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PILOTO DE RPA (Drone)

GLOSSÁRIO

1.1 . Introdução ao Drone (RPA)


1.2 . Tipos de aeronaves (rotativas e asa fixa)
1.3 . Drones e seus componentes
1.4 . Evolução dos equipamentos
1.5 . Drones e suas aplicações
1.6 . Legislação (Anatel, Anac e DCEA)
1.7 . Aplicativos Gerenciadores

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1.1 Histórias dos Drones

A história dos drones lembra muito o surgimento da Internet.


Podemos imaginar o mundo antes da internet, as grandes navegações, a forma
como eram enviadas as cartas cartográficas e os mapas.
Sabemos que assim que começou a globalização, as distâncias encurtaram-se e
uma revolução começou.
Assim como a popularização dos drones irá revolucionar o mundo que
conhecemos.
Inicialmente ambos possuíam funções militares, e com o tempo tornaram-se
acessíveis e ganharam mais adeptos.
Não apenas tornaram-se populares e passaram a fazer parte do dia-a-dia da
população do mundo todo, como também causaram uma revolução.
Os VANTs (veículos aéreos não tripulados) eram usados para reconhecimento de
terrenos, permitindo uma visão aérea. Já serviram como apoio, e meio, de ataques
e espionagem; até para enviar mensagens.
Surgiram por volta dos anos 60, mas foi durante os anos 80 que começaram a
chamar atenção, por conta de seus usos militares.
A grande vantagem em seu uso durante os anos 80 era a possibilidade de efetuar
ações, que muitas vezes eram perigosas, sem necessariamente colocar uma vida
em risco.
Pois quem estivesse controlando estaria distante do drone, e o pior que poderia
acontecer é o abatimento do objeto no ar.
O que pouca gente sabe sobre a história dos drones é que ela tem por inspiração
uma BOMBA.
A popularmente conhecida buzz bomb, assim chamada por conta do barulho que
fazia enquanto voava, foi desenvolvida pela Alemanha durante a Segunda
Guerra Mundial.
Apesar de sua simplicidade, o que a tornava alvo fácil em abates e interceptações,
por voar apenas em linha reta e com velocidade constante, obteve um sucesso
considerável.
Embora não haja um número exato sobre o número de feridos e mortos pelas
bombas, pode-se concluir que é um valor grande uma vez que foram lançadas
mais de 1.000 bombas V-1.
A V-1, conhecida como buzz bomb, não foi à única bomba do gênero criada.
Alguns anos mais tarde, ainda no decorrer da Segunda Grande Guerra, foi criada a

V-2. Mas a grande revolução foi no primeiro momento em que uma bomba com
aquelas características surgiu: a V-1, que inspirou a história dos drones e toda a
sua evolução deste então.
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Quem inventou o drone?

O drone, como conhecemos hoje, foi inventado pelo israelita Abe Karem,
engenheiro espacial responsável pelo drone americano mais temido e bem-
sucedido.
“Eu só queria que os veículos aéreos não tripulados operassem com os mesmos
padrões de segurança, confiabilidade e desempenho que aviões tripulados”
(Abraham Karem)

Dados Bibliográficos: Wikipedia.org 29/11/2022


Abraham Karem, inventor dos drones
Segundo Karem, quando ele chegou aos Estados Unidos da América, em 1977,
para controlar um drone eram necessárias 30 pessoas. Este modelo, o Aquila,
voava em média alguns minutos mesmo com autonomia para 20 horas de vôo.
Vendo esta situação, Karem, fundou uma empresa a Leading System e utilizando
pouca tecnologia: restos de madeira, fibra de vidro caseira e um morto igual aos
que os karts, de corrida, usavam na época, deu origem ao Albatross.
O Albatross chegou a ficar 56 horas no ar, sem ser necessária nenhuma recarga
de baterias, e sendo operado apenas por 3 pessoas - contra 30 do Aquilla. Depois
desta bela demonstração, Karem recebeu financiamento da DARPA para
aprimorar o protótipo, e assim surgiu o Amber.

