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NUTRIÇÃO

Nutrição Materno-Infantil

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
NUTRIÇÃO
Nutrição Materno-Infantil

Sumário
Lucas Guimarães

Nutrição Materno-Infantil............................................................................................................. 3
1. Bases Fisiológicas da Gestação................................................................................................ 3
1.1. Fisiologia Placentária............................................................................................................... 3
1.2. Evolução do Diabetes na Gravidez........................................................................................ 7
1.3. Volume e Composição do Sangue.......................................................................................... 8
1.4. Débito Cardíaco......................................................................................................................... 8
1.5. Crescimento Linear................................................................................................................... 8
1.6. Ganho de Peso Fetal................................................................................................................. 9
1.7. Mama............................................................................................................................................ 9
1.8. Leite Materno.......................................................................................................................... 10
2. Aleitamento Materno. . ...............................................................................................................15
3. Avaliação Nutricional. . ...............................................................................................................21
3.1. Avaliação Nutricional da Gestante.......................................................................................21
3.2. Avaliação Nutricional da Criança........................................................................................ 25
4. Recomendações Nutricionais................................................................................................. 35
4.1. Suplementação. . ...................................................................................................................... 35
4.2. Anemias.................................................................................................................................... 36
4.3. Situações Comuns Durante a Gestação............................................................................ 39
5. Guia Alimentar para Crianças Menores que 2 Anos...........................................................40
5.1. Doze Passos para uma Alimentação Saudável.................................................................40
Resumo............................................................................................................................................. 43
Mapa Mental................................................................................................................................... 45
Questões de Concurso.................................................................................................................. 47
Gabarito............................................................................................................................................ 85
Referências......................................................................................................................................86

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Lucas Guimarães

NUTRIÇÃO MATERNO-INFANTIL
Olá, concurseiro (a)!
Pronto (a) para mais um módulo do curso de Nutrição?
Você vai aprender nessa aula tudo sobre nutrição materno infantil, desde a concepção,
as principais intercorrências durante a gestação, as modificações na anatomia e fisiologia ma-
ternas, até os primeiros anos de vida da criança (classificação ao nascer, ganho de peso e
crescimento).
Vem com o tio Lucas!

1. Bases Fisiológicas da Gestação


1.1. Fisiologia Placentária
Para começar a falar de gestação, preciso começar destacando a importância da placen-
ta. Além de oferecer proteção física para o feto, ela tem funções de extrema relevância para o
sucesso da gestação:
• Respiração fetal;
• Nutrição fetal;
• Excreção;
• Armazenamento;
• Produção hormonal;
• Proteção imunológica.

Respiração

A respiração, que é a troca gasosa entre O2 e CO2, ocorre por meio de difusão simples, que
ocorre quando as moléculas tanto de oxigênio quanto de gás carbônico atravessam a barreira
placentária sem nenhum tipo de resistência. A difusão simples ocorre devido à baixa comple-
xidade das moléculas – quanto mais simples, mais fácil ocorrer. Observe a seguir as imagens
que representam o fluxo do oxigênio e o do gás carbônico da mãe para o feto.
Entrada de Oxigênio:

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Saída de Gás Carbônico:

É preciso ficar atento aos fatores que influenciam na respiração de modo a favorecer a
troca de O2 por CO2 para o feto:
• Ventilação pulmonar materna (induzida pela influência de hormônios placentários),
quando aumentada;
• Fluxo sanguíneo materno (por meio do aumento do volume sanguíneo, melhorando as-
sim a oferta de oxigênio e nutrientes), quando aumentado;
• Concentração de hemoglobina fetal, que é maior que a concentração de hemoglobina
materna (como a Hb fetal tem maior afinidade pelo O2, favorece a captação de oxigênio
pelo feto).

E alguns fatores podem interferir negativamente na respiração, como:


• Desnutrição materna (afeta o organismo materno de forma geral, podendo causar re-
tardo no crescimento intrauterino, ocasionando uma formação de placenta de tamanho
menor, diminuindo assim a oferta de O2 e nutrientes);
• Anemia materna (quanto menor a concentração de Hb, menor a captação de O2;
• Patologias maternas e placentárias;
• Altitude.

Nutrição Fetal

Diversos estudos apontam que a nutrição fetal gera interferências na saúde do indivíduo
desde a concepção até o fim da vida. Por isso, é importante conhecer os mecanismos da nu-
trição fetal.
O transporte de nutrientes para o feto, diferentemente da respiração, pode ocorrer de qua-
tro formas (ACCIOLY, 2002):

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Nutrientes
Tipo de transporte Como ocorre
transportados

Água, cloro, potássio,


Atravessam a barreira
Difusão simples vitaminas lipossolúveis,
sem resistência
ácidos graxos

Difusão facilitada Maior complexidade Glicose, glicídios em geral

Há gasto energético para Aminoácidos, cálcio,


Transporte ativo atravessar a barreira ferro, fósforo e vitaminas
placentária hidrossolúveis

Células englobam a
molécula e fazem o Proteínas,
Pinocitose
carreamento as para imunoglobulinas
dentro da barreira

Excreção Fetal

A excreção é direcionada para aqueles substratos que podem ocasionar alguma toxicidade
fetal, como os substratos de origem proteica. Nesse caso, temos a ureia, a creatinina e o ácido
úrico, que serão excretados pelo feto pela difusão simples e transporte ativo, de acordo com a
complexidade da molécula.

Proteção Imunológica

A placenta tem um importante papel de evitar a rejeição do feto pelo organismo materno,
pois a princípio o feto é um corpo estranho ao organismo da mulher. Assim, a placenta envolve
o feto de modo a protegê-lo. Desse modo, a placenta impede a passagem de anticorpos mater-
nos para o feto que poderiam causar sua rejeição e o protege mecanicamente, isto é, promove
uma barreira física protetora.
No caso desses mecanismos protetores da placenta não funcionarem pode ocorrer o pro-
cesso abortivo. Lembrando que nos três primeiros meses de gestação o aborto espontâneo é
comum, especialmente, pela falha da proteção imunológica.

Função Hormonal

Também chamada de endocrinologia placentária, tem como principal função modificar o


organismo materno, não somente o preparando para aceitar o feto, mas também fazendo com
haja alterações fisiológicas que favoreçam o desenvolvimento fetal, como melhora na nutrição

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fetal, proteção e ganho de peso fetal. As mudanças hormonais também preparam o organismo
materno para que a mãe, após o parto, consiga amamentar.
Os principais hormônios envolvidos na endocrinologia placentária são o HCG, a progeste-
rona, o estrógeno e o HPL. E agora vamos falar sobre cada um deles (KOEPPEN; STANTON,
2020; VITOLO, 2008):
• HCG (Gonadotrofina Coriônica Humana):

É um hormônio glicoproteico da hipófise composto por duas unidades, a  alfa e a beta.


O exame de sangue para detectar a gravidez identifica a subunidade beta (β-hCG).
Sua principal função é impedir a rejeição imunológica do embrião com a facilitação da im-
plantação do embrião na parede do útero. Esse processo ocorre por meio da estimulação de
produção de progesterona derivada do corpo lúteo.
É também o hCG responsável pelos enjoos do primeiro trimestre de gestação.
• Progesterona:

É responsável por manter o útero grávido, isto é, manter a gestação. Ela inibe a contratilida-
de espontânea do útero, aumenta a ventilação pulmonar, promove relaxamento da musculatu-
ra lisa e favorece a deposição materna de gordura.
O depósito de gordura nesse processo gestacional é de extrema importância por dois mo-
tivos: por ser um depósito de energia, tanto para mãe quanto para o feto, e porque a gordura é
uma barreira protetora para o feto, por gerar uma diminuição do impacto na região abdominal.
Por interferir na musculatura lisa, acaba por diminuir a motilidade do trato gastrointestinal,
causando constipação intestinal, náuseas, pirose e refluxo gastroesofágico.
• Estrogênio:

É um hormônio bastante importante no processo gestacional. As suas principais atuações


durante a gestão são estimular o apetite materno na 1ª metade de gestação e reduzir na 2ª
metade, aumentar a elasticidade da parede uterina e do canal cervical, afetar a função da tireoi-
de, diminuir a concentração sérica de ácido fólico, participar da mamogênese (amamentação),
aumentar a excreção renal de sódio.

 Obs.: O estrógeno é o responsável pela necessidade de suplementação de ácido fólico no


início da gestação.

O estrógeno também é responsável por algumas modificações no corpo da mulher como a


redução proteínas séricas, a hiperpigmentação cutânea (causa manchas na pele) e as modifi-
cações no metabolismo glicídico e lipídico.
• Lactogênio placentário humano (HPL)

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É o hormônio relacionado ao processo de lactação, e para que isso aconteça o hPL promo-
ve o desenvolvimento da glândula mamária, a lipólise e a elevação da glicemia.
Atenção a algo que foi dito: esse hormônio promove o aumento da glicemia nas gestantes.
E é por esse motivo que elas tendem a desenvolver a chamada diabetes gestacional, princi-
palmente em função da degradação da insulina e o aumento da glicemia. Entretanto, isso não
significa que toda gestante desenvolverá a diabetes gestacional. No caso dessa mulher não
praticar atividade física nem fizer controle do seu peso e de sua alimentação, há sim tendência
no desenvolvimento do diabetes gestacional.
Esse aumento da glicose da mãe provocado pelo lactogênio placentário ocorre para que
o feto tenha mais glicose disponível, o que é necessário para o desenvolvimento da vida fetal.
• Tireotropina coriônica humana

Estimula a produção do hormônio da tireoide tireoxina, que induz reações oxidativas en-
volvidas na produção de energia. Paralelamente ela estimula o mecanismo compensatório da
hiperventilação (induzida pela progesterona), que irá garantir maior suprimento de oxigênio
sem que seja necessário sobrecarregar a função da tireoide. Assim, a tireotropina coriônica
humana atuará em conjunto com a progesterona, que é o hormônio que vai promover o relaxa-
mento da musculatura lisa e, consequentemente, promoverá uma maior captação de oxigênio.
• Insulina

A função básica da insulina é favorecer a entrada de glicose em uma célula. Na gestação,


as  funções da insulina são também direcionadas ao transporte de glicose para as células.
No início da gravidez ocorre resposta normal de insulina à glicose. Já no final da gravidez,
a resposta da insulina à glicose é anormal, provocando resistência periférica à insulina, o que
desencadeia a diabetes gestacional.
Vale lembrar que essa diabetes gestacional pode acontecer ou não na mulher. Isso de-
penderá de uma série de fatores, tais como o peso, a alimentação e o histórico de saúde des-
sa gestante.

 Obs.: A diabetes e a diabetes gestacional são coisas distintas, contudo, é possível que uma
gestante que desenvolveu diabetes gestacional continue diabética mesmo depois de
ter o bebê. Isso dependerá de muitos fatores, como a provável tendência a desenvolver
diabetes e a má alimentação durante a gestação.

1.2. Evolução do Diabetes na Gravidez


O diagnóstico do diabetes gestacional é realizado no segundo ou terceiro trimestre de ges-
tação, sem que tenha diagnóstico antes da gravidez. A gestante deve apresentar glicemia de
jejum > 126 mg/dL e confirmação pelo teste oral de tolerância à glicose (TOTG) com glicemia

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plasmática > 200 mg/dL (COMINETTI; COZZOLINO, 2019). Contudo, o desenvolvimento da do-
ença ocorre progressivamente.
Na primeira metade da gestação inicialmente há um consumo elevado de glicose pelo feto,
que provoca redução do nível de glicose circulante na mão e isso acarretará em redução da
necessidade de insulina no organismo. Já na segunda metade da gestação fatores hiperglice-
miantes e anti-insulínicos aparecem devido à própria fisiologia da gestação com o aumento
do lactogênio placentário, cortisol, estrogênio, progesterona e prolactina. Isso provocará um
aumento da glicemia e necessidade de insulina.
Após o nascimento há redução dos níveis hormonais com a eliminação da placenta, o que
permitirá a redução no requerimento de insulina.

1.3. Volume e Composição do Sangue


Com a gestação o volume plasmático aumenta em 50%, assim como haverá aumento no
volume de hemácias em aproximadamente 30%. Porém, as concentrações de albumina e he-
moglobina declinam (Vitolo, 2008).
O declínio da hemoglobina pode indicar o surgimento de anemia ferropriva. Nesse sentido,
é preciso ter a hemoglobina em níveis normais para que não se instaure o processo de anemia.

1.4. Débito Cardíaco


Na gestante a pressão intravascular venosa aumenta nos membros inferiores e há também
aumento da taxa de respiração com o aumento da ventilação pulmonar, que em conjunto pro-
vocarão um aumento do débito cardíaco.
Esse aumento da pressão intravascular nos membros inferiores, juntamente com o declí-
nio da albumina, favorecem a geração de edemas nos membros inferiores da gestante, contu-
do, não é em todas as gestantes que surgirão esses edemas.

1.5. Crescimento Linear


Para o adequado desenvolvimento fetal existem alguns fatores que interferem diretamen-
te, como o tamanho do útero (caso o útero não possua tamanho suficiente, o  crescimento
do feto pode não ocorrer de forma adequada por falta de espaço físico). Além disso, outros
fatores como o suporte nutricional (se inadequado desfavorece o crescimento linear), o nível
de oxigênio (se for baixo também desfavorece o crescimento), e as concentrações de insulina
(que se estiverem altas pode exacerbar o crescimento linear).

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1.6. Ganho de Peso Fetal


O adequado ganho de peso fetal irá depender de fatores relacionados à mãe, à placenta
e ao próprio feto. Relacionadas à mãe se destaca a desnutrição, o processo de doença, o ta-
bagismo, o alcoolismo, a baixa estatura e a multiparidade. As relacionadas à placenta podem
ser quanto ao seu tamanho reduzido e devido a lesões vasculares ou inflamatórias, além de
inserção anormal do cordão. Já as causas relacionadas ao feto encontram-se as anomalias
cromossômicas e congênitas, infecções e a gemelaridade.

1.7. Mama
Constituição da Mama

A mama é formada pelas glândulas mamárias, tecido adiposo, ductos e mamilo. As glân-
dulas são formadas por lobos (de 15 a 20 unidades) e cada um possui um ducto lactífero ex-
cretor. Assim, as glândulas produzem e excretam o leite, que é transportado pelos ductos até
chegar ao mamilo. Ademais, todo o tecido adiposo e conjuntivo que evolve a estrutura mamá-
ria é chamado de estroma (KOEPPEN; STANTON, 2020; ACCIOLY, 2002).

Mamogênese

A mamogênese é o desenvolvimento da glândula mamária, que ocorre ainda na puberdade.


No período pré-puberal ainda existem poucos ductos e há epitélio plano envolvido por tecido
conjuntivo. Já na puberdade, o  estrógeno promove o crescimento e ramificação ductal, isto
é, o alongamento e proliferação dos canais. Isso ocorre devido à maturação ovariana. Nesse
período, os  alvéolos (que é a porção secretora do lobo), ainda são rudimentares e ocorre o
crescimento do mamilo e aumento da pigmentação da aréola.
O desenvolvimento mamário é favorecido pela gestação, quando ocorrerá crescimento e
ramificação ductal, além de desenvolvimento lóbulo-alveolar (KOEPPEN; STANTON, 2020; AC-
CIOLY, 2002).

Hormônios Envolvidos na Mamogênese

O estrogênio e progesterona estão diretamente envolvidos no desenvolvimento da glându-


la mamária. O estrogênio também aumenta a deposição de tecido adiposo e estimula a hiper-
trofia e a proliferação lactotrófica (KOEPPEN; STANTON, 2020; ACCIOLY, 2002).
Outros hormônios também participam do desenvolvimento mamário, como uma variante
do hormônio de crescimento (GH-V), a prolactina, o lactogênio placentário, os tireoidianos e
a insulina.

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1.8. Leite Materno


Lactação

A lactação é o fenômeno biológico de produção de leite. Para que ele ocorra existem re-
quisitos básicos como a integridade da glândula mamária (seio sem nenhum tipo de patologia
que possa impedir o processo de lactação) e a presença e ação de mecanismos fisiológicos
responsáveis pela produção e liberação do leite (ACCIOLY, 2002).
O principal fator que contribui para a manutenção da secreção do leite no pós-parto é o
reflexo neuroendócrino promovido pela sucção, que inicia-se na região mamilar com estímulo
de mecanorreceptores e que dissipa-se pelos nervos sensitivos até chegarem ao hipotálamo,
onde há liberação de prolactina e ocitocina (KOEPPEN; STANTON, 2020; ACCIOLY, 2002).

 Obs.: A ocitocina e a prolactina são hormônios que, fisiologicamente, interferirão diretamen-


te no processo de amamentação, tanto para produção quanto para liberação do leite
(descida do leite).

A ocitocina é inibida pela adrenalina e pelo cortisol, que é um hormônio liberado em situ-
ações de estresse. Assim, se a mãe estiver passando por uma situação de alto estresse, isso
pode interferir na produção de ocitocina e, consequentemente, diminuir ou interromper a pro-
dução de leite.

Fatores que Interferem na Lactação

O mecanismo de inibição da ejeção do leite é normalmente associado à inibição da síntese


de ocitocina e à liberação de adrenalina. Dessa forma, alguns fatores podem interferir direta-
mente na lactação, como o álcool, o tabagismo, o estado nutricional da mãe e uso de fármacos.
A ingestão de álcool em doses acima de 5g por peso corporal da mãe inibe a ocitocina pro-
vocando diminuição da produção láctea. Contudo, a partir de estudos experimentais observa-
-se que em pequena quantidade pode ocasionar relaxamento favorecendo a descida do leite.
Mas isso não quer dizer que o consumo de bebida alcoólica deve ser incentivado!
O tabagismo (fumo) inibe a prolactina e a ocitocina a partir da nicotina presente no cigarro,
além de reduzir a lactação provoca recusa da sucção no bebê, apatia e vômitos, evidenciando
prejuízos na criança.
O estado nutricional da mãe também pode interferir na lactação. Na presença de desnu-
trição materna leve os efeitos, na verdade, são pouco significativos no leite materno. Porém,
em grau mais acentuado ocasionará a produção de um leite com menor teor de gordura, de
vitaminas A e do complexo B.

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O simples fato de a mãe apresentar baixo peso não interferirá na composição do leite.

Alguns fármacos podem diminuir a produção do leite e outros podem favorecer. Os anti-
concepcionais que contém estrógeno diminuem a produção e os que contém progesterona
alteram a composição resultando em um leite com menor conteúdo de lactoalbumina e lac-
tose. Já outros fármacos podem ser usados para estimular a lactação, como é o caso da me-
toclopramida. Essas medicações são denominadas galactogogas. Contudo, é mais comum a
utilização de fármacos a base de ocitocina.
O reflexo da liberação de ocitocina pode estar prejudicado em situações de estresse da
mãe. Nesses casos a produção do leite sofrerá redução. Assim, fica evidente que o estado
emocional da mãe está diretamente relacionado com sua capacidade de lactação.

Lactogênese

A lactogênese é o processo de síntese do leite materno e é dividida em duas fases: lacto-


gênese I e lactogênese II.
Durante a gestação, aproximadamente no último trimestre, abrange o período da lacto-
gênese 1. Nesse período, todos os mecanismos fisiológicos empregados no processo ges-
tacional já começam a preparar o corpo da mãe para fornecer as condições adequadas de
desenvolvimento da criança durante e após a gestação. Após a gestação inclui as condições
para que essa mãe possa oferecer a nutrição a essa criança por meio da amamentação. Nesse
sentido, durante a lactogenese 1 ocorre:
• efeitos dos hormônios ovarianos e placentários;
• desenvolvimento adicional da glândula mamária (maturação alveolar para secreção);
• produção láctea: pouca, isso por conta da atuação de FIP (fator inibidor de prolactina),
estrogênio e progesterona;
• aumento significativo de lactose, proteínas totais e imunoglobulinas.

