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DA ARQUITETURA,
URBANISMO E ARTES - PÓS-
MODERNO AO
CONTEMPORÂNEO
AULA 1
CONTEXTUALIZANDO
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Figura 1 – Primeiras casas feitas em adobe
Crédito: shan/shutterstock.
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TIPOLOGIA TRADIÇÃO RECORTE CARACTERÍSTICAS VIDEO
REGIONAL TEMPORAL
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1 Habitação sumeriana, século VI a.C. Espacialidade formada através de planta irregular sem colunas em torno
Mesopotâmica atualmente (Idade Antiga) de um pátio, um ou dois pavimentos sob paredes estruturais em argila
(Médio Oriente) ocupada pelo cozida (tijolos) com predominância de cheios sobre os vazios.
Iraque
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2 Habitação egípcia Século XIV a. C. Espacialidade formada através de planta regular com colunas em torno
Egípcia (Oriente) saariana, (início da Idade de um pátio; Um ou dois pavimentos sob paredes estruturais em argila
atualmente Antiga); crua (adobe) com predominância de cheios sobre os vazios.
ocupada pelo
Egito
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3 Habitação Hindu hindu século III a.C. Espacialidade formada através de planta circular ou retangular com
atualmente a galeria externa. As paredes estruturais eram executadas em tijolos cru
Índia ou cozido unidos por argila ou betume com poucas aberturas, sendo as
paredes complementares em bambu.
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4 Habitação budista, 2.000 a.C. Espacialidade formada a partir dos “pagodes” (construção de origem
Chinesa chinesa e budista) e os “pai-lous” (pórticos ou trilíticos com duas peças verticais e
(Extremo indochinesa uma horizontal com as extremidades elevadas para cima). A planta
Oriente) originalmente circular tinha poucas janelas, porém com aberturas
superiores através de telhados superpostos de formato piramidal
estruturados em madeira e/ou bambu.
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5 Habitação chinesa e Século XIV d.C. Espacialidade formada através de planta regular sem colunas e sem
Nipônica nipônica, (Fim da Idade pátio moduladas através do “tatami” e abertas para jardins; um ou dois
(Extremo atualmente Média); pavimentos sob paredes e painéis em madeira com predominância de
Oriente) ocupada pelo cheios sobre vazios.
arquipélago
japonês (atual Ainda dentro das tradições da Idade Antiga a civilização egeia veio
Japão); transformar completamente a vida cotidiana a partir do humanismo, cujo
o princípio era fundamentar o pensamento e as virtudes humanas como
base para toda a sociedade. Trata-se dos primeiros modelos
habitacionais e urbanos tal como conhecemos hoje.
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6 Habitação Grega clássica Século VI e V a.C. Espacialidade formada através de planta regular em “U” ao redor de um
atualmente jardim integrando dois, três ou mais cômodos dispostos em um ou dois
ocupada pela pavimentos. As paredes eram construídas em pedra, madeira ou tijolos.
Grécia e
região
mediterrânea
Ínsula:
7 Habitação clássica Século V a.C a Tipologia habitacional baseada em três modelos básicos:
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Romana greco-romana século I d.C.
ocupada 1. Ínsula (Insulae): habitação coletiva tradicional romana destinado para
atualmente pessoas menos abastadas. Sob risco de incêndios e desabamentos Domus:
pela Europa, chegava a ter nove pavimentos, cujo pavimento térreo era geralmente
parte do ocupado pelo comércio. Eram construídas em pedra ou tijolos. LINK 1
Oriente Médio
LINK 2
e norte da 2. Domus: habitação unifamiliar tradicional romana de um ou dois
África; pavimentos. Ocupavam lotes inteiros que compunham a quadra.
Internamente os cômodos se distribuíam ao redor de dois pátios Villa
rodeados por colunas (Peristilo e Impluvium). Eram construídas em
pedra ou tijolos Romana
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3. Vila Romana: Eram moradias de campo para pessoas mais ricas, os
patrícios. Atendiam as demandas rurais da agricultura, mas também
serviam como locais de descanso. Eram construídas em pedra ou tijolos.
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8 Habitação românica e século X ao século Espacialidade formada a partir de planta regular e/ou irregular conforme
Medieval gótica, XV a topografia das cidades (muradas) ou do campo. As tipologias de
ocupada habitação se baseavam em castelos, mosteiros e casas. Desta última, o
atualmente modelo mais comum eram as “casas cruck” estruturadas em madeira
pela Europa cujas paredes em pedra, tijolos ou tabique. O mobiliário permitia o
armazenamento e acomodação dos pertences domésticos. A cozinha e a
lareira ocupavam o centro dos espaços internos.
