade de absorção de água: indicam o quanto de umidade a peça chega a
absorver, a saber:
a. Grupo I: baixa absorção (menor que 3%), subdivide-se em:
Ia: absorção entre 0% e 0,5% – porcelanato

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Ib: absorção entre 0,5% e 3% – grés


b. Grupo II: média absorção (entre 3% e 10%), subdividide-se em:
IIa: absorção entre 3% e 6% – semigrés
IIb: absorção entre 6% e 10% – semiporoso
c. Grupo III: alta absorção (maior que 10%) – poroso, azulejo e azulejo fino
2. Grupos por métodos de fabricação: os avanços tecnológicos aprimoraram métodos, assim
como tornaram outros obsoletos. Os dois principais métodos utilizados no país são:
a. Extrusão: método de fabricação menos usual no Brasil, responsável por menos de 3% da
produção, mas que contempla produtos de alta qualidade.
b. Prensagem: principal método empregado na produção nacional. Abrange quase toda a
produção, sendo o Brasil o terceiro maior produtor de cerâmica em placas do mundo,
ficando atrás apenas da China e dos Estados Unidos.

Ainda podemos classificar as placas esmaltadas conforme sua resistência à abrasão (desgaste por

raspagem), medida sob critério definido pelo Instituto de Esmalte de Porcelana (Porcelain Enamel
Institute – PEI), que regulamenta e para classifica os revestimentos nesse quesito; ou pela ABNT NBR ISO
10545-7:2017 (ABNT, 2017), que apresenta as seguintes classes de resistência à abrasão:

a. Classe 0 ou PEI 0: não recomendadas para uso em pisos e indicada apenas para paredes.
b. Classe 1 ou PEI 1: pisos em áreas com pouco tráfego e áreas com o contato com as placas pouco
abrasivo.
c. Classe 2 ou PEI 2: pisos em áreas com pouco tráfego e exclusivamente de pessoas, com no
máximo pequenas quantidades ocasionais de sujidades abrasivas.
d. Classe 3 ou PEI 3: pisos em áreas que trafegadas com maior frequência e dependências
residenciais sem portas externas, com pequenas quantidades de sujidades abrasivas. Não se aplica
a calçados anormais, por exemplo, botas com biqueira.
e. Classe 4 ou PEI 4: indicada para áreas que com tráfego regular, como dependências residenciais e
salas comerciais.
f. Classe 5 ou PEI 5: pisos em áreas sujeitas a tráfego constante, como dependências residenciais,
comerciais e industriais.

3.2 TIPOS DE PLACAS CERÂMICAS

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A especificação das placas cerâmicas, nas edificações, está relacionada, principalmente, com o tipo
do piso cerâmico (de acordo com as classificações apresentadas) e o tráfego previsto, além da questão
estética. O porcelanato, por exemplo, diferencia-se pelo seu processo de produção, em temperaturas
superiores das dos revestimentos cerâmicos, podendo ter acabamento acetinado ou receber polimento,
pelos controles de porosidade, tamanho e formato das placas, dados eletronicamente, uma vez que sua
fabricação é toda automatizada. Outro exemplo são as pastilhas cerâmicas, ou de porcelana, destinadas
usualmente a revestirem fachadas, piscinas, boxes de chuveiros, pelas características de baixíssima
absorção de água e capacidade de exposição a intempéries, além de possuírem grande variedade de
cores e tamanhos.

3.3 ARGAMASSAS PARA ASSENTAMENTO DE REVESTIMENTO CERÂMICO

A argamassa utilizada para aplicação dos revestimentos cerâmicos é a argamassa colante, um


produto industrializado, no estado seco, composto de cimento Portland, agregados minerais e aditivos
químicos, que deve ser misturado com água, formando uma massa viscosa, plástica e aderente.