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Definindo o que é um drone

Frequentemente as pessoas escutam o termo pela primeira vez e se


perguntam: o que é um drone?
Um drone é um veículo aéreo, mas diferentemente de aviões e helicópteros, não
são tripulados. São controlados remotamente e, muitas vezes, equipados com
câmeras de alta qualidade.
Foram utilizados por um tempo como brinquedo, uma evolução
dos aeromodelos. Hoje há um grande e crescente mercado profissional para os
pilotos.

O processo de popularização dos veículos aéreos não tripulados é recente, e a


imagem abaixo comprova:

Dados Bibliográficos: pmkb.com.br Processo de popularização dos veículos aéreos 29/11/2022

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1.2 TIPOS DE AERONAVES

VANT, RPA, DRONE

VANT – Veículo aéreo não tripulado


RPA – Aeronave remotamente pilotada

Rotativos e sua definição: Aeronave de asa rotativa que depende


principalmente de seus rotores, movidos a motor, para deslocamentos horizontais.
"Aeronave de asa rotativa" significa uma aeronave mais pesada que o ar que
depende principalmente da sustentação gerada por um ou mais rotores para
manter-se no ar.
No caso dos drones existem dois modelos, rotativos e asa fixa!

Asa Fixa e sua definição: A dinâmica de vôo em relação a aeronaves de asa


fixa é a ciência que permite controlar a orientação da aeronave, em três
dimensões.

Abaixo alguns exemplos:

Dados Bibliográficos: worldpress.com Blog do Senar-MT 29/11/2022

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Fonte: unb.br Universidade de Brasília 29/11/2022 Fonte: alibaba.com 29/11/2022

Fonte: kwipped.com 29/11/2022 Fonte: bombeiros.go.gov.br 20/11/2022

Fonte: emania.com.br Phnatom 4 Pro Plus V2.0 29/11/2022 Fonte: Facebook.com.br Drone Indaiatuba SP
29/11/2022

Dados Bibliográficos: Blog eMania 29/11/2022 Dados Bibliográficos: aliexpress.com 29/11/2022

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1.3 DRONES E SEUS COMPONENTES:

Dados Bibliográficos: ID app.uff.br Projeto de Graduação 29/11/2022

CONTROLADORA - As controladoras de vôo são o principal componente


dos drones, tem a função de processar os sinais de entrada e gerar saídas adequadas, e
em alguns momentos pode servir apenas de extensão entre as interfaces I/O sem
realização de processamento.

ESC - Um controle eletrônico de velocidade ou ESC é um circuito eletrônico que


controla e regula a velocidade de um motor elétrico. Também pode fornecer inversão
do motor e frenagem dinâmica. Controles de velocidade eletrônicos em miniatura são
usados em modelos controlados por rádio acionados eletricamente . Veículos
elétricos de tamanho real também têm sistemas para controlar a velocidade de seus
motores de acionamento.

IMU - Uma unidade de medição inercial (IMU) é um dispositivo eletrônico que


mede e relata uma força específica do corpo , taxa angular e, às vezes, o campo
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magnético ao redor do corpo, usando uma combinação
de acelerômetros e giroscópios , às vezes também magnetômetros . As IMUs são
normalmente usadas para manobrar aeronaves , incluindo veículos aéreos não
tripulados (UAVs), entre muitos outros, e espaçonaves ,
incluindo satélites e landers . Desenvolvimentos recentes permitem a produção
de GPS habilitado para IMUdispositivos. Uma IMU permite que um receptor GPS
funcione quando os sinais de GPS estão indisponíveis, como em túneis, dentro de
edifícios ou quando há interferência eletrônica.

COMPASS (Bússola) - A bússola é um instrumento de navegação e


orientação baseado em propriedades magnéticas dos materiais ferromagnéticos e do
campo magnético terrestre.

Fora esses componentes, temos as hélices, baterias e motores, esses que se


apresentam de duas formas:

Brushless - Os motores de corrente contínua sem escovas ou motores


BLDC (Brushless DC) são motores elétricos sincronos alimentados por inversor
(driver) através de alimentação de corrente contínua normalmente de baixa tensão.
Oferecem diversas vantagens sobre os motores de corrente contínua com escovas,
dentre as quais se podem destacar a confiabilidade mais elevada, o ruído reduzido, a
vida útil mais longa (devido à ausência de desgaste da escova), a eliminação da
ionização do comutador, e a redução total de EMI (interferência eletromagnética.

