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Avaliação nutricional

} Risco nutricional {
 Consiste na presença de variáveis que podem prejudicar o estado nutricional do
indivíduo, seja pelo aumento das necessidades das recomendações dietéticas, em virtude
de estresse metabólico ou de uma condição clínica que impeça de por exemplo, uma
ingestão alimentar adequada.

Categoria Condição
Anorexia nervosa, hiporexia, uso dietas restritivas,
Diminuição da ingestão alimentar alcoolismo, baixa disponibilidade de alimentos por
condição social.
Má absorção por doença inflamatória intestinal,
Comprometimento da absorção diarréia, parasitoses, ressecções intestinais, anemia
perniciosa.
Interação medicamento-nutriente, condições
Diminuição da utilização dos nutrientes
genéticas
Fístulas, hemorragias, hemodiálise, diarréia,
Aumento das perdas
síndrome nefrótica
Gravidez, lactação, crescimento, queimadura
Aumento das necessidades extensa, traumatismo, sepse, febre,
hipertireoidismo, atividade física intensa.

} Avaliação nutricional X Triagem nutricional {


 É uma ferramenta capaz de determinar  É uma ferramenta capaz de identificar
a adequação ou inadequação da relação pacientes em situações de risco
do peso e a altura, assim como também nutricional, como o prejuízo do estado
avaliar s compartimentos corporais, nutricional decorrente de condições
como tecido adiposo subcutâneo e clínicas atuais, ganho ou perda de peso
massa muscular. em 10% do peso habitual nos últimos 6
 Deve ser mais detalhada, aplicada por meses, desnutrição, sobrepeso,
profissionais treinados, e envolvem obesidade e baixa estatura.
medidas antropométricas para  A triagem possui questões e
determinar o estado nutricional do procedimentos de fácil coleta,
indivíduo. contemplando um maior número de
doentes.
} Parâmetros da avaliação nutricional {
Métodos objetivos: avaliação Métodos subjetivos: avaliação clínica e
antropométrica, avaliação bioquímica e física, semiológica e avaliação subjetiva
avaliação dietética. global
} Fatores que interferem nos hábitos e escolhas alimentares {

Fatores fisiológicos: Fatores sócio-culturais:


estado de crescimento, religião, crença. Fatores sócio-econômicos:
idade, gravidez, lactação. área geográfica, renda,
grau de escolaridade,
possibilidade de preparo pessoas na residência,
do alimento, número de profissão.

} Instrumentos para rastreamento nutricional {

Must – Malnutrition Univesal Screening Tool


Nrs-2002 – Nutrition Risk Screening
Man-Sf – Mini nutricional Assement, short form
ASG - Avaliação subjetiva global
Avaliação nutricional do
adulto
} Conceitos {
Peso atual: mensurado através de balança Peso usual/ habitual: é o peso que
calibrada de plataforma ou eletrônica, de normalmente o paciente apresenta, sendo
forma que o indivíduo esteja em posição ele relatado pelo paciente ou familiar, e
anatômica, descalço, sem adornos e com assim, é usado como referência em casos
roupas leves. de impossibilidade de medir o peso atual.

Peso ideal/desejável/teórico: é o peso Peso ajustado: consiste num cálculo


usado para cálculos de necessidades realizado quando a % de adequação for
energéticas e nutricionais, corrigindo o inferior à 95% ou superior à 115%, pois
peso para a altura do indivíduo => em caso permite a correção do peso teórico para
de amputados e indivíduos com ascite há determinação adequada das necessidades
cálculos específicos para correção. energéticas e de nutriente.

PI ou PT = IMC médio. Estatura2


IMCm= 22,0 (homens) e 20,8 (mulheres) PA = (PT – peso atual) . 0,25 + peso atual
}

índice de massa corporal - IMC {


Classificação do estado nutricional de adulto segundo IMC
IMC (Kg/m2) Classificação
Inferior à 16,0 Magreza grau III
De 16,0 à 16,99 Magreza grau II
De 17,0 à 18,49 Magreza grau I
IMC = Peso (kg)
De 18,5 à 24,99 Eutrofia
Altura (m2)
De 25,0 à 29,99 Sobrepeso
De 30,0 à 34,99 Obesidade grau I
De 35,0 à 39,99 Obesidade grau II
Superior à 40,0 Obesidade grau III