A ABNT NBR 14081-5:2012 designa os tipos de argamassa colante industrializada (AC), indicando

usos conforme as condições em que os revestimentos serão aplicados:

AC I: utilizada para revestimentos internos horizontais (pisos), com exceção de sua aplicação em
saunas, churrasqueiras, estufas e outros revestimentos especiais.
AC II: com características de adesividade, é indicada para o assentamento de placas cerâmicas
horizontais e verticais, pois permite que se absorvam reforços existentes em revestimentos de
pisos e paredes internos e externos, à exceção de áreas sujeitas a variações intensas de
temperatura.
AC III: usada no assentamento de placas cerâmicas em áreas internas ou externas submetidas a
condições de exigência de resistência mecânica e a variação térmica elevada, apresenta alta
adesivagem e aderência superior em relação às argamassas dos tipos I e II. Pode ser utilizada em
porcelanatos, pastilhas de porcelana, placas de grandes formatos e inclusive para assentamento de
cerâmica sobre cerâmica.
Tipo E: AC dos tipos I, II ou III, mas com o tempo em aberto estendido.

3.4 EXECUÇÃO DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS

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A reunião de condições das superfícies para receber o revestimento cerâmico, seja em emboço, seja
em contrapiso, respeitados os tempos de cura das argamassas de cimento estudados anteriormente,
assim como a limpeza dessas áreas, é fundamental. Cuidados como não aplicar cerâmicas em condições

extremas como sol intenso, manter proteção contra chuvas (em áreas externas) e verificar se as peças
estão secas são igualmente importantes.

Os projetos específicos indicando onde e como serão executados os revestimentos são chamados
de projetos de paginação e devem estar disponíveis para assentamento. A sequência da instalação, a ser
acompanhada pelo arquiteto, é a seguinte:

a. Aplicação da argamassa (previamente especificada e preparada) com a desempenadeira dentada,


formando cordões paralelos com espessura de 3 mm a 4 mm (Figura 3).
b. Assentamento da placa cerâmica na posição indicada, com ajustamento por meio de martelo de
borracha, até a ruptura dos cordões de argamassa sob a peça. Existem artefatos plásticos que
auxiliam no nivelamento e espaçamento entre placas, chamados de niveladores e espaçadores,
que devem ser utilizados para perfeito alinhamento do revestimento. Durante a aplicação, é
importante a verificação de o quanto a peça está sendo impregnada de argamassa.
c. Após o assentamento, a argamassa colante que se faz presente nas juntas entre as placas deve ser
removida, preparando assim a peça para o recebimento do rejunte.
d. O rejuntamento é executado, nos espaços entre as peças (predeterminados conforme a indicação
do fabricante), para absorver as tensões causadas por variações de temperaturas e deve vedar
completamente essas juntas, empregando um material flexível, como os rejuntes industrializados
disponíveis no mercado.
e. Faz-se a limpeza das peças, principalmente do rejunte, removendo-se qualquer resíduo restante
sobre as placas.

Figura 3 – Assentamento de cerâmica

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Crédito: AlexeiLogvinovich/Shutterstock.

TEMA 4 – PINTURA

A pintura faz parte do acabamento de uma obra e se engana quem imagina ser essa uma atividade
simples ou de menor relevância, sob o ponto de vista técnico. Trata-se de um serviço normatizado, com
uma infinidade de possibilidades de materiais e produtos a serem utilizados, em que o arquiteto deve
conhecer os conceitos e objetivos para poder acompanhá-lo.

A norma ABNT NBR 13245:2011 tem como objetivo fixar as condições exigíveis para a execução de
pinturas em edificações não industriais, aplicadas em diversos substratos, sendo que, em caso de
superfícies expostas a atmosferas industriais ou em contato com produtos químicos e/ou alta
temperatura, essa norma não é aplicável (ABNT, 2011). Pinturas internas e externas são abordadas de
modo a se definir quais materiais devem ser empregados e sua respectiva forma de aplicação, nos
diversos tipos de superfícies existentes, atendendo aos principais objetivos desse serviço: conferir
proteção e valor estético.

