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• Títulos de Especialista
em Nutrologia e Acupuntura (AMB/CFM).
Pós Graduação em Nutrição Clínica e Terapia Nutricional pelo GANEP.
• Mestrado em Ciências da Saúde, área correlata Medicina Interna,
pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP)-SP.
• Pesquisador pelo NUTECC-FAMERP.
• Coordenador Clínico da EMTN dos Hospitais Santa Genoveva,
do Hospital Madrecor, do Hospital e Maternidade Municipal de Uberlândia
e do Hospital Universitário Mário Palmério.
Declaro, não possui conflito de interesse
Blog: drclaudiobarbosanutro.blogspot.com
Instagram: claudio_nut
SUMÁRIO:
1 Biodisponibilidade de Nutrientes
3 Calorimetria indireta
4 Triagem Nutricional
5 Desnutrição Hospitalar
6 Risco Nutricional
7 Avaliação Nutricional
Biodisponibilidade dos Nutrientes
“Não vivemos do que comemos.
Somente do que digerimos”.
Dr. Hufeland
Biodisponibilidade dos Nutrientes
Biodisponibilidade dos
Nutrientes
Biodisponibilidade dos
Nutrientes
Teor na Tabela de
Composição não reflete o
verdadeiro aporte
nutricional de Ferro...
BALANÇO DE
NUTRIENTES
Biodisponibilidade dos Nutrientes
Quanto gastamos ?
• As necessidades energéticas são definidas como a ingestão de
energia dietética necessária para o crescimento ou a manutenção em
pessoas de idade, sexo, peso e estatura definidos, e o grau de
atividade física desempenhada por elas.
• Em crianças, gestantes e lactantes, a necessidade energética inclui
as necessidades associadas à deposição de tecidos ou a secreção de
leite em taxas compatíveis com uma boa saúde (Institute of
Medicine, 2002, 2005).
• Em pessoas enfermas ou feridas, o estressor pode aumentar ou
diminuir o gasto energético (Joffe, 2009).
Quanto gasta cada órgão ?
Fígado
29%
do GEB
19% Cérebro
10% Coração
7% Rim
3,000
1.idade
2.sexo
3.composição corporal
4.estado fisiológico
ALTERAÇÃO NAS
NECESSIDADES
ENERGÉTICAS
EM ESTADOS
ESPECIAIS
NECESSIDADE
DE NITROGÊNIO
EM ESTADOS
ESPECIAIS
MÉTODOS PARA DETERMINAÇÃO DO GASTO ENERGÉTICO
• Calorimetria indireta
• Equações Preditivas
• Fórmulas de bolso
• Outros
CALORIMETRIA INDIRETA
• método não invasivo, prático e seguro
• pacientes com ou sem ventilação mecânica
• medidas das trocas de gases pulmonares :
volume do oxigênio consumido (VO2) e do
volume do gás carbônico produzido (VCO2)
• gasto energético total: GEB + ETA +ETE
Simonson DC, De Fronzo RA.
Indirect calorimetry: methodological and interpretative
problems.
Am J Physiol 1990;258 (3 Pt 1):E399-412.
TRIAGEM NUTRICIONAL
o A Triagem Nutricional deve ser realizada em pacientes hospitalizados em até 48 h
da internação afim de se detectar o RISCO NUTRICIONAL.
Posthauer ME.
The value of nutritional screening and assessment.
Adv Skin Wound Care 2006;19(7):388-90.
o O 1º passo no cuidado nutricional é a avaliação do RISCO NUTRICIONAL.
Sorensen J et al.
EuroOOPS: an international, multicentre study to
implement nutritional risk screening and evaluate clinical outcome.
Clin Nutr 2008;27(3):340-9.
Nível Descrição
● Pacientes cuja doença de base ou problema não exija
Primário cuidados dietoterápicos específicos (pneumonia, gripe,
conjuntivite, varicela)
● Pacientes que não apresentam Risco Nutricional
Secundário ● Pacientes cuja doença de base ou problema não exija
cuidados dietoterápicos específicos, porém apresentam
riscos nutricionais.
● Pacientes cuja doença de base exija cuidados
dietoterápicos, mas não apresentam risco nutricional
(disfagia, diabetes, alergia a proteína do leite de vaca,
hipertensão)
Triagem
Nutricional em
até 48 h da
internação
a
Queda n a
cia d
prevalên ão
iç
Determinação do Desnutr
RISCO
NUTRICIONAL
Intervenção
Nutricional
Dias et al 2009. Rastreamento Nutricional.
Precoce In: Waitzberg DL. Nutrição oral, enteral
e parenteral na prática clínica. 4ª.
ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2009
Dieta é “esquecida”
A terapia nutricional adequada diminui complicações,
morbidade, mortalidade, tempo de internação
hospitalar, previne ou ameniza a desnutrição e suas
seqüelas, mantém a imunocompetência, melhora o
trofismo muscular e reduz custos hospitalares.
