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Como diminuir os

desconfortos e alergias do
bebê recém nascido?

Nutrição no
pré parto e
amamentaçã

Nutricionista I Saúde da Mulher, Gestação e


Fertilidade
3 Nutrição da gestação ao nascimento

4 Quem é Barbara Boffo

Sumário
5 Gestação é uma das fases mais
importantes

6 Primeiros 1100 dias

7 Terceiro trimestre

8 Alimentação e pré-parto

9 Alimentos a serem evitados

10 Preparo da microbiota materna

11 Suplementação de probióticos

12 A importância da amamentação

13 Alimentação e amamentação

14 Alimentos que podem causar desconforto

15 Ervas e amamentação

16 Chás e tintura para aumentar a produção


de leite

17 Reintrodução dos alimentos

18 Dicas para otimizar amamentação

25 Protocolo Power Pump


Nutrição da gestação ao
nascimento
Entenda como a Nutrição pode
favorecer a amamentação e saúde
do bebê por meio da alimentação
adequada e hábitos de vida
saudáveis
Barbara Boffo
Muito prazer, eu sou Barbara Boffo nutricionista
especialista em saúde da mulher, mãe do Davi e do
Estêvão.
Minha missão é ajudar mulheres a conquistarem mais
saúde e qualidade de vida através da alimentação e
hábitos de vida saudáveis.
Atuo com o foco em acompanhamento nutricional de
mulheres (e casais) em todas as fases da vida, desde a
programação para gestação, período gestacional, pós-
parto e climatério.

Graduada em Nutrição;
Pós-graduada em Nutrição na Saúde da Mulher;
Especializada em Nutrição Ortomolecular e
fitoterapia funcional;
Especializada em Genômica nutricional nos ciclos da
vida;
Especializada em Nutrição e fertilidade.
A gestação é uma das fases mais
importantes na vida de uma mulher
Quem deseja um bebê saudável precisa redobrar a
atenção, com a alimentação e hábitos de vida não
somente durante a gestação mais antes mesmo de
gerar.
Antigamente, o preparo para engravidar era baseado
apenas na prescrição de ácido fólico por três meses.
Sabe-se hoje que temos muito mais a fazer com o casal,
como ajustar alimentação, estimular a prática de
atividade física, orientar higiene do sono, sugerir técnicas
de controle do estresse com foco na saúde mental,
equilibrar a parte hormonal, otimizar a suplementação
afim de potencializar a qualidade dos gametas (óvulos e
espermatozoides).
A nutrição otimizada nessa fase é fundamental para o
desenvolvimento saudável da gestação e um bebê
saudável longo prazo.
Primeiros 1100 dias
Fase que corresponde à: programação gestacional (90
dias) + gestação (280 dias) + 0 a 12 meses (365 dias) + 1 a
2 anos (365 dias) = 1100 dias
Esse conceito surgiu após pesquisas publicadas na
revista Lancet entre 2008-2013, sob a ótica da
epigenética.
A epigenética nada mais é do que a influência do
ambiente na saúde e no comportamento dos indivíduos.
Alimentação, doenças, estresse, sono, sedentarismo,
entre outros fatores, podem influenciar na saúde desse
individuo até a velhice.
Tanto no período pré-gestacional quanto na gestação, é
quando ocorre a programação metabólica, capacidade
de mudar a vida daquela criança antes mesmo dela ser
gerada.
Afinal, é nesse período que cada célula do corpo está
sendo formada e programada. O quão maravilhoso é
isso? Podemos atuar na prevenção de doenças crônicas,
auto-imunes, alergias, obesidade, entre diversas outras
patologias.
Dependendo da alimentação, do metabolismo, da
suplementação, podemos mudar o curso do indivíduo
que está sendo gerado.
Terceiro trimestre
Nosso foco de estudo desse e-book será, o terceiro
trimestre de gestação.
Os ajustes realizados nesse trimestre visam,
principalmente, preparar a mulher em relação à fase de
pós-parto e a amamentação. Muitas até imaginam que o
principal é o parto, quando trata-se apenas de uma
etapa e é preciso um preparo completo para o que está
por vir: os cuidados com o bebê.
A gestante começa a ser preparado com mais
intensidade para a amamentação e, por consequência, a
criar e repassar hábitos saudáveis que vão moldar toda a
vida do bebê.
Lembrando que os cuidados pré-gestacionais ecoam por
toda a vida, portanto, devem ser seguidos ao longo da
gestação e por toda a vida dessa criança e também dos
pais. Afinal, o exemplo é muito importante.
ALIMENTAÇÃO E PRÉ-PARTO