4.1 CONDIÇÕES E PREPARAÇÃO DAS SUPERFÍCIES A SEREM PINTADAS

O serviço de pintura faz parte das atividades elencadas no cronograma físico de uma construção, a
qual elencamos no início de nossos estudos, com ênfase no sistema construtivo convencional. Para a
atividade de pintura poderemos ampliar as possibilidades, mostrando esse revestimento em outros

tipos de materiais como madeira e materiais ferrosos e aplicado em superfícies no caso de reformas.
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A primeira etapa desse serviço é analisar o tipo e a condição da superfície onde será aplicada a
tinta, que a norma trata como substrato, sendo comum a todos os tipos – o substrato estar firme, coesa,
limpa, seca, isenta de partículas soltas e livre de contaminações, tais como por óleo, graxa, poeira, sabão,
mofo e outras impurezas (ABNT, 2011).

Vejamos as condições específicas dos substratos, conforme a ABNT NBR 13245:2011 (ABNT, 2011):

Condições para aplicação em superfícies novas, à base de cimento ou cal (emboço e


reboco):

a. Os tempos de cura dos revestimentos argamassados (vistos em tópico anterior) devem ser
respeitados, ou seja, não deve haver aplicação pelo menos por 30 dias após o término de uma
execução.
b. As partes soltas ou mal-aderidas deverão ser recompostas.
c. Deve-se aplicar uma demão de selador acrílico em base água.
d. Cada demão deve ser aplicada com espessura uniforme e livre de escorrimentos.
e. A indicação da tinta para esse tipo superfície é de uso de tintas acrílicas (à base de água) em duas
ou três demãos, de aspecto fosco, semibrilhante ou acetinado.
f. A fim de se aumentar o nível do acabamento conferindo um aspecto mais liso à superfície, deve-se
aplicar duas demãos de massa corrida de base acrílica, lixando-se até se obter o nivelamento
desejado.

Condições para aplicação em superfícies antigas, à base de cimento ou cal (emboço e


reboco):

a. A superfície deve estar seca, firme e sem sinais de degradação.


b. A superfície precisa ser isenta de imperfeições ou manifestações patológicas tais como calcinação,
eflorescência, formação de crostas, descascamentos.
c. A superfície não deve estar brilhante ou muito lisa.
d. No caso de superfícies caiadas, somente pode-se pintar com tintas do mesmo tipo, não sendo
possível repintar a superfície com tintas de outra base (é necessária a remoção da tinta existente).

Condições para aplicação em substratos de madeira sem acabamento:

a. O substrato deve estar seco (com 20% de umidade, no máximo), limpo, sem poeira ou presença de

óleos, gorduras e graxas.

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b. Ele não deve apresentar partes soltas, farpas ou resíduos de serragem.


c. Em casos de madeira envelhecida, deve-se lixá-la com maior profundidade ou aplicar-lhe
tratamento químico adequado.
d. A superfície deve estar isenta de agentes de degradação biológicos, como microrganismos e
insetos.
e. Ela não deve apresentar juntas abertas e vãos.

Condições para aplicação em substratos de madeira com acabamento:

a. Precisa-se lixar a superfície e limpar o pó resultante com um pano umedecido com aguarrás ou
tíner.
b. Em caso de acabamento deteriorado, deve-se lixar ou aplicar removedor de pintura até a total

remoção do acabamento e limpar a superfície com um pano umedecido com aguarrás ou tíner.

Condições para aplicação em substratos de metálico ferrosos sem acabamento:

a. Deve-se lixar e limpar a superfície com um pano umedecido com aguarrás ou tíner.
b. Precisa-se aplicar uma demão de fundo anticorrosivo.
c. Em caso de metais oxidados, lixa-se e remove-se toda a oxidação e limpa-se o substrato com um
pano umedecido com aguarrás ou tíner.

Condições para aplicação em substratos de metálico ferrosos com acabamento:

a. Lixa-se o substrato até se eliminar o brilho, limpando-o depois com pano umedecido com
aguarrás ou tíner.
b. Em caso de acabamento deteriorado, lixa-se ou aplica-se removedor de pintura até a total
remoção do acabamento e limpa-se então a superfície com um pano umedecido com aguarrás ou
tíner.

4.2 CONDIÇÕES AMBIENTAIS DURANTE A APLICAÇÃO

O arquiteto, no acompanhamento dos serviços de pintura, deve estar atento às recomendações da


norma quanto às condições ambientais em que os serviços devem ser realizados (ABNT, 2011), a saber:

Condições de temperatura: entre 10 °C e 40 °C.