} adequação de peso {
 Usado para estimar a intensidade que o peso atual se encontra acima ou abaixo do peso
considerado ideal.
Classificação de adequação de peso
% adequação de peso Estado nutricional
% peso teórico Inferior ou igual à 70% Desnutrição grave
= (Peso atual . 100)
Peso teórico
De 70,1 à 80% Desnutrição moderada
De 80,1 à 90% Desnutrição leve
% peso atual De 90,1 à 110% Eutrofia
= (Peso atual . 100) De 110,1 à 120% Sobrepeso
Peso usual
Superior a 120% Obesidade
} mudança recente de peso {
 Visa determinar a mudança de peso recente, permitindo analisar os riscos de
morbimortalidade do indivíduo, uma vez que quanto maior a perda de peso num curto
período de tempo, maior esse risco.
Classificação da mudança recente de peso (%)
Perda significativa Perda grave de
Tempo
de peso (%) peso(%)
% = (peso usual – peso atual) .
1 semana De 1% à 2% Superior à 2%
100
1 mês 5% Superior à 5%
Peso usual
3 meses 7,5% Superior à 7,5%
6 meses 10% Superior à 10%

} peso teórico conforme a biotipologia {


Brevelíneo ou endomorfo: equilíbrio entre o tórax, afilado e chato, pescoço
membros curtos, tórax membros e pescoço, e longo e delgado, e
alargado, pescoço curto e panículo adiposo e panículo adiposo e
grosso, e panículo adiposo musculatura em musculatura escassos.
e musculatura desenvolvimento
desenvolvido. harmônico.
Normolíneo ou Longilíneo ou ectomorfo:
mesomorfo: apresenta membros alongados, tórax
Cálculo do peso teórico específico de cada biotipo
Biotipo Masculino Feminino
Brevelíneo A – 100 à (A – 100) – 5% (A – 100) – 5% à (A – 100) – 10%
Normolíneo (A – 100) – 5% à (A – 100) – 10% (A – 100) – 10% à (A – 100) – 15%
Longilíneo (A – 100) – 10% à (A – 100) – 15% (A – 100) – 15% à (A – 100) – 20%

} peso ideal em situações específicas {


Ascite: a correção do peso corporal em indivíduos com ascite se dá pela subtração em kg, de
forma que esse valor é determinado conforme o grau de retenção de líquido
Tabela para correção de peso corporal em caso de ascite
Grau de retenção de líquido Redução (kg) Características
Leve 2,2 Somente com USG
Moderado 6,0 Detectável ao exame físico
Grave 14,9 Claramente visível, aspecto
de “barriga d’agua”
Para amputados: deve-se levar em consideração a proporção em % de cada membro
Correção de peso para amputados
Peso corrigido = (peso mensurado . 100)
(100 – % de amputação)
Mão 0,7% Pé 1,5%
Mão + antebraço 2,3% Pé + área da tíbia 5,9%
Braço inteiro 5,0% Perna inteira 16%

Avaliação Antropométrica
} Peso corporal {
Variação de peso: ocorre a variação de Condições para aferição do peso: deve-se
peso em curto espaço de tempo devido à realizar a pesagem preferencialmente pela
retenção ou perda hídrica. => a quantidade manhã, em jejum, de preferência com
de massa muscular ou de tecido adiposo intestino e bexiga esvaziados; deve-se
parecem necessitar de pelo menos 2 utilizar roupas leves, sem sapatos e
semanas para exercer influência no peso. acessórios; realizar o peso de preferência
sempre no mesmo horário e mesmas
condições; verificar a calibragem do
equipamento.
Peso estimado: ocorre quando é incapaz de realizar a medição de peso corporal, como
geralmente em pacientes portadores de deficiência ou acamados.
Cálculo para peso estimado
Mulheres [(1,27 x CP) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,4 x DCSE) – 62,35]
Homens [(0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x DCSE) – 81,69]