Brushed - Um motor CC escovado é um motor


elétrico comutado internamente projetado para funcionar a partir de uma corrente
contínua fonte de energia. Os motores escovados foram à primeira aplicação
comercialmente importante de energia elétrica à condução de energia mecânica, e os
sistemas de distribuição de corrente contínua foram usados por mais de 100 anos para
operar motores em edifícios comerciais e industriais. Os motores DC escovados
podem variar em velocidade, alterando a tensão de operação ou a intensidade do
campo magnético. Dependendo das conexões do campo à fonte de alimentação, as
características de velocidade e torque de um motor escovado podem ser alteradas
para fornecer velocidade ou velocidade constante inversamente proporcional à carga
mecânica. Motores escovados continuam a serem usados para propulsão elétrica,
guindastes, máquinas de papel e laminadores de aço. Como as escovas se desgastam e
exige substituição, os motores CC sem escova usam dispositivos eletrônicos de
potência deslocaram motores escovados de muitas aplicações.

BATERIA – LiPO - As baterias LiPo (líthio-polímero) são geralmente mais


seguras e mais amigas do meio ambiente do que outras baterias para drones como

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NiCd e NiMH. As LiPo tornaram-se as baterias de alto desempenho mais comuns no
mercado dos drones e são utilizadas em veículos terrestres, barcos, aviões,
helicópteros, multirotores e muito mais. No entanto, se carregada, descarregada,
armazenada, mantida ou manuseada incorretamente, a bateria LiPo pode se tornar
muito perigosa.

1.4 EVOLUÇÃO DOS DRONES

Em 2006 o drones começaram a ser vistos por aqui, equipamentos já vistos a


mais tempo lá fora.Mas aqui no Brasil começamos a experimentar da alta tecnologia
embarcada num RPA. Mas para frente, com a chegada da empresa DJI chinesa aí sim
o mercado alavancou, graças a proposta de um pacote já todo montado, com
configurações fechadas, mas coerente para o mercado de consumers.

A partir daí conhecemos a linha de drones montados da DJI com o seu modelo
apelidado de PHANTOM 1. Aí começa em nosso mercado o crescimento genuíno em
RPAS. Abaixo alguns modelos da maior fabricante de drones do mundo:

Dados bibliográficos: dji.com 29/11/2022

Drone DJI Phantom - Primeiro drone da linha Phantom, equipamento esse que
apresentou um Shell (carcaça) toda montada e pronta para voar, isso com rádio e
bateria de LiPo. Hoje o destacamos pelos inúmeros problemas eletrônicos que esse
drone apresentou. Esse drone não tinha câmera, era necessário a instalação de uma
câmera externa.

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Dados Bibliográficos: savata.com 29/11/2022

Phantom 2 Vision Plus – Evolução do P1, já restilizado e com uma câmera e


estabilizador já montado de fábrica. Nesse equipamento já foi possível o uso de um
aplicativo, eliminando as chamadas interferências que existia nos módulos FPV dos
drones montados. Já vinha com uma câmera HD e sistema de transmissão da imagem
por WiFi.

Dados Bibliográficos: enjoei.com.br 29/11/2022

Phantom 3 Standard - Nesse drone a DJI já começa a criar um conceito de


modernidade, equipando com uma câmera de 2.7k, melhorou a estabilização da
Gimbal. Ainda com autonomia de distancia bem limitada, mas para sendo bom para
iniciantes e vôos recreativos.

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Dados Bibliográficos: Lojas no Paraguai 29/11/2022

DJI Phantom 3 Advantage – Equipamento precursor na linha Phantom a usar a


tecnologia Light Bridgh, usando cabo para conectar ao dispositivo (celular ou tablet).
Câmera de até 2.7k, sendo maior que Full HD e menor que 4k. Sistema duplo de
antenas podendo chegar a até 4 km de distancia. Para foto, resolução de 12mp e
bateria de até 25 minutos de vôo.