Umidade relativa do ar: não superior a 80%.

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Pinturas externas somente na ausência de ventos fortes e de partículas em suspensão.


Não se pintar sob insolação direta.
Ambientes devem ter boa iluminação e ventilação; no caso de a iluminação ser insuficiente, ela
pode ser substituída por iluminação artificial incandescente ou fria. Ventilação artificial também
pode ser utilizada, desde que moderadamente.

4.3 TINTAS

A principal função das tintas é proteger os substratos da ação direta de intempéries e agentes
agressivos, além de decorar ambientes e contribuir esteticamente para a valorização das edificações.
Podemos destacar algumas das normas que regem esse material: ABNT NBR 11702:2021; ABNT NBR
12554:2022; e ABNT NBR 13245:2011 (ABNT, 2011, 2021a, 2022).

Comercialmente, a porção líquida da composição da tinta é o que determina sua denominação. As


tintas são à base de óleo e à base de água, possuindo as seguintes características:

Tinta à base de óleo (ou solvente): tem cobertura mais espessa na primeira demão, com um
tempo de secagem entre 8 e 24 horas. Sua aderência, comparada à da tinta à base de água, em
substratos não muito limpos é maior, porém ela não deve ser aplicada em superfícies que não
estejam totalmente curadas (vide tempos de cura dos revestimentos argamassados, por exemplo).

Possui uma resistência à abrasão maior do que a da tinta à base de água.


Tinta à base de água: as tintas à base de água, chamadas de tintas látex, dividem-se em acrílicas
e em acetato de polivinila – PVA, diferenciando-se estas pelo tipo de resina utilizado em sua
composição – as acrílicas são feitas à base de resina acrílica. Ambas são solúveis em água,
inflamáveis e praticamente inodoras, sendo laváveis e de secagem rápida. As tintas acrílicas, em
função da resina acrílica, possuem maior resistência e impermeabilidade, por isso são mais
utilizadas em áreas externas ou áreas que necessitem de maior proteção.

4.4 APLICAÇÃO DA TINTA NA PINTURA

Para melhor proteção do substrato, a quantidade de tinta aplicada em cada demão deve ser a
mínima possível e espalhada ao máximo, em um número de demãos (usualmente duas a três, com
tintas de boa qualidade) suficientes para cobrir e fechar toda a superfície.

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A vida útil desse serviço, de acordo com a ABNT NBR 15575-1:2021 será o “[...] período de tempo
em que um edifício e/ou seus sistemas se prestam às atividades para as quais foram projetados e
construídos considerando a periodicidade e correta execução dos processos de manutenção
especificados no respectivo Manual de Uso, Operação e Manutenção” (ABNT, 2021b, p. 10).

TEMA 5 – TELHADO

A norma ABNT NBR 15575-5:2021 estabelece os requisitos e critérios de desempenho exigidos dos
sistemas de cobertura para edificações habitacionais e define o sistema de cobertura como o conjunto
de elementos/componentes dispostos no topo da construção com as funções de assegurar

estanqueidade às águas pluviais e salubridade, proteger demais sistemas da edificação habitacional ou


elementos e componentes da sua deterioração por agentes naturais (ABNT, 2021c). Os telhados,
constituídos pelos componentes: telhas, estruturas e acessórios complementares de vedação, se
definem pela sua forma, observando-se as características de função e estilo arquitetônico das
edificações e a sua inclinação, dada em função do tipo de telha, o que garante a segurança e o conforto
termoacústico das edificações.

Para cada tipo de telha há uma regra específica que determinará as inclinações e o detalhamento
técnico do serviço, segundo a norma ABNT NBR 15873:2010 (ABNT, 2010).

5.1 ESTRUTURAS DO TELHADO

O telhado, em sua estrutura, varia conforme a especificação do projetista, as condições onde será
apoiado e o tipo de telha. Essa estrutura, usualmente, será de madeira ou metálica, sendo responsável
por sustentar, além das telhas e do peso próprio da estrutura, o peso dos forros suspensos, as cargas
dos ventos e outros elementos que nela se apoiem, distribuindo o peso do telhado por todo o suporte.