A lactogênese II é marcada pelo parto e pela apojadura do leite, que pode acontecer dois
a três dias após o parto. A ausência da placenta promove diminuição dos hormônios placen-
tários, o que irá inibir a prolactina (secretada pela hipófise anterior) e permitirá mudanças na
composição e a descida do leite. Durante a lactgênese II ocorre:
• aumento do fluxo sanguíneo;
• aumento da captação de oxigênio e glicose;
• aumento das concentrações de citrato.

Lactopoese (ou Galactopoiese)

É o período que ocorre a manutenção da produção láctea, também caracterizado como


terceiro estágio da lactação. Para que ocorra síntese e liberação de leite é necessária a estimu-
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lação pela prolactina e ocitocina. Aqui, é importante destacar que o principal fator responsável
pela manutenção da secreção láctea é o reflexo neuroendócrino da sucção (VITOLO, 2008).

A prolactina está ligada à produção láctea e a ocitocina está ligada à liberação do leite. É im-
portante ter cuidado para não confundir essas funções, pois as bancas costumam fazer pega-
dinhas mudando os conceitos.

Evolução da Produção Láctea

O colostro é o leite secretado nos primeiros dias pós-parto. É produzido desde o final da
gravidez até aproximadamente o 7º dia de vida do bebê. Tem como características ser um
líquido amarelo, apresentar efeito laxativo (para a liberação do mecônio, que são as primeiras
fezes da criança) e ser rico em proteínas, imunoglobulinas e fatores de crescimento. Além dis-
so, tem um volume de 2 a 20 mL por mamada nos primeiros três dias de vida do bebê.
Do 7º ao 10º dia ou até duas semanas pós-parto o leite é denominado leite de transição ou
leite de mudança. É um leite com maior conteúdo energético que o colostro.
Após duas semanas do parto o leite passa a ser denominado de leite maduro. Apresenta
uma composição mais estável, em maior quantidade e com aspecto diferente das outras fa-
ses. É um leite que apresenta mais de 150 substâncias diferentes e é considerado o alimento
mais completo já conhecido.

Composição do Leite Materno

Sua composição é bastante variável. Varia entre mães, numa mesma mãe, entre mamadas,
em uma mesma mamada e em seu decurso.
Independente da composição, o leite materno (LM) é uma mistura homogênea constituída
de três frações:
• fração solução: constituintes hidrossolúveis, como vitaminas, minerais, proteínas, car-
boidratos, enzimas e hormônios. O seu aspecto é mais opaco. Possui a maior parte dos
fatores de proteção e é chamada de soro do leite. Ela é secretada no início da mamada;
• fração suspensão: contém a maior parte das micelas de caseína, cálcio e fósforo;
• fração emulsão: glóbulos de gorduras contendo gorduras, ácidos graxos, vitaminas e
demais constituintes lipossolúveis.

Quando destacadas as variações na mesma mamada observamos que o leite do início da


mamada, denominado leite anterior, contém alto teor de água, tendo aspecto semelhante ao da
água de coco, por ser opaco e aguado, e ser rico em anticorpos. Ao longo da mamada a con-
centração de gordura no leite aumenta e o leite do meio da mamada tende a ter uma coloração
branca opaca devido ao aumento da concentração de caseína. Já o leite do final da mamada,

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chamado leite posterior, é mais rico em energia (calorias) e sacia melhor a criança, daí a impor-
tância da criança esvaziar bem a mama.

Essa divisão em leite anterior e posterior é mais cobrada em provas que a classificação em
solução, suspensão e emulsão.

Constituintes do Leite Materno

O leite humano é considerado o alimento mais completo já conhecido. Ele apresenta todo
o aporte de nutrientes necessário ao crescimento e desenvolvimento da criança, além de hidra-
tar e garantir imunidade. A composição do leite maduro é a mais estável e será descrita mais
detalhadamente a seguir (VITOLO, 2008).
• Proteínas

Comparadamente com outros mamíferos o leite humano possui baixa concentração pro-
teica, que varia entre 1,2 a 1,5 g/dL sendo adequado ao crescimento do lactente.
Possui dois grupos principais de proteínas, a  caseína e as proteínas do soro. Dentre as
proteínas do soro se encontram alfa-lactoalbumina, imunoglobulinas e enzimas. A proporção
(relação) entre as concentrações de caseína e proteínas do soro é de 40:60, ou seja, 40 partes
de caseína para 60 partes de proteínas do soro. Essa proporção facilita a digestibilidade do
lactente e também influenciará na saciedade.
Quando comparado ao leite de vaca podemos observar que o leite humano se diferencia
principalmente pela proporção entre caseína e soro do leite. No leite de vaca essa relação é de
80:20 (caseína: proteínas do soro) o que compromete a digestibilidade do lactente. O quadro
abaixo evidencia as diferenças entre o leite humano e de vaca relativas à porção de caseína.

Humano Vaca

Proporção de caseína 40% 80%

Tipo de caseína Fração β Fração α

Hidrolise em pequenos
Digestão da caseína Coagulação em massa
flocos

 Obs.: O leite materno possui uma quantidade equilibrada de proteínas de maior digestibilida-
de, ou seja, fará com que a criança se sinta saciada, mas sem dificultar a sua digestão.
Já o leite de vaca apresenta uma coagulação maior da parte proteica, o que diminui a
sua digestibilidade.

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O leite humano ainda contém a lactoferrina humana, uma proteína responsável por aumen-
tar a biodisponibilidade de ferro. Sua concentração também se diferencia quando comparada a
lactoferrina do leite de vaca, o que torna as taxas de absorção de ferro diferentes entre os dois
tipos. O leite materno (LM) possui 50% de absorção de ferro e o leite de vaca (LV) de 8 a 10% de
absorção de ferro. Isso promove uma prevenção em relação ao desenvolvimento de anemias.
Para finalizar a comparação entre os dois tipos de leite destaca-se a β-lactoalbumina, que
está ausente no leite materno, porém presente no leite de vaca, e possui maior poder alergêni-
co. No caso, o leite humano possui a alfa-lactoalbumina, que não apresenta poder alergênico.
• Lipídios

Os lipídeos constituem o componente energético mais importante do leite humano. A quan-


tidade total de lipídeos do leite materno é de 3,5 g/dL. É composto por triglicerídeos (97%), fos-
folipídeos, colesterol, diglicerídeos, glicolipídios, monoglicerídeos e ácidos graxos.
Essa composição lipídica, que vem junto ao leite posterior, fornece cerca de 50% das ne-
cessidades energéticas do recém-nascido.
O leite de vaca, por sua vez, possui maior teor de ácidos graxos saturados. No leite materno
há uma maior constituição de ácidos graxos poliinsaturados (como o ácido linoléico), que são
de extrema importância para a mielinização do sistema nervoso central da criança. A utiliza-
ção dos lipídeos é favorecida pela lipase exclusiva do leite materno, que favorece a absorção e
utilização de todos esses componentes presentes na fração emulsão do leite materno.
No leite materno também estão presentes ácidos graxos de cadeia curta, que possuem
uma ação bactericida e geram uma maior proteção imunológica na criança.

A quantidade total de lipídeos do leite materno não sofre influência da dieta e estado nutricio-
nal da mãe, mas os tipos de ácidos graxos que compões os lipídeos sofrem!
• Vitaminas

Todas as vitaminas estão presentes nas quantidades certas para atender às necessidades
do lactente. Em comparação com o leite de vaca destaca-se que o leite materno apresenta
maiores teores de vitamina A, D, E e C. Já o leite de vaca apresenta maiores teores de vitaminas
do complexo B e vitamina K.
• Minerais

Comparado com outros mamíferos o leite humano possui um conteúdo inferior de minerais
e oligoelementos. Mas as quantidades que o compõe são adequadas para não sobrecarregar o
metabolismo do lactente, por exemplo, uma sobrecarga renal.

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Enfatizando o cálcio, fósforo e ferro, nota-se que a relação Ca/P no leite materno é 2:1,
o que favorece a utilização do cálcio, e o ferro está em menores concentrações, porém apre-
senta melhor absorção.

 Obs.: No leite materno a quantidade de cálcio é superior à de fósforo. Como esses são ele-
mentos que “brigam” por absorção, é importante que seja assim, pois, dessa forma,
o cálcio será mais absorvido que o fósforo, o que garantirá as reservas de cálcio neces-
sárias para o crescimento da criança.
• Agentes anti-infecciosos

Aqui encontram-se os constituintes do sistema imunológico, como componentes celulares


(leucócitos, linfócitos) e as imunoglobulinas. Todos os tipos de imunoglobulinas estão presen-
tes no leite materno.
Também é encontrado no leite materno o fator bífido, que favorece o crescimento de Lac-
tobacilos bifidus, considerado um probiótico que contribui para diminuição do crescimento de
bactérias patogênicas.
Além disso, possui duas proteínas muito importantes, a lactoferrina e a lisozima. A primei-
ra inibe o crescimento de bactérias patogênicas por reter átomos de ferro que são essenciais
para o crescimento bacteriano. A lisozima é uma enzima que destrói bactérias por meio de
lise celular.
Outras encimas podem ser encontradas no leite materno, como as destacadas no qua-
dro abaixo.

Enzimas Funções

Lisozima, peroxidase, lipases Proteção

Amilase, lípase Digestão

Sulfidrila oxidase Reparo

Transporte de metais e controle de


Glutationa peroxidase, fosfatase alcalina
estresse oxidativo

Fosfoglicomutase, lactose sintetase,


Biossíntese de componentes do leite
sintetase de ácidos graxos

2. Aleitamento Materno
O aleitamento materno oferece fonte de nutrientes especialmente adaptados às condições
digestivas e metabólicas da criança e também oferece proteção contra microrganismos pato-

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gênicos. Além disso, favorece o estabelecimento de forte relação mãe e filho e protege contra
o desenvolvimento de alergias (ACCIOLY, 2002).
Amamentar exige aprendizagem e orientação adequada de profissionais capacitados. As-
sim, a mãe poderá ficar mais segura e propensa a seguir com a amamentação exclusiva e em
livre demanda.
A seguir, serão apresentadas as recomendação relacionadas à amamentação de modo a
garantir o aleitamento exclusivo e que visem ao melhor estado de saúde da criança.
• Iniciar a amamentação na primeira hora de vida do bebê

A criança deve começar a mamar logo na sala de parto, imediatamente após o nascimento.
Para isso, a criança deve ser colocada junto à mãe, o que aumentará a probabilidade de suces-
so da amamentação.
Essa prática irá favorecer a descida mais rápida do leite, contribuirá para o fator emocional
da mãe, gerando um estímulo maior para a apojadura (mediado pela ocitocina), além disso,
colabora para o controle térmico do bebê.
• Técnicas de amamentação

Primeiramente, a posição deve ser confortável para a mãe e o bebê. A mãe não deve carre-
gar o bebê, mas sim apoiá-lo nas pernas ou travesseiro, para que ela não fique cansada durante
a amamentação. É importante que todo o corpo da criança esteja encostado no da mãe e de
frente pra ela. O posicionamento correto favorecerá a adequada pega do bebê.
A pega do bebê deve ser correta. Isso implicará no bebê abocanhar toda a aréola, com o
queixo encostado na mama e o lábio inferior virado para fora.
As sucções do bebê devem ser lentas e profundas. E não deve-se escrutá-lo sugando, ape-
nas deglutindo.

 Obs.: Se a criança estiver fazendo muito barulho no momento da sucção, isso pode ser um
sinal de aerofagia, ou seja, ela está fazendo a sucção de ar e, consequentemente, maior
será a possibilidade de ela desenvolver cólicas.
• Frequência e duração das mamadas

A amamentação deve ser em livre demanda. Isto quer dizer que o bebê mamará na fre-
quência que ele quiser e que estiver sentindo fome ou sede. Respeitar o ritmo da criança é
fundamental.
Não existe tempo estipulado de duração de mamada, mas é importante oferecer as duas
mamas em cada mamada.
• Até quando amamentar

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A amamentação deve ser exclusiva até os seis meses de vida. Isso inclui não oferecer nem
água (BRASIL, 2019).
Após os seis meses a criança deve continuar sendo amamentada, porém deverá ser inicia-
da a alimentação complementar. Então, dos 6 aos 12 meses de idade a criança irá se alimentar
de leite materno + complementação alimentar.
É recomendado que a criança seja amamentada até os 24 meses de vida (2 anos). Dar con-
tinuidade ao leite materno promove não somente nutrição, mas também a proteção da criança.

 Obs.: O aleitamento materno exclusivo é quando a mãe oferta apenas o seu leite para a
criança. Já o aleitamento materno complementar é quando, além do leite materno,
a criança recebe outros alimentos.
• Casos em que a amamentação não é recomendada

Alguns processos de doença a amamentação não é indicada por representar risco à saúde
do bebê. A tabela abaixo mostra os casos de infecções virais e apresenta se a mãe deve ou
não amamentar o seu bebê:

Infecção viral Amamentação

Citomegalovirus Sim

Hepatites Sim

Rubéola Sim

Caxumba Sim

Sim. Exceto se existirem lesões


Herpes simples
nas mamas

Sim. Exceto se a infecção tiver ocorrido


Varicela
5 dias antes até 3 dias depois do parto

Sarampo Não

HIV Não

No caso do HIV, a recomendação é não amamentar para evitar a contaminação vertical


da criança.
• Medidas que garantem a produção do leite

O próprio ato de amamentar promove a produção do leite, lembrando de oferecer ambas


as mamas em cada mamada.

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Dar apenas o leite materno para a criança, não sendo necessária nem a oferta de água.
Isso implica em também não oferecer objetos que podem ocasionar a confusão de bico, como
chupetas e mamadeiras.
A mãe deve descansar e relaxar sempre que possível. O estresse e o cansaço podem in-
terferir na produção do leite. Além disso ela deve alimentar-se bem e ingerir bastante líquido.

Amamentação em Condições Especiais

Existem algumas condições que podem atrapalhar a produção do leite materno e modificar
o processo da amamentação. Assim, são necessários alguns cuidados e orientações espe-
ciais para cada caso (VITOLO, 2008).
• Doenças da mãe e uso de medicamentos

Deve-se assegurar que a doença da mãe não agredirá a criança.


No caso de medicações, recomenda-se avaliar a necessidade e tipo de medicação, isto é,
o risco/benefício. Identificar efeitos sobre a produção e excreção de leite e sobre a saúde da
criança para concluir se a amamentação poderá ser mantida.
Mães com distúrbios emocionais devem passar por avaliação com profissional capacitado
para se avaliar o benefício e condições de manter a amamentação.
• Hipolactasia

É a insuficiência na secreção láctea, que pode ser causada por deficiência de prolactina,
mamoplastia, pouco desenvolvimento do tecido glandular, sucção inadequada ou insuficiente,
tensão, fadiga, depressão e medicamentos. Nesses casos, é importante trabalhar as técnicas
adequadas de amamentação para estimular a produção de leite.
A agalactia é a ausência total de produção de leite e não deve ser confundida com hi-
polactasia.
• Cirurgias

A amamentação nos casos de mamoplastia redutora vai depender da preservação do te-


cido glandular e nervoso (perda de sensibilidade no mamilo) e da manutenção da integridade
dos ductos.
O uso de próteses de silicone normalmente preserva glândulas e nervos e não há necessi-
dade de remoção. Não há comprovação que o silicone pode ser nocivo ao bebê, logo, não há
contraindicação de amamentação.
• Ingurgitamento

Ocorre devido à maior produção de leite e inadequado estímulo de ejeção. É uma estase
láctea por esvaziamento insuficiente das mamas, também chamado leite empedrado. A con-

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sequência é uma mama com aumento de volume associado a dor, aumento da temperatura
local, hiperemia, pele esticada e edema.
A melhor prevenção é a sucção do bebê. Além disso, massagens, ordenha, amamentar em
livre demanda e garantir o posicionamento correto também previnem o ingurgitamento.
Não tem contraindicação de amamentação, mas o tratamento necessitará de apoio emo-
cional à mãe, massagem e ordenha antes, após e nos intervalos das mamadas.
Compressas podem ser utilizadas, mas devem ser adequadamente utilizadas. A compres-
sa fria provoca vasoconstrição, diminui a produção do leite e alivia o desconforto para a mãe.
A compressa quente facilita a extração do leite, mas aumenta a produção podendo agravar e
aumentar as lesões.

No ingurgitamento a recomendação é sempre utilizar compressa fria.

• Traumas mamilares

São as fissuras, escoriações, erosões ou dilacerações.


Normalmente causadas por malformação do mamilo, ingurgitamento, técnica errada de
amamentação e higiene excessiva. Os sintomas são as próprias lesões e dores.
A prevenção é feita com o adequado pré-natal, promovendo exercícios, fricção do mamilo
com toalha e bucha macia, não usar cremes e exposição das mamas diretamente ao sol.
Caso as lesões já tenham se instalado, não há contraindicação de amamentação, e o tra-
tamento envolve a orientação de técnica correta de amamentação, exposição à luz solar ou
incandescente e deixar o leite materno atuar diretamente na lesão, mas manter o mamilo seco
todo o restante do tempo.
• Mastite

Processo inflamatório agudo, de origem infecciosa, geralmente entre a 3ª e 6ª semanas do


puerpério, que pode ou não evoluir para uma infecção bacteriana.
As principais causas são a malformação do mamilo e o ingurgitamento, que irão provocar
sintomas como dor intensa, calor, hiperemia local, febre e mal-estar geral.
Não há contraindicação para a amamentação e o tratamento envolve o uso de antibióticos
e demais cuidados para o ingurgitamento.
• Abscesso mamário

É uma complicação da mastite que provoca coleção purulenta e resposta supurativa da


mama. Os sintomas são dor intensa, febre, mal-estar e calafrios.
O tratamento normalmente envolve a drenagem cirúrgica.

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001. (COSEAC/2017/UFF/NUTRICIONISTA) Em atendimento nutricional, uma mãe, com seu


filho de 3 meses de idade, informa ao nutricionista que ela não pratica o aleitamento materno
e que a criança se alimenta de chás, água e outros tipos de leite. Após extensiva anamnese,
não foi verificado nenhum impedimento para o aleitamento materno e constatou-se redução
de peso, sem patologia associada. Como nutricionista do referido caso, sua conduta é:
a) Estimular a introdução de alimentos in natura, como frutas e sucos de frutas, uma vez que
até o 6º mês de idade, a criança deve diversificar sua alimentação.
b) Encorajar a mãe ao aleitamento exclusivo, desestimulando o consumo de outros alimentos
e orientando que até o 6º mês de idade a criança deve receber apenas leite materno.
c) Estimular o aumento do consumo de chás, águas e outros leites, em livre demanda, ou seja,
quando a criança sentir fome ou sede.
d) Desencorajar o consumo de água, chás e outros leites, orientando-a a introduzir sucos de
frutas industrializados associado ao aleitamento materno.
e) Desestimular o consumo de outros tipos de leite e orientar a continuidade do oferecimento
de água e chá, além do leite materno.

O aleitamento materno exclusivo deve acontecer até o sexto mês de vida da criança. Por isso,
o nutricionista deve encorajar essa mãe a realizar o aleitamento materno exclusivo e retirar os
demais alimentos.
Letra b.