Alimentação saudável é a chave para o seu bem-estar e


o do bebê.
A dieta de eliminação de alimentos alergenicos tem se
mostrado eficaz para a redução de desconfortos e
alergias nos primeiros meses de vida do bebê. Além de
proporcionar um final de gestação, pós parto e
amamentação mais tranquilo para a mãe.
A dieta consiste na retirada de alguns alimentos do
cotidiano materno, afim de diminuir a incidência de
imunoglobulinas IgG e assim regular e modular o
sistema imunológico e microbiota materno, para que o
bebê possa herdar o melhor ambiente intrauterino
possível.
A dieta inicia-se no mínimo 45 dias antes do parto, por
volta da 34° semana de gestação e mantem-se até o 1°
mês de vida do bebê e depois vai sofrendo algumas
alterações de re-inclusão desses alimentos na dieta
materna.
Nos já sabíamos que a nutrição materna era
fundamental para o crescimento e desenvolvimento do
bebê durante a gestação e amamentação. Agora os
estudos imunológicos ampliam a importância da
alimentação saudável materna para várias outras áreas
da saúde infantil.
ALIMENTOS À SEREM EVITADOS
Laticínios: caseína e lactose;

Glúten: trigo, centeio, cevada;

Oleaginosas: amendoim, pistache;

Embutidos: linguiça; presunto (cozido, di parma, cru),


salame, salsicha, peito de peru, mortadela...

Condimentos artificiais: ketchup, mostarda, maionese...

Açúcar, Mel, Xarope de Glicose e Frutose;

Rotacionar Carnes (bovino, Frango, Peru, Peixe, Ovos);

Rotacionar leguminosas (feijões, grão de bico, lentilha,


ervilha).
PREPARO DA MICROBIOTA MATERNA

Nós temos trilhões de bactérias no nosso intestino. Já


foram identificadas mais de 500 espécies diferentes,
sendo algumas muito saudáveis e outras nem tanto.
Uma microbiota intestinal adequada depende de vários
fatores, como nascimento por parto normal, aleitamento
materno e consumo de dieta equilibrada. A microbiota
equilibrada e saudável traz muitos benefícios para o ser
humano
As bactérias intestinais, intrauterinas e vaginais da mãe
estimulam o desenvolvimento imune do bebê. Os
cientistas ja detectaram bactérias no fluido amniótico, no
sangue do cordão umbilical, na membrana que embala o
bebê e até mesmo no mecônio (a primeira evacuação do
recém-nascido).
Assim como no intestino, há também centenas de
espécies de bactérias no leite humano. O leite materno é
um alimento probiótico por natureza! As bactérias
variam desde o colostro e ao longo dos meses de
amamentação, uma sabedoria impressionante para
garantir ao bebê as melhores bactérias possíveis em
cada etapa do seu crescimento.
Até mesmo a cólica do recém-nascido ten relação com a
microbiota não saudável no intestino da mãe e
consequentemente do bebê.
A teoria dos pesquisadores é que uma microbiota não
saudável no bebê pode alterar a junção das células
intestinais, interferindo na motilidade e permeabilidade
do intestino do bebê (através de processos
inflamatórios, nervosos e/ou hormonais), podendo
causar dores abdominais e cólicas no recém-nascido.
SUPLEMENTAÇÃO DE PROBIOTICOS
O uso de probióticos desde a gestação e na
amamentação também pode ser indicado, dependendo
do estado nutricional materno.

