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Arte e sustentabilidade: uma reflexão sobre os problemas ambientais e sociais


por meio da arte

Article · August 2010

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Juliana Cardoso Braga


Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
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Arte e sustentabilidade: uma reflexão sobre os problemas
ambientais e sociais por meio da arte
Juliana Cardoso*

Resumo
As correlações entre o mundo da arte e da sustentabilidade constituem uma
tendência da contemporaneidade. Há uma emergência na busca por
estruturas estéticas que correspondam à expansão de reflexões acerca das
alterações sofridas pela natureza e estimuladas pela sociedade de consumo.
Dentro deste quadro, que busca a transformação de valores da sociedade em
prol do meio ambiente, este artigo pretende demonstrar como alguns artistas
têm envolvido suas produções, de modo direto ou indireto, ao discurso da
sustentabilidade e, ainda, evidenciar a importância destas obras como
agentes de reflexão sobre a preservação ambiental.
Palavras-chave: desenvolvimento sustentável, arte, sociedade
contemporânea.

Abstract:
The correlations between the world of art and sustainability is a trend
nowadays. There is an emergency in the search for aesthetic structures that
correspond with the expansion of ideas about changing of nature stimulated
by consumer society. Within this framework, which aims the transformation
of social values in favor of the environment, this article intends to show how
some artists have involved their production, either directly or indirectly, to
the discourse of sustainability, and highlights the importance of these works
as agents of thinking about environmental preservation.
Key words: sustainable development, art, contemporary society

*
JULIANA CARDOSO é Profª. do Curso de Design de Interiores da Faculdade de Arquitetura
Urbanismo e Design da Universidade Federal de Uberlândia -UFU. Atua principalmente na área de
mobiliário e sustentabilidade social e ambiental do design. Mestranda em Geografia-UFU.

31
Desenvolvimento sustentável e produtos deveriam passar a se vincular
sociedade de consumo ao duradouro, devendo também
O desenvolvimento sustentável é de fato contribuir para a desaceleração dos
ciclos de substituição, evitando-se o
uma questão-chave da sociedade
descartável. Esses questionamentos
contemporânea, mas não quer dizer que
levaram à pesquisa de novas maneiras
seu significado esteja ligado somente às
de conceber, produzir e consumir, à
questões ambientais, ainda que se
exploração de novas fontes de energia,
encontre aí sua origem. O conceito
ao consumo de lazer cultural, à
contempla temas globais como a
produção de bens coletivos, dentre
degradação ambiental, mudança do
outros aspectos, objetivando a proteção
clima e perda da biodiversidade e ainda
dos recursos naturais e do meio
faz uma ligação entre essas questões de
ambiente (ONO, 2006). Sob este
âmbito ecológico a outras de âmbito
prisma, a arte pode ser de grande
social como equidade e o
interesse ao conceito de
funcionamento das sociedades. Neste
desenvolvimento sustentável. Isso
sentido, tem se tornado frequente
porque as artes tocam emoções,
questionamentos sobre a maneira como
podendo influenciar novas visões de
o homem consome, produz e vive.
mundo.
A cultura de consumo transformou-se
Neste artigo será apresentado um breve
em uma das principais referências de
histórico sobre as relações entre o meio
legitimidade de comportamentos e
ambiente e a arte e serão analisadas as
valores, constituindo-se em um dos
obras dos artistas contemporâneos:
eixos centrais do mundo globalizado.
Renata de Andrade, Henrique Oliveira e
Ono (2006) afirma que “o processo de
Frans Krajcberg já que eles vêm
globalização, destituído de postura ética
envolvendo suas produções, de modo
e moral perante a sociedade humana,
direto ou indireto, ao discurso da
tem fomentado o desequilíbrio
sustentabilidade e, ainda, pretende-se
cumulativo da natureza e o surgimento
evidenciar a importância de suas obras
de graves problemas sociais, culturais e
como agentes de reflexão sobre a
econômicos.” (p.27). Postura essa,
preservação ambiental.
amplamente discutida e contestada pelo
conceito de desenvolvimento Meio ambiente e o mundo da arte
sustentável. Argan (1992) já No mundo da arte, juntamente com a
questionava a economia capitalista: origem das preocupações ambientais,
Nos países capitalistas, de surgem as primeiras “obras ambientais”,
economia altamente competitiva, como Time Landscape, (1965-78) de
tem-se o fenômeno já mencionado: Alan Sonfist. Em um terreno baldio na
busca de um coeficiente de cidade de Nova York, o artista norte
qualidade estética na conformação, americano procurou recriar a paisagem
apresentação e confecção de
do século XVII, por meio do plantio de
produtos; larga utilização de fatores
estéticos para a difusão dos árvores nativas, transformando o espaço
produtos e o incremento do em um pulmão vegetal inserido em um
consumo (p. 511). contexto metropolitano extremamente
denso. Uma intervenção que chama a
Nesse contexto de crítica ao atenção diante do entorno concretado da
consumismo em prol de um cidade e que busca refletir sobre os
desenvolvimento sustentável, os problemas ambientais gerados pelo

