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PAULA RITIELE ALVES DE SOUZA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

TEIXEIRA E FREITAS
2022
paula ritiele alves de souza

ESTÁGIO SOCIAL

Projeto apresentado ao Curso de Nutrição da


Instituição Faculdade Pitágoras

Orientadora: Sue Ellen Oliveira Santos

Teixeira de Freitas
2022

SUMÁRIO

1. RESUMO……………………………………………………………………………...
2. INTRODUÇÃO……………………………………………………………………….
2.1 SAÚDE COLETIVA………………………………………………………………
2.2 NUTRIÇÃO NA SAÚDE COLETIVA…………………………………………..
2.3 AÇÃO DESENVOLVIDA………………………………………………………..
3. JUSTIFICATIVA…..…………………………………………………………………
4. OBJETIVO GERAL E ESPECIFICO……………………………………………..
4.1 OBJETICO GERAL……………………………………………………………
4.2 OBJETIVO ESPECÍFICO…………………………………………………….
5. METODOLOGIA…………………………………………….……………………...
6. RESULTADOS E DISCURSÃO…………………………………..……………....
7. ESTUDO DE CASO…………………………….………………………………….
7.1 ANAMNESE NUTRICIONAL…………………………………………………
7.2 DIAGNÓSTICO CLÍNICO…………………………………………………….
7.3 REVISÃO DE LITERATURA…………………………………………………
7.4 INTERAÇÃO DROGA X NUTRIENTE………………………………………
7.5 EXAME FÍSICO………………………………………………………………..
7.6 MEDIDAS E AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICAS………………………….
7.7 DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL………………………………………………
7.8 NECESSIDADE ENERGÉTICA E DISTRIBUIÇÃO DOS
MACRONUTIENTES…………………………………………………………..
7.9 PRESCRIÇÃO DIETÉTICA NORTEADORA DO PLANO
ALIMENTAR……………………………………………………………………
7.10 PLANO ALIMENTAR………………………………………………………..
7.11 ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS…………………………………………
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS…….………………………………………………...
9. REFERÊNCIAS…… …………………………………………………………......
10. ANEXOS E APÊNDICES………………………………………………………
RESUMO

O presente relatório de estágio pretende descrever as atividades


desenvolvidas e competências adquiridas ao longo do estágio social na Estratégia
de Saúde da Família (ESF) do bairro Santa Rita (foto 1), que aconteceu entre os
dias 12/09 ao dia 27/10, das 07:00 às 11:00 e das 13:00 ás 15:00 sob orientação da
preceptora Sue Ellen. O estágio foi realizado no ano letivo de 2022, no âmbito do 8°
período do curso de Nutrição, na matéria Estágio III – Estágio Social, da Faculdade
Pitágoras. Este relatório visa evidenciar a importância do papel do nutricionista na
manutenção e melhoria do estado nutricional na saúde coletiva.

1. INTRODUÇÃO – FUNDAMNETAÇÃO TEÓRICA

Saúde Pública é o conjunto de medidas executadas pelo Estado para garantir


o bem-estar físico, mental e social da população. No Brasil, a saúde pública está
prevista na Constituição Federal como um dever do Estado (artigo 196) e como um
direito social (artigo 6º), ou seja, um direito que deve ser garantido de forma
homogênea aos indivíduos a fim de assegurar o exercício de direitos fundamentais
(TADEI, 2011).

