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Introdução dos principais temas da produção cientí3ca e pesquisas cientí3cas desenvolvidas na área de nutrição.
PROPÓSITO
Apresentar os principais temas abordados pela pesquisa e produção cientí3ca na área de nutrição de acordo com
os principais núcleos de saberes e destaque no contexto da pesquisa brasileira.
OBJETIVOS
Módulo 1 Módulo 2 Módulo 3 Módulo 4
INTRODUÇÃO
A produção de conhecimento cientí3co no Brasil se dá basicamente nas universidades. De forma geral, os
pesquisadores se organizam por meio de grupos para o desenvolvimento de pesquisas cientí3cas,
interação com outros grupos e instituições e avaliação de seus projetos por outros pesquisadores. Esses
grupos são cadastrados no Diretório de Grupos de Pesquisa da Plataforma Lattes do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Cientí3co e Tecnológico (CNPq). Nesse amplo banco de dados, é possível encontrar
informações sobre as diferentes áreas de conhecimento, linhas de pesquisa e sua produção cientí3ca,
tecnológica e artística, inclusive, na área de nutrição.
A maioria das linhas de pesquisa da área se desenvolve em nutrição clínica e esportiva, alimentação e
nutrição em saúde coletiva e ciência e tecnologia dos alimentos; os campos mais abordados nos estudos
cientí3cos publicados. Assim, desenha-se o cenário da pesquisa e produção cientí3ca da nutrição no Brasil,
que será descrito a seguir.
MÓDULO 1
! Reconhecer a produção cientí2ca na área de
nutrição e os diversos campos e núcleos de saberes
Data do século XIX o surgimento da pesquisa cientí3ca sobre alimentação e nutrição da população brasileira, a
partir de teses de faculdades de Medicina no Brasil.
Você sabia
O alinhamento do modo de viver brasileiro àquele observado em países desenvolvidos e marcado pelo
sedentarismo e aumento da obesidade e doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) se destaca na década
seguinte, caracterizando o que chamamos de transição nutricional e epidemiológica. Esse processo se desenvolve
juntamente com um aumento no consumo alimentar de gorduras (particularmente de origem animal) e
carboidratos simples e redução no consumo de carboidratos complexos, 3bras, vitaminas e minerais. Essa
realidade se perpetua até os dias de hoje, quando observamos uma simultaneidade da presença de doenças
nutricionais relacionadas à pobreza e ao modelo de desigualdade econômica, com outros desvios nutricionais
associados ao avanço tecnológico e ao desenvolvimento econômico e tecnológico (obesidade, diabetes,
dislipidemias, hipertensão e alguns tipos de câncer).
Esse histórico ajuda a compreender o cenário atual da pesquisa e os diversos campos estudados. Acompanhando
a evolução da pesquisa cientí3ca mundial e do desenvolvimento interno, hoje, a área de Alimentação e nutrição
englobam também as questões relacionadas abaixo:
Esses pontos fazem parte de diversas iniciativas nacionais e internacionais inseridas e/ou alimentadas pela
pesquisa cientí3ca no Brasil:
A meta da Declaração do Milênio da Organização das Nações Unidas (ONU) de erradicação da pobreza e da
fome.
A nutrição e sua dinâmica especí3ca garantiram lugar no mesmo nível elevado das outras áreas a3ns,
principalmente, as três áreas médicas:
absolutos
Total 69 100
Tabela 1. Núcleos de saberes do campo científico de alimentação e nutrição e sua presença em programas de pós-graduação stricto sensu inseridos na
área de avaliação de Medicina II na Capes, em 2009, no Brasil.
! Extraída de KAC et al., 2011, p. 912; CAPES, 2011.
Além da abordagem dos núcleos de saberes do campo cientí3co de alimentação e nutrição, também se faz
necessária uma análise relacionada às áreas de exercício pro3ssional do nutricionista. Na Tabela 2, é possível
observar o resultado de uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Nutricionistas, destacando as áreas de
atuação existentes no mercado de trabalho.
2006 2017
Marketing - - 14 1,3
Outros - - 36 3,3 #
Apesar da sua signi3cativa participação na produção cientí3ca na área de nutrição, a alimentação não consta da
taxonomia vigente. A criação da área de nutrição pode contribuir de forma substancial para o crescimento da
produção de conhecimento cientí3co em alimentação. Ademais, a grandeza dos núcleos de saberes e a presença
na pós-graduação da alimentação e da nutrição na produção de refeições não acompanha a concentração de
nutricionistas atuando nessa área, que é a segunda em percentual de pro3ssionais no mercado de trabalho. Tal fato
sugere uma provável carência de especialização e quali3cação dos pro3ssionais e de produção cientí3ca nessa
área especí3ca, sendo necessários esforços para aumentar a inserção acadêmica e a produção de conhecimento
cientí3co atualizado e aplicável nesse campo.