} Altura {
Condições para aferição da altura: o indivíduo deve estar em posição ereta, com os olhos em
plano horizontal de Frankfurt e os pés devem estar juntos e os tornozelos contra a parede ou
encosto do antropômetro, de forma que a mensuração deve ser realizada sem sapatos, de
cabelo solto e sem acessórios.
Altura estimada: ocorre quando é incapaz de realizar a medição de altura, pode ocorrer
através da equação da altura do joelho ou pela chanfradura.
Cálculo para altura estimada pela altura do joelho
Mulheres Brancas, de 18 anos à 60 anos 70,25 + (1,87 x AJ) – 0,06 x idade
Negras, de 18 anos à 60 anos 68,10 + (1,86 x AJ) – 0,06 x idade
Homens Brancos, de 18 anos à 60 anos 71,85 + 1,88 x AJ
Negros, de 18 anos à 60 anos 73,42 + 1,79 x AJ
Técnica da chanfradura: A medição ocorre com paciente acamado e de braços
abertos, de forma que a fita métrica passe da extremidade do dedo médio de uma
mão, até o dedo médio da outra mão, passando pelo peito.

} Circunferências {
Circunferência da Cintura (CC): mede-se entre a crista ilíaca e o rebordo da última costela
=> existe outras formas de aferir a CC.
Risco aumentado (IDF) Risco muito aumentado (NCEP)
Home > ou igual à
> ou igual à 94 cm
m 102 cm Avalia adiposidade abdominal, a,
Mulhe > ou igual 88 associada às DCNT.
> ou igual à 80 cm
r cm
Circunferência do Pescoço (CP): é uma medida indicada como screening para detecção de
indivíduos adultos com excesso de peso, estando associado ao risco de doenças
cardiovasculares.
Circunferência do pescoço e RCV
Homem > ou igual à 37 cm
Mulher > ou igual à 34 cm
Investigação adicional para identificar sobrepeso/obesidade
Homens > ou igual à 39,5 cm
Associado à IMC superior ou igual à 30 kg/m2
Mulheres > ou igual à 36,,5 cm
CB: Faixa de Normalidade Simplificada
Faixa de normalidade Homem 29,3 cm
simplificada Mulher 28,5 cm
Percentil 50 Percentil 50
Adequação CB%
Homens Mulheres
18 à 24,9 30,7 18 à 24,9 26,8
anos anos
25 à 29,9 31,8 25 à 29,9 27,6
30 à 34,9 32,5 30 à 34,9 28,6
% = CB obtida . 100
35 à 39,9 32,9 35 à 39,9 29,4
CB percentil 50
40 à 44,9 32,8 40 à 44,9 29,7
45 à 49,9 32,6 45 à 49,9 30,1
50 à 54,9 32,3 50 à 54,9 30,6
55 à 59,9 32,3 55 à 59,9 30,9
Classificação do Estado Nutricional segundo CMB
Desnutrição grave D.Moderada D.Leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade
CMB < 70% 70-80% 80- 90-110% 110-120% > 120%
90%
CMB CMB: Faixa de Normalidade Simplificada
CMB = CB – (DCT . Homem 25,3 cm
0,314) Mulher 23,2 cm
Percentil 50 Percentil 50
Adequação CMB%
Homens Mulheres
19 à 24,9 27,3 19 à 24,9 20,7
anos anos
% = CMB obtida .
25 à 34,9 27,9 25 à 34,9 21,2
100
35 à 44,9 28,6 35 à 44,9 21,8
CMB percentil 50
45 à 54,9 28,1 45 à 54,9 22,0
55 à 64,9 27,8 55 à 74,9 22,5
Classificação do Estado Nutricional segundo CB
Desnutrição grave D.Moderada D.Leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade
CMB < 70% 70-80% 80- 90-110% 110-120% > 120%
Circunferência do Quadril indivíduo esteja indivíduo deve estar em
(CQ): deve ser mensurada posicionado lateralmente posição supina ou sentado
na área de maior volume com o joelho flexionado a
na parte posterior do Circunferência da um ângulo de 90°, e assim
glúteo, de forma que o Panturrilha (CP): o mede-se a partir da
extremidade mais Circunferência da Coxa esse presente no ponto
proeminente da Medial (CCM): deve-se médio entre a região
panturrilha. realizar a medida no ponto inguinal e borda superior
medial do fêmur, estando da patela.