1.1 SAÚDE COLETIVA

Após o término da Segunda Guerra Mundial foi fundada, em 1948, a


Organização Mundial da Saúde (OMS), organismo internacional iria criar uma
definição de saúde que, ao tomá-la não só como ausência de doença, mas um
completo bem-estar físico, psíquico e social, buscava superar a concepção
biomédica utilizada até então. Com o passar dos anos, novas definições foram
criadas, buscando-se alternativas tanto à concepção biomédica quanto à própria
definição da OMS (MOTA, 2019).
Nos anos 1970-80, surgiu no Brasil o movimento chamado Saúde Coletiva,
que, segundo Schraiber (2015), seria uma construção que pode ser caracterizada
como brasileira, por sua peculiaridade em entrelaçar o campo científico com a
política pela redemocratização do Estado durante a ditadura militar, culminando na
integração entre a Reforma Sanitária e a Reforma da Medicina, com base no
princípio da integralidade em saúde, incorporado pela característica da utilização em
sua construção de diversas disciplinas, mas em especial das Ciências Sociais e
Humanas e da Filosofia. Tal aspecto é reiterado tanto em Osmo e Schraiber (2015)
quanto em Paim e Almeida Filho (1998, p. 310), e apontam para a necessária
“superação do biologismo dominante, da naturalização da vida social, da sua
submissão à clínica e da sua dependência do modelo médico hegemônico”.
A Estratégia de Saúde da Família (ESF) iniciou com o Programa Saúde da
Família (PSF), concebido pelo Ministério da Saúde em 1994. Por meio dessa
estratégia, a atenção à saúde é feita por uma equipe composta por profissionais de
diferentes categorias (multidisciplinar) trabalhando de forma articulada
(interdisciplinar) que considera as pessoas como um todo, levando em conta suas
condições de trabalho, de moradia, suas relações com a família e com a
comunidade.
A ESF fundamentada nos princípios do SUS tem o objetivo de desenvolver
promoção de saúde a partir de intervenções sobre os determinantes de saúde e
doença do território de responsabilidade sanitária. O profissional de saúde inserido
na ESF não pode ter um pratica reducionista ao enfoque biológico (ANDRADE;
BARRETO; BEZERRA, 2009).
Portanto, o PSF se apresenta como uma nova forma de trabalhar a saúde, na
qual a família é o novo centro de atenção e não somente o indivíduo doente,
introduzindo nova visão no processo de intervenção em saúde em que não espera a
população chegar para ser atendida, pois age preventivamente sobre ela.

1.2 NUTRIÇÃO DA SAÚDE COLETIVA

Nutrição em Saúde Coletiva propõe-se ao estudo da complexa causalidade


dos problemas nutricionais interpretados por fatores políticos, socioeconômicos e
ambientais que por si próprios demandam novas concepções para mais além da
costumeira abordagem biológica clássica. Neste esforço coletivo, aborda diversos
temas relativos a esse campo na ótica do direito humano à alimentação e promoção
da saúde, compreendendo desde métodos qualitativos e quantitativos para o
diagnóstico.
A relação da nutrição com a prevenção, promoção e reabilitação em
saúde, principalmente quanto as morbidades mais prevalentes no Brasil, justifica a
atuação no eixo técnico de nutrição e alimentação pela ESF a fim de ampliar a
integralidade da atenção. A Nutrição se insere juntamente com essa estratégia
potencializando a capacidade da ESF em promover educação em saúde (PADUA;
BOOG, 2006).
A competência do nutricionista para integrar a equipe da ESF está
estabelecida em sua formação acadêmica, a qual o instrumentaliza a
realizar o diagnóstico nutricional da população, tornando-o, assim, o único
profissional a receber uma instrução específica que lhe permite, a partir desse
diagnóstico e da observação dos valores socioculturais, propor orientações
dietéticas cabíveis e necessárias, adequando-as aos hábitos da unidade familiar, à
cultura, às condições fisiológicas dos grupos e à disponibilidade de alimentos.
Portanto, é o profissional apto a participar efetivamente da recriação das práticas
de atenção à saúde no Brasil (DIEZ GARCIA; MEDEIROS; DOMENE,2010).

1.3 AÇÃO DESENVOLVIDA

O plano de ação realizado foi voltado para o público infantil. Utilizamos a


comemoração do dia das crianças, dia 12 de outubro, para realizarmos um “Dia das
Crianças Nutritivo”.

