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Instituto Politécnico Planalto

Curso: Enfermagem de Saúde Materno Infantil


Turma: ESMI 33 Sala: 10
Trabalho de Nutrição

Tema: Necessidades nutricionais nas crianças de acordo com a faixa etária

Chimoio, Fevereiro de 2023


Instituto Politécnico Planalto
Curso: Enfermagem de Saúde Materno Infantil
Turma: ESMI 33 Sala: 10
Trabalho de Nutrição

Tema: Necessidades nutricionais nas crianças de acordo com a faixa etária

Formandas:
Argentina José Manuel
Elsa António Manera
Esperança Caetano
Matilde Manuel Lavo
Rosa Domingos António
O presente trabalho de investigação Cientifica
serà entregue e apresentado no Instituto
Politécnico Planalto, no Curso de
Enfermagem de Saúde Materno Infantil, na
disciplina de Nutrição.
Docente: dr. José de Araújo

Chimoio, Fevereiro de 2023


Índice

1. Introdução...............................................................................................................................2

1.1. Objectivos............................................................................................................................3

1.1.1. Geral..................................................................................................................................3

1.1.2. Específicos........................................................................................................................3

2. Metodologia............................................................................................................................4

3. Necessidades nutricionais.......................................................................................................5

3.1. Conceito dos termos.............................................................................................................5

3.2. Necessidades nutricionais nas crianças de acordo faixa etária............................................5

3.2.1. Alimentação na Infância: nutrientes necessárias..............................................................6

3.2.2. Aleitamento materno e as normas no país........................................................................8

3.2.2.1. Política Nacional de Promoção ao Aleitamento Materno..............................................9

3.2.3. Importância do Aleitamento Materno...............................................................................9

4. Desmame precoce.................................................................................................................10

4.1. Factores que podem influenciar o desmame precoce........................................................10

4.2. Causas do desmame precoce..............................................................................................11

4.3. Consequências do desmame precoce.................................................................................12

5. Considerações finais.............................................................................................................13

6. Referências bibliográficas.....................................................................................................14
1. Introdução

As ciências da nutrição estão em permanente evolução e em áreas sensíveis como a saúde das
crianças mais pequenas, onde a alimentação é um determinante essencial do desenvolvimento
saudável. Várias são as dificuldades encontradas pelas mães quando estão amamentando e que
se não forem bem orientadas podem levá-las a desmamar seus bebés.

O comportamento alimentar da criança é influenciado pelo ambiente familiar, principalmente


pela figura materna.

N esse contexto, o presente trabalho fala sobre as necessidade nutricionais nas crianças diante
da mulher, para amamentar e tornando-se preciso reconhecer que, por ser uma prática
complexa, não se deve reduzir apenas aos aspectos biológicos, mas incluir a valorização dos
factores psicológicos e socioculturais.

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1.1. Objectivos

1.1.1. Geral

 Estudar a necessidades nutricionais nas crianças.

1.1.2. Específicos

 Identificar os nutrientes necessários de acordo coma faixa etária;


 Descrever as normas de aleitamento materno em Moçambique;
 Descrever as causas e consequências do desmame precoce.

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2. Metodologia

O presente trabalho foi realizado com base na revisão bibliográfica de diversos periódicos
científicos nacionais e internacionais, que continham artigos relacionados ao tema.

O presente estudo deu-se início com a pesquisa no site da Biblioteca Virtual em Saúde sobre
os Descritores em Ciências da Saúde. Os meios utilizados para o levantamento da revisão de
literatura foram as bases de periódicos: SCIELO (Scientific Electronic Library Online),
Google Académico, Lilacs, Medline e Portal Capes de Periódicos que permitem acesso a
artigos publicados em periódicos indexados com rigor científico.

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3. Necessidades nutricionais

3.1. Conceito dos termos

Alimentos são todas as substâncias sólidas e líquidas que, levadas ao tubo digestivo, são
degradadas e depois usadas para formar e/ou manter os tecidos do corpo, regular processos
orgânicos e fornecer energia.
Nutrientes são todas as substâncias químicas que fazem parte dos alimentos e que são
absorvidas pelo organismo, sendo indispensáveis para o seu funcionamento.

Os macronutrientes são os nutrientes dos quais o organismo precisa em grandes quantidades e


que são amplamente encontrados nos alimentos. São especificamente os carboidratos, as
gorduras e as proteínas.

As proteínas são componentes necessários para o crescimento, construção e reparação dos


tecidos do nosso corpo.