Ponto chave no Suporte Nutricional dos pacientes críticos: seu Status Nutricional declina muito
rapidamente, mesmo nos pacientes eutróficos.
Estudo clássico demonstrou que nas UTIs se perde de 1-2kg de proteína corporal em apenas 10
dias, o que corresponde a 10-15% do conteúdo proteico corporal inicial.
Crit Care Med 1998; 26:1529–1535.
Isso pode ocorrer mesmo nos pacientes bem nutridos à admissão na UTI, a despeito de uma
adequada provisão calórico-proteica.
Curr Opin Clin Nutr Metab Care 2014, 17:177–182.
Recente estudo observacional de 113 pacientes com sepse grave em UTI também demonstrou
grandes perdas de proteína corporal (medida como um balanço nitrogenado negativo) e que a
provisão proteica esteve estreitamente relacionada com a sobrevivência dentro de um período de
observação de 10 dias.
RISCO NUTRICIONAL
AVALIAÇÃO DO
ESTADO
NUTRICIONAL
INTERVENÇÃO
NUTRICIONAL
Triagem Nutricional em 48 h
Assistência Nutricional
Risco Nutricional Positivo % Linear (Risco Nutricional Positivo %)
Cenário 1:
Hospital 100% público
e referenciado 73
JAN JUN NOV ABR SET FEV JUL DEZ MAI OUT MAR AGO JAN JUN NOV ABR SET FEV JUL DEZ MAI OUT MAR
Diagnóstico Nutricional
300
250
200
150
100
50
0
O CA O L R E
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KW 2019 2020 2021
Risco Nutricional pela NRS 2002
70% Cenário 2:
Hospital Universitário
(público e provado) 61%
60% 60%
57%
55% 55%
53% 53%
52% 52%
49% 51%
50%
49%
47%46% 47% 47%
46%
44%
42% 42%
41% 41% 41% 41% 41%
40% 40% 40%
39% 39% 39%
36% 37% 38% 38% 38%
35% 35% 35% 35%
34% 34% 34%
33%
32% 32%
32%
30%
29%
27%
25% 25%
24% 24% 24% 24% 24%
23%
22% 22%
20% 20% 20%
19% 18%
16% 17%
4% 4% 4%
0%
Jun-19 Jul-19 Aug- Sep-19 Oct-19 Nov- Dec-19 Jan-20 Feb-20 Mar- Apr-20 May- Jun-20 Jul-20 Aug- Sep-20 Oct-20 Nov- Dec-20 Jan-21 Feb-21 Mar- Apr-21 May- Jun-21
19 19 20 20 20 20 21 21
Risco Nutricional (pela NRS 2002)
Classificação de Risco Nutricional NRS 2002 – (2016-2019)
Cenário 3:
Hospital Privado com PS
90%
80%
70%
60% Primário
50%
40% Secundário
30%
20% Terciário
10%
0%
Sep 6
Oct/ 6
Fe b 7
Mar 17
Jun/ 7
Oct/ 7
Nov 17
Mar 18
Feb 8
Mar 19
May 19
Jun/ 9
Nov 16
Dec 6
Jan/ 6
Apr/ 7
May 17
Jul/ 7
Aug 17
Sep 7
Dec 17
Jan/ 7
Feb 8
Apr/ 8
May 18
Jun/ 8
Jul/ 8
Aug 18
Apr 9
19
/1
/1
/1
/1
/1
/1
/1
/1
/1
1
/1
/1
1
/1
/1
1
/1
/
/
Aug
Análise da
• Agua corporal total/massa livre de gordura/massa muscular
CONTRAS
Absortometria radiológica de Dupla energia (DXA)
A medida da DXA é definida como a quantidade de radiação absorvida pelo corpo ou semento desejado, calculando
a diferença entre a energia emitida pela fonte de radiação e a sensibilizada pelo detector de energia.
Baseia-se na medida de 3 componentes corporais: densidade mineral óssea, massa gorda e massa de tecido magro.
Absortometria radiológica de Dupla energia (DXA)
Vantagens Desvantagens
Estima a massa magra, massa Não mede a água corporal
gorda e osso Custo relativamente alto
Não necessita de preparo Limitação para peso excessivo (150 kg)
Medicação por emissão de Diferentes fabricantes = diferentes
fóton de energia resultados
Etapas do Exame
Mínimo de
roupas
Posição
Ausência de supina e
metais imóvel por 7
min
o Muito trabalhoso
o Consome muito tempo
o Muito dispendioso
Tomografia Computadorizada: área muscular transversal
Extrapolação de gordura
e massa muscular com
equações regressivas
Tomografia Computadorizada
o Alta resolução
o Precisa o Exposição a radiação
o Medida da o Custo elevado
“qualidade” muscular o Limitaçoes conforme
o Separa o tecido o tamanho e peso do
gorduroso subcutâneo paciente
do visceral o Escassos valores de
o Softwares corte referências em
automatizados sujeitos saudáveis
CONTRAS
o Util na neoplasia e
outras condiçoes
Tomografia Computadorizada: pontos a considerar
CONTRAS
o Útil nas UTIs
Validade das aferições pela USG
Acurácia da USG em
identificar pacientes
sarcopênicos
Circunferência da
Cintura
< 88 cm – Mulher
< 102 cm - Homem
Prega Tricipital
Exames Complementares
Albumina
Vincent, JL., Russell, J.A., Jacob, M. et al. Albumin administration in the acutely
ill: what is new and where next? Crit Care 18, 231 (2014).