2. JUSTIFICATIVA

As crianças representam um grupo de grande vulnerabilidade devido ao


crescimento rápido e à imaturidade fisiológica e imunológica. A nutrição adequada
nos primeiros anos de vida é fundamental para o crescimento e o desenvolvimento
saudáveis e a inadequações no consumo de nutrientes podem comprometer o
estado nutricional e levar ao desenvolvimento de carências ou excessos nutricionais.
As doenças carências aumentam a suscetibilidade das crianças a diarreias e
infecções, além de poder comprometer a maturação do sistema nervoso, visual,
mental e intelectual. No Brasil, as deficiências de ferro e vitamina A são as carências
de micronutrientes mais observadas e representam um problema de saúde pública.
Com a transição nutricional, o sobrepeso e a obesidade, que refletem o consumo
excessivo de energia e/ou gasto energético insuficiente, têm apresentado
prevalências elevadas na população infantil brasileira (GOLDBAUM, 2012).
As práticas alimentares na infância devem ser capazes de fornecer
quantidade de alimentos suficiente e com qualidade nutricional e sanitária, a fim de
atender às necessidades nutricionais das crianças e garantir o desenvolvimento do
seu máximo potencial. A alimentação adequada na infância contribui para o
estabelecimento de hábitos alimentares saudáveis, que se refletirão não apenas em
curto prazo, mas também na vida adulta. Crianças que apresentam consumo
alimentar inadequado desde a infância tendem ao desenvolvimento precoce de
sobrepeso e obesidade, além de outras doenças crônicas associadas. Por outro
lado, crianças submetidas a práticas alimentares ideais alcançam seu
desenvolvimento normal e se tornam adultos mais saudáveis, com maior capacidade
intelectual e produtiva (COSTA, 2016).

3. OBJETIVO GERAL E ESPECIFICO

3.1 OBJETIVO GERAL


Proporcionar um dia de ensinamentos sobre uma alimentação adequada e
saudável de forma dinâmica e com brincadeiras para as crianças.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS


Descrever a importância de ter uma alimentação saudável na infância.
Discutir sobre quais alimentos são saudáveis e adequado para o consumo
nessa faixa etária.
Exemplificar os alimentos que contribuem para a manutenção da saúde.

4. METODOLOGIA
Durante o período do estágio social, que foi executado entre os dias
12/09/2022 à 27/10/2022 na Estratégia de Saúde da Família no Bairro Santa Rita em
Teixeira de Freitas, foi realizado o plano de ação que ocorreu no dia 14/10/2022, das
08:00 às 12:00, que consistiu em proporcionar um dia de brincadeiras e
ensinamentos sobre uma alimentação saudável para as crianças, pais e funcionários
da unidade, com o tema “Um dia das crianças nutritivo”.
Foram realizadas quatro atividades:
o Na palestra sobre o Guia Alimentar para a População Brasileira foi
reproduzido uma Pirâmide Alimentar (foto 5) que foi utilizada para explicar
como deve ser uma alimentação adequada. Utilizamos material em velcro na
produção da pirâmide para melhor mobilização dos alimentos contidos nela e
durante a palestra foram falados os alimentos saudáveis e alimentos que
devem ser evitados e eles foram colados na pirâmide.
o Na “Receita Saudável” foi feito o biscoito de aveia e mel com as crianças (foto
7). Foi levado os ingredientes para a receita e com a orientação necessária as
crianças fizeram a massa, o formato do biscoito e colocamos para assar na
airfryer.
o Na atividade “Adivinhando as frutas” (foto 8) teve uma variedade de frutas e
as crianças utilizaram uma venda e tinham que adivinhar a fruta que estavam
comendo.
o Na atividade “Pintando as frutas”, as crianças pintaram (foto 9) vários
desenhos de frutas impressas com pincel e tinta guache e depois foram
colocados no varal para secar e, posteriormente, levaram para casa.
Teve também a Cama elástica e o balão com doces (foto 10).
Foi feito pipoca salgada, gelatina, espetinhos de frutas diversas, torta de
frango, torta de carne e geladinho de manga. Após a realização das atividades o
lanche (foto 11) foi compartilhado e foi distribuído lembrancinhas (foto 12), um lápis
decorado com frutinhas em velcro, para as crianças.

