Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
De forma geral, as cidades-estado da Mesopotâmia possuíam um rei que era também chefe
militar e sacerdote religioso. O nome dado a quem possuía essas funções era Patesi. Na base
social das cidades da Mesopotâmia estavam os agricultores, os pastores e os escravos;
seguiam-se a esses os artesãos e comerciantes, e, por fim, estavam aqueles que
armazenavam, registravam e distribuíam as mercadorias. Associados ao rei, estavam, no
alto da hierarquia social, os escribas, que dominavam a técnica da escrita cuneiforme
(escrita em forma de cunha) – outra característica fundamental das civilizações
mesopotâmicas –, que era gravada em tabuletas de argila e utilizada para melhor organizar a
administração dos impérios.
Das cidades que surgiram na Mesopotâmia, a Babilônia foi a primeira capital rigorosamente
planejada . Era uma cidade murada que se erguia às margens leste e oeste do Rio Eufrates e era
cruzada por uma ponte, parte de uma grande avenida processional que atravessava o templo
principal e o complexo palaciano. Era uma visão impressionante e colorida. (Figura 08).
O Egito desenvolveu uma grande variedade de formas arquitetônicas, das quais a pirâmide, sem
dúvida, é a mais característica. As primeiras pirâmides eram em degraus e somente a partir da IV
dinastia (cerca de -2300) foram tomando a forma triangular (figura 13). Desse período em
diante, os arquitetos abandonaram o uso das pedras pequenas da III dinastia, em favor dos
enormes blocos de calcário e de granito.
Outra contribuição no campo da arquitetura é a criação da coluna, que, a princípio, era embutida
na parede e mais tarde tornou‑ se isolada. O meio ambiente influenciou fortemente o
desenvolvimento da arquitetura no antigo Egito. A ideia da coluna, por exemplo, foi inspirada na
observação de plantas silvestres, como o junco e o papiro. Os capiteis das colunas eram talhados
na forma da flor do lótus, do papiro e de outras plantas (figura 15), o que constitui uma outra
inovação arquitetônica. As colunas caneladas e os capiteis em forma de lótus, de papiro, e de
palma foram adotados pela arquitetura de outras culturas.
Para o transporte e o assentamento dos blocos de pedra, os egípcios utilizavam alavancas, rolos e
travessas de madeira. Seus empreendimentos arquitetônicos, apesar das dimensões gigantescas,
empregavam apenas a força de braços humanos, sem o uso de quaisquer meios mecânicos além
do princípio da alavanca em suas diversas formas.
O conhecimento técnico adquirido pelos egípcios na construção e na irrigação – advindo da
escavação de canais e da construção de diques e barragens – manifestou‑se ainda em outros
campos relacionados à arquitetura. Por volta de -2550, tinham perícia suficiente para construir
uma barragem de pedra talhada num uadi próximo ao Cairo. Pouco tempo depois, seus
engenheiros abriam canais navegáveis nas rochas da Primeira Catarata, em Assuã. Pelo que tudo
indica, por volta de -1740 conseguiram erigir uma barragem no próprio Nilo, em Semneh, na
Núbia, para facilitar a navegação em direção ao sul. E, finalmente, durante o mesmo período,
construíram, paralelamente à Segunda Catarata, uma rampa sobre a qual faziam deslizar as
embarcações com o auxílio do limo fluido do Nilo. A rampa, predecessora do diolkos do istmo de
Corinto, tinha uma extensão de vários quilômetros e evitava que as corredeiras da Segunda
Catarata viessem a constituir um obstáculo à navegação.
A paisagística e o urbanismo são outros aspectos da arquitetura egípcia. Os egípcios apreciavam
os jardins. Mesmo os pobres procuravam plantar uma ou duas árvores no estreito pátio de suas
casas. Quanto aos ricos, seus jardins rivalizavam em tamanho e exuberância com as próprias
residências. Durante a III dinastia (cerca de -2800), era comum um alto oficial possuir um jardim
com mais de 1 ha sempre com uma piscina, traço distintivo dos jardins egípcios. O jardim era
organizado em torno de uma ou mais piscinas. Elas serviam como viveiros de peixes,
reservatórios de água e como fonte de ar fresco para a casa, que se situava nas proximidades.
Muitas vezes o dono da casa mandava construir um gracioso pavilhão de madeira junto da
piscina, onde pudesse respirar o ar fresco da noite e receber amigos para um drinque
refrescante.
Ocasionalmente, essas piscinas artificiais eram bastante grandes. O lago do palácio de Snefru
tinha dimensões suficientes para que seu dono pudesse navegar em companhia de jovens
remadoras levemente vestidas; Amenófis III dispunha de uma imensa piscina em seu palácio
tebano. Esse gosto egípcio por jardins‑ parque transmitiu‑se posteriormente aos romanos.