Vejamos os componentes da estrutura de um telhado na Figura 4.

Figura 4 – Componentes da estrutura de um telhado

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Crédito: Smile Ilustras.

5.1.1 Execução de telhados com estrutura em madeira

Inicialmente, há cuidados relacionados à limpeza da área e à segurança do trabalho de execução de


telhados, pois trata-se de trabalho em altura. No caso dos telhados executados sobre lajes, estas devem
estar concluídas e curadas, assim como calhas, rufos e platibandas, quando existentes em projetos,
devem já estar executados. Os projetos das estruturas em madeiras devem atender aos tipos de telhas
especificadas, em cujo catálogo constam o peso de cada telha, a inclinação mínima, além dos
espaçamentos entre tesouras, caibros e terças (vide Figura 4).

A sequência construtiva dependerá de cada projeto, mas há como destacar algumas características
comuns a todas as execuções:

Há necessidade de apoios das terças, executados em pontaletes de madeira devidamente no


prumo.
Alturas e espaçamentos transversais e longitudinais das peças em madeira devem estar de acordo
com o projeto, dependendo do tipo de telha especificada.
As peças em madeira devem estar imunes a cupins e fungos, assim como os parafusos utilizados
deverão ter tratamento anticorrosivo ou utilizar materiais que não enferrujem.
Deve-se ter atenção total com nivelamentos, utilizando-se mangueira de nível e linhas de nylon
nos sentidos necessários, posicionando-se todos os elementos de acordo com o projeto, sempre
cuidando da simetria e do paralelismo do sistema.
No caso da necessidade de emendas das terças, deve-se executá-las sobre os apoios ou limitando-
se a 25% do vão, a um ângulo de 45°.

5.2 TELHAS

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As telhas são as responsáveis pela vedação do telhado. Com formas e materiais variados,
determinam o isolamento termoacústico e as inclinações dos telhados. Das mais utilizadas no Brasil, as
telhas cerâmicas apresentam diversos modelos como telha cerâmica portuguesa, paulistinha, colonial,
americana, romana e francesa, e a inclinação do telhado para esse modelo varia normalmente entre
30% a 35%. Com o avanço tecnológico, diversos modelos se desenvolveram ou se aprimoraram, e
outras possibilidades de formatos e materiais são utilizados como telhas de fibrocimento, concreto, PVC,
aço galvanizado e alumínio etc.

Quando conseguimos observar o telhado (as telhas) da edificação, nos é possível identificar o
telhado exposto. Vejamos a nomenclatura utilizada nos componentes, na Figura 5.

Figura 5 – Componentes de um telhado (telhas)

Crédito: Smile Ilustras.

A ABNT NBR 15575-5:2021 define ainda a possibilidade de o telhado ser dividido em partes, com
direções diferentes, conduzindo-se assim o escoamento da água que nele cai para diferentes locais,
conforme a conveniência e a característica estética definida (ABNT, 2021c). A nomenclatura dada em

termos do número de águas define a quantidade de superfícies planas inclinadas, ou caimentos,


responsáveis pelo escoamento da água (Figura 6).

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Figura 6 – Telhados, respectivamente, de duas e de quatro águas

Créditos: I-jack vin/Shutterstock.

5.2.1 Execução da colocação de telhas

A montagem das telhas se inicia com base na estrutura do telhado executada e pronta para recebê-
las, mediante as seguintes considerações:

A montagem das telhas deve seguir o sentido das calhas em direção à platibanda (de baixo para
cima).
As fiadas devem ser montadas perpendiculares às terças.
A estanqueidade é um dos objetivos do telhado; logo, deve-se ter cuidado com espaçamentos e

encaixes entre telhas.


Não se deve pisar nas telhas durante a sua execução, e podem ser utilizadas tábuas sobre as
estruturas, durante o serviço.
A fixação e vedação das telhas deve atender às recomendações dos fabricantes, conforme o tipo
do material especificado.