3.2. Necessidades nutricionais nas crianças de acordo faixa etária

Na sociedade actual, onde muito frequentemente assistimos a erros nutricionais associados a


excesso, por vezes, existem situações de carência nutricional resultantes de alimentações
muito restritivas.

O organismo precisa de quantidades muito pequenas de vitaminas para realizar as suas


funções vitais. A suplementação alimentar é necessária, tendo uma alimentação equilibrada,
isto é, saudável, para conseguir uma quantidade adequada de todas as vitaminas para todas as
faixa etária, (CERESER, (2015).

A alimentação é determinante para a sobrevivência de uma espécie. Na espécie humana, está


provada uma forte associação entre a sua adequação e o crescimento, o desenvolvimento e a
expressão do binómio saúde/doença ao longo da vida, (LANIGAN, 2009; KOLETZKO,
2017).

Efectivamente, os primeiros meses/anos de vida são determinantes não apenas para a


aquisição e sedimentação de hábitos alimentares saudáveis, mas também na expressão
máxima do potencial individual de crescimento e de desenvolvimento neurocognitivo e ainda
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na modulação individual do risco de doenças crónicas do adulto, nomeadamente das doenças
infecciosas, cardiovascular, diabetes e cancro, entre outras (GRUSZFELD, 2013;
ZALEWSKI, 2017)

3.2.1. Alimentação na Infância: nutrientes necessárias

O crescimento e o desenvolvimento são fenómenos biológicos básicos que caracterizam a


idade pediátrica. Têm uma abrangência multissectorial e estão fortemente associados a
aspectos socioeconómicos, biológicos e ambientais. Um perfil saudável de crescimento e
desenvolvimento é dos melhores indicadores do estado de saúde da criança (BIER, 2008).

A falta ou o excesso de alimentos, na infância, podem causar doenças nutricionais como


desnutrição, anemia, raquitismo, hipovitaminoses e obesidade. Importante ressaltar, que a
obesidade infantil é uma doença de consequências graves, podendo causar problemas na
coluna e nas articulações; diabetes ao atingir a idade adulta; e, ainda, interferir na auto-estima
da criança. Além do que, o consumo exagerado de refrigerantes, balas, doces e frituras causa
acúmulo de sal, gordura e açúcar no organismo e pode ser responsável por colesterol alto,
mau rendimento escolar e maior risco de contrair doenças.

De acordo com CORSO (2016), Uma alimentação variada é bem colorida! Todo dia um novo
alimento de cada grupo deverá ser escolhido para compor a papinha. Os profissionais
aconselham a dar duas frutas diferentes por dia, especialmente as amarelas ou alaranjadas que
são ricas em Vitamina A. Para ter uma papinha completa, é preciso ter cinco tipos de
alimentos:
 Proteínas: carne, frango, peixe, fígado, ovo.
 Carboidratos: batata, mandioca, mandioca, inhame, macarrão, arroz.
 Leguminosas: feijão, grão-de-bico, lentilha, ervilha.
 Legumes: beterraba, beringela, abóbora, cenoura.
 Verduras: espinafre, couve, e repolho.

1. De 0 a 6 meses
Segundo orientação da MISAU (2019), até os seis meses apenas o leite materno exclusivo.
Ele é suficiente para garantir a alimentação completa do bebe e também proporcionar
benefícios às mães, pois:
 Atende todas as necessidades de nutrientes e sais minerais do bebé;

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 Previne a anemia e provoca menos cólicas no bebé;
 O leite materno contém uma molécula que protege e repara o intestino sensível dos recém-
nascidos;
 A sucção auxilia no desenvolvimento dos dentes do bebé;
 Reduz o risco de infecções e de câncer de mama;
 Auxilia na formação do sistema imunológico da criança, prevenindo obesidade, alergias,
entre outros.
A partir dos seis meses o bebé está pronto para receber, de forma lenta e em pequenas
porções, alimentos complementares: papas de legumes, verduras, carnes e cereais; papas de
frutas; água e sucos de frutas. Mas o leite materno deve continuar até o segundo ano de vida
do bebé.

2. De 1 e 6 anos
Entre 1 e 6 anos, é a fase muito importante para formação do hábito alimentar, pois a criança
já consome a mesma alimentação da família. A alimentação deve ser distribuída em 5 ou 6
refeições (pequeno almoço, lanche, almoço, lanche da tarde e jantar). As refeições devem ser
oferecidas em pequenas porções e ter uma preocupação maior com a qualidade, para evitar
carências nutricionais. Alguns nutrientes são fundamentais para crianças de 1 a 6 anos, como:
 Ferro: carne vermelha e gema de ovo;
 Cálcio: leite, queijos, iogurte e vegetais verde escuros;
 Zinco: carne vermelha;
 Vitamina A: cenoura, beterraba, batata e mamão;
 Vitamina D: carnes em geral e peixes.

