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ANTROPOMETRIA DE
ADOLESCENTES
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Adolescência
 Fase de transição gradual da infância para a
idade adulta – crescimento e desenvolvimento do
indivíduo se completam, culminando com plena
capacidade de reprodução.
 Faixa etária de 10 a 19 anos, (OMS, 2007).
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Modificações físicas
 Adolescência inicial: 10 aos 14 anos
- Puberdade: aumento de secreções hormonais,
estirão do crescimento e caracteres sexuais
secundários.
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Puberdade
 Período caracterizado por fortes mudanças
biológicas.
- Maturação sexual
- Grande crescimento físico – estirão pubertário
 Situa-se entre 9,5-14,5 anos no sexo feminino (8

cm/ano e 6 a 8 Kg), e
 entre 10,5-16 anos no sexo masculino (9 a 10

cm/ ano e 8 Kg).


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Modificações Físicas na Puberdade
 Aceleração e desaceleração do crescimento esquelético;
 Alteração da composição corporal como resultado do
crescimento esquelético e muscular, ao lado de mudanças
na quantidade e distribuição de gordura;
 Desenvolvimento dos sistemas circulatório e respiratório
levando, principalmente no sexo masculino, ao aumento
da força e da resistência;
 Desenvolvimento das gônadas, órgãos de reprodução, e
caracteres sexuais secundários;

 Adolescência final ou tardia: 15 aos 19 anos


- Desaceleração dos processos.
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Variações na Composição Corporal

 Ganho estatural: 15 – 20% da


altura final
 das necessidades
 Ganho de massa esquelética:
nutricionais
45%
 Ganho ponderal: 50% do peso

adulto
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Importância da Avaliação Carina
Antropométrica

 Monitorização do crescimento e desenvolvimento


físico.

Principais Parâmetros Antropométricos:


 Peso, estatura, perímetro braquial, circunferência
da cintura, pregas cutâneas.
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Curvas de Crescimento – Percentis e Carina
Escore-Z

 São amplamente utilizadas na observação do


crescimento.
 As variáveis mais utilizadas são: Estatura e IMC.
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Critérios para o diganóstico nutricional – PercentisCarina
e
Escore-Z para Adolescentes
Índices Antropométricos
Adolescentes de 10 a 19 anos
Valores Críticos
Estatura para idade IMC para idade
< Percentil 0,1 < Escore z -3 Muito baixa estatura Magreza acentuada
para a idade
Percentil 0,1 e Escore z -3 e Baixa estatura para Magreza
< percentil 3 < escore z -2 a idade
Percentil 3 e Escore z -2 e Eutrofia
 percentil 85  escore z +1
> Percentil 85 e > Escore z +1 Sobrepeso
 percentil 97 e Estatura adequada
 Escore +2 para a idade
> Percentil 97 e > Escore z +2 Obesidade
 percentil 99,9 e
 Escore z +3
> Percentil 99,9 > Escore +3 Obesidade grave
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Evolução das Curvas de Crescimento
Curva ascendente: prevê velocidade de
crescimento adequada – analisar cada
parâmetro e pontos de corte.

Curva reta: estagnação do crescimento – sem


incremento ponderal ou estatural. Classificação
de acordo com os pontos de corte.

Curva descendente: processo inicial de


desnutrição – Provável perda de peso. Deve-se
verificar mudança de hábito alimentar e
processos patológicos. Classificar de acordo com
os pontos de corte.
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Dobras Cutâneas
 São utilizadas na avaliação da quantidade de
gordura corporal.
 Equações de Slaughter et al. (1988) - Estimou o
percentual de gordura corporal a partir da soma de
duas dobras cutâneas, de acordo com o sexo e raça:
tricipital (PCT) e subescapular (PCSE).
- Levam em consideração, para o sexo masculino, o
estágio de maturação sexual:
 Estágio 1: fase inicial ou pré-púbere

 Estágios 2, 3, e 4: fase puberal

 Estágio 5: fase pós-puberal


Figuras ilustrativas e características do processo de maturação sexual em
adolescentes do sexo feminino, de acordo com o desenvolvimento das
mamas (M) e dos pelos pubianos (P), segundo os critérios de estadiamento (1
a 5) de Tanner.

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Figuras ilustrativas e características do processo de maturação sexual em
adolescentes do sexo masculino, de acordo com o desenvolvimento da
genitália (G) e dos pelos pubianos (P), segundo os critérios de estadiamento (1
a 5) de Tanner.

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Determinação da porcentagem de gordura corporal pelo somatório
das dobras cutâneas tricipital e subescapular para meninos (8-18
anos), de acordo com a maturação sexual, segundo Slaughter, et al.

Meninos brancos com somatória das dobras menor ou igual a 35 mm


Pré-pubere %G = 1,21 (PCT + PCSE) – 0,008 (PCT + PCSE)2 – 1,7
Púbere (G2P2) %G = 1,21 (PCT + PCSE) – 0,008 (PCT + PCSE)2 – 3,4
Pós-púbere %G = 1,21 (PCT + PCSE) – 0,008 (PCT + PCSE)2 – 5,5
Meninos negros com somatória das dobras menor ou igual a 35 mm
Pré-pubere %G = 1,21 (PCT + PCSE) – 0,008 (PCT + PCSE)2 – 3,2
Púbere %G = 1,21 (PCT + PCSE) – 0,008 (PCT + PCSE)2 – 5,2
Pós-púbere %G = 1,21 (PCT + PCSE) – 0,008 (PCT + PCSE)2 – 6,8

Meninos brancos e negros com somatória das dobras maior que 35 mm


%G = 0,783 (PCT + PCSE) + 1,6
Meninos brancos e negros de 08 a 17 anos
%G = 0,735 (PCT + PC Panturrilha) + 1,0
Determinação da porcentagem de gordura corporal pelo
somatório das dobras cutâneas tricipital e subescapular para
meninas (8-18 anos), segundo Slaughter, et al.

