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O que é gravidez?

A gravidez é um evento resultante da fecundação do ovulo (ovócito) pelo


espermatozoide. Habitualmente, ocorre dentro do útero e é responsável pela geração de
um novo ser. Este é um momento de grandes transformações para a mulher, para seu
(sua) parceiro (a) e para toda a família. Durante o período da gestação, o corpo vai se
modificar lentamente, preparando-se para o parto e para a maternidade. A gestação
(gravidez) é um fenômeno fisiológico e, por isso mesmo, sua evolução se dá, na maior
parte dos casos, sem intercorrências.
Sintomas da gravidez
A gravidez apresenta alguns sintomas, os quais podem variar entre os indivíduos.
Algumas mulheres apresentam vários desses, enquanto outras não os apresentam e só
conseguem identificar a gravidez num estágio mais avançado.
▪ Ausência de menstruação;
▪ Aumento e dor nos seios;
▪ Sono;
▪ Náuseas e vômitos;
▪ Tontura;
▪ Azia;
▪ Fraqueza;
▪ Salivação excessiva;
▪ Dor lombar;
▪ Dor de cabeça;
▪ Aumento da produção de urina, entre outros.
Diagnóstico da gravidez
O diagnóstico da gravidez não pode ser realizado apenas com a análise de sintomas.
Para a confirmação de que há uma gestação em curso, é importante a realização de
alguns exames.
▪ Exame beta hCG: É realizado em laboratório e mede a concentração do
hormônio gonadotrofina coriônica humana (hCG) na corrente sanguínea. A
gonadotrofina coriônica é um hormônio exclusivo da gravidez, e a sua
quantificação não determina apenas se está ocorrendo uma gestação, mas
permite também a análise da evolução dessa.

▪ Exame de imagem (ultrassonografia): É essencial para avaliar se o óvulo está


implantado em local adequado e se a gestação está evoluindo bem. O exame beta
hCG é um aliado do exame em questão, pois, com base na quantidade de
hormônio detectado no sangue, pode-se estimar o tempo de gestação e o que se
espera visualizar na ultrassonografia.

▪ Testes de farmácia: Embora alguns fabricantes determinem um percentual de


99% de confiabilidade, esses testes requerem alguns cuidados em sua realização,
por exemplo, esperar o atraso menstrual. Alguns desses recomendam a utilização
da primeira urina do dia para sua realização. Assim, a realização desse tipo de
exame não dispensa a do exame de sangue.

Desenvolvimento da gravidez
▪ Primeiro trimestre, 0 a 13 semanas:
- Quando o óvulo é fecundado, começa o processo de multiplicação celular, até que o
óvulo se torne um embrião. A partir dessas células é que irão se desenvolver todos os
sistemas essenciais para o bebê, com o passar das semanas.
- Mudanças na mamãe do primeiro ao terceiro mês:
A placenta começa a se formar, bem como todo o sistema de apoio, como o cordão
umbilical e o líquido amniótico. Isso garante que o embrião receba tudo o que precisa
para se desenvolver.
- Mudanças no bebê do primeiro ao terceiro mês:
Neste começo da gravidez acontece um rápido desenvolvimento do bebê, com a
multiplicação veloz das células para iniciar a formação de vários órgãos. Com 4
semanas, o bebê tem o tamanho de um grão de arroz e o seu coração já começa a bater.
Após 8 semanas, já tem braços e pernas aparentes, e começa a formação dos dedos. No
final do trimestre, o bebê já tem seu rosto praticamente formado, e seus genitais estão
definidos - mas ainda não é possível descobrir o sexo.
▪ Segundo trimestre, 14 a 26 semanas:
É durante o segundo trimestre que o bebê termina completamente sua formação. Ele
está desenvolvendo funções respiratórias, auditivas e musculares. Além disso, também
vai ganhar suas características físicas, com a definição dos olhos e orelhas, e o
crescimento dos pelos.
- Mudanças na mamãe do quarto ao sexto mês:
Esta fase permite maior conforto e tranquilidade, já que os sintomas do início da
gravidez começam a desaparecer. No entanto, podem surgir desconfortos como
hemorroidas, constipação e dores na área da virilha. A barriga da gestante começa a
crescer e é possível sentir os primeiros movimentos do bebê. Os seios começam a se
preparar para a produção de leite, aumentando de tamanho. A pele e o quadril também
sofrem alterações.
- Mudanças no bebê do quarto ao sexto mês
O bebê, nessa fase, começa seus movimentos respiratórios e a mexer as mãozinhas.
Agora, também já é possível descobrir o sexo do bebê através do exame de ultrassom,
se o bebê estiver uma posição que permita a visualização do órgão genital. Entre 17 e 18
semanas, o feto, mesmo ainda tão pequeno, já é capaz de sugar, engolir e piscar. Sua
pele fica mais grossa e os seus cabelos, cílios e sobrancelhas começam a crescer. No
meio da gestação (20 semanas), seus movimentos ficam mais intensos e os chutes vão
surpreender a mamãe. Próximo ao fim do segundo trimestre, o bebê começa a ouvir e
seu sistema já funciona completamente. Mas ele tem, ainda, o tamanho de uma couve-
flor.