Outra classi3cação a ser observada é aquela do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientí2co e Tecnológico
(CNPq) que divide a área do conhecimento da nutrição nas seguintes subáreas:
$
métodos experimentais, ela é humanas também fazem parte do
identi3cada pelo enfoque no efeito do campo de alimentação e nutrição. Esse
comer sobre a prevenção e cura de caráter transdisciplinar de3ne o campo,
agravos. caracterizado por agentes que atuam
em processos sociais, culturais e
biológicos da vida humana nas suas
diversas fases, que envolvem a
produção, distribuição, consumo,
ingestão, mecanismos 3siológicos e
3siopatológicos, além do desfecho
nutricional.
Vale destacar que são escassos os levantamentos descritivos detalhados derivados de investigação cientí3ca
sobre grupos de pesquisa cadastrados, projetos de pesquisa, dissertações, teses e publicações em geral,
di3cultando uma análise mais profunda do campo de alimentação e nutrição no Brasil. Tratando-se de uma área em
consolidação, a constante análise e discussão da inserção dos diversos campos e núcleos de saberes da nutrição
na pesquisa cientí3ca se faz necessária. De qualquer forma, a literatura disponível indica que a maior parte da
produção cientí3ca na área se dá em torno de três principais campos, que serão descritos nos próximos módulos.
A PRODUÇÃO CIENTÍFICA NA NUTRIÇÃO
A especialista Thaís da Silva Ferreira fala sobre a produção cientí3ca na nutrição.
% VERIFICANDO O APRENDIZADO
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MÓDULO 2
! Identi2car a produção cientí2ca em nutrição clínica
e esportiva
Comentário
Em geral, estudos básicos, experimentais e clínicos são desenvolvidos. A condução de pesquisas clínicas pode
demandar tempo bastante prolongado, exigindo maior planejamento prévio dos estudantes em relação a
cronograma e prazos estabelecidos pelos seus cursos. Ensaios clínicos e estudos de coorte podem requerer muitos
anos para sua execução.
Comentário
O acúmulo de dados e o seguimento de linhas especí3cas de pesquisa contribuem para a construção de bases de
dados robustas que permitem exploração e análise por diversos pesquisadores e alunos. A interdisciplinaridade
entre a pesquisa clínica e os demais estudos biomédicos se apresenta como opção indiscutível para o núcleo de
saberes da nutrição clínica, viabilizando a realização e a aplicabilidade dos estudos. A pesquisa translacional em
nutrição, que se dedica a estudos que percorrem todo o caminho das análises experimentais até os testes clínicos,
materializa essa aplicabilidade.
As disciplinas tradicionais da área da saúde estão diretamente ligadas à biologia, 3cando muitas vezes restritas a
um olhar natural e técnico sobre a vida. Entretanto, não se podem descartar as outras dimensões envolvidas no
processo de saúde e doença, prevenção e tratamento, como a psicológica, afetiva e cultural, entre outras. Sendo
assim, outras áreas do conhecimento e núcleos de saberes da própria área de alimentação e nutrição muitas vezes
se associam no desenvolvimento da pesquisa em nutrição clínica.
Considerando a abrangência do núcleo, não se pretende esgotar todos os eixos da produção cientí3ca em nutrição
clínica, mas sim destacar alguns, a saber:
Clique nas barras para ver as informações.
Pesquisa em nutrigenômica
O genoma humano, com aproximadamente 25 mil
genes, é afetado por fatores ambientais, como
tabagismo, poluição, atividade física, estresse,
medicamentos e dieta. A insuência da dieta sobre os
genes caracteriza a nutrigenômica, que investiga como
esse processo se dá em cada fase do ciclo da vida e
frente a diferentes condições patológicas. Estamos
“expostos” à alimentação desde a fase intrauterina e,
portanto, essa interação entre nutrientes e compostos
bioativos de alimentos com o genoma pode ocorrer
desde as fases mais precoces da vida, com potencial
impacto na saúde.