3. De 6 e 10 anos
Entre 6 e 10 anos é a fase caracterizada por maior actividade física, ritmo de crescimento mais
lento em relação à altura, mas com predomínio do ganho de peso. Resumidamente, as
directrizes gerais para alimentação nesta fase são:
Ingestão de nutrientes em quantidade e qualidade adequadas ao crescimento e
desenvolvimento desta faixa etária. A alimentação variada, que inclua todos os grupos
alimentares (grãos, frutas, hortaliças, leite e derivados e carnes).

Nível da Grupo alimentar 6 a 11 meses 1 a 3 anos Pré-escolar Adolescentes


pirâmide
1 Cereais, pães, 3 5 5 5a9

7
tubérculos e raízes
2 Verdura e legumes 3 3 3 4a5
Frutas 3 4 3 4a5
3 Leites, queijo e Leite materno 3 3 3
iogurtes exclusivo
Carne e ovos 2 2 2 1a2
Feijão 1 1 1 1
4 Óleos e gordura 2 2 1 1a2
Açúcar e doces 0 1 1 1a2

3.2.2. Aleitamento materno e as normas no país

Em Moçambique, embora as taxas de aleitamento materno sejam boas, a amamentação


exclusiva nos primeiros seis meses ainda constitui um desafio, tal como indica o Relatório
Anual de Moçambique (2016) produzido pela UNICEF.  “As mães muitas vezes amamentam
enquanto caminham ou estão a fazer trabalhos domésticos, e o bebé não consegue alimentar-
se devidamente. Quando o bebé chora, a avó diz tratar-se de fome e recomenda que se dê
xima (farinha de milho) ao bebé, que tem menos de seis meses”, lê-se no documento, que cita
a Directora de nutrição do Ministério da Saúde, em Tete.

O leite materno é a principal fonte de alimento das crianças, sendo essencial para o
crescimento e desenvolvimento em seus primeiros anos de vida. Produzido naturalmente pelo
corpo da mulher, ele possui anticorpos e outras substâncias que protegem a criança de
infecções comuns, como diarreias, infecções respiratórias, otites, entre outras (MISAU, 2019).
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O leite humano é composto de nutrientes em quantidade exacta para o desenvolvimento do
cérebro humano, diferentemente do leite produzido por outros mamíferos. Estabelece perfeita
afinidade nutricional e também exerce açCão imunológica ao bebé (CUNHA; SIQUEIRA,
2016).

Ao se alimentar directamente no peito, a criança recebe vários estímulos que a ajudam a se


desenvolver, como cheiro, sons, toques, olho no olho e a troca de calor, em um contacto
íntimo entre mãe e bebé. Logo, a amamentação é muito importante tanto para as necessidades
físicas da criança quanto para estabelecimento de laços afectivos (MISAU, 2012).

A amamentação é importante para o bebé, tanto na área física quanto psíquica, possibilitando
maior vínculo afectivo entre mãe e filho, bem como fortalece em relação a um possível
surgimento de doenças, garantindo assim que futuramente possam desfrutar dos benefícios
dessa prática (ALMADA e FERNANDES, 2019).

A continuidade da amamentação após os seis meses de vida caracteriza-se benéfica em razão


dos vários factores imunológicos presentes no leite materno que protegem a criança contra
infecções, além de conter gorduras que auxiliam no ganho de peso corporal de forma
saudável.

3.2.2.1. Política Nacional de Promoção ao Aleitamento Materno

Vários estudos sugerem que a duração da amamentação na espécie humana seja, em média, de
dois a três anos, idade em que costuma ocorrer o desmame naturalmente (KENNEDY, 2005).

Os alimentos complementares quando introduzidos precocemente na dieta da criança


diminuem a duração do aleitamento materno, interfere na absorção de nutrientes importantes,
como o ferro, reduz a eficácia da lactação no intervalo intergestacional e aumenta a
morbimortalidade infantil (MURARI et al., 2021).

Nesse sentido, A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde


recomendam aleitamento materno exclusivo aconteça por seis meses e forma complementar
até os dois anos ou mais (SANTOS et al., 2018).

