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FAVOR RENOMEAR ESTE ARQUIVO DOCX COM A TURMA E SEU

PRÓPRIO NOME E SALVAR ANTES DE ENTREGAR PELO MOODLE.

POR EXEMPLO:

SUA TURMA_SEUNOME.DOCX

LABORATÓRIO DE DIREITO PÚBLICO

10ª ETAPA

PRIMEIRA ATIVIDADE

ENTREGA ATÉ 04 DE OUTUBRO DE 2021 ÀS 23:59h

Vale a Primeira Nota Intermediária (P1)

DIGITE aqui os nomes completos de todos os integrantes

Pedro Augusto Martins Brito Filho

Mário Augusto Fonseca Filho

Lucca Borghi Frank de Araújo

Felipe Dantas de Miranda Blanco

Leonardo Barreto Seixas de Santana

Gabriel Bataglini Pessin

DIGITE aqui a sua turma

10E

DIGITE aqui o TIA de todos os integrantes, na ordem em que os nomes


foram colocados
31737056

31704115

31722032

31715540

41600010

31711901

Após aula de 27/09/2021, sobre inquérito civil e o que foi julgado no


Recurso Extraordinário n. 592.581-RS, escreva abaixo como você imagina
que foi feita a portaria de instauração do inquérito civil que deu origem à
ação civil pública que foi decidida em última instância pelo Supremo
Tribunal Federal.

DIGITE aqui a sua resposta

PORTARIA

INQUÉRITO CIVIL N° _____/____.

1. O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, por


meio de seu representante em exercício nesta Comarca, ao tomar ciência -
através de relatório elaborado pelo Conselho Penitenciário da Secretaria
Estadual da Justiça e Segurança do Rio Grande do Sul - que o a Casa de
Albergado de Uruguaina, estabelecimento prisional localizado neste
município, encontra-se em péssimo estado de conservação, expondo os
indivíduos nele recolhidos à precariedade de suas instalações, no exercício
de suas atribuições legais, conferidas pelo art. 129, incisos II e III, da
Constituição Federal e pelo art. 26, I da Lei nº 8.625/93, e ainda,

CONSIDERANDO que o albergue apresenta diversas irregularidades, tais


como problemas estruturais, técnicos e de insalubridade, como (i) umidade
exacerbada; (ii) concentração de partículas nocivas em suspensão no ar; (iii)
más instalações elétricas com perigo de incêndio; (iv) telhado em
desabamento; (v) janelas quebradas; entre outros perigos ocultos e
aparentes;

CONSIDERANDO que a morte de um dos detentos se reputa à precariedade


das instalações elétricas que, se não reparadas, sujeitam ao risco de morte
os demais detentos;

CONSIDERANDO que a proteção à dignidade da pessoa humana é elencada


como fundamento da República do Brasil, nos termos do art. 1º, III, da
Constituição Federal;

CONSIDERANDO a tutela constitucional à vida e à integridade da pessoa


humana, nos termos dos artigos 5º, caput e XLI, da Constituição federal de
1988, bem como sua inviabilidade e a expressa proteção à integridade física
e moral dos presos;

CONSIDERANDO que as normas definidoras dos direitos e garantias


fundamentais têm aplicação imediata, de acordo com o art. 5º, §1º, da
Constituição Federal de 1988 e a integridade física e moral dos presos
configura interesse de natureza geral, caracterizado como direito fundamental
e reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal, nos termos do julgamento do
RE 592.581;

CONSIDERANDO que os detentos do albergue, pelo contexto exposto,


restam sujeitos a condições flagrantemente atentatórias aos direitos humanos
e aos requisitos mínimos de uma vida digna e, ainda, cumprem sua pena em
desconformidade com a que lhes fora fixada, tendo em vista a exposição a
situações degradantes e o crítico risco de morte decorrente, em nítida
desconformidade com a Constituição Federal, que proíbe o cumprimento de
penas que resultem em morte, sejam cruéis ou degradantes aos detentos,
como se evidencia no verso do art. 5º, XLVII;

CONSIDERANDO o compromisso internacional brasileiro assumido com a


assinatura do Pacto de San Jose da Costa Rica, pelo qual se compromete a
zelar pela dignidade do detento quanto ao cumprimento da pena, tendo como
finalidade essencial a reforma e a readaptação social dos condenados, nos
termos do art. 5º e seus itens;

CONSIDERANDO a clara violação aos artigos 3º, 40º e 85º da Lei Nº 7.210
de 1984, na tratativa das Execuções Penais, e os arts. 1º, 3º, 7º, 8º, 9º, 10º e
13º da Resolução Nº 14 de 1994 do Conselho Nacional de Política Criminal e
Penitenciária do Ministério da Justiça (CNPCP/MJ), e que ao Ministério
Público compete intentar INQUÉRITO CIVIL, para proteção de direitos
difusos e coletivos, de acordo com o supracitado art. 129, III, da Constituição
Federal de 1988.
CONSIDERANDO, por fim, a necessidade de apurar-se detidamente os fatos
noticiados;

2. Esta Promotoria de Direitos Humanos resolve:

Instaurar o presente INQUÉRITO CIVIL para melhor apuração dos fatos, de


modo a subsidiar, se for o caso, a adoção de medidas judiciais cabíveis, pelo
que passa a determinar:

a) autue-se o expediente, capeado pela presente portaria, registrando-se no


livro de inquéritos civis desta Promotoria de Justiça;

b) oficie-se a Prefeitura Municipal de Uruguaiana e o Estado do Rio Grande


do Sul para esclarecerem acerca da condição referida e da política
manutenção dos estabelecimentos prisionais que lhes compete;

c) oficie-se o Diretor da Casa do Albergado para esclarecer acerca da


necessidade de reparos pontuais, bem como elucidar se as reformas
estruturais já foram solicitadas e, eventualmente, negadas pelos entes
públicos responsáveis;

d) o encaminhamento de cópias da portaria e dos documentos já


colacionados e outros que vierem a ser expostos para o Promotor de Justiça
Criminal competente, de modo que viabilize as medidas cabíveis na esfera
penal;

e) verifique se existe no município e no Estado legislação específica sobre a


atividade;

f) nomeio, sob compromisso, para secretariar os trabalhos, a senhora,


portadora do RG n° _______ e titular do cargo de Oficial de Promotoria,
atualmente lotada na Promotoria de Justiça Cível de
______________________.

3. Com as respostas, tornem conclusos para posteriores providências.

Local e data.
______________________________________________________
PROMOTOR DE JUSTIÇA DE DIREITOS HUMANOS

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