Dados Bibliográficos: TecMundo tecmundo.com.br 29/11/2022

Phantom 3 Professional – O top da linha P3, equipado com câmera de até 4k, 12 MP
para foto. Mantendo a mesma linha da linha Phantom, esse modelo é o mais
avançado em relação à descrição aqui citada.

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Dados Bibliográficos: Aeromodelo Brasil aeromodelobrasil.com 29/11/2022

Phantom 4 – Considerado por muitos o projeto de sucesso da DJI. Aqui a empresa já


deu um salto na tecnologia de ponta, equipando com o que existe de mais moderno
em tecnologia de foto filmagem. Nesse drone já temos uma câmera que grava em até
4k a 120 frames. Equipamento com bateria de 4 células de LiPo, rádio controle com 2
antenas e sistema Light Bridgh e o revolucionário sistema de sensor anti colisão, que
promete parar o drone diante de um obstáculo.

Dados Bibliográficos: mercadolivre.com.br

DJI Spark – Modelo lançado não há muito tempo e foi o segundo modelo lançado
pela chinesa pensando em portabilidade. Pequeno, com 300 gramas, mas grande em
tecnologia. Nesse modelo podemos conhecer a função Gesture, no qual o drone é
comandado por gestos das mãos do piloto. Tem um apelo para o público recreativo,
mas com a sua pequena câmera de 12Mp e filmadora em Full HD, podemos fazer
takes profissionais, principalmente em lugares Indoor. O pequeno Spark também foi
equipado com um sensor anticolisão, rádio com duas antenas, modo Sport na qual o
drone pode chegar à velocidade de até 50 km/h e ficando para trás somente a sua
Gimbal que possui somente 2 eixos e sua autonomia de 16 minutos de bateria e seu
alcance de até 2 km de distância.

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Dados Bibliográficos: www.djicdn.com 29/11/2022

Phantom 4 Pro – Equipamento top de linha da DJI, tendo o uso reconhecido pelo
público profissional devido a series recursos integrados, entre eles: Sensores frontais
e traseiros e também laterais. Bateria de alta performance de até 30 minutos de voo,
câmera com 4k e obturador mecanico e foto em 20Mp. Podemos destacar também o
seu alcance que pode chegar até 7Km de distancia.

Dados Bibliográficos: Domivo.de 29/11/2022

DJI Inspire 2 – Drone mais robusto, equipado com duas câmeras, sensores de colisão
frontais, traseiros e na parte de cima, sistema de pilotagem podendo ser usado com 2
rádios controles e alguns tipos de câmeras que poderão ser acopladas

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Dados Bibliográficos: shopee.com.br 29/11/2022

DJI Mavic Pro – Podemos dizer que esse modelo é o acerto da empresa chinesa. Esse
drone vem com o conceito de portabilidade em conjunto da alta tecnologia
embarcada. Nesse drone podemos ressaltar a câmera com capacidade de filmar em
até 4k a 120 frames, sensores anti colisão frontal, sonares na parte de baixo do
equipamento, autonomia de 27 minutos de vôo e até 7 km de distância em áreas
abertas.

Dados Bibliográficos: t1.gstatic.com 29/11/2022

DJI Mavic Air – Lançamento do ano de 2018 podemos dizer que já caiu no gosto do
grande público em geral. Também teve a sua idéia de portabilidade sendo menos que
o Mavic Pro e maior que o caçula Spark. Podemos dizer que nesse modelo a DJI
corrigiu alguns erros de projeto nos modelos anteriores e conseguiram dar uma
melhorada na velocidade da câmera. Entre algumas características podemos dizer:
Câmera de até 4k, sensores anti colisão frontais e na traseira, modos de vôos
inteligentes modernizados, bateria com autonomia de 21 minutos, alcance de até 4.5
km.

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1.5 DRONES E SUAS APLICAÇOES
- Vídeo Filmagem

- Inspeções de Engenharia

- Inspeções Petróleo e Gás

- Fotogrametria

- Agronegócio

- Eventos

- Acompanhamento de Obras

- Mapeamento

- Construção Civil

- Imobiliário

- Segurança Pública e Privada

- Geoprocessamento

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1.6 LEGISLAÇÃO (ANATEL, ANAC e DECEA)

Em junho de 2017 tivemos a atualização da nossa regulamentação específica


que cuida dos drones ou, Vant e RPA. Essa regulamentação veio somar e trazer uma
organização para a prática do hobby ou até mesmo do mercado que se tornou o uso
de RPAS.