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desenvolvimento econômico e industrial A apropriação de resíduos pela arte
predatório. O desperdício e o descarte de bens
A história demonstra que sempre houve duráveis e efêmeros – incentivados pela
uma interação entre a arte e o universo cultura americana do consumo –
que a cerca, refletindo costumes, também trouxe à tona problemas
valores, significados e ideais dos ligados ao acúmulo de lixo nas cidades.
indivíduos de cada época. Sob este De acordo com Andrade (2007), há
prisma, a arte como uma atividade que muitos anos o grande volume de lixo
procura explorar e refletir sobre a começou a impor sua presença em nossa
realidade pode ser de grande interesse sociedade. Isso exigiu uma posição
ao conceito de desenvolvimento quanto a seu fim e suas consequências,
sustentável. Isso porque “(...) as artes transformando os problemas ecológicos
estão muito bem equipadas para tocar os e sociais em preocupações forçosamente
sentimentos e as emoções, podendo urgentes.
influenciar o comportamento humano, Em Arte Moderna, Argan (1992)
suas visões de mundo e estilos de vida” intercede favoravelmente ao emprego
(DIELEMAN, 2006, p.125). na arte de materiais descartados.
As correlações entre arte e Segundo o autor, as coisas recolhidas e
sustentabilidade constituem uma das combinadas nos quadros de Kurt
tendências da sociedade contemporânea. Schwitters (1887-1948) foram
Conforme Dieleman (2006), com essa descartadas por terem cumprido sua
abordagem, os artistas podem trazer função, por não apresentarem mais
contribuições reais, uma vez que eles, serventia. O artista empregava a técnica
mais do que outros grupos na sociedade, de colagem cubista. O movimento
têm a capacidade de redefinir as tentava demonstrar que não existe
significações da realidade, romper separação entre os objetos do mundo e o
fronteiras, sair dos quadros espaço da arte, “de modo que as coisas
institucionais e pensar de maneira da realidade podem passar para a
lateral, representando os problemas da pintura sem alterar sua substância” (p.
contemporaneidade de maneira mais 359). Argan ainda defende o uso desses
simbólica e estética. Portanto, a obra de resíduos dizendo que:
arte pode atuar como espelho do que as Não há nada de lastimável ou
sociedades e os indivíduos sentem, patético no gesto de recolhê-las, e
pensam e fazem. não porque este venha a revelar
Cada vez mais, deveriam ser alguma da sua beleza secreta e
criados espaços no limiar entre a ignorada. Mas, por serem coisas
área artística e as diferentes esferas ‘vividas’, comporão no quadro,
de vida, nas quais se realizassem, com outras coisas igualmente
por longos períodos, e a um só ‘vividas’, uma relação que não é a
tempo, trabalhos experimentais consecutio lógica de uma função
artísticos, científicos e sociais, em organizada, e sim a trama
prol de uma modernidade intrincada e, no entanto, claramente
sustentável (KURT, 2006, p.143). legível da existência. Ou, talvez, do
inconsciente que, como motivação
profunda, determina o fluxo
incoerente da vida cotidiana
(p.360).

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Fig. 01 - Kurt Schwitters. 1939. Merz picture with rainbow.