3.2.3. Importância do Aleitamento Materno

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O leite materno alimenta o desenvolvimento cerebral, protege contra doenças e afecções e
prepara a criança para uma melhor saúde e um futuro mais próspero. Como primeira vacina
de um bebé, o colostro que é o primeiro leite que a mãe produz, quando começa a amamentar,
impulsiona e reforça o sistema imunitário da criança. O colostro tem um enorme impacto na
prevenção de doenças como a diarreia e a pneumonia.

 Evita mortes infantis


 Evita diarreia
 Evita infecção respiratória
 Diminui o risco de alergias
 Diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes
 Reduz a chance de obesidade
 Melhor nutrição
 Efeito positivo na inteligência
 Melhor desenvolvimento da cavidade bucal
 Protecção contra câncer de mama
 Evita nova gravidez
 Promoção do vínculo afectivo entre mãe e filho
 Melhor qualidade de vida

4. Desmame precoce

De acordo com o Inquérito dos Indicadores Multiplos (2008), aproximadamente dois terços
dos recém-nascidos foram amamentados dentro do período recomendado (na primeira hora
após o nascimento) e cerca de 90% foram amamentados no primeiro dia de vida. Porém,
apenas 37% recebeu aleitamento materno exclusivo durante os primeiros seis meses de vida,
como é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A duração do aleitamento
materno diminuiu de uma média de 22 meses em 2003 para 18 em 2008 (sendo 19 meses nas
áreas rurais e 18 nas urbanas) encontrando-se muito abaixo de 24 meses ou mais
recomendados.

O desmame precoce ainda é um factor preocupante, tornando-se importante intervir na


realidade das gestantes e puérperas o mais cedo possível a fim de evitar mortalidades e
morbidades, e nesse sentido, cabe ao profissional de saúde, como o enfermeiro, promover,
apoiar e incentivar a prática do aleitamento materno exclusivo. Também ainda é um problema
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bastante comum e é definido como o abandono, total ou parcial, do aleitamento materno antes
de o bebé completar seis meses de vida cujas causas podem estar associadas à cultura, estilo
de vida e influência da sociedade (ALMADA; FERNANDES, 2019).

4.1. Factores que podem influenciar o desmame precoce

Uma das causas que levam ao desmame precoce justificada pelas mães para a introdução de
outros leites na alimentação dos filhos é a percepção de quantidade insuficiente e da baixa
qualidade do leite materno, assim como também pelo desejo ou interferências familiares
(MURARI et al., 2021).

Diversos factores podem interferir na duração da amamentação exclusiva, como o tabagismo


materno apontado como um factor de risco. O acto de fumar é reconhecido por muitas mães
tabagistas como sendo um risco para seus bebés, entretanto, em geral se sentem pouco
encorajadas a abandonar a prática (MONTEIRO et al., 2020).

De acordo com PERES et al. (2021), outro motivo que leva ao desmame precoce é o trabalho
materno, que actua como uma barreira na duração da prática, visto que o período de licença
maternidade é curto, nem sempre as empresas liberam as mães para amamentarem seus filhos
e que muitas mães são baixa renda e necessitam de retornarem as actividades laborais para seu
sustento.

De acordo com ALVARENGA et al. (2017), outro motivo que leva a interrupção da
amamentação são os problemas biológicos relacionados a mãe, como: ingurgitamento
mamário, dor/trauma mamilar, infecção mamilar por Staphylococcus aureus, Candidíase,
bloqueio de ductos lactíferos, mastite, abscesso mamário e produção insuficiente de
leite. E aos recém-nascidos, que apresentam disfunções orais durante a mamada, algumas
características particulares anatômicas que atrapalham o encaixe adequado entre a boca do
bebé e o peito.
Outro motivo das mães nessa faixa etária desmamarem precocemente seus filhos está
relacionado a necessidade de retorno às actividades ocupacionais e também pelo fato do
ambiente de trabalho não possuir ambiente adequado para amamentação, trazendo muitas
vezes constrangimentos (SANTOS et al., 2021).

4.2. Causas do desmame precoce

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Segundo PERES e PEGORARO, (2014), as razões que levar ao desmame prematuro são:
deficiência orgânica da mãe, nível socioeconómico, mudanças na estrutura familiar, algum
problema com o bebé, grau de escolaridade, urbanização, idade materna, trabalho materno e
desinteresse da mãe em amamentar.

