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Formandas:
Argentina José Manuel
Elsa António Manera
Esperança Caetano
Matilde Manuel Lavo
Rosa Domingos António
O presente trabalho de investigação Cientifica
serà entregue e apresentado no Instituto
Politécnico Planalto, no Curso de
Enfermagem de Saúde Materno Infantil, na
disciplina de Nutrição.
Docente: dr. José de Araújo
1. Introdução...............................................................................................................................2
1.1. Objectivos............................................................................................................................3
1.1.1. Geral..................................................................................................................................3
1.1.2. Específicos........................................................................................................................3
2. Metodologia............................................................................................................................4
3. Necessidades nutricionais.......................................................................................................5
4. Desmame precoce.................................................................................................................10
5. Considerações finais.............................................................................................................13
6. Referências bibliográficas.....................................................................................................14
1. Introdução
As ciências da nutrição estão em permanente evolução e em áreas sensíveis como a saúde das
crianças mais pequenas, onde a alimentação é um determinante essencial do desenvolvimento
saudável. Várias são as dificuldades encontradas pelas mães quando estão amamentando e que
se não forem bem orientadas podem levá-las a desmamar seus bebés.
N esse contexto, o presente trabalho fala sobre as necessidade nutricionais nas crianças diante
da mulher, para amamentar e tornando-se preciso reconhecer que, por ser uma prática
complexa, não se deve reduzir apenas aos aspectos biológicos, mas incluir a valorização dos
factores psicológicos e socioculturais.
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1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
1.1.2. Específicos
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2. Metodologia
O presente trabalho foi realizado com base na revisão bibliográfica de diversos periódicos
científicos nacionais e internacionais, que continham artigos relacionados ao tema.
O presente estudo deu-se início com a pesquisa no site da Biblioteca Virtual em Saúde sobre
os Descritores em Ciências da Saúde. Os meios utilizados para o levantamento da revisão de
literatura foram as bases de periódicos: SCIELO (Scientific Electronic Library Online),
Google Académico, Lilacs, Medline e Portal Capes de Periódicos que permitem acesso a
artigos publicados em periódicos indexados com rigor científico.
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3. Necessidades nutricionais
Alimentos são todas as substâncias sólidas e líquidas que, levadas ao tubo digestivo, são
degradadas e depois usadas para formar e/ou manter os tecidos do corpo, regular processos
orgânicos e fornecer energia.
Nutrientes são todas as substâncias químicas que fazem parte dos alimentos e que são
absorvidas pelo organismo, sendo indispensáveis para o seu funcionamento.
De acordo com CORSO (2016), Uma alimentação variada é bem colorida! Todo dia um novo
alimento de cada grupo deverá ser escolhido para compor a papinha. Os profissionais
aconselham a dar duas frutas diferentes por dia, especialmente as amarelas ou alaranjadas que
são ricas em Vitamina A. Para ter uma papinha completa, é preciso ter cinco tipos de
alimentos:
Proteínas: carne, frango, peixe, fígado, ovo.
Carboidratos: batata, mandioca, mandioca, inhame, macarrão, arroz.
Leguminosas: feijão, grão-de-bico, lentilha, ervilha.
Legumes: beterraba, beringela, abóbora, cenoura.
Verduras: espinafre, couve, e repolho.
1. De 0 a 6 meses
Segundo orientação da MISAU (2019), até os seis meses apenas o leite materno exclusivo.
Ele é suficiente para garantir a alimentação completa do bebe e também proporcionar
benefícios às mães, pois:
Atende todas as necessidades de nutrientes e sais minerais do bebé;
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Previne a anemia e provoca menos cólicas no bebé;
O leite materno contém uma molécula que protege e repara o intestino sensível dos recém-
nascidos;
A sucção auxilia no desenvolvimento dos dentes do bebé;
Reduz o risco de infecções e de câncer de mama;
Auxilia na formação do sistema imunológico da criança, prevenindo obesidade, alergias,
entre outros.
A partir dos seis meses o bebé está pronto para receber, de forma lenta e em pequenas
porções, alimentos complementares: papas de legumes, verduras, carnes e cereais; papas de
frutas; água e sucos de frutas. Mas o leite materno deve continuar até o segundo ano de vida
do bebé.
