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AULA 1.

O grupo
materno-infantil e a
importância da nutrição
nos primeiros mil dias de
vida.

Profª Drª Arissa Felipe


DEFINIÇÃO DO GRUPO MATERNO-INFANTIL
• De acordo com o Ministério da Saúde (2002), podemos definir o grupo
materno-infantil segundo as faixas etárias ou pelos momentos fisiológicos
que o englobam.

• Esse grupo é constituído pelos seguintes ciclos de vida:

 Gestantes: mulheres grávidas;


Puérpera: mulheres que deram à luz até seis semanas após o parto;
Nutrizes ou lactantes: mulheres que amamentam;
Recém-nascido ou neonato: crianças desde o nascimento até 28 dias;
Lactentes: crianças amamentadas até 1 ano 11 meses e 29 dias;
Pré-escolares: crianças de 12m a 6 anos, 11m e 29 dias;
Escolares: crianças de 7 anos a 9 anos, 11 meses, 29 dias;
Adolescentes: 10 a 20 anos incompletos.
Gestantes:
• O período da gestação compreende desde a concepção até o parto.

• A gestação é acompanhada por várias alterações fisiológicas,


hormonais, anatômicas e psicológicas que contribuem na regulação
do metabolismo materno e no crescimento fetal.

• Por esse motivo, a gestação é considerada um período crítico durante


o qual a nutrição materna é fator essencial na determinação da saúde
da mãe e do bebê.
Gestantes:
• A duração da gravidez varia de 37 a 42 semanas gestacionais (SG) e
pode ser dividida em 3 trimestres, conforme o quadro abaixo:

• Os cuidados com o bebê iniciam a partir do momento em que a gravidez


é confirmada.
Gestantes:
• Pré-natal
Puérpera:
• O período após o parto, chamado de puerpério.

• é o momento em que ocorrem intensas modificações


físicas e psicológicas nas mulheres em um curto espaço
de tempo.

• Juntas, essas características contribuem para aumentar


a insegurança da mãe em relação aos cuidados
necessários para garantir a saúde do seu bebê e dela
própria nesta fase inicial da maternidade.

• É importante o acolhimento da mulher após o parto


pelos profissionais de saúde e pela família.
Nutrizes ou lactantes:
• Independentemente do tipo de parto, o aleitamento materno iniciado
logo na primeira hora de vida possui vários benefícios para saúde da
mulher e do bebê, tais como:

PARA BEBÊ
PARA MÃE
fortalecer o vínculo mãe e bebê,
melhor regulação glicêmica,
cardiorrespiratória e térmica do
bebê, além de fornecer a nutrição a sucção precoce auxilia na contração
adequada e rica em fatores do útero para eliminação da placenta,
imunológicos que auxiliam na reduz a hemorragia, retorno do útero
prevenção de alergias e doenças para o tamanho natural, além de
infecciosas no início da vida. prevenir contra o câncer de cólon de
útero.
Nutrizes ou lactantes:
• Cabe aos profissionais de saúde estimular o aleitamento materno e
dar as orientações sobre as posições mais confortáveis para a nutriz e
esclarecer sobre as principais complicações.

• A lactante deve ser orientada quanto aos benefícios da ingestão


hídrica adequada e sobre a prática de hábitos alimentares saudáveis,
que contribuem para a produção de leite materno, perda de peso
materna no pós parto e para o ganho de peso e desenvolvimento
adequado do bebê.
Recém-nascido ou neonato:
• O cuidado com a saúde do recém-nascido (RN)
tem importância fundamental para a redução
da mortalidade infantil.

• Dentre os cuidados com o RN, destaca-se:

Assistência qualificada e humanizada no parto.


Aleitamento materno precoce e sob livre
demanda.
Promoção do contato mãe-bebê imediato e
alojamento conjunto.
Identificação do RN de alto risco, realização de
exames, consultas de acompanhamento e a
vacinação.
Lactentes:
• O lactente é a criança que mama até
o final da primeira dentição, isto é,
até os 24 meses.

• O leite materno é o alimento mais


completo para o bebê até o sexto
mês de vida, por esse motivo, o
Ministério da Saúde recomenda o
aleitamento materno exclusivo por 6
meses e complementar por 2 anos ou
mais.
Lactentes:
• A introdução de alimentos
deve ser realizada ao
lactente a partir do sexto
mês de vida através da
oferta de alimentos in
natura e minimamente
processados, associados à
continuidade do
aleitamento materno sob
livre demanda.
• Os primeiros dois anos de vida são caracterizados por intenso
crescimento e desenvolvimento e podem ser acompanhados por
alguns marcos do desenvolvimento descritos pela caderneta de saúde
da criança do Ministério da Saúde.

• Podemos observar alguns marcos do desenvolvimento no primeiro


ano de vida, como: rolar, sentar-se e andar.
Pré-escolares: crianças de 12m a 6 anos, 11m e
29 dias
• PRIMEIRA INFÂNCIA: é o período que vai desde a concepção até
os 6 anos de idade.

• É quando forma toda a sua estrutura emocional e afetiva e


desenvolve áreas fundamentais do cérebro relacionadas à
personalidade, ao caráter e à capacidade de aprendizado.
Pré-escolares: crianças de 12m a 6 anos, 11m e
29 dias
• FASE PRÉ-ESCOLAR: entre dois e sete anos
incompletos, caracteriza-se pela estabilização
do crescimento estatural e do ganho de peso.

• nessa etapa do desenvolvimento infantil, a


ingestão energética é menor quando
comparada ao período de zero a dois anos e
com a fase escolar.

• Nesta fase, a criança desenvolve ainda mais a


capacidade de selecionar os alimentos a partir
de sabores, cores, experiências sensoriais e
texturas, sendo que essas escolhas
influenciarão o padrão alimentar futuro.
Escolares: crianças de 7 anos a 9 anos, 11
meses, 29 dias
• Compreende a faixa etária de 7 a 10 anos
incompletos e é caracterizada por um
período de crescimento e demandas
nutricionais elevadas.

• O cardápio das crianças nessa faixa etária já


está adaptado às disponibilidades e aos
costumes dietéticos da família.

• Além disso, há nessa faixa etária intensa


atividade física e mental, de modo que a
falta de apetite comum à fase pré-escolar é
substituída por um apetite voraz.
Adolescentes: 10 a 20 anos incompletos

• É caracterizada por profundas


transformações somáticas,
psicológicas e sociais.
IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA NUTRIÇÃO
NO GRUPO MATERNO-INFANTIL
IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA NUTRIÇÃO
NO GRUPO MATERNO-INFANTIL
•O aumento das necessidades
nutricionais da mulher na gestação,
decorrente dos ajustes fisiológicos da
gravidez, pode aumentar o risco de
inadequação na dieta materna e refletir
negativamente sobre a saúde do feto e
da própria gestante.

• Do mesmo modo, durante a lactação,


deficiências nutricionais maternas
podem comprometer as reservas de
nutrientes dos lactentes, principalmente
de micronutrientes, e desencadear
carências nutricionais nos primeiros anos
de vida.
IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA NUTRIÇÃO
NO GRUPO MATERNO-INFANTIL
• Vários fatores interferem na ingestão dietética neste ciclo da vida, tais
como:

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