L. rhamnosus............2,5 bilhões UFC


L. plantarum.............2,5 bilhões UFC
L. acidophilus............1 bilhão UFC
B. breve .................1 bilhão UFC
B. lactis.....................1 bilhão UFC
B. longum ................0,5 bilhão UFC
1 dose/dia, ao deitar por 3 meses
(desde a 37° semana de gestação até o segundo mês de
vida do bebê).
A IMPORTÂNCIA DA AMAMENTAÇÃO

O aleitamento materno, ou a amamentação, é


muito especial para a mãe e o bebê. Além de nutrir,
o ato de amamentar favorece o vínculo afetivo
entre eles e traz muitos benefícios para a saúde
materno-infantil ao longo de toda a vida.
A Organização Mundial de Saúde recomenda o
aleitamento materno exclusivo nos seis primeiros
meses de vida, já que o leite materno é considerado
alimento mais completo e que supre todas as
necessidades do bebê nesse período.
Além de ajudar o bebê a ganhar peso e crescer, o
aleitamento materno previne diversas doenças,
com uma ação tão ampla e duradoura que parece
mágica: seus benefícios começam nos primeiros
dias de vida do recém-nascido e o acompanham até
a fase adulta. As mamães também têm sua cota de
ganhos: amamentar previne a hemorragia pós-
parto, ajuda o útero a retornar ao tamanho normal
e diminui o risco de câncer de mama e de ovário.
ALIMENTAÇÃO E AMAMENTAÇÃO

Como falei inicialmente, a alimentação materna é


muito importante. Isso porque os alimentos
consumidos pela mãe durante a fase de
amamentação podem interferir na qualidade do
leite materno e contribuir para as terríveis cólicas
do recém nascido.
Por isso, é muito importante ficar atenta caso venha
a consumir algum alimento que não não faça bem
ao seu bebê caso haja essa suspeita, faça o teste e
verifique se ao retirar esse alimento do seu dia a dia
as cólicas do seu bebê minimizem. Se isso
acontecer, é sinal que esse alimento têm causado
desconforto na criança e por isso você não deve
comer.
Alimentos como feijões, ervilha, alho, cebola,
repolho, rabanete, batata doce, brócolis, couve,
couve-flor, milho, ovo em geral, apresentam em sua
composição uma elevada quantidade de enxofre e
outras substâncias fermentativas. Ou seja, são
capazes de provocar a formação de gases
intestinais e como consequência há o surgimento
das cólicas que tem como objetivo a eliminação
desses gases. Essas substâncias podem estar
presentes no leite materno e ocasionar assim a
formação de gases e o aparecimento das cólicas no
bebê.
ALIMENTOS QUE PODEM CAUSAR
DESCONFORTO NO BEBÊ
Vegetais: alface, abobrinha, berinjela, espinafre, cenoura,
pepino, cebola, alho, aspargo, alcachofra, beterraba,
couve, aipo, milho, couve-flor;

Frutas: tomate, banana, laranja, tangerina, uva, melão,


kiwi, morango, framboesa, maracujá, abacaxi, maçã,
pera, manga, melancia, pêssego, ameixa, abacate;

Leguminosas: feijão, grão-de-bico, soja;

Oleaginosas: amêndoas, sementes de abóbora,


castanha-de-caju e pistache;

Industrializados:com xarope de milho, glicose, sacarose e


adoçantes como xilitol, manitol e sorbitol.
ERVAS E AMAMENTAÇÃO

Algumas ervas, quando tomados pela mãe, são


capazes de modificar a composição do leite e
auxiliar no alívio das cólicas no bebê, além de
apresentarem propriedades galactogogas e
estimularem a produção de leite materno.

Galactagogos são substâncias que auxiliam o início


e a manutenção da produção adequada de leite.
Eles aumentam a prolactina sérica. A prolactina é
mais conhecida por ser o hormônio responsável
pela produção do leite materno durante o período
em que a mulher amamenta. Nessa fase, a
produção da prolactina pode aumentar em até 20
vezes o seu nível tradicional

Principais ervas com propriedades galactogogas:


Melissa (Melissa officinalis L.) - folhas,
Erva-doce (Pimpinella anisum) - sementes,
Funcho (Foeniculum vulgare) - sementes,
Camomila (Matricaria chamomilla L.),
Feno Grego (Trigonella foenum-graecum)
sementes,
Capim cidreira (Cymbopogon citratus).
CHÁ PARA AUMENTAR A
PRODUÇÃO DE LEITE
50g de Melissa,
50g de Erva doce,
50g de Funcho,
50g de Camomila,
50g de Feno grego
50g de Capim cidreira.