2. De 1 e 6 anos
Entre 1 e 6 anos, é a fase muito importante para formação do hábito alimentar, pois a criança
já consome a mesma alimentação da família. A alimentação deve ser distribuída em 5 ou 6
refeições (pequeno almoço, lanche, almoço, lanche da tarde e jantar). As refeições devem ser
oferecidas em pequenas porções e ter uma preocupação maior com a qualidade, para evitar
carências nutricionais. Alguns nutrientes são fundamentais para crianças de 1 a 6 anos, como:
Ferro: carne vermelha e gema de ovo;
Cálcio: leite, queijos, iogurte e vegetais verde escuros;
Zinco: carne vermelha;
Vitamina A: cenoura, beterraba, batata e mamão;
Vitamina D: carnes em geral e peixes.
3. De 6 e 10 anos
Entre 6 e 10 anos é a fase caracterizada por maior actividade física, ritmo de crescimento mais
lento em relação à altura, mas com predomínio do ganho de peso. Resumidamente, as
directrizes gerais para alimentação nesta fase são:
Ingestão de nutrientes em quantidade e qualidade adequadas ao crescimento e
desenvolvimento desta faixa etária. A alimentação variada, que inclua todos os grupos
alimentares (grãos, frutas, hortaliças, leite e derivados e carnes).
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tubérculos e raízes
2 Verdura e legumes 3 3 3 4a5
Frutas 3 4 3 4a5
3 Leites, queijo e Leite materno 3 3 3
iogurtes exclusivo
Carne e ovos 2 2 2 1a2
Feijão 1 1 1 1
4 Óleos e gordura 2 2 1 1a2
Açúcar e doces 0 1 1 1a2
O leite materno é a principal fonte de alimento das crianças, sendo essencial para o
crescimento e desenvolvimento em seus primeiros anos de vida. Produzido naturalmente pelo
corpo da mulher, ele possui anticorpos e outras substâncias que protegem a criança de
infecções comuns, como diarreias, infecções respiratórias, otites, entre outras (MISAU, 2019).
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O leite humano é composto de nutrientes em quantidade exacta para o desenvolvimento do
cérebro humano, diferentemente do leite produzido por outros mamíferos. Estabelece perfeita
afinidade nutricional e também exerce açCão imunológica ao bebé (CUNHA; SIQUEIRA,
2016).
A amamentação é importante para o bebé, tanto na área física quanto psíquica, possibilitando
maior vínculo afectivo entre mãe e filho, bem como fortalece em relação a um possível
surgimento de doenças, garantindo assim que futuramente possam desfrutar dos benefícios
dessa prática (ALMADA e FERNANDES, 2019).
Vários estudos sugerem que a duração da amamentação na espécie humana seja, em média, de
dois a três anos, idade em que costuma ocorrer o desmame naturalmente (KENNEDY, 2005).
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O leite materno alimenta o desenvolvimento cerebral, protege contra doenças e afecções e
prepara a criança para uma melhor saúde e um futuro mais próspero. Como primeira vacina
de um bebé, o colostro que é o primeiro leite que a mãe produz, quando começa a amamentar,
impulsiona e reforça o sistema imunitário da criança. O colostro tem um enorme impacto na
prevenção de doenças como a diarreia e a pneumonia.
4. Desmame precoce
De acordo com o Inquérito dos Indicadores Multiplos (2008), aproximadamente dois terços
dos recém-nascidos foram amamentados dentro do período recomendado (na primeira hora
após o nascimento) e cerca de 90% foram amamentados no primeiro dia de vida. Porém,
apenas 37% recebeu aleitamento materno exclusivo durante os primeiros seis meses de vida,
como é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A duração do aleitamento
materno diminuiu de uma média de 22 meses em 2003 para 18 em 2008 (sendo 19 meses nas
áreas rurais e 18 nas urbanas) encontrando-se muito abaixo de 24 meses ou mais
recomendados.
Uma das causas que levam ao desmame precoce justificada pelas mães para a introdução de
outros leites na alimentação dos filhos é a percepção de quantidade insuficiente e da baixa
qualidade do leite materno, assim como também pelo desejo ou interferências familiares
(MURARI et al., 2021).