https://doi.org/10.1186/cc13991.
Hemoglobina
Avaliação Nutricional Bioquímica
▪ Tanto a doença crítica quanto a doença crônica são caracterizadas por inflamação e,
como tal, ocorre a repriorização hepática da síntese proteica, resultando em menores
concentrações séricas de albumina e da pré-albumina.
Além disso, a redistribuição das proteínas séricas ocorre devido ao aumento da
permeabilidade capilar.
Há associação entre inflamação e desnutrição, no entanto, não entre desnutrição e
níveis de proteína visceral.
Essas proteínas se correlacionam bem com o risco dos pacientes para desfechos
adversos, em vez de com a desnutrição energético-proteicas.
Portanto, a albumina sérica e a pré-albumina não devem servir como medidas da
proteína corporal total ou da massa muscular total e não devem ser utilizadas como
marcadores nutricionais.
David C. Evan et al. The Use of Visceral Proteins as Nutrition Markers:
An ASPEN Position Paper. Nutrition in Clinical Practice 2020;(0):1-7.
Uréia / Creatinina
Uréia
Ingestão
proteica
Creatinina
Massa
muscular
Albumina x Cirurgia ??
A albumina sérica foi historicamente estabelecida como um marcador de risco cirúrgico, e alguns Guidelines
recomendam adiar a cirurgia para dar tempo para um melhor suporte nutricional.
A Sociedade Europeia de Nutrição Clínica e Metabolismo (ESPEN) recomenda atraso da cirurgia quando o nível de
albumina sérica é < 3g/dL.
Embora o estado nutricional tenha sido historicamente o foco, atrasar a cirurgia para permitir que haja solução de
inflamação com o uso de suporte nutricional suficiente pode ser o fator chave.
Outro equívoco comum é que albumina sérica e pré-albumina são marcadores de proteína e massa muscular.
Os níveis de albumina e pré-albumina em pacientes saudáveis e em idosos não diminuem até que seu índice de massa
corporal (IMC) seja<12 após ≥6 semanas de jejum.
Os níveis de albumina sérico e pré-albumina são conhecidos por se correlacionarem mal com a ingestão nutricional —
as mudanças na ingestão alimentar se correlacionam mal com proteínas viscerais.
David C. Evan et al. The Use of Visceral Proteins as Nutrition Markers:
An ASPEN Position Paper. Nutrition in Clinical Practice 2020;(0):1-7.
Albumina x Cirurgia ??
A ferramenta de triagem nutricional perioperatória (PONS) proposta por Wischmeyer et al, em 2018 utiliza os
níveis séricos da albumina, projetada para avaliar pacientes ambulatoriais pré-operatórios antes da cirurgia.
Wischmeyer PE, Carli F, Evans DC, et al. American society forenhanced recovery and perioperative quality initiative joint con-sensus statement on
nutrition screening and therapy within a sur-gical enhanced recovery pathway.
Anesth and Anal 2018;126(6):1883–1895.
A PONS não foi validada, mas se baseia nos achados de Khuri et al que demonstraram que os níveis de albumina
sérica são uma excelente medida de risco cirúrgico.
A análise de diagnóstico
agrupada indica sensibilidade de
63% e especificidade de 81%.
Avaliação Nutricional Subjetiva Global
• Perda de peso
• Ingestão alimentar ❖método simples
❖baixo custo
• Sintomas gastrointestinais ❖não-invasivo
• Capacidade funcional ❖beira do leito
(atividades rotineiras)
• Exame físico
Barbosa-Silva & Barros. Avaliação nutricional Subjetiva. Parte 1 –
Revisão de sua validade após duas décadas de uso.
Arq Gastroenterol 2002; 39 (3):181–187.
Avaliação Subjetiva Global
Avaliação Subjetiva Global
Equipe Multiprofissional de Terapia Nutricional
Avaliação Subjetiva Global
Avaliação Subjetiva Global
Avaliação Subjetiva Global
Avaliação Nutricional Subjetiva Global
A = Bem nutrido
B = Moderadamente desnutrido
C = gravemente desnutrido