Conforme evidenciado pela história, as Segundo Chiarelli (1999), “é como


formas de expressão e comunicação resíduo que a arte neste século, em
artística sempre assumiram estruturas muitos casos, tem encontrado o seu
estéticas variadas de acordo com a sentido, seu único espaço de
época e ou contexto em que se transcendência” (p. 258). A produção da
encontravam. Dieleman (2006) afirma artista brasileira Renata de Andrade,
que cada vez mais, testemunha-se uma radicada na Europa há mais de vinte
ênfase maior no papel da arte, cultura e anos, tem empregado esses vestígios
criatividade no mundo da como sua expressão plástica e de crítica
sustentabilidade, demonstrando mais ao consumo desenfreado. Ela age como
uma vez que pode haver uma conexão uma “colecionadora” de alguns objetos
entre o espaço real e o das artes. industrializados que foram descartados
A exemplo da arte que procura pela sociedade, como garrafas,
representar as aspirações de seu tempo, tampinhas, sacolas plásticas, papelões
muitos artistas vem se inspirando nas etc, retirando-os das ruas e reciclando-
questões da sustentabilidade. Esses os pela arte. Desprovidos da função
trabalhos têm adotado as mais diversas original, esses elementos agora unidos
formas e resultado em uma grande numa mesma forma ou composição e
variedade de obras. com múltiplas possibilidades de
significação, são lançados novamente
O lixo como expressão para Renata ao fluxo da vida por meio de sua obra.
de Andrade

Fig. 2- Renata de Andrade. Objetos quadrados. 150x150x7 cm. 1995.


Rietveld Academie. Foto: Renata de Andrade

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Resende (2007) afirma que o lixo não é pela sociedade. Esses anônimos que
o único tema abordado no trabalho de perambulam pelas cidades puxando
Renata, mas também tudo que é carrinhos precários não são
rejeitado, abandonado ou esquecido reconhecidos ou valorizados, mas
pelos indivíduos. Além disso, os desempenham com seu trabalho
arranjos da artista apresentam uma importante papel em defesa do meio
contribuição social ao chamar a atenção ambiente. Por meio da reciclagem,
para as comunidades de catadores de reintegram todos aqueles detritos que
lixo, que muitas vezes são desprezadas dificilmente se decompõe na natureza.

Fig.3- Renata de Andrade. Trash Upgrade. 2009. Exposição em Vlissingen-nl.


Foto: Renata de Andrade

Esses pontos levantados pelo trabalho sobre o aproveitamento de elementos


de Renata, em muito se assemelham ao até então desprezados. Exemplo disso é
próprio ato da artista de resgatar detritos o trabalho de um jovem artista
das ruas. Com esse gesto, ela “eterniza” brasileiro, Henrique Oliveira. Ele tem
os objetos em suas valorizado o emprego de matérias-
esculturas/instalações, rearranjando-os primas “pobres”, mas mesmo assim
de modo organizado, por meio de uma vem conseguindo criar, por meio de
seleção de cores e formas ou mesmo de seus Tapumes, soluções visuais
amontoados. Dessa maneira, suas despojadas.
“construções” também alcançam belas
É preciso considerar que, em primeiro
soluções plásticas, oferecendo, ao
lugar, “interessa a Henrique explorar as
mesmo tempo, novo sentido estético a
possibilidades estéticas inerentes a este
esses resíduos.
material, desgastado pela ação do tempo
Tapumes: o precário como matéria- e da intempérie, e trazê-las à tona, para
prima na obra de Henrique Oliveira o lado de cá” (AMADO, 2006, p.3). Em
Materiais precários, desgastados pelo contrapartida, a matéria-prima utilizada
tempo e descartados, também têm sido em sua obra, restos de tapumes usados
utilizados como forma de expressão no para cercar construções, traz à tona uma
mundo da arte, mas nem sempre esses constatação, a de que tal objeto sempre
artistas relacionam suas produções esteve em volta das pessoas, mas foi
diretamente ao discurso da sucessivamente desprezado pelo olhar.
sustentabilidade. Apesar disso, tais Deste modo, seu trabalho reforça o
trabalhos têm despertado a atenção e conceito de que há um limite estreito
consequentemente estimulado reflexões entre as coisas do cotidiano e a arte e