▪ Terceiro trimestre 27 a 40/41 semanas:


Durante as últimas semanas, a mãe pode sofrer com azias e faltas de ar, em função do
tamanho e do peso do bebê.
- Mudanças na mamãe do sétimo ao nono mês:
Agora, o corpo da mamãe começa a se preparar para o parto. Com o crescimento do
bebê, a barriga fica cada vez maior, causando desconfortos como dores nas costas,
tornozelos inchados e falta de ar.
- Mudanças no bebê do sétimo ao nono mês:
Seu bebê já está todo com seu sistema todo formado, mas precisa crescer e ganhar peso.
Entre 27 e 32 semanas, ele dobra de tamanho. Agora, o bebê já abre os olhos, percebe a
luz fora do útero e identifica vários sons. Por isso, ao nascer, é comum que os bebês se
acalmem quando ouvem a voz da mamãe - um som bastante familiar. Com 35 semanas,
o bebê, assim como o corpo da mamãe, se prepara para o parto. Ele gira, ficando com a
cabeça para baixo, estará pronto para nascer a qualquer momento a partir das 37
semanas.
Cuidados durante a gravidez

▪ Realização de exames laboratoriais de rotina: Alguns exames são essenciais


assim que se detecta a gravidez, como: hemograma; grupo sanguíneo e fator Rh;
glicemia de jejum; sorologia para sífilis (VDRL); testes anti-HIV, entre outros.
Alguns desses exames são realizados novamente no decorrer da gravidez.

▪ Vacinação: A gestante também necessita ser imunizada quanto a algumas


doenças. Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações, durante a gestação
podem ser administradas as vacinas contra: hepatite B (3 doses); difteria, tétano
e coqueluche (dTpa - 1 dose); e gripe (influenza - 1 dose).

▪ Acompanhamento odontológico: Devido às diversas alterações que ocorrem


durante a gestação, como as físicas e hormonais, podem ocorrer também
alterações no meio bucal. Assim, é importante que a gestante busque realizar
também uma avaliação odontológica. Esse atendimento ocorre
preferencialmente a partir do segundo trimestre de gestação, com exceção de
casos de urgência.

▪ Alimentação saudável: Todos devem buscar alimentar-se de forma adequada,


no entanto, durante a gestação, esse cuidado deve ser redobrado, já que as
necessidades nutricionais se diferenciam um pouco. Isso não significa que a
gestante deva “comer por dois”, mas sim alimentar-se de maneira adequada,
com alimentos ricos em nutrientes, como vitaminas, sais minerais e proteínas.
▪ Realização de atividades físicas: Isso deve ser avaliado primeiramente pelo
médico que acompanha a gestação, pois é necessário analisar a evolução dessa e
o histórico da gestante para, assim, indicar a atividade física adequada.
Geralmente as atividades recomendadas são de intensidade leve à moderada e
devem ser iniciadas após o terceiro mês de gestação.

▪ Drogas (incluindo álcool e cigarro): É importante que, durante o período


gestacional, caso a gestante faça uso de drogas, incluindo cigarro e álcool, ela
evite seu consumo, pois este pode não apenas causar problemas na evolução da
gestação, como alterações no desenvolvimento fetal, entre outras complicações.

▪ Medicamentos: O uso de medicamentos pela gestante só deve ocorrer sob


orientação médica.
Parto
A gestação encerra-se no parto, que é o momento do nascimento de um novo indivíduo.
A data provável do parto (DPP) é o final da 40ª semana de gestação, como dito,
contando a partir da data do início do último ciclo menstrual. O parto pode ocorrer de
duas formas:
▪ Normal ou vaginal: ocorre de forma espontânea, entre 37 e 42 semanas de
gestação. Nesse tipo de parto, contrações uterinas expulsam o bebê e a placenta
do útero através do canal vaginal.

▪ Cesárea: ocorre via procedimento cirúrgico para a retirada do bebê. Essa forma
é recomendada quando, devido a algum problema de saúde, o parto normal pode
gerar riscos ou em casos de emergências.

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