5. RESULTADOS E DISCURSÃO

O público foi em média de 60 pessoas, entre elas crianças, pais e


funcionários. Todos se atentaram na explicação e teve boa aceitação. Durante a
ação e após a finalização, os convidados demonstraram bastante interesse e
entusiasmo ao aprender, todos mostraram ter compreendido a importância de uma
alimentação saudável. No entanto, é importante repetir essa ação mais vezes, para
que fixe melhor o conteúdo.

6. ESTUDO DE CASO

 Nome: J.B.L
 Data de nascimento: 02/10/1955
 Idade: 66 anos
 Sexo: Masculino
 Naturalidade: Teixeira de Freitas- BA
 Estado civil: Casado
 Profissão: Aposentado, antes era pedreiro.

6.1 ANAMNESE NUTRICIONAL

Paciente J. B. L. compareceu na ESF, no bairro santa Rita, no dia 13/10/2022


no período da manhã para uma consulta médica na unidade. Posteriormente foi
encaminhado para uma consulta com a Nutricionista por apresentar pressão alta.
Paciente hipertenso, deveria fazer uso da medicação losartana 50mg duas vezes ao
dia (12/12 h), hidroclorotiazida 25mg, duas vezes ao dia (12/12h) e anlodipino de
10mg, uma vez ao dia, porem relatou que não faz uso correto e diariamente das
medições. Tem histórico de tratamento de gastrite há dois anos atrás, mas relatou
sintomas de azia atualmente. Aguardava resultado de endoscopia.
Reside na cidade de Teixeira de Freitas, trabalhava como pedreiro,
atualmente é aposentado e não realiza atividade física. Foi fumante há 20 anos e
atualmente não fuma mais, é etilista e relatou que consome bebida alcoólica
diariamente, principalmente pinga.
Paciente relatou que não possui alergia medicamentosa e não possui alergia
alimentar. Tem como preferências alimentares peixe e frango e consome, em média,
dois litros de água diariamente. Em seu recordatório alimentar relatou que costuma
tomar café as 07:00 com biscoito de sal e café com leite, não realiza colação, no
almoço consome feijão, arroz, carne frita, alface, tomate e espinafre, não realiza
lanche da tarde e seu jantar é as 21:00, que normalmente é uma sopa ou o mesmo
que consumiu no almoço.

6.2 DIAGNÓSTICO CLÍNICO

Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)

6.3 REVISÃO DE LITERATURA

A HAS é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados


e sustentados de pressão arterial, ocorre quando a medida da pressão se mantém
frequentemente acima de 140 por 90 mmHg. Associa-se frequentemente a
alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e
vasos sanguíneos) e a alterações metabólicas, com consequente aumento do risco
de eventos cardiovasculares fatais e não fatais (VI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE
HIPERTENSÃO, 2010).
Os principais fatores de risco para a HAS incluem: hereditariedade, idade,
raça, obesidade, estresse, vida sedentária, álcool, sexo, anticoncepcionais e alta
ingestão de sódio. Outros fatores, tanto sociais quanto físicos, também são
destacados, não por serem causadores da HAS, mas por estarem frequentemente
associados a ela (baixo nível educacional, colesterol elevado e diabetes mellitus).
Assim, pela sua estreita correlação com estilo de vida, a HAS pode ser evitada,
minimizada ou tratada com a adoção de hábitos saudáveis e alimentação adequada
(BORGES, 2017).
O tratamento não-farmacológico da hipertensão arterial é realizado por meio
de mudanças no estilo de vida e essas mudanças podem prevenir ou retardar a
instalação de hipertensão. As principais modificações no estilo de vida que podem
reduzir a pressão arterial são a prática de atividade física e a mudança de hábitos
nutricionais. Os hábitos nutricionais devem visar à redução de sódio, porque o sódio
presente no sal retém maior quantidade de líquido e isso faz com que o volume de
fluidos nos vasos sanguíneos aumente, e ao controle de peso, pois a pressão
arterial se eleva progressivamente à medida que o índice de massa corporal (IMC)
aumenta.
O uso de bebidas alcoólicas deve ser com moderação, tendo como média
diária quantidades menores que 30 ml de etanol (720 ml de cerveja, 300 ml de vinho
ou 60 ml de uísque) ou que 15 ml, respectivamente, para os sexos masculino e
feminino. Quanto ao tabagismo, sua ação hipertensiva se deve ao aumento agudo
da pressão arterial e da frequência cardíaca, mediado pela nicotina, que promove a
liberação de catecolaminas (BORGES; GRAVINA, 2017).
A recomendação geral de dieta para controle de hipertensão baseia-se numa
dieta rica em frutas, vegetais, fibras e pobre em gordura saturada, colesterol e
calorias, além da utilização de produtos derivados do leite com baixo teor de gordura
(BORGES; GRESPAN, 2017). Porém, para controle especifico de cada caso, é
necessário um acompanhamento nutricional periodicamente.