Misture todas as ervas e armazene em um recipiente


com tampa.
Utilizar 1 colher de sopa para 150mL de água fervente (1
xícara de chá); Abafar. Aguardar 10min. Ingerir de uma a
três vezes ao dia. Ingerir imediatamente após o preparo.
*Iniciar o uso de chás após o nascimento do bebê

TINTURA PARA AUMENTAR


A PRODUÇÃO DE LEITE
Tintura de Algodoeiro (Gossypium herbaceum)........25%
Excipiente qsp frasco 100mL
Diluir 2mL (40 gotas) em 75mL de água; ingerir duas a
três vezes ao dia, por 14 dias.
*Iniciar o uso da tintura após a decida do leite, caso seja
necessário estimular a produção.
REINTRODUÇÃO DOS ALIMENTOS
NA DIETA MATERNA

A partir de 1 ou 2 meses de vida do bebê a mãe já


pode voltar a reintroduzir alguns alimentos em sua
dieta habitual, mas para que isso não desequilibre o
sistema gastrointestinal do bebe, precisamos que
essa reintrodução siga um passo a passo especifico:
Durante a fase de reintrodução, a cada a mãe
poderá consumir um grupo de alimento (laticínios,
glúten, oleaginosas...), escolhe um alimento desse
grupo e come uma pequena quantidade durante 3
dias, sendo que a cada dia aumenta a dose desse
alimento. Neste período, a mãe deve ficar atenta as
reações e desconfortos que o bebê apresente, de
forma a perceber se tolera, e em que quantidades,
cada grupo. Deve fazer um período de descanso de
3 dias, após cada reintrodução, para garantir que
quaisquer sintomas ou desconforto do bebe só foi
atribuído ao novo alimento, e não ao anterior.
Fase de adaptação, agora que já sabe o que faz ou
não mal para o eu bebê, e em que quantidades,
está na hora de voltar a comer de tudo e fazer uma
dieta mais variada.
Na maioria dos casos, conseguirá reintroduzir
vários alimentos, mesmo que possa comer com
menos frequência ou em menores quantidades.
Assim, retoma as rédeas da sua vida enquanto tem
um período de amamentação leve e tranquilo para
você e seu bebê.
DICAS PARA OTIMIZAR A
AMAMENTAÇÃO

Os primeiros meses de vida do bebê são fundamentais


para o desenvolvimento bebê e, vários fatores podem
influenciar nesse processo, como por exemplo, a
alimentação.
A dieta materna, portanto, possui papel importante,
principalmente em caso de bebês amamentados
exclusivamente por leite materno, já que a
concentração de nutrientes no leite depende da
alimentação da mãe.
Nesse capitulo vou trazer para vocês algumas dicas,
para otimizar e potencializar a qualidade do leite
oferecido para seu bebê, através do estilo de vida
materno.

1 Suplementação de DHA
Crianças de mães suplementadas com ômega-3
apresentam melhor processamento mental,
aprendizado, memória, desenvolvimento psicomotor e
coordenação mãos-olhos, bem como prevenção do
déficit de atenção.
O DHA é uma das partes do ômega-3. Faz parte das
gorduras essenciais e é um componente fundamental
da membrana celular do cérebro, sendo transferido a
taxas altíssimas da mãe para o feto. Essa distribuição é
crucial para uma ótima saúde cerebral, ocular,
imunológica e para o desenvolvimento do sistema
nervoso do bebê.
A opção é a suplementação de DHA é através do ômega
3 com maiores concentrações de DHA.
2 Suplementação de vitaminas e minerais
Cada nutriente desempenha um papel específico no
seu crescimento e desenvolvimento. Além da parte da
construção física e cognitiva, vitaminas e minerais
ajudarão a fortalecer o sistema imunológico,
aumentarão a resistência a infecções e diminuirão o
risco de doenças ao longo de suas vidas.
Infelizmente, hoje sabemos que muitas das frutas,
legumes, carnes e laticínios que consumimos tiveram
uma perda de 20 a 60% de seus nutrientes.
A suplementação vai entrar como uma maneira de
otimizar as quantidades de nutrientes necessários para
manter mãe e bebê saudáveis durante toda essa fase. É
a chance de oferecer mais saúde para seu filho.
*Mas lembre-se, a suplementação de vitaminas e
minerais precisa ser prescrita de acordo com as
necessidades da mãe e do bebê.