NA PRÁTICA

Conhecer como se aplicam os materiais em cada etapa de uma obra é fundamental para que o
arquiteto possa gerir uma execução. Mais do que isso, pode oferecer a garantia para que o arquiteto
projetista especifique corretamente os materiais e, entendendo como são aplicados, ele assegure que o
projeto arquitetônico seja rigorosamente executado, contemplando todas as dificuldades construtivas.

Na prática, o conhecimento da disciplina de construção civil poderá ser aplicado diretamente na


área da execução de obras, como também é fundamental para arquitetos projetistas e profissionais que

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pretendam trabalhar com serviços relacionados a serviços nessa área.

FINALIZANDO

As construções exigem dos arquitetos conhecimento dos materiais e da mão de obra disponíveis,
além do planejamento detalhado de cada atividade que as compõe. Eles devem ser sempre guiados
pelas normas que nortearão cada serviço. Os revestimentos argamassados: chapisco, emboço e reboco,
vistos, nesta etapa, sequenciados pelo estudo das argamassas utilizadas nesses serviços demonstram a
diversidade de conhecimentos que um profissional da engenharia deve possuir sobre as atividades e a
gestão de materiais e mão de obra, sendo que os serviços subsequentes, revestimentos cerâmicos e
pintura, dependerão qualitativamente dessa base. Examinados esses dois importantes serviços de
acabamento, encerramos o conteúdo desta etapa com o tema do telhado, não menos importante, sobre
o que existem inúmeras possibilidades de materiais e estruturas a serem executados nas construções,
pertinentes a uma linguagem técnica e que o arquiteto construtor deve conhecer a fim de vedar a
edificação respaldado sempre pelas normas vigentes e pelas boas práticas construtivas.

A sequência construtiva do sistema convencional, em suas atividades principais, foi exposta para
que o futuro arquiteto tenha a base para acompanhar sua execução, sendo que cada uma delas deverá
ser ainda mais estudada em cada obra de responsabilidade do profissional.

REFERÊNCIAS

ABCP – Associação Brasileira de Cimento Portland. Manual de revestimento. São Paulo, [S.d.].

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR 7200:1998: execução de


revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – procedimento. Rio de Janeiro, ago. 1998.

_____. ABNT NBR ISO 10545-7:2017: placas cerâmicas – parte 7: determinação da resistência à
abrasão superficial para placas esmaltadas. Rio de Janeiro, 1 nov. 2017.

_____. ABNT NBR 11702:2021: tintas para construção civil – tintas, vernizes, texturas e
complementos para edificações não industriais – classificação e requisitos. Rio de Janeiro, 21 dez. 2021a.

_____. ABNT NBR 12554:2022: tintas para edificações não industriais – terminologia. Rio de
Janeiro, 14 mar. 2022.

https://univirtus.uninter.com/ava/w eb/roa/ 22/23


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_____. ABNT NBR 13245:2011: tintas para construção civil – execução de pinturas em edificações
não industriais – preparação de superfície. Rio de Janeiro, 17 maio 2011.

_____. ABNT NBR 13529:2013: revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas –


terminologia. Rio de Janeiro, 29 jul. 2013.

_____. ABNT NBR 13280:2005: argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos –
determinação da densidade de massa aparente no estado endurecido. Rio de Janeiro, 30 set. 2005.

_____. ABNT NBR 14081-5:2012: argamassa colante industrializada para assentamento de placas
cerâmicas – parte 5: determinação do deslizamento. Rio de Janeiro, 10 abr. 2012.

_____. ABNT NBR 15575-1:2021: edificações habitacionais – desempenho – parte 1: requisitos


gerais. Rio de Janeiro, 29 set. 2021b.

_____. ABNT NBR 15575-5:2021: edificações habitacionais – desempenho – parte 5: requisitos para
os sistemas de coberturas. Rio de Janeiro, 29 set. 2021c.

_____. ABNT NBR 15873:2010: coordenação modular para edificações. Rio de Janeiro, 1 set. 2010.

MILITO, J. A. Técnicas de construção civil. Campinas: PUC-Campinas, 2009. Apostila.

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