002. (CESPE/HUB/2018) O aleitamento materno deve ser a primeira prática alimentar do ser
humano, necessário para a saúde e o desenvolvimento adequado das crianças. A respeito da
qualidade do leite materno e da amamentação, conforme as recomendações internacionais,
julgue o item a seguir.
O Lactobacillus bifidus excretado no leite materno é uma bactéria não patogênica que acidifica
as fezes, dificultando a instalação de outras bactérias, como Shigella, Salmonella e Escherichia
coli, que causam diarreia.

Ao nascer, o intestino da criança possui uma microbiota estéril, livre de bactérias, pois, durante
a gestação, essa criança era alimentada exclusivamente pelo cordão umbilical e nunca fez o
uso do seu sistema digestório. O leite materno é dotado de Lactobacillus bifidus, que se insta-
la na microbiota intestinal da criança e faz com que ela seja formada, em sua grande maioria,
por esse tipo de lactobacilo. Isso prevenirá o desenvolvimento de outras bactérias que podem
causar males a essa criança.
Certo.

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3. Avaliação Nutricional
3.1. Avaliação Nutricional da Gestante
A primeira informação que deve ser colhida na avaliação nutricional da gestante é o peso
pré-gestacional, que é informado pela gestante mesmo. Caso a gestante não saiba ou essa
informação estiver perdida, pode-se utilizar o peso do primeiro trimestre como referência. Com
o valor da altura deverá ser feito o cálculo do IMC e determinação do estado nutricional pré-
-gestacional por este método (VITOLO, 2014).
De maneira geral, avaliar o estado nutricional da gestante envolve a utilização de curvas
que relacionam a idade gestacional, o peso e a altura. Não é recomendado avaliar a gestante
apenas pelas curvas de velocidade de ganho ponderal.

O nomograma e a curva de Rosso (que utilizam a relação peso por estatura em percentual de
adequação) não são mais utilizados como indicadores de estado nutricional.

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Curva de Atalah

ATALAH et al, 1997.
A curva de Atalah é a curva de IMC pela idade gestacional. É importante que a curva for-
çada pelo traçado do ganho de peso ao longo do tempo seja sempre ascendente. Isso mostra
que essa gestante está ganhando peso. Contudo, não deve ser muito ascendente, pois, caso
isso aconteça, essa gestante estará ganhando muito peso.
A classificação do estado nutricional da gestante é dada pelos traçados que aparecem na
curva de baixo peso (BP), adequado (A), sobrepeso (S) e obesidade (O).
• Baixo Peso: inclinação ascendente maior que a da curva que delimita a parte superior da
faixa do estado nutricional BP.
• Adequado: inclinação ascendente paralela às curvas que delimitam a área do estado
nutricional adequado no gráfico.

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• Sobrepeso: inclinação semelhante à da curva que delimita a parte inferior da faixa de so-
brepeso ou à curva que delimita a parte superior desta faixa, a depender do seu estado
inicial.
• Obesidade: deve apresentar inclinação semelhante ou inferior a curva que delimita a
parte inferior da faixa de obesidade.

Ganho de Peso na Gestação

Conforme se observa na figura acima, o aumento do peso na gestação está relacionado a


uma série de fatores e não apenas ao peso da criança e ao aumento de gordura.
O ganho de peso total durante o período gestacional será definido com base no IMC pré-
-gestacional, ou seja, é o estado nutricional pré-gestacional que definirá a quantidade de peso
que essa gestante deve ganhar. Isso é o que mostra a tabela a seguir:

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Ganho de peso durante a gestação segundo IMC pré-gestacional

Segundo
IMC pré- Classificação
Primeiro e terceiro
gestacional IMC pré- Total
trimestre trimestre
(kg/m2) gestacional
(g/ semana)

12,5 – 510
< 18, 5 Baixo peso 1,0 a 3,0 kg
18,0 kg (440 – 580)

11,5 – 420
18, 5 – 24,9 Normal 1,0 a 3,0 kg
16,0 kg (350 – 500)

280
25 – 29,9 Sobrepeso 7,0 – 11,5 kg 1,0 a 3,0 kg
(230 - 330)

220
> 30 Obesidade 5,0 – 9,0 kg 0,2 a 2,0 kg
(170 – 270)

Adaptado de VITOLO, 2014 e IOM, 2009.

 Obs.: Independentemente do IMC pré-gestacional, toda gestante ganhará peso, pois esse é
um dos fatores que favorecerá um bom fator nutricional para a criança.

No primeiro trimestre de gestação o ganho de peso da gestante não é tão relevante e é


comum a perda de até 3,0 kg sem que comprometa a saúde do binômio mãe/filho.
Para gestações gemelares a recomendação de ganho de peso é diferente e segue o pro-
posto por Luke e colaboradores (2003).

Ganho de peso semanal de gestantes gemelares

Idade
Baixo peso Eutrófica Sobrepeso
gestacional

0 a 20 semanas 570 a 790g 450 a 680 g 340 a 450g

20 a 28 semanas 680 a 790 g 570 a 790g 340 a 570 g

> 28 semanas 570 g 450 g 340 g

VITOLO, 2014; LUKE et al, 2003

É importante também considerar as abordagens bioquímica e dietética para melhor dire-


cionamento do diagnóstico de estado nutricional. Na avaliação dietética pode-se valer dos
inquéritos alimentares (assunto já abordado no módulo de Avaliação Nutricional deste curso),

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e na avaliação bioquímica (parâmetros laboratoriais) deve-se atentar sobre os valores de refe-
rência que são diferentes de mulheres adultas.

3.2. Avaliação Nutricional da Criança


A avaliação nutricional da criança tem diferentes e técnicas e procedimentos, apresen-
tando a fase exploratória com a anamnese, exame físico e dados complementares, a fase de
impressão diagnóstica e por fim a conduta nutricional (ACCIOLY, 2002).
Contudo, os dados antropométricos são os mais utilizados devido à relação com o cresci-
mento somático da criança, que também se associa ao desenvolvimento.
Embora esses parâmetros antropométricos sejam importantes, também deve-se avaliar a
condição nutricional do recém-nascido, verificando a idade gestacional, que apresenta a clas-
sificação em nascido à termo, pré-termo e pós-termo (VITOLO, 2008).
• Termo: que nasceu com 38 a 42 semanas de gestação;
• Pré-termo: que nasceu com menos de 37 semanas de gestação;
• Pós-termo: que nasceu com mais de 42 semanas de gestação.

Crescimento e Desenvolvimento do Lactente

Crescimento e desenvolvimento são fenômenos biológicos, complexos, interrelacionados


e indissociáveis. Se as condições são favoráveis, o crescimento e o desenvolvimento se pro-
cessam em uma sequência ordenada e previsível até que o indivíduo atinja a maturidade.
O crescimento, nesse sentido, pode ser entendido como o aumento da estatura e da mas-
sa (crescimento somático). Já o desenvolvimento abrange as capacidades cognitivas (andar,
falar, brincar, pegar etc). Essas condições são muito importantes, pois, muitas vezes, elas so-
brepõem às heranças genéticas relacionadas ao crescimento e ao desenvolvimento.
Normalmente, a velocidade de crescimento é elevada, porém é menor do que na fase in-
trauterina. O primeiro ano de vida é caracterizado por maior velocidade de crescimento (cerca
de 25 cm/ano), sobretudo nos primeiros seis meses, a qual se reduz a partir do segundo ano
(15 cm/ano). É por isso que a criança, a partir do segundo ano, tende a ter uma redução em seu
apetite, mesmo tendo uma capacidade gástrica maior. Nessa fase, os principais fatores impli-
cados no crescimento da criança são: os nutricionais e ambientais. O fator genético passa a
ter maior importância a partir do fim da infância e o início da adolescência.
Crianças que crescem em condições ambientais e nutricionais mais favoráveis têm maior
desenvolvimento comparado àquelas que vivem em condições menos favoráveis, mesmo que
sejam irmãos e possuam a mesma herança genética.

Crescimento Físico

Ao nascer o lactente passa por três fases de crescimento físico.


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• Perda de peso inicial (1ª semana): perda de 5 a 10% do peso. Corresponde à perda hídri-
ca, catabolismo, eliminação do mecônio e interrupção temporária do fornecimento de
nutrientes.
• Recuperação do peso ao nascer (10º - 15º dia): É variável, depende do peso ao nascer e
da idade gestacional.
• Crescimento intenso: o peso ao nascer é duplicado entre o 4º e o 6º mês, triplicado aos
12 meses e quadruplicado aos 24 meses. O comprimento aumenta em 50% até os 12
meses.

A evolução é variável em função do peso ao nascer e do tipo de alimentação. Também po-


derá variar em função do estado de saúde da criança, do seu estado nutricional, do seu estado
de condições ambientais e tudo o que é ofertado para essa criança.

Peso ao Nascer

A condição do nascimento reflete o período intrauterino. Uma criança com baixo peso ao
nascer é decorrente de uma má nutrição materna e reflete altas taxas de mortalidade infantil.
De outro modo, a macrossomia está ligada ao fato de o bebê estar com um peso acima
do adequado, que pode ser consequência do diabetes gestacional, que da mesma forma está
ligada a nutrição materna.

Terminologias aplicadas ao período gestacional e primeiro ano de vida

Período pós-natal
Período pré-natal
Período pós-
Período neonatal
neonatal

22sem 40sem 7 dias 28 dias 364 dias

Período fetal Período fetal


Precoce Tardia
precoce tardio

Abortamento Período perinatal

O período fetal precoce, que vai da concepção até a 22ª semana, é o período em que pode
ocorrer o chamado “aborto espontâneo”. Já o período fetal tardio é aquele que vai da 22ª se-
mana até a 40ª semana ou até o nascimento.
O período pós-natal começa com o nascimento da criança e se divide em neonatal e pós-
-neonatal. Esse período neonatal ainda se divide em precoce e tardio, sendo o período precoce

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entendido do nascimento até o fim da 1ª semana de vida e o tardio do sétimo dia até o final
do 27º dia. Do final do 27º dia até os 364 dias de vida ocorre o chamado período pós-neonatal.
O período desde a 22ª semana de gestação até o final do 27º dia de vida também é conhe-
cido como período perinatal.

Conceituação de mortalidade aplicada ao período gestacional e primeiro


ano de vida

Mortalidade infantil
Mortalidade fetal
Neonatal Pós-neonatal

22sem 40sem 7 dias 28 dias 364 dias

Precoce Tardio Precoce Tardia

Abortos Perinatal

A mortalidade será dividida segundo os mesmos períodos temporais. Assim, a mortalida-


de fetal é dividida em precoce e tardia, sendo a precoce antes de 22 semanas de gestação e
causada por abortos espontâneos. Já a mortalidade fetal tardia é a que vai da 22ª semana até
a 40ª semana.
No caso da criança nascer e morrer, denomina-se mortalidade infantil. Essa mortalidade é
dividida em neonatal e pós-neonatal, sendo a neonatal dividida em precoce e tardia. A precoce
vai do nascimento até os sete dias de vida, já a tardia vai do 8º dia de vida até o 28º. A morta-
lidade pós-neonatal vai do 29º dia até o 364º dia.
A mortalidade que vai do período fetal tardio até o neonatal tardio é chamada de mortali-
dade perinatal.
A condição nutricional do neonato também pode ser avaliada de acordo com seu peso ao
nascer correspondente à idade gestacional, que deve ser identificado na curva de referência
separada pelo sexo da criança. A classificação é feita em pequeno para idade para idade ges-
tacional, adequado para idade gestacional e grande para idade gestacional.
• Pequeno para idade gestacional (PIG): quando o valor encontra-se abaixo do percentil
10 (p10);
• Adequado para idade gestacional (AIG): quando o valor encontra-se entre percentil 10 e
90 (p10 e p90);
• Grande para idade gestacional (GIG): quando o valor se encontra acima do percentil 90
(p90).

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Previsão de Ganho de Peso da Criança

Dentro do que é considerado adequado para o desenvolvimento da criança espera-se que


ela tenha determinado ganho de peso dentro do primeiro ano de vida, que pode ser consultado
no quadro a seguir.

Ganho de peso esperado (g)


Idade gestacional (meses)
Diário Mensal

0 a 3 23 a 28 700 a 1000

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3 a 6 14 a 21 400 a 600

6 a 9 10 a 16 300 a 500

9 a 12 8 a 14 200 a 400

A partir da análise do gráfico acima, percebe-se que a velocidade máxima de crescimento


é atingida no primeiro ano de vida. A partir desse momento ocorre um declínio da velocidade
de crescimento, logo, há interferência na taxa metabólica basal, ou seja, o  metabolismo da
criança não terá a mesma demanda do primeiro ano em relação à velocidade de crescimento.
O crescimento dos recém-nascidos de baixo peso, que é um grupo heterogêneo com prog-
nóstico variável, depende do grau de imaturidade, da presença ou não de restrição no cresci-
mento intrauterino, do fator etiológico, das condições clínicas ao nascer, do suporte clínico/
nutricional e da qualidade de vida pós-natal. Logo, um grupo que não possui um crescimento
esperado dentro dos valores informados.
Os prematuros de peso adequado para a idade gestacional merecem atenção quanto ao
peso ao nascer, pois podem apresentar uma queda inicial de peso maior que nos recém-nas-
cidos normais. A perda é proporcional ao grau de imaturidade (ou prematuridade), podendo
ser agravada por intercorrências e suporte clínico/nutricional inadequado. Contudo, após a
estabilização do peso, a criança passa por uma fase de transição marcada pela otimização da
nutrição e recuperação do peso. Assim, o peso de nascimento é recuperado por volta de uma a
três semanas, em seguida, o crescimento é retomado em velocidade mais acelerada do que no

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RN, com aceleração máxima entre a 36ª e a 40ª semana. Por volta de um a três anos, as crian-
ças tendem a alcançar a normalidade nas curvas de referência dos RN a termo (homeorrese).
Outro grupo também heterogênio no padrão de desenvolvimento são os recém-nascidos
pequenos para a idade gestacional. Isso ocorre em função do fator etiológico e da duração e
gravidade da restrição no crescimento intrauterino e da idade gestacional. Caso as condições
clínicas e a nutrição sejam adequadas, a recuperação do peso de nascimento tende a ser rá-
pida. Então, uma vez recuperado o peso ao nascer, a velocidade de crescimento é acelerada e
tende a ser maior do que os recém-nascidos a termo eutróficos, geralmente durante os primei-
ros seis a 24 meses de vida, considerado um crescimento compensatório.
O crescimento dos recém-nascidos macrossômicos, aqueles constitucionalmente grandes,
tende a se manter nos percentis mais elevados de peso e comprimento após o nascimento.
Especialmente os recém-nascidos macrossômicos devido a diabetes ou obesidade materna
mantêm, por alguns meses, o mesmo ritmo de crescimento intrauterino, posteriormente pas-
sando por uma desaceleração até atingirem seu percentil próprio (que pode ocorrer ao final ou
após o primeiro ano de vida).

Catch-up Growth ou Crescimento Compensatório

Adaptação fisiológica que possibilita a retomada da trajetória de crescimento geneticamen-


te determinada, após um período de atraso. Caracterizada por aceleração na taxa de ganho de
peso, no comprimento e, no caso do recém-nascido de baixo peso, de perímetro cefálico.

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No gráfico acima, percebe-se que a criança teve um crescimento normal durante o primeiro
ano de vida, mas, por algum motivo, apresentou um crescimento bem abaixo do esperado no
segundo ano de vida. Assim, no terceiro ano houve o chamado crescimento compensatório,
em que a criança cresceu em patamares bem superiores ao esperado para essa idade, isso
como uma forma de compensar o déficit do ano anterior. Do quarto ano em diante, observa-se
que o crescimento ocorreu conforme o esperado, e assim se manteve ao longo de sua vida.
A literatura mostra que o crescimento compensatório demanda uma aceleração metabóli-
ca muito intensa, o que pode sobrecarregar o coração da criança e gerar problemas cardíacos
em um momento futuro da vida dessa criança.

Proporção Corporal dos Lactentes

No início da vida fetal, a cabeça representa 50% do corpo, já no adulto, apenas 10%. Isso
ocorre, pois, na vida intrauterina e no 1º ano de vida a velocidade de crescimento cerebral é
maior, com tamanho proporcionalmente maior da cabeça. Nas primeiras etapas da vida o cres-
cimento do segmento superior (cabeça e tronco) é extremamente rápido.
As referências antropométricas utilizadas na avaliação do lactente são as do National Cen-
ter for Health Statisticas (NCHS) do anos de 1977, do Centers for Disease Control and Preven-
tion (CDC) de 2000 e da Organização Mundial de Saúde de 2006.

Antropometria

Periodicamente são avaliados na criança medidas como peso, estatura (comprimen-


to), perímetro cefálico, perímetro torácico e perímetro braquial. Os  dois últimos com menor
frequência.
Esses valores mensurados serão posteriormente avaliados de acordo com índices antro-
pométricos que relacionam as medidas entre elas para estabelecer um critério de desenvolvi-
mento. Os índices antropométricos são apresentados no formato de curvas e são separados
por sexo, por grupos de idade e em valores de percentil e z-escore.
ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS:
• Peso para idade (P/I)
− do nascimento aos 6 meses;
− do nascimento aos 2 anos;
− dos 6 meses até 2 anos;
− de 2 anos a 5 anos;
− do nascimento aos 5 anos;
− dos 5 aos 10 anos;
• Estatura ou comprimento ou altura para idade (E/I)
− do nascimento aos 6 meses;

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− do nascimento aos 2 anos;


− dos 6 meses até 2 anos;
− de 2 anos a 5 anos;
− do nascimento aos 5 anos;
− dos 5 aos 19 anos (altura).
• Peso para estatura (P/E)
− do nascimento aos 2 anos;
− de 2 a 5 anos;
− do nascimento aos 5 anos;
• IMC para idade (IMC/I)
− do nascimento aos 2 anos;
− de 2 a 5 anos;
− do nascimento aos 5 anos;
− dos 5 aos 19 anos.

Alguns índices de proporcionalidade também podem ser utilizados para avaliar o estado
nutricional do recém-nascido (RN), como a razão peso/comprimento e o índice de Roher, que é
determinado por meio de uma equação.
ÍNDICES DE PROPORCIONALIDADE:
• razão peso/comprimento (P/C);
• índice ponderal (IP) de Roher

IP = Peso ao nascer (g) × 100


Comprimento ao nascer3 (cm)
− IP < 2,3. Baixo: RN desproporcional;
− IP entre 2,3 e 3,0. Normal: RN proporcional;
− IP > 3,0. Elevado.

Razão Perímetro Cefálico/Perímetro Torácico (PC/PT)


• PC/PT > 1,0 – normal;
• PC/PT < 1,0 – ao nascer – indicativo de retardo no crescimento cerebral.

 Obs.: Quando uma criança nasce, a sua cabeça representa quase 25% de todo o seu corpo.

Na vida intrauterina, esse tamanho da cabeça pode representar cerca de 50% do corpo do
feto. Assim, quando a criança nasce, a circunferência da cabeça deve ser maior do que a do
tórax, pois, nesse primeiro momento, a cabeça é maior que o tórax.
A partir dos seis meses, a tendência é que cabeça e tórax tenham tamanhos semelhantes.
Posteriormente, a tendência é que a cabeça seja menor que o tórax. Esse é o parâmetro deter-

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minado para o crescimento normal da criança. Se, ao nascer, a criança tem a circunferência da
cabeça menor que a do tórax, então há a possibilidade de um crescimento cerebral inadequado.

