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Centro universitário do rio São Francisco – UNIRIOS

Disciplina: Nutrição e Dietoterapia


Enfermagem- 4ª Período
Discentes: Maria Eduarda Carvalho Silva e Vitória Quezia Lopes Pereira Da
Cunha

Nutrição na Infância
e Aleitamento Materno
PAULO AFONSO – BA
2022
Introdução

 Como é de conhecimento geral, a boa


alimentação é essencial desde cedo, a fim de
manter uma boa qualidade de vida e prevenir
infecções e patologias na vida adulta.
01
Crescimento e
Desenvolvimnto
Infância
Padrões de Crescimento
 A taxa de crescimento diminui consideravelmente após o primeiro ano de vida;

 O crescimento é geralmente estável e lento


durante a idade pré-escolar e escolar, mas pode
ser irregular em algumas crianças, com períodos
de não crescimento seguidos de estirões de
crescimento;
Infância
Padrões de Crescimento
 A composição corporal das crianças na idade pré-escolar e escolar permanece relativamente
constante;
 A gordura diminui gradualmente durante os
primeiros anos da infância, atingindo um mínimo
entre 4 e 6 anos de idade;
 Rebote da adiposidade;
Infância
Avaliações de Crescimento
 Uma avaliação nutricional completa engloba a coleta de dados antropométricos.

 As curvas de crescimento não são bem


estabelecidas até depois dos 2 anos de idade;
 A monitoração regular do crescimento possibilita
a identificação precoce das tendências
problemáticas e o início da intervenção de forma
que o crescimento em longo prazo não seja
comprometido
Infância
Recuperação do Crescimento
 Uma criança que está se recuperando de uma enfermidade ou má nutrição e cujo crescimento tornou-se
mais lento ou cessou terá uma taxa de recuperação maior do que a esperada;

 A necessidade nutricional para a


recuperação do crescimento depende
se a criança tem o crescimento
atrasado (tanto a estatura como o peso
são proporcionalmente baixos) e se é
cronicamente malnutrida ou
primariamente enfraquecida.
02
Necessidades
nutricionais
Infância

Como as crianças estão crescendo e desenvolvendo ossos, dentes, músculos e sangue,


elas precisam de alimentos em proporção ao seu tamanho, mais nutritivos do que os
adultos.
Infância
Energia
 As necessidades energéticas de uma criança saudável são determinadas pelo metabolismo basal, pela
taxa de crescimento e pelo gasto energético;
 As proporções sugeridas de ingestão de energia são:

1 a 3 anos de idade: 45 a 65% de carboidratos, 30 a 40% de lipídios e


5 a 20% de proteínas;
4 a 18 anos de idade: sugere-se a mesma proporção de carboidratos,
25 a 35% de lipídios e 10 a 30% de proteínas.
Infância
Proteínas
 A necessidade de proteínas diminui em
aproximadamente 1,1 g/kg no início da
infância até 0,95 g/kg no final da infância.
 A ingestão de proteínas pode variar de 5 a
30% da energia total, dependendo da idade.
Infância
Ferro
 As crianças entre 1 e 3 anos de idade estão
em alto risco de anemia por deficiência de
ferro;
 As ingestões recomendadas devem
considerar a taxa de absorção e a quantidade
de ferro nos alimentos, especialmente
aqueles de origem vegetal.
Infância
Cálcio
 O cálcio é necessário para a adequada
mineralização e a manutenção do osso em
crescimento nas crianças.
 Crianças de 1 a 3 anos de idade é de 700 mg/dia,
 Crianças de 4 a 8 anos de idade, é de 1.000 mg/dia
e,
 9 a 18 anos, é de 1.300 mg/dia
Infância
Zinco
 O zinco é essencial para o crescimento; sua
deficiência resulta em insuficiência no
crescimento, falta de apetite, acuidade de
paladar diminuída e cicatrização de feridas
prejudicada.
03
Preocupações
Nutricionais
Infância
Sobrepeso e Obesidade
 A prevalência crescente do sobrepeso em
crianças é um problema de saúde pública
importante e alarmante

 Quanto mais tempo uma criança estiver com


sobrepeso, mais provável é que o sobrepeso
continue na adolescência e na fase adulta.
Infância
Baixo peso e dificuldade em se desenvolver

 Pode ser causada por enfermidade aguda ou


crônica, dieta restritiva, falta de apetite
(resultante de constipação, medicação ou
outros problemas), problemas alimentares,

negligência ou simples ausência de alimento .


Infância
Baixo peso e dificuldade em se desenvolver

 Pode ser causada por enfermidade aguda ou


crônica, dieta restritiva, falta de apetite
(resultante de constipação, medicação ou
outros problemas), problemas alimentares,

negligência ou simples ausência de alimento .