Meninas brancas e negras com somatória das dobras menor que 35 mm


%G = 1,33 (PCT + PCSE) – 0,013 (PCT + PCSE)2 – 2,5

Meninas brancas e negras com somatório das dobras maior que 35 mm


%G = 0,546 (PCT + PCSE) + 9,7

Meninas brancas e negras de 08 a 17 anos


%G = 0,61 (PCT + PC Panturrilha) + 5,1

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Determinação da porcentagem de gordura corporal pelo
somatório das dobras cutâneas tricipital e subescapular para
meninos e meninas (8-18 anos), segundo Boileau, et al, 1985.

Meninos
%G = 1,35 (PCT + PCSE) – 0,012 (PCT + PCSE)2 – 4,4

Meninas
%G = 1,35 (PCT + PCSE) – 0,012 (PCT + PCSE)2 – 2,4

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Avaliação da reserva energética através do percentual de
gordura corporal em indivíduos de 08 a 18 anos.

Sexo Excessivamente Baixa Adequada Moderadamente Alta Excessivamente


baixa alta alta
Masculino Até 6% 6,01 - 10% 10,01 – 20% 20,01 – 25% 25,01 – 31% > 31,01%
Feminino Até 12% 12,01 - 15% 15,01 – 25% 25 – 30% 30,01 – 36% > 36,01%

Fonte: Deurenberg, P. P.; Pieters, J. J. L.; Hautuaust, J. G. L. (1990).

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 Classificação do estado nutricional de acordo com
as dobras cutâneas tricipital, subscapular e do
somatório dessas dobras, conforme idade e
gênero (Frisancho, 1993).
Classificação Percentil
Déficit energético <P5
Risco de déficit energético  P 5 e < P 15
Adequado  P 15 e < P 85
Obesidade  P 85

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Perímetro ou Circunferência do Braço
 Pode ser utilizado para a obtenção de medidas
derivadas de massa gordurosa e massa livre de
gordura.
 É classificado de acordo com o valor encontrado e
as variáveis idade e gênero.
Classificação Percentil
Déficit energético <P5
Risco de déficit energético  P 5 e < P 15

Adequado  P 15 e < P 85
Obesidade  P 85
Frisancho, 1990. Profª
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Parâmetros obtidos da associação entre a
circunferência do braço e a dobra cutânea tricipital

 Circunferência muscular do braço (CMB):


CMB = CB ou PB (cm) – [3,14 x (DCT mm/ 10)]
Resultado expresso em centímetro (cm)

 Utilizada para estimar proteína somática.


 Não inclui correção em relação ao diâmetro do osso - a
medida da CMB do homem pode estar superestimada em
relação à CMB da mulher, uma vez que o úmero é maior
em homens do que nas mulheres.
 A equação do cálculo da CMB pressupõe que o braço é
circular, quando na verdade, a parte superior do osso é
elíptica. Profª
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Estado nutricional de acordo com a avaliação de
percentis para a CMB, segundo Frisancho, 1990.

Classificação Percentil
Depleção <P5
Risco de depleção  P 5 e < P 15

Adequado  P 15 e < P 85
Musculatura desenvolvida  P 85

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 Área Muscular do Braço corrigida (AMBc):
Equações de acordo com o sexo:
Masculino:
AMBc (cm2) = { CB (cm) – [ x (DCT mm/ 10)]}2 - 10
4

Feminino:
AMBc (cm2) = {CB (cm) – [ x (DCT mm/ 10)]}2 - 6,5
4

 Avalia a reserva de tecido muscular corrigindo a


área óssea. A área muscular corrigida reflete a
verdadeira magnitude das mudanças do tecido
muscular. Profª
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Classificação do estado nutricional através dos
percentis de AMBc, de acordo com Frisancho, 1990.

Estado Nutricional Valores críticos


Adequado > P15
Déficit de massa magra ≥ P5 e ≤ P15
(depleção leve/moderada)
Depleção grave < P5

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Área adiposa ou de gordura do braço (AAB ou AGB)

 Retrata reserva energética do organismo


– tecido adiposo.
AAB (cm2) = CB (cm) x [PCT (mm)  10] -  x [PCT (mm)  10]2
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Classificação do estado nutricional através dos
percentis de AAB, de acordo com Frisancho, 1990.

Estado nutricional AAB (cm2)


Magro/ depleção < P5
Eutrofia P5 ao P85
Excesso de gordura > P85

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Razão Cintura/Altura (RC/A)

 Medida alternativa para identificar excesso de


adiposidade.
 Entre crianças em idade escolar e adolescentes,
valores maiores que 0,5 tem sido utilizados para
determinar risco de desenvolvimento de doença
cardiovascular em indivíduos de ambos os sexos.

RC/A = Circunferência da Cintura (CC)


Altura
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