} dobra ou prega cutânea {


Dobra Cutânea Tricipital (DCT): mede-se na face posterior do braço, no ponto médio entre
o acrômio e olécrano.
DCT: Faixa de Normalidade Simplificada
Faixa de normalidade Homem 12,5 mm
simplificada Mulher 16,5 mm
Percentil 50 Percentil 50
Adequação DCT%
Homens Mulheres
18 à 24,9 18 à 24,9 18,5
10,0
anos anos
25 à 29,9 11,0 25 à 29,9 20,0
30 à 34,9 12,0 30 à 34,9 22,5
% = DCT obtida . 100
35 à 39,9 12,0 35 à 39,9 23,5
DCT percentil 50
40 à 44,9 12,0 40 à 44,9 24,5
45 à 49,9 12,0 45 à 49,9 25,5
50 à 54,9 11,5 50 à 54,9 25,5
55 à 59,9 11,5 55 à 59,9 26,0
Classificação do Estado Nutricional segundo DCT
Desnutrição grave D.Moderada D.Leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade
CMB < 70% 70-80% 80- 90-110% 110-120% > 120%
90%

Dobra Cutânea Bicipital (DCB): mede-se


Dobra Cutânea Subescapular (DCSE):
na face anterior do braço, em cima do
mede-se à 2 cm abaixo do ângulo inferior
ponto médio entre o acrômio e olécrano, e
da escápula, de forma que essa prega é
em direção à linha acromial.
realizada diagonalmente.
Dobra Cutânea Supra ilíaca (DCSI): mede-
se sobre a crista ilíaca, na mediana entre o Dobra Cutânea da Coxa (DCC): mede-se
último arco costal e a crista ilíaca. na linha média do fêmur, na mediana entre
Dobra Cutânea Abdominal (DCA): mede- a prega inguinal e o bordo proximal da
se verticalmente, 2 cm lateralmente à patela, durante a aferição a perna deve
esquerda e 1 cm abaixo da cicatriz estar relaxada.
umbilical.

} Classificação do percentual de gordura corporal {


Classificação Homens Mulheres
Baixo Inferior à 8% Igual ou inferior à 13%
Adequado De 8% à 15% De 13% à 23%
Moderamente acima De 16% à 20% De 24% à 27%
Excesso De 21% à 24% De 28% à 32%
Obesidade Superior ou igual à 25% Igual ou superior à 33%

} Bioimpedância {
 Também chamada de impedância bioelétrica (BIA)
 Estimula a composição corporal através da passagem de uma corrente elétrica de baixa
intensidade.
Preparo para realização: adolescentes (em fase de avaliação em indivíduos
deve-se orientar o paciente crescimento), mulheres com edema, ascite,
para que urine 30min em período menstrual e desnutrição ou indivíduos
antes, não ingira álcool 24 indivíduos com com desidratação.
antes, evite o consumo de marcapasso ou metais no
alimentos e bebidas nas 4h corpo.
anteriores ao exame e que
não pratique o exercício
físico 12h anteriores.
Não realizar: em Limitações: Não é um
gestantes, crianças, método sensível para

Avaliação Subjetiva Global


 A avaliação subjetiva global (ASG) é um método de avaliação nutricional que consiste na
história clínica e exame físico do paciente, com o objetivo de facilitar o diagnóstico da
desnutrição e possibilitar o prognóstico, através da identificação de pacientes com
maiores riscos de complicações associadas ao seu estado nutricional.