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demonstra que tais materiais podem ser reorganizando-o em camadas. Mesmo
uma forte ferramenta de reflexão sobre assim, deixa evidente a origem do
as questões ligadas à sustentabilidade material e explora ao máximo suas
ambiental. “Olhar essas superfícies e possibilidades plásticas. Através de suas
vê-las sob o ponto de vista da arte quer instalações monumentais, pode-se
dizer que elas podem ser re-significadas verificar uma fisionomia áspera e
pelo ato de pintar e ver pintura – um rudimentar do elemento que constitui
movimento que vai da arte para o seus Tapumes, feitos de lascas de
mundo e vice-versa” (OLIVEIRA, madeira deterioradas que teriam como
2007, p. 21). destino o lixo e que são recolhidas pelo
artista nas ruas.
Henrique se apropria do objeto e o
modifica como quem reconstrói,

Fig. 4- Henrique Oliveira. Tapumes. 2009. Rice Gallery-Houston. 2009.


Madeira 4,7m x 13,4m x 2m.
Foto: Nash Baker.

Mesmo sem incluir suas produções “(…) primeiro a aparência imediata


tridimensionais diretamente ao discurso da obra - uma instalação feita de
da sustentabilidade, Oliveira (2007) retalhos, depois os compensados
relaciona suas “construções” às como produtos usados na
construção civil e, por fim, as
preocupações ambientais quando afirma
árvores que foram serradas e
que o material usado para sua criação processadas pela indústria” (p. 30).
pode remeter a três estágios de reflexão:

Fig.5- Henrique Oliveira. Tapumes. 2006. Centro Cultural São Paulo.


Madeira e PVC 3,5 x 12 x 1,5m.
Foto: Henrique Oliveira.

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Observa-se que assim como no trabalho assiste de perto a destruição das
de Renata de Andrade, Henrique se florestas e dela recolhe a matéria-prima
apropria de um material industrializado essencial para a sua criação: troncos de
que foi consumido e descartado pelo árvores queimadas e raízes provenientes
homem e o transpõe da vida para a de áreas de desmatamento. Suas
imagem. Porém, ao contrário da artista, esculturas marcantes e sempre
ele modifica e reorganiza a matéria- empregadas em prol do meio ambiente
prima que utiliza criando outra forma. revelam uma luta solitária pela
Além disso, os materiais que sempre conservação do que ainda existe.
foram ignorados pelo olhar e que seriam
Defensor ferrenho da natureza,
descartados após o uso, depois de
Krajcberg utiliza fragmentos
retirados de sua função original, são
incinerados das florestas brasileiras
convertidos através da obra desses
como expoentes de revolta frente ao
artistas para um local de visibilidade por
desmatamento - causado principalmente
excelência, o circuito da arte.
por queimadas para conversão de terras
Frans Krajcberg e seu manifesto em para a agricultura – e as suas demais
defesa das florestas brasileiras consequências ao ecossistema. Toda sua
Outros artistas vêm traduzindo sua indignação também é representada por
indignação por meio de manifestos meio de registros fotográficos
declarados contra os problemas dramáticos que assumem caráter de
ambientais. É o caso do polonês Frans denúncia. “Meus trabalhos são meu
Krajcberg (1921). Em 1948, depois de manifesto. O fogo é a morte, o abismo.
ter perdido toda a família em um campo Ele me acompanha desde sempre. A
de concentração, o artista mudou-se destruição tem formas. Eu procuro
para o Brasil onde se naturalizou. Em imagens para meu grito de revolta”
constantes viagens realizadas pela (KRAJCBERG, [199?], não paginado).
Amazônia e pelo Mato Grosso, ele

Fig. 6 - Frans Krajcberg. Revoltas. Fotografia de queimada na Amazônia.


Foto: Frans Krajcberg

No ano de 2003, o artista doou mais de Ibirapuera, onde também participou de


cem obras para o Jardim Botânico em uma mesa redonda. Intitulado “desafios
Curitiba, onde foi criado o Instituto atuais da arte e ecologia”, o debate
Frans Krajcberg. Mais recentemente, no visava refletir sobre a capacidade das
ano de 2008, a cidade de São Paulo o manifestações culturais contemporâneas
recebeu para uma exposição de seus de mobilizar a sociedade perante os
trabalhos na Oca do Parque do problemas ambientais.