Classificação dos Índices Antropométricos (OMS, 2006)

Ao classificar as crianças nas curvas é importante, na verdade, avaliar o comportamento


da curva a partir da característica da linha formada por mais de um ponto avaliado.

DICA
Nas provas as bancas cobram esses valores, seja em percentil
ou em Escore-z. Logo, o candidato deve conhecê-los e, prefe-
rencialmente, decorá-los.

• Estatura para idade:

Expressa o crescimento linear da criança. Na condição de índice que melhor aponta o efei-
to cumulativo de situações adversas sobre o crescimento da criança, é considerado o indica-
dor que revela comprometimento nutricional crônico (SBP, 2021).

Valores críticos
Diagnóstico nutricional
Percentil Z escore

< p 0,1 < -3 Muito baixa estatura para idade

> p 0,1 e < p 3 > -3 e < -2 Baixa estatura para idade

> p 3 > -2 Estatura adequada para idade


• Peso para idade

Expressa a relação existente entre a massa corporal e a idade cronológica da criança.


É o índice utilizado principalmente na avaliação do baixo peso. É também adequada para o
acompanhamento do ganho de peso e reflete a situação global da criança, mas não diferencia
o comprometimento nutricional atual (ou agudo) dos pregressos (ou crônicos), pois o peso
estaria afetado em ambas as situações. Por isso, é importante complementar essa avaliação
com outro índice antropométrico (SBP, 2021).
Especialmente para a curva de peso por idade para crianças menores que 1 ano é impor-
tante que a curva esteja ascendente para representar o ganho de peso adequado. Se a curva
estiver reta isso evidenciará uma redução na velocidade do ganho de peso, o que deve gerar um
alerta quanto ao estado nutricional. E quando a curva estiver descendente é um representativo
de inicio de desnutrição, perda de peso e mudança brusca na prática alimentar (VITOLO, 2008).

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Valores críticos
Diagnóstico nutricional
Percentil Z escore

< p 0,1 < -3 Muito baixo peso para idade

> p 0,1 e < p 3 > -3 e < -2 Baixo peso para idade

> p 3 < p 97 > -2 e < +2 Peso adequado para idade

> p 97 > +2 Peso elevado para idade


• Peso para estatura

Dispensa dados sobre a idade e expressa a harmonia entre as dimensões de massa corpo-
ral e estatura. É utilizado tanto para identificar o emagrecimento quanto o excesso de peso da
criança (SBP, 2021).

Valores críticos
Diagnóstico nutricional
Percentil Z escore

< p 0,1 < -3 Magreza acentuada

> p 0,1 e < p 3 > -3 e < -2 Magreza

> p 3 < p 85 > -2 e < +1 Eutrofia

> p 85 < p 97 > +1 e < +2 Risco de sobrepeso

> p 97 < p 99,9 > +2 e < +3 Sobrepeso

> p 99,9 > +3 Obesidade


• IMC para idade

Expressa a relação entre o peso da criança e o quadrado da estatura. Utilizado principal-


mente para identificar o excesso de peso entre crianças e adolescentes, tem a vantagem de ser
um índice empregado em outras fases da vida (SBP, 2021).

Valores críticos Diagnóstico Diagnóstico


nutricional nutricional
Percentil Z escore De 0 a 5 anos De 5 a 10 anos

< p 0,1 < -3 Magreza acentuada Magreza acentuada

> p 0,1 e < p 3 > -3 e < -2 Magreza Magreza

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> p 3 < p 85 > -2 e < +1 Eutrofia Eutrofia

> p 85 < p 97 > +1 e < +2 Risco de sobrepeso Sobrepeso

> p 97 < p 99,9 > +2 e < +3 Sobrepeso Obesidade

> p 99,9 > +3 Obesidade Obesidade grave


• Análise relacional entre A/I e P/A

Depois que o nutricionista coletar o peso e a estatura da criança, deverá comparar esses
dados fazendo uma adequação entre o peso e a estatura do percentil 50 da curva NCHS. Os re-
sultados devem levar como base a tabela abaixo (VITOLO, 2008).

P/A > 90% P/A < 90%

Desnutrição atual ou aguda


A/I > 95% Eutrofia
(wasting)

Desnutrição pregressa Desnutrição crônica (stunding e


A/I < 95%
(studing) wasting)

 Obs.: A desnutrição pregressa pode fazer com que a criança, apesar de possuir um peso
adequado, esteja com uma estatura abaixo do esperado para a sua idade. Já no caso
da desnutrição crônica, a  criança apresenta tanto peso quanto estatura abaixo do
esperado, o que representa um alto risco nutricional.

4. Recomendações Nutricionais
4.1. Suplementação
Vitamina D

Nos primeiros 6 meses, o aporte de vitaminas, exceto o de vitamina D, é garantido pelo leite
materno. No caso da vitamina D, o leite humano possui quantidade insuficiente para suprir as
necessidades do lactente (1 litro = 20 a 40 UI). Dessa forma, a Sociedade Brasileira de Pediatria
(SBP, 2021b) recomenda a suplementação nos primeiros 2 anos de vida, mesmo para crianças
em aleitamento materno exclusivo, de seguinte forma:
• 400 UI por dia a partir da 1ª semana de vida até completar um ano de idade;
• 600 UI por dia de 1 (um) ano até completar 2 (dois) anos de idade.

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Deve-se estar atento às diferentes preparações comerciais: 200 UI/ gota, 400 UI/ gota,
500 UI/gota.

Vitamina A

A OMS recomenda a administração de suplementos de vitamina A para prevenir a carência,


a xeroftalmia e a cegueira de origem nutricional em crianças de 6 a 59 meses. O Programa Na-
cional de Suplementação de Vitamina A, que contempla as regiões Norte, Nordeste, áreas de
risco do Estado de Minas Gerais, São Paulo e municípios de várias regiões do país, suplementa
megadoses da vitamina por via oral, conforme descrito abaixo:
• crianças de 6 a 11 meses, 100.000 UI (Uma dose), a cada 6 meses;
• crianças de 12 a 59 meses, 200.000 UI, a cada seis meses.

 Obs.: Vale lembrar que a carência de vitamina A na criança está correlacionada a problemas
de visão, a fome oculta e outros processos nutricionais. Tudo isso pode gerar carên-
cias ainda mais específicas e uma série de problemas nutricionais para a criança.

Ferro

A Sociedade Brasileira de Pediatria (2021) recomenda que a suplementação de ferro seja


feita a partir de 30 dias de vida até um ano, de acordo com o peso de nascimento:
• Entre 2500g e 1500g → 2 mg/kg/dia
• Entre 1500 e 1000g → 3 mg/kg/dia
• Inferior a 1000g → 4 mg/kg/dia

Após um ano de vida, suplementar 1 mg/kg/dia por mais um ano.

 Obs.: Essa recomendação de suplementação de ferro profilática ocorre para evitar que a
criança desenvolva anemia e para garantir que a criança tenha reservas de ferro sufi-
cientes para fazer a sua função no organismo, principalmente na formação de células
vermelhas.

4.2. Anemias
Durante o período gestacional podem ocorrer a anemia ferropriva e a anemia megaloblás-
tica. Segundo a FAO/OMS a anemia é uma condição na qual o conteúdo de Hb (hemoglobina)
no sangue é menor que o normal, como resultado da deficiência de um ou mais nutrientes.
• Anemia ferropriva

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Como a anemia é caracterizada pela diminuição da hemoglobina na corrente sanguínea,


o diagnóstico, portanto, é realizado por meio de um exame bioquímico: o hemograma.
Na gestante, o ferro será requerido pelo organismo para:
− expansão das hemácias;
− repor perdas insensíveis (pele, fezes, urina);
− nutrir o feto;
− irrigar a placenta e cordão umbilical;
− repor perdas de sangue no parto.

Valores de referência para gestantes

Exame Valor aceitável

Hemoglobina > 11 (g/dL)

Hematócrito 33 %

Ferro sérico > 40 μg/100mL

Transferrina > 15 %

Esses são os valores aceitáveis para que a gestante não desenvolva um processo de
anemia. Abaixo disso, somado aos demais processos, é  possível considerar o diagnóstico
de anemia.

Concentração de Hb e hematócrito na gestação

Período gestacional Hg (mg) Hct (%)

1º trimestre 11,0 33,0

2º trimestre 10,5 31,5

3º trimestre 11,0 33,0


• Anemia megaloblástica

Ocorre pela deficiência de ácido fólico ou vitamina B12 e está relacionado com várias con-
sequências como:
− menor taxa de síntese de DNA nas células ocasionando defeitos no tubo neural;
− baixo peso ao nascer;
− prematuridade.

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 Obs.: É por esse motivo que há a recomendação de, no início da gestação, suplementar ferro
e ácido fólico.

003. (COMPERVE/UFRN/NUTRICIONISTA/2019) Em relação aos enjoos, o nutricionista deve


orientar que estes são comuns durante:
a) Toda a gestação, que ela deverá evitar comer frequentemente e deve dar preferência a ali-
mentos mais secos (bolachas de água e sal, pão).
b) O 1º trimestre de gestação, que é importante não ficar muito tempo sem se alimentar, deven-
do escolher alimentos mais secos (bolachas de água e sal, pão).
c) Toda a gestação, que é importante não ficar muito tempo sem se alimentar, devendo evitar
alimentos mais secos (bolachas de água e sal, pão).
d) O 1º trimestre de gestação, que ela deverá evitar comer frequentemente devendo escolher
alimentos mais secos (bolachas de água e sal, pão).

Os enjoos são comuns no primeiro trimestre da gestação. Nesse sentido, o nutricionista deve
orientar a gestante a não passar muito tempo sem comer e a dar preferência a alimentos
mais secos.
Letra b.

004. (PREFEITURA DE FORTALEZA – CE/NUTRICIONISTA/2018) A anemia na gravidez é


caracterizada quando os valores de hemoglobina são iguais ou menores que:
a) 11 g/dL.
b) 12 g/dL.
c) 13 g/dL.
d) 14 g/dL.

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O valor limítrofe de hemoglobina para que ocorra a caracterização da anemia ferropriva na


gravidez é de 11 g/dL. Abaixo disso, é possível o diagnóstico da anemia.
Letra a.

4.3. Situações Comuns Durante a Gestação


• Náuseas ou enjoos

São os sintomas mais relatados pelas gestantes no primeiro trimestre. Eles nem sempre
acontecerão, contudo, é comum que aconteçam.
Etiologia: hormonal, psicológica e nutricional.
Recomendações nutricionais:
− Biscoito água e sal ou torradas antes de se levantar;
− Refeições menores, sólidas e mais frequentes;
− Evitar café, molhos, frituras, alimentos gordurosos ou muito temperados;
− Deitar-se, sentar-se e mover-se lentamente;
− Respirar ar puro;
− Evitar o uso de medicamentos sem receita médica.
• Constipação

Pode estar presente ao longo de toda a gestação devido ao aumento da progesterona, mas
pode se agravar a partir da 20ª semana.
Etiologia: hormonal, mecânica, nutricional ou inatividade.
Recomendações:
− Aumentar consumo de água;
− Consumir alimentos ricos em fibras alimentares;
− Refeições pequenas;
− Praticar atividade física regular;
− Não fazer uso de laxantes.
• Pirose (azia)

Ocorre mais comumente devido à redução do espaço na cavidade abdominal, com a pres-
são do útero sobre o estômago.
Etiologia: hormonal e mecânica.
Recomendações:
− Refeições menores, em pequenas porções;
− Evitar refeições pesadas à noite, refeições gordurosas, café, tempero, chocolate, in-
gestão de líquidos durante as refeições;

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− Manter a cabeceira da cama mais elevada;


− Usar roupas confortáveis;
− Evitar o fumo.

5. Guia Alimentar para Crianças Menores que 2 Anos


O Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de 2 Anos é um documento oficial
do Ministério da Saúde alinhado ao Guia Alimentar para a População Brasileira, publicado em
2014. Ele traz recomendações e informações sobre alimentação de crianças nos dois primei-
ros anos de vida com o objetivo de promover saúde, crescimento e desenvolvimento para que
elas alcancem todo o seu potencial (BRASIL, 2019).
A alimentação tem papel fundamental em todas as etapas da vida, especialmente nos pri-
meiros anos, que são decisivos para o crescimento e desenvolvimento, para a formação de há-
bitos e para a manutenção da saúde. Dessa forma, o Guia contempla diversas recomendações
e orientações para a adequada alimentação e introdução alimentar das crianças.
De forma resumida, o Guia apresenta algumas orientações no formato de 12 passos para
alimentação saudável das crianças menores de 2 anos.

5.1. Doze Passos para uma Alimentação Saudável


1) Amamentar até 2 anos ou mais, oferecendo somente o leite materno até 6 meses;
2) Oferecer alimentos in natura ou minimamente processados, além do leite materno, a par-
tir dos 6 meses;
3) Oferecer água própria para o consumo à criança em vez de sucos, refrigerantes e outras
bebidas açucaradas;
4) Oferecer a comida amassada quando a criança começar a comer outros alimentos além
do leite materno;

 Obs.: Nesse ponto, o recomendado é oferecer esses alimentos amassados separadamente.


Ao  oferecer um mix de alimentos amassados (ex.: arroz, feijão, legumes e caldo de
carne) a criança terá maior dificuldade de identificar os sabores e entender aquilo que
está comendo. Assim, na hora da refeição, o ideal é amassar esses alimentos separa-
damente e oferecer um de cada vez para a criança.

5) Não oferecer açúcar nem preparações ou produtos que contenham açúcar à criança até
2 anos de idade;
6) Não oferecer alimentos ultraprocessados para a criança;
7) Cozinhar a mesma comida para a criança e para a família;
8) Zelar para que a hora da alimentação da criança seja um momento de experiências po-
sitivas, aprendizado e afeto junto da família;
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9) Prestar atenção aos sinais de fome e saciedade da criança e conversar com ela durante
a refeição;
10) Cuidar da higiene em todas as etapas da alimentação da criança e da família;
11) Oferecer à criança alimentação adequada e saudável também fora de casa;
12) Proteger a criança da publicidade de alimentos.

005. (CESPE/HUB/NUTRIÇÃO/2018) No que se refere ao aleitamento materno e à alimenta-


ção de lactentes, julgue o item seguinte.
A alimentação complementar adequada inclui alimentos fontes de ferro heme, como carnes
e vísceras — que têm maior disponibilidade de ferro e não estão expostos a fatores inibidores
— e alimentos fontes de ferro não heme, como ovos, leguminosas e cereais — cuja absorção
pode ser aumentada por agentes facilitadores (carnes, vitamina C e vitamina A).

Os 12 passos da alimentação saudável para crianças menores de dois anos contemplam a


oferta de alimentos ricos em ferro. Além disso, o nutricionista pode recomendar a ingestão de
alimentos ricos em vitamina C para potencializar a absorção desse ferro.
Certo.

006. (FEPESE/PREFEITURA DE FRAIBURGO–SC/NUTRICIONISTA/2019) Analise as afirma-


tivas abaixo em relação à avaliação nutricional de crianças.
1) Uma criança com IMC/idade ≥ + 1 DP é classifica como com excesso de peso.
2) Uma relação Perímetro Torácico/Perímetro Cefálico (PT/PC) menor do que 1, aos 4 anos de
idade, indica desnutrição energético-proteica.
3) O peso por idade (P/I) reflete exclusivamente os comprometimentos agudos do estado
nutricional.
4) É correto afirmar que uma criança que tem a estatura para a idade (E/I) < – 1 DP está com
baixa estatura.
5) A estatura por idade (E/I) expressa o crescimento linear, refletindo comprometimentos crô-
nicos do início da infância.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
a) São corretas apenas as afirmativas 1 e 4.
b) São corretas apenas as afirmativas 2 e 5.
c) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 4.
d) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 5.
e) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 5.

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1) Nesse caso, a criança é classificada como excesso de peso.


2) No início da vida da criança, até os seis meses, o perímetro da cabeça da criança é maior
que o tórax. Aos seis meses, esse perímetro da cabeça é igual ao do tórax e, posteriormente,
a tendência é que o perímetro cefálico diminua em relação ao tórax nos demais anos de vida.
Assim, se a criança tem o tórax menor que o perímetro cefálico acima dos seis meses de vida,
isso indica um caso de desnutrição.
3) Na realidade, esse indicador não reflete exclusivamente a desnutrição aguda, pois também
pode refletir a desnutrição crônica.
4) Não existe essa classificação.
Letra d.

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RESUMO
Neste módulo foi abordada desde as bases fisiológicas da gestação até algumas recomen-
dações nutricionais para a gestante e a criança. Foi visto que a placenta exerce importante
papel tanto para o desenvolvimento do feto fornecendo nutrientes, promovendo a troca gaso-
sa e proteção mecânica, mas também controlando de forma hormonal o corpo da mulher de
modo a garantir condições ideias para o bebê que está sendo gerado. Isto tanto para o período
durante a gestação como posteriormente ao nascimento.
No caso do controle hormonal, existem alguns hormônios que se destacam. O estrogênio,
que estimula o apetite na primeira metade da gestação e reduz na segunda metade, além de
aumentar a elasticidade da parede uterina. A progesterona, que é responsável por manter a
gestação, favorece os depósitos de gordura no corpo da gestante e diminui a motilidade do
trato gastrointestinal. O HCG, que é responsável por impedir a rejeição imunológica do embrião
e também pelos vômitos do primeiro trimestre de gestação. O lactogênio placentário humano,
que estimula o desenvolvimento das glândulas mamárias e apresentando importante papel
na lactação, além de estimular a lipólise e o aumento da glicemia no final da gestação. E a
insulina, que possui papel normal de captação de glicose, mas que no fim da gravidez possui
resposta anormal apresentando resistência à ação.
Após o parto, inicia-se o processo de amamentação, que deve ser estimulada na primeira
hora. Deve-se lembrar que a garantia desse processo depende da técnica de amamentação
empregada que contribuirá para a boa “pega” do bebê. A amamentação deve ser exclusiva até
os 6 meses da criança e depois mantida com alimentação complementar até os 2 anos. Mãe
HIV positivas e com sarampo não devem amamentar, contudo durante as complicações rela-
cionadas à amamentação, como ingurgitamento, mastite e abscessos não há contra indicação.
A produção do leite materno é estimulada pelo hormônio prolactina, já a ejeção pela ocito-
cina. A lactopoese gera três tipos de leite: o colostro, o leite de transição e leite maduro. O leite
maduro pode ser divido em leite anterior e posterior, que, respectivamente, hidrata mais e for-
nece mais calorias. Importante lembrar que a composição do leite materno se diferencia muito
do leite de vaca. O leite materno possui uma fração de apenas 40% de caseína (menor que no
leite de vaca) e seu componente das proteínas no soro contêm um diferente tipo de lactoalbu-
mina além de imunoglobulinas.
Para certificar do adequado desenvolvimento da criança é recomendado utilizar de pa-
drões, índices e curvas de crescimento. Ao nascer, a criança já é submetida à primeira clas-
sificação quando ao momento do nascimento, descrita em pré-termo (< 37 semanas), termo
(entre 37 e 40 semanas) e pós-termo (> 40 semanas). O peso ao nascer também é importante
parâmetro, sendo a criança classificada em pequena para idade gestacional (PIG), adequada
para idade gestacional (AIG) e grande para idade gestacional (GIG). Após, as crianças devem
ser avaliadas de acordo com as curvas propostas pela OMS (2006). As  curvas relacionam

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parâmetros antropométricos que depois apresentam classificações relacionadas ao estado


nutricional. As mais utilizadas são as de peso para idade (P/I), estatura para idade (E/I), peso
para estatura (P/E) e índice de massa corporal para idade (IMC/I).
Já a avaliação nutricional as gestantes, que além de contemplar todos os parâmetros ob-
jetivos e subjetivos tradicionais, deve se valer da relação do IMC com a idade gestacional.
Essa relação é importante para determinação do estado nutricional e possui curva específica,
chamada curva de Atalah, para adequada classificação. Visto que a gestante está formando
um novo ser, espera-se que toda mulher grávida ganhe peso. Todavia, existe um ganho de peso
esperado que é diferente a depender do estado nutricional pré-gestacional.
Para finalizar, existem recomendações de suplementação alimentar tanto para as gestan-
tes quanto para as crianças. Nas crianças há recomendação de suplementação de ferro para
evitar anemias, além de vitamina A. Especialmente nas gestantes, mais especificamente no
período pré-gestacional, é importante a suplementação de ácido fólico para evitar defeitos na
formação do tubo neural do feto, e também é recomendada a suplementação de ferro. Para
este grupo não existem mais indicações de suplementação, mas algumas situações típicas da
gestação podem exigir recomendações nutricionais direcionadas, como em casos de náuseas
e vômitos, constipação e pirose.