6.4 INTERAÇÃO DROGA NUTRIENTE

A interação droga-nutriente é definida como uma alteração da cinética ou


dinâmica de um medicamento como resultado da ingestão de algum alimento, como
também causando uma implicação do estado nutricional quando administrado um
medicamento. As interações entre nutrientes e fármacos podem alterar a
disponibilidade, a ação ou a toxicidade de uma destas substâncias ou de ambas
(BRUNTON; PARKER, 2008).
Os medicamentos utilizados por pessoas idosas podem ser mais ou menos
absorvidos, de acordo com seu estado nutricional, ou com as condições de
consumo, ou seja, se estes medicamentos estão associados ou não às refeições. O
uso de anti-hipertensivos debilita diversos nutrientes, tais como: folato, vitamina B12,
vitamina D, ferro, sódio, cálcio, entre outros.
A losartana pode ser ingerida sem considerar a alimentação, pois não tem
intereção com o alimento.
A interação com o hidroclorotiazida necessita de precaução com suplemento
ou alta ingestão de cálcio ou vitamina D, pelo risco de hipercalcemia, e o potássio e
o magnésio da dieta deve ser aumentado, pois pode haver risco da diminuição
desses níveis no sangue.
A interação com o anlodipino apresenta diminuição nos valores de potássio,
cálcio e vitamina D.

6.5 EXAME FÍSICO

Paciente deambulando, verbalizando, apresentando calvície, corado,


hidratado, anictérico, com dentição completa, abdome globoso, membros superiores
presentes, unhas com características normais, habito intestinal frequente, sendo
duas vezes ao dia (segundo informações colhidas) e membros inferiores
preservados e sem edema.

Sinais vitais:
o Pressão arterial (PA): 160 X 100mmhg
o Hemoglicoteste (HGT): 171 mg/dl

6.6 MEDIDAS E AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICAS

o Peso: 85 kg
o Altura: 175 cm
o IMC: 27,77 kg/m2 - Sobrepeso
o Circunferência da cintura: 103 cm – Risco de morbidade muito aumentado
o Circunferência do abdominal: 100 cm – Risco aumentado para complicações
metabólicas
o Circunferência do braço: 35 cm – Sobrepeso

6.7 DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL


Sobrepeso, segundo resultado do IMC e da adequação da circunferência do
braço. Apresenta risco aumentado para desenvolvimento de morbidade e para
complicações metabólicas.

7.7 NECESSIDADES ENERGÉTICAS E DISTRIBUIÇÃO DOS


MACRONUTRIENTES

Foi utilizado a fórmula de FAO (2004) para realizar os cálculos das


necessidades energéticas (foto 14).
TMB: 1583,13 kcal/dia
GET:2453,85 kcal/dia. -10 % (para emagrecimento): 2208,kcal/dia.