} Exame físico e a semiologia nutricional {


 É um método clínico para detectar sinais e sintomas associados à desnutrição, entretanto,
não deve-se ser usado isoladamente.
 O exame físico analisa a perda da gordura subcutânea, perda muscular, presença de
edema resultante da desnutrição e ascite, e assim, os pacientes são classificados em bem
nutrido, desnutrido leve/moderado ou desnutrido grave.
Perda de brilho, seco, fino, Kwashiorkor, e menos comum ao
Cabelo
despigmentado, fácil de arrancar marasmo.
Seborréia nasolabial (pele
Face Riboflavina (B2)
estratificada em volta das narinas)
Pele Hiperqueratose folicular, patéquias Vitamina K, riboflavina (B2)
Conjuntiva pálida Anemia
Cegueira noturna Retinol (vit A) e zinco.
Manchas de Bitot, xerose
conjuntival (secura), xerose córnea
Retinol (vit A), riboflavina (B2)
(falta e vida) e ceratomalacia (córnea
Olhos adelgaçada)
Vermelhidão, fissuras nos epicantos,
arco córneo (anel branco ao redor do Riboflavina (B2) e Piridoxina (B6)
olho)
Xantelasma (pequenas bolas
Hiperlipidemia
amareladas ao redor dos olhos)
Quebradiça rugosas e coiloníquea Ferro
Unhas
Manchas brancas na unha Cálcio, selênio e biotina (B7)
Estomatite angular/queilose (lesões Riboflavina (B2), niacina (B3) e
Lábios
róseas/brancas no canto da boca) piridoxina (B6)
Língua magenta (púrpura), papila
Riboflavina (B2),
filiforme atrofiada ou hipertrofiada
Glossite Ácido fólico (B9)
Língua Ulcerações Niacina (B3), ferro
Monilíase oral (candidíase ou Indicador de imunodeficiência
sapinho) Carência de zinco
Língua saburrosa Falta de mastigação
Esmalte manchado Flúor, zinco
Dentes
Cáries (cavidades) Excesso de açúcar
Ácido ascórbico (vit C), riboflavina
Gengivas Esponjosas, sangrando e vazantes
(B2)
Aumento da tireóide (edema frontal
Iodo
de pescoço)
Glândulas
Aumento da paratireóide
Bulimia
(mandíbulas edemaciadas)
Edema Kwashiorkor
Tecido subcutâneo
Gordura abaixo do normal Marasmo, inanição
Desgaste muscular Marasmo, inanição
Sistema muscular
Perna em X Colecalciferol (vit D)
Abdômen globoso (ascite), com
Sistema gastrointestinal Kwashiorkor
possível circulação colateral
Confusão mental, perda sensitiva,
Sistema nervoso fraqueza motora, perda do senso de Tiamina (B1)
posição, parestesia.
Desnutrição proteica,
imunocompetente (comum em
Musculatura temporal Atrofia bilateral
disfágicos), deixou de mastigar por
3/4 semanas.
Atrofia da musculatura temporal
Bola gordurosa de Bichat Perda calórico-proteica prolongada
junto à perda da bola gordurosa
Atrofia das regiões supra e Perda da massa muscular prolongada Comprometimento imunológico
infravlavicular (perda crônica) (perda da capacidade de formação
adequada de anticorpos)
Retrações intercostal e subcostal Redução da força respiratória,
Músculo intercostal e subcostal
grave dispnéia
Redução da força de sustentação do
corpo, maior propensão à
pneumonias, capacidade de
Musculatura paravertebral Atrofia da musculatura paravertebral
expansão ventilatória pulmonar
reduzida, decúbito dorsal e
infecções mais frequentes
Menor competência em ingerir
Musculatura bicipital e tricipital Atrofia de bíceps e tríceps
alimentos
Menor força de apreensão e
associada à maior risco de
Musculatura do adutor do polegar Atrofia do adutor do polegar
complicações relacionadas à
desnutrição energético-proteica.
Causa a formação de um “vale”
Atrofia da musculatura das coxas,
Membros inferiores - coxas associado à desnutrição energético-
principalmente da porção interna
proteica.
Reflete menor força em adotar o
Membros inferiores — joelhos Joelhos encostados decúbito antigravitacional =>
fraqueza nas pernas
Atrofia da musculatura da Sinal mais precoce na desnutrição
Membros inferiores - panturrilha
panturrilha energético-proteica.
É associado à alguma doença de
Região abdominal Distendido ou globoso base, como ocorre a ascite em
doenças hepáticas.

Classificação da espessura do músculo adutor do polegar


Redução
Eutrofia Redução leve Redução grave
moderada
Masculino 12mm Superior à 11mm De 11 à 7mm Inferior à 7mm
Feminino 10mm Superior à 9 mm De 9 à 6mm Inferior à 6mm

} Edema {
 Edema é o resultado do acúmulo de líquido no espaço intersticial, sendo um sinal de má
distribuição hídrica comum em pacientes críticos ou que estejam recebendo um aporte de
volume hídrico.
 A presença do edema é um sinal importante para a desnutrição energético proteica, o qual
é associado à hipoalbuliminemia dessa condição.
 Proteínas inferiores à 5,0 g/dL ou albumina inferior à 2,5g/dL são capazes de causas
edema na região conjuntival, devendo esse ser observado da mesma forma que se
pesquisa anemia e icterícia
Índice para correção de peso conforme grau de edema
Tornozelo (+) 1 kg
Panturrilha (++) De 1 à 3kg
Joelho (+++) De 3 à 4kg
Raiz da coxa (++++) De 4 à 6kg
Anasarca De 7kg à 12kg

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