2 Beba água
A água responde por 87% da composição do leite
materno e durante o período de amamentação é
primordial que as mulheres se mantenham hidratadas
para que a produção do leite se mantenha saudável e
correta.
É importante sempre tomar um copo de água, de 200 a
300 ml, antes e após a amamentação. Dessa maneira, a
paciente consegue se manter hidratada de forma
habitual
4 Reduza a exposição às toxinas
Mesmo em baixas doses elas podem ter efeitos
cumulativos e alterar a produção hormonal e podem
levar a diversos problemas de saúde.
E como essas toxinas passam para o leite materno?
Trata-se de uma molécula tão minúscula que os
receptores das células confundem com nutrientes e
hormônios. Assim, acabam penetrando e se
acumulando pelo organismo.
Quando o corpo feminino se prepara para amamentar,
mobiliza as suas reservas de gordura e permite que os
contaminantes sejam absorvidos pela gordura das
glândulas mamárias e repassados ao leite materno.
A sugestão é trocar todos os utensílios plásticos da sua
cozinha por recipientes de vidros, pois os plásticos
apresentam substâncias como o bisfenol A e ftalatos
que atuam como disruptores endócrinos.
Evite as panelas de alumínio e teflon, pois elas liberam
metais pesados durante a preparação dos alimentos ,
estes metais se acumulam no corpo.
Faça uma transição gradual para os cosméticos
naturais, o mesmo para os produtos de limpeza, esses
produtos apresentam em sua composição metais
pesados (mercúrio, chumbo, alumínio, arsênio, etc).
5 Evitar usar o celular enquanto amamenta
A conexão entre mãe e bebê é prejudicada quando a
mãe está focada no dispositivo e não no filho, o uso do
aparelho distrai mãe e bebê, e essa falta de foco
prejudica a alimentação da criança, apega pode ficar
incorreta, a mamada pode não ser efetiva e esse ciclo
pode levar, inclusive, ao desmame.
Além de riscos a saúde que têm sido relacionados à
proximidade contínua com os aparelhos.

6 Procure dormir
O descanso nesses primeiros dias, nos ajuda na
produção de leite, a ter mais paciência para distinguir
os choros do bebê, aguentar as mamadas noturnas, etc.
O cuidado com o seu sono, é uma das muitas formas
através das quais você demonstra amor por seu bebê,
pois a amamentação você e seu bebê se conectam
através dos hormônios que seu corpo produz e
transfere através do leite. Ao longo do dia, o leite
materno sofre alterações para informar ao bebê o ritmo
circadiano (qual é a hora de dormir e a hora de
acordar). O leite produzido durante o dia, por exemplo,
contém mais cortisol do que o leite produzido à noite. O
cortisol, famoso como “o hormônio do estresse”, é o
responsável pelas funções de ativação do organismo,
nos fazendo acordar. Isso significa que, se o seu ritmo
circadiano estiver fora de ordem, provavelmente isso
será transmitido ao bebê através do leite, atrapalhando
a formação do ritmo circadiano dele. Mas, calma! Seu
organismo sabe regular isso de modo que, caso você
não consiga dormir bem, ele não vai fornecer “o leite
errado” seu corpo consegue organizar essas
informações, porém ele se torna mais eficiente quando
nosso sono está em ordem e nosso ritmo circadiano é
respeitado.
7 Forneça nutrientes antioxidantes ao seu corpo
Eles são essenciais para que todos as reações
metabólicas ocorram nas células a fim de manter a
saúde em equilíbrio e, consequentemente, contribuir
para a produção do leite materno.
Tenha uma alimentação baseada em vegetais, frutas,
peixes, aves, grãos integrais, nozes, azeite e baixo teor
de gordura saturada (principalmente de produtos
lácteos).
O ideal é ter um acompanhamento nutricional para
individualizar seu período de aleitamento, uma vez que
carências nutricionais podem desequilibrar seu
metabolismo e ainda, comprometer a qualidade do
leite.