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MAPA MENTAL

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QUESTÕES DE CONCURSO
007. (UFMT/UFSBA/NUTRICIONISTA/2017) NÃO são fatores de risco para o diabetes
gestacional:
a) Estatura superior a 1,80 m e ganho excessivo de peso na gravidez anterior.
b) Sobrepeso, obesidade e ganho excessivo de peso na gravidez atual.
c) Idade materna avançada e ganho excessivo de peso na gravidez atual.
d) Crescimento fetal excessivo, polidrâmnio, hipertensão ou pré-eclâmpsia na gravidez atual.

De todos os fatores de risco citados nessa questão, apenas a estatura superior a 1,80 m e o
ganho excessivo de peso na gravidez anterior não são considerados fatores de risco para o
diabetes gestacional. O crescimento fetal excessivo, no entanto, é mais uma consequência do
diabetes gestacional e não um fator de risco.
Letra a.

008. (IBADE/PREFEITURA DE RIO BRANCO – AC/NUTRICIONISTA/2017) Sobre o acompa-


nhamento do estado nutricional de gestantes, assinale a alternativa que apresenta a adequa-
da avaliação do traçado da curva no Gráfico de Índice de Massa Corporal (IMC) por semana
gestacional.
a) Baixo peso: a curva deve apresentar inclinação ascendente, paralela à curva que delimita a
parte superior da faixa de estado nutricional baixo peso.
b) Obesidade: a curva deve apresentar inclinação descendente, até a gestante entrar na área de
adequação do estado nutricional.
c) Sobrepeso: a curva deve apresentar inclinação descendente, até a gestante entrar na área de
adequação do estado nutricional, e depois ascendente.
d) Obesidade: a curva não deve ter inclinação, mantendo-se reta desde a primeira avaliação,
até o final da gestação.
e) Adequado: a curva deve apresentar inclinação ascendente paralela às curvas que delimitam
a área de adequação do estado nutricional.

a) Errada. No baixo peso a inclinação deve ser ascendente superior à curva que delimita a parte
superior da faixa de estado nutricional baixo peso.
b) Errada. A curva nunca deve ser descendente.
c) Errada. A curva nunca deve ser descendente.
d) Errada. A curva deve ser sempre ascendente.
Letra e.

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009. (IBFC/EBSERH/NUTRICIONISTA/HUGG-UNIRIO/2017) Em 2009, o Institute of Medici-


ne (IOM) publicou recomendações relativas ao ganho de peso materno durante a gestação,
sendo a faixa de ganho total de peso recomendada para mulheres com IMC pré-gestacional
inferior a 18,5 kg/m² (quilogramas por metro quadrado) de:
a) 5,5 a 9 Kg (quilogramas).
b) 8 a 11,5 Kg (quilogramas).
c) 10,5 a 14 Kg (quilogramas).
d) 12,5 a 18 Kg (quilogramas).
e) 17,5 a 21 Kg (quilogramas).

No caso narrado, a recomendação é de 12,5 a 18 Kg (quilogramas).


Letra d.

010. (CESPE/HUB/2018) No que se refere ao aleitamento materno e à alimentação de lacten-


tes, julgue o item seguinte.
O colostro, leite materno secretado nos primeiros dias, contém mais gordura e menos proteína
do que o leite maduro.

O colostro tem uma composição mais específica e rica em proteínas. Além disso, ele é dotado
de poder laxativo para a liberação do mecônio (primeiras fezes da criança).
Errado.

011. (CESPE/HUB/2018) No que se refere ao aleitamento materno e à alimentação de lacten-


tes, julgue o item seguinte.
Situação hipotética: Determinado lactente, durante a amamentação, abocanha o mamilo e par-
te da aréola, com o lábio inferior virado para fora, faz leves ruídos com a língua, e sua cabeça e
seu pescoço ficam alinhados e próximos à mãe. Assertiva: Nesse caso, a amamentação está
correta e a pega – sucção –, adequada.

No caso narrado, como a criança abocanhou apenas parte da auréola e está fazendo ruídos
com a língua, existe a possibilidade de aerofagia, ou seja, a criança está sugando ar junto ao
leite da mãe. Logo, a pega e a sucção não estão adequadas, pois o correto seria que a criança
abocanhasse o mamilo e a auréola por completo.
Errado.

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012. (UFPR/PREFEITURA DE CURITIBA – PR/NUTRICIONISTA/2019) Assinale a alternativa


que corresponde ao hormônio da lactação responsável pela ejeção do leite materno por meio
da contração das células mioepiteliais nos alvéolos mamários.
a) Prolactina.
b) Progesterona.
c) Estrogênio.
d) Lactogênio placentário.
e) Ocitocina.

O hormônio responsável pela ejeção do leite materno é a ocitocina.


Letra e.

013. (INSTITUTO EXCELÊNCIA/PREFEITURA DE RIO NOVO – MG/2019) Quanto alguns dos


“dez passos para o sucesso do aleitamento materno”, analise as assertivas abaixo e atribua (V)
verdadeiro ou (F) falso para as afirmativas a seguir:
( ) Ter uma norma escrita sobre aleitamento, que deveria ser rotineiramente transmitida a toda
a equipe de cuidados de saúde e encorajar o aleitamento sob livre demanda.
( ) Treinar toda a equipe de saúde, capacitando-a para implementar essa norma e informar to-
das as gestantes sobre as vantagens e o manejo do aleitamento.
( ) Ajudar as mães a iniciar o aleitamento na segunda hora após o nascimento e mostrar às
mães como amamentar e manter a lactação se não vierem a ser separadas de seus filhos.
( ) Não dar a recém-nascidos nenhum outro alimento ou bebida além do leite materno, a não
ser que tal procedimento seja indicado pelo nutricionista e encorajar o estabelecimento de gru-
pos de apoio ao aleitamento, aos quais as mães não deverão ser encaminhadas por ocasião
da alta do hospital ou ambulatório.
( ) Praticar o alojamento conjunto ou seja, permitir que mães e bebês permaneçam juntos 24
horas por dia e não dar bicos artificiais ou chupetas a crianças amamentadas ao seio.
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência CORRETA:
a) V-V-V-V-F.
b) V-V-F-F-V.
c) V-F-V-V-F.
d) Nenhuma das alternativas.

Para responder essa questão é necessário conhecer os Dez Passos Para o Sucesso do Aleita-
mento Materno, revisados em 2018. Procedimentos críticos de gestão:
1a. Cumprir plenamente o Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite
Materno e as resoluções relevantes da Assembleia Mundial da Saúde; 1b. Ter uma política

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de alimentação infantil por escrito que seja rotineiramente comunicada à equipe e aos pais;
1c. Estabelecer sistemas contínuos de monitoramento e gerenciamento de dados; 2. Garan-
tir que a equipe tenha conhecimento, competência e habilidades suficientes para apoiar a
amamentação.
Práticas clínicas chave: 3. Discutir a importância e o manejo da amamentação com mulhe-
res grávidas e suas famílias; 4. Facilitar o contato pele a pele imediato e ininterrupto e apoiar
as mães a iniciar a amamentação o quanto antes após o nascimento (preferencialmente na
primeira hora após o nascimento); 5. Apoiar as mães para iniciar e manter a amamentação e
gerenciar dificuldades habituais; 6. Não fornecer a recém-nascidos amamentados alimentos
ou líquidos que não sejam o leite materno, a menos que indicado clinicamente; 7. Permitir que
mães e filhos permaneçam juntos e pratiquem o alojamento conjunto 24 horas por dia; 8. Aju-
dar as mães a reconhecer e responder às pistas sobre alimentação fornecidas pelo bebê; 9.
Aconselhar as mães sobre o uso e os riscos de mamadeiras, bicos e chupetas; 10. Coordenar
a alta para que os pais e seus filhos tenham acesso oportuno a apoio e cuidados contínuos.
Letra b.

014. (CESPE/IFF/NUTRIÇÃO/2018) Em relação aos indicadores antropométricos recomen-


dados para a avaliação do crescimento e desenvolvimento de crianças, assinale a opção que
apresenta o indicador que reflete déficits de longa duração, decorrente de agravos à saúde ou
déficits nutricionais, também chamados de stunting.
a) estatura para o peso.
b) estatura para a idade.
c) peso para a idade.
d) peso para a estatura.
e) índice de massa corporal para idade.

O termo stunting está relacionado a um caso de desnutrição pregressa. Nesse sentido, se a


velocidade de crescimento da criança ficou prejudicada, a tendência é que, futuramente, essa
criança tenha uma dificuldade em atingir uma estatura adequada para a idade devido aos pre-
juízos da alimentação causados no primeiro ano de vida.
Letra b.

015. (IBFC/EBSERH/NUTRICIONISTA/2017) A deficiência de vitamina A é considerada uma


das mais importantes deficiências nutricionais nos países em desenvolvimento. Dentre os gru-
pos populacionais tradicionalmente reconhecidos como “de risco” para hipovitaminose A estão:
a) Idosos e gestantes.
b) Adolescentes e lactentes.
c) Puérperas e pré-escolares.

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d) Etilistas e escolares.
e) Obesos e indígenas.

Em 2004, o Ministério da Saúde definiu crianças de seis a 11 meses, bem como as de 12 a 59


meses, além das puérperas no pós-parto como sendo grupos de risco para a suplementação
de vitamina A. A deficiência de vitamina A pode gerar nas crianças a chamada “fome oculta”.
Trata-se de uma dificuldade no desejo de se alimentar. Quando isso acontece, os pais normal-
mente oferecem alimentos que não são recomendados, como bolachas, chocolates e petiscos
para tentar fazer com que essa criança coma. Essa oferta de alimentos inadequados pode
gerar uma série de problemas na criança, tal como a obesidade.
Letra c.

016. (BFC/EBSERH/NUTRICIONISTA/2017) Na adolescência, a necessidade de ferro aumen-


ta devido ao rápido crescimento e aumento da massa muscular; além disso, particularmente
para o sexo feminino, há um aumento adicional com o evento da menarca, por causa da per-
da de ferro durante a menstruação. Assim, a ingestão dietética recomendada (RDA) de ferro
para adolescentes do sexo feminino, não gestantes e não lactantes, com idade entre 14 e 18
anos é de:
a) 10 miligramas ao dia.
b) 15 miligramas ao dia.
c) 20 miligramas ao dia.
d) 24 miligramas ao dia.
e) 28 miligramas ao dia.

De acordo com a RDA, a ingestão dietética recomendada de ferro para as adolescentes do sex-
to feminino, não gestantes e não lactantes, com idade entre 14 e 18 anos é de 15 miligramas
ao dia, conforme mostra a tabela a seguir:

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Letra b.

017. (IBFC/EBSERH/NUTRICIONISTA/2017) Sobre as práticas maternas durante a amamen-


tação, é correto afirmar que:
a) A ingestão de cafeína por mães que amamentam é contraindicada, independentemente da
quantidade ingerida, uma vez que a cafeína passa para o leite materno, prejudicando a absor-
ção do cálcio do leite pelo lactente.
b) A prática do aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida do lactente não impede
a instalação de anemia ferropriva, sendo, portanto, essencial que a criança receba suplemento
de ferro desde o seu nascimento.
c) A ingestão de peixes pela mãe é contraindicada, pois provoca mudança de odor no leite ma-
terno, levando à recusa da criança.
d) A ingestão de bebidas alcoólicas pela mãe é permitida, ainda que frequente, entretanto,
a mãe deve ser orientada a só amamentar após 30 minutos da ingestão da bebida.
e) O esvaziamento completo da mama, possibilitando que o bebê receba o leite posterior e, em
consequência, menos lactose, melhora os sintomas das cólicas.

a) Errada. A cafeína ingerida pela mãe não necessariamente passará para a criança por meio
do leite materno, pois o organismo dessa mãe também fará o uso dessa cafeína.
b) Errada. O ferro contido no leite materno tem uma alta biodisponibilidade, ou seja, grande
parte do que é ofertado para a criança será absorvido, logo, se a mãe se alimenta corretamen-
te e amamenta essa criança de forma correta até o sexto mês, dificilmente será necessária a
suplementação de ferro.

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c) Errada. Não existe comprovação de que o peixe pode provocar essa mudança no odor do
leite materno. A literatura mostra que os alimentos capazes de promover essa alteração no
odor do leite materno são, por exemplo, o alho e a baunilha em excesso.
d) Errada. Não existe nenhuma recomendação de que a mãe possa ingerir bebidas alcoólicas
durante a gestação e a amamentação. Na realidade, o recomendado é que a mãe não ingira
bebidas alcóolicas durante o período de amamentação para evitar que ocorram alterações no
odor e no sabor do leite, o que pode gerar a recusa por parte da criança.
e) Certa. Existe uma diferença em relação à composição do leite no início da mamada e no
seu fim. Por isso, o chamado leite posterior tem um menor teor de lactose, o que favorece a
diminuição das cólicas.
Letra e.

018. (IBFC/EBSERH/NUTRICIONISTA/2017) Em 2009, o Institute of Medicine (IOM) publicou


recomendações relativas ao ganho de peso materno durante a gestação, sendo a faixa de ga-
nho total de peso recomendada para mulheres com IMC pré-gestacional inferior a 18,5 kg/m²
(quilogramas por metro quadrado) de:
a) 5,5 a 9 Kg (quilogramas).
b) 8 a 11,5 Kg (quilogramas.)
c) 10,5 a 14 Kg (quilogramas).
d) 12,5 a 18 Kg (quilogramas).
e) 17,5 a 21 Kg (quilogramas).

Para responder essa questão é importante conhecer a tabela do IOM, que contém os dados
acerca do ganho de peso gestacional de acordo com o IMC:

No primeiro trimestre de gestação, o ganho de peso é definido em um valor fixo, pois é possível
que essa gestante passe por uma série de situações que podem fazer com que ela ganhe ou
perca peso.
Letra d.

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019. (IBFC/EBSERH/NUTRICIONISTA/2017) S.F.S, sexo masculino, 37 anos, caucasiano,


vem para consulta nutricional. Apresenta Índice de massa corporal (IMC) de 28,7 kg/m2 (qui-
logramas por metro quadrado) e circunferência da cintura de 105 cm (centímetros). Exames
sanguíneos, realizados após adequado período de jejum, evidenciam glicemia de 88 mg/dL
(miligramas por decilitro), hemoglobina glicosilada de 5,6% (por cento), colesterol total de 145
mg/dL (miligramas por decilitro), LDL colesterol de 63 mg/dL (miligramas por decilitro) e tri-
glicerídeos de 122 mg/dL (miligramas por decilitro). Fará parte da sua orientação nutricional,
com o respectivo correto argumento para tal orientação:
a) Redução do consumo de carboidratos com elevado índice glicêmico, devido ao valor eleva-
do da glicemia de jejum.
b) Restrição calórica, visando redução do IMC e da circunferência da cintura, os quais se en-
contram elevados.
c) Substituição da sacarose por adoçantes não nutritivos, como frutose e sorbitol, uma vez que
a hemoglobina glicosilada se encontra elevada.
d) Redução do consumo de alimentos ricos em gordura, devido aos elevados valores de coles-
terol total e LDL colesterol.
e) Alimentação rica em fibras solúveis e insolúveis, uma vez que o valor dos triglicerídeos en-
contra-se elevado.

Ao analisar os resultados dos exames clínicos desse paciente, percebe-se que estão dentro
valores de referência aceitáveis, inclusive a hemoglobina glicosilada, pois, apesar de estar no
seu limite, ainda não é considerada elevada nesse paciente. Por outro lado, o IMC e a circun-
ferência da cintura se encontram elevados. Assim, a  recomendação para esse paciente é a
restrição calórica.
Letra b.

020. (IBFC/EBSERH/NUTRICIONISTA/2017) A faixa de distribuição aceitável de macronu-


trientes (Acceptable macronutrient distribution range-AMDR) pode ser definida como o limite
de ingestão de uma fonte energética em particular que está associada com risco reduzido de
doenças crônicas, ao mesmo tempo que garante o consumo adequado de nutrientes essen-
ciais. Considerando a AMDR, um indivíduo adulto que apresenta necessidade e ingestão ener-
gética diária de 3000 Kcal (quilocalorias), deverá ingerir a seguinte quantidade (aproximada
para o número inteiro mais próximo) de lipídios:
a) 23 a 46 gramas de lipídios ao dia.
b) 45 a 65 gramas de lipídios ao dia.
c) 67 a 117 gramas de lipídios ao dia.
d) 92 a 140 gramas de lipídios ao dia.
e) 129 a 172 gramas de lipídios ao dia.

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Em primeiro lugar, é preciso conhecer as recomendações da AMDR:

Com base nesses dados, o próximo passo é realizar a resolução:


3000 ----100%
X – 20% = 600 Kcal / 9 = 66,6666 → aproximadamente 67g.
3000---------100%
X – 35% = 1050 Kcal / 9 = 116,6666 → aproximadamente 117g.
Letra c.

021. (CESPE/HUB/2018) No que se refere ao aleitamento materno e à alimentação de lacten-


tes, julgue o item seguinte.
A equipe de saúde da família deve orientar a mãe fumante a interromper a amamentação até
a cessação do tabagismo, uma vez que a exposição à nicotina via leite materno tem efeitos
deletérios no desenvolvimento da criança.

A exposição à nicotina vai provocar efeitos adversos à saúde no desenvolvimento da criança.


A amamentação é de extrema importância, por ser considerada o primeiro processo de alimen-
tação da criança. É indicada de zero a seis meses, e a partir de então a amamentação pode
durar até os dois anos, gerando uma melhor nutrição. A orientação para a mãe fumante deveria
ser para cessar o tabagismo, e deste modo, dar continuidade à amamentação.
Errado.

022. (FCC/PREFEITURA DE MACAPÁ/2018) Considere o IMC pré-gestacional, em kg/m², e o


ganho ponderal total recomendado ao final do terceiro trimestre de gestação:
A associação correta entre (1) e (2) é:
a) IV − II − I − III.
b) I − IV − III − II.
c) III − I − IV − II.
d) II − III − I − IV.

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e) I − II − III − IV.

Quanto menor o IMC pré-gestacional, maior é o ganho ponderal de peso durante a gestação,
logo é inversamente proporcional.
Letra b.

023. (FUNDEP/PREFEITURA DE LAGOA SANTA/MG/2019) Analise o caso clínico a seguir.