Ao que parece, o urbanismo não é invenção do gênio grego. Já em -1895, no reinado de Sesóstris
II, a cidade de Kahun foi construída no interior de um amuralhado retangular. Dispunha de
edifícios administrativos e residenciais. As casas destinadas aos trabalhadores, das quais
aproximadamente 250 foram reveladas pelas escavações, eram construídas em blocos ao longo
de ruas de 4m de largura, que corriam em direção a uma artéria central de 8 m de largura. Cada
casa ocupava uma área de terreno de 100 a 125 m2 e continha uma dúzia de aposentos em um
só nível. Em outra parte da cidade, localizavam‑se as casas dos dirigentes – casas que chegavam
a ter até setenta aposentos, ou habitações mais modestas, que, no entanto, eram
consideravelmente maiores do que as dos trabalhadores. Também eram construídas ao longo de
avenidas retas, paralelas aos muros da cidade. No centro dessas avenidas corria uma valeta de
escoamento.
As grandes fortalezas da Núbia seguiram esse mesmo modelo de construção. O mesmo
planejamento urbano foi adotado no Novo Império, notadamente em Tell el‑Amarna, onde as
ruas se cruzavam em ângulos retos, embora a própria cidade não apresentasse o mesmo rigor
geométrico de Kahun. Por certo seria arriscado sugerir que todas as cidades egípcias tinham uma
disposição semelhante à de Kahun ou Tell el‑Amarna, que foram construídas ao mesmo tempo e
sob as ordens de um único soberano (figura 17). Cidades que se desenvolveram aos poucos
deviam ter um aspecto menos regular. Mas o fato é que os planos geométricos da cidade e a
padronização das moradias revelam as tendências do planejamento urbano egípcio. E cabe aqui
uma pergunta: não seriam os egípcios os precursores do urbanismo helênico?
O Teatro Grego tinha um formato de semicírculo com um altar ou orquestra ao centro. Atrás
da orquestra ficavam o proscênio e os camarins (figura 23). A arquibancada onde os
expectadores sentavam ficavam no semi-circulo e eram construídas em um terreno com
declividade tal que acomodasse todos sentados e permitisse a visão do espetáculo. Ao centro
aconteciam os concertos e também os festejos e oferendas religiosas. Ao fundo da orquestra
o proscênio era o palco das tragédias gregas encenadas à época. Atrás do proscênio ficavam
os camarins utilizados pelos artistas antes para preparação dos espetáculos.
3 - ESTRADAS
As estradas romanas eram um grande diferencial do império. Suas principais funções eram
na esfera militar e da comunicação, no serviço de mensageiros, de cuja rapidez dependia a
administração do extenso império. As estradas eram construídas com grandes pedras, com
traçado retilíneo e tipicamente alisadas. A Via Ápia foi a primeira e principal estrada romana,
construída em 312 a.C. para ligar Roma à cidade de Cápua.
4 - AQUEDUTOS
Os romanos desenvolveram um complexo e grandioso sistema de aquedutos (figura 27) para
abastecer as cidades com água. A cidade de Roma tinha a maior concentração de aquedutos:
construídos num período de 500 anos, eram 11 ao todo, somando 416 km de extensão.
Contudo, os aquedutos eram em grande parte subterrâneos – apenas 47 km eram elevados –,
o que os mantinha longe de carcaças de animais, e consequentemente de doenças, e ainda
evitava ataques inimigos. Os europeus mantiveram da herança romana a arte de canalizar a
água em aquedutos. Um exemplo dessa influência são os Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro,
construídos pelos portugueses.
Figura 27 – Aqueduto
5 – TEMPLO ROMANO
Os templos romanos seguiam principalmente o estilo jônico. Diferentemente dos templos
gregos, eles não possuíam abertura por todos os lados e sim uma entrada com degrau e
pórtico apenas na parte frontal. O Panteão é o mais importante templo da cidade de Roma e
se encontra até hoje em ótimo estado de conservação. Seu domo possui 43 metros de
diâmetro e 43 metros de altura, sendo o maior do mundo da sua época. Dedicado a todos os
deuses romanos, o Panteão foi construído em 27 a.C. por Marco Vipsânio Agripa, e depois
reconstruído em 125 d.C., graças a um incêndio que atingiu o templo. Foi preservado ao ser
transformado em igreja, no século VII, e continua conhecido hoje pelo nome de Igreja de
Santa Maria e Todos os Santos.
6 – ARCOS DO TRIUNFO
Foram os romanos quem introduziram este tipo de monumento arquitetônico. O arco do
triunfo (figura 28) era construído após vitórias em batalhas, para simbolizar e homenagear o
triunfo do exército romano. Os arcos eram feitos inicialmente de madeira e possuíam as
campanhas militares esculpidas nos baixos-relevos, além dos despojos dos vencidos.
Atualmente existem cinco arcos de triunfo em Roma, representando os triunfos de Druso,
Tito,Septímo Severo, Galiano e Constantino, todos em mármore.