Países que não regulamentaram ou não se organizaram acabaram tomando


decisões drásticas em relação ao uso. Alguns proibiram o uso e outros limitaram a
somente uso militar.

Aqui no Brasil os três órgãos ajudaram na regulamentação e legislam sobre as


leis que estão em vigor no Brasil. São elas: ANATEL, ANAC e DECEA. Cada uma
com a sua responsabilidade e deveres.

ANATEL – Agência Nacional de Telecomunicações

ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil

DECEA – Departamento de Controle do Espaço Aéreo

Essa regulamentação visa na sua primazia, a segurança de terceiros, aplicando


se for o caso, sansões previstas no código penal e civil para os pilotos que
descumprirem a lei. Após a regulamentação devemos seguir uma ordem para ficar
mos devidamente dentro da lei. O primeiro passo é a homologação do equipamento
junto a ANATEL, aonde deverá estar em conformidade à freqüência de comunicação
do rádio controle e drone. Depois temos a ANAC que foi responsável pela criação da
regulamentação e obrigatoriamente o piloto deverá cadastrar seus dados e mais o da
aeronave para a certidão emitida de forma online no site SISANT da ANAC. E por
último o piloto deverá montar o seu plano de vôo e pedir autorização de forma
também online no site da SISANT, ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo.

Temos algumas limitações no que se refere a pilotos de RPA profissional,


tendo como regra para o piloto, o mesmo sendo maior de 18 anos e podendo operar
equipamentos de até 25 kg, sendo denominado classe 3. E claro portando todas as
autorizações acima citadas. Para a pilotagem de aeronaves acima desse peso da classe
3, ou seja, 25 kg, o piloto deverá fazer prova específica ministrada pela ANAC.

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Procedimentos iniciais na aquisição de um RPA

Existem procedimentos referentes a regularização do equipamento para que


você comece a operar . Esses procedimentos são ditados para equipamentos (RPA)
acima de 250g. Pela nossa regulamentação, até 250g são considerados brinquedos, se
isentando das normas que serão relacionadas a seguir.

1. ANATEL – É necessária a homologação da rádio freqüência de


comunicação, fazendo de forma online pelo site da empresa e pagando
uma quantia específica para a tal operação. Essa homologação é
obrigatória para todos drones acima de 250g.
2. ANAC – Nesse passo, cadastramos nossa aeronave e também o
operador, de forma online também seguindo requisitos da organização
que regulamenta. Nesse cadastro não haverá custo para o piloto. O
cadastro será realizado no site www.anac.gov.br/sisant. Nesse cadastro
podemos escolher em qual categoria nos enquadramos, RECREATIVA
OU PROFISSIONAL.
3. DECEA – Nesse terceiro passo concluímos o ciclo de cadastros, e
para conclusão, sendo esse dependente da ANAC para o seu cadastro
com sucesso. Nesse site cadastramos nossa aeronave, que pode ser mais
de uma, e montamos nosso plano de vôo e solicitamos a autorização do
órgão competente para cumprirmos ou não o nosso vôo. Essa
autorização é pedida de forma online também, sendo necessário informar
mos a região, data, hora, altura, etc. No caso de vôo recreativo, fazemos
a informação de vôo, já que existem regras especificas para o vôo e
localidade. Já na modalidade profissional, será obrigatório o pedido de
vôo. Nesse caso o piloto terá que ser maior de 18 anos e ficar limitado a
120 metros de altitude, vôos acrobáticos e aeronaves somente até 25 kg,
sendo acima disso, necessário que o operador passe por uma prova na
ANAC para que a mesma emita uma licença de piloto para o operador.