Criança do sexo feminino, 6 anos de idade, apresentando constipação intestinal, é  encami-
nhada ao ambulatório de nutrição para avaliação e orientações. À avaliação antropométrica,
apresenta índice IMC/idade > escore z +2 e ≤ escore z +3. Exames bioquímicos: colesterol to-
tal = 175 mg/dL (VR < 170 mg/dL) e triglicérides = 90 mg/dL (VR < 75 mg/dL). A alimentação
habitual da criança é composta por: café da manhã com leite integral e achocolatado; não
realiza o lanche da manhã; almoço contendo arroz todos os dias, feijão duas vezes na semana,
diariamente um tipo de legume ou verdura, uma porção de carne, ingestão de 1 copo de suco
de frutas industrializado e um tipo sobremesa (chocolate, pudim ou doce de leite); lanche da
escola é o comprado na cantina (salgado tipo coxinha, empada, pastel frito ou pão de queijo e
refresco artificial); jantar é substituído por lanche composto por pães ou massas e refrigerante.
Consumo médio de uma fruta por dia.
Considerando essas informações, assinale a alternativa que condiz com a melhor conduta e
orientação nutricional para essa criança:
a) Orientar o aumento do consumo de frutas e verduras, substituir a sobremesa do almoço por
fruta, estimular a ingestão de água e substituir refrigerante, suco industrializado e refresco por
suco natural. Realizar plano dietético que vise à manutenção do peso corporal, que será corri-
gido à medida que houver incremento na estatura.
b) Orientar o aumento do consumo de frutas e verduras, substituir a sobremesa do almoço por
fruta ou doce dietético, substituir refrigerante, suco industrializado e refresco por suco natural
e utilizar edulcorante artificial sucralose para adoçar. Realizar plano dietético com restrição de
calorias, visando à perda de peso.
c) Orientar o aumento do consumo de frutas e legumes, restringir o consumo de sobremesa
aos finais de semana, substituir o leite integral pelo desnatado, substituir refrigerante, suco
industrializado e refresco por suco natural e iniciar a suplementação com fibra insolúvel, 7 g/
dia, para auxiliar na constipação intestinal. Realizar plano dietético que vise à manutenção do
peso corporal, que será corrigido à medida que houver incremento na estatura.
d) Orientar o aumento do consumo de frutas e verduras, restringir o consumo de sobremesa a
uma porção nos finais de semana, melhorar a qualidade do lanche escolar, substituindo os sal-
gados por uma melhor fonte de carboidrato e proteína, substituir refrigerante, suco industriali-
zado e refresco por suco natural. Realizar plano dietético com restrição de calorias, visando à
perda de peso.

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O caso clínico apresentado mostra uma criança que se alimenta mal, por isso possui índices
bioquímicos alterados. As cores das linhas da tabela abaixo indicam o que deve ser feito: ganho
de peso ou perda de peso. A cor verde o índice adequado, e a cor vermelha índice inadequado.

A paciente em questão está dislipidêmica, apresenta quadro de constipação e é obesa. a) O


aumento do consumo de frutas e verduras eleva o consumo de fibras, que auxiliarão na cons-
tipação. A água também é essencial para a diminuição da constipação. O plano dietético não
visa à perda de peso, visa à manutenção do peso (manter o peso), pois conforme o crescimen-
to da criança o seu IMC fica adequado. b) Indicar edulcorante artificial sucralose para adoçar é
somente para pacientes diabéticos. Realizar plano dietético com restrição de calorias, visando
à perda de peso não é adequado. c) Não há necessidade de iniciar a suplementação com fibra
insolúvel, 7 g/dia. d) Realizar plano dietético com restrição de calorias, visando à perda de peso
não é adequado.

Letra a.

024. (IDCAP/PREFEITURA DE SANTA LEOPOLDINA/2021) O Ministério da Saúde adota as


recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o uso de curvas de referência
na avaliação do estado nutricional de crianças e adolescentes. Considerando uma criança com

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idade de 5 anos completos, assinale a alternativa que indique quais os índices antropométri-
cos podem ser utilizados para a avaliação do seu estado nutricional:
a) Peso para idade, IMC para idade.
b) IMC para idade, Estatura para idade.
c) Peso para estatura, IMC para idade, Estatura para idade.
d) Peso para idade, IMC para idade, Estatura para idade, Peso para estatura.
e) Peso para idade, IMC para idade, Estatura para idade.

Peso para estatura (comprimento) é usado para crianças até 5 anos, isto é, 5 anos incomple-
tos. Logo, as alternativas que contém esse índice serão erradas. E aquelas alternativas que não
contém todos os seguintes índices estarão incompletas: P/I, IMC/I e E/I.

Para crianças de 0 a 5 anos incompletos: Peso para idade, IMC para idade, Estatura para
idade, Peso para estatura.
Para crianças de 5 a 10 anos incompletos: Peso para idade, IMC para idade, Estatura
para idade.
Letra e.

025. (AMEOSC/PREFEITURA DE SÃO JOÃO DO OESTE/2021) Os índices antropométricos


mais amplamente usados, recomendados pela OMS e adotados pelo Ministério da Saúde na
avaliação do estado nutricional de crianças de 5 a 10 anos incompletos, são:
a) Peso para Idade, Peso para estatura, IMC para idade.
b) IMC para idade e Peso para estatura.
c) Peso para Idade, IMC para idade e Estatura para Idade.
d) Peso para Idade, Peso para estatura, IMC para idade e Estatura para Idade.

Para crianças de 0 a 5 anos incompletos: Peso para idade, IMC para idade, Estatura para
idade, Peso para estatura.
Para crianças de 5 a 10 anos incompletos: Peso para idade, IMC para idade, Estatura
para idade.
Letra c.

026. (FUNDATEC/PREFEITURA DE PORTO ALEGRE/2021) O Ministério da Saúde adota as


recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) quanto ao uso de curvas de refe-
rência (WHO, 2007) para avaliação do estado nutricional das crianças e adolescentes. Quando
avaliamos o estado nutricional de crianças de 0 a 10 anos pelo ponto de corte de peso para
idade e o diagnóstico for de baixo peso para idade, teremos quais valores críticos em Escore-z?

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a) < Escore-z -3
b) < Escore-z -1
c) ≥Escore-z -3 e <Escore-z -2
d) ≥Escore-z -2 e ≤Escore-z +2
e) > Escore-z +2

A classificação de P/I está descrita na tabela abaixo. Para diagnóstico de baixo peso para ida-
de os valores de z-escore devem ser maior ou igual a -3 e menor que -2.

Valores críticos
Diagnóstico nutricional
Percentil Z escore

< p 0,1 < -3 Muito baixo peso para idade

> p 0,1 e < p 3 > -3 e < -2 Baixo peso para idade

> p 3 < p 97 > -2 e < +2 Peso adequado para idade

> p 97 > +2 Peso elevado para idade


Letra c.

027. (CESPE-CEBRASPE/INCA/2010) Uma vez que seus níveis séricos são influenciados por
fatores não nutricionais, como o estado de hidratação, a albumina não é utilizada como indica-
dor de risco nutricional em crianças.

Especialmente para crianças a albumina sérica é considerada útil para predição de resul-
tados, apesar de estar alterada em virtude de edemas, disfunção hepática e/ou renal e do me-
tabolismo proteico.
Errado.

028. (IBFC/PREFEITURA DE CUIABÁ-  MT/2019) A avaliação nutricional é definida como a


análise de indicadores diretos (clínicos, bioquímicos, antropométricos) e indiretos (consumo
alimentar, renda e disponibilidade de alimentos, entre outros) que têm como conclusão o diag-
nóstico nutricional do indivíduo ou de uma população. Sobre a avaliação nutricional em ges-
tantes, os índices antropométricos e parâmetros que devem ser realizados, assinale a alterna-
tiva correta.
a) Avaliar peso por idade, estatura por idade e Índice de Massa Corporal (IMC) por semana
gestacional.

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b) Avaliar ganho de peso gestacional e peso por estatura.


c) Avaliar IMC por semana gestacional e ganho de peso gestacional.
d) Avaliar peso por idade, ganhos de peso gestacional e IMC por semana gestacional.

Peso por idade, peso por estatura e estatura por idade são índices de avaliação nutricional
para crianças.
Letra c.

029. (INSTITUTO EXCELÊNCIA/PREFEITURA DE GUARATINGUETÁ-SP/2017) Analise as


afirmativas abaixo referente a avaliação nutricional:
I – Para realizar a Avaliação Nutricional de Crianças de 0 a 5 anos, usa-se 3 parâmetros: esta-
tura para idade; peso para estatura e IMC para idade.
II – Para realizar a Avaliação Nutricional de Crianças de 0 a 5 anos, usa-se 4 parâmetros: esta-
tura para idade; peso para idade; peso para estatura e IMC para idade.
III – Para realizar a Avaliação Nutricional de Crianças de 5 a 10 anos, usa-se 3 parâmetros: es-
tatura para idade, peso para idade e IMC para idade.
IV – Para realizar a Avaliação Nutricional de Crianças de 5 a 10 anos, usa-se 2 parâmetros:
peso para idade e IMC para idade.
V – Para realizar a Avaliação Nutricional de Adolescentes de 10 a 19 anos, usa-se 2 parâme-
tros: estatura para idade e IMC para idade.
VI – Para realizar a Avaliação Nutricional de Adolescentes de 10 a 19 anos, usa-se 3 parâme-
tros: estatura para idade; peso para a idade; e IMC para idade.
Estão CORRETAS as afirmativas:
a) Somente II,V, VI.
b) Somente I, II, IV.
c) Somente II, III, V.
d) Somente I, II, VI.
e) Somente II, IV, VI.

Para crianças de 0 a 5 anos incompletos utiliza-se 4 índices: P/I, E/I, P/E e IMC/I. De 5 a
10 anos incompletos utiliza-se 3 índices: P/I, E/I e IMC/I. O P/I só é utilizado até os 10 anos
incompletos.
Letra c.

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030. (CESPE-CEBRASPE/HUB/2020) A avaliação do estado nutricional configura estratégia


fundamental para o diagnóstico, a intervenção e o acompanhamento de pacientes clínicos e ci-
rúrgicos em situação de risco nutricional. A respeito desse assunto, julgue o item que se segue.

Para avaliar o estado nutricional da gestante, é necessário que, na primeira consulta, seja
realizada a aferição do peso e da estatura da mulher, além do cálculo da semana gestacional.

A aferição do peso e da estatura serão importantes para o cálculo do IMC e associado a


semana gestacional serão utilizados para a curva de Atalah na avaliação da gestante.
Certo.

031. (IBFC/SES-PR/2016) Gestante, 31 anos, na 8ª semana gestacional, relata náuseas e vô-


mitos frequentes. O nutricionista pode ajudar a minimizar esse desconforto, recomendando
à gestante:
a) Alimentação rica em gorduras e pobre em carboidratos.
b) Suplemento de vitamina B12 e cálcio.
c) Refeições pequenas e mais frequentes, com alimentos abrandados, tipo purês.
d) Ingestão de suco de frutas ricas em vitamina C junto às principais refeições.

Em caso de vômitos e náuseas a alimentação deve ser pobre em gorduras, não há reco-
mendação de suplementação. A suplementação de B12 é recomendada em casos de anemia
megaloblástica e a ingestão de fontes de vitamina C nas principais refeições é recomendada
em casos de anemia ferropriva para aumentar a absorção de ferro.
Letra c.

032. (IFPI/IF-PI/2019) Sobre o acompanhamento nutricional na gestação, considere as se-


guintes afirmativas:
1 - O diagnóstico nutricional na gestação tem como objetivo identificar as gestantes sob risco
no início da gestação e detectar aquelas com ganho de peso menor ou excessivo para a idade
gestacional.
2 - Permite, com base na identificação oportuna, a definição das condutas adequadas a cada
caso, reduzindo os riscos e resultados desfavoráveis na gestação e parto para mãe e o bebê.
3 - A avaliação do estado nutricional utilizando o IMC por semana gestacional tem como van-
tagem realizar o diagnóstico nutricional em qualquer momento da gestação.
4 - A avaliação do estado nutricional utiliza o peso atual da gestante e a sua altura ao quadrado
para classificar a gestante em baixo peso, eutrófica, sobrepeso e obesidade.
Agora, assinale a alternativa correta.

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a) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.


b) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.

Além do peso atual e altura para cálculo do IMC, para se utilizar a classificação de BP, E, S,
O ainda é necessário o cálculo da semana gestacional.
Letra e.

033. (ACAPLAM/PREFEITURA DE AROEIRAS-PB/2010) A classificação de Gomez foi à pri-


meira classificação do estado nutricional baseada no indicador peso/idade internacionalmen-
te recomendada para avaliar o estado nutricional de crianças. Neste contexto, identificar abai-
xo a alternativa falsa:
a) Uma criança com percentual de adequação de peso acima de 110%, é  considerada uma
criança com sobrepeso ou obeso.
b) Uma criança com percentual de adequação de peso abaixo de 60%, é  considerada uma
criança com desnutrição de III grau (desnutrição grave);
c) Uma criança com percentual de adequação de peso entre 90% e 76%, é considerada uma
criança com desnutrição de grau leve.
d) A classificação de Gómez é utilizada para classificar o estado nutricional de crianças até 10
anos de idade.
e) Uma criança com percentual de adequação de peso entre 110% e 91%, é considerada normal.

O Critério de Gomez era utilizado em crianças até 2 anos de idade, em que na presença de
edema comprovadamente nutricional, independente do índice P/I, a criança seria considerada
como desnutrida de terceiro grau. Baseava-se no índice de peso para a idade (P/I), no qual p50
- percentil 50 do referencial (OMS).
P/I = peso encontrado x 100
peso ideal (p50)
As classificações são: Eutrófico, P/I superior a 90 % do p50; Desnutrido de primeiro grau, P/I
entre 76 e 90 % do p50; Desnutrido de segundo grau, P/I entre 60 e 75 % do p50; Desnutrido de
terceiro grau, inferior a 60 % do p50.
A metodologia proposta por Gomez tinha como função a determinação do prognóstico de
morbi-mortalidade de crianças hospitalizadas de acordo com a sua condição nutricional. En-
tretanto, esse critério passou a ser utilizado como classificação nutricional.

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Letra d.

034. (FEPESE/PREFEITURA DE BOMBINHAS-SC/2019) Assinale a alternativa correta em re-


lação à avaliação nutricional de gestantes.
a) Considerando as comorbidades associadas à obesidade, é desejado que gestantes obesas
percam entre 5-10 % do peso durante a gestação.
b) No primeiro trimestre, na fase de embriogênese, o ganho de peso da gestante é muito rele-
vante. Espera-se que nessa fase a gestante ganhe em torno de 4 kg, sem que haja prejuízo à
saúde do binômio mãe/filho.
c) De acordo com o Institute of Medicine (IOM), a  recomendação de ganho de peso médio
semanal no 2º e 3º trimestre para gestantes com baixo peso é de 510 g/semana; para as
eutróficas, 420 g/semana; para as sobrepeso, 280 g/semana; e para aquelas com obesidade,
220 g/semana.
d) A circunferência do braço (CB) apresenta relação direta com a mudança de peso em ges-
tantes. O aumento ≥ 1,7 cm da CB entre o 1º e o 3º trimestre indica ganho de peso excessivo.
e) Exceto pelo ferro e pela ferritina sérica, não há alteração dos parâmetros laboratoriais de
gestantes em relação às não gestantes.

Não é recomendado perder peso durante a gestação. No primeiro trimestre o ganho de peso
não é relevante podendo a gestante até perder peso. Caso tenha ganho de peso no primeiro
trimestre, espera-se no máximo 3 kg de ganho. A circunferência do braço não é marcador an-
tropométrico para gestante. Vários exames bioquímicos possuem alteração nos valores de
referência em comparação às não gestantes, como hemoglobina.
Letra c.

035. (CONTEMAX/PREFEITURA DE AROEIRAS-PB/2019) Na avaliação nutricional de crian-


ças a circunferência do braço é uma das medidas mais utilizadas, sendo adicionalmente reco-
mendada como rastreamento em estudos populacionais para situações não emergenciais, na
determinação do estado nutricional de crianças. Marque a alternativa CORRETA.
a) A circunferência do braço reflete tanto as reservas de energia quanto a massa proteica.
b) Só pode ser utilizada associada a outras medidas.
c) É recomendada na avaliação do estado nutricional de crianças com mais de 5 anos.
d) O braço deverá estar estendido e relaxado, com as palmas das mãos voltadas para trás.
e) Deve-se utilizar fitas de material elástico.

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A interpretação da CB não depende de outras medidas. Pode ser utilizada com crianças até 5
anos, possuindo curva da OMS específica para esse índice. Os braços devem permanecer em
posição anatômica para a aferição, não estando as palmas das mãos voltadas para trás. A fita
utilizada deve ser de material inextensível.
Letra a.

036. (IBADE/PREFEITURA DE ARACRUZ-ES/2019) A avaliação do peso ao nascer é o pri-


meiro diagnóstico nutricional, feito imediatamente após o nascimento. Este peso reflete os
problemas nutricionais ocorridos durante a gestação. Pode-se classificar o estado nutricional
de uma criança com peso de 1.400g imediatamente após o nascimento em:
a) Muito baixo peso ao nascer.
b) Baixo peso ao nascer.
c) Peso adequado.
d) Desnutrido.
e) Eutrófico.

O quadro abaixo da SBP (2021) evidencia a relação entre o peso ao nascer e a classificação.
Como o peso da questão é de 1400g, isto quer dizer que a recém nascido tem muito baixo peso.

Letra a.

037. (INSTITUTO AOCP/UFC/2014) Assinale a alternativa que NÃO apresenta um dos princi-
pais indicadores utilizados para avaliar o estado nutricional da criança.
a) IMC (índice de massa corporal).
b) Peso por estatura (P/E).
c) Relação cintura-quadril.
d) Perímetro braquial
e) Escore Z para P/E, P/I e E/I.

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A relação cintura quadril é um parâmetro antropométrico para avaliação de adultos no intuito


de investigar risco para doenças cardiovasculares. Para crianças, de maneira geral, se utiliza
os parâmetros a seguir: Comprimento/altura para idade (E/I); Peso para idade (P/I); Peso para
comprimento/altura (P/A); Peso para estatura (P/E); Índice de massa corporal para idade (IM-
C/I); Perímetro craniano para idade (PC/I); Circunferência do braço para idade; Dobra cutânea
subescapular para idade; Dobra cutânea triciptal para idade; Marcos do desenvolvimento mo-
tor; Velocidade de ganho de peso; Velocidade de ganho de comprimento; Velocidade de ganho
de perímetro cefálico.
Letra c.

038. (QUADRIX/PREFEITURA DE JATAÍ-GO/2019) Em relação aos parâmetros, instrumen-


tos ou medidas necessárias para a avaliação nutricional de gestantes, assinale a alternati-
va correta.
a) Peso e estatura servem de base para o cálculo e acompanhamento do Índice de Massa Cor-
poral por semana gestacional.
b) Índice de Massa Corporal pré‐gestacional é importante para inserção no gráfico de acompa-
nhamento recomendado pelo Ministério da Saúde.
c) Perímetro braquial é importante para acompanhar possíveis perdas de massa muscular
durante a gestação.
d) Gráfico específico para Índice de Massa Corporal por semana gestacional serve de base
para avaliação do estado nutricional no período anterior à gestação.
e) Data da última menstruação é necessária para o cálculo do ganho de peso fetal.