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9 Habitação classicista século XV ao Espacialidade baseada em princípios da razão e do humanismo. Início
Renascentista ocupada século XIX da modernização do espaço residencial em sintonia com as qualidades
atualmente do espaço externo (campo e cidade). Casas, palácios e vilas ampliam as
pela Europa e categorias das respectivas classes sociais entre os menos abastados e a
demais nobreza. Utilização de estruturas mistas: armação de madeira e
localidades de revestimento em pedra e estuque.
abrangência
renascentista.
Fonte: Novak.
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Figura 3 – Ilustração esquemática de uma cidade Romana.
Crédito: NelliLangstedt/shutterstock
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historiográficas europeias salientam algumas correntes evolutivas
essenciais para se compreender o processo civilizatório, porém é preciso
verificar fontes entre vários povos originários e sua influência na arquitetura para
que se compreenda a questão da habitação como um elo entre a humanidade,
seu contexto geográfico e todas as questões culturais que os formaram.
A habitação é o principal elemento estruturante não apenas da paisagem
urbana, mas também do território rural. Assim, a casa é fundamental como base
formal e funcional para quem a habita e também para quem percorre o espaço
público. Em suma, esta dualidade entre o espaço interno e o externo, entre a
planta e as fachadas, é que determina as necessidades mais elementares do
projeto de habitação e seus desdobramentos para o urbanismo.
Por fim, a casa é também o espaço de síntese entre o que pregam as
vanguardas estéticas contra as correntes conservadoras, uma vez que grande
parte dos desafios arquitetônicos se encontra junto a este tema.
Um estudo mais detalhado sobre a habitação parte de uma análise
dividida em categorias, tais como serão apresentadas a partir da habitação
unifamiliar, habitação coletiva e habitação regional. Por fim, analisaremos a
questão das possíveis relações entre a habitação e a cidade como uma reunião
da multiplicidade tipológica deste tema.
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Figura 8 – Residência unifamiliar
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A casa também dialoga com seu entorno social, regional, geográfico e
continental. Quando se insere na cidade dialoga com a malha urbana
estabelecendo noções de ordem, planejamento e fluxos coletivos.
O organismo espacial de uma casa fundamenta-se na relação existente
entre dois elementos básicos. São eles os Elementos Primários ou
Permanentes e os Elementos Secundários.
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• individuais e sociais (espaços pessoais e de convívio); e
• isolados e contínuos (espaços estáticos e dinâmicos).
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analisaremos algumas tipologias modernas de acordo com as necessidades
mais comuns da atualidade.
3.1 Apartamento
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3.2 Kitinet e Studio
Recomendação: <https://youtu.be/h3WxsaXCfjU>; e
<https://youtu.be/daL7TkzyW7k>. Acesso em: 18 jan. 2023.
Em relação aos apartamentos, as kitnets possuem uma área menor, de
até 50 metros quadrados. Além disso, o pé-direito tem uma altura convencional,
o que impacta diretamente no visual do ambiente. Nas kitnets, quarto, sala e
cozinha são integrados, mas por uma razão de praticidade e do próprio conceito
de morar. Ao integrar os cômodos, cria um ambiente multifuncional perfeito para
quem mora sozinho.
O studio tem um espaço ainda menor que as kitnets, com uma área de
mais ou menos 30 metros quadrados. Apesar dos cômodos serem geralmente
conjugados, alguns podem ter paredes ou divisórias para conferir privacidade ao
morador. A localização e a infraestrutura são os maiores diferenciais dos studios,
isso porque eles se localizam geralmente em pontos estratégicos das grandes
cidades, onde a locomoção é facilitada, em regiões de comércio e opções de
lazer. Os edifícios que abrigam os studios geralmente oferecem lavanderia,
piscina, salão de jogos, academia e coworking entre outros espaços de
socialização para os moradores. Por isso, acabam sendo imóveis perfeitos para
quem passa pouco tempo em casa e precisa de praticidade.
Recomendação: <https://youtu.be/iEpseweUoiU>; e
<https://youtu.be/Awr6PZTjhgE>. Acesso em: 18 jan. 2023.
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querem uma parte mais privativa para suas festas, além de contar com uma vista
panorâmica.
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A diferença entre uma penthouse e um apartamento de cobertura é que a
penthouse está completamente acima da última laje do edifício. Já a cobertura
pode ficar no último andar, mas abaixo na última laje, tendo somente o andar
superior no ático do prédio. Além disso, uma penthouse típica tem acesso
independente e projeto diferente dos demais apartamentos do prédio em
questão (<https://youtu.be/5aFLJjF8PXM>. Acesso em: 18 jan. 2023).
3.4 Loft
Recomendação: <https://youtu.be/emjCzUOJ0Pc>; e
<https://youtu.be/G5dbSN09OHA>. Acesso em: 18 jan. 2023.