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Ao contrário do trabalho de Renata de natureza que foram destruídos pelo
Andrade, que se apropria de resíduos homem e os modifica com o uso de
industrializados, sem interferir pigmentos naturais, como num gesto de
diretamente na fisionomia dos objetos, quem tenta dar nova vida à “natureza
Krajcberg apropria-se dos resíduos da morta”.

Fig.7- Frans Krajcberg. Totens. Instituto Frans Krajcberg.


Foto: Juliana Cardoso

Os vestígios da natureza e do homem sutis, vêm transmitindo desconfortáveis


utilizados em todas essas criações mensagens sobre a maneira como o
podem revelar uma nova narrativa: a homem vive. Entretanto, eles encontram
necessidade de um olhar crítico da considerável resistência de alguns
sociedade sobre sua cultura de consumo críticos que defendem a arte pela arte,
- que tem causado danos ao meio com fins puramente estéticos e
ambiente e, consequentemente, à desvinculados de questões sociais ou
própria sociedade. Seja por meio de morais. Mesmo diante de tal oposição
uma arte como forma de manifesto, ou continuam firmes em seus propósitos,
mesmo com o emprego de conceitos contribuindo para a expansão dessa
simbólicos, muitas vezes implícitos no forma de expressão que muito se
uso de objetos ou materiais, esses aproxima da realidade e dos desafios
artistas têm apresentado contribuições vividos pela contemporaneidade. Dessa
reais ao conceito da sustentabilidade, maneira, a arte deste século vem se
tanto em âmbito ambiental como social. expandindo e se constituindo muito
além das questões ligadas à estética,
Considerações finais
revelando-se também como objeto
Essas novas relações contemporâneas, central das expressões da sociedade
como as que conectam arte e contemporânea e atuando como reflexo
sustentabilidade, vêm se desenvolvendo de sua evolução.
de forma dinâmica, abrupta e, muitas
vezes, com certa dramaticidade (KURT,
2006). É certo que esses artistas, com
suas narrativas intrigantes e nem sempre

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Referências KRAJCBERG, Frans. Revolte. Tradução de
Tália Mouracadé e Mimi Sananés. França:
AMADO, Guy. Tapumes ou uma poética do
[199?]. Disponível on-line
avesso. Programa de exposições do Centro
<http://www.krajcberg.vertical.fr/>. Acesso em
Cultural. São Paulo, mar. de 2006. Disponível
20 set. 2009.
on-line
<http://www.henriqueoliveira.com/texto1.html> KURT, Hildegard. Arte e sustentabilidade: uma
>. Acesso em 17 ago. 2008. relação desafiadora, mas promissora. In: Helio
Hara. Caderno Videobrasil 02: Arte
ANDRADE, Marco Pasqualine de. Uma
Mobilidade e Sustentabilidade. Associação
poética ambiental: Cildo Meireles (1963-
Cultural Videobrasil, nº2, São Paulo, 2006.
1970). (Tese de doutorado). ECA/USP, São
Paulo, 2007. OLIVEIRA, Henrique de Souza. Tapumes:
relatos de uma experiência pictórica em três
ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna: do
dimensões. (Dissertação de mestrado)-
Iluminismo aos movimentos contemporâneos.
ECA/USP, São Paulo, 2007.
Tradução de Denise Bottmann e Federico
Carotti. São Paulo: Companhia das Letras, ONO, Maristela Mitsuko. Design e cultura:
1992. sintonia essencial. Curitiba: Edição da Autora,
2006.
CHIARELLI, Tadeu. Arte internacional
brasileira. São Paulo: Lemos Editorial, 1999. RESENDE, Ricardo. O lixo o belo e o nada.
Revista eletrônica um ponto e outro.
DIELEMAN, Hans. Sustentabilidade como
Florianópolis, n.5, Abr. 2007. Disponível on-
inspiração para a arte: um pouco de teoria e uma
line
galeria de exemplos. In: Helio Hara. Caderno
<http://www.museuvictormeirelles.org.br/umpo
Videobrasil 02: Arte Mobilidade e
ntoeoutro/numero5/ricardo_resende.htm>.
Sustentabilidade. Associação Cultural
Acesso em 18 set. 2009.
Videobrasil, nº2, São Paulo, 2006.

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