O IMC para o gráfico de acompanhamento recomendado pelo MS é o atual. O perímetro bra-


quial não é a medida antropométrica mais sensível para acompanhar massa muscular em ne-
nhuma fase de vida. Não tem como um gráfico que relaciona a semana gestacional com o IMC
utilizar um valor de quando a mulher não estava grávida! Cuidado para não confundir ganho
de peso fetal com a estimativa de ganho de peso da gestante. O ganho de peso fetal é apenas
uma parcela do ganho de peso da gestante.
Letra a.

039. (OMINI/PREFEITURA DE MIGUELÓPOLIS-SP/2021) Para avaliar o estado nutricional


de uma criança é necessário alguns critérios de classificação sobre a distribuição percentil é
CORRETO afirmar:

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a) Permite conhecer a frequência esperada de altura abaixo ou acima de determinado ponto


de corte da curva normal.
b) É a definição da referência ou padrão de crescimento a ser adotada para a comparação dos
valores antropométricos.
c) Uma forma de representar os valores de distribuição de uma variável antropométrica qualquer.
d) Para realizá-lo será necessário medir a altura da criança, o valor da média e do desvio-pa-
drão correspondentes ao seu sexo e idade.

Não tem como prever a frequência de crescimento, apenas se o crescimento está adequa-
damente se relacionando com o ganho de peso e com a idade. As curvas com distribuição
em percentil são apresentações, em cada idade, para ambos os sexos, dos valores antropo-
métricos ordenados de maneira crescente. Dessa ordenação resulta um valor de parâmetro
para cada percentil, que representa a posição que aquele valor tem na distribuição ordenada
dos valores considerados como normais. O desvio padrão é um valor necessário no escore-z,
mas que já vem representado na curva. OBS: questão mal escrita do ponto de vista gramatical,
o que dificulta análise e interpretação.
Letra c.

040. (IADES/SES-DF/2020) A avaliação nutricional é o primeiro passo da assistência nutri-


cional ao paciente. Por meio dessa ferramenta, é possível identificar questões relacionadas
à nutrição, como a desnutrição, e direcionar uma intervenção adequada. Atualmente, existem
vários métodos de avaliação nutricional com diferentes especificidades e limitações. No que
tange a esses métodos, julgue o item a seguir.
O acompanhamento nutricional de crianças com percentis das dobras cutâneas isoladas,
como a triciptal, pode ser um excelente parâmetro para avaliação do impacto da intervenção
realizada, sobretudo em crianças hospitalizadas.

Prega cutânea não é parâmetro recomendado de avaliação de intervenção nutricional em ne-


nhuma fase de vida, especialmente no ambiente hospitalar. Circunferências são as mais utili-
zadas. Em 2009, a OMS e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) reco­mendaram
como critérios diagnósticos para Desnutrição Aguda Grave (SAM – Severe Acute Malnutrition)
em crianças de 6 a 60 meses de idade o uso dos seguintes parâmetros: Peso para Estatura <
-3,0 (pelo referencial OMS-2006), Circunfe­rência do Braço (MUAC – Mid-Upper Arm Circumfe-
rence) < 115mm e/ou a presença de edema bilateral como sinal clínico. Os dois últimos crité-
rios são muito úteis, por exemplo, para situações onde as condições ambientais são bastante
adversas para a verificação adequada do peso e da estatura.

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Errado.

041. (CESPE/INCA/2010) A respeito das necessidades, recomendações e orientações nutri-


cionais na fase da infância e adolescência, julgue os itens seguintes.
No caso de inapetência do pré-escolar, estratégias como a televisão e o aviãozinho nas re-
feições são recomendadas, devido à possibilidade de distraírem a criança e fazerem que ela
coma sem perceber o que está fazendo.

Segundo o Guia Alimentar durante a refeição, a  atenção da criança deve estar voltada para
aquele momento. É  desaconselhável que ela seja alimentada enquanto anda e brinca pela
casa. Outros atrativos, como televisão, celular, computador ou tablet podem distraí-la, gerando
desinteresse pela comida. Isso faz com que o processo de aprendizagem não aconteça da
forma desejável. Quando a criança come utilizando essas distrações, por mais que pareça
estar se alimentando melhor, ela come de forma automática, sem prestar atenção ao alimento
e, muitas vezes, pode comer em excesso. Isso pode causar danos futuros, como perda do con-
trole do mecanismo de fome e saciedade, além de ganho excessivo ou perda de peso.
Letra e.

042. (ADM&TEC/PREFEITURA DE GRAVATÁ-PE/2020) Analise as afirmativas a seguir:


I – A nutrição materno-infantil compreende alguns momentos distintos da vida de uma mulher,
partindo das tentativas de engravidar e compreendendo, também, o período da gestação, da
alimentação da mãe e do bebê. Um nutricionista materno infantil é capaz de orientar o casal
sobre quais os melhores alimentos para a fertilidade feminina e masculina, podendo, ainda,
prover orientação psicológica e pedagógica para as crianças nos seus primeiros anos de vida.
II – A Fórmula infantil de seguimento para lactentes e crianças de primeira infância destinada
a necessidades dietoterápicas específicas é aquela cuja composição foi alterada ou especial-
mente formulada para atender às necessidades específicas decorrentes de alterações fisioló-
gicas e/ou doenças temporárias ou permanentes e/ou para a redução de risco de alergias em
indivíduos predispostos de lactentes a partir do sexto mês de vida até doze meses de idade
incompletos (11 meses e 29 dias) e de crianças de primeira infância, constituindo-se o princi-
pal elemento líquido de uma dieta progressivamente diversificada.
III – O ganho de peso total recomendado para gestantes com sobrepeso deve ser de 7 kg a 11
kg e de 5 kg a 9 kg, quando apresentam obesidade. No primeiro trimestre da gestação, o ganho
de peso é menor, por isso, é agrupado para esse período. O ganho de peso nesse trimestre
deve ser de 0,5 kg a 2 kg, no entanto, para as gestantes que já se encontram com excesso de
peso, o ideal é que elas ganhem o mínimo de peso possível nesse período. Para o segundo e
o terceiro trimestres, o ganho de peso deve ser estimado por semana, assim, a recomendação

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do ganho de peso médio para gestantes com sobrepeso deve ser de 280g por semana e para
gestantes obesas, de 220 g por semana.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Nenhuma afirmativa está correta.
b) Apenas uma afirmativa está correta.
c) Apenas duas afirmativas estão corretas.
d) Todas as afirmativas estão corretas.

O nutricionista não possui capacitação para realizar orientações psicológicas nem pedagógi-
cas. Logo, a afirmativa I está incorreta. A afirmativa II está correta e a afirmativa III apresenta
sua veracidade de acordo com o exposto no quadro abaixo.

Ganho de peso durante a gestação segundo IMC pré-gestacional

Segundo
IMC pré- Classificação
Primeiro e terceiro
gestacional IMC pré- Total
trimestre trimestre
(kg/m2) gestacional
(g/ semana)

12,5 – 510
< 18, 5 Baixo peso 1,0 a 3,0 kg
18,0 kg (440 – 580)

11,5 – 420
18, 5 – 24,9 Normal 1,0 a 3,0 kg
16,0 kg (350 – 500)

280
25 – 29,9 Sobrepeso 7,0 – 11,5 kg 1,0 a 3,0 kg
(230 - 330)

220
> 30 Obesidade 5,0 – 9,0 kg 0,2 a 2,0 kg
(170 – 270)

Adaptado de VITOLO, 2014 e IOM, 2009.


Letra c.

043. (FUNDATEC/PREFEITURA DE REDENTORA-RS/2016) Segundo o Caderno Saúde da


Criança: Nutrição Infantil, alguns problemas enfrentados pelas nutrizes durante o aleitamento
materno, se não forem precocemente identificados e tratados, podem ser importantes causas
de interrupção da amamentação. Os profissionais de saúde têm um papel fundamental na pre-
venção e no manejo dessas dificuldades. Analise essas principais dificuldades:
I – Para fazer o diagnóstico de mamilos invertidos, pressiona-se a aréola entre o polegar e o
dedo indicador: se o mamilo for invertido, ele se retrai; caso contrário, não é mamilo invertido.
II – A infecção da mama, no puerpério, por Candida sp é muito rara.

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III – No ingurgitamento mamário, há três componentes básicos: congestão/aumento da vascu-


larização da mama; retenção de leite nos alvéolos; edema decorrente da congestão e obstru-
ção da drenagem do sistema linfático.
IV – Mastite é um processo inflamatório de um ou mais segmentos da mama, geralmente uni-
lateral, que pode progredir ou não para uma infecção bacteriana.
V – O abscesso mamário, em geral, é causado pelo ingurgitamento mamário não tratado ou
com tratamento iniciado tardiamente ou ineficaz.
VI – O sabor do leite materno costuma alterar- se nas mastites, tornando-se mais doce devido
à diminuição dos níveis de sódio e ao aumento dos níveis de lactose.
Quais estão corretas?
a) Apenas I, II e IV.
b) Apenas I, III e IV.
c) Apenas I, V e VI.
d) Apenas II, IV e VI.
e) Apenas II, III e IV.

A afirmativa II é incorreta. A infecção da mama por Candida albicans no puerpério é bastante


comum, pode ser superficial ou atingir os ductos lactíferos, e  costuma ocorrer na presença
de mamilos úmidos (cândida cresce em meio com carboidrato) e com lesão. Na afirmativa V,
o abscesso mamário, em geral, é causado por mastite não tratada ou com tratamento iniciado
tardiamente ou ineficaz. O sabor do leite materno costuma alterar-se nas mastites, tornando-
-se mais salgado devido a um aumento dos níveis de sódio e uma diminuição dos níveis de
lactose. Tal alteração de sabor pode ocasionar rejeição do leite pela criança.
Letra b.

044. (FUNDATEC/PREFEITURA DE QUARAÍ-RS/2019) A avaliação do peso ao nascer é o pri-


meiro diagnóstico nutricional. Segundo a Organização Mundial da Saúde (1993), seguido pelo
“Manual de orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saú-
de” (Ministério da Saúde, 2011), qual deve ser o peso de uma criança imediatamente após o
nascimento para ser classificada com peso adequado?
a) ≥2.200g.
b) ≥2.300g.
c) ≥2.400g.
d) ≥2.500g.
e) ≥2.600g.

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O ponto de corte de inadequação de peso ao nascer é 2,5kg, como já mostrado no quadro da


SBP (2021), apresentado nos comentário da questão 13.
Letra d.

045. (CESPE/MS/2010) Julgue os itens de 12 a 15, relativos à nutrição nos ciclos de vida e à
biodisponibilidade de nutrientes.
O ácido linoleico (n-6) e o ácido alfa-linolênico (n-3) são necessários para o desenvolvimento
infantil e foram estabelecidos como ingestão adequada. Ambos possuem percentuais aceitá-
veis em relação ao total de energia, representando, respectivamente, 5% a 10% e 0,6% a 1,2%.

Afirmativa verdadeira. Esses valores podem ser encontrados nas tabelas de DRIs.
Certo.

046. (CESPE/MS/2010) Pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde mostra que a obesidade
aumentou no Brasil. Atualmente, 13% dos adultos são obesos, sendo o índice maior entre as
mulheres (13,6%) que entre os homens (12,4%). Em 2006, quando foi apresentada a primeira
edição do estudo Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por In-
quérito Telefônico (VIGITEL), 11,4% dos brasileiros eram obesos. Em 2007, esse índice subiu
para 12,9%. Das 27 cidades pesquisadas, Porto Alegre é a que apresenta maior frequência de
excesso de peso em adultos: quase metade da população adulta (49%) está acima do peso.
A capital gaúcha também lidera o ranque quando o assunto obesidade: 15,9%. Ministério da
Saúde, 7/4/2009 (com adaptações).
Acerca da epidemiologia nutricional e da vigilância alimentar e nutricional, julgue o item
subsequente.
A desnutrição infantil é considerada um problema de saúde pública. Uma das estratégias utili-
zadas para auxiliar na diminuição desse problema é a chamada nutricional, que está vinculada
às campanhas de imunização de poliomielite. Essa chamada consiste em uma estratégia efi-
caz de inquérito nutricional dentro do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional e permite
a obtenção de informações sobre indicadores antropométricos e indicadores de consumo em
crianças menores de cinco anos de idade.

Quando aplicada de forma ampliada, a Vigilância Alimentar e Nutricional demanda a adoção


de diferentes estratégias de vigilância epidemiológica, aplicadas com base em inquéritos po-
pulacionais, chamadas nutricionais e produção científica, com ênfase nos acompanhamentos
feitos nos serviços de saúde. As chamadas nutricionais são estratégias que foram largamente
utilizadas durante as campanhas nacionais de imunização, a fim de mobilizar a população e os
gestores de saúde em torno da necessidade de acompanhar o crescimento e desenvolvimento

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na infância. O levantamento permite levantar informações sobre situação de saúde, dados an-
tropométricos e consumo alimentar de crianças menores de 5 anos.
Certo.

047. (CESPE/MS/2010) Lactário é uma unidade do hospital destinada ao preparo, à higieni-


zação e à distribuição das mamadeiras de leites e seus substitutos, juntamente com água,
chá e demais hidratantes, para alimentação de recém-nascidos e dos pacientes da pediatria.
Os leites artificiais podem atender às necessidades dos lactentes em situações em que esses
apresentem distúrbios metabólicos, baixo peso ao nascer, alergias às proteínas do leite, entre
outras. L. A. Campos et al. Fórmulas para lactentes: repercussões na qualidade da nutrição e
saúde infantil. In: Rev. Pediatr., 9(2): 59-65, jul./dez. 2008 (com adaptações).
Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens que se seguem.
Fórmulas à base de soja ou com proteínas extensamente hidrolisadas são indicadas para lac-
tentes prematuros ou de baixo peso porque, além de serem fontes de ácidos graxos essen-
ciais, não causam efeitos colaterais.

Fórmulas a base de soja são recomendadas para maiores de 6 meses, usadas para crianças
que possuem alergias alimentares.
Errado.

048. (CESPE/MS/2010) A respeito das necessidades, recomendações e orientações nutricio-


nais na fase da infância e adolescência, julgue os itens
seguintes.
Na criança, as necessidades de proteína por quilograma de peso decrescem com a idade e são
maiores que no adulto.

A veracidade da informação pode ser evidenciada pelas tabelas das DRIs.


Certo.

049. (UFF/UFF/2009) Considerando-se que um menino possui 9 anos e 3 meses e pesa 26 kg,
segundo a figura abaixo, pode-se concluir que ele está:

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a) entre os percentis 50 e 15;


b) abaixo da faixa do percentil 15;
c) dentro da faixa do percentil 3;
d) entre os percentis 97 e 85;
e) fora da faixa dos percentis.

Para responder a essa questão é necessário colocar os valores de peso e idade apresentados
no enunciado na curva. Ao cruzar os valores será possível evidenciar que o ponto encontrado
está acima de p15 e abaixo de p50.
Letra a.

050. (CESPE/CEBRASPE/2009) A desnutrição continua a ser causa de morbidade e mortali-


dade entre crianças. Com relação a esse assunto, julgue o item abaixo.
Em crianças com desnutrição energético-proteica grave, deve-se iniciar a administração de fer-
ro no primeiro dia de tratamento, como estratégia de correção precoce da anemia e prevenção
da lesão tecidual.

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A administração de ferro não deve ser iniciada no primeiro dia de tratamento para recuperação
da criança com desnutrição, porque pode piorar a lesão tecidual e a infecção, por facilitar o
crescimento de bactérias patogênicas. A OMS e a SBP recomendam iniciar o tratamento com
ferro a partir do momento em que a criança começa a ter bom apetite e ganhar peso (geral-
mente na segunda semana de tratamento). A partir desse momento, administre ferro elemen-
tar (3 a 4mg/Kg peso/dia, por via oral).
Errado.

051. (COPESE/UFJF/2009) Você está atendendo uma criança de 1 ano, desnutrida, numa Uni-
dade Básica de Saúde, cujo responsável apresenta baixa escolaridade. Os inquéritos alimenta-
res apropriados para avaliar a alimentação da criança são:
a) recordatório alimentar e frequência alimentar.
b) registro alimentar e frequência alimentar.
c) método do inventário e recordatório alimentar.
d) pesagem direta e registro alimentar.
e) recordatório alimentar e registro alimentar.

O R24h e o QFA não necessitam de letramento e a própria criança pode responder. O profissio-
nal realiza o inquérito de modo que ele mesmo registre.
Letra a.

052. (COPESE/UFJF/2009) A atual curva de crescimento desenvolvida pela OMS (2006) para
crianças de até 5 anos é considerada uma referência internacional. Dentre as limitações dos
dados Fels Longitudinal Study (NCHS/OMS), NÃO se pode afirmar que:
a) as crianças foram predominantemente alimentadas com aleitamento artificial.
b) o tamanho amostral oscilou entre diferentes idades.
c) o peso das crianças da referência era inferior ao observado na população.
d) a amostra era restrita em termos de origem genética.
e) as crianças residiam em uma única área geográfica.

É uma limitação das curvas que as crianças foram alimentadas por fórmula infantil em detri-
mento da amamentação exclusiva, visto que isso ode interferir no desenvolvimento e ganho de
peso da criança. Também é uma limitação que o tamanho amostral tenha oscilado nas idades,
pois isso acarreta em poder estatístico diferente entre as curvas de diferentes idades. Amostra
restrita em origem genética e região geográfica também são limitações por apresentarem uma
amostra muito homogenia, podendo não condizer com a realidade de outros locais, países e

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diversidades genéticas. Contudo, o peso das crianças de referência não era menor que o da
população estudada, não sendo uma verdade dentro da população amostral.
Letra c.

053. (COPESE/UFJF/2009) Quanto às vantagens das curvas de crescimento propostas pelo


CDC (Center for Disease Control and Prevention, 2000), todas as afirmativas estão corre-
tas, EXCETO:
a) apresentam curvas de IMC/idade até os 20 anos de idade.
b) acréscimo dos percentis 3 e 97 em todas as curvas.
c) eliminação das diferenças entre curvas para lactentes e crianças mais velhas.
d) apresentam valores de z-score e percentis não compatíveis.
e) acréscimo do percentil 85, como indicador de sobrepeso.

AS curvas do CDC (2000) são diferentes das da OMS/NCHS (2006/1977). As curvas do CDC
vão até os 20 anos e possuem graduação de percentil 3 e 97 nas curvas e de p85 nas de peso
por estatura. Todas as afirmativas são corretas, exceto a letra d que afirma os valores de z-sco-
re não são compatíveis com os de percentil, o que é incorreto. Apesar de apresentar as curvas
em percentis, elas foram elaboradas a partir dos valores de z-escore e relacionadas com o
percentil de interesse.

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Letra d.

054. (CESPE/FUB/2009) Acerca da alimentação materno-infantil, julgue os itens que


se seguem.
Uma criança de 5 anos e 5 meses de idade com estatura/idade entre os percentis 1 e 3 e o pa-
râmetro peso/estatura no percentil 5 apresenta desnutrição do tipo aguda, segundo as curvas
de crescimento propostos pela OMS.

A classificação nos percentis apresentados leva ao diagnóstico de uma criança eutrófica baixa
para a idade.
Errado.

055. (CESPE/FHS-SE/2009)

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Com relação ao estudo relatado no texto acima, julgue o item.


O parâmetro de escore z adotado nesse estudo diz respeito à medida de quanto a criança se
afasta ou se aproxima da mediana em DP. A criança que estiver entre -2 DP e +2 DP será con-
siderada eutrófica, segundo critério da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Os valores de z-score estão relacionados ao desvio padrão. No caso de altura para idade, todos
os valores acima de -2 são classificados como eutróficos.
Letra c.