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Dados Bibliográficos: gov.br/anac/pt-br 13/07/2018

Dados Bibliográficos: Fonte Anac

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Dados Bibliográficos: Defesa Net

Dados Bibliográficos: Maxdrone.com.br 29/11/2022

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DEFINIÇÕES
Deve ser ressaltado que as terminologias relacionadas à operação de aeronaves
não tripuladas, bem como o pessoal e os equipamentos envolvidos, encontram-se em
constante
evolução e cada mudança deverá ser objeto de discussão em âmbito nacional e
internacional.
2.1.1.1 Aeronave
Qualquer aparelho que possa sustentar-se na atmosfera a partir de reações do ar
que não sejam as reações do ar contra a superfície da terra.
2.1.1.2 Aeronave Autônoma
É aquela que, uma vez iniciado o vôo, não há a possibilidade de intervenção do
piloto.
2.1.1.3 Aeronave Civil Pública
Aeronave civil, destinada ao serviço do Poder Público, inclusive as requisitadas
na forma da Lei. É o tipo de aeronave tratada por esta Circular.
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2.1.1.4 Aeronave Remotamente Pilotada (RPA)
Subcategoria de aeronaves não tripuladas, pilotada a partir de uma Estação de
Pilotagem Remota e utilizada para qualquer outro fim que não seja o recreativo.
2.1.1.5 Alcance Visual
Distância máxima em que um objeto pode ser visto sem o auxílio de lentes
(excetuando-se as lentes corretivas).
2.1.1.6 Área Perigosa
Espaço aéreo de dimensões definidas, dentro do qual podem existir, em momentos
específicos, atividades perigosas para o vôo de aeronaves.
2.1.1.7 Área Proibida
Espaço aéreo de dimensões definidas, sobre o território ou mar territorial
brasileiro, dentro do qual o vôo de aeronaves é proibido.
2.1.1.8 Área Restrita
Espaço aéreo de dimensões definidas, sobre o território ou mar territorial
brasileiro, dentro do qual o vôo de aeronaves é restringido conforme certas condições
definidas.
2.1.1.9 Carga Útil (payload)
Todos os elementos da aeronave não necessários para o vôo e pilotagem, mas que
são carregados com o propósito de cumprir objetivos específicos.
2.1.1.10 Condições Meteorológicas de Vôo Visual (VMC)
Condições meteorológicas, expressas em termos de visibilidade, distância de
nuvens e teto, iguais ou superiores aos mínimos especificados.
NOTA: Os mínimos especificados estão dispostos na ICA 100-12 - REGRAS DO
AR.
2.1.1.11 Defesa Civil
A Defesa Civil é um conjunto de medidas que visam prevenir e limitar, em
qualquer situação, os riscos e perdas a que estão sujeitos a população, os recursos da
nação e os
bens materiais de toda espécie, tanto por agressão externa quanto em consequência de
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calamidades e desastres da natureza.
2.1.1.12 Enlace de Pilotagem
Enlace entre a RPA e a Estação de Pilotagem Remota para a condução do vôo.
Este enlace, além de possibilitar a pilotagem da aeronave, poderá incluir a telemetria
necessária
para prover a situação do vôo ao piloto remoto.
NOTA: O enlace de pilotagem difere dos enlaces relacionados à carga útil (como
sensores).
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2.1.1.13 Espaço Aéreo Condicionado
Espaço aéreo de dimensões definidas, normalmente de caráter temporário, em que
aplicam-se regras específicas. Pode ser classificado como ÁREA PERIGOSA,
PROIBIDA OU
RESTRITA.
2.1.1.14 Espaço Aéreo Controlado
Espaço aéreo de dimensões definidas, dentro do qual se presta o Serviço de
Controle de Tráfego Aéreo, de conformidade com a classificação do espaço aéreo.
NOTA: Espaço aéreo controlado é um termo genérico que engloba as Classes A, B,
C, D e E
dos espaços aéreos ATS.
2.1.1.15 Espaço Aéreo Segregado
Área Restrita, normalmente publicada em NOTAM, onde o uso do espaço aéreo é
exclusivo a um usuário específico, não compartilhado com outras aeronaves,
excetuando-se as
aeronaves de acompanhamento, caso estejam autorizadas.
2.1.1.16 Espaços Aéreos ATS
Espaços aéreos de dimensões definidas, designados alfabeticamente, dentro dos
quais podem operar tipos específicos de vôos e para os quais são estabelecidos os
Serviços de
Tráfego Aéreo e as regras de operação.
NOTA: Os espaços aéreos ATS são classificados de A até G.
2.1.1.17 Estação de Pilotagem Remota (RPS)
Componente que contém os equipamentos necessários à pilotagem da RPA.
2.1.1.18 Falha de Enlace de Pilotagem
Falha de enlace entre a RPA e a Estação de Pilotagem Remota (RPS) que
impossibilite, mesmo que momentaneamente, a sua pilotagem.
NOTA: A Falha de Enlace de Pilotagem é também conhecida como Falha de “Link
C2”.