Como diz FEITOSA; SILVA e SILVA (2020) e ALVERANGA et al. (2017) constatam que o
desmame precoce traz consequências na vida em geral da criança, estando associada a
exposição a infecções principalmente a HIV/SIDA, gastrointestinais, tuberculose, e sérios
problemas de digestão, visto que o corpo humano produz enzimas próprias para quebra do
leite materno e não para leite de vaca, o colostro, por exemplo, é necessário para a absorção
dos nutrientes e criação da primeira protecção da criança. Além dos órgãos motores serem
estimulados pela sucção, com essa falta, a criança está susceptível aos problemas
respiratórios, deglutição e mau desenvolvimento dos lábios e dentes, com isso, trazendo atraso
a maturação facial. Até mesmo o sono é afectado, visto que os harmónios necessários como
melatonina e semitónica são encontrados na troca mãe-bebé.

4.3. Consequências do desmame precoce

Actualmente, há evidências de que a alimentação inadequada durante a primeira infância traz


consequências importantes na condição de saúde a longo prazo, podendo ser um dos factores
que justifica o aparecimento das doenças crónicas na idade adulta. As consequências
negativas do desmame precoce representam um grave problema de saúde colectiva. Bebés que
são alimentados com Substitutos do Leite Materno, como fórmulas infantis, correm maior
risco de doença, desnutrição e até morte, especialmente nos ambientes actuais aos quais as
populações estão agora expostas nos centros de acomodação. Ausência de amamentação tem
com as consequências potencialmente danosas à saúde do bebé, tais como a exposição
precoce a agentes infecciosos, contacto com proteínas estranhas e prejuízos ao processo de
digestão. (PEDROSO; PUCCINI; SILVA; SILVA E ALVES, 2004)

Para BUENO (2013), o desmame precoce tem como consequência à saúde da criança, como a
obesidade na criança, alergias, doenças crónicas, aumenta o risco de doenças diarreicas,
desnutrição, diminuição do ritmo de crescimento e estabelecimentos de hábitos alimentares
inadequados, franco desenvolvimento intelectual.

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5. Considerações finais

Feito o trabalho, percebe-se que a alimentação e nutrição adequadas são requisitos essenciais
para o crescimento e desenvolvimento de todas as crianças. Todos os nutrientes (macro e
micronutrientes) são essenciais e cada um deles apresenta um papel fundamental para o
organismo. Assim, nenhum nutriente é mais ou menos importante que o outro. Todos eles são
necessários para garantir a nossa saúde.

Contudo, é um processo que envolve interacção profunda entre mãe e filho, com repercussões
no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de infecções, em sua
fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional, além de ter implicações na saúde
física e psíquica da mãe.

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6. Referências bibliográficas

ALMADA, J. N. A.; FERNANDES, L. A. F. Saúde de crianças de até 2 anos que passaram


por desmame precoce. Rev. Cient. Sena Aires, v. 8, n. 1, p. 62-70, 2019.

ALVARENGA, S. C. et al. Factores que influenciam o desmame precoce. Aquichan, v. 17, n.


1 p. 93-103, 2017.

BATISTA FILHO, M.; RISSIN, A. A transição nutricional: tendências regionais e temporais.


Caderno de Saúde Pública, [S.l.], v. 19, n. 1, p. 181S-91S, 2003.

BIER DM. Growth in the first two years of life. Nestle Nutr Workshop Ser Pediatr Program.
2008.

BUENO, K. C. V. N. A importância do aleitamento materno exclusivo até os seis mesesde


idade para a promoção de saúde da mãe e do bebé. Minas Gerais. 2013.

CERESER, N. D. l. Botulismo de origem alimentar. Ciência Rural, [S.l.], v. 38, n. 1,. 2015.

CORSO, A. C. T. et al. Sobrepeso em crianças menores de seis anos de idade em


Florianópolis, SC. Revista de Nutrição, [S.l.], v. 16, n. 1, p. 21-8, 2003

CUNHA, E. C.; SIQUEIRA, H. C. H. Aleitamento Materno: Contribuições da Enfermagem.


Ensaios. Cienc. Biol. Agrar. Saúde, v. 20, n. 2, p. 86-92, 2016.

FEITOSA, Maria Eduarda Barradas; SILVA, Silvia Emanuelle Oliveira da; SILVA, Luciane
Lima da. Aleitamento materno: causas e consequências do desmame precoce. Research,
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MISAU (Ministério da Saúde). Aleitamento materno: Causas e impactos. Conferencia


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14
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exclusivo em prematuros. Arq. Catarin. Medicina, v. 49, n. 1, p. 50-65 2020.

MURARI, C. P. C. et al. Introdução precoce da alimentação complementar infantil:


comparando mães adolescentes e adultas. Acta Paul. Enfermagem, v. 34, p. 1-9, 2021.

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PERES, P. L. P.; PEGORARO, O. A. Condições desiguais como causas para a interrupçãodo


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