De acordo com PERES et al. (2021), outro motivo que leva ao desmame precoce é o trabalho
materno, que actua como uma barreira na duração da prática, visto que o período de licença
maternidade é curto, nem sempre as empresas liberam as mães para amamentarem seus filhos
e que muitas mães são baixa renda e necessitam de retornarem as actividades laborais para seu
sustento.
De acordo com ALVARENGA et al. (2017), outro motivo que leva a interrupção da
amamentação são os problemas biológicos relacionados a mãe, como: ingurgitamento
mamário, dor/trauma mamilar, infecção mamilar por Staphylococcus aureus, Candidíase,
bloqueio de ductos lactíferos, mastite, abscesso mamário e produção insuficiente de
leite. E aos recém-nascidos, que apresentam disfunções orais durante a mamada, algumas
características particulares anatômicas que atrapalham o encaixe adequado entre a boca do
bebé e o peito.
Outro motivo das mães nessa faixa etária desmamarem precocemente seus filhos está
relacionado a necessidade de retorno às actividades ocupacionais e também pelo fato do
ambiente de trabalho não possuir ambiente adequado para amamentação, trazendo muitas
vezes constrangimentos (SANTOS et al., 2021).
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Segundo PERES e PEGORARO, (2014), as razões que levar ao desmame prematuro são:
deficiência orgânica da mãe, nível socioeconómico, mudanças na estrutura familiar, algum
problema com o bebé, grau de escolaridade, urbanização, idade materna, trabalho materno e
desinteresse da mãe em amamentar.
Como diz FEITOSA; SILVA e SILVA (2020) e ALVERANGA et al. (2017) constatam que o
desmame precoce traz consequências na vida em geral da criança, estando associada a
exposição a infecções principalmente a HIV/SIDA, gastrointestinais, tuberculose, e sérios
problemas de digestão, visto que o corpo humano produz enzimas próprias para quebra do
leite materno e não para leite de vaca, o colostro, por exemplo, é necessário para a absorção
dos nutrientes e criação da primeira protecção da criança. Além dos órgãos motores serem
estimulados pela sucção, com essa falta, a criança está susceptível aos problemas
respiratórios, deglutição e mau desenvolvimento dos lábios e dentes, com isso, trazendo atraso
a maturação facial. Até mesmo o sono é afectado, visto que os harmónios necessários como
melatonina e semitónica são encontrados na troca mãe-bebé.
Para BUENO (2013), o desmame precoce tem como consequência à saúde da criança, como a
obesidade na criança, alergias, doenças crónicas, aumenta o risco de doenças diarreicas,
desnutrição, diminuição do ritmo de crescimento e estabelecimentos de hábitos alimentares
inadequados, franco desenvolvimento intelectual.
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5. Considerações finais
Feito o trabalho, percebe-se que a alimentação e nutrição adequadas são requisitos essenciais
para o crescimento e desenvolvimento de todas as crianças. Todos os nutrientes (macro e
micronutrientes) são essenciais e cada um deles apresenta um papel fundamental para o
organismo. Assim, nenhum nutriente é mais ou menos importante que o outro. Todos eles são
necessários para garantir a nossa saúde.
Contudo, é um processo que envolve interacção profunda entre mãe e filho, com repercussões
no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de infecções, em sua
fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional, além de ter implicações na saúde
física e psíquica da mãe.
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6. Referências bibliográficas
BIER DM. Growth in the first two years of life. Nestle Nutr Workshop Ser Pediatr Program.
2008.
CERESER, N. D. l. Botulismo de origem alimentar. Ciência Rural, [S.l.], v. 38, n. 1,. 2015.
FEITOSA, Maria Eduarda Barradas; SILVA, Silvia Emanuelle Oliveira da; SILVA, Luciane
Lima da. Aleitamento materno: causas e consequências do desmame precoce. Research,
Society And Development, [s. l], v. 9, n. 7, p. 1-15, jun. 2020.
MISAU (Ministério da Saúde). Guia alimentar para crianças menores de dois anos.:
Ministério da Saúde; Organização Pan-Americana de Saúde, 2002.
PEDROSO, G.C., PUCCINI, R.F., SILVA, E.M.K., SILVA, N.N., ALVES, M.C.G.P.
Prevalência de aleitamento materno e introdução precoce de suplementos alimentares .
SP. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil. 2004.
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