8 Exercite-se
Os treinos são importantes para o bem-estar,
disposição, resistência e para a própria saúde da
mamãe, alem disso, alguns estudos comorovaram um
feito benéficos do exercício materno na saúde
metabólica e na função cardíaca do bebê.
Mas lembre-se na fase de amamentação, é preciso ter
cuidado para não exagerar no tempo e na intensidade,
focando principalmente na hidratação antes, durante e
após os treinos. O ideal é treinar cinco vezes por
semana, cerca de 30 minutos por dia.
9 Tome sol
A vitamina D é essencial para garantir a boa saúde dos
ossos e dentes, algo essencial para os bebês que estão
em pleno desenvolvimento.
A vitamina D costuma ser obtida por meio da
suplementação e exposição ao solar e quanto maior for
as concentrações de vitamina D no sangue materno,
maior será a concentração no leite também.
Além disso a vitamina D regula as funções do sistema
nervoso central, auxiliando na prevenção e tratamento
de depressão pós parto.

10Cuide-se
Pode ser fácil de esquecer de cuidar de si mesma
quando você está cuidando de um novo bebê. Porém,
você não deveria se sentir culpada por precisar de um
tempo sozinha. Tente estabelecer um hábito de
autocuidado pós-parto o quanto antes, porque uma
mãe feliz também significa um bebê feliz.
Reserve um tempo para um bom banho, programe um
tempo regular só para você, tente meditar, tenha um
tempo sozinha com seu parceiro, seja gentil consigo
mesma, encontre atividades que você e seu filho
podem aproveitar juntos.
O autocuidado é uma das muitas formas das quais você
demonstra amor por seu bebê. Não é um ato de
egoísmo, pelo contrário, é uma outra maneira de
demonstrar zelo e carinho por seu filho.
O QUE É O POWER PUMP?

O Protocolo Power Pump é uma estratégia de ordenha


para ajudar as mamães a aumentarem a produção de
leite. Com o auxílio de uma bomba extratora de leite,
podendo ser elétrica ou manual, dupla ou simples, que
imitará a sucção do bebê, de forma repetida e frequente,
num curto intervalo de tempo. Essas ordenhas
frequentes “simulam” o período de pico de crescimento
saltos de desenvolvimento, na qual o bebê mama de
maneira mais frequente e prolongada, estimulando a
produção de leite da mãe.
O leite materno é produzido através da indução, ou seja,
quanto mais o bebê mama, maior quantidade de leite é
produzida. O que o power pump faz é justamente
aumentar esse estímulo mesmo quando o bebê não
mama o suficiente.
A técnica é indicada em diferentes situações, sendo
algumas delas:
Mães com baixa produção de leite;
Mães de bebês prematuros;
Mulheres que sofreram redução mamária;
Profissionais que pretendem retornar ao trabalho,
mas querem manter o aleitamento materno.
O leite produzido via Power Pump pode ser congelado e
estocado para momentos em que a mãe não estará
presente ou oferecido como complemento ao bebê.
COMO FAZER O POWER PUMP?
Existe um esquema padronizado que é o mais usado e
recomendado pelos pediatras e consultoras de amamentação.
Esse método é baseado num plano com duração de 1 hora.
Quando usado uma bomba dupla, a mãe deve fazer a
primeira ordenha por 20 minutos, seguida de descanso de 10
minutos. A segunda ordenha deve durar 10 minutos e o
descanso deve ser de 10 minutos. E, por fim, temos a última
ordenha de 10 minutos.
Se for uado uma bomba única, a mãe deve fazer uma
ordenha de 10 minutos com cada mama, e 5 minutos de
descanso. A segunda e terceira ordenha serão iguais à
primeira. Ou seja, a mãe vai ordenhar por 10 minutos cada
mama, descansar por 5 minutos e voltar a ordenhar.
É aconselhado repetir o protocolo entre entre 3 a 4 vezes por
dia. Normalmente, as mães apresentam aumento na
quantidade de leite produzido entre 5 a 7 dias. O efeito e a
eficácia não são imediatos, leva tempo até seu organismo se
acostumar com os estímulos.
Uma dica é bombear logo pela manhã. Muitas mães têm
maior quantidade de leite nas primeiras horas do dia.
Também é importante definir os horários de modo que, se
você estiver amamentando, não interfira na quantidade de
leite que deixa para o bebê.
Quando a mãe perceber que, não é mais necessário estimular
a produção de leite, pode passar a bombear somente quando
sentir os seios cheios e somente o suficiente para evitar o
desconforto.
nutri_barbaraboffo@gmail.com

(19) 98820-1109

@nutri_barbaraboffo

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