056. (CESPE/FHS-SE/2009) Acerca da avaliação do estado nutricional da criança desnutrida,


de acordo com a faixa etária, julgue os itens a seguir.

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Havendo condições ambientais favoráveis, o recém-nascido a termo e pequeno para a idade


gestacional, considerado proporcional, no período pós-natal, poderá apresentar catch-up e mu-
dará de canal de crescimento, atingindo valores de referência. O recém-nascido desproporcio-
nal, entretanto, embora possa apresentar velocidade de crescimento adequado, provavelmente
se manterá abaixo do referencial.

O RN proporcional dificilmente irá recuperar o crescimento, tendo em vista que a restrição


ocorreu na fase precoce da gestação. Por outro lado, o RN desproporcional possivelmente irá
recuperar o seu peso, tendo em vista que a restrição ocorre no último trimestre de gestação.
Errado.

057. (CESPE/FHS-SE/2009) Acerca da avaliação do estado nutricional da criança desnutrida,


de acordo com a faixa etária, julgue os itens a seguir.
O crescimento do prematuro é diferente. Pela curva específica de crescimento, as idades em
meses após 40 semanas são referentes ao tempo de vida que a criança deveria ter se não ti-
vesse nascido prematuramente. Essa curva é útil até o 1º ano de vida.

O texto se refere à idade corrigida, que é diferente da idade cronológica dele. A idade corrigida
traduz o ajuste da idade cronológica em função do grau de prematuridade. Considerando que
o ideal seria nascer com 40 semanas de idade gestacional, deve-se descontar da idade crono-
lógica do prematuro as semanas que faltaram para sua idade gestacional atingir 40 semanas.
Certo.

058. (CESPE/FHS-SE/2009) Acerca da avaliação do estado nutricional da criança desnutrida,


de acordo com a faixa etária, julgue os itens a seguir.
As curvas de crescimento da OMS publicadas em 2006 foram estabelecidas a partir de estudo
com crianças saudáveis, amamentadas e provenientes exclusivamente de países ricos, como
os Estados Unidos da América e a Noruega. Assim, foram incluídas crianças que tinham pos-
sibilidade de alcançar o potencial genético para o crescimento.

O estudo abrangeu cerca de 8.500 lactentes e crianças sadias, com combinação de estudo lon-
gitudinal entre nascimento e 24 meses e estudo transversal de crianças entre 18 e 71 meses,
incluindo diferentes continentes, como África, Américas, Ásia e Europa. As características da
população eram de condições socioeconômicas favoráveis, baixa mobilidade da população
para permitir acompanhamento, pelo menos 20% mães dispostas a seguir as recomendações
de aleitamento materno.
Errado.
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059. (CESPE/SEPLAG-DF/2008) Globalmente, sabe-se que prevalência da obesidade entre


crianças, adolescentes e adultos apresenta-se cada vez mais elevada. Acerca desse tema,
julgue os seguintes itens.
Com relação a crianças de até 6 anos de idade, a Organização Mundial da Saúde (OMS) su-
gere o uso do percentil 97 do índice de massa corporal (IMC) para a idade como indicador de
sobrepeso.

A OMS sugere o percentil 85 como indicador de sobrepeso no índice de IMC/I.


Errado.

060. (COVEST-COPSET/HC-UFPE/2010) Foi encaminhada para o ambulatório de nutrição


uma criança com 1 ano e 6 meses, do sexo feminino, eutrófica, com quadro de diarreia há 5
dias. A mãe refere que a criança ainda faz uso de leite materno associado à alimentação pró-
pria para a idade. Qual deve ser a orientação inicial do nutricionista para esse caso?
a) Retirar a lactose da alimentação da criança e orientar o uso de fórmulas sem lactose, tendo
em vista que na diarreia ocorre diminuição dos níveis de lactasse.
b) Suspender o leite materno e estimular uma alimentação normal para a idade.
c) Diluir as fórmulas infantis e diminuir a quantidade ingerida, pois favorecem o processo de
recuperação das vilosidades intestinais.
d) Aumentar a oferta hídrica, estimular o aleitamento materno e orientar uma dieta normal para
a idade, não sendo necessário o uso de fórmulas especiais.
e) Orientar para o uso de fórmulas de proteínas extensamente hidrolisadas, de aminoácidos
livres, e retirar leite de vaca e derivados da dieta da mãe.

A suspensão do leito materno não é opção. Visto que é uma criança com mais 6 meses, é ne-
cessário estimular mais a hidratação dela por meio da ingestão de água e do próprio leite ma-
terno. Uma vez que a diarreia tende a desidratar. Trocar a amamentação pelo uso de fórmulas
não é uma opção. Como o aleitamento materno é indicado até os 2 anos de idade, não há
recomendação de suspender o aleitamento para manter com alimentação normal.
Letra d.

061. (ACAPLAM/PREFEITURA DE AROEIRAS-PB/2010) A classificação de Gomez foi à pri-


meira classificação do estado nutricional baseada no indicador peso/idade internacionalmen-
te recomendada para avaliar o estado nutricional de crianças. Neste contexto, identificar abai-
xo a alternativa falsa:
a) Uma criança com percentual de adequação de peso acima de 110%, é  considerada uma
criança com sobrepeso ou obeso.

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b) Uma criança com percentual de adequação de peso abaixo de 60%, é  considerada uma
criança com desnutrição de III grau (desnutrição grave);
c) Uma criança com percentual de adequação de peso entre 90% e 76%, é considerada uma
criança com desnutrição de grau leve.
d) A classificação de Gómez é utilizada para classificar o estado nutricional de crianças até 10
anos de idade.
e) Uma criança com percentual de adequação de peso entre 110% e 91%, é considerada normal.

O Critério de Gomez era utilizado em crianças até 2 anos de idade.


As classificações são: Eutrófico, P/I superior a 90 % do p50; Desnutrido de primeiro grau, P/I
entre 76 e 90 % do p50; Desnutrido de segundo grau, P/I entre 60 e 75 % do p50; Desnutrido de
terceiro grau, inferior a 60 % do p50.
Letra d.

062. (CEPERJ/PREFEITURA DE ANGRA DOS REIS-RJ/2008) Com relação ao teor energético,


o leite humano contém:
a) 70 quilocalorias por 100 mL de leite;
b) 80 quilocalorias por 100 mL de leite;
c) 100 quilocalorias por 100 mL de leite;
d) 120 quilocalorias por 100 mL de leite;
e) 50 quilocalorias por 100 mL de leite.

A densidade calórica do leite materno é de 0,7kcal/mL.


Letra a.

063. (CESGRANRIO/CEFET-RJ/2014) Um nutricionista avaliou 3 crianças com idade entre 3 e


5 anos, a partir do indicador Índice de Massa Corporal (IMC) para a idade. A criança I se encon-
tra no percentil 5, a criança II, no percentil 70 e a criança III, acima do percentil 98.
A classificação do estado nutricional, de acordo com o IMC para a idade dessas crianças é,
respectivamente,
a) eutrofia, eutrofia e obesidade
b) eutrofia, eutrofia e sobrepeso
c) magreza acentuada, magreza e sobrepeso
d) magreza, eutrofia e sobrepeso
e) magreza, eutrofia e obesidade

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A classificação de IMC/I para crianças até 5 anos refere que p 98 é indicativo de sobrepeso.
A letra a está incorreta, pois classifica a criança III como obesidade, mas essa classificação só
estaria correta se a criança tivesse mais que 5 anos.
Letra b.

064. (FGV/SEDUC-AM/2014) As faixas de distribuição percentual dos macronutrientes, em


relação ao valor energético total, nas dietas para crianças de 1 a 3 anos, segundo o Institute of
Medicine, 2005, deve ser de:
a) 5 a 20% de proteínas, 30 a 40% de gorduras e 45 a 65% de carboidratos.
b) 15 a 35% de proteínas, 25 a 35% de gorduras e 50 a 65% de carboidratos.
c) 10 a 30% de proteínas, 25 a 35% de gorduras e 45 a 65% de carboidratos.
d) 20 a 30% de proteínas, 25 a 30% de gorduras e 50 a 75% de carboidratos.
e) 20 a 30% de proteínas, 15 a 35% de gorduras e 25 a 65% de carboidratos.

Resposta segue o proposto pelas DRIs.


Letra a.

065. (FGV/SEDUC-AM/2014) Sobre os índices antropométricos, utilizados em pediatria, que


podem ser expressos em Escore-Z, assinale a opção correta.
a) A posição que o valor da medida ocupa em relação aos 100% da distribuição de referência
ranqueados em ordem de magnitude.
b) Uma medida de mediana da variável.
c) Uma medida de desvio-padrão referente a um dado.
d) Uma medida percentual entre variáveis mensuradas.
e) Uma medida de dispersão ou variabilidade de um grupo de dados.

De acordo com Vitolo (2014), Escore Z é a medida de quanto o individuo se afasta ou se apro-
xima da mediana de referência. Essa distancia é avaliada em unidades (frações) de desvios
padrão, considerando-se que cada desvio padrão de diferença da mediana corresponde a uma
unidade de escore Z. O valor zero indica que o individuo se encontra no valor da mediana e é
considerado “ideal”, sendo comparável ao P50 (percentil). Então quanto mais próximo dos ex-
tremos, menor será a chance de ser considerado “normal”. Nos intervalos de -2 e +2 são tidos
como normais, que equivalem aos percentis 3 e 97. OBS: questão mal redigida!
Letra e.

066. (PR-4/UFRJ/UFRJ/2012) A medida do crescimento na infância é um dos mais importan-


tes indicadores para a avaliação do bem-estar individual e coletivo. Dentre os índices antropo-

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métricos empregados na atenção básica para avaliação do estado nutricional de crianças entre
5 e 10 anos de idade, pode-se afirmar que crianças com Índice de Massa Corporal para Idade:
a) entre o percentil 97,0 e 99,9 são classificadas com obesidade grave;
b) acima do percentil 99,9 são classificadas com obesidade grave;
c) entre o percentil 0,1 e 3,0 são classificadas com magreza acentuada;
d) entre o percentil 15,0 e 85,0 são classificadas com sobrepeso;
e) acima do percentil 97,0 são classificadas com sobrepeso.

Percentil entre 97 e 99,9 é obesidade. Obesidade grave é acima de p 99,9. Percentil entre 0,1 e
3 é magreza. Magreza acentuada é menor que p 0,1. E sobrepeso é entre p 85 e p 97.
Letra b.

067. (PR-4/UFRJ/2012) A Caderneta de Saúde da Criança é um importante instrumento para


o acompanhamento e o monitoramento da saúde, crescimento e desenvolvimento da criança
do nascimento até os 10 anos de idade. Dois dos cuidados com a saúde, previstos na cader-
neta, são a prevenção e o cuidado da doença diarréica. No caso de crianças com diarréia e
desidratação recomenda-se:
a) não oferecer soro oral no caso de fezes muito líquidas;
b) aumentar a ingestão de líquidos, inclusive de refrigerantes e bebidas energéticas;
c) restringir a oferta do aleitamento materno ou da frequência de alimentos;
d) aumentar a oferta do aleitamento materno ou da frequência de alimentos;
e) aumentar o consumo de alimentos gordurosos.

Em caso de fezes líquidas é importante oferecer soro oral para hidratação e reposição de
íons. Deve-se aumentar a ingestão de líquidos, mas não de bebidas energéticas e refrigeran-
tes. Deve-se estimular a oferta de aleitamento materno e diminuir o consumo de alimentos
gordurosos.
Letra d.

068. (PREFEITURA DE FORTALEZA-CE/2018) O período da vida designado gravi-


dez tem uma duração adequada de 38 a 40 semanas, sendo heterogêneo em seus as-
pectos fisiológicos, nutricionais e metabólicos. Avalie as afirmativas em  V  para ver-
dadeiras ou  F  para falsas, quanto as mudanças metabólicas ocorridas na gravidez:
( ) durante os dois primeiros trimestres de gestação, a mãe está em estado anabólico.
( ) o estado anabólico favorece a atividade lipogênica levando ao aumento dos depósitos
de gordura.
( ) no terceiro trimestre de gestação é marcado por uma hipoinsulinemia.

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( ) a retenção hídrica é decorrente da ação da progesterona e pela redução da albuminemia.


Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:
a) V, F, F, V
b) F, V, V, F
c) F, F, V, V
d) V, V, F, F

O terceiro trimestre é marcado por hiperinsulinemia. O principal envolvido no aumento da re-


tenção hídrica é o hiperaldosteronismo secundário da gravidez, que eleva a retenção de sódio.
O aumento do volume circulante acaba por gerar queda da osmolaridade plasmática, da pres-
são oncótica e do limiar de sede.
Letra d.

069. (PR-4/UFRJ/2018) Considere uma gestante de baixo risco, 25 anos, estatura de 160 cm,
peso pré-gestacional de 72 kg e que com 12 semanas de gestação pesava 75,5 kg. Assinale a
alternativa que correlaciona, respectivamente, a adequação do ganho de peso obtido até esse
momento e o total recomendado para toda a gestação.
a) Ganho de peso excessivo até a 12º semana; o total recomendado é de 7,0 a 11,5 kg.
b) Ganho de peso adequado até a 12º semana; o total recomendado é de 11,5 a 16 kg.
c) Ganho de peso excessivo até a 12º semana; o total recomendado é de 5,0 a 9,0 kg.
d) Ganho de peso adequado até a 12º semana; o total recomendado é de 7,0 a 11,5 kg.
e) Ganho de peso adequado até a 12º semana; o total recomendado é de 5,0 a 9,0 kg.

O IMC pré-gestacional de 28,12kg/m2 mostra que essa gestava estava com sobrepeso. Logo,
a recomendação de ganho de peso total pra ela seria de 7 a 11,5 kg, sendo que o recomendado
de ganho de peso no primeiro trimestre (12 semanas) é de no máximo 3 kg.
Letra a.

070. (AOCP/EBSERH/2018) Preencha a lacuna e assinale a alternativa correta. Paciente fe-


minina, 23ᵃ semana de gestação (primigesta), foi encaminhada para atendimento nutricional
com objetivo de readequação alimentar. Após a avaliação, a nutricionista prescreve a suple-
mentação de __________________ para prevenção do parto prematuro e também para auxiliar no
desenvolvimento cognitivo do bebê.
a) ômega-3
b) ferro
c) ácido fólico
d) vitamina C

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e) selênio

O DHA (ácido docosahexaenoico) é o principal tipo de ômega-3, e traz benefícios para a saú-
de ao longo de toda a vida, que vão desde o desenvolvimento das estruturas do cérebro e da
retina, a partir da gestação, até a prevenção do declínio cognitivo na fase adulta. A suplemen-
tação de ácido fólico para prevenção primária de doença do tubo neural (DTN) nos períodos
da pré-concepção, a suplementação deve começar pelo menos 30 dias antes da concepção e
continuar nas primeiras 12 semanas de gestação. A prevenção primária da deficiência de ferro
durante a gravidez envolve a recomendação de ingestão adequada proveniente da alimentação
associada a suplementação desse micronutriente. Não há indicação de suplementação de
vitamina C nem selênio durante a gestação.
Letra a.

071. (PR-4/UFRJ/2015) A gestação é reconhecida como um estado diabetogênico, pois a pre-


sença ou o aumento na produção de determinados hormônios induz à hiperglicemia (efeito
diabetogênico). Diante dessas alterações fisiológicas da gestação, assinale a alternativa que
descreve corretamente a ação hormonal no metabolismo materno.
a) Hormônio Lactogênio Placentário (HLP) – apresenta ação anabólica, glicogênica, lipolítica-
-materno e promove glicogenólise hepática.
b) Estrogênio – afeta o metabolismo lipídico materno e diminui a eficácia da insulina nos teci-
dos periféricos, inibindo a sua secreção.
c) Cortisol – estimula gliconeogênese a partir da proteólise tecidual e facilita a ação da insuli-
na no músculo e no tecido adiposo.
d) Progesterona – aumenta a eficácia da insulina nos tecidos periféricos, inibindo a sua secreção.
e) Progesterona – diminui a eficácia da insulina nos tecidos periféricos, aumentando a
sua secreção.

O hormônio lactogênio placentário estimula o pâncreas a secretar insulina, e colabora para o


crescimento fetal, além de aumentar a resistência periférica à insulina, aumentar a glicemia
pela glicogenólise e promover a lipólise. O estrogênio aumenta a elasticidade da parede uterina
e do canal cervical, favorece edema e diminui apetite na segunda metade da gestação. A pro-
gesterona relaxa a musculatura lisa do útero, diminui a motilidade do trato gastrointestinal,
causa náuseas, pirose, refluxo gastroesofágico e constipação. O cortisol estimula gliconeogê-
nese mas não facilita a ação da insulina no músculo e no tecido adiposo.
Letra a.

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072. (CESGRANRIO/CEFET-RJ/2014) Alterações fisiológicas, nutricionais e metabólicas são


observadas na mulher durante a gestação, como, por exemplo, a diminuição do(a)
a) colesterol sérico
b) tocoferol sérico
c) volume de células vermelhas do sangue
d) albumina sérica
e) excreção urinária de niacina

Há aumento na massa eritrocitária, mas como esse aumento (30%) é menor que o aumento do
volume plasmático (50%), há diminuição no Ht. A hemodiluição provoca redução das proteinas
plasmáticas, principalmente a albumina, facilitando o desenvolvimento de edema.
Letra d.

073. (CESP-CEBRASPE/SEPLAG-DF/2009) Quanto a leite humano e aleitamento materno, jul-


gue o item.
A partir do último trimestre de gravidez, o controle da produção do leite humano (lactogênese
I) é autócrino; após o parto, com o estabelecimento da lactação (lactogênese II), o controle
passa a ser endócrino.

Lactogênese 1, iniciada a partir da 20ª semana é de controle endócrino.


Errado.

074. (CEPERJ/PREFEITURA DE ANGRA DOS REIS - RJ/2008) Sobre as alterações hormonais


que o organismo materno sofre durante a gestação não é correto afirmar:
a) a insulina reduz a glicemia;
b) a cortisona eleva a glicemia pela proteólise tecidual;
c) a aldosterona promove retenção de sódio e excreção de potássio;
d) a renina-angiotensina aumenta a sede;
e) a calcitonina estimula a reabsorção óssea de cálcio.

Todas as alternativas estão corretas, exceto a letra e, pois a calcitonina inibe a reabsorção
óssea de cálcio.
Letra e.

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GABARITO
7. a 43. b
8. e 44. d
9. d 45. C
10. E 46. C
11. E 47. E
12. e 48. C
13. b 49. a
14. b 50. E
15. c 51. a
16. b 52. c
17. e 53. d
18. d 54. E
19. b 55. c
20. c 56. E
21. E 57. C
22. b 58. E
23. a 59. E
24. e 60. d
25. c 61. d
26. c 62. a
27. E 63. b
28. c 64. a
29. c 65. e
30. C 66. b
31. c 67. d
32. e 68. d
33. d 69. a
34. c 70. a
35. a 71. a
36. a 72. d
37. c 73. E
38. a 74. e
39. c
40. E
41. e
42. c

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REFERÊNCIAS
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Doutorando em Ciências da Saúde (UFU). Mestre em Ciências dos Alimentos (UFLA). Pós-graduando em
Nutrição Esportiva (ICM). Antropometrista N2 ISAK graduado em Nutrição pelo Unifor-MG. Nutricionista do
Exército Brasileiro.

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