O mapeamento do genoma humano e a investigação da sua interação com diversos nutrientes, compostos
bioativos e padrões alimentares traz a perspectiva inovadora do desenvolvimento de prescrições nutricionais
altamente individualizadas. A pequena variação interindividual de 0,1% observada no genoma dos seres humanos
se dá, principalmente, por meio de alterações discretas na sequência do DNA conhecidas como polimor2smos de
nucleotídeo.
Diversos estudos se dedicam à análise da capacidade de nutrientes e compostos bioativos de modular a expressão
gênica que poderá no futuro insuenciar a escolha de alimentos com 3nalidade especí3ca. As possibilidades são
praticamente in3nitas porque os componentes dos alimentos contêm múltiplos alvos moleculares e podem atuar
de forma sinérgica por se encontrarem em diferentes combinações nos alimentos.
Além da contribuição para a saúde humana, o mundo corporativo já explora o grande potencial das descobertas
nessa área, o que pode atrair diversos 3nanciamentos para pesquisas e estimular a produção cientí3ca nesse
núcleo de saberes. Entretanto, deve-se ressaltar mais uma vez a necessidade estrita de atenção aos preceitos
éticos e divulgação de possíveis consitos de interesse nesses casos. Todos os esforços devem ser empenhados no
decorrer das pesquisas para garantir a con3dencialidade da informação genética e prevenir ações discriminatórias,
por exemplo.
A Rede Brasileira de Nutrigenômica, criada em 2007, propõe-se a estimular o desenvolvimento dessa disciplina,
além de promover e coordenar projetos integrados. Considerando a miscigenação e consequente variabilidade
genética da população brasileira, e os diversos alimentos tradicionais no país, esses esforços podem contribuir para
o desenvolvimento de um corpo consistente de evidências em nutrigenômica especi3camente direcionadas aos
brasileiros.
No Brasil, observamos grande interesse por esportes, especialmente o futebol, mas grande parte da população não
pratica o mínimo recomendado de atividade física durante a semana. Nesse contexto aparentemente paradoxal,
emergem a pesquisa e a produção cientí3ca em nutrição esportiva. Ela abrange cenários bastante diversos, como a
prática de atividade física como opção de lazer e/ou estratégia para manter ou recuperar a saúde e o
desenvolvimento de atividade desportiva de alto nível competitivo. Etapa do ciclo da vida, sexo, tipo de atividade
física e o objetivo principal insuenciam a prática e consequentemente as recomendações nutricionais, demandando
evidências de várias áreas do conhecimento para o desenvolvimento de estratégias adequadas a cada situação.
Atenção
Nutrição clínica
Epidemiologia da nutrição
Ciência e tecnologia dos alimentos
Nutrição experimental
Alimentação coletiva, entre outros
As diversas modi3cações ocorridas durante a realização de exercícios físicos, intencionais ou não, também são
objeto de estudo de muitos pesquisadores, já que as reservas corporais e a mobilização de gordura, massa
muscular e líquidos é totalmente dependente da intensidade e frequência do exercício e do consumo alimentar
habitual e no período próximo ao exercício.
Para ilustrar a produção cientí3ca desse núcleo, estão descritos a seguir os eixos das principais pesquisas
realizadas em nutrição esportiva:
!
% VERIFICANDO O APRENDIZADO
Estrito respeito às diretrizes éticas para pesquisas com seres humanos e animais,
A) infraestrutura geralmente complexa e custosa e divulgação em periódicos de grande
reconhecimento no meio cientí3co.
Relação direta e exclusiva com disciplinas ligadas à biologia, já que o estudo das dimensões
C) psicológicas afetivas e culturais do processo saúde e doença é exclusivo de outras áreas de
pesquisa.
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A necessidade orgânica dos diversos nutrientes para a prática esportiva e a relação com o
C)
desenvolvimento de doenças.
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MÓDULO 3
! Descrever a produção cientí2ca em alimentação e
nutrição em saúde coletiva
Ocorrida a partir da década de 1980 e caracterizada pela sobreposição de doenças relacionadas às carências
nutricionais e doenças relacionadas ao excesso nutricional, a transição nutricional e epidemiológica brasileira
motivou novos direcionamentos e intervenções nas políticas de saúde, inclusive no campo da nutrição.
Comentário
A seguir, encontram-se descritos os principais eixos abordados na produção cientí3ca do núcleo de alimentação e
nutrição em saúde coletiva:
As UAN são representadas por instituições públicas ou privadas que oferecem refeições e
restaurantes comerciais, comissárias, buffet e lanchonetes. O referido núcleo demonstra sua
relevância no atendimento às demandas institucionais e dos comensais no tocante à
alimentação da comunidade.