Distribuição dos macronutrientes (foto 15)


Carboidrato 60%: 1324,8 kcal/dia – 331,2 g
Proteína 20%: 441,6 kcal/dia – 110,4 g
Lipídeo 20%: 441,6 kcal/dia – 49,06 g

7.8 PRESCRIÇÃO DIETÉTICA NORTEADORA DO PLANO ALIMENTAR

Dieta de consistência normal, via oral, com seis refeições por dia,
normocalórica com 2208 kcal/dia, atingindo 2205 kcal/dia, normoglicidica,
normolipidica, normoproteíca, hipossódica, com fibras e com ingestão hídrica de 2
litros e 550 ml de água por dia, visando a perda de peso para proporcionar
umaqualidade de vida melhor e ofertar uma alimentação adequada que irá suprir as
necessidades diária e controlar a pressão arterial.
A Organização Mundial da Saúde recomenda um consumo máximo de
2000mg (2g) de sódio por pessoa ao dia, o que equivale a 5g de sal, associados a
uma alimentação baseada em frutas, verduras e legumes, cereais integrais,
leguminosas, leites e derivados desnatados, quantidade reduzida de gorduras e
colesterol de uma maneira geral, pode ser capaz de reduzir a pressão arterial em
indivíduos hipertensos.
7.9 PLANO ALIMENTAR

06: 30 – Café da manhã 09:30 – Colação

Café com leite: 1 caneca (300ml)


Manga: 1 unidade (140g)

Pão francês: 1 unidade (50g)


Água de coco: 1 copo americano
(200ml)

Ovo mexido: 1 unidade (45g)

Mamão: 1 unidade (310g)

Aveia em flocos: 3 colheres de sopa (45g)

Utilizar a frigideira antiaderente para fazer o


ovo.

12:30 - Almoço
15:00 - Lanche

Arroz branco cozido: 2 colheres de servir


(90g) Café com leite: 1 copo americano
(200ml)
Feijão carioca cozido: 2 conchas (130g)
Banana da terra cozida: 4 pedaços
(64g)

Frango em pedaços cozido: 2 colheres de


servir (80g) Queijo ricota: 2 fatias (40g)

Chuchu com ovo: 1 colher de servir (40g)

Tomate: 2 fatias média (30g)

Alface: 1 folha (20g)

Cenoura ralada: 3 colheres de sopa (36g)

Azeite de oliva extra virgem: 1 colher de


sobremesa (5,2ml)

Laranja: 1 unidade

Temperar a salada crua de tomate, alface e cenoura


com o azeite de oliva extra virgem. Consumir a
laranja após a refeição.

18:00 – Jantar
21:30 – Ceia

Arroz branco cozido: 1 colher de servir (45g) Iogurte: 1 copo americano (200ml)

Feijão carioca cozido: 2 conchas (130g) Torrada integral: 3 unidades (30g)

Frango em pedaços cozido: 2 colheres de Maça: 1 unidade (80g)


servir (80g)
Purê misto de abobora e batata inglesa: 2
colheres de servir (130g)

Espinafre cru: 2 colheres de sopa (30g)

Tomate em cubos: 2 colheres de sopa (30g)

Azeite de oliva extra virgem: 1 colher de


sobremesa (5,2ml)

7.10 ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS

Não ficar muito tempo sem se alimentar, faça de 5 a 6 refeições por


dia, isso é importante para o emagrecimento e para evitar o surgimento de
outras doenças;
Ingerir pelo menos 2 litros e 550 ml de água diariamente,
fracionando os horários, utilizar uma garrafinha é o ideal para lembrar;
Fracionar os horários de ingestão de água dando preferência pela
manhã, antes das refeições e antes e depois de se exercitar;
Evitar alimentos ultraprocessados, como refrigerantes, miojo,
presunto, sopas preparadas, biscoito recheado e temperos prontos como
sazon pois contem muito sódio;
Reduzir a quantidade de sal na preparação das refeições;
Evitar o consumo diariamente de lanches, hamburguer e pizzas por
serem alimentos que contem bacon e embutidos como linguiça e
apresentam muito sódio;
Evitar o consumo de bebidas alcóolicas, excesso de café, alimentos
gordurosos e pimenta porque podem provocar azia;
Preferir temperos naturais para preparações, como cebola, alho,
coentro, salsa, etc;
Ir, periodicamente ao médico para manter o controle da pressão
arterial;
Ter uma boa noite de sono, dormir cerca de 7 ou 8 horas de sono
por dia;
Tomar o remédio prescrito diariamente ou conforme a orientação
médica; e
Iniciar um exercício físico. Procurar um profissional na área para
auxiliar.