Aleitamento
Materno
Lactação

 O aleitamento exclusivo é
inequivocamente o método preferido
de alimentação infantil para os
primeiros 4 a 6 meses de vida.
Beneficios

 Dois estudos sugerem que a amamentação pode reduzir a incidência de diabetes tipo I e II
(Gunderson et al., 2007; Malcova et al., 2006)

 Para os lactantes:
 Diminui a Incidência e a Gravidade de Doenças  Infecção do trato respiratório
Infecciosas;  Infecções do trato urinário
 Meningite bacteriana;
 Doença de Hodgkin
 Diarreia
 Sobrepeso e obesidade
 Sepse de início tardio em lactentes pré-termo
 Síndrome da morte súbita infantil
 Enterocolite necrotizante
 Promove Analgesia durantes
 Otite média procedimentos dolorosos (punção do
calcanhar em recém-nascidos)
Beneficios
 Promove o retorno inicial ao peso
 Para as mães: antes da gestação;
 Diminui a perda de sangue menstrual;
 Aumenta o espaçamento da criança;
 Diminui o sangramento pós-parto;
 Promove a involução uterina rápida;
 Diminui o risco de cânceres hormonais
 Diminui o risco de fratura no quadril e
(mamário e ovariano);
osteoporose após a menopausa.
Contraindicações

 A amamentação é contraindicada para bebês com


galactosemia e mães que têm tuberculose ativa não tratada
ou são positivas para o vírus linfotrópico de células-T
humano tipo 1 ou 2, mães que usam drogas abusivas, que
são positivas para o vírus da imunodeficiência humana e
que fazem uso de determinados medicamentos (isto é,
antimetabólicos e agentes quimioterápicos)
Requerimentos Nutricionais na Lactação

 A lactação demanda muito


nutricionalmente, especialmente
para a mulher que amamenta seu
bebê exclusivamente por um
número de meses. O consumo
aumentado da maioria dos
nutrientes é aconselhado.
Energia
 A produção de leite é 80% eficiente: a produção de 100 mL de leite
(aproximadamente 75 kcal) exige um gasto de 85 kcal (Lawrence e Lawrence,
2005).
 Durante os primeiros seis meses de lactação, a produção média de leite é de 750
mL/dia, com uma variação de 550 mL para mais de 1.200 mL/dia;
Proteínas

 A DRI sugere um adicional de 25 g de proteína por dia para lactação, ou 71 g de proteína por
dia. Isso é fundamentado em um RDA de 1,1 gm/kg/dia do peso pré-gestação.
 A avaliação clínica é necessária para as recomendações de proteínas, porque 71 g/dia pode ser
muito baixo para uma mulher com sobrepeso e muito alto para uma mulher com um IMC mais
baixo
Carboidratos
 A RDA para carboidrato é de 210 g/dia (IOM, 2002). Essas 210 g/dia representam a
quantidade recomendada para fornecer calorias suficientes na dieta para volumes adequados
de leite e para prevenir cetonemia e manter a glicose sanguínea apropriada durante a
lactação;

 Pode ser necessário ajustar isso dependendo da atividade da mãe e da quantidade de


amamentação;

 A mulher com baixo peso na gestação pode precisar de mais carboidratos.


Lipídio
 A quantidade e o tipo de gordura no leite materno são diretamente refletidos na dieta
materna. O leite “anterior” ou o primeiro leite em uma alimentação tem menos gordura do
que o leite “posterior” do final de uma amamentação;

 Não há DRI para o total de lipídios durante a lactação, uma vez que depende da quantidade
de caloria requerida pela mãe para manter a produção de leite;

 O leite humano contém de 10 a 20 mg/dL de colesterol, resultando em um consumo


aproximado de 100 mg/dia pelo bebê.
Vitaminas e Minerais

 O conteúdo de vitamina D do leite está relacionado ao consumo de vitamina D materno e ao


grau de exposição ao sol.;

 Diversos casos relatam deficiência de vitamina D marginal ou significativa na mulher


grávida e em bebês de lactantes que usam véus, que tenham pele escura ou que moram em
latitudes do norte com pouca exposição ao sol;
Amamentação do bebê

 Preparação: Durante os últimos meses de gestação, o


aconselhamento sobre o processo de lactação deve estar
disponível às mulheres que decidiram amamentar;
 Colostro: O colostro é um líquido leitoso fino e amarelo
que é o primeiro leite disponível após o nascimento. É mais
elevado em proteínas e mais baixo em gorduras e
carboidratos do que o leite maduro, é considerado mais
Nutritivo;
Transferências de Fármacos para o Leite Humano
 Quase todos os medicamentos usados pela mãe irão, em
algum momento, aparecer em seu leite;
 A quantidade geralmente transferida é bem pequena;
 Muitos fatores influenciam em como as medicações são
transferidas para o leite humano: proporção leite/plasma,
peso molecular do medicamento e a ligação da proteína e a
solubilidade do lipídio do fármaco.
Transferências de Fármacos para o Leite Humano
 Quase todos os medicamentos usados pela mãe irão, em
algum momento, aparecer em seu leite;
 A quantidade geralmente transferida é bem pequena;
 Muitos fatores influenciam em como as medicações são
transferidas para o leite humano: proporção leite/plasma,
peso molecular do medicamento e a ligação da proteína e a
solubilidade do lipídio do fármaco.
Dificuldade no Desenvolvimento de Lactentes Amamentados ao Seio

 O suprimento insuficiente de leite é raramente um


problema para as mães bem alimentadas, bem
descansadas e não estressadas;
 A sucção estimula o fluxo de leite; assim,
amamentar de acordo com a demanda deve suprir
grandes quantidades de leite para o bebê. .
Problemas na amamentação

 A mulher em lactação com sobrepeso pode restringir o seu consumo de energia em


500 kcal por dia pela diminuição do consumo de alimentos ricos em gordura e
açúcares simples, mas deve aumentar seu consumo de alimentos ricos em cálcio,
vitamina D, vitamina A, vitamina C e gorduras ω-3 para oferecer os principais
nutrientes para o seu fornecimento de leite.
Tratamentos das dificuldades de amamentação
OBRIGADA!

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