Outros termos têm sido empregados para identi3car o núcleo, sendo os principais:
Algumas políticas e programas públicos relacionados à produção e distribuição de refeições, entre eles o Programa
Nacional da Alimentação Escolar (PNAE), o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) e os restaurantes
populares, só encontram viabilidade com base em dados produzidos por esse núcleo de saberes. Outros dados
diretamente ligados a aspectos higiênico-sanitários embasam regulamentos e práticas conhecidos, por exemplo,
pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
! Restaurante popular no Rio de Janeiro
Estudos cientí3cos nesse núcleo podem também propor ou testar metodologias para o planejamento, produção e
distribuição de refeições fora do domicílio. A atuação pro3ssional do nutricionista desempenha importante papel na
evolução do núcleo no Brasil, e por esse motivo métodos diretamente aplicáveis na atuação pro3ssional do
nutricionista são objeto de investigação de diversos estudos.
De maneira geral, de acordo com CAMPOS et al. (2017), a produção cientí3ca desse núcleo pode ser agrupada nas
seguintes categorias:
Nos estudos do campo de alimentação e nutrição, os termos comportamentos alimentares e hábitos alimentares
não correspondem especi3camente aos sentidos anteriormente descritos, sendo aplicados sem distinção entre
eles, buscando expressar uma realidade.
Comportamento Hábito
'
aos aspectos sociais presentes. um contexto geral. Como os hábitos são
formados desde a infância e podem se
modi3car ao longo da vida, na nutrição o
comportamento alimentar pode ser
estudado nas diversas fases do ciclo da
vida.
Os estudos cientí3cos podem se apresentar: com uma visão mais tradicional da área, com interesse em investigar
os alimentos ingeridos por determinados grupos, a frequência e o modo, sem diferenciar os termos hábito e
comportamento; ou com uma abordagem mais problematizadora buscando entender o ato de comer por meio de
suas complexidades e a alimentação como um fenômeno de difícil abordagem, avançando nas discussões sobre
as semelhanças e diferenças entre hábitos, práticas e comportamentos.
Sendo assim, a pesquisa cientí3ca em nutrição sobre o comportamento alimentar pode se desenvolver em torno dos
seguintes eixos:
Estudos bem delineados para investigar o comportamento alimentar são necessários, especialmente no Brasil.
Diversos métodos e abordagens podem ser adotados, como:
Relatos de Instrumentos Anamnese alimentar Entrevistas
observações (com o psicométricos (para obtenção de semiestruturadas
objetivo de descrever (desenvolvidos para o dados especí3cos (para
e compreender o estudo de questões sobre quantidade e questionamentos
comportamento com adequada qualidade da individuais ou
alimentar em um validade e alimentação de um coletivos).
determinado grupo). con3abilidade). indivíduo, e das
emoções e
percepções
associadas).
!
% VERIFICANDO O APRENDIZADO
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2. Assinale a alternativa que traz três dos eixos principais a partir dos quais se desenvolve a
pesquisa em diagnóstico e intervenção em nutrição e saúde:
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MÓDULO 4
! De2nir a produção cientí2ca em ciência e
tecnologia dos alimentos
A pesquisa e a produção cientí3ca nesse núcleo estão diretamente ligadas aos processos químicos, físicos e
biológicos aos quais os alimentos estão submetidos.
Com a evolução das técnicas de produção e da indústria de alimentos desde a segunda metade do século XIX, toda
a cadeia de produção passou a demandar processos mais e3cazes, seguros e sustentáveis e associação de
conhecimentos advindos de várias áreas, como a Agronomia, Veterinária, Ecologia, Medicina, Microbiologia,
Engenharia, Saúde Pública, entre outras, além da Nutrição.
A seguir, destacam-se algumas das principais temáticas desses núcleos, com seus principais eixos de pesquisa e
produção cientí3ca.
Desde o estudo experimental das propriedades inerentes a cada tipo de alimento e o seu efeito no controle dos
processos de elaboração e cocção dos alimentos até as diferentes etapas envolvidas no preparo dos alimentos
constituem uma fonte inesgotável de temas de interesse em pesquisa cientí3ca.
Pode-se perceber que mais uma vez a multidisciplinaridade é um fator preponderante em um núcleo de saberes da
área de nutrição, assim como em diversas áreas da ciência.