8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio acadêmico na ESF-Santa Rita, teve como objetivos a consolidação


e aplicação dos conhecimentos adquiridos durante o curso e a aquisição de novos
conhecimentos ao nível da saúde coletiva. Foram desenvolvidas competências nas
diferentes patologias a nível de nutrição, atendimento ao público com avaliação do
estado nutricional, cálculos das necessidades nutricionais, avaliação antropométrica,
orientações necessárias para cada paciente e desenvolvimento do plano nutricional
adequado ao paciente.
Foi realizado atendimentos nutricionais na unidade diariamente e após os
atendimentos era feito evolução no prontuário dos pacientes e foi preenchido uma
ficha de atendimento nutricional (foto19) para controle da quantidade de pacientes
que eram atendidos. Foi feito sala de espera (foto 20) com diversos tem como: “10
passos para uma alimentação saudável”, “controle da pressão arterial”, “nutrição e a
saúde do intestino”, “diabetes e alimentação”, “colesterol e triglicerídeos”, lanches
rápidos e saudáveis”, etc (foto 21).
O segundo plano de ação que foi executado foi sobre a “Alimentação na
Gestação” (foto 22), foi elaborado um slide explicativo sobre o tema onde foi
abordado sobre como deve ser a alimentação nesse período, sobre as vitaminas e
minerais importante nesse período, sobre o efeito do café e do chá na absorção dos
nutrientes da gestante e sobre os alimentos que auxiliam nos sintomas de enjoou
que normalmente acomete o primeiro trimestre, Posteriormente foi compartilhado um
lanche que foi sanduiche natural de frango, salada de fruta e suco de abacaxi. Foi
também distribuído uma lembrancinha que foi chá de camomila.
Era elaborado semanalmente um relatório (foto 24), onde era explicado a
rotina, as atividades feitas, os atendimentos e as etapas da formulação do TCE.
O paciente escolhido para o caso clinico não retornou com quinze dias para o
retorno, mas com uma semana retornou na unidade para consulta com o dentista e
relatou que estava seguindo o plano alimentar e conseguindo se alimentar em todos
os horários, ainda falou que sua esposa estava conseguindo preparar as refeições e
que ainda estava seguindo junto com ele. Falou também que havia diminuído a
frequência do consumo de bebida alcóolica e que estava tomando o remédio para a
hipertensão diariamente, pois estava preocupado com a saúde e queria realmente
mudar.
Foram realizados, no total, 40 atendimentos nutricionais, dois planos de ação,
uma participação na comemoração da campanha outubro rosa da unidade e
algumas visitas domiciliar.

9 REFERÊNCIAS

APOSTILA DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL. Primeira Edição. PUC- Pontifícia


Universidade Católica de São Paulo, Goiânia, Goiás, 2013.

BOSE, Maria Lúcia Magalhães. Alimentação e Nutrição em Saúde Coletiva:


constituição, contornos e estatuto científico. Ciência & Saúde Coletiva, São Paulo,
SP, v. 16, n. 1, pp. 7-17, outubro de 2022.

CARVALHO, Carolina Abreu. Consumo alimentar e adequação nutricional em


crianças brasileiras: revisão sistemática. Revista Paulista de Pediatria, Viçosa, MG,
março de 2015.
GRAVINA, Claudia F; GRESPAN, Stela Maris; BORGES, Jairo L. Tratamento não-
medicamentoso da hipertensão do idoso. Revista Brasileira de Hipertensão, São
Paulo, SP, vol.14(1): 33-36, 2007.

SANTOS, Amaryanne Karolynne; CRUZ, Jailton Morais. Principais interações dos


anti-hipertensivos e alimento e nutriente. Conbracis, Campina Grande, PB, abril de
2014.