Por meio da necessidade de novos programas para viver e morar em
áreas urbanas, cada vez mais adensadas nasceu durante os anos 80 o “loft”
como um novo conceito de habitação. Neste caso com um fator novo: a
apropriação de áreas industriais degradadas que foram requalificadas para
áreas de moradia, trabalho e lazer.
Nova York nos anos 70 era uma metrópole caótica e desordenada onde
o SoHo (bairro localizado entre a Canal Street e Houston Street) apresentava-se
como uma localidade repleta de galpões, fábricas e espaços residuais oriundos
do século XIX e início do século XX, que se mantinham vazios e abandonados.
Desde então, artistas contemporâneos que ocuparam estas áreas reverteram
seus respectivos espaços em um novo conceito de habitação implementando
modos de vida de uma maneira definitiva, convertendo estas áreas em um
valioso conjunto de moradias, escritórios, lojas, bares e áreas de lazer trazendo
para este patrimônio industrial uma das regiões mais valorizadas do mundo.
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3.5 Condomínio Fechado
Recomendação: <https://youtu.be/m15gA-88Rbs>; e
<https://youtu.be/h7X2tJUnncw>. Acesso em: 18 jan. 2023.
A sucessiva ocupação das cidades e seus centros urbanos contribuiu
para a racionalização do uso do solo e o favorecimento da mobilidade urbana
entre alguns dos benefícios. Ocorreram também muitas consequências
negativas para o bem-estar da sua população, incluindo falta de segurança e um
contato rarefeito com a natureza.
Com o propósito de amenizar o impacto negativo das cidades e seus
centros urbanos, os Condomínios Fechados se estabeleceram como uma
alternativa para o resgate da casa isolada dentro de um conjunto de outras casas
e seus respectivos lotes. A condição para esta nova tipologia, entretanto,
procurou assegurar a implantação de muros, sistemas de vigilância e
monitoramento constante para que seus moradores pudessem permanecer
seguros em suas casas sem que estivessem completamente desconectados das
vantagens e benefícios de se viver junto às cidades.
Por estas razões, aqueles que optam por esta tipologia se qualificam
dentro de uma classe mais favorecida em função da escala de valores
necessários para a manutenção deste modo de vida que é necessariamente
mais oneroso para cada habitante além da necessidade de uma infraestrutura
mais ampla para atender esta população.
Recomendação: <https://youtu.be/Q9JpkkloVhE> e
<https://youtu.be/ur-N5w4xtLm>. Acesso em: 18 jan. 2023.
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As grandes cidades tornaram-se lugares vulneráveis e muitas vezes
perigosos. Diante desta questão, o êxodo urbano, ou seja, o deslocamento da
cidade para o campo, levantou grandes questões relativas a esse movimento.
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Figura 14 – Casa de praia
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• A econômica – relacionada à geração de trabalho e renda;
• A social – desenvolvida pelo convívio entre a sociedade partindo do
núcleo familiar; e
• A ambiental – fortalecida por meios de habitabilidade a partir dos
recursos naturais.
O grande desafio que estabelece a questão da moradia e a cidade é
levar estas funções à toda população mesmo que a cidade seja fracionada em
classes sociais bem distintas.
TROCANDO IDEIAS
Analisamos algumas questões que englobam a casa para envolver o
projeto da habitação como base para uma compreensão mais ampla na sua
aplicação prática. O projeto de uma casa envolve um processo compositivo
que utiliza de uma metodologia que utiliza as tensões espaciais, as quais
envolvem o equilíbrio entre espaços conforme foi exemplificado acima. Estas
tensões podem ser compostas de métodos que direcionam os espaços para:
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• Interior - Processo centrípedo; (ênfase nos elementos do núcleo do
espaço); e
• Exterior - Processo centrífugo. (ênfase nos elementos periféricos do
espaço).
NA PRÁTICA
• Casas isoladas;
• Kitnet e Studio;
• Loft;
• Casa de campo; e
• Casa de praia.
FINALIZANDO
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de pesquisa e aplicações constantes. Dentro de um mundo globalizado na era
pós-industrial, este acervo está associado a experiências tanto na utilização do
espaço como um todo quanto na manipulação de técnicas e materiais adquiridas
ao longo de toda a existência humana, suas diversas culturas espalhadas por
inúmeras regiões geograficamente moldadas sob solos, climas condições
completamente diversas entre si. Neste âmbito, estão envolvidos ainda as
particularidades econômicas, sociais, políticas e religiosas que tornam o
conjunto de experiências um gigantesco acervo.
O papel da arquitetura e do urbanismo assim torna-se determinante na
composição de formas, funções e suas infinitas combinações entre demandas
que partem tanto das necessidades de um cliente quanto as possibilidades
coletivas.
Projetar e construir uma casa determina não apenas as condições
específicas de um indivíduo ou uma família, mas contribui no destino de toda
sociedade seja ela associada a vida urbana ou rural.
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REFERÊNCIAS
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