Com a evolução das ciências, destacou-se o entendimento dos processos celulares dos seres vivos, e as diversas
alterações dos mesmos. Na metabolômica, são estudadas em nível celular as alterações dos metabólitos, que são
produtos intermediários ou 3nais do metabolismo em uma amostra biológica; na genômica, os genes; e na
proteômica, as alterações das proteínas. A produção de trabalhos nessa área é crescente, e novas abordagens
relacionam as tecnologias ômicas avançadas com a área de alimentos e nutrição, para melhorar o bem-estar, a
saúde e segurança dos consumidores, integrando pesquisadores de diversas áreas do conhecimento.
Surge, então, um novo conceito na comunidade cientí3ca, a foodomics. Sua aplicabilidade pode ser comprovada
pela diversidade de trabalhos na área relacionados a: técnicas de análise empregadas, tratamento de dados,
autenticação de alimentos, toxinas e segurança de alimentos, produtos alimentícios diversos e oriundos de plantas,
entre outros.
Compostos bioativos presentes nos alimentos também despertam grande interesse em pesquisadores que
estudam processos de modi3cação dos alimentos. Eles podem ser, por exemplo, adicionados em alimentos nos
quais não estão naturalmente presentes e originar suplementos com esses compostos isolados. Para isso, se faz
necessário o estudo da sua bioatividade, metabolismo e aplicação na prevenção de morbidades.
Esses aspectos químicos, bioquímicos e microbiológicos se relacionam com compostos bioativos, enzimas e
outros compostos de interesse cientí3co e econômico, e de forma associada também são alvos de investigação,
bem como o desenvolvimento de processos e tecnologias para aplicação.
A produção cientí3ca relacionada às alterações ocorridas nos alimentos pode ainda subsidiar a criação, atualização
e 3scalização de normas de higiene e boas práticas de fabricação de alimentos.
Pesquisa científica em avaliação da qualidade dos alimentos
A garantia da qualidade e segurança de alimentos é essencial para a concretização da situação de segurança
alimentar e nutricional e para a orientação de instituições direcionadas à regulação da produção e comercialização
de matérias-primas, alimentos e produtos alimentícios.
O setor produtivo como um todo, estabelecimentos que produzem refeições, e mesmo os cidadãos no âmbito
domiciliar, aplicam técnicas, ferramentas e procedimentos de forma integrada e em diferentes níveis de
complexidade a 3m de buscar a qualidade e a segurança dos alimentos consumidos. A pesquisa cientí3ca sobre
qualidade dos alimentos fornece evidências cientí3cas que subsidiam o desenvolvimento desses procedimentos.
A atividade regulatória obrigatória da produção e comércio de alimentos é o braço das autoridades nacionais ou
locais para garantir a disponibilidade de alimentos adequados, seguros e em conformidade com os requisitos de
rotulagem. O que também é objeto e desdobramento das pesquisas cientí3cas na área de controle de qualidade de
alimentos.
A PRODUÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA DOS ALIMENTOS
A especialista Carolina Beres fala sobre a produção em ciência e tecnologia dos alimentos e como desenvolver um
projeto de TCC na área.
% VERIFICANDO O APRENDIZADO
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CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foram apresentados e discutidos os principais campos e núcleos de saberes da nutrição, permitindo a
caracterização da produção cientí3ca na área. Vimos as origens das pesquisas na área no Brasil, relacionadas às
condições de vida da população, em especial, a problemas como a fome e carências nutricionais especí3cas.
PODCAST
Agora, a especialista Monica Dalmacio encerra o conteúdo fazendo uma síntese de
todas as áreas de pesquisa cientí3ca desenvolvidas na nutrição.
0:00 11:17
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EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos explorados neste conteúdo:
Visite a página eletrônica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientí3co e Tecnológico, dessa forma,
será possível conhecer os diversos grupos de pesquisa na área de nutrição.
Conheça na internet a Plataforma Conecte-se, para estudantes e pro3ssionais com informações sobre o
campo de alimentação e nutrição no Brasil, produzidas a partir pesquisa do censo de 2016 do diretório de
grupo de pesquisa do CNPq e dos programas de pós-graduação da CAPES em 2018. Contém classi3cações
relacionadas com os núcleos de saberes e práticas.
Ouça o Podcast Ciência da nutrição que apresenta e discute temais atuais e desa3adores da ciência da
nutrição, apresentado e dirigido pelos professores Anderson Teodoro e Luana Aquino da Escola de nutrição da
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). O conteúdo está disponível nas principais
plataformas digitais de áudio e vídeo.
CONTEUDISTA
Thaís da Silva Ferreira
( Currículo Lattes
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