SILVA, Giselia A.P; COSTA, Carla A. O Alimentação infantil: além dos aspectos
nutricionai. Jornal de Pediatria, Rio de Janeiro, RJ, v. 92, n. 3, 2016.

TADDEI,José Augusto; LANG, Regina Maria Ferreira; e SILVA, Giovana Longo.


Nutrição em Saúde Pública. Editora Rubio Ltda, São Paulo, SP, edição nº 4, 2011.

VI DIRETRIZES Brasileiras de Hipertensão. Sociedade Brasileira de Cardiologia /


Sociedade Brasileira de Hipertensão / Sociedade Brasileira de Nefrologia. Arq Bras
Cardiol, São Paulo, SP n. 95, supl.1, p. 1-51, 2010.

10 ANEXOS E APÊNDICES

Foto 1 – ESF Santa Rita e equipe multifuncional da unidade

Fonte: arquivo pessoal.

Foto 2 – Grupo do estágio Social e a preceptora Sue Ellen


Fonte: arquivo pessoal.

Foto 3 – Plano de ação: “Dia das Crianças Nutritivo” - Painel decorativo e


mesa de lanches

Fonte: arquivo pessoal.

Foto 4 – Plano de ação: “Dia das crianças nutritivo” - Grupo de estágio


Fonte: arquivo pessoal.
Foto 5 – Plano de ação: “Dia das crianças nutritivo” - Guia Alimentar em forma
de Pirâmide

Fonte: arquivo
pessoal.

Foto 6 – Plano de ação: “Dia das crianças Nutritivo” – Palestra sobre o Guia
Alimentar para as crianças
Fonte: arquivo pessoal.

Foto 7 – Plano de ação: “Dia das crianças nutritivo” – Receita com as crianças

Fonte: arquivo pessoal.

Foto 8 – Plano de ação: “Dia das crianças nutritivo – Adivinhando as frutas


Fonte: arquivo pessoal.
Foto 9 – Plano de ação: “Dia das crianças nutritivo – Pintando as frutas

Fonte: arquivo pessoal.

Foto 10 – Plano de ação: “Dia das crianças nutritivo – Cama elástica e balão
com doces
Fonte: arquivo pessoal.

Foto 11 – Plano de ação: “Dia das crianças nutritivo” – Lanches (geladinho de


manga e torta de frango e carne

Fonte: arquivo pessoal.


Foto 12 – Plano de ação: “Dia das crianças nutritivo – lanches (frutas diversas
e espetinho de frutas)

Fonte: arquivo pessoal.

Foto 13 – Atendimento Nutricional


Fonte: arquivo pessoal.

Foto 14 – Cálculos (IMC, adequação da CB, GET pela formula de FAO 2004 e
necessidade hídrica para idoso)

Fonte: arquivo pessoal.


Foto 15 – Cálculos da distribuição dos macronutrientes

Fonte: arquivo pessoal.

Foto 16 – Loga utilizada na elaboração dos planos alimentares


Fonte: arquivo pessoal.
Foto 17 – Anamnese Nutricional utilizada nos atendimentos
Fonte: arquivo pessoal.

Foto 18 – Distribuição dos macronutrientes e dos micronutrientes atingido

Fonte: arquivo pessoal.


Foto 19 – Ficha de atendimento individual preenchida

Fonte: arquivo pessoal.

Foto 20 – Sala de espera


Fonte: arquivo pessoal.

Foto 21 – Panfletos elaborados para a Sala de Espera


Fonte: arquivo pessoal.

Foto 22 – Plano de ação: “Alimentação na gestação”- Palestra e lembrança

Fonte: arquivo pessoal.


Foto 23 – Plano de ação: “Alimentação na gestação – Início e término da
palestra

Fonte: arquivo pessoal.


Foto 24 – Relatórios semanais
1ª Semana
2ª Semana
3ª Semana
4ª Semana
5ª Semana
6ª Semana
7ª Semana
Fonte: arquivo pessoal.

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