2.1.1.19 Heliponto
Área homologada e demarcada oficialmente para o pouso e decolagem de
helicópteros.
2.1.1.20 Notice To Airmen (NOTAM)
Aviso que contém informação relativa ao estabelecimento, condição ou
modificação de qualquer instalação aeronáutica, serviço, procedimento ou perigo,
cujo pronto
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conhecimento seja indispensável para o pessoal encarregado das operações de vôo.
NOTA 1: Um NOTAM tem por finalidade divulgar antecipadamente a informação
aeronáutica
de interesse direto e imediato para a segurança e regularidade da navegação aérea. A
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divulgação antecipada só não ocorrerá nos casos em que surgirem deficiências nos
serviços e instalações que, obviamente, não puderem ser previstas.
NOTA 2: Os NOTAM específicos para informação de operações envolvendo RPAS
são
padronizados com a utilização do código QWU. Este código pode ser utilizado para
uma consulta de operações envolvendo aeronaves sem tripulação nas proximidades
da
área em que se pretenda operar.
2.1.1.21 Operação Além da Linha de Visada Visual (BVLOS)
Operação em que o Piloto Remoto não consiga manter a RPA dentro do seu
alcance visual.
2.1.1.22 Operação em Linha de Visada Rádio (RLOS)
Refere-se à situação em que o enlace de pilotagem é caracterizado pela ligação
direta (ponto a ponto) entre a Estação de Pilotagem Remota e a aeronave.
2.1.1.23 Operação em Linha de Visada Visual (VLOS)
Operação em VMC, na qual o piloto mantém o contato visual direto (sem auxílio
de lentes, exceto as corretivas, ou outros equipamentos) com a aeronave, de modo a
conduzir o
vôo com as responsabilidades de manter as separações com outras aeronaves, bem
como de
evitar colisões com aeronaves e obstáculos.
2.1.1.24 Órgão de Controle de Tráfego Aéreo (ATC)
Expressão genérica que se aplica, segundo o caso, a um Centro de Controle de
Área (ACC), a um Órgão de Controle de Operações Aéreas Militares (OCOAM), a
um Controle
de Aproximação (APP) ou a uma Torre de Controle de Aeródromo (TWR).
2.1.1.25 Órgão dos Serviços de Tráfego Aéreo (ATS)
Expressão genérica que se aplica, segundo o caso, a um Órgão de Controle de
Tráfego Aéreo ou a um Órgão de Informação de Vôo.
2.1.1.26 Órgão Regional
São órgãos que desenvolvem atividades na Circulação Aérea Geral (CAG) e na
Circulação Operacional Militar (COM), responsáveis por coordenar ações de
gerenciamento e
controle do espaço aéreo e de navegação aérea nas suas áreas de jurisdição.
NOTA: São Órgãos Regionais subordinados ao DECEA, os CINDACTA I, II, III e
IV e o
SRPV-SP.
2.1.1.27 Piloto Remoto em Comando
É o piloto que conduz o vôo com as responsabilidades essenciais pela operação,
podendo ou não ser o responsável pelo manuseio dos controles de pilotagem da RPA.
Quando responsável, exclusivamente, pelo manuseio dos controles de pilotagem ser
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responsável, exclusivamente, pelo manuseio dos controles de pilotagem será
denominado Piloto
Remoto.

APLICATIVOS GERENCIADORES

Para o gerenciamento e configuração de um drone, o fabricante criou um


aplicativo no qual é instalado no dispositivo de vôo e através dele é possível o
monitoramento em tempo real do vídeo, configurações da câmera, configurações do
drone e outras funções integradas. Nesse caso em específico iremos falar do mais
utilizado pela empresa chinesa líder mundial no segmento de drones, a DJI.

Esse aplicativo se divide em duas categorias, DJI GO e DJI GO4. Cada um


atendendo uma família de equipamentos.

DJI GO – Nesse caso o aplicativo atende aos seguintes equipamentos: Phantom 3


Séries, Inspire 1, Matrice 100 e 600, Linha Osmo.

DJI GO4 – Aplicativo atual usado nos equipamentos mais modernos do mercado
Dji: Mavic Air, Spark, Phantom 4 Séries, Inspire 2, Mavic Pro e Matrice 200 Séries.

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DJI GO4

Acervo Pessoal

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LITCH
Aqui temos outro aplicativo que podemos dizer que é um concorrente do Dji
GO. Nesse caso, foi criado por outra empresa, é pago , mas tem um resultado muito
satisfatório, ele trás uma plataforma parecida, mas toda em português, diferente do
Dji GO que ainda não tem uma versão para português. Além disso, o Litch trouxe
alguns desbloqueios de funções, diferente do aplicativo nativo.

Dados Bibliográficos: Litch.com

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VÔOS INTELIGENTES

Entende-se vôos inteligentes, um conjunto de recursos disponíveis no


aplicativo no qual o drone cumpre funções programáveis pelo piloto e sendo
executada de forma autônoma. Claro que dentro de um protocolo de limites, tempo e
etc. Isso por que na regulamentação da ANAC no Brasil, é proibido o vôo autônomo
de um RPA. Essas funções inteligentes estão disponíveis tanto no DJI GO como no
LITCHI, e cada um com suas limitações.

Obs.: Sempre que for fazer qualquer vôo inteligente, lembre se de estar em campo
aberto longe de qualquer obstáculo natural ou artificial.

FUNÇÕES INTELIGENTES (Referência Mavic Pro)


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• QuickShot – Conjuntos de takes e movimentos realizados pelo drone,
cumprindo gravações em diversas tomadas e voltando para o ponto inicial
quando é terminado o movimento.
• Gesture – Nessa função é possível setar o drone e com um movimento
acionar o disparo da câmera do drone para foto com o uso das mãos, sem a
necessidade do rádio controle.
• Active Track – Uma das funções mais legais, na qual o drone segue o
objeto marcado pelo movimento do dedo na tela do dispositivo. Nessa função é
possível o drone desviar de algum obstáculo que aparecer na frente dele
durante o vôo.
• TapFly – Função aonde o piloto define a direção da aeronave tocando na
tela do dispositivo. Existem algumas variações nessa função.
• Tripod – Função aonde é reduzido todos os comandos do drone,
proporcionando um vôo bem lento, ideal para voar indoor.
• Cinematic Mode – Nessa função é mantida a filmagem suave,
aumentando o tempo de frenagem, isso tudo para suavizar o que a câmera esta
filmando.
• Terrain Follow – Uma função que tem o princípio da ActiveTrack,
mantendo sempre a distancia na qual o piloto configurar, sendo que na vertical,
ou seja, o drone numa escalada ira te acompanhar ou o que for selecionado
nunca perdendo foco e distancia na vertical.
• Point of Interest – Nessa função, também conhecida como órbita pelo
App Litchi, o piloto escolhe o objeto e o drone irá girar sem perder o objeto em
círculos no sentido horário ou anti horário.
• Follow Me – Função na qual a aeronave segue o rádio controle, mantendo
a distancia inicial de quando foi acionada a função. Essa função esta presente
nos drones mais antigos como a linha Phantom 3.
• Waypoints – Uma função bastante usada, no qual o piloto marca pontos
como se fosse uma missão e ao término, basta salvar e aplicar, daí a aeronave
cumpre toda a missão designada. Estamos falando do aplicativo nativo que é o
DJI GO4, quando essa função é utilizada pelo App LITCHI, o piloto poderá
desfrutar de uma plataforma muito mais organizada e rica em funções.
• Home Lock e Curse Lock – Ambas estão no App desde a linha